UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ COORDENADORIA DE CONCURSOS – CCV Evento: Concurso Público para Provimento de Cargo Técnico-Administrativo em Educação Edital N° 192/2015 PARECER A Comissão Examinadora da Prova de Conhecimentos Específicos de Engenheiro/Engenharia Mecânica efetuou a análise do recurso administrativo e emitiu seu parecer nos termos a seguir. Questão 12 O recurso apresentado contra a questão pede sua anulação devido à unidade de medida das opções de resposta impressas na prova (Pa) diferir da unidade de medida da grandeza (viscosidade em Pa·s) a determinar. Não obstante as demais informações da questão estarem corretas, o erro tipográfico verificado pode confundir e eventualmente induzir o(s) candidato(s) a erro. Em face da argumentação apresentada ser julgada procedente, a Comissão defere o recurso e anula a questão. Questão 15 O recurso apresentado contra a questão pede a retificação do seu gabarito oficial, baseado em interpretação equivocada. A manutenção do efeito isolante térmico é baseada na equivalência entre as resistências térmicas à condução do isolante especificado e do isolante a ser instalado. Sendo L1 a espessura e K1 a condutividade térmica do isolante especificado, L2 a espessura e K2 a condutividade térmica do isolante a ser instalado; as respectivas resistências térmicas à condução são L1/K1 e L2/K2. Para que as resistências (e o efeito de isolamento térmico) sejam equivalentes, a espessura do isolante a ser instalado deve ser L2 = (K2/K1)·L1, e não L1·K1/K2 como argumentado no recurso. Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial. Questão 16 O recurso apresentado contra a questão pede a retificação do seu gabarito oficial, baseado em interpretação equivocada. A existência de irreversibilidades internas no líquido faz com que a potência requerida por ele para elevar sua pressão de P, ao escoar na bomba com uma vazão volumétrica Q, seja maior do que aquela requerida por ele se o processo fosse isentrópico (reversível) Q·P. A eficiência isentrópica do processo s expressa quantitativamente este fato com a razão entre a potência (ou trabalho específico) de bombeio isentrópico e a potência (ou trabalho específico) do processo real. Nestas condições, a potência de bombeio requerida pelo fluido pode ser dada por Q·P/s. Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial. Questão 17 O recurso apresentado contra a questão pede sua anulação, alegando que duas opções de resposta (B e C) seriam corretas. Esta alegação não procede. Ao contrário do afirmado na opção B, não é possível haver convecção de calor no interior de um forno evacuado. Esta opção é, portanto, falsa. Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial. Questão 24 O recurso apresentado contra a questão pede sua anulação devido às opções de resposta não corresponderem ao solicitado na questão. O exame da questão revelou que as opções de resposta constantes na prova coincidiam erroneamente com as de outra questão, sugerindo erro de digitação/editoração. Em face da argumentação apresentada, a Comissão defere o recurso e anula a questão. Questão 25 O recurso apresentado contra a questão pede a retificação do seu gabarito oficial, baseado em interpretação equivocada do enunciado. De acordo com o diagrama Pressão-volume, o motor de combustão interna considerado na questão opera um ciclo padrão a ar Otto. O rendimento térmico do ciclo pode ser prontamente calculado a partir das temperaturas fornecidas, mediante as simplificações assumidas no ciclo padrão a ar FRIO Otto (calor específico constante...). Conhecido o rendimento, é possível determinar o calor necessário para produzir o trabalho desejado e, consequentemente, o volume de combustível necessário em função de sua massa específica e de seu poder calorífico inferior. Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial. Questão 26 O recurso apresentado contra a questão pede a retificação do seu gabarito oficial, baseado em interpretação equivocada do enunciado. Devido ao duto no qual o fluido escoa ser vertical, a queda de pressão por unidade de comprimento, devida ao escoamento, resulta do atrito viscoso do fluido e de sua elevação, P/L=f·rô·v²/(2·D) + rô·g, onde f é o fator de atrito do fluido, rô sua massa específica, v sua velocidade de escoamento, D o diâmetro (interno) do duto e g a aceleração da gravidade. Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial. Questão 27 O recurso apresentado contra a questão pede sua anulação, alegando que duas opções de resposta (A e B) seriam corretas. Esta alegação não procede. No escoamento de gás em dutos com velocidades próximas à do som, para a pressão em que o gás se encontra, os efeitos de compressibilidade do fluido se tornam pronunciados e afetam a queda de pressão ao longo do escoamento. Sendo assim, a queda de pressão do gás por unidade de comprimento da tubulação depende do nível de pressão do gás. Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial. Questão 30 O recurso apresentado contra a questão pede sua anulação, alegando que não haveria como determinar a grandeza solicitada a partir dos dados fornecidos. Esta alegação não procede. O medidor fornece uma leitura da vazão volumétrica do gás em condições padrão (cp), i.e. na pressão e temperatura em que foi calibrado. Caso a pressão do gás no escoamento seja diferente, se faz necessário corrigir a leitura para obter o valor real da vazão volumétrica do gás. Esta correção é determinada com base na vazão mássica de gás (m), que independe da pressão e temperatura, e pode ser expressada como m = (rô ·Q)_cp = rô·Q, onde rô é a massa específica e Q a vazão volumétrica do gás. Considerando o gás ideal, sua massa específica pode ser relacionada a sua pressão P e temperatura T como rô = P / (R·T) e, desta maneira, a vazão Q a uma pressão diferente da condição padrão ser dada por Q = (rô_cp/rô)·Q_cp = (P_cp/P)·Q_cp. Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial. Questão 33 O recurso apresentado contra a questão pede sua anulação, alegando que o texto da opção de resposta correta (D) não é específico em relação à definição da propriedade (densidade) considerada. O termo densidade é utilizado de modo geral para relacionar a massa com o volume por ela ocupado. Dependendo do contexto (área do conhecimento), esta relação pode ser expressada como a razão entre a massa e o volume por ela ocupado, i.e. sua massa específica, ou como a razão entre a massa específica do fluido e a massa específica de uma substância de referência, nas mesmas condições de pressão e temperatura (usualmente em valores padrão). A comissão examinadora entende, portanto, que o texto da opção de resposta (D) é suficientemente claro para permitir juízo de valor sobre sua correção. Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial. Questão 35 O recurso apresentado contra a questão pede sua anulação, sob a alegação de que a utilização de “uma palavra (após) com sentido diferente do real (a partir) comprometeria a correção da opção de resposta do gabarito oficial. Sem entrar na questão semântica alegada, a Comissão Examinadora entende ser evidente que a elaboração dos procedimentos de trabalho e segurança, requeridos pela NR12, só pode ocorrer após concluída a análise de risco que apontará os riscos existentes à saúde e a integridade física dos trabalhadores. Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial. Questão 36 O enunciado da questão não apresenta nenhum equívoco gráfico. A solução correta é portanto a opção (D). Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial. Questão 37 A solução se dá por equilíbrio dos Momentos em relação ao ponto de apoio na parede. Dessa forma a Carga de Tensão sobre o cabo é multiplicada por 1/4 (1/2 devido à posição e 1/2 devido ao seno de 30º proveniente da decomposição da força peso na direção normal ao quadro). A solução correta é portanto o item (A). Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial. Questão 42 Apesar da ausência de uma unidade de referência, as opções estão em conformidade com as unidades apresentadas no enunciado (Sistema Internacional), a única possibilidade para esta unidade é o metro ou uma de suas subunidades como o centímetro (unidade das respostas). O que não inviabilizaria a solução do problema proposto. O momento torsor máximo é igual a reação de apoio e vale 1250 Nm. A solução correta a ser encontrada está presente dentre as alternativas: opção (C). Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial. Questão 46 Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial. Esta Questão considerada com nível de dificuldade média. Com conteúdo abordado presente no programa do edital item 4. Fundamentos da Dinâmica - Dinâmica de Sistemas de Partículas. A solução parte da conservação do momento angular entre os instantes antes e após a colisão. Determinado o momento de Inércia combinado pelas massas e suas posições (teorema dos eixos paralelos), pode-se determinar a expressão da velocidade angular final. Igualando esta expressão a zero, determina-se a relação a)8v 0/3R como valor para velocidade angular inicial do sistema de forma que este não rotacione após a colisão. Questão 47 A solução parte da conservação do momento angular e determinação da velocidade inicial de rotação, instante em que a bola M/2 entra no “apanhador”. Em seguida, com a aplicação da conservação da energia mecânica, do instante inicial até o instante que o sistema complete uma rotação de 180º, é possível se determinar a velocidade solicitada. Sendo a opção (E) a correta solução do problema. Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial. Fortaleza, 07 de dezembro de 2015. Profa. Maria de Jesus de Sá Correia Presidente da Coordenadoria de Concursos – CCV