O FLORICULTOR Apresentação e Montagem Luiz Carlos Peralva Música Beauty And The Beast Celine Dion Texto Desconheço O Autor Era uma vez um homem que tinha uma floricultura, e alguém que vivia por entre flores, só podia entender muito de amor. Verdade, ele entendia! Tinha histórias muito interessantes para contar. Mas de todas as histórias que ele contava, tinha uma especial que eu nunca esqueci. Vou contá-la para você, exatamente como ele contava! -”O amor não precisa ser dito, ele é sentido, e quando sentido, é possível vê-lo; ele toma forma reais, deixa de ser abstrato.” Naquela ocasião, pouco pude entender tais palavras, mas mesmo assim, dava vontade de ver o amor com nossos próprios olhos... e uma curiosidade de saber se era perfeito, se era bonito, se irradiava luminosidade... Bem... vamos a história. Era um dia dos namorados, quando um rapaz entrou correndo em sua loja e disse-lhe: -Por favor, senhor, providencie-me um buquê de flores. -E que tipo de flores você quer? -Qualquer tipo. Só quero que seja algo que faça vista; pode ser o mais caro que o senhor tiver aí. -Está certo. Então tome o cartãozinho para você escrever. -Não tem necessidade, é para a minha namorada e como hoje é o dia dos namorados, ela saberá que é meu. -Você que sabe, mas no seu lugar, eu escreveria. -Não posso, estou com muita pressa! -Vou levar meu carro para lavar. Depois que o rapaz se foi, o senhor ficou ali a pensar como alguém poderia enviar flores sem as escolher, sem escrever um cartão com uma bonita dedicatória... mas, enfim preparou um bonito buquê e mandou para o tal endereço pensando... “Coitada dessa moça!” Algumas horas depois, um outro rapaz entrou na sua loja. -Senhor, por favor, eu quero mandar uma flor para alguém. -Ela é muito especial, mas não tenho dinheiro suficiente para um buquê requintado; sendo assim, terá que ser somente uma rosa, mas faço questão que seja a mais linda que exista em sua floricultura. -Pois bem, você quer escolhê-la ou prefere que eu escolha? -Gostaria de escolher, mas aceito a sua sugestão, porque tenho certeza que o senhor entende bem disso. -Será um prazer! É sua namorada, não? -Não senhor... ainda não...mas isso não é importante; o importante é que eu a amo e acho que hoje é um bom dia para dizer isso a ela. -Muito bem, concordo com você. -Talvez eu devesse escolher um botão de rosa, não acha? -Afinal nosso amor ainda não floresceu. -Muito bem pensado! Naquele instante o senhor percebeu que o rapaz, assim como ele, entendia de amor e com certeza estava vivendo um doce amor... -Por favor, faça o invólucro mais bonito que o senhor puder fazer enquanto escrevo o cartão. Depois que escreveu o cartão, o rapaz entregou ao senhor e disse-lhe: -Leia por favor e me dê a sua opinião. -Perfeito, gostei muito, só faltou um pequeno detalhe, você esqueceu de assiná-lo. -Não esqueci não... É que não é importante, por enquanto, que ela saiba quem sou eu. Nesse momento eu só pretendo que ela sinta que eu existo. O senhor sorriu e disse-lhe: -Muito bem, meu filho, torço por você! Passaram-se os dias, os meses e um novo dia dos namorados chegou... Por aquelas coincidências da vida novamente o primeiro rapaz voltou a loja, e disse: -Bom dia, senhor, lembra-se de mim? -Lembro, sim, e então, como vai o namoro? -Ih...o senhor nem imagina! -Depois daquele dia dos namorados do ano passado, ela terminou comigo e eu nunca entendi a razão; agora já estou namorando outra. -Mas ela não lhe deu nenhuma explicação? -Ah deu sim... uma explicação que não entendi. -Ela me disse que eu a estava perdendo por causa de um botão de rosa. -O senhor entende, não é? -Bobagem de mulher. -Entendo sim... -Quem não entendeu foi você!