O Papel dos Pais na
educação e catequese
Os pais têm obrigação de educar os seus
filhos. São os primeiros e principais educadores dos seus filhos; É aos pais que
compete fazer a educação religiosa da
criança, praticamente até aos 6 anos…
“Casa de Pais, Escola de filhos”; Não podemos esquecer que a criança passa muito mais tempo com os pais do que com
o Catequista, por isso é necessário que os
pais cumpram o seu dever “ao lado” do
Catequista. Se assim não for não podemos
esperar grandes frutos da Catequese; Os
pais devem levar os seus filhos à Eucaristia (Dominical), se possível acompanhando-os (dando-lhes o seu exemplo); Os pais
têm obrigação de educar os seus filhos.
São os primeiros e principais Educadores
dos seus filhos; Não queremos na Catequese, crianças que não tenham hábitos
de Eucaristia. Catequese sem Eucaristia é
Catequese falhada.
É aos Pais que compete marcar as faltas
dos filhos à Eucaristia. Por isso vai-lhes ser
facultada uma ficha de presenças (faltas)
do filho, às Eucaristias.
Se possível aos Sábados. É a Eucaristia dos
Jovens, dos Adolescentes e das crianças;
Os pais devem incentivar os seus filhos a
participar nas Equipas da Liturgia: Acólitos, leitores, etc., etc., criando neles o
gosto pela Eucaristia; Os Pais devem falar com regularidade com o Catequista
dos seus filhos, para se inteirar tanto do
aproveitamento, como da assiduidade e
pontualidade; Deve haver uma atitude e
opinião positivas em relação à Catequista,
para que a criança a respeite e ganhe interesse pela Catequese – Muitas vezes se
a criança diz mal da Catequista, por isto
ou por aquilo, logo estão os pais a apoiar:
Pois é não ensina nada...(e ainda por cima,
isto e aquilo). Assim não!; Sempre que os
Pais tenham questões a colocar devemno fazer diretamente junto da Catequista.
Caso seja assunto ao qual a Catequista
não esteja a dar resposta, então deve ser
colocado ao Pároco, que é o responsável
máximo da Catequese na Paróquia; Os filhos devem ser elogiados por aquilo que
de bom fazem, ou dizem – não devem ser
só repreendidos pelo que fazem de menos
bom; O sucesso da Catequese, começa na
família. Continuaremos esse tema...
(De um boletim paroquial de arciprestado vizinho)
ANO XI• Nº 16 • 19 Abril 2015
Ser cristão é dar testemunho de Jesus
As imagens lembram o Tríduo Pascal celebrado na Igreja Matriz, de modo especial a
prostração em sexta-feira santa, em memória da morte de Jesus, e a Vigília Pascal,
com o hino à luz e o cortejo, finda a celebração, para o templo do Senhor da Cruz,
momentos altos e, graças a Deus, cada vez mais compreendidos e frequentados. Nenhum cristão se deveria permitir estar ausente das celebraqções do Tríduo Pascal.
Nem sequer para fazer férias (há sempre onde se pode participar, também nos locais
de férias, basta procurar!).
A Visita Pascal vai sendo cada vez mais festiva. Pena é que muitas famílias lhe tenham
perdido o sentido. Houve festa e verdadeira alegria no anúncio pascal feito na nossa
Paróquia. A todos, os que foram no Compasso e às famílias que o receberam, o Prior
louva e agradece.
Maria Antónia de Andrade Faria Lamela
Faleceu Maria Antónia de Andrade Faria Lamela, de 100 anos, a 11
de Abril, ela que era solteira. O funeral foi celebrado na segundafeira passada, dia 13, com missa de corpo presente às 15.30. A
missa de 7º dia foi celebrada na Igreja Matriz, ontem, dia 18, às
19.00, e a de 30º dia será no dia 9 de Maio às 19.00 na Igreja
Matriz. Que descanse em paz.
BODAS DE PRATA E DE OURO - PARABÉNS
Vão celebrar na terça-feira, dia 21, as suas bodas de prata de casamento Carlos Manuel Pinho Veloso e Carmen Maria Machado Fernandes. O casamento foi celebrado na Igreja de Matriz no dia 21 de Abril de 1990.
Vão celebrar também no sábado, dia 25, as suas bodas de ouro de casamento Manuel Carlos do
Carmo Ferreira e Angela Sá da Costa. O casamento foi celebrado na Ermida da Franqueira no dia
25 de Abril de 1965.
A Paróquia une-se à acção de graças e felicita os casais por este jubileu.
Para eles os nossos parabéns.
Tiragem semanal: 1400 ex.
DIA DAS VOCAÇÕES
E DIA DO BOM PASTOR
Pareceu-me honesto aquele rapaz que, senhor de si e das suas convicções, aceitou
que eu discordasse dele e dissesse as razões pelas quais não tem sentido dizer-se No próximo domingo celebra-se em toda a
católico não praticante. Respeitando-o, pedi-lhe que me respeitasse: discordando Igreja o Dia do Bom Pastor que é também
de mim, não deveria eu abdicar das razões que contrastavam com as suas, ou o dia de oração pelas vocações. Sabemos
seja, se o respeitava nas suas convicções, deveria ele respeitar também as minhas. as necessidades que a Igreja tem de serAvancei mesmo mais: assim como diante do médico o que nos parece cede às suas vidores, pessoas que, por missão, a tempo
razões de técnico competente na área, também de um padre se espera sempre inteiro, consagram as suas vidas ao servihonestidade intelectual e respeito pela interioridade do outro, por um lado, mas ço do anúncio da Boa Nova de Jesus, às
também respeito pela
Palavra de Deus vezes com o risco da própria vida, em cire pelas orientações da
Igreja, que está cunstâncias muito difíceis. Rezamos para
ORAÇÃO
ao serviço da verdadeira libertação que muitos jovens, rapazes e raparigas, se
humana. O que irá se- Deus Pai,
guir-se só Deus decidam por uma vida de consagração ao
serviço da Igreja.
o sabe.
Lembrei-me
dis- fonte de toda a santidade,
to a propósito A oração publicada nesta página destinada atitude corajosa envia novas vocações à Tua Igreja, dos apóstolos se a ser rezada, em privado e em família e
quando desafiam as Servidores generosos
autoridades do mesmo durante toda a semana antes ou
tempo e não se calam da humanidade ferida,
a anunciar Jesus depois das celebrações litúrgicas.
Ressuscitado. Não há
ameaças
que
os calem nem cadeias Evangelizadores
que os deteentusiasmados e corajosos,
nham.
De facto, ser cris- Pastores santos,
tão não pode
dizer-se pela negativa que santifiquem o Teu povo
do termo nãopraticante. Seria uma
mentira. Diz-se
pela positiva: ser cris- com a palavra
tão é dar testemunho de um Encon- e os sacramentos da Tua Graça,
tro que marca
para sempre a vida Consagrados que mostrem
de alguém. O
Encontro com o Res- a santidade do Teu Reino,
suscitado transforma a pessoa e tem
consequências
na sociedade. É disso Famílias tocadas pela Tua beleza, que os Apóstolos
e os primeiros cristãos para que, pelo Teu Espírito Santo, dão testemunho.
E a Igreja, na sua pe- comuniquem a salvação de Cristo dagogia, constantemente nos cona regressar
a todas as pessoas da Terra. Amén. vida
aos primeiros tempos
em que tudo era
proibido e não faltaram cristãos que
deram a própria vida por Jesus. Entretanto, o sangue destes mártires tornou-se
referência para sempre: a Boa Nova de Jesus encontra sempre muitas resistências
pela frente. Só que estas resistências «medem» o valor do testemunho.
Mesmo depois do crime cometido - anuncia Pedro com desassombro - os judeus
tinham ainda ao seu alcance a salvação. Aquele que perdoou na cruz aos que O
mataram continua a perdoar a todos e a pedir apenas a conversão da vida, isto é
que os caminhos do erro e do pecado se tornem vias de graça e de ajuda. A ignorância dos judeus ao matarem Cristo não impede que os mesmos judeus se voltem
para Jesus para serem salvos. Como nós, hoje, ignorantes e mentirosos, julgamo-nos sem pecado e portanto sem necessidade
de justificação. S. João é claro ao dizer que só um tem poder de justificar. Jesus, o único Justo é também o único que nos pode
justificar, ou seja, nos ajustar ao Pai. Voltemo-nos para Ele e confiemos-lhe a nossa Vida. Transformada e justificada a nossa
vida torna-se Testemunho para outros.
O Prior - P. Abílio Cardoso
“Não se desespere se não encontrar a Deus e pensa que não lhe escuta. Ele lhe encontrará
certamente e está pensando o melhor para você. Continue na busca e tenha o coração aberto”.
Alberto degli Entusiasti
SERVIÇO LITÚRGICO DA SEMANA
A VIDA DO POVO DE DEUS TORNADA ORAÇÃO
III DOMINGO DE PÁSCOA
Segunda, 20 - Leituras: Act 6, 8-15
Jo 6, 22-29
INFORMAÇÕES
Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia
Intenções das missas a celebrar na Matriz
RESIDÊNCIA PAROQUIAL - DONATIVOS:
(Segunda a Sábado - 19.00; Domingo - 11.00 e 19.00)
Segunda, 20 - Manuel Rosa Batista da Costa e filho
Conforme proposta do Conselho Económico, pede-se a to- Terça, 21 - Dra. Clementina Rosa Rego Graça Esteves
das as famílias que contribuam ao menos com quantia igual
à da côngrua e que o façam quanto antes. Vamos dando
Quarta, 22 - Maria do Carmo Gonçalves Fernandes e marido
conta das respostas chegadas.
Família n.º 108 - 250,00
Quinta, 23 - Intenções colectivas:
Família n.º 196 - 10,00
Família n.º 339 - 60,00
- Maria Cândida Barbosa da Costa
- João Cruz da Costa (aniv.) e esposa
TOTAL: 320,00 euros / A transportar: 62.516,00
- Luís Soares e Alzira da Silva Carvalho
Terça, 21 - S. Anselmo
Aires
Marques
e
esposa Maria Barcelice Cordeiro
Leituras: Act 7, 51-8, 1a
- Celestino Oliveira Costa, esposa e filhos
Jo 6, 30-35
- Maria da Conceição Pereira Silva (30º dia)
Quarta, 22 - Leituras: Act 8, 1b-8
Jo 6, 35-40
Sexta, 24 - Francisco Duarte de Carvalho
Quinta, 23 - S. Jorge e S. Adalberto
Leituras: Act 8, 26-40
Sábado, 25 - Intenções colectivas
Jo 6, 44-51
- Fernando Pereira da Silva
Sexta, 24 - S. Fiel de Sigmaringa
- Licínio Santos (aniv.)
Leituras: Act 9, 1-20
- Domingos Ferreira da Cruz
Jo 6, 52-59
- Silvestre Martins Coutada, esposa Adelaide e filho Custódio
- José Júlio Silva Carvalho
Sábado, 25 - S. Marcos
Leituras: 1 Pedro 5, 5b-14
- Abílio Batista Costa Marques e esposa
Mc 16, 15-20
- José Fernando Lopes de Sousa
DOMINGO, 26 - IV DA PÁSCOA
Leituras: Act 4, 8-12
Domingo, 26 - 11.00 - Missa pelo povo
1 Jo 3, 1-2
19.00 - Pelos Benfeitores da Paróquia
Jo 10, 11-18
Uma ideia de Deus
«Um dia destes ouvi o físico João Magueijo, em entrevista à Antena 2 a propósito do seu recente livro O grande inquisidor,
uma biografia de Ettore Majorana, físico italiano desaparecido misteriosamente durante uma viagem de barco em 1938 (terse-á suicidado?, terá sido raptado?, ter-se-á recolhido a um convento da Calábria aterrado com as previsíveis consequências
da descoberta, anos antes, da fusão nuclear?), dizer que, mesmo que improvavelmente a ciência demonstrasse um dia a
existência de Deus, ele continuaria a não acreditar, pois que a fé, ao contrário da ciência, é uma questão do indivíduo consigo
mesmo. A entrevista despertou o meu interesse não só por Ettore Majorana e pelo livro de João Magueijo mas pelo próprio
João Magueijo. Também eu, se alguma das ciências, a física por exemplo (a Santíssima Trindade, três pessoas e uma ao mesmo
tempo, pode bem ser uma realidade quântica…), viesse a provar a existência de Deus, não me tornaria decerto crente por causa disso. Porque também não sou «crente» da ciência. É minha convicção que cepticismo, incluindo o cepticismo em relação
à própria ciência, está no âmago do espírito científico. A história da ciência – e a ciência não existe fora da História – abunda
de acontecimentos que recomendam uma tal atitude.
E, no entanto, sendo ateu, tenho-me às vezes por religioso no sentido mais estrito e literal da palavra, que pouco tem que
ver com divindades ou crenças e, principalmente, com igrejas. Li teólogos como Nicolau de Cusa e místicos como «Meister»
Eckhart, condenado pela Igreja como herege, com o mesmo proveito com que li Sade ou Bataille; as histórias das religiões de
Eliade e até de Bleeker-Widengren ou o Livro de Job e o Evangelho de S. João só não são meus livros de cabeceira porque não
tenho livros de cabeceira; a minha cabeça e o meu coração estão repletos de personagens dos mitos gregos, celtas, xintoístas;
a Attente de Dieu de Simone Weil comove-me tanto quanto a Viagem ao fim da noite, de Céline, e S. João da Cruz e Frei Luis
de León tanto quanto Bukovski ou Marina Tsvetáeva. Uma vez ouvi Stephen Weinberg dizer que o facto de nos preocuparmos
com a origem do Universo talvez signifique que não somos afinal inteiramente miseráveis enquanto espécie. Ora essa preocupação manifesta-se tanto nas especulações da ciência acerca do que estará para lá do «tempo de Planck» ou antes do Big
Bang como no Fiat Lux bíblico e nas cosmogonias de todas as religiões. A ideia de um Ser criando ex nihilo tudo o que existe
é simples e bela, e a beleza é ela própria uma forma de verdade. Infelizmente verdade poética e verdade científica nem sempre
são compatíveis, mesmo que a ciência seja um território inesgotável para quem procure a verdade da beleza.
Não preciso de acreditar na existência de um Deus para reconhecer que a ideia de Deus é bela e, continuando ateu, dar-me
perfeitamente bem com essa ideia. (A existência de Deus seria, aliás, uma boa partida para muitos que se dizem crentes). E
estou convencido de que sem a beleza da ideia de Deus, tão corrompida pelo proselitismo religioso, o mundo seria decerto um
lugar ainda pior do que é. Se a ciência viesse um dia a verificar a realidade física, na origem de tudo, de um ponto quântico
de volume nulo e densidade e temperatura infinitas e chamasse a tal singularidade de Deus («chamo-lhe Tao porque não sei
o Seu nome», diz o taoísta), a ideia desse Deus – um Deus imanente e não transcendente, natural e não sobrenatural, ou seja,
tudo menos um Deus – poderia ser igualmente bela mas não seria decerto coisa capaz de tornar alguém melhor».
Manuel António Pina, in Noticias Magazine, 23/10/2011
2
SECRETARIAO PERMANENTE
PROCLAMAS DE CASAMENTO - A fim de preparar o pró-
Querem contrair Matrimónio:
NUNO ALEXANDRE SOARES CARREIRA,
de 34 anos, filho de Manuel Augusto Gomes Carreira e de Júlia da Silva
Soares Carreira, residente em Barcelos,
com ALINE LOPES PAIVA GONÇALVES
CARREIRA, de 26 anos, filha de Américo
Paiva Gonçalves e Lúcia Lopes Gonçalves, residente em Palmeira-Braga.
«Os fiéis são obrigados a manifestar ao pároco ou ao
Ordinário do lugar, antes da celebração do matrimónio, os impedimentos de que, porventura, tenham conhecimento» (Cânone 1069).
ximo plenário do Conselho
Pastoral, onde se vão traçar
as linhas orientadoras do
programa do próximo ano
pastoral, e ainda analisar
as actividades pastorais da
Paróquia nos últimos tempos, vai reunir o Secretariado Permanente amanhã, às
21.30 no Cartório Paroquial.
ESCOLA BÍBLICA NOS CAPUCHINHOS - Amanhã, como
todos os meses às segundas-feiras às 21.00, reúne um grupo de estudo
da Bíblia no salão da Igreja de Santo António. Recomenda-se vivamente o estudo da Palavra de Deus, que está a seguir, como tema, o
Evangelho de S. Marcos.
PROCISSÃO DAS CRUZES - Vai reunir, em ordem à preparação da
Procissão, a Equipa que a promove, a pedido do Município, sendo ela o
acto central das festas da cidade. Será na próxima terça-feira às 21.30
no Cartório.
Entretanto, continuam as inscrições para os figurados, na Casa das
Noivas (C. C. do Senhor da Cruz).
A procissão sairá da Matriz às 17.00, esperando-se que nenhuma Paróquia deixe de ser representada com a sua cruz paroquial. A Missa da
festa será às 12.00 no templo do Senhor da Cruz.
CONVÍVIO DOS PEREGRINOS DE LOYOLA E LOURDES - Todos aqueles que se encontram em peregrinação pelo Caminho de Santiago e
pelo Caminho Inaciano até Lourdes vão ter o seu momento de convívio, para partilha de experiências e de fotos e outras recordações. Será
no próximo sábado, nas salas da catequese, após a missa das 19.00
ANGARIAÇÃO DE FUNDOS DA ROSTO SOLIDÁRIO - Os jovens da
Associação Rosto Solidário estarão entre nós nopróximo domingo para
angariação de fundos no final das eucaristias. Rosto Solidário juntamente com o grupo de voluntários passionistas de Barroselas, está a
preparar-se para enviar missionários Ad gentes para África, no próximo verão, assim como tem feito nos últimos anos. Vão oferecer uma
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UM OLHAR OUTRO
Não é difícil cruzarmos na vida com pessoas desanimadas. Aliás, é público que o elevado consumo de
anti-depressivos é um bom sinal de uma sociedade
doente, à procura de novos equilíbrios. E muitas vezes
nos interrogamos se o estilo de vida que criámos e
que tantas vezes nos sufoca vai perdurar ainda por
muito tempo.
Os desânimos são, até certo ponto, normais e até
necessários. Significam que está nas nossas mãos a
condução da própria vida.
Há dias encontrei um dos catequistas particularmente desanimado. Um outro responsável de grupo
na comunidade preocupou-me uns dias antes. Não
escondo que, também sobre mim, surge às vezes a
tentação de «atirar a toalha ao chão».
O apreço pelo trabalho feito em prol dos outros, concretamente em favor da comunidade cristã, como
motivado pela força da fé no Senhor Ressuscitado merece ser cuidado. Precisamos de cuidar desta
virtude de saber apreciar positivamnente o que os
outros fazem. Também nós precisamos de tal «conforto» capaz de nos «suportar» (se tornar suporte) e
aguentar nas horas de maior desânimo para afirmarmos e fortalecermos a convicção que nos anima e a
intenção com que nos situamos na missão. Assim se
explica como, ao longo dos séculos, perante inevitáveis e fortes obstáculos, a Igreja continuou sempre
a cumprir a sua missão, numa fidelidade só possível
como acção de Deus.
De facto, quem se dedica a causas nobres e altruístas
e trabalha «por amor à camisola», sente muitas vezes
a incompreensão dos outros e até juizos preconceituosos e ofensivos. E isto é geral, ou seja, atinge todas
as esferas da vida comunitária.
A nossa cultura gerou um modo de estar que provoca
e até fere quem se doa a causas, sem esperar nada em
troca: apenas por um dever de consciência e gosto de
servir na causa pública. Também entre os cristãos, no
seio da Igreja mãe, tal se passa.
Nesses momentos - quem o experimentou pode afirmá-lo - em que parece que o mundo se abate sobre
nós, sentimo-nos muito pequenos e com vontade de
«desaparecermos». São momentos de pôr em causa as
razões da nossa dedicação.
Nos casos concretos em apreço- são muitos e muito
diversificados os casos mas todos com uma tónica
em comum: não vale a pena, eles não merecem isto
- a minha reacção é a de compreender e de estar presente. Às vezes, diante de certas situações, as palavras
sobram. Lembrar - e confirmar - que há um aviso prévio, aquele que vem do próprio Senhor da missão (eis
que vos envio como cordeiros para o meio de lobos)
pode ajudar. Mas nem sempre. Felizmente que a força
da oração e a presença de outros que, tendo passado
pelo mesmo, confortam e ajudam a avançar, faz com
que muitas ameaças de desistência não passem disso
mesmo: uma ameaça. Outras vezes, porém, o desânimo prolongado deve ser levado a sério. Ao menos
para se pensar se não será tempo de desviar energias
e talentos para outras áreas onde a pessoa se possa
sentir útil à comunidade.
Caros catequistas e colaboradores, como eu vos entendo! São tantos os que exigem tudo dos outros mas
nada ajudam... Não desanimemos diante do alheamento dos pais, pois a nossa força está no Senhor.
P. Abílio Cardoso
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Boletim 16 19.04.2015 - Paróquia de Santa Maria Maior Barcelos