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Curso
Introdução à Artes Visuais
na Educação Infantil
www.CursosOnlineSP.com.br
Carga horária: 20hs
Conteúdo Programático:
1. A LINGUAGEM DA ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
2. PERSPECTIVA HISTÓRICA
3. PERSPECTIVA HISTÓRICA II
4. OS MODELOS DE CONCEPÇÕES DE ARTE E AS
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
5. OS MODELOS DE CONCEPÇÕES DE ARTE E AS
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS II
6. PORQUE ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
7. PORQUE ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL II
8. PORQUE ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL III
9. A CRIANÇA E AS ARTES VISUAIS: IDEIAS E PRÁTICAS
10. A CRIANÇA E AS ARTES VISUAIS: IDEIAS E PRÁTICAS
II
11. A CRIANÇA E AS ARTES VISUAIS: OBJETIVOS
12. A CRIANÇA E AS ARTES VISUAIS: CONTEÚDOS
13. A CRIANÇA E AS ARTES VISUAIS: CONTEÚDOS II
14. METODOLOGIA
15. ORGANIZANDO O ESPAÇO E O TEMPO
16. AVALIAÇÃO
17. O ENSINO DA ARTE E OS PCNs
18. A ARTE DE ENSINAR ARTE VISUAL
19. A ARTE DE ENSINAR ARTE VISUAL II
20. A ARTE DE ENSINAR ARTE VISUAL III
1. A LINGUAGEM DA ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A criança na educação infantil se encontra em fase de
pensamento concreto e faz largo uso de seus sentidos para
enriquecer suas experiências. Nesta fase, as atividades
artísticas
fornecerão
ricas
oportunidades
para
o
seu
desenvolvimento, uma vez que, põem ao seu alcance os
mais diversos tipos de material para manipulação. Quando
as
habilidades
infantis
são
estimuladas,
ajudam
no
processo de aprendizagem, pois desenvolvem a percepção
e
a
imaginação
-
recursos
indispensáveis
para
a
compreensão de outras áreas do conhecimento humano,
estabelecendo,
sempre,
um
diálogo
entre
todos
os
participantes da turma - uma questão fundamental para
que haja uma comunicação ampla - que será ampliado,
desenvolvido,
trabalhado,
estimulado,
aprimorado
e
praticado com constância para que a criança tenha o
máximo desempenho de sua capacidade cognitiva. A
linguagem da arte na educação infantil tem um papel
fundamental, envolvendo os aspectos cognitivos, sensíveis
e culturais. Até bem pouco tempo o aspecto cognitivo não
era considerado na a educação infantil e esta não estava
integrada na educação básica. A Lei de Diretrizes e Bases
da
Educação
9.394/96
veio
garantir
este
espaço
à
educação infantil, bem como o da arte neste contexto.
2. PERSPECTIVA HISTÓRICA
Para compreender a arte no espaço da educação infantil no
momento atual, mesmo que brevemente, é preciso situar o
panorama
histórico
das
décadas
de
80
e
90.
Os
referenciais que fundamentavam as práxis do profissional
da educação infantil eram os Cadernos de Atendimento ao
Pré-escolar (1982), criados pelo Ministério da Educação e
Cultura – MEC. Os textos destes Cadernos para aquele
momento histórico tiveram contribuição fundamental como
subsídio para as ações dos educadores atuantes na
educação infantil. Entretanto, o conhecimento fica em
segundo plano, pois se centravam apenas nas questões
emocionais, afetivas e psicológicas e nas etapas evolutivas
da
criança.
Com
relação
à
arte
na
educação,
os
pressupostos eram muito mais voltados à recreação do que
às articulações com a arte, a cultura e a estética. Como
exemplo,
é
bidimensionais
possível
que
citar
a
priorizava
ênfase
em
desenhos
exercícios
e
pinturas
chapadas. Ou seja, os conceitos sobre arte resumiam-se a
simples técnicas. De acordo com PILLOTTO (2000, 61) “é
interessante observar que esse Caderno, embora tenha
uma fundamentação teórica voltada às concepções do
ensino da arte modernista, na sua essência é muito mais
tecnicista no que diz respeito aos exercícios repetitivos,
mecânicos e sem a preocupação com a reflexão dos
conceitos”.
3. PERSPECTIVA HISTÓRICA II
Na década de 90, o MEC lança o Caderno do Professor da
Pré-Escola, com uma abordagem contextualista, na qual a
arte deixa de ser tratada apenas como atividade prática e
de lazer, incorporando o ato reflexivo. Apesar dessas
transformações, a arte permanecia ainda com foco em
abordagens psicológicas e temáticas. A arte na educação
infantil nesta década ainda buscava uma consistência
teórica, conceitual e metodológica. A partir de 2000 as
discussões reflexivas sobre a arte na educação infantil
ganham
novos
curriculares
espaços
e
na
literatura,
especialmente
nas
propostas
na
pesquisa.
Como historicamente pode-se observar, a arte na educação
infantil
possuía
um
desenvolvimento
educação
perfil
emotivo
infantil
está
e
em
de
motor.
recreação
Hoje,
processo
de
a
e
de
arte
na
rupturas
e
transformações, exigindo das políticas educacionais, dos
cursos de Formação de Professores, especialmente das
Licenciaturas em Arte, um comprometimento com os
aspectos cognitivos, sensíveis e culturais.
4. OS MODELOS DE CONCEPÇÕES DE ARTE E AS
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
Os modelos predominantes do ensino da arte na educação
infantil oscilam entre o diretivismo técnico (saber fazer) e o
laissez-fare (exprimir livremente sem interferência do
professor). Uma abordagem considera a criança como
tábula
rasa
e
potencialidades
a
outra
a
considera
expressivas/criativas
portadora
inatas.
de
Portanto,
ambas esvaziavam o sentido da aprendizagem em arte,
pois não oportunizam o conhecimento sobre a própria arte,
sobre a linguagem visual, sobre os materiais ou mesmo
possibilita o desenvolvimento do imaginário infantil. A
partir destas abordagens, as crianças aprendem que
precisavam de modelos para se expressar, que existem
“erros” ao utilizar um material, que as folhas retangulares
com margens são os únicos suportes possíveis para
desenhar. Aprendem que alguns têm o “dom” inato para as
artes
e
outros
são
incapazes
para
formularem
sua
simbologia. Aprendem a serem silenciosos e subservientes
ao amassarem cautelosamente bolinhas de papel crepom
do mesmo tamanho. Aprendem a respeitar modelos e
posturas
quando
tem
minutos
cronometrados
para
executarem os “trabalhinhos” de artes. Aprendem a ser
consumidores e não produtores de imagens ao colorirem os
modelos mimeografados dos adultos. Aprendem a serem
sujeitos
desprovidos
de
sentimento,
pensamento
e
transformadores de realidades.
5. OS MODELOS DE CONCEPÇÕES DE ARTE E AS
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS II
As
produções
colagem,
visuais
entre
(pintura,
outras)
desenho,
resultantes
das
escultura,
abordagens
descritas no tópico anterior acabam gerando estereótipos
formais,
espaciais,
conceituais
que
colorísticos,
dificilmente
temáticos
serão
e
também
transformados
em
representações singulares. Adestrar a mão ou deixar que
as crianças explorem livremente materiais não pode ser
considerado uma proposta pedagógica em arte. Tais
procedimentos levam as crianças a repetirem formas
mecanicamente e a passarem o resto de suas vidas
desenhando árvores com maçãs, casinhas, nuvens azuis e
morros
marrons.
E
assim,
as
crianças
perdem
a
possibilidade de conhecer, ver e representar o mundo a
partir de outros referenciais e repertórios imagéticos.
Diante
dessas
perspectivas,
as
pedagogias
em
arte
carecem de propostas que desafiem o imaginário infantil,
busquem os conhecimentos visuais das crianças, explorem
a linguagem visual nas formas de produzir, entender e ler
as imagens, bem como investiguem as possibilidades dos
materiais.
6. PORQUE ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
"Acreditamos que o envolvimento da criança com as artes,
por meio dos textos e das imagens, não é tão-somente um
recurso para ela perceber o modo como as pessoas e as
épocas são retratadas, ou para tomar conhecimento das
várias manifestações artísticas, é também examinar a arte
como
uma
oportunidade
para
que
a
criança
possa
desenvolver ainda mais suas habilidades criativas a partir
de estímulos visuais e pela sua recriação". (Zimmermann
in Sousa. 2001, 62). Considerando que a escola, mais que
mera transmissora de informações, deve ser um centro de
cultura, de formação do ser humano integral, e nesse
aspecto, a educação para o lazer deveria ser preocupação
de todos educadores, que mais do que racionalidade
também
compartilha
conhecimentos;
a
suas
arte
experiências,
configura-se
sentimentos,
como
uma
das
linguagens primordiais para o trabalho da sensibilização.
Morin (2000) comenta que a educação do futuro deve
enxergar adiante do paradigma cartesiano que imperou na
modernidade e no século XX, e considerar outros saberes
que não apenas os lógico-racionais. A proximidade com as
artes, com a dimensão subjetiva do ser humano, cada vez
mais deve ser observada, sem ignorar o raciocínio lógico,
mas considerando o ser como um todo.
7. PORQUE ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL II
Segundo Morin (2000) "(...) o ser humano não só vive de
racionalidade e de técnica; ele se desgasta, se entrega, se
dedica a danças, transes, mitos, magias, ritos; crê nas
virtudes do sacrifício, viveu freqüentemente para preparar
sua outra vida além da morte. Por toda parte, uma
atividade
técnica,
prática,
inteligência
empírico-racional;
cerimônias,
cultos
desperdícios,
com
intelectual
suas
"consumismos",
em
toda
testemunha
parte,
possessões,
a
festas,
exaltações,
testemunham
o
Homo
ludens, poeticus, consumans, imaginarius, demens. As
atividades de jogo, de festa, de ritos não são apenas
pausas antes de retomar a vida prática ou o trabalho; as
crenças nos deuses e nas ideias não podem ser reduzidas a
ilusões ou supertições: possuem raízes que mergulham nas
profundezas antropológicas; referem-se ao ser humano em
sua natureza. Há relação manifesta ou subterrânea entre o
psiquismo, a afetividade, a magia, o mito, a religião. Existe
ao mesmo tempo unidade e dualidade entre Homo faber,
Homo ludens, Homo sapiens e Homo demens. E, no ser
humano, o desenvolvimento do conhecimento racionalempírico-técnico jamais anulou o conhecimento simbólico,
mítico, mágico ou poético. (p.58/59).
8. PORQUE ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL III
Mais do que moldar a razão, a escola tem um papel mais
profundo, envolvendo olhares e sensibilidades de cada
indivíduo, trabalhando todas as dimensões humanas sem
hierarquizá-las,
a
educação
estética
é
de
grande
importância, e deve estar presente desde a educação
infantil. Entendendo aqui a Estética: "(...) como o estudo
de um modo específico de apropriação da realidade, modo
em que se destacam as questões ligadas à sensibilidade,
ainda que vinculadas a outras formas de apropriação da
realidade e às condições históricas, sociais e culturais do
momento em foco". (Alves Jr. e Melo, 2003, 65). Oferecer
condições para que o aluno desenvolva seu olhar, de modo
que ele possa se apropriar desde cedo da produção da
cultura na qual está inserido, dando-lhe subsídios para
analisar criticamente a realidade que o cerca, esse é um
dos
papéis
da
educação,
buscando
a
formação
de
indivíduos participantes da sociedade e conscientes no seu
exercício de cidadania.
9. A CRIANÇA E AS ARTES VISUAIS: IDEIAS E
PRÁTICAS
O Trabalho com as Artes Visuais na Educação Infantil é
muito importante, no que se refere ao respeito das
peculiaridades e esquemas do conhecimento próprio a cada
faixa etária e nível de desenvolvimento. Isso significa, que
o pensamento, a sensibilidade, a imaginação, a percepção,
a intuição e a cognição devem ser trabalhadas de forma
integrada, favorecendo o desenvolvimento das capacidades
criativas das crianças. No processo de aprendizagem em
artes visuais a criança traça um percurso de criação e
construção individual. E no fazer artístico e no contato com
os objetos de arte que parte significativa do conhecimento
em artes visuais acontece. No decorrer deste processo, o
prazer
é
o
simbolização
domínio
e
da
do
leitura
próprio
de
fazer
imagem.
artístico,
Os
da
símbolos
apresentam o mundo sociocultural. E através da pintura,
moldagem, construção tridimensional, colagens etc. O
desenvolvimento
progressivo
do
desenho
implica
mudanças significativas que no início, dizem respeito à
passagem
dos
rabiscos
iniciais
da
garatuja
para
construções cada vez mais ordenadas, fazendo surgir os
primeiros
símbolos.
Essa passagem é possível graças às interações da criança
com o ato de desenhar e com desenhos de outras
pessoas.
10. A CRIANÇA E AS ARTES VISUAIS: IDEIAS E
PRÁTICAS II
Na garatuja a criança tem como hipótese de que o desenho
é simplesmente uma ação sobre uma superfície. No
decorrer do tempo, as garatujas que refletiam sobre tudo o
prolongamento dos movimentos rítmicos de ir e vir
transformam-se em formas definidas que apresentam
maior ordenação e podem estar se referindo os objetos
naturais,
objetos
imaginários,
ou
mesmo
a
outros
desenhos. Enquanto desenham ou criam objetos também
brincam de “faz-de-conta” e verbalizam narrativas que
exprimem suas capacidades imaginativas. Ela cria e recria
individualmente formas expressivas, integrando percepção,
imaginação, reflexão e sensibilidade, que podem então ser
apropriadas pelas leituras simbólicas de outras crianças e
adultos.
11. A CRIANÇA E AS ARTES VISUAIS: OBJETIVOS
Crianças de 0 a 03 anos: A instituição deve organizar sua
prática em torno da aprendizagem em arte, garantindo
oportunidades para que as crianças sejam capazes de: •
Ampliar
o
conhecimento
de
mundo
que
possuem,
manipulando diferentes objetos e materiais, explorando
suas características, propriedades e possibilidades de
manuseio e entrando em contato com formas diversas de
expressões artísticas; • Utilizar diversos materiais gráficos
e plásticos sobre diferentes superfícies para ampliar suas
possibilidades de expressão e comunicação. Crianças de 04
a 06 anos: Para esta fase, os objetivos estabelecidos
deveram garantir oportunidades para que as crianças
sejam
capazes
de:
•
Interessar-se
pelas
próprias
produções, pelas de outras crianças e pelas diversas obras
artísticas (regionais, nacionais ou internacionais) com as
quais entrem em contato, ampliando seu conhecimento do
mundo e da cultura; • Produzir trabalhos de artes,
utilizando
a
linguagem
do
desenho,
da
pintura,
da
moldagem, da colagem, da construção, desenvolvendo o
gosto, o cuidado e o respeito pelo processo de produção e
criação.
12. A CRIANÇA E AS ARTES VISUAIS: CONTEÚDOS
Os conteúdos são organizados em dois blocos que visam
oferecer visibilidade às especificidades da aprendizagem
em
artes.
Primeiro
bloco:
“o
fazer
artístico”
Crianças de 0 a 3 anos • Exploração e manipulação de
materiais como lápis e pincéis de meios como tinta, água,
areia e
de
variados suportes
gráficos, como
jornal,
papelão, madeiras etc. • Exploração e conhecimento de
diferentes movimentos gestuais, visando a produção de
marcas gráficas. • Cuidado com o próprio corpo e dos
colegas no contato com os suportes e materiais de artes •
Cuidado com os materiais e com os trabalhos e objetos
produzidos individualmente ou em grupo. Crianças de 4 a 6
anos • Criação de desenhos, pinturas, colagens, moldagens
a partir da utilização dos elementos da linguagem das artes
visuais: ponto, linha, forma, cor, volume, espaço, textura e
exploração utilização de alguns procedimentos necessários
para
desenhar,
aprofundamento
pintar,
das
e
modelar.
possibilidades
•
Exploração
oferecidas
e
pelos
diversos materiais, instrumentos e suportes, necessários
para
o
fazer
artístico.
•
Exploração
dos
espaços
bidimensionais e tridimensionais na realização de seus
projetos artísticos. • Organização e cuidado com os
materiais no espaço físico da sala. • Respeito e cuidado
com os objetos, produzir individualmente e em grupo. •
Valorização de suas próprias produções, das de outras
crianças e da produção de arte em geral.
13. A CRIANÇA E AS ARTES VISUAIS: CONTEÚDOS II
Segundo bloco: “Apreciação em Artes Visuais” Crianças de
0 a 3 anos • Observação e identificação de imagens
diversas. Crianças de 4 a 6 anos • Conhecimento da
diversidade
de
produções
artísticas,
como
desenhos,
pinturas, esculturas, construções, fotografias, colagens,
ilustrações, cinema etc. • Apreciação das suas produções e
das doa outros, por meio da observação e leitura de alguns
dos elementos na linguagem plástica. • Observação dos
elementos constituintes da linguagem visual: ponto, linha,
forma, cor, volume, contrastes, luz, texturas. • Leitura de
obras de arte a partir da observação, narração, descrição e
interpretação de imagens e objetos. • Apreciação das Artes
Visuais
e
estabelecimento
experiências pessoais.
de
correlação
com
as
14. METODOLOGIA
Crianças de 0 a 03 anos • Nesta fase o que tem valor pela
utilização de instrumentos, materiais e suportes diversos,
como lápis, pincéis, tintas, papéis, cola, etc; para a prática
da arte, a partir do momento em que as crianças tenham
condições motoras para o manuseio. As atividades devem
ser bem dimensionadas e delimitadas no tempo. • Quanto
à apreciação de imagens, deve-se proporcionar o maior
número de materiais variados possível e que tenham
significado para a criança. Crianças de 04 a 06 anos: •
Para que as crianças nesta faixa etária possam criar suas
produções,
diversas
o
para
professor
deve
que
se
elas
oferecer
oportunidades
familiarizem
com
alguns
procedimentos ligados aos materiais utilizados, os diversos
tipos de suporte e par que possam pensar sobre os
resultados
obtidos.Sendo
assim
o
trabalho
deve
ser
organizado de forma a oferecer para as crianças a
possibilidade de contato, uso e exploração de materiais. •
Nesta
fase
importante
ao
trabalhar
elaborar
com
leitura
perguntas
de
que
imagens
instiguem
é
a
observação, a descoberta e o interesse da criança.
15. ORGANIZANDO O ESPAÇO E O TEMPO
As crianças devem ser respeitadas em relação ao seu ritmo
e interesse pelo trabalho, tempo de concentração, o prazer
na
realização,
o
professor
deve
ficar
atento
para
redimensionar as atividades, em relação ao tempo ou
própria atividade. Podem ser apontadas três possibilidades
de organização: atividades permanentes, as seqüenciais e
os projetos. Organização do Espaço: A organização da sala,
a quantidade e a qualidade dos materiais presentes e sua
disposição no espaço são determinantes paro o fazer
artístico.
16. AVALIAÇÃO
A avaliação tem que buscar entender o processo individual
de cada criança, afastando julgamentos como feio ou
bonito, certo ou errado, que assim sendo utilizados não
auxiliam no processo educacional, os educandos devem ser
observados constantemente e as observações registradas.
Em Artes Visuais a avaliação deve ser feita através de
processos que tem como caráter de análise e reflexão
sobre as produções das crianças, ou seja, a avaliação para
criança deve especificar suas conquistas e as etapas do seu
processo criativo. Crianças de 0 a 03 anos. A avaliação é
feita pela exploração de diferentes materiais e também de
possibilidade de expressar-se por meio deste. Crianças de
4 a 6 anos Utilizam os desenhos, a pintura, a modelagem e
outras formas de expressão plástica para representar,
expressa-se e comunicar-se.
17. O ENSINO DA ARTE E OS PCNs
Os PCNs, Parâmetros Curriculares Nacionais, representam,
indiscutivelmente, um avanço na educação brasileira ao
sugerir um eixo comum que norteia a educação em todo o
país. A partir desse eixo são traçados e elaborados planos
inclusivos que contemple as características regionais e
culturais de cada escola. Os referidos PCNs fazem parte da
Lei 9394 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação –
publicada no dia 20 de dezembro de 1996. Essa lei,
seguindo uma tendência mundial, corrige as distorções
pelas quais passava o ensino de Arte na educação
brasileira. Essa correção é feita equiparando a disciplina
Arte às demais disciplinas em grau de importância para o
pleno desenvolvimento das capacidades cognitivas. Ao
fazer isso a LDB não só reconhece a importância da cultura
na formação do educando como, também, permite que os
currículos escolares possam ser revistos e elaborados de
forma inclusiva com todas as áreas sendo contempladas. A
metodologia proposta pelos PCN’s para o ensino de Arte
propõe uma análise do objeto ou do ato artístico dentro de
uma visão triangular que aborda não apenas o objeto ou
ato em si, mas que necessariamente exige a compreensão
do contexto histórico em que o referido objeto ou ato foi
produzido. Isto significa analisar os objetos ou atos
artísticos a partir do contexto de quem os produziu.
18. A ARTE DE ENSINAR ARTE VISUAL
Desde a época em que habitava as cavernas, o homem
vem manipulando cores e formas com a intenção de dar
sentido a algo, de comunicar-se com os outros. Para o
homem
se
apropriar
de
uma
linguagem,
entender,
interpretar e dar sentido a ela é preciso que aprenda a
utilizar seus códigos. Do mesmo modo que existe na escola
um espaço destinado à alfabetização na linguagem das
palavras, a linguagem da arte também possui seus
próprios códigos, e o professor através de um trabalho
formativo e informativo tem a possibilidade de contribuir,
através do conhecimento desses, no fazer e pensar a
disciplina. Possibilitando assim, que à arte seja atribuída a
devida importância no contexto escolar, principalmente
porque é importante fora dela. Tratar a arte como
conhecimento torna-se condição essencial e indispensável
para um verdadeiro ensino. Mas para ensinar é preciso
conhecer, e principalmente que o professor se reconheça
como professor de arte, para então, poder acontecer essa
mediação entre o conhecimento e o aluno.
19. A ARTE DE ENSINAR ARTE VISUAL II
A retomada da identidade profissional (Coutinho, 2002)
tem provocado reflexões sobre a prática pedagógica em
busca de um maior entendimento das ações educativas.
Buscar uma autonomia do professor que pressupõe clareza
e responsabilidade nas decisões e escolhas de como e o
que ensinar. Professores frente a milhões de jovens e
diante de um enorme contingente de informações se
deparam com a tarefa de dar sentido a elas através de
seus saberes, sendo que o conhecimento artístico torna-se
parte integrante e essencialmente importante ao aluno.
20. A ARTE DE ENSINAR ARTE VISUAL III
Conforme PCN, ao compor a área Linguagens, Códigos e
suas
Tecnologias
particularmente
comunicacionais.
na
escola,
pelos
Por
se
a
Arte
aspectos
um
é
considerada
estéticos
conhecimento
e
humano
articulado no âmbito sensível-cognitivo, por meio da arte o
homem manifesta significados, sensibilidades, modos de
criação e comunicação sobre o mundo da natureza e da
cultura. Autonomia de pensamento e ação, flexibilidade,
capacidade
de
integrar
conhecimentos,
sensibilidade,
criação, comunicação, fazem parte dos conhecimentos
articulados no pensar e fazer arte. Responsabilidade que
toma uma dimensão maior ao professor do Ensino de Arte
que trabalha com a linguagem visual. Pois além desse
conjunto de conhecimentos supervalorizados na sociedade
atual seja em relação ao mundo do trabalho e à prática
social, vive-se num tempo de visualidades, onde cada vez
mais faz-se necessária a presença do professor-mediador,
pois diante de imagens tão efêmeras, ao mesmo tempo tão
consolidadoras,
de
idéias,
de
pensamentos,
de
comportamentos estão os alunos que as assimilam, que se
formam e que se informam por meio delas. Exigindo,
portanto um novo olhar em relação ao ser profissional
docente hoje.
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