PUB ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº 5871 DE 26 DE FEVEREIRO DE 2014 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE LOGÍSTICA Paulo Alexandre Coelho O I.Log - Indicador de Actividade Logística, desenvolvido pela APLOG e pela Accenture, que questiona as empresas associadas sobre as suas expectativas para os próximos 12 meses, mostra que, no terceiro trimestre de 2013, a percepção dos diferentes agentes logísticos quanto à conjuntura actual era positiva. Isto apesar do indicador de clima ter descido. Exportações e internacionalização de empresas potenciam crescimento Operadoras logísticas e empresas de transporte têm apostado em aquisições, especialização e aquisição. RAQUEL CARVALHO [email protected] A maior aposta na internacionalização por parte das empresas e o aumento das exportações de produtos transaccionáveis têm sido motor da economia nacional. E o sector logístico é um dos que mais beneficia dessa aposta. Aliás, Alcíbiades Paulo Guedes, presidente da Associação Portuguesa de Logística (APLOG), diz não ter dúvidas de que a aposta deve recair no sector da logística para “que o nosso país seja mais competitivo”, dando como exemplo o facto do Banco Mundial já ter considerado que a melhoria da ‘performance’ logística deve ser um dos objectivos incluídos nos planos de desenvolvimento dos países. Alcibíades Paulo Guedes acredita que o sector INFRAESTRUTURAS São 30 os projectos de infra-estrutura prioritários. Muitos, ajudarão a dinamizar o sector da logística. 30 em Portugal tem perspectivas futuras “muito positivas”, acreditando que “quanto mais competitivos e globais forem os mercados, quanto maior for a nossa exposição às exportações, mais relevante é a logística”. Neste contexto, o factor escala das empresas ganha grande importância. O responsável acredita mesmo que é inevitável “obter maiores graus de concentração, através de parcerias, alianças, ‘joint-ventures’, fusões e aquisições”. E sublinha que a competitividade depende da capacidade dos operadores logísticos “integrarem cadeias de abastecimentos globais com níveis de eficiência e serviço ao cliente competitivos”. Para garantir uma boa performance do sector, é importante também “colocar a logística e a cadeia de abastecimento na agenda dos CEO e administradores, aprofundar e alargar a implementação das melhores práticas, e, em termos nacionais, eliminar custos de contexto no sector portuário, nos transportes e plataformas logísticas”, defende. Apontado por várias vezes como uma possível plataforma logística mundial, Portugal tem apostado nos portos e nos transportes marítimos, em cuja envolvente se têm desenvolvido vários projectos logísticos. A ferrovia de mercadorias é outro dos aspectos fundamentais à reorganização de parte da logística nacional. ■ PUB Nuno de Mesquita Pires Despachante Oficial Associado Lda. I I I Fundada em 1956, NMP, Lda. é uma empresa de Despachantes Oficiais domiciliada em Setúbal, procedendo ao despacho de navios e de qualquer tipo de mercadorias, em todas as Alfândegas do país, nomeadamente, Setúbal, Lisboa, Sines e Porto. I Despacho de Navios e Mercadorias Legalização e Matrícula de Veículos Automóveis I Importação, Exportação, Trânsitos, Entrepostos Aduaneiros Tratamento de declarações p/ fins estatísticos (Intrastat) e envio ao INE I Formalidades de Impostos Especiais de Consumo – IEC Consultores de Comércio Externo Av. D. João II, 48 C – 2º C/D – Apt. 44 – 2901-858 SETÚBAL I Tel 265 546 640 I Fax 265 546 660 I [email protected] I www.nmesquitapires.pt PUB II Diário Económico Quarta-feira 26 Fevereiro 2014 LOGÍSTICA Volume de negócios do Grupo Rangel subiu 10% A área de logística automóvel do Grupo Entreposto especializou-se em 2013 na área de recondicionamento, que consiste em viaturas de ‘rent a car’ que são intervencionadas para seguirem para o mercado de compra e venda. Desde 2005 que a Entreposto Logística trata da “‘pre-delivery inspection’”, ou seja, a intermediação entre a fábrica e o vendedor de marcas como a Hyunday e a Nissan, revela Miguel Félix António, director geral da Entreposto Logística ao Diário Económico. Com um volume de negócios a rondar os 866 mil euros em 2013, das instalações de Setúbal - armazém de 100 mil metros quadrados e nave com seis mil onde são tratados os carros - sairam no ano passado duas mil viaturas para venda em stand. Além da logística automóvel, a Entreposto actua na Logística Integrada nas suas várias vertentes - contratual, ‘in house’ e especializada. ■ I.M. Área editorial pesa 60% na Urbanos A Urbanos Press, nova área da Urbanos, “já representa cerca de 60% do negócio” actual da empresa, disse ao Diário Económico o CEO António Pereira, CEO. A empresa tem vindo a apostar, nos últimos anos, num reforço da posição em sectores onde já estava presente, mas também “por aquisição em novos sectores de actividade”. Para 2014, o Grupo Urbanos “conta reforçar a sua posição em mercados chave na logística, não pondo de parte a ideia de internacionalização. ■ R.C. Mercado internacional já representa metade da facturação do grupo Rangel. Bruno Barbosa Entreposto especializa-se no sector automóvel A internacionalização é a grande aposta do Grupo Rangel para 2014. Nuno Rangel, vice-presidente do grupo de logística e expresso, assume a ambição de que o negócio internacional represente 50% da facturação nos próximos cinco anos, sendo que em 2013 o volume de negócios chegou aos 130 milhões de euros, mais 10% face a 2012. De futuro, o objectivo é apostar no triângulo logístico Angola, Moçambique e Brasil, estando a empresa a estudar outros potenciais mercados em África e na América Latina. De referir ainda a aposta “na especialização na logística em áreas como ‘pharma’, ‘fashion’ e e-commerce. A unidade Pharma, por exemplo, “tem crescido sempre a dois dígitos”, tendo aumentado 51% em 2013. Para 2014 prevê-se uma subida de 40%. No final do primeiro semestre, o grupo concluirá o projecto de automação da operação para suporte à produção e à triagem de produtos no armazém central e, no segundo, fará um aumento da infraestrutura, mais 1/3 da actual capacidade instalada”. ■ R.C. Juntas, a Dascher e a Azkar têm 15 mil clientes na Península Ibérica. Dacsher e Azkar: da união nasceu a força A integração entre a multinacional alemã Dachser e a ibérica Azkar aconteceu em 2013 e o balanço feito pelo pelas empresas é já positivo. Enquanto o grupo Dachser reforçou a sua posição no mercado ibérico, nomeadamente na área da carga fraccionada, a Azkar tem tirado partido da rede internacional da Dachser. Entre as duas empresas existe um “elevado grau de cooperação e integração”, refere fonte da empresa. No entanto, as operações no mercado português são independentes: o transporte terrestre continua a cargo da Azkar e o transporte marítimo e aéreo da Dachser Portugal Air & Sea Logistics. A Dachser Portugal Air & Logistics tem como principais mercados de exportação Angola, Moçambique e os países do Magrebe. O mercado de ‘crosstrade’ também tem assumido importância e a empresa quer intensificá-lo em 2014. O ‘crosstrade’ é habitualmente feito dentro do continente asiático, entre o Extremo Oriente e Angola e entre a China e a Índia para a América Latina.Já a área de transporte terrestre quer apostar em saídas diárias para toda a Europa. Alemanha, França e Itália são os países para os quais a Azkar mais exporta a partir da Península Ibérica. ■ R.C. com I.M. Luis Simões cresce na Península Ibérica Luís Simões vai instalar-se na plataforma do Porto de Leixões. Foto cedida por Luis Simões A estratégia de crescimento da Luis Simões centra-se na Península Ibérica, “onde cresceu mais de 50 milhões de euros em vendas nos últimos cinco anos”, informa Vítor Enes, director-geral de logística do grupo. A aposta justifica-se porque existem “ainda muitas portunidades para explorar a nível ibérico e, por isso, a expansão de negócio passa por conquistar novos clientes e novos segmentos de mercado”, diz. E se em 2013, o grupo deu prioridade à sustentabilidade do negócio, para 2014 pretende “aperfeiçoar” a “capacidade de gestão de processos, assegurando uma actualização tecnológica constante” e reforçando a posição em mais pontos da cadeia de abastecimento, como a logística, “industrial, promocional e aduaneira”, adianta Vítor Enes. Ainda este ano, a Luis Simões vai instalar-se no Pólo 2 da Plataforma Logística do Porto de Leixões, “na qual está prevista a construção de um terminal intermodal, uma área de 20 mil m2, com 34 cais e capacidade para 35 mil paletes”, frisa. ■ R.C. DHL de olhos no negócio B2C A DHL Express Portugal está de olhos postos no negócio B2C que, segundo Américo Fernandes, director geral, “tem ganho peso cada vez maior a nível nacional e internacional. Com o intuito de melhorar os produtos e serviços que disponibiliza, a empresa investiu no novo terminal de Carga Expresso no Porto e vai fazer o mesmo em Lisboa, com o objectivo de “posicionar Portugal como um verdadeiro ‘hub’ de distribuição”. ■ R.C. MPO À MEDIDA Em 2014 a MPO vai centrar a sua estratégia na implementação do serviço de logística à medida, área onde pretende facturar 500 mil euros. A logística à medida analisa o fluxo de negócio do cliente para assim desenhar a sua oferta de serviços concreta para aquele caso. Os serviços vão desde a recolha de componentes do produto, fabrico, rotulagem e armazenamento. FRENESIUS KABI A Frenesius Kabi aumentou a sua capacidade logística para dezoito mil metros quadrados, ao inaugurar recentemente um novo complexo de onze mil metros quadrados, que custou quatro mil euros e serve de ‘hub’ logístico dos produtos fabricados em Portugal para o mercado nacional e para exportação, e para produtos importados para distribuição nacional. LOGIC GLOBAL A Logic quer apostar na internacionalização. Isabel Viçoso, administradora, diz que “a envolvente actual do negócio deve ser entendida como uma oportunidade única para consolidar a operação local e lançar, de forma sustentada, uma operação mais abrangente”. Pelo que “está no horizonte uma visibilidade internacional”. PUB IV Diário Económico Quarta-feira 26 Fevereiro 2014 LOGÍSTICA >> C AS E ST U DY: L A R E D O U T E De Leiria para a Península Ibérica Fotos: Paulo Alexandre Coelho São sete mil metros quadrados de armazéns organizados em três grandes áreas: armazenamento, embalagem e devoluções. Localizado em Leiria, “mais perto de Madrid do que Barcelona”, como defende Paulo Pinto, CEO para Portugal e Espanha, o centro de operações ibérico é um dos quatro da empresa existentes no mundo. “Portugal tem valências mais que suficientes”, considera o responsável, que defende que o facto de ser periférico pode trazer vantagens. “Portugal é uma plataforma forte, nomeadamente para o Brasil e para África”, refere, exemplificando o porto de Sines como “uma porta aberta” a estas regiões. Sobre Leiria e o seu centro de distribuição, as vantagens são, entre outras, os custos, já que um centro numa grande metrópole é sempre mais caro, e actualmente, a metodologia de trabalho. Por dia, saem de Leiria em direcção a Portugal e Espanha 12 a 15 mil artigos. São entre quatro a seis camiões por dia com material encomendado online e por catálogo. 70% dos produtos são levados pela Chronospost para a rede Pickme, que os disponibiliza para levantamento em lojas de proximidade dos clientes. O restante é distribuído, em Portugal, pela CTT Expresso e pela Adicional e, em Espanha, pelos Correos de España. Jerónimo Martins e Sonae renovam distribuição Os dois gigantes do sector querem mais ganhos de eficiência e optimizar sistema. O Grupo Jerónimo Martins inagurou este mês o novo centro de distribuição de Algoz, Algarve, o que permitiu a criação de 130 postos de trabalho directos. Num investimento de 27 milhões de euros, este centro irá abastecer as lojas Pingo Doce em toda a região Sul, marcando a implementação do novo modelo logístico do grupo, que pretende optimizar a cadeia de todo o sistema e alcançar ganhos de eficiência, disse no dia da apresentação Pedro Soares dos Santos, CEO, que adiantou mesmo, no que refere ao centro de Algoz, uma poupança já estimada de 2,5 milhões de euros em transportes. Além do Algarve, Lisboa e Porto também terão novos centros de distribuição, sendo nestas três zonas que o grupo irá concentrar os seus centros, acabando com os actuais onze que tem por todo o país. Até 2015, o investimento previsto é de 120 milhões de euros, sendo que o próximo a ser inaugurado será na região do Porto e tem um custo previsto de 50 milhões de euros para uma área de 50 mil metros quadrados. Quem também está a apostar numa reorganização da política de logistica e distribuição é o Grupo Sonae. Fonte oficial da empresa explicou ao Diário Económico a reformulação, nos últimos anos, “de praticamente todos os centros de distribuição da empresa, dotando-os com execelentes estruturas e com as mais avançadas tecnologias”. São dois os principais pólos logísticos e de distribuição do grupo: um na Maia, dedicado ao retalho alimentar, e outro na Azambuja, por onde também passa o retalho especializado. O ano passado, a Sonae expandiu ainda a plataforma de Santarém, “através da ampliação da unidade de processamento e embalamento de carnes, e na Madeira, onde o volume e a complexidade da operação logística aumentou significativamente. Ao Diário Económico, o grupo enfatizou a importância da área logística para o re- Nova lei do comércio Entrou ontem em vigor a nova lei das práticas individuais restritivas do comércio (PIRC) que proíbe as vendas com prejuízos. Fornecedores e produtores acreditam que a nova lei irá evitar o pagamento por parte dos fornecedores das campanhas de descontos e promoções feitas pelas empresas de grande distribuição. Já a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição acredita que os consumidores vão ser os grandes prejudicados. Com a nova lei haverá um maior equilibro na relação negocial entre a distribuição e a produção. Haverá uma actualização das coimas para até 2,5 milhões de euros e serão evitadas alterações retroactivas de contratos. As acções de fiscalização estarão a cargo da ASAE. forço da competitividade em Portugal, mas também na crescente internacionalização do negócio e garante que os investimentos na área vão manter-se. ■ Consultoras destacam porto de Leixões Nos últimos 15 anos desenvolveram-se muitos espaços para logística em Portugal, com especial enfoque para a zona da Grande Lisboa, em particular no eixo de Alverca – Azambuja, que é o principal pólo logístico rodoviário do país. Agora é a vez do Grande Porto ter as principais intervenções a este nível, sublinham as consultoras imobiliárias Cushman & Wakefield e a CBRE. Segundo Ana Gomes, responsável pela área industrial da Cushman, “nos últimos anos, o segmento de logística estagnou na Grande Lisboa e os níveis de oferta continum a ser superiores à procura”. A zona da Azambuja continua a ser o pólo mais importante tanto em termos de oferta como procura, “com os valores pedidos a rondarem os 3,5 a quatro euros por metro quadrado GRANDE LISBOA por mês”. Ana Gomes revela O eixo Alvercaque actualmente, o -Azambuja que se verifica “é é o mais procurado. um aumento de in- A dimensão média é de 10 mil m2. teresse por espaço no Grande Porto”, sendo a zona industrial da Maia a mais euros m2/mês procurada.O Grande Porto está mais GRANDE PORTO focado na indústria A Zona Industrial e um dos projectos da Maia é a mais mais importantes é procurada e tem o da Plataforma Lo- uma dimensão gística do Porto de média de 2 mil m2. Leixões, “um dos poucos projectos em construção ac- euros m2/mês tualmente”, lembra, afirmando acreditar que a tendência de crescimento da logística no país para os próximos anos “assentará menos no retalho e mais na indústria, e procurará também uma maior ligação a outros modos de transporte como a ferrovia e o marítimo”. Leonardo Peres, ‘senior consultant’ da CBRE também destaca o projecto da plataforma de Leixões e a Plataforma Logística de Lisboa Norte, na zona da Castanheira do Ribatejo que, tendo sido interrompido em 2008, “ganha agora novo fôlego com a parceria realizada entre o promotor Saba e a gigante internacional Gazeley”. Ambas as consultoras antecipam que o mercado se mantenha em retracção, mas com alguma atenuação, devido ao aumento das exportações. ■ R.C. 3,5 3,25