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MaNews
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A vida do homem depende do ar do local em que se encontra. Sem ar não se pode viver, e a qualidade da vida depende
da qualidade do ar. Purificação do ar é uma tarefa que cabe a toda pessoa que está familiarizada com a Torá, e é
efetivada através das letras da Torá. Quando recitamos palvras de Torá enquanto estamos na loja, ou andando pela rua
ou viajando de metrô, estamos purificando o ar. As sagradas letras da Torá também são uma proteção geral e para cada
indivíduo em particular.
in this issue >>>
Guerra Santa
"Oh, meu D'us! Aquele homem, ali ele está rezando? Aquele homem
está rezando!"
"Creio que sim. Ele disse 'D'us'! Pude
ouvi-lo claramente dizer 'D'us'!"
É um sinal dos tempos que o suspiro
de uma pessoa rezando seja motivo
de alarme. A expectativa é que esteja
para iniciar um ataque terrorista, ou,
pelo menos, cometer suicídio.
As pessoas religiosas têm protestado
por muito tempo sobre este
preconceito e estão certas. Aqueles
que têm o hábito de falar com D'us
não são, de forma geral, mais
violentos
que
o
restante
da
população.
Entretanto, é interessante notar que,
na tradição judaica, a prece é uma
atividade
com
conotações
nitidamente violentas. Nossos Sábios
dizem que o verbo hebraico vayigash
("e ele aproximou-se") é empregado
pela Torá para descrever uma
pessoa entrando na batalha, bem
como uma que começa a rezar. De
fato, o uso desta palavra muitas
vezes sugere uma combinação das
duas, uma aproximação que é tanto
uma
súplica
quanto
uma
confrontação (como no caso da
abordagem de Yehudá a Yossef, que
dá seu nome à leitura Vayigash da
Torá). Estamos falando, é claro, não
do tipo de violência cometida com
bombas ou punhos, mas de uma
violência
mais
profunda,
mais
espiritual. A prece, em sua forma
mais verdadeira, é um confronto entre
o homem e D'us, um confronto entre o
"eu" puro e ilibado que acalentamos
nas profundezas de nossa alma, e o
"eu" que fizemos de nós mesmos em
nossa vida de todos os dias.
Quantas vezes nos dizemos durante
o dia: "Eu não sou assim! Este não
sou eu!" Percebemos que possuímos
um "eu" melhor, um "eu" que não
sucumbe às incontáveis concessões,
grandes e pequenas, que fazemos às
"realidades" de um mundo imperfeito.
Mas onde está este "eu" interior?
Quando conseguimos enxergá-lo?
Está fadado a permanecer sempre
encerrado
em
alguma
câmara
recôndita de nossa alma, sua voz
emudecida
e
sua
influência
imperceptível
em
nossa
vida
cotidiana?
A prece é quando abrimos o portão
que tranca este "eu" interior e o
libertamos, junto com nosso "eu"
normal, na arena de nosso coração
para confrontarem-se cara a cara. A
batalha que se segue é sempre difícil,
por vezes inconclusiva, às vezes
desapontadora. Mas desde que
aconteça de forma regular, sabemos
que "a centelha de Divindade" no
âmago de nossa alma está viva e
passando bem.
Há no judaísmo a noção de o
fim dos tempos?
Diz o Talmud: "Seis milênios o mundo existirá e em um
milênio será destruído." Não se trata de profecia
apocalíptica, mas apenas uma descrição do que ocorrerá
quando o mundo alcançar sua meta final.
A Chassidut explica o conceito (em hebraico, mundo é
"olam" que deriva de "helêm", ocultação), de que o
mundo material oculta a Presença Divina. Esta ocultação
durará até o sétimo milênio, quando então D’us Se
revelará e habitará conosco o mundo material. Esta
época será chamada Olam Habá.
Este é o propósito do mundo, como diz o Midrash, pois
D’us o criou para ter Sua morada neste mundo inferior.
D’us deseja habitar este mundo, ou seja, da mesma
forma que uma pessoa mora em sua casa, sem
"fingimentos", D’us quer Se revelar no mundo material.
Isto já ocorreu no momento da Criação, quando Adam, o
primeiro homem vivia no Gan Êden, Paraíso; mas, como
não se comportou devidamente, afastou a Presença
Divina do mundo. No Mundo Vindouro, D’us estará ainda
mais revelado.
Antes desta época, ocorrerá a Ressurreição dos Mortos.
Todos os justos voltarão para vivenciar esta fase. Muito
antes desta era, D’us enviará Mashiach para preparar o
mundo para este momento. Será um homem de carne e
osso, descendente do rei David, grande estudioso e
profundo conhecedor de Torá, que aproximará todos os
judeus para o estudo de Torá e cumprimento de mitsvot.
Construirá o Terceiro Templo sagrado em Jerusalém,
trazendo a paz para a humanidade, e reunirá todo o povo
judeu na Terra Santa.
Este mundo se elevará espiritualmente, preparando-se
para o Mundo Vindouro. A princípio, não ocorrerá
nenhum milagre durante a Era Messiânica; quando o
mundo começar a se elevar, a Natureza também se
transformará aos poucos, dando lugar aos vários
milagres relatados no Talmud.
Nossos sábios apontaram diversos sinais para a época
que antecederá a vinda de Mashiach. A grande maioria
já ocorreu em nossa geração. Tudo indica que este
momento está bem próximo.
O Rebe anunciou que a Era Messiânica era iminente.
Assim, devemos nos aprontar para receber Mashiach;
abrir os olhos e perceber as diferenças que surgem a
nossa volta.
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bc
Vida
Judaica >>>
Jones Abraão Ohana cresceu em Belém
do Pará, costumava acompanhar o pai
judeu à sinagoga, porém não realizara
a circuncisão ou Bar Mitzvá. Portanto,
quando
seu
pai
faleceu
queria
homenageá-lo rezando o Kadish. Quando
ele foi para a sinagoga, disseram-lhe que
o Kadish não precisava ser dito por ele,
pois não era judeu, e que outros métodos
de honra poderia ser feito.
Ele estava perturbado e irritado,
pois sabia que este é o modo judaico de
honrar um pai falecido. Voltou para casa
para contar à mãe o que aconteceu na
sinagoga. Ela também era judia, mas sua
história
não
era
tão
simples.
Em 1905, em Macapá, uma jovem judia,
Anna Julia, chegou da Polônia sendo
prometida se casar com alguém no Brasil.
As aspirações de uma nova vida e a idéia
de casamento a empolgaram.
Uma vez …
Em 1810, Rabino Yehoshua Heshel de
Komarna, o primogênito do Rabino
Baruch Teumin-Frenkel, certa vez
precisou viajar a negócios para a
cidade de Tarnigrod. Após finalizar
suas transações comerciais, ele foi
direto à yeshivá local para estudar
Torá. Ali encontrou um jovem de
dezessete anos que estava tentando
decifrar um problema talmúdico com
intensa e ininterrupta concentração. O
viajante entrou numa discussão
erudita com ele, e imediatamente
percebeu que estava lidando com um
jovem
que
possuía
dons
extraordinários. Perguntou ao rapaz
quem era ele, e quando o jovem
informou
seu
nome,
Chaim
Halberstam, o nome do pai e outros
detalhes de seus antepassados,
Yehoshua Heshel decidiu então que
ali estava o possível par para sua
irmã, Rachel Feigue.
O jovem Chaim expressou sua
disposição em considerar o noivado.
Yehoshua Heshel foi imediatamente
ao seu hotel e despachou uma carta
urgente para seu pai em Leipnick,
anunciando que tinha encontrado o
par adequado para sua irmã, e que o
noivo em perspectiva era um prodígio
em erudição de Torá e religiosidade,
ao nível dos maiores sábios dos
séculos anteriores. A carta incluía
todos os detalhes da identidade e
linhagem do rapaz. No entanto, o
escritor escondeu do pai um detalhe:
Ela conheceu um homem Português muito
respeitado que lhe prometeu casamento e
um futuro. Ela ficou grávida dele e deu à luz
uma menina chamada Josepha. Ao descobrir
que o homem não tinha a intenção de se
casar com ela, Anna Julia se sentiu traída e
quis abandonar a criança. Numa viagem
de barco, ela decidiu lançar a criança dentro
do mar. Muitas pessoas vendo a ação da
jovem alertaram-a para não fazê-la. Um
senhor aproximou-se dela pedindo então,
que dê a criança indesejada para ele e a
esposa.
"Estamos casados há vários anos e não
tivemos filhos, vamos adotá-la". Anna Julia
concordou em dar Josepha para adoção e
eles documentaram a adoção. Ao crescer,
Josepha foi informada que sua mãe era
judia e sobre a história, porém nada
aconteceu. Ela não cresceu judia e não se
importava. Josepha teve uma filha mulher, a
mãe de Jones, a terceira geração
diretamente de Anna Julia (também
conhecida como Anna Judia), numa familia
católica, porém o passado de suas
ascendentes permanecia na história.
Era necessário apenas confirmar todos
estes fatos e documentos, e após várias
entrevistas e investigações a história foi
confirmada. Sua mãe é judia, ele também é
judeu, filho de pai e mãe judeus. A
excitação desta confirmação mudou sua
vida para sempre. Ele começou a aprender
e manter mais e mais mitsvot. Hoje Jones
reza três vezes ao dia, e nunca perde a
oportunidade de dizer o kadish para seu pai.
não informou que o jovem era aleijado. noiva derramava lágrimas amargas;
Aos olhos de Rabino Yehoshua Heshel o seu pai tentava acalmá-la e transmitirextraordinário gênio do rapaz tornava a lhe
coragem
com
argumentos
aproximou-se
delae ele
pedindo
então, que
dê a ela que se
deficiência parecer
insignificante,
tranquilizantes.
Prometeu
a desejo
criançaqueindesejada
e a esposa.
tinha um forte
este noivadopara
nãoelequisesse
o jovem após tê-lo
"Estamos casados há vários
anoselee não
não a forçaria ao
se concretizasse.
conhecido,
tivemos filhos, vamos adotá-la".
Anna
Juliacontinuaram os
casamento.
Então,
dar Josephus
para adoção
e
Algum tempoconcordou
depois, a em
questão
do preparativos
para receber
o convidado
eles
documentaram
a
adoção.
Ao
problema físico do jovem prodígio se especial. Todos aguardavam ansiosos
crescer, Josephus foi informada que sua
tornou conhecida. Esta informação para ver o que aconteceria quando ele
mãe era judia e sobre a história, porém nada
chegou aos ouvidos de Rachel Feigue, a chegasse.
aconteceu. Ela não cresceu judia e não se
futura noiva, e ela correu ao pai com a
importava. Duas gerações depois, nasce a
perturbadora notícia. Quando ouviu o Chegou o dia; o jovem erudito
mãe de Jonas, pela lineagem materna
relato da filha, Rabino Baruch expressou apareceu em Leipnick e dentro de
diretamente de
Anna
Julia
(também
sua ira sobreconhecida
o filho, que como
tinha mantido
minutosque
tinha
descoberto que sua
Anna Judia),
também
em segredo essa
informação.
Mas
o
que
noiva
em
perspectiva
não queria
não foi criada como judia, e sim num ----------se deveria fazer
agora?
aceitar oconhecia
casamento por
------convento
católico, porém
a causa do seu
defeito físico. Sua reação foi dizer que
história.
Rabino Yehoshua Heshel, que assumia queria trocar algumas palavras com a
a principal responsabilidade por este moça em particular. A essa altura,
triste estado de coisas, tentou consolar o aqueles que contam a história
pai, e propôs que o futuro noivo fosse admitem: “Aquilo que ele disse a ela
convidado para ir a Leipnick. O filho jamais foi revelado.” Os resultados, no
mais velho de Rabino Baruch estava entanto, são bem conhecidos. Alguns
certo de que, quando o pai visse com os dizem que quando eles estavam
próprios olhos o jovem prodígio e sozinhos, Rabino Chaim pediu à jovem
testasse seu conhecimento e caráter, para olhar no espelho. Quando ela
ficaria contente com ele, e então lançou o olhar naquela direção, seu
também veria o defeito físico como um rosto empalideceu; no reflexo de si
detalhe insignificante. Além disso, mesma que ela via, estava aleijada em
Yehoshua Heshel estava igualmente uma perna. Rabino Chaim explicou a
certo de que sua irmã Rachel Feigue ela: “A verdade é que era você quem
gostaria de casar-se com tamanho deveria ter vindo ao mundo com esse
gênio. Nesse ínterim, a cidade de defeito. Mas eu, como o marido que
Leipnick inteira estava num torvelinho. lhe estava destinado, aceitei o defeito
Era este o noivo certo para a filha do sobre mim mesmo. Você ainda deseja
grande rabino? – um aleijado! Na casa rejeitar este casamento?” A jovem
do rabino, também, tudo era confusão e ficou quieta e saiu da sala sem dizer
reinava o tumulto. A futura noiva
uma palavra.
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Mais tarde naquela noite ela procurou
o pai e disse que tinha mudado de
ideia. Seria uma honra, ela declarou,
casar-se
com
Rabino
Chaim
Halberstam. Os dois de fato se
casaram, e tiveram muitos filhos que
seguiram fielmente os passos do pai,
que se tornara o famoso “Sanzer Rav”
– o “Divrei Chaim”. Seus filhos
assumiram o manto de grandeza do
pai, e depois disso os filhos deles.
Uma dinastia rabínica foi estabelecida,
e perdura até os dias de hoje. O pai da
noiva, Rabino Baruch Teumim-Frenkel,
era
quem
mais
demonstrava
publicamente sua alegria após o
casamento. Soubesse ele ou não o
que tinha sido conversado entre o
jovem casal, de uma coisa ele estava
certo. “É verdade que a perna do meu
genro é aleijada,” declarou ele, “mas
seu cérebro está perfeito.”
Acendimento das
Velas:
Manaus
18:01
17:51 do
Término
18:45
Shabat:
Rio de Janeiro
19:21
20:19
S. Paulo
19:36
20:34
Em Honra ao
nascimento de
Hodaia Mordechai
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