UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS I CURSO DE PEDAGOGIA ANA CARLA SOUZA DOS SANTOS O RECREIO E AS SUAS DIMENSÕES NA PERCEPÇÃO DAS CRIANÇAS SALVADOR 2011 ANA CARLA SOUZA DOS SANTOS O RECREIO E AS SUAS DIMENSÕES NA PERCEPÇÃO DAS CRIANÇAS Monografia apresentada ao curso de Pedagogia Anos Iniciais do Ensino Fundamental I da Universidade Estado da Bahia como requisito parcial para obtenção de titulo de licenciatura em pedagogia sob orientação da professora Maria Fátima Vieira Noleto. Salvador 2011 FICHA CATALOGRÁFICA: Sistema de Bibliotecas da UNEB Santos, Ana Carla Souza dos O recreio e as suas dimensões na percepção das crianças / Ana Carla Souza dos Santos – Salvador, 2011. 36f. Orientadora: Profª. Maria de Fátima Vieira Noleto. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Universidade do Estado da Bahia. Departamento de Educação. Colegiado de Pedagogia. Campus I. 2010. Contém referências e anexos. ANA CARLA SOUZA DOS SANTOS O RECREIO E AS SUAS DIMENSÕES NA PERCEPÇÃO DAS CRIANÇAS Salvador, 25 Março de 2011 .................................................................................................... Profª Orientadora Dr. Fátima Noleto ................................................................................................... Profª. Claudia Silva de Santana 25/ 03/ 2011 (data de aprovação) Salvador 2011 Dedico este trabalho a meus três grandes professores, a minha mãe Marinalva Souza dos Santos, ao meu primo - o salvador da pátria - Engenheiro Fábio Freitas de Souza Barreto e ao meu companheiro de todos os momentos, Betson Silva Jesus Santos. Be Te Amo minha Vidinha. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, em primeiro lugar, por ter me propiciado este momento em minha vida, pelo fato de sempre estar ao meu lado me ajudando e me iluminando em todos os momentos da minha vida e da minha caminhada. Apesar de tantas dificuldades e barreiras chegamos até aqui. A minha mãe, pela insistência de mandar fazer o curso de Pedagogia, pela paciência nos momentos de entres e murmuro dentro de casa; a todos da minha família e ao meu namorado pela compreensão e colaboração. A Instituição, por ter em sua casa professores qualificados, que me ajudaram a construir novos conhecimentos e pensamentos. Em particular, a professora Fátima Noleto, orientadora dessa monografia, pela sua paciência e maturidade de vida com seus alunos. Aos meus amigos: Danilo Santos, Fabiana Lima, Joelma Cerqueira, Priscilla Joice Seixas Sousa e Vanessa Barros pela compreensão e ajuda que me incentivaram a prosseguir na conclusão deste curso, que contribuíram assim para a concretização deste trabalho, e em especial a um grande amigo que não pode estar aqui para ver minha felicidade e satisfação em concluir o curso Jadson Celestino Araújo, o meu muito obrigada. “Mas tudo quando o indivíduo acumula de conhecimentos, experiências e recursos matérias no trabalho esbanja nas horas livres”. N. Pithan RESUMO Este trabalho tem como tema o recreio e suas dimensões como espaço de desenvolvimento para o Ensino Fundamental l, cujo objetivo é analisar e compreender como esse momento se faz necessário e importante na vida das crianças em realizar suas atividades recreativas no processo educativo das crianças nos anos iniciais do Ensino Fundamental I. Aborda-se primeiro a concepção de recreio e sua finalidade, as dimensões do recreio, em segundo as percepções das crianças sobre as dimensões do recreio e suas contribuição para as crianças em se ter o recreio na escola, de forma que essa criança possas liberar suas ações e anseios nesse momento de alegria. A pesquisa é qualitativa, onde foi realizada uma observação e aplicação de um questionário em uma turma do Ensino Fundamental I, que equivale à faixa etária de crianças de 10 a 12 anos com uma turma de 23 alunos em sala, os resultados da pesquisa mostraram que as crianças têm grande satisfação e anseio pela hora do recreio, por estarem mais a vontade para se relacionar, brincar e jogar. O estudo conclui que a percepção das crianças sobre o recreio é importante para suas brincadeiras e aprendizagem das crianças Palavras-chave: Recreio. Brincar. Crianças. Socialização Aprendizagem. ABSTRACT This paper is about the playground as a space for social and cultural development, which will aim to analyze and understand how this moment is necessary and important in the lives of children to fulfill their recreational activities in the educational process of children in early elementary school years I. First one addresses the design of recreation, in accordance with the dimensions of the playground and in the perception of the third child on the dimensions of recreation and its contribution to the children to have recess at school so that children can release their actions and expectations at this moment of joy. The research is qualitative which we performed an observation and application of a questionnaire in a classroom of elementary school I which is tantamount to children aged 10 to 12 years with a class of 23 students in class the survey results showed that children have great satisfaction and longing for the break because they are, but at ease in time and is a better word and be a little far the classroom. The study concludes in the words of children who need it, but time for recess, and emphasizes the importance of recreation and their play to develop it and training of children but also for learning. Keywords: Recreation. Play. Kids. Learning. Socialization. SUMÁRIO INTRODUÇÃO 10 1 CONCEPÇÃO DE RECREIO E AS SUAS DIMENSÕES 11 1.1 O RECREIO COMO ESPAÇO DE APRENDIZAGEM 15 1.2 O RECREIO COMO ESPAÇO DE BRINCAR PELO BRINCAR 18 1.3 O RECREIO COMO ESPAÇO DE BRINQUEDOS 19 1.4 O RECREIO COMO ESPAÇO DE SOCIALIZAÇÃO E CULTURA 21 1.5 O RECREIO COMO ESPAÇO DE CONFLITOS 1.6 O RECREIO COMO ESPAÇO DE DESENVOLVIMENTO FÍSICO 23 2 AS PERCEPÇÕES DAS CRIANÇAS SOBRE AS DIMENSÕES DO 2.1 22 RECREIO 25 ANÁLISE DOS DADOS 25 CONSIDERAÇÕES FINAIS 34 REFERÊNCIAS 36 APÊNDICES 39 10 INTRODUÇÃO O recreio escolar tem várias dimensões, tais como: o recreio como espaço de aprendizagem, o recreio como espaço de brincar pelo brincar, o recreio como espaço de brinquedos, o recreio como espaço de socialização e cultura, o recreio como espaço de conflitos e o recreio como espaço de desenvolvimento físico indispensável na formação do educando. Vale ressaltar a importância do recreio na vida e na formação das crianças que estão em fase escolar e que necessita de um tempo para extravasar seus anseios e suas atividades recreativas. O recreio será para essas crianças um tempo apropriadas para que elas possam estar tendo uma pausa das aulas afim de que possibilite a essas crianças um descanso da mente e físico para o retorno das aulas. Daí o objetivo deste trabalho de analisar e compreender as dimensões do recreio a partir do olhar das crianças, procurando destacar se esse espaço pode ou não influenciar o processo do aprendizado escolar. A preocupação dessa temática surgiu em 2009, quando iniciada a docência na Escola Rômulo Galvão, com a turma do 5º ano (antiga 4º série) do Ensino Fundamental I, localizada no bairro de Pau da Lima, onde surgiram as primeiras observações ao escutar as crianças e suas angústias pela falta do horário do recreio. Mostrar o recreio escolar como um espaço em potencial de enriquecimento e complementação do aprendizado das crianças, e que é indispensável na formação sócio-cultural do educando é o objetivo desse estudo que será apresentado como trabalho de conclusão de curso de Licenciatura em Pedagogia na Universidade Estadual da Bahia (UNEB). Antes de entrar no estudo propriamente dito da importância do recreio no desenvolvimento educacional e sócio-cultural dos alunos/crianças de 07 aos 12 anos, temos que ter nitidamente em mente o papel/função da escola e do educador na vida de seus alunos. É tarefa da à escola formar cidadãos, disponibilizar ao aluno os ensinamentos de que eles necessitam trabalhar e viver em sociedade nesse mundo de constante transformação além de promover a integração social dos indivíduos, ou seja, 11 contribuir para a formação de um cidadão proativo, atuante e consciente de seus direitos e deveres para com a sociedade e meio ambiente. Este trabalho fundamenta-se nos estudos realizados por Neuenfeld (2003) que desenvolveu uma pesquisa em que procura destacar a rotina do recreio em Duque de Caxias, Santa Cruz; Ferreira (1999) escreve o período do recrear; Cavallari (1994) fala das semelhanças entre recreio, recreação e lazer; Silva (1959) traz o sentido, satisfação e alegria do termo recreação; Dumazadider (1980) o lazer após as obrigações realiza o prazer; Dra. Romina Barros (2009) em uma reportagem relata a importância do recreio para o comportamento; Collet (2008) a importância de se fazer atividades físicas e Kishimoto (1993) a importância do jogo, dente outros autores. O presente estudo está organiza-se em duas partes: a primeira trata-se da concepção de recreio e suas dimensões e a segunda traz as percepções do recreio das crianças sobre as dimensões do recreio. 1 CONCEPÇÃO DE RECREIO E AS SUAS DIMENSÕES Não se consegue encontrar muitos trabalhos desenvolvidos com o objetivo de problematizar o desenvolvimento do recreio escolar, o qual, se comparado com outras temáticas pedagógicas, institucionais ou curriculares da escola, parece ter sido menosprezado. Assim como, parece também que esse espaço é entendido como um momento que serve de intervalo para a rotina escolar entre as horas de aulas disciplinares, um período que as crianças não estão sob o controle dos adultos. Neuenfeld (2003) desenvolveu uma pesquisa descritiva que teve por objetivo verificar quais as atividades que as crianças de 1.ª a 4.ª séries desenvolviam no recreio na Escola Municipal de Ensino Fundamental Duque de Caxias, de Santa Cruz, procurando destacar a rotina do recreio, as atividades que as crianças realizavam e a relação delas com o espaço físico e materiais disponíveis. Concluiu que: Boa parte do recreio é consumida com a atividade de merendar e que o espaço físico das quadras esportivas conduz as crianças a jogarem sobre o modelo do esporte desempenho, chegando a questionar: se não seria interessante pensar numa intervenção pedagógica para este recreio escolar. (NEUENFELD, 2003). 12 Ao tratar do recreio observa-se que está ainda intimamente relacionado com recreação e lazer, pois podemos perceber como os termos recreio, recreação e lazer estão interligados entre si, assim também, podemos estar ligando os conceitos de recreio e de recreação ao termo lazer que também significa um momento em que o indivíduo busca a sua realização pessoal. Ferreira (1999) entende o recreio escolar ou intervalo das aulas como um momento presente na vida de todo estudante, e que é indispensável na educação. Sem buscar a delimitação do termo, mas entendendo como fundamental à sua compreensão, a análise da palavra recreio, percebe-se que a sua raiz nos leva ao termo recreação ao afirma que: “período para se recrear, como, especialmente, nas escolas, o intervalo entre as aulas”. (FERREIRA, 1999, p. 21). Preocupado com o lazer como recreação, Cavallari (1994) explica que o recreio “assemelha a seu momento ou a circunstância que o indivíduo escolhe espontânea e deliberadamente, através do qual ele se satisfaz (sacia) seus anseios voltados ao seu lazer” (CAVALLARI, 1994, p. 15). É através do brincar e das suas brincadeiras, que a criança desenvolve o seu conhecimento, produz e demonstra o interesse no que tem necessidade de aprender, socializar, participar e relacionar com suas necessidades tanto individual como coletivamente. Com as brincadeiras, essa experiência vai produzindo o desenvolvimento, por isso o recreio é um momento de propiciar o processo de socialização e estabelecer relações, além de criar um espaço para a criança buscar novas curiosidades e desejos no horário do recreio escolar. Neste mesmo sentido, a recreação segundo Silva (1959) também “é compreendido como espaço de satisfação, prazer e emoção representado nas atitudes da criança de forma livre e espontânea”. As atitudes livres para o mesmo autor traz as ações espontâneas, apesar de que o espaço do recreio é considerado ainda como um passatempo. Neste tempo há atividades de diversão que pode ser considerada como uma atividade recreativa na vida escolar da criança. No horário do recreio há várias dimensões que se pode desenvolver, pois nesse tempo livre as crianças têm para extravasar as suas emoções, as relações através do brincar e ao mesmo tempo estabelece trocas de experiências entre elas. Experiências essas que tanto pode ser de caráter social, como também cultural. Devido a essa análise do espaço da hora do recreio das crianças, pode-se observar que o autor ressalta a valorização de que a criança no recreio tende a se 13 expressar melhor, comunicar-se, desenvolver-se e expressar essas atividades exploratórias, vai também ampliar e desenvolver o estado físico, mental, emocional e social da criança. Além das peralteasse e travessuras no cotidiano das crianças na hora do recreio, podemos ver a existência da potencialidade, o incentivo e interesse em adquire conhecimento, desenvolve a socialização, cultiva a sensibilidade e estimular a criatividade. O recreio tem um grande significado na vida de uma criança durante a fase escolar. Lazer para Dumazadider (1980) “é o tempo de lazer que cada um tem para si, depois de ter cumprido ou realizado suas obrigações, seja ela de caráter profissional, familiares, sócio-espiritual e sócio-político”. Esse tempo é vital para a sua saúde. E antes de tudo liberação de cada um, seja pelo descanso, seja pela diversão, momento que se podem incluir as atividades esportivas. A criança que brinca necessita exercitar, exprimir seu mundo interior para compreender a vida. O recreio escolar ou intervalo escolar, segundo Neuenfeld (2003) “é uma hora que se faz necessária e presente na vida de toda a criança (estudante) desde a infância até a universidade”. Acrescenta o mesmo autor que o recreio vem sendo compreendido mais como momento para o professor dar uma pausa a sua atividade docente e para o aluno extravasar as energias, ao invés de ser percebido em seu sentido mais amplo no qual o recreio também é considerado como momento de construir relações, valores, a ponto de Neuenfeld afirmar que. O recreio é assim caracterizado: como campo de oportunidades que é ao mesmo tempo permissivo e controlador, sendo também um momento muito esperado pelos sujeitos para “correr, saltar, jogar, brincar”, como para estabelecer conflitos e preconceitos (NEUENFELD, 2003, p. 40). Ao desenvolver o correr, o saltar, o jogar e o brincar no recreio, a criança estar promovendo neste espaço brincadeira que são muito importante e fundamental elas precisa de um momento para construir e transformar sua experiência em valores que vão contribuir para outros e para se mesma. E será nesse campo de oportunidade que a criança irá se esbaldar em suas criações e manifestações pelo desejo do brincar. 14 Segundo a Dra. Romina Barros (2009), pediatra e professora assistente no Albert Einstein, em uma reportagem no site do Terra, o recreio escolar melhora o comportamento das crianças. Para ela é o motivo “porque muitas escolas novas vêm sendo construídas sem espaço a céu aberto suficiente para os alunos”. (Barros 2009). Espaço esse que se faz necessário na vida lúdica das crianças na hora do recreio, vale ressalta que precisamos compreender esse espaço como parte integrante do recreio. Segundo Barros (2009) diz que elas – as crianças - são capazes de adquirir todas as capacitações acadêmicas que desejamos que aprendessem, é preciso que tenham uma pausa, que lhes permitam liberar a energia e exercitar seu lado social. Essa contribuição na hora do recreio vai possibilitar para as crianças o estímulo pelo seu convívio social e para seu desenvolvimento, mesmo sendo com outras crianças, essa pausa pode ser muito significativa para essas crianças que estão em sala de aula e querem liberar um pouco seus anseios em suas brincadeiras. Mas a falta desse recreio pode trazer para a criança o cansaço em sala de aula, fazendo com que a criança considere a aula chata, sem graça e desagradável. Podendo até mesmo implicar no aprendizado dessa criança, que não tem tempo para exercer suas atividades recreativas, esse desgaste da falta do recreio não se dar só à criança, mas também ao professor que não tem um tempo para o descanso. Devemos sair desse paradigma que o conhecimento só acontece em sala de aula, pode se educar também pela prática do lazer, do lúdico e devemos reconhecer que como é importante se educar através do lazer. Podemos considerar o recreio uma forma de se ensinar brincado. No brincar, na hora do recreio, a criança vai desenvolver qualidades, capacidade para criação, sensibilidade, gentileza e enriquecimento de seus valores morais. Todos esses benefícios são encontrados no desenrolar da concepção de recreio. Então se a criança permanece muito tempo em sala de aula sem ter um tempo apto para exercer alguma atividade lúdica, certamente ela não irá consegui assimilar ou compreender muito o conteúdo transmitido em sala. Dessa forma, entende-se que através do recreio as crianças expressam suas necessidades e buscam, nesse momento, estabelecer suas realizações pessoais. E 15 será no tratar das dimensões no recreio escolar que a presente pesquisa estará pautada. É necessário discorrer para uma melhor compreensão e esclarecimento desse momento tão importante e único na vida dos alunos. Diante dessa compreensão, ver-se necessária que a criança depender de outros indivíduos que fazem parte do seu contexto social, para que interaja com o outro e com os objetos. O recreio parece ser um espaço que deve ser encarado como um momento único e especial na vida escolar das crianças, já que neste espaço se relaciona consigo mesma e com o outro. Por isso não pode ser entendido como um descanso ou simplesmente um passatempo para as crianças. Por outro lado, é pertinente realizar uma minuciosa observação desse momento, pois para alguns professores não é um momento muito agradável, eles alegam que não tem controle sobre as crianças, até mesmo nas atividades pedagógica, como: jogos, brincadeiras coordenadas, entre outras, já que os alunos saem desesperados para brincar, não prestam atenção e querem ficar correndo durante todo recreio. Para Wallon (1995) “a criança passa de um estágio para outro como uma passagem, há todo um caminho para percorrer antes de chegar a outro estágio de sua vida, e não é simplesmente uma ampliação, mas sim uma reformulação. Podendo ou não a criança passar por crise que afete a sua conduta enquanto criança. O desenvolvimento desta criança se constrói progressivamente efetivamente e cognitivamente”. Foi pensando dessa forma, que se pode ter uma visão das transformações pelas quais as crianças passam. É na hora do recreio que a criança também vai encontrar estratégias e caminhos para seu desenvolvimento. Como o recreio vem perdendo seu valor diante da sociedade, que muitas das vezes encara esse tempo livre com mero passatempo ou simplesmente uma hora de descanso. É preciso deixar claro que esse momento é necessário para o seu desenvolvimento social. Vários são os papéis do recreio, vejamos alguns: o recreio como espaço de aprendizagem, o recreio como espaço de brincar pelo brincar, o recreio como espaço de socialização e cultural, o recreio como jogos, brincadeiras e brinquedos e o recreio como espaço de conflitos. 1.1 O RECREIO COMO ESPAÇO DE APRENDIZAGEM 16 A aprendizagem é um processo de modificação no comportamento, provocando uma transformação qualitativa na estrutura mental daquele que aprende. Sanches (2003 p. 62) explica que “toda aprendizagem só é autêntica quando incorporada à nossa vida. Portanto, aprender é modificar comportamento que acontece como resultado das tentativas que o ser humano faz para satisfazer seus motivos internos”. A brincadeira seria uma das atividades de aprendizagem importante na vida das crianças, pois a criança vai resolver a maioria de seus conflitos, já que é através da brincadeira que a criança expressa sua forma de representação da realidade. Romina Barros (2009), não só vai dar sua definição sobre o recreio como também vai destacar o valor da hora do recreio na vida das crianças que estão em sala de aula, como também as possibilidades de uma aprendizagem significativa. Quando a criança tem seu tempo para extravasar em suas brincadeiras, ela terá depois mais entrosamento em sala de aula e estímulo para aprender ao voltar do recreio, a autora afirma também que “a criança que permanece muito tempo em sala de aula, sem ter um tempo apto para exercer alguma atividade lúdica, certamente ela não vai consegui assimilar o conteúdo passado em sala”. (BARROS, 2009). O fazer barulho ao brincar é causado por trocas que se desenrolam ao longo das vivências. Rir, pular, vibrar, contagiar, sentir medo, chorar, ficar bravo, reclamar, entristecer-se faz parte do processo de aprendizagem da criança. Através da hora do recreio, as crianças não só interagem entre si, como também uma aprende com a outra, estimulando à escrita, a fala e o raciocínio lógico. O aluno que tem certa dificuldade em sala de se expressar e de se comunicar poderá melhorar essa condição, já que nas suas atividades recreativas a criança terá um leque de novidades e interesse. Então à hora do recreio faz-se necessário aos infantes que estão em fase escolar, principalmente aquelas que são considerados tímidos, calados, que na maioria das vezes em sala de aula não conseguem se expressar, porém esse tempo/espaço na hora do recreio será um ambiente facilitador e transmissor de novas possibilidades na aprendizagem. Com isso, o recreio se torna um tempo útil à escola, pois tende a atender as intencionalidades da mesma, muitas vezes coercitivas, como, por exemplo: vigiar e punir corpos que levam à desordem da escola no momento do recreio; ou pensar 17 neste tempo/espaço como uma maneira de preparar os sujeitos escolares para mais essa etapa, às vezes árdua, do processo ensino-aprendizagem, em busca de um melhor rendimento escolar. As crianças que ficam em sala de aula com a missão de aprender, muitas vezes não têm a oportunidade de saber o que é o brincar, para Piaget “a criança pode vivenciar uma mesma situação diversas vezes. Isso, além de permitir que ela repita brincadeiras que lhe dão prazer, possibilita que ela solucione problemas e aprendam processos e comportamentos adequados” (PIAGET, 1990, p. 87). Será neste brincar espontâneo, como uma atividade que facilita a aprendizagem da criança, que irá propor uma aprendizagem significativa, o ato de brincar na hora do recreio não possui apenas crianças livres, mas também contribui para a formação de valores para as mesmas. Essa troca de valores entre as crianças se dar através das brincadeiras que podem descobrir vários fatores diferentes entre elas. Com essa transição de valores, a criança começa a desenvolver e aprender um ser novo. Esse novo ser é que vai estimular as brincadeiras, com a lógica de tenta entender e se encontrar no outro. E Brourgere destaca que: Não se pode fundamentar, na brincadeira, um programa pedagógico preciso. Quem brinca pode sempre evitar aquilo que lhe desagrada. Se a liberdade valoriza as aprendizagens adquiridas na brincadeira, ela produz, também, uma incerteza quanto aos resultados. Daí a impossibilidade de assegurar aprendizagens, de um modo preciso, na brincadeira. É o paradoxo da brincadeira, espaço de aprendizagem fabuloso e incerto. (BROURGERE, 2000, p. 98). Sendo assim todas as atividades inseridas dentro da escola deve estar direcionada para promoção do saber, do aprender, com a relação da sociedade, da cultura e da saúde da criança. Daí a importância de uma nova ótica e abordagem sobre o recreio escolar e suas potencialidades sócio-educacionais na vida dos alunos e das crianças, como forma de articulação entre o recreio e a sala de aula. E sua prática pedagógica auxilia na aprendizagem da criança, e possibilita ao educador aulas mais ricas e prazerosas. Ainda tem pessoas que acreditam que na hora do recreio as crianças não fazem nada, a não ser brincar, correr e lanchar. Não sabendo essas pessoas que o recreio é fundamental no processo ensino-aprendizagem dessas crianças. Nesse momento de lazer as crianças podem realizar mais atividades do que se pode 18 pensar. Fazendo uma mistura de seus conhecimentos adquiridos em sala de aula com suas brincadeiras, criando e relacionando coisas novas e velhas. É nesse desenvolvimento que a criança vai adquirir a maturação da imaginação, da inteligência e da linguagem, onde deve ocorre de maneira natural. No brincar a criança será uma fonte inspiradora para a invenção e para a elaboração de suas fantasias, nessa criação a criança vai se interar com o real e com o imaginário, ela irá descobrir espontaneamente o mundo em que ela vive, através das brincadeiras que se transformaram em experiências. A criança ao imaginar um desenho ou um brinquedo estará saltando sua imaginação para um mundo onde muitas das vezes é o do adulto, a brincadeira é uma das fases mais importante para o desenvolvimento infantil. E nesse período que a criança aprender a lidar com sues sentidos da aprendizagem. 1.2 O RECREIO COMO ESPAÇO DE BRINCAR PELO BRINCAR No brincar podemos conhecer o outro e nos conhecer, esse conhecer pode ser dado de maneira que a criança conquiste o espaço do brincar, da alegria, do gozo, do prazer em estar brincando e da satisfação do que é. É através de suas brincadeiras que ela passa a conhecer o mundo real e seus objetos, que se faz presente no seu e de seu mundo. Donald Woods, um psicanalista inglês (1896 – 1971), fala que toda criança que brinca estar bem de saúde e que essa criança certamente terá mais disposição para realizar atividades lúdicas. Através do brincar na hora do recreio pode ser muito útil para detectar algum problema físico, mental, timidez, angústia, tristeza, agressividade e medo. É nesse brincar também que a criança começa a estabelecer relações, conhecer a alegria, descobrir o que é a vida e viver dentro dela, como se tudo que estiver ao seu redor fosse uma brincadeira. É importante vivenciar o brincar da criança com atividades lúdicas e estar relacionado à sua essência. Para Friendmann (1994) “a brincadeira constitui-se, basicamente, em um sistema que integra a vida social das crianças”. O brincar tem sido um elemento importante para propiciar a criança momentos enriquecedor, podendo assim manifestar ou expressar seus sentimentos. É tanto que Santin afirma que: O lugar mais adequado para se apreender o lúdico, sem dúvida, é o mundo da criança. O grande laboratório onde ocorre a química lúdica, o grande 19 palco onde se constroem as grandes cenas de ludicidade tem como cientistas e como atores as crianças. (SANTIN, 1994). Para Santin (1994) nessa fase a criança transforma tudo em brincadeira, até mesmo o que não é brincadeira, pois no mundo dela qualquer motivo leva a uma ou mais brincadeiras, e mesmo aquelas crianças que não tem o tempo adequado na escola para o recreio, acham o espaço e o tempo para brincar. A criança escolhe espontânea e deliberadamente as suas brincadeiras, através da qual ela irá saciar os seus anseios e suas vontades para o lazer. E encontra nos objetos poupáveis e naturais forma para se apropriar do seu espaço. Segundo o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (1998), “o brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia infantil”. O fato da criança, desde muito cedo, comunicar-se por meio de gestos, sons e, mais tarde, representar determinado papel na brincadeira, faz com que ela desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras, as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como: a atenção, a imitação, a memória e a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação, da utilização e da experimentação de regras e papéis sociais. As crianças quando se encontram na hora do recreio têm uma capacidade grande de se entregar a imaginação, de transformar um simples espaço de recreação em um grande cenário, onde elas são os atores principais desse mundo, que só tem espaço para as brincadeiras, é neste brincar que elas buscam sua realização pessoal. O brincar espontâneo faz com que essa criança: sorria, brinque, pule, chore reclame, fique bravo, sinta medo e interaja com o seu objeto de brincar na hora do recreio. Brincar seria a ação de uma brincadeira, diversão, divertimento, momento de entretenimento e distração. 1.3 O RECREIO COMO ESPAÇO DOS BRINQUEDOS Brinquedo, segundo o minidicionário Houaiss (2004) da Língua Portuguesa, quer dizer: objetivo de brincar, jogo, distração. Brourgere (2001) define o brinquedo como “um objeto que a criança manipula livremente”. É importante proporcionar nos dias atuais à criança oportunidades para muitas brincadeiras espontâneas, brinquedos e jogos livres, para que ela desfrute a alegria de brincar, seja em grupo 20 ou individualmente, favorecendo assim a sua socialização com o meio. Pois diante das atividades livres, que são feitas de forma prazerosa e na maioria das vezes são utilizados os jogos pelas crianças. O jogo desperta o interesse e a curiosidade das crianças, proporcionando assim um melhor desenvolvimento no fator biológico, emocional, psicomotor, social, simbólico dentre outros fatores. O jogo também vai propiciar para a criança uma socialização, permitindo assim com que esta criança tenha a apreensão dos valores do grupo, formando assim pessoas, participantes, conscientes e críticas naquilo que faz. Através do jogo, a criança satisfaz suas necessidades interiores pelo prazer e pelo esforço espontâneo. O jogo, por ser uma necessidade física e mental, aciona e ativa as funções psiconeurológicas e as operações mentais, estimulando assim o pensamento. Para Kishimoto: A criança procura o jogo como necessidade e não como distração (...). É pelo jogo que a criança se revela. As suas inclinações boas ou más, a sua vocação, as suas habilidades, o seu caráter, tudo que ela traz latente no seu eu em formação, torna-se visível pelo jogo e pelos brinquedos, que ela executa. (KISHIMOTO, 1993). O jogo vai permitir que a criança realize o seu eu, na construção e no desenvolver de sua brincadeira. Mas nesse brincar com jogos a criança também irá se identificar com seus valores, construindo assim a sua personalidade além de desenvolver a linguagem. E Kishimoto (1993) vem frisar a importância do jogo para a criança em fase escolar, como também deixa a entender que é preciso perceber, que para educar a criança não é preciso ir além das suas capacidades, além das suas habilidades, como também devemos respeitar as características de cada atividade lúdica que iremos oferecer para a criança. Kishimoto afirma que: O jogo infantil é normalmente caracterizado pelos signos do prazer ou da alegria, entre os quais o sorriso. Quando brinca livremente e se satisfaz a criança o demonstra por meio do sorriso. Esse processo traz inúmeros dos efeitos positivos aos aspectos: corporal, moral social da criança. (KISHIMOTO, 1996). 21 Esse jogo na hora do brincar é muito importante para a criança, pois a criança irá desenvolver o seu emocional, nesse intermédio a criança percorre caminhos possíveis para expressar ideias e sentimentos que estão em seu interior. Não podemos falar só sobre os jogos, mas também tem várias brincadeiras que as crianças utilizam para suas atividades recreativas, mas as mais utilizadas pelas crianças, sem sombra de dúvidas, são os jogos, pois eles estão sempre presente na vida delas. Segundo o Referencial Curricular para a Educação Infantil (1998) “Brincar de roda, ciranda, pular corda, amarelinha etc. são maneiras que as crianças têm de estabelecer contato consigo próprio e com o outro, de se sentir único e, ao mesmo tempo, parte de um grupo”. A criança ao brincar relaxa, vibra, sente-se bem e dedica-se a seu momento de brincar, aliviando assim as suas tensões. O ato de brincar segundo Almeida (2004) “é algo natural na criança e por não ser uma atividade sistematizada e estruturada acaba sendo a própria expressão de vida da criança”. E acrescenta que: Brincar não significa passatempo. A criança utiliza da brincadeira para conhecer o mundo a cerca. Através do jogo a criança desenvolve a sua imaginação e seu pensamento abstrato. Através das brincadeiras a criança poderá ter um bom desenvolvimento psicomotor e psicossocial, assim como as levará a socialização e a construção para sua vida afetiva. As atividades lúdicas encorajam também o desenvolvimento intelectual, através da atenção e da imaginação facilitando a sua expressão. (ALMEIDA, 1990). Toda criança que brinca desenvolverá atitudes de sociabilidade, fazendo assim amigos, aprendendo a conviver, respeitar o direito e as normas já estabelecidas dentro do convívio ao seu redor, dentro dos limites de sua condição atual, assim fazendo sentido para a sua vida. O jogo, segundo Cunha (1984), “o proporciona dor, aprender – fazendo e brincando a criança formula seus concertos, adquire informações e supera dificuldades de aprendizagem”. Na prática pedagógica, o jogo ajuda na aprendizagem da criança, possibilitando ao educador tornar suas aulas mais ricas e prazerosas. E insere essa experiência em sala para o educando será melhor de lidar e trabalhar com as crianças. 1.4 O RECREIO COMO ESPAÇO DE SOCIALIZAÇÃO E CULTURAL 22 Está dimensão trata do aspecto relevante que o recreio traz com relação sócio-cultural para a criança. Mas para isso, nada mais justo falarmos de autores que tragam reflexões importantes e contribuições para a organização do tempo e espaço da escola, dentro da frase lançada os autores serão: Arroyo (2004) Farias Filho (2000), Dayrell (1996). O conceito de espaço sócio-cultural segundo Dayell (1996) é a “ótica da cultura“, que leva em conta o fazer cotidiano e o sujeito concreto. Este sujeito social, cultural e histórico possui um importante papel no meio social. A partir do momento que a escola considera seus alunos seres ativos, com ações e relações sociais, culturais e históricos, possibilita um diálogo com o seu cotidiano e com as marcas sociais a que eles pertencem. Ao pensar em escola não devemos nos esquecer que esse espaço não deve ser olhado como um lugar simplesmente de função disciplinadora, um lugar os alunos têm seus espaços delimitados, suas assunções vigiadas. É preciso compreender que à hora do recreio é um espaço de aprendizagem e de encontros importantes para a vida do aluno. Diferente dessa posição Faria Filho (2002) ressalta que o recreio, se entendido como tempo improdutivo, torna-se útil à escola, à medida que atende as intencionalidades da mesma. Desse modo, esse tempo e espaço escolar visam à disciplina, a ordem dos corpos que nele estão presentes, para que possam descansar e “recompor a bateria”, o que garantirá um melhor aproveitamento nos estudos diante da continuidade do dia escolar. 1.5 O RECREIO COMO ESPAÇO DE CONFLITOS Segundo o minidicionário Houaiss (2004) da Língua Portuguesa definiu o conflito “como um efeito de divergência discussão”. Devemos considerar e ter ideia da importância do ato de brincar, quando se trata da construção do desenvolvimento integral da criança, é preciso observá-las no espaço com suas brincadeiras e se fazer necessário a importância de intervir quando preciso, pois é nesse intervalo de tempo que podemos ver na grande maioria das agressões entre as crianças. Observando a personalidade e conhecimento prévio das crianças, é importante que os educadores e profissionais da educação reflitam sobre a 23 necessidade de um olhar especial sobre o recreio, processo educativo agradável, através do qual o conhecimento sobre cada criança se torna mais evidente diante da observação, das situações e da agressividade nas brincadeiras. Segundo Lima (1991), através da hora do recreio, a criança vai conhecer, vai aprender e se construir como um ser pertencente a um grupo, esse brincar são que vão possibilitar meios para a contribuição da identidade cultural dessa criança. Enquanto ações humanas, vão gerar situações de construção, de significado, de indagação e de transformação do mesmo. São traves dessas indagações e seus conflitos que irão gerar atividades que envolvem emoções, afetividade, estabelecimento e ruptura de laços e compreensão da dinâmica interna que perpassa a ligação entre as pessoas. Nesse momento a criança começa a liberar seus extintos, pelo qual se inflama por coisas pequenas, gerando muitas das vazes conflitos desnecessários. O recreio, além de provocar o prazer físico e emocional, de certa forma também, faz com que a criança domine os impulsos agressivos, naturais da espécie humana, os quais devem ser controlados e manipulados por ela, para que não sofra uma carga de angústia. A agressão entre crianças parece ser inicialmente, uma resposta à frustração. Bee (1986, p.67) diz que muitos pesquisadores distinguem duas formas de agressão, vejamos: A agressão instrumental é dirigida para alcançar uma recompensa que não seja o sofrimento da outra pessoa. A criança que toma o brinquedo de outra criança está mostrando uma agressividade instrumental, se sua intenção foi ficar com o brinquedo, e não ferir o companheiro. A agressão hostil, em contraste, tem como objetivo atacar a outra pessoa. Já para Machado (2002), “a agressividade da criança é inata, no entanto a ação das pessoas, com as quais convivem, pode intensificá-la ou moderá-la, ou seja, a educação imprópria provoca o seu descontrole”. Emoções que afloram na agressividade podem ser consideradas normais, positivas e saudáveis, se levarem a criança à independência pessoal. Caso essa agressividade não seja bem elaborada, a criança começa a apresentar atitudes negativas, que chocam e até mesmo magoam. Tais atitudes podem ser resultantes de problemas emocionais não resolvidos e de orientações inadequadas. 1.6 O RECREIO COMO ESPAÇO DE DESENVOLVIMENTO FÍSICO 24 O recreio é um momento muito esperado para a criança que estar inserida dentro do contexto escolar. São nessa hora que a criança vai liberar todas suas forças e explorar seu mundo ao derredor. As crianças com idade entre 10 a 12 anos estão em pleno crescimento físico e mental. O recreio proporciona a estas crianças diversas brincadeiras, como: “pega- pega”, “esconde- esconde”, “corrida”, “futebol”, “natação”, que estimula a criança no desenvolver dos músculos inferiores e superiores, o cérebro. Estas atividades muitas vezes irão revelar talentos que não se esperam. O recreio escolar ajuda as crianças a se desenvolverem nas atividades citadas acima, e muitas vezes revelam muitos talentos que geram grandes felicidades para as crianças e seus pais. Para Collet (2008) as atividades físicas e esportivas são consideradas importantes meios de promoção a saúde, no desenvolvimento da personalidade dos indivíduos e da oportunidade de ascensão e integração social. Nas escolas há vários brinquedos e brincadeiras, tais como: roda, cabo de guerra, corrida, etc. É o que Costa (1960, p. 12) destaca quando diz que “ao mesmo tempo o recreio é salutar ao corpo: os músculos adestram-se, o organismo todo se beneficia das exposições ao ar livre, da riqueza motora de alguns jogos, dos movimentos a que se submete”. A importância do mesmo é devido à dificuldade social. A violência que se tem no Brasil atualmente aumenta porque muitas crianças não têm condições de ter uma aula de natação, ou até mesmo do tão famoso futebol, e assim, o momento do recreio na escola, juntos com os amiguinhos de classe e com outros, é um momento essencial, onde à criança pode brincar pular, gastar a energia que ela tem, pois os estudantes dessa idade têm muita energia e elas devem ser bem aproveitadas para seu desenvolvimento físico. Os espaços de lazer nas áreas de residência são cada vez menores e mais perigosos (PEREIRA, 1993). Já os autores Pereira & Neto (1997) apontam para o fato de que “recentemente tem existido, por parte das autarquias, preocupações no sentido da construção de espaços nas zonas urbanas, nas escolas também é necessário prestar grande atenção aos recreios, um espaço que tende a ser esquecido como espaço pedagógico e de desenvolvimento da criança”. Hoje em dia, devido o aumento da população, muitas crianças moram em apartamentos ou em casas que não possui uma área de lazer para suas atividades 25 recreativas, assim torna-se o recreio escolar muito mais essencial na vida da criança, na colaboração de suas atividades físicas na escola. Pois a prática esportiva na vida de uma criança terá uma grande colaboração de promover o seu desenvolvimento motor, fazendo assim com que a criança interaja com o meio que estar inserida. Não devemos ignorar o brincar da criança nesse momento, a criança desenvolve em seus atos de brincadeira na hora do recreio atividades que vão possibilitar a criança um desenvolvimento físico. 2 AS PERCEPÇÕES DAS CRIANÇAS SOBRE AS DIMENSÕES NO RECREIO Este trabalho é um estudo de caso, que segundo Triviños (1987), vai nos informar o significado de estudo de caso é uma pesquisa qualitativa, onde há técnicas de coleta de informações, o mais importante dela é a observação participante, realizados no período de junho de 2009 a dezembro de 2009, na Escola Rômulo Galvão, localizado no bairro de Pau da Lima. Os sujeitos participantes deste trabalho foram cinco crianças do 4° ano do Ensino Fundamental I, entre idade de 10 a 12 anos. São alunos moradores da periferia de Salvador e anseiam por um recreio de melhor qualidade para atender suas necessidades. Pois a maioria de seus pais não teve tempo para os estudos, todavia tiveram, em sua época, tempo necessário para suas atividades lúdicas e recreativas. O instrumento utilizado para esta pesquisa foi um questionário contendo nove questões. Sete questões abertas que foi direcionada a compreensão sobre o recreio; e duas foram fechadas. Este questionário, antes de ser aplicado, foi elaborado mediante as dimensões do recreio. 21 A ANÁLISE DOS DADOS 26 As respostas do questionário foram analisadas para verificar o significado do recreio e das suas dimensões para as crianças. Para tanto foram levantadas categorias que estão subdivididas, cada uma das respostas busca facilitarem a análise das respostas das crianças. As categorias são as seguintes: concepção de recreio para as crianças. Para que serve o recreio? Esse tempo se faz necessário para vocês brincarem? Você acha que através do recreio você aprende alguma coisa, além das brincadeiras? E por quê? Essa aprendizagem é significativa? Para você, o professor deve participar das atividades na hora do recreio? Com relação aos conflitos que ocorre no recreio, o que você acha? E você acredita que na hora do recreio você tem algum desenvolvimento físico? Tabela 01 – Concepção de recreio para as crianças. SUBCATEGORIAS QUANTIDADE % Brinco 2 40 Descansar e relaxar 2 40 Momento agradável 1 20 TOTAL 5 100 Constatar-se que na tabela de n 01, 40% das crianças consideram o recreio um espaço para brincar; para 40% o espaço serve para descansar e relaxar, e os 20% consideram o recreio um espaço de momento agradável. Tem razão Donald Woods, psicanalista inglês (1896 – 1971), quando destaca que toda criança que brinca é sinal de estar bem de saúde, e que essa criança certamente terá mais disposição para realizar atividades lúdicas. O brincar na hora do recreio pode até se detectar algum problema de saúde, já que toda criança estabelece relações com os outros. As que consideram o recreio como momentos agradáveis e relaxantes vão além do que Santin (1994) entende. Para ele o lugar mais adequado para se apreender o lúdico, sem dúvida, é no mundo da criança. 27 Desta forma o recreio pode ser visto como o grande laboratório, onde ocorre à química lúdica, o grande palco, onde se constroem as grandes cenas de ludicidade. E que através do brincar, e suas brincadeiras, é que a criança vai se socializar com o meio. Conforme as falas das crianças o recreio significa: Um momento onde fico mais próximo de meus amigos e uma pausa nos estudos (aluno 1). Momento muito agradável para mim, eu brinco e relaxo os ossos (aluno 2). Momento onde brinco com meus colegas (aluno 3). Um momento de descanso da sala de aula e das atividades (aluno 4). Momento muito agradável para mim (aluno 5). Observa se que segundo a percepção das crianças sobre a concepção do recreio estão bem divididas ao desrespeito como momento de satisfação no que elas estão fazendo ao relaxar. Tabela 02 – Para que serve o recreio? SUBCATEGORIAS QUANTIDADE % Comer e merendar 3 40 Ver os colegas 1 20 Relacionar 1 20 TOTAL 5 100 Verifica-se que na tabela de n 02 que para 40% das crianças consideram o recreio um momento de comer e merendar, 20% para ver os colegas e 20% para se relacionar. Para as crianças o espaço do recreio serve para se relacionarem com seus amigos e ver os colegas. Compreende-se que nessa hora do recreio as crianças utilizam como um lugar de interação e socialização entre elas mesmas. Esse tempo contribui na vida social da criança pelo fato de promover entre elas a interação e o desenvolvimento de vínculos e marcas sociais. Fica bem evidenciado na concepção de Ferreira (1999) que o recreio escolar ou intervalo das aulas como um momento presente na vida de todo estudante e que é indispensável na educação. 28 Segundo as expressões das crianças. Para se divertir um pouco, comer um pouco, um espaço de descanso da mente, para voltar à sala de aula (aluno 1). Para brincar, merendar e descansar de tanto escrever (aluno 2). Serve para atender minhas necessidades (aluno 3). Ver os colegas (aluno 4). Para me relacionar com meus amigos nas brincadeiras (aluno 5). Para essas crianças fica evidente que à hora do recreio serve para muitas coisas dentro de seu espaço lúdico. Motivo pelo qual devemos respeitar esse momento de integração. Tabela 03 – Esse tempo se faz necessário para você brincar? SUBCATEGORIAS QUANTIDADE % Sim 4 80 Não 1 20 TOTAL 5 100 Verifica-se que na tabela de n 03 que para 80% das crianças acham que o tempo do recreio não é suficiente para brincar e 20% acham que o tempo é suficiente para suas atividades recreativas. Costa (1960) ressalta que através do recreio ao ar livre a criança vai estabelecer atividades que estimulam os músculos, o organismo todo se beneficia das exposições ao ar livre, da riqueza motora de alguns jogos, dos movimentos a que se submete. Através do brincar a criança vai aprender a estabelecer vínculos em grupos e construir sua identidade. Também vai favorecer para seu desenvolvimento físico na prática de esportes na hora do recreio. Por isso que se faz necessário um tempo maior para as crianças na hora do recreio. Conforme as expressões das crianças: 29 20 minutos é o tempo oferecido pela minha escola, mas o suficiente mesmo seria 1 hora (aluno 1). 20 minutos, mas não é muita coisa, pois não dar para quase nada, quando você pensa que tem tempo, que nada o tempo já acabou (aluno 2). 20 minutos, mas não dar para quase nada (aluno 3). Não (aluno 4). Não, temos que brincar rápido às vezes penso que esse é o momento, mas chato, hora de ir para sala (aluno 5). Observa-se que as percepções das crianças sobre o tempo consideram a hora do recreio são bem enfatizadas que 20 minutos é um tempo insuficiente para desenvolver as suas relações, aponto de destacar que este minuto de brincar não dar para quase nada. Tabela 04 – Através do recreio você aprende alguma coisa? Por quê? SUBCATEGORIAS QUANTIDADE % Brinco e aprendo 3 60 Novas brincadeiras 1 20 Não 1 20 TOTAL 5 100 Constata-se que na tabela de n 04 que 60% das crianças brincam e aprendem na hora do recreio, 20% aprendem novas brincadeiras e para 20% das crianças não há nenhuma aprendizagem. O recreio como espaço facilitador da aprendizagem para a criança vai propor a elas momentos significantes. Segundo Barros (2009) nos traz a importância de se ter um tempo para o descanso, e que a criança que permanece muito tempo em sala de aula provavelmente não conseguira assimilar muita coisa. Conforme as expressões das crianças: Só faço brincar e aprender também que os colegas podem se machucar como aconteceu comigo, ou seja, limites. Assim devemos brincar com moderação (aluno 1). Aprendo com os meus colegas novas brincadeiras e ate mesmo às vezes passamos um para o outro algumas atividades que não sabemos, não entendemos ou não pegamos (aluno 2). 30 Sim, ate porque eu quase não faço as atividades então momento que utilizo para copiar as atividades que não terminei de fazer (aluno 3). Não, porque o tempo é muito pouco (aluno 4). Sim, porque ao mesmo tempo brinco eu também estou aprendendo alguma coisa (aluno 5). Através das brincadeiras podem ser elaboradas atividades recreativas que possam estimular nas crianças as competências de cada área e suas habilidades, não podemos esquecer que a criança precisa do tempo para liberar suas agitações. Quanto ao espaço do recreio para aprender as crianças enfatizam que só fazem brincar como se o brincar não fosse um espaço de aprender. Tabela 05 – Essa aprendizagem é significativa? SUBCATEGORIAS QUANTIDADE % Sim 4 90 Não 1 10 TOTAL 5 100 Verifica-se que na tabela de n 05 90% das crianças dizem que há aprendizagem significativa no espaço do recreio, para 10% das crianças essa aprendizagem não existe. A brincadeira seria uma das atividades de aprendizagem importante na vida das crianças, assim vai relacionar o brinquedo com sua aprendizagem, pois é através da brincadeira que as crianças expressarem a sua forma de representação da realidade. Segundo Sanches (2003) “toda aprendizagem só é autêntica quando incorporada à nossa vida”. Portanto, aprender é modificar comportamento, que acontece como resultado das tentativas que o ser humano faz para satisfazer seus motivos internos. Ou seja, na hora do recreio as crianças têm a satisfação de estar brincando, e além de brincarem também vão praticar atividades que possibilitem melhora no desenvolvimento da aprendizagem. 31 Talvez este espaço seja mais um momento para a criação e elaboração de suas imaginações, que as crianças através das brincadeiras e aprendizagem transformar as experiências em aprendizagem significativa. Essa aprendizagem significativa se dar por meio de novos conhecimentos que são adquiridos relacionam-se com o conhecimento prévio que o aluno possui. Conforme as suas expressões das crianças: É me torna uma criança mais cautelosa (aluno 1). Sim, pois já consegue entender uma aula de matemática na brincadeira de ludo (aluno 2). Mais ou menos vamos mudar de assunto professora (aluno 3). Não, porque o tempo é muito pouco (aluno 4). Sim, pelo fato de em outro momento eu colocar em pratica aquilo que aprendi (aluno 5). Para quase a totalidade das crianças o recreio é um momento de aprendizagem e de significado, cada uma de seu jeito. Tabela 06 – O professor deve participar das atividades na hora do recreio? SUBCATEGORIAS QUANTIDADE % Não 4 80 Sim 1 20 TOTAL 5 100 Constata-se que na tabela de n 06 que para 90% das crianças os professores não devem participar da hora do recreio, mas 10% preferem que os professores participem. As crianças que não concordam com a participação dos professores no recreio justificam que querem liberdade, querem fugir dos olhares dos professores. Barros (2009) informa que é bom e importante que o professor participe da hora do recreio, para direcionar algumas atividades recreativas, assim como evitar transtornos que muitas vezes fazem parte desse momento. Já as outras crianças que gostariam da presença dos professores, disseram que com eles o recreio poderia ficar mais divertido, como também as brincadeiras poderiam ser conduzidas por eles, dessa forma evitariam agressões e discussões desnecessárias. 32 Conforme as expressões das crianças: Não, porque ele também tem de descansar e se alimentar, devido que minha turma da muito trabalho a professora (aluno 1). Não, porque ela vai quere ficar regulando os alunos e também ela deve descansar um pouco para quando voltarmos (aluno 2). Não, porque ele deve descansar (aluno 3). Não porque a maioria deles não gosta do recreio e são rígidos (aluno 4). Sim porque se eles quiserem participar não vejo nada demais desde que eles não sejam rígidos (aluno 5). Quanto à percepção das crianças sobre o participar ou não dos professores da hora do recreio fica bem claro que as crianças que não preferem que esse professor não participe podemos dizer que é atribuída ao espaço de estarem sós sem o auxílio de um adulto para estar regulando suas atividades recreativas. Tabela 07 – O que você acha dos conflitos que ocorrem no recreio? SUBCATEGORIAS QUANTIDADE % Ruins 2 40 Legais 1 20 Não me envolvo 2 40 TOTAL 5 100 Constata-se que na tabela de n 07 que para 40% das crianças não gostam dos conflitos, 20% acha legal e para as outras 40% preferem não se envolve em conflitos. Com base na dimensão de conflito podemos dizer que as brigas e agressões que ocorre na hora do recreio são muitas vezes geradas por coisas desnecessárias, que geram confusão e desconforto sem a mínima necessidade entre as crianças. O meio e a convivência com atos como esses de confusão e conflitos que se fazem desnecessários as crianças, pois podem causar futuramente problemas em pessoas de personalidades frágeis. 33 Conforme as expressões das crianças: Acontecem muitas brigas que são muitas das vezes geradas por conflitos. Acho isso muito ruim, porque essas brigas afastam os colegas (aluno 1). Os conflitos que ocorre dentro da escola são brigas ruins. Isso é uma coisa desnecessária, mas se você for ver, são mais os meninos que brigam por qualquer coisa (aluno 2). Professora nem me envolvo, pois eu não gosto destas brincadeiras que geram conflitos que sempre gera briga e no final só da confusão (aluno 3). Algumas são legais (aluno 4). Há algumas, mas prefiro não me envolver (aluno 5). Segundo Machado (2002), a agressividade da criança é inata, no entanto a ação das pessoas com as quais convivem pode intensificá-la ou moderá-la, ou seja, a educação imprópria provoca o seu descontrole. Ao final da pesquisa foi perguntado aos alunos: Você acredita que na hora do recreio ocorreu algum desenvolvimento físico? Não foi necessária a oitava tabela, pois as respostas do questionário foram unânimes, as crianças responderam que o recreio é compreendido como espaço de desenvolvimento físico, e indicaram às brincadeiras de corre-corre, esconde-esconde, pega-pega e outras brincadeiras como as que mais proporcionam esse desenvolvimento. Vejam as respostas: Sim, pois to correndo, termos de desenvolvimento físico (aluno 1). Sim, temos praticamente aulas de física que nos mesmo criamos para esticar as pernas (aluno 2). Sim, para algumas crianças que correm, pulam, joga bola, mas eu não sou muito de ficar correndo (aluno 3). Claro que sim (aluno 4). Sim. (aluno 5). Para Costa (1960) a prática de exercício físico na hora do recreio vai possibilitar as crianças desenvolvimento muscular nas atividades recreativas de caráter esportivo, sem falar que além de ajudar a criança no seu desenvolvimento físico, o recreio também vai possibilitar a promoção de uma boa saúde para elas. 34 CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante dos estudos, foi feita uma reflexão sobre a importância da hora do recreio, e compreender esse momento, além das dimensões proposta, vale ressaltar que o recreio é um momento de encontro significante. Espaço de aprendizagem, espaço de brincar pelo brincar, espaço dos brinquedos, espaço de socialização, espaço de conflitos e espaço de desenvolvimento físico. Para pensar o recreio, como tempo e espaço no quais as crianças se socializem e construam novos pensamentos, são necessários novos conceitos de compreender e lidar, coletiva e individualmente, as relações em grupo. A escola como espaço sócio-cultural deve procurar resgatar o papel social e cultural das crianças através do recreio, de maneira que se possa compreender esse processo partindo da valorização das ações e sentimentos significativos para a criança. Não queremos propor nenhum tipo de postura para o recreio, mas também não queremos assumir um recreio “burocrático”, que atende aquela velha rotina da fila na cantina, fila no banheiro, e ao ouvi o sinal, mais outra fila para entra na sala. Sem notar ou explorar a riqueza e experiência que se faz presente no convívio e no brincar com outras crianças. Verificamos que as crianças que participaram do questionário acreditam que o recreio é um momento agradável, que possibilita para elas momentos de descanso, agradável e de brincadeira. Devemos durante o intervalo escolar valorizar e não desvalorizar o ato do brincar, que a desvalorização pode trazer prejuízos de ordem emocional e física para as crianças. Estando atentos a isso, pais e educadores devem incentivar as brincadeiras e o espaço recreativo das crianças. De tal forma que esse espaço seja oportuno para a formação das crianças, que necessita de tempo e espaço no intervalo entre as aulas, fazendo desse momento, mas uma aprendizagem, pois o aprender não se limita apenas a uma sala de aula, mas o prazer na hora do recreio, como espaço lúdico vai proporcionar as crianças novos conhecimentos. Entretanto é papel da escola colaborar para o brincar, como um elemento que acrescenta no processo metacognitivo e de aprendizagem das crianças. Por tanto a 35 escola necessita propiciar um espaço adequado que permita e colabore significamente para o desenvolvimento das crianças. 36 REFERÊNCIAS ARROYO, Miguel Gonzalez. Imagens quebradas: trajetórias e tempos de alunos e mestres. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 2004. BEE, H. O Ciclo Vital Porto Alegre: [Porto Alegre]: Artmed, 1997. BROURGÉRE, Gilles. Jogo e educação. Tradução Patrícia Chittoni Ramos. 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Só faço brincar e aprender também que os colegas podem se machucar como aconteceu comigo, ou seja, limites. Assim devemos brincar com moderação. 6) E essa aprendizagem é significativa? É me torna uma criança mais cautelosa. 7) Para você o professor deve participar das atividades na hora do recreio? Por quê? Não, porque ele também tem de descansar e se alimentar, devido que minha turma da muito trabalho a professora. 8) E com relação aos conflitos que ocorre no recreio o que você acha? Acontecem muitas brigas. Acho isso muito ruim, devido que essas brigas afastam os colegas. 9) Você a credita que na hora do recreio você tem algum desenvolvimento físico? Sim, pois to correndo, não só em termos de desenvolvimento físico. 40 Nome: Camila Idade: 10 anos Serie: 4ª série QUESTIONARIO 1) O que você acha o que seja o recreio? Momento muito agradável para me, eu brinco e relaxo os ossos. 2) E em sua opinião para que serve o recreio? Para brincar, merendar, descansar de tanto escrever. 3) O que você faz no recreio? Brinco de varias coisas uma delas corrida, esconde, esconde, pula cordas. 4) Há tempo necessário para vocês brincarem? 20 minutos. Mas não é muita coisa, pois não dar para quase nada quando você pensa que tem tempo que nada o tempo já acabou. 5) Você acha que através do recreio você aprende alguma coisa alem das brincadeiras? O quê? Aprendo com os meus colegas novas brincadeiras e ate mesmo às vezes passamos um para o outro algumas atividades que não sabemos, não entendemos ou não pegamos. 6) E essa aprendizagem é significativa? Sim, pois já consegue entender uma aula de matemática na brincadeira de ludo. 7) Para você o professor deve participar das atividades na hora do recreio? Por quê? Não, porque ela vai quere ficar regulando os alunos e também ela deve descansar um pouco para quando voltarmos. 8) E com relação aos conflitos que ocorre no recreio o que você acha? Acontecem muitas brigas. Isso é uma coisa desnecessária, mas se você for ver são, mas os meninos que brigam por qualquer coisa. 9) Você a credita que na hora do recreio você tem algum desenvolvimento físico? Sim, temos praticamente aulas de física que nos mesmo criamos para esticar as pernas. 41 Nome: Marlon Idade: 11 anos Serie: 4ª série QUESTIONARIO 1) O que você acha o que seja o recreio? Momento onde brinco com meus colegas. 2) E em sua opinião para que serve o recreio? Serve para atender minhas necessidades 3) O que você faz no recreio? Para eu brincar, me divertir, merendar, beber água e ir ao banheiro. 4) Há tempo necessário para vocês brincarem? 20 minutos, mas não dar para quase nada. 5) Você acha que através do recreio você aprende alguma coisa alem das brincadeiras? O quê? Sim, até porque eu quase não faço as atividades então momento que utilizo para copiar as atividades que não terminei de fazer. 6) E essa aprendizagem é significativa? Mais ou menos vamos mudar de assunto professora. 7) Para você o professor deve participar das atividades na hora do recreio? Por quê? Não, porque ele deve descansar. 8) E com relação aos conflitos que ocorre no recreio o que você acha? Professora nem me envolvo, pois eu não gosto destas brincadeiras algumas são de briga e no final só da confusão. 9) Você a credita que na hora do recreio você tem algum desenvolvimento físico? Sim para algumas crianças que correm, pulam, joga bola, mas eu não sou muito de ficar. 42 Nome: Maria Celeste Idade: 12 anos Serie: 4º ano QUESTIONARIO 1) O que você acha o que seja o recreio? Um momento de descanso da sala de aula e das atividades. 2) E em sua opinião para que serve o recreio? Ver os colegas. 3) O que você faz no recreio? Lancho e bato papo. 4) Há tempo necessário para vocês brincarem? Não 5) Você acha que através do recreio você aprende alguma coisa alem das brincadeiras? E por quê? Não, porque o tempo é muito pouco. 6) E essa aprendizagem é significativa? Não há aprendizagem só bate papo. 7) Para você o professor deve participar das atividades na hora do recreio? Por quê? Não porque a maioria deles não gosta do recreio e são rígidos. 8) E com relação aos conflitos que ocorre no recreio o que você acha? Algumas são legais 9) Você a credita que na hora do recreio você tem algum desenvolvimento físico? Claro que sim 43 Nome: Daniel Idade: 12 anos Serie: 4º ano QUESTIONARIO 1) O que você acha o que seja o recreio? Momento muito agradável para me. 2) E em sua opinião para que serve o recreio? Para me relacionar com meus amigos nas brincadeiras. 3) O que você faz no recreio? Brinco com os colegas e merendo. 4) Há tempo necessário para vocês brincarem? Não, temos que brincar rápido às vezes penso que esse é o momento, mas chato, hora de ir para sala. 5) Você acha que através do recreio você aprende alguma coisa alem das brincadeiras? E por quê? Sim, porque ao mesmo tempo brinco eu também estou aprendendo alguma coisa. 6) E essa aprendizagem é significativa? Sim, pelo fato de em outro momento eu colocar em pratica aquilo que aprendi. 7) Para você o professor deve participar das atividades na hora do recreio? Por quê? São porque se eles quiserem participar não vejo nada demais desde que eles não sejam rígidos. 8) E com relação aos conflitos que ocorre no recreio o que você acha? Há algumas, mas prefiro não me envolver. 9) Você a credita que na hora do recreio você tem algum desenvolvimento físico? Sim