BIOGRAFIA IRMÃ DULCE Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes Nasceu em 26 de maio de 1914, à rua São José de Baixo, 36, no bairro do Barbalho, na freguesia de Santo Antônio Além do Carmo, cidade de Salvador, Bahia. Desencarnou em 13 de março de 1992, no Convento Santo Antônio, sito a Av. Dendezeiros. A frase saiu arrastada da garganta. - Irmã, não me deixe morrer na rua - ele implorou mais uma vez. - Meu filho, eu não tenho onde colocar você. Isto aqui é um posto médico. Irmã Dulce procurava na mente uma outra frase para tentar explicar ao pequeno jornaleiro agonizando à sua frente, com malária, que não tinha condições de abrigá-lo, mas não encontrava palavras para uma explicação que o seu coração mostrava ser totalmente descabida. Um nome então saiu espontaneamente dos seus lábios: Ilha dos Ratos, um lugar próximo ao posto médico em que trabalhava, onde existiam casas abandonadas. Ela sabia que talvez o esforço para socorrê-lo fosse inútil, diante do estágio já avançado da doença. Mesmo assim, não poderia ficar indiferente à dor daquela criança e decidiu lutar contra a febre, a fome, contra o desespero que se expressavam nos lábios trêmulos daquele menino. - Venha comigo, meu filho. O seu olhar e a paz transmitida pela sua voz trouxeram uma nova esperança para o pequeno jornaleiro. Irmã Dulce o levou pelas mãos até a Ilha dos Ratos. As casas estavam de fato vazias, mas as portas muito bem trancadas. - Moço arrombe esta porta por favor - disse para uma banhista que vinha passando. - O que é isso irmã, a senhora ficou doida? Isto tem dono! - Eu sei moço. Mas arrombe esta porta. Por minha conta. - Não sei não irmã... - Este menino está morrendo. Ele bateu à minha porta na esperança de ser atendido. Deus não atende a todos nós? Não é Ele quem nos dá o ar, a luz, a saúde? Ele recusa alguma coisa quando pedimos com fé, com esperança? Como vamos recusar um pedido de nosso semelhante, do nosso próximo? A porta foi arrombada e Irmã Dulce acomodou o menino. Em seguida saiu e voltou logo depois, trazendo uma lamparina de querosene, leite e biscoitos e Florentina, uma conhecida que morava nas redondezas e que, a seu pedido, passou a noite tomando conta do pequeno enfermo. O pequeno jornaleiro seria apenas o primeiro doente recolhido nas ruas, acolhido por Irmã Dulce. No dia seguinte ele foi buscar uma velha mendiga que estava morrendo de câncer sob uma tamarindeira. Depois, um tuberculoso e em pouco tempo, dezenas de doentes estavam abrigados nas casas da Ilha dos Ratos. Para alimentá-los, a jovem freira saia de porta em porta, recolhendo comida. Algum tempo depois, foi expulsa das casas. Iniciou então uma peregrinação com os seus doentes, que se estendeu por vários anos, até 1949. Primeiro, ela os levou para os arcos da Igreja do Bonfim, mas teve novamente que sair, dessa vez por ordem do prefeito. Foi para o Mercado do Peixe e novamente foi expulsa. Ficaria na rua com os seus doentes? Ela, então, lançou mão de um último recurso: foi à superiora da sua congregação e lhe pediu para abrigar os doentes no galinheiro do convento. Não sem relutância, a madre concordou, desde que Irmã Dulce encontrasse uma solução para as galinhas. Em pouco tempo, o galinheiro estava limpo, colchões espalhados pelo chão e os 70 doentes abrigados. A madre superiora retornou e elogiou o empenho de Irmã Dulce. Antes de ir, perguntou pelas galinhas: - Estão todas muito bem, na barriga dos meus doentes. O albergue improvisado no galinheiro do Convento Santo Antônio, da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição Mãe de Deus foi o início da grande obra de fé erguida por Irmã Dulce, uma das primeiras organizações não governamentais do país, que conquistou o respeito e a admiração de todos os brasileiros. Era o marco inicial de uma das mais grandiosas obras sociais já existentes no Brasil. Fã do Ipiranga A história de Maria Rita Lopes Pontes - nome de batismo da freira - é daquelas que comovem pelo desapego. Nascida em Salvador, a 26 de maio de 1914, quando criança passava horas ajoelhada diante da imagem de Santo Antônio, aguardando um sinal se devia ou não seguir a vocação religiosa. Um dia, acreditou ter visto o santo português balançar a cabeça. Nessa época, a timidez alternava-se com as travessuras de infância. Segunda entre cinco filhos do dentista e advogado Augusto Pontes (mantenedor de uma escola para carentes, diziam que sua cachaça era a dedicação à entidade assistencial) e de Dulce Lopes (morta aos 26 anos), Maria Rita não perdia a oportunidade de empinar pipa e jogar mamona nos irmãos. A descoberta de um mundo sem os luxos da casa na rua Independência (era vizinha de Antônio Carlos Magalhães) aconteceu ao visitar, com as tias, os bairros da periferia, sob o único pretexto de que "era hora de a menina conhecer uma realidade diferente". O que ninguém na família imaginava era que ela se transformaria num raro exemplo de bondade e amor. Preocupada com a miséria alheia, Maria Rita, com 13 anos, deixou os amigos das brincadeiras de esconde-esconde a contar carruagens e passou a atender mendigos, enfermos e desvalidos. A vizinhança não disfarçava a cara feia para a menina que fazia curativos em enfermos e cortava o cabelo dos mendigos. "Temia perder o namorado por causa dos mendigos que ficavam esperando por ela na porta de casa", disse Dulcinha Pontes, 83 anos, irmã e entusiasta contadora de histórias da religiosa. O altruísmo prematuro só era interrompido aos domingos, dia de ir ao Campo da Graça torcer pelo Ipiranga, frágil equipe de futebol de Salvador que existe até hoje. Fanática pelo atacante Popó, Maria Rita entrava no gramado com os jogadores e chegou a dar o pontapé inicial de uma partida. A paixão pela bola - mantida por toda a vida - lhe valeu o curioso apelido de "Machão", invenção do tio Mundinho. Quando as notas no colégio estavam baixas, o pai ameaçava: "Se não melhorarem, domingo que vem não vai ao estádio!" Apelo de formatura Sem perder os gols de Popó, a garota concluiu os estudos aos 18 anos. O pai levou-a para escolher um presente de formatura, mas ouviu um pedido da filha: "Não quero nada, só que o senhor me deixe ser freira", anunciou Maria Rita. E quem resistiria ao apelo daquela garotinha bochechuda? Em agosto de 1933, a devota de Santo Antônio ganhou o hábito na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição, em Sergipe, e recebeu o nome religioso de Irmã Dulce, em homenagem à mãe. Tão logo tomou os votos de profissão de fé, foi designada enfermeira e, mais tarde, professora de geografia numa escola católica em Salvador. Como demonstrava pouco interesse pela atividade, conseguiu a liberação para fazer o que realmente gostava. Aos domingos, ia à favela dos Alagados mangue aterrado com lixo e cheio de barracos - para socorrer os necessitados. Tocando sua sanfona, animava o almoço dos operários nas fábricas ensinando catecismo. Ao ver que os trabalhadores não gozavam de nenhum benefício nem dispunham de assistência médica, convocou uma reunião. O primeiro encontro teve a presença de quatro homens e seis mulheres. Deu vontade de desistir. Mas, da segunda vez, foram 200 pessoas. Construiu farmácia, posto médico e uma cooperativa de consumo. A obra começou a crescer e, em janeiro de 1937, Irmã Dulce fundou o Círculo Operário da Bahia, que também proporcionava atividades culturais e recreativas, além de uma escola de ofícios. Saco de pimentão Impressionado com as dificuldades enfrentadas pela religiosa, que continuava acomodando seus doentes no antigo galinheiro, em 1959 o governador do Estado cedeu um terreno para a construção de um projeto maior. Bem ao lado do convento, no bairro Roma, era criado o Albergue Santo Antônio, com 150 leitos. Poucos anos depois foi inaugurado um orfanato com capacidade para 300 menores. Se crescia a obra de Irmã Dulce, aumentavam também suas preocupações. Para alimentar tanta gente, saía com uma caminhonete pela manhã e percorria feiras e supermercados. Os comerciantes já a esperavam com um saco de pimentão, cebola ou o que pudessem oferecer. O importante era não voltar de mãos vazias. A cada fim de mês, médicos e enfermeiros - todos voluntários - acreditavam que o dinheiro não seria suficiente para arcar com as despesas. Irmã Dulce ia atrás de donativos, falava com empresários e, no final, sempre dava um jeitinho. "Ela foi a administradora mais eficiente que conheci", afirmou a ISTOÉ o ex-banqueiro Ângelo Calmon de Sá (dono do Banco Econômico, que faliu em 1995). Durante 13 anos, ele conversou diariamente com Irmã Dulce e hoje preside o conselho que gerencia suas obras assistenciais. Seguindo uma filosofia franciscana de caridade, Irmã Dulce quase não se divertia. Os raros momentos de folga eram dedicados a responder cartas, assistir aos Trapalhões na tevê e ouvir Roberto Carlos. Não lia jornais nem via televisão. As cenas a que assistia diariamente eram mais cruéis que as de qualquer programa policial. Irmã Dulce quase não comia. Três vezes por semana, fazia jejum. As poucas refeições se resumiam a um montinho de arroz e legumes colocados num prato de sobremesa ou num pires de café. Carne, doce e refrigerante não constavam de seu cardápio. Com tantos doentes e esfomeados esperando por seus gestos de benevolência, Irmã Dulce também quase não dormia. Eram no máximo quatro horas de sono por noite, sentada numa cadeira de madeira maciça. Começou a dormir ali para pagar uma promessa e usou a espreguiçadeira por 30 anos, até ser proibida pelo médico. E, pior de tudo, Irmã Dulce tinha apenas um terço da capacidade respiratória. Quando os médicos perguntavam se havia passado bem a noite, respondia: "Passei na boate." Aí explicava: "boate" era como chamava o tubo de oxigênio que ajudava a mantê-la viva. Os sacrifícios eram proporcionais à felicidade. Uma das maiores alegrias acontecia às quartas-feiras e aos sábados, quando visitava o orfanato-escola localizado na periferia de Salvador. Chamava a todos pelo nome e conhecia os problemas de cada criança. E não recusava os convites para participar das "peladas" de futebol entre os garotos. Os meninos só saíam quando completavam 18 anos e tinham emprego garantido. Um deles, José Ferreira de Souza, 33 anos, lembra com carinho a mulher que garante ter sido sua verdadeira mãe. Atualmente trabalhando na própria obra de Irmã Dulce, conta que se desesperou quando chegou à maioridade. "Mas aí Irmã Dulce me avisou que estava precisando de um auxiliar administrativo e haveria um concurso no hospital", conta José. "No dia seguinte levantei nervoso. Fui até o hospital, andei por todos os setores durante três horas, rezei o terço com ela e saí empregado. Esse era o concurso dela." Caminhos de Roma O hospital a que José se refere é o Santo Antônio, fundado em 1970 ao lado do antigo albergue e ampliado em 1983. Recebe verbas regulares do governo federal, mas as doações continuam sendo imprescindíveis. A instituição possui hoje 1,1 mil leitos e atende diariamente a quatro mil pessoas. Servindo 142 mil refeições por mês, não é mais preciso arrombar portas nem matar galinhas para socorrer os pobres. "Hoje a obra é definitiva e irreversível", comemora a sobrinha Maria Rita Pontes, atual superintendente da Associação Obras Sociais Irmã Dulce Em 1990, a religiosa entrou em longos 16 meses de agonia, por causa dos problemas pulmonares. "Quero morrer ao lado dos pobres", ordenou. E assim foi, na sexta-feira 13 de março de 1992, no Convento Santo Antônio, ali no bairro Roma, onde a freira passou a vida inteira ao lado dos mais necessitados, sem descanso de Carnaval, domingo ou feriado. "Quando nenhum hospital quiser aceitar mais algum paciente, nós o aceitaremos. Esta é a última porta e eu não posso fechá-la." Como se diz entre a gente humilde de Salvador, todos os caminhos, hoje mais do que nunca, levam a Roma. Algumas histórias da Irmã Dulce 1) O estampido assustou as freiras do convento. Naquela manhã de 1952, Irmã Dulce foi até a janela e viu a explosão. Um ônibus e um bonde haviam colidido. Antes que o carro do resgate chegasse até o local, ela puxou uma mangueira. Depois, com o hábito chamuscado, subiu num caixote e quebrou a janela dianteira do ônibus. Salvou 12 passageiros. Outros 16 morreram. 2) Com medo de voar, só saiu de Salvador duas vezes depois de ordenada. Foi aos EUA receber uma homenagem, em 1962. Também visitou o Rio, mas aí preferiu pegar 26 horas de estrada. Certa vez, ao entrar num jato para se despedir da sobrinha, foi logo avisando: "Não levanta vôo comigo aqui, não!" 3) Era final de tarde e não havia alimento para todos no hospital. Sem dinheiro, Irmã Dulce rezava quando tocou o telefone: "Irmã, minha filha ia casar hoje. O noivo não apareceu e estou lhe dando o bufê.” A partir daí, a religiosa passou a pedir para Santo Antônio que arranjasse um bom marido para a mulher. Cronologia • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 1914, 26 de maio - Nasce Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, à rua São José de Baixo, 36, no bairro do Barbalho, na freguesia de Santo Antônio Além do Carmo, cidade de Salvador, Bahia, Brasil. Filha do cirurgião dentista Dr. Augusto Lopes Pontes e D. Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes. 1914, 13 de dezembro - é batizada na igreja de Santo Antônio Além do Carmo. 1921, 8 de junho - Morre D. Dulce, sua mãe, aos 26 anos de idade. 1922 - Junto com seus irmãos Augusto e Dulce, faz a primeira comunhão, na Igreja de Santo Antônio Além do Carmo. 1927 - Manifesta pela 1ª vez o interesse pela vida religiosa. Por esta época já atendia doentes no portão de sua casa, na rua da Independência, 61 - bairro de Nazaré. 1929 - Conhece no Convento de Nossa Senhora do Desterro, a Irmã Rosa Schüller que pela 1ª vez lhe falou sobre a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus. 1929, 14 de fevereiro - Foi matriculada na Escola Normal da Bahia, no 1º ano do curso de professora. 1932, 20 de agosto - Recebe o sacramento da crisma, das mãos do Arcebispo D. Augusto Álvaro da Silva. 1932, 9 de dezembro - Forma-se em professora pela Escola Normal da Bahia (atual ICEIA). 1933, 15 de janeiro - Faz a profissão de Terceira Franciscana, recebendo o nome de Irmã Lúcia. 1933, 9 de fevereiro - Ingressa na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, no Convento de Nossa Senhora do Carmo, em São Cristóvão, Sergipe. 1933, 13 de agosto - Recebe o hábito das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus. Em homenagem à mãe, recebe o nome de Irmã Dulce. 1934, 15 de agosto - Emite sua Santa Profissão de votos simples temporários de Noviciado. 1934, setembro - Vem para Salvador, trabalhar na abertura do Hospital Espanhol, em companhia das Irmãs Tabita e Capertana, exercendo as funções de enfermeira, sacristã, porteira e responsável pelo raio X. 1935, fevereiro - Passa a ensinar no Curso Infantil e lecionar Geografia e História no Colégio Santa Bernardete, no Largo da Madragoa, pertencente á sua Congregação. 1935, junho - Começa a trabalhar com os operários da Península Itapagipana. 1935, 6 de dezembro - Inaugura uma biblioteca para os operários da Fábrica Penha, em Itapagipe. 1935 - Inicia a assistência à comunidade carente, sobretudo nos Alagados, conjunto de palafitas que se consolidara na parte interna do bairro de Itapagipe, além de começar a atender os operários que eram numerosos naquele bairro, criando um posto médico que teve em Dr. Bernadino Nogueira, seu 1º colaborador e diretor. Por esta época a imprensa começa a chamá-la de Anjo dos Alagados. 1936, 1 de novembro - Funda com os operários Ramiro S. Mendonça, Nicanor Santana e Jorge Machado, a União Operária São Francisco, 1ª organização operária católica da Bahia. 1937 - A União Operária São Francisco se transforma no Círculo Operário da Bahia. 1937, 15 de maio - A Serva de Deus inicia seu 2º noviciado. 1937, 15 de agosto - Emite sua Santa Profissão de votos simples perpétuos. 1937 / 40 - Ajuda a fundar os cinemas Plataforma, São Caetano, cuja renda contribuía para a manutenção do COB. 1939, 1 de maio - Inaugura o Colégio Santo Antônio, no bairro da Massaranduba, para operários e seus filhos, com 300 crianças no turno matutino e 300 adultos à noite. 1939 - Ocorre a invasão das cinco casas, na Ilha dos Ratos, que irá definir o futuro da ação social e religiosa da Serva de Deus. 1941, 8 de janeiro - Conclui o curso de Oficial de Farmácia. 1941 - A Serva de Deus inicia a obra do quilo, para ajudar as famílias carentes junto ao Círculo Operário. 1946 - Dá início à campanha para entronizar o Sagrado Coração de Jesus nas fábricas de Itapagipe. • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 1947, 11 de junho - é instalado o Convento Santo Antônio, com as Irmãs Plácida e Hilária e, a Serva de Deus como a sua 1ª Superiora, junto ao Círculo Operário da Bahia. 1947, 15 de novembro - Recebe o título de Auxiliar de Serviço Social. 1948, 28 de novembro - Inaugura o Cine Teatro Roma. 1949 - Ocupa o galinheiro ao lado do convento inaugurado em 1947, após a autorização da sua Superiora, com os primeiros 70 doentes, dando origem a tradição propagada a décadas pelo povo baiano, de que a Serva de Deus construiu o maior hospital da Bahia, a partir de um simples galinheiro. 1950 - Inicia o atendimento aos presos da cadeia conhecida como "Coréia", devido as más condições de higiene local, no Dendezeiros. 1952,16 de abril - Cria o SAC - Serviço de Alimentação do Comerciário - almoço a preços populares ( 2 tostões), no prédio do Círculo Operário da Bahia. 1959, 26 de maio - Funda a Associação Obras Sociais Irmã Dulce. 1959, 15 de agosto - Instala oficialmente a Associação Obras Sociais Irmã Dulce. 1960, 8 de fevereiro - Inaugura o Albergue Santo Antônio, com 150 leitos. 1976, 25 de fevereiro - Falece seu pai, Dr. Augusto Lopes Pontes, que além de se constituir num baluarte ao lado de sua filha, na construção e consolidação das suas obras, foi um grande incentivador de outras obras sociais, destacando-se entre elas o "Abrigo Filhos do Povo", situado no bairro da Liberdade. 1980, 7 de julho - A Serva de Deus tem seu primeiro encontro com o Papa João Paulo II. 1981, 9 de março - Cria a Fundação Irmã Dulce. 1983 - Inaugura o novo Hospital Santo Antônio, com 400 leitos. 1984 - Funda a Associação Filhas de Maria Servas dos Pobres, com o intuito de manter o carisma da sua Obra. 1988 - O então Presidente da República José Sarney, indica a Serva de Deus para o Prêmio Nobel da Paz, com o apoio da Rainha Sílvia da Suécia. 1990, 11 de novembro - A Serva de Deus é internada com problemas respiratórios. 1991, 20 de outubro - Recebe no seu leito de enferma, a visita do Papa João Paulo II, pela última vez. 1992, 13 de março - Numa sexta feira, morre às 16:45, aos 77 anos, no Convento Santo Antônio, sito a Av. Dendezeiros, depois de sofrer por 16 meses. 1992, 15 de março - As 20:00h, é sepultada no altar do Santo Cristo, na Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia, na Cidade Baixa, em Salvador, Bahia, Brasil. 2000, 17 de janeiro - Abertura do Processo Diocesano para a Beatificação e Canonização da Serva de Deus, Dulce Lopes Pontes. 2000, 26 de maio - Transladação dos restos mortais da Serva de Deus, para a capela do Convento Santo Antônio, junto às Obras Sociais Irmã Dulce. 2001, 01 de junho - Encerramento da Fase Diocesana do Processo de Canonização da Serva de Deus Dulce, na Catedral Basílica de São Salvador, Bahia. Inácio da Fase Romana do processo. 2001, 7 novembro - Validação jurídica pela Congregação para a Causa dos Santos da Santa Sé da documentação levantada e elaborada pela Diocese de Salvador referente ao processo de beatificação de Irmã Dulce. 2003, fevereiro - Lançamento na Itália da biografia oficial de Irmã Dulce, escrita pelo italiano Gaetano Passarelli, teólogo e biógrafo de santos e único leigo na história a ser admitido como consultor na Congregação para a Causa dos Santos. 2003, maio - Lançamento da biografia oficial de Irmã Dulce no Brasil pela Editora Record. 2003, junho - Conclusão e apresentação da Positio à Congregação para a Causa dos Santos. A Positio é um documento canônico misto de relato biográfico e das virtudes e resumo dos testemunhos do processo que atestam as ações virtuosas da Serva de Deus. 2003, junho - Reconhecimento jurídico pelo Vaticano de um possível milagre ocorrido por intercessão de Irmã Dulce. www.irmadulce.org.br © 2003-2004 OSID - Obras Sociais Irmã Dulce / Reprodução permitida, desde que citada a fonte Conteúdo produzido pela Assessoria de Comunicação da OSID