ATP na mídia Página 1 de 2 Veículo: VALOR ECONÔMICO -SP Editoria: AGRONEGÓCIOS Autor: Bettina Barros De São Paulo Tipo: Matéria Data: 13/02/2015 Página: B12 Assunto: BUNGE Lucro global da Bunge mais que dobrou no ano passado Balanço Margens de processamento na Europa e nos EUA contribuíram A americana Bunge, uma das maiores companhias do agronegócio global, informou ontem que teve em 2014 um lucro líquido de US$ 659 milhões, mais que o dobro dos US$ 306 milhões de 2013. Uma menor despesa com imposto de renda - uma diferença no ano de US$ 610 milhões - foi decisiva no robusto resultado. Operacionalmente, no entanto, houve retração. O lucro antes de juros e impostos (Ebit) caiu 18% para US$ 1,080 bilhão, na comparação com 2013. A notícia negativa veio da demanda mais fraca da China, com forte impacto no resultado global da companhia. "Na China, não tivemos a margem de esmagamento que esperávamos no trimestre. Mas olhando para a frente, o mercado chinês deve melhorar", afirmou o CEO da companhia, Soren Schroder. A receita líquida da multinacional em 2014 caiu 5,7%, a US$ 57,8 bilhões. No último trimestre do exercício, a queda foi de 15%, para US$ 13,9 bilhões. O segmento de agronegócios, o mais importante para a multinacional e onde a China tem um peso importante, registrou uma receita líquida 6,5% mais baixa no ano (US$ 42 bilhões), e 19% menor no quarto trimestre (US$ 9,992 bilhões). Na mesma comparação, o Ebit desse segmento caiu 13,7%, para US$ 890 milhões, e 9,2%, a US$ 314 milhões. Pesou positivamente no balanço, segundo o CEO da Bunge, Soren Schroder, as maiores margens de processamento de grãos na América do Norte e na Europa, além de um fluxo de caixa livre "neutro" para o negócio sucroalcooleiro, após trimestres consecutivos de resultados decepcionantes nessa frente. Apesar de uma melhora no trimestre e nas perspectivas para o mercado de etanol no Brasil, o executivo ressaltou em comunicado a investidores que o objetivo de reduzir a exposição da empresa ao setor brasileiro de canade- açúcar não mudou. A receita líquida do segmento de Açúcar & Bioenergia cresceu no ano 7,7%, para US$ 4,5 bilhões, e 32% no 4o trimestre, para US$ 1,359 bilhão. Conforme a empresa, a redução de custos e os elevados volumes e margens com a venda de energia produzida a partir do bagaço de cana mais que compensaram os baixos preços e volumes de açúcar e etanol. Em 2014, a companhia vendeu 513 mil megawatts-hora, 69% acima do comercializado em 2013. O resultado operacional desse segmento, no entanto, foi uma perda de US$ 142 milhões, ante o prejuízo operacional de US$ 43 milhões de igual trimestre de 2013. Em 2014, as usinas no Brasil processaram 19,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, um pouco acima das 19,1 milhões de 2013. Para 2015, o executivo antevê mais negócios com milho no Brasil, onde apenas 40% da segunda safra foi vendida antecipadamente. A companhia também espera que os volumes de milho vindos dos produtores americanos melhorem daqui em diante. "Esperamos um crescimento no consumo de milho e trigo, combinados, de 2% em 2015", afirmou Schroder. http://cliente.linearclipping.com.br/ATP/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=14642486 13/02/2015 ATP na mídia http://cliente.linearclipping.com.br/ATP/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=14642486 Página 2 de 2 13/02/2015