Produção de conhecimento e transformação:
o papel da extensão universitária
SAÚDE EM MOVIMENTO: UMA EXPERIÊNCIA COM GRUPOS NA ATENÇÃO
PRIMÁRIA À SAÚDE NA PERCEPÇÃO DOS USUÁRIOS E EXTENSIONISTAS
Sabrina Oliveira Viana1
Gisele do Carmo Leite Machado Diniz2
Alexandre Apolinário S. Batista3
Anna Cláudia Martinez Machado4
Monalisa Benfica5
Nathália Grasiélle Marinho Silva6
Thalita Karla Flores Cruz7
RESUMO
Introdução: O projeto Saúde em Movimento, iniciado em 2010 em Unidades Básicas de
Saúde (UBS) de Betim visa, através do trabalho em grupo, a promoção da saúde e o
tratamento de indivíduos com doenças crônicas. Objetivo: Avaliar o impacto do trabalho com
grupos na atenção primária a saúde na percepção dos usuários e extensionistas participantes
do projeto. Métodos: Durante 2 anos o trabalho foi desenvolvido em 3 UBS selecionadas por
conveniência. Em cada uma, formaram-se dois grupos com média de 15 a 20 participantes por
encontro. Os grupos realizaram atividades físicas específicas e rodas de educação em saúde
além de dinâmicas e atividades lúdicas. Um instrumento contendo 25 questões relacionadas à
1
Professora da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Unidade Betim.
E-mail: [email protected]
2
Professora da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Unidade Betim.
E-mail: [email protected]
3
Acadêmico do curso de Fisioterpia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Unidade Betim.
E-mail: [email protected]
4
Acadêmica do curso de Fisioterpia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Unidade Betim.
E-mail: [email protected]
5
Acadêmica do curso de Fisioterpia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Unidade Betim.
E-mail: [email protected]
6
Acadêmica do curso de Fisioterpia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Unidade Betim.
E-mail: [email protected]
7
Acadêmica do curso de Fisioterpia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Unidade Betim.
E-mail: [email protected]
condição de saúde, hábitos de vida, tempo de participação e adesão ao grupo e questões
abertas, avaliou o impacto do trabalho em diferentes áreas da vida dos usuários. Um
questionário semi-estruturado foi elaborado para avaliar as rodas de educação em saúde.
Resultados: Houve predominância do sexo feminino, idade superior a 50 anos, profissão do
lar e grau de escolaridade ensino fundamental incompleto. Mais de 70% apresentaram adesão
moderada a alta aos encontros do grupo. Na percepção dos usuários o grupo trouxe mudanças
importantes nos hábitos de vida. Houve melhora na realização de tarefas domésticas,
mobilidade, condicionamento físico, relação interpessoal e auto-estima. Na percepção dos
extensionistas a vivência no projeto trouxe contribuições que estão além da formação em sala
de aula. Conclusão: O projeto possibilitou uma repercussão positiva tanto na saúde dos
usuários como na formação dos alunos extensionistas.
Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde. Trabalho em grupo. Promoção de saúde.
1 INTRODUÇÃO
O trabalho com grupos nos serviços de atenção primária a saúde é uma prática
assistencial preconizada pelo Sistema Único de Saúde. É uma estratégia que deve contar com
a participação ativa do usuário, pois o mesmo é singular na complexidade, na integralidade e
na inserção sócio-cultural. Tais práticas coletivas devem buscar a promoção da saúde,
prevenção e tratamento de doenças e a redução de danos ou de sofrimentos que possam
comprometer as possibilidades de viver de modo saudável (BRASIL, 2006).
Um dos maiores desafios do século XXI para os serviços de saúde é o enfrentamento
das doenças crônicas não transmissíveis, cada vez mais frequentes, e causa comum de
incapacidade. Essas doenças constituem uma das principais razões que levam o usuário a
buscar o atendimento fisioterápico na rede básica.
Nesse contexto, surgiu o projeto Saúde em Movimento, iniciado no ano de 2010, com
a finalidade de implementar grupos para a promoção da saúde, do auto-cuidado e o tratamento
de indivíduos com disfunções crônicas na coluna vertebral, Hipertensão Arterial Sistêmica
(HAS) e Diabetes Mellitus (DM) em Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de
Betim. A avaliação das ações desenvolvidas é importante para a compreensão dos resultados
já alcançados e orientação no processo de tomada de decisões que visem a melhoria da
qualidade da assistência prestada.
O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto do trabalho com grupos na atenção
primária a saúde na percepção dos usuários que participaram do Projeto Saúde em Movimento
e na percepção dos extensionistas que conduziram os grupos.
2 ESTADO DA ARTE
A saúde, conceituada como uma “resultante das condições de alimentação, habitação,
educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e
posse da terra e acesso a serviços de saúde”, traz um novo cenário que requer uma visão mais
integral do ser humano (BRASIL, 2004). Para responder às necessidades sociais em saúde, a
promoção da saúde pode constituir uma estratégia eficaz (BRASIL, 2010). Tal estratégia é
definida como “o processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua
qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo”
(BRASIL, 2002), e emergiu como marco norteador da Saúde Pública a partir dos anos 70.
Desde então, vem evoluindo e consolidando-se como um modelo das ações de saúde
(MACHADO et al., 2007).
Um instrumento de grande valor que faz parte desse processo é a estratégia de
educação em saúde (CERVERA; PARREIRA; GOULART, 2011), afirmada como uma
“prática na qual existe a participação ativa da comunidade, que proporciona informação,
educação sanitária e aperfeiçoa as atitudes indispensáveis para a vida” (BRASIL, 2007).
Segundo Dias, Silveira e Witt (2009), a educação em saúde representa um componente
essencial não somente da promoção da saúde e da prevenção de doenças, como também
contribui para o tratamento precoce e eficaz das doenças, o que minimiza o sofrimento e a
incapacidade. Além disso, as práticas educativas fazem parte do princípio da integralidade do
SUS, pois o mesmo diz respeito tanto à atenção integral em todos os níveis do sistema, como
também à integralidade de saberes, práticas, vivências e espaços de cuidado (BRASIL,
2007).
Os profissionais da saúde devem ter conhecimento das práticas educativas, conhecer o
olhar do outro e interagir com ele (CERVERA; PARREIRA; GOULART, 2011). A educação
em saúde torna-se, com isso, uma “construção compartilhada de conhecimento”
(CARVALHO; ACIOLI; STOTZ apud GAZZINELLI et al., 2005). Ela parte de experiências
e práticas dos sujeitos envolvidos buscando a “intervenção nas relações sociais que vão
influenciar a qualidade de suas vidas” e que, como conseqüência, produzirão outras
representações (GAZZINELLI et al., 2005).
3 DESENVOLVIMENTO
3.1 Metodologia
O projeto Saúde em Movimento, iniciado em março de 2010, implantou seis grupos
em três Unidades Básicas de Saúde do município de Betim, sendo um grupo de atividade
física (para hipertensos, diabéticos e portadores de fatores de risco) e um grupo de coluna
(para indivíduos com disfunções crônicas na coluna vertebral) em cada unidade. Os encontros
foram realizados semanalmente durante dois anos e tiveram uma média de 15 a 20
participantes por encontro em cada unidade. Ao longo desses anos, foram realizadas práticas
de atividade física específicas para cada um dos grupos e oportunizadas rodas de educação em
saúde.
O grupo “Hiperdia”, com duração de uma hora, iniciava com a aferição da Pressão
Arterial (PA) e Freqüência Cardíaca (FC), seguido por alongamentos globais, aquecimento,
caminhada e relaxamento. Ao final, os dados vitais eram aferidos novamente. Aos usuários
que apresentavam valores de PA acima de 140 mmhg (sistólica) por 90 mmhg (diastólica) não
era permitida a realização das atividades propostas por questão de segurança (VI
DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTESÃO, 2010).
As atividades do grupo de coluna também duravam em torno de uma hora e consistiam
de alongamentos específicos, exercícios respiratórios, fortalecimento muscular e relaxamento.
Para ambos os grupos, os usuários eram orientados quanto ao uso da vestimenta e sapato
adequado, ingestão de líquido e a presença de dor ou desconforto no decorrer dos exercícios.
Nas rodas educativas foram abordados temas variados propostos pelos próprios
participantes e desenvolvidos em parceria com outros profissionais. Dinâmicas e atividades
lúdicas foram utilizadas para estimular a participação de todos durante as discussões nas rodas
educativas. Utilizaram-se espaços existentes na própria UBS e na comunidade, como praças
públicas e quadras, para a realização dos grupos. As rodas de educação em saúde eram
programadas e estruturadas em reuniões prévias entre extensionistas e o professor
coordenador que orientava as discussões baseadas em artigos científicos.
No decorrer dos dois anos de realização do projeto, 2010 e 2011 respectivamente, a
grande maioria dos usuários integrantes responderam a um questionário semi-estruturado com
o objetivo de avaliar os resultados alcançados pelo Projeto Saúde em Movimento
(APÊNDICE A). Tal questionário foi aplicado pelos extensionistas e era composto por
questões abertas que permitiram ao usuário expressar a percepção sobre o trabalho em grupo e
sobre o impacto em diferentes áreas da vida. Ao todo, 119 pessoas foram reavaliadas. As
rodas de educação em saúde foram avaliadas utilizando-se um questionário elaborado para
este fim pelos próprios alunos. O questionário de avaliação das rodas de educação em saúde
era simples, individual, com perguntas objetivas e opções gráficas de resposta que facilitavam
a compreensão pelo usuário (APÊNDICE B). A percepção dos extensionistas foi avaliada a
partir da resposta à seguinte pergunta: “Quais foram suas concepções durante sua trajetória
neste projeto?”.
Os dados obtidos foram informatizados e analisados através do programa estatístico
SPSS (Statistical Package for Social Science). Foi feita análise descritiva das variáveis
investigadas por meio de média, desvio padrão, frequência e porcentagem. Para as questões
abertas, definiram-se alguns temas de acordo com as categorias de resposta mais freqüentes.
3.2 Resultados e Discussão
3.2.1 Caracterização dos usuários e da percepção dos mesmos em relação ao grupo
Nas três UBS onde o Projeto Saúde em Movimento foi implantado o sexo feminino, a
idade superior a 50 anos, a profissão do lar e o grau de escolaridade fundamental incompleto,
predominaram entre os participantes. Tal perfil foi condizente com o encontrado em outros
estudos envolvendo indivíduos com doenças crônicas e até mesmo saudáveis em serviços de
atenção primária à saúde (CARDOSO et al., 2008; FREITAS et al., 2007). Conforme
Feliciano e Moraes (1999), na amostra composta por 1.013 indivíduos usuários de uma UBS
da cidade de São Carlos, 87% eram mulheres e 57% eram casados. Em outro estudo realizado
em Teresina com 376 usuários de um serviço de fisioterapia da atenção primária, predominou
o sexo feminino (62%), com média de idade de 49 anos e casados (63%). Trindade observou
que as mulheres se preocupam mais com a manutenção da sua saúde, enquanto os homens
ainda são conservadores em relação à prática de atividade física, pois eles têm medo de se
expor e se sentem mais temerosos ao que os outros irão falar a seu respeito. Outro aspecto
interessante a ser ressaltado é o fato de que as mulheres vivem mais do que os homens, e desta
forma existem mais mulheres nesta faixa etária do que homens (TRINDADE, 2001).
A distribuição dos participantes conforme a UBS está apresentada no gráfico 01.
29%
40%
Bueno Franco
Dom Bosco
PTB
31%
Gráfico 01: Distribuição dos usuários participantes do Projeto Saúde em Movimento segundo a Unidade Básica
de Saúde.
Fonte: Elaborado pelos autores.
A maioria dos usuários (68%) participaram de ambos os grupos, Hiperdia e Coluna, e
em relação à auto-percepção de saúde, mais da metade a considera como boa, conforme
demonstrado no gráfico 02.
Gráfico 02: Classificação dos usuários do Projeto Saúde em Movimento de acordo com a auto-percepção de
saúde
Fonte: Elaborado pelos autores.
A auto-avaliação da saúde é um melhor preditor da mortalidade do que medidas
objetivas da condição de saúde, refletindo uma percepção integrada do indivíduo, que inclui
as dimensões biológica, psicossocial e social. Em acréscimo, essa avaliação apresenta
confiabilidade e validade equivalentes a outras medidas mais complexas da condição de saúde
(MANDERBACKA; LUNDBERG; MARTIKAINEN, 1999).
A adesão ao grupo foi calculada considerando a frequência dos participantes aos
encontros. Os resultados evidenciaram que 83,4% deles apresentaram uma taxa de adesão
superior a 50%, sendo que uma parcela correspondente a 37% dos usuários freqüentou mais
de 75% dos encontros realizados, o que configura uma alta taxa de adesão. A adesão é
conseqüência da motivação caracterizada como um processo ativo, intencional e dirigido a
uma meta, o qual depende da interação de fatores pessoais e ambientais (SAMULSKI; 2002).
Segundo Freitas e colaboradores (2007), a busca pela prática de exercícios físicos em
programas para a promoção de saúde vem crescendo na atualidade e o autor destaca a
importância de considerar que a competência profissional demanda, além do domínio técnico,
a capacidade de motivar e orientar os indivíduos adequadamente, proporcionando uma
permanência prazerosa nos programas.
Quando indagados sobre o motivo que os levaram a faltar aos encontros, a consulta
médica e a necessidade de cuidar de um familiar foram as justificativas mais comuns.
O trabalho em grupo correspondeu totalmente ou superou as expectativas de 92% das
pessoas. Dor em alguma parte do corpo foi confirmada por 54% dos indivíduos. A intensidade
da dor foi mensurada através de uma escala numérica de zero a dez pontos, sendo zero a
ausência de dor e dez a dor máxima sentida. Quando comparado a intensidade da dor antes e
após o trabalho em grupo, o valor médio encontrado passou de 7,5 para 3,3. E entre os
medicamentos utilizados, os mais consumidos foram anti-hipertensivos, analgésicos e antidepressivos.
O Índice de Massa Corporal mostrou que mais de 70% das pessoas estavam acima do
peso ou com obesidade. Há uma prevalência maior de obesidade entre as mulheres, inclusive
nos idosos. A predisposição das mulheres para o acúmulo de gorduras e sua maior tolerância a
esse excesso de gordura corporal podem explicar a maior prevalência de obesidade no sexo
feminino (CABRERA; JACOB FILHO, 2001).
Quando os usuários foram indagados sobre como eles resumiam as atividades em
grupo, mais de 50% consideraram como lazer (50%), obrigação (52%), necessidade (58%) e
oportunidade de conhecer novas pessoas (60%). Achados encontrados na literatura apontaram
como principais motivos de adesão à atividade física, a “melhora da saúde física e mental”,
“aumento do contato social” e “possibilidade de fazer novas amizades” (FREITAS et al.,
2007; MAZO; CARDOSO; AGUIAR, 2006; GOMES; ZAZÁ, 2009). Segundo Dias, Silveira
e Witt (2009), a tarefa de grupos com o objetivo de melhorar o auto-cuidado é ajudar pessoas
a alterarem ou buscarem comportamentos mais saudáveis que podem ser aprendidos, pois
permite a troca de experiências dentro do grupo.
Ao todo, foram realizadas 15 rodas de educação em saúde sobre os temas obesidade,
postura, coluna vertebral, hipertensão, auto-estima, atividade física e uma roda sobre
alimentação saudável e dengue. Em 46% das rodas realizadas em 2011, houve a participação
de um profissional ou convidado externo. Ao todo, 83 pessoas responderam o questionário de
avaliação. Na percepção da maioria dos usuários (92%) o tema discutido foi considerado
muito interessante; as dúvidas sobre o assunto foram esclarecidas e 81% consideraram os
termos utilizados pelos profissionais claros e de fácil compreensão. Em uma escala de 0 a 10
pontos os usuários atribuíram uma nota média de 9,6 para a roda educativa avaliada (valores
mínimo e máximo variaram de 7 a 10 pontos, respectivamente). A fala de alguns participantes
ilustra o impacto das rodas educativas no aprendizado: “Aprendi a desenvolver o que tem de
bom em mim (...)”; “evitar as doenças. Participar. A vida é assim: um sempre ajudando o
outro (...)”; “Aprendi sobre alimentar melhor, fazer exercício físico é bom para a respiração,
pressão e para o corpo em geral (...)”; “Que é muito importante o cuidado com a nossa saúde.
Que com pressão alta não se brinca, por isso devemos sempre está atento, realizando as
atividades”.
Rodas de educação em saúde são como uma prática de ensino e aprendizagem, pois
produzem conhecimento no dia-a-dia a partir da realidade vivida pelos próprios usuários. Nos
resultados encontrados por Torres (2004), as ações educativas em saúde proporcionam a
construção de novos conhecimentos, o que irá acarretar em mudanças comportamentais,
gerando a prevenção e/ou a promoção da saúde. Segundo este mesmo autor, essas ações
ampliam as possibilidades de controle das doenças, de reabilitação e de tomada de decisões
que favoreçam uma vida saudável. Os grupos devem se configurar como espaços onde as
pessoas possam falar sobre seus problemas e buscar soluções, conjuntamente com os
profissionais, de forma que a informação circule, da experiência técnica à vivência prática das
pessoas que adoecem (AFONSO, 2006).
A percepção dos usuários em relação ao trabalho em grupo pôde ser conhecida a partir
das respostas abertas à seguinte pergunta: Ocorreu alguma mudança na sua vida com a
participação nos grupos do projeto Saúde em Movimento? Considerando as categorias de
resposta mais comuns, as declarações puderam ser resumidas em mudança de hábitos,
melhora da qualidade de vida, melhora do condicionamento e flexibilidade, auto-estima,
disposição, saúde, acolhimento, aumento do vínculo familiar e social. De acordo com as
Diretrizes da Política de Extensão Universitária da PUC Minas “a extensão é vista como
instrumento para problematizar e buscar respostas às questões sociais, objetivando a
qualidade de vida da população, em especial local e regional”.
O Quadro 1 apresenta alguns depoimentos que exemplificam as categorias de resposta
encontradas:
Categorias de resposta
Declarações
Qualidade de vida
“Eu não fazia caminhada antes, se eu não estivesse aqui eu já
estaria na cama”;
“Sim, melhorou muito, agora até durmo melhor”.
“Fiquei mais desenvolvido, tenho mais segurança para caminhar”;
“Me senti mais disposta”;
“Parece que eu fiquei mais animada, chego em casa e fico com
vontade de fazer tudo”.
“Com certeza, estou me sentindo melhor, conviver com as
pessoas faz muito bem”;
“Sim, tenho mais paciência convivo melhor dentro de casa”;
“Melhorei a comunicação com as pessoas”.
“Mantenho minha saúde e ativou a minha mente também, aquelas
reuniões com explicações, ajudaram muito a gente”;
“Minha pressão só vivia alta, agora já está estabilizada”;
“Fiquei tomando muito menos os remédios que tomava”.
Disposição
Convivência
Saúde
Quadro 1 – Descrição das declarações dos pacientes de acordo com as categorias de resposta
Fonte: Dados da pesquisa
3.2.2 Percepção dos extensionistas
O Plano Nacional de Extensão Universitária (2000-2001) estabelece o quão é
importante a “reafirmação da extensão universitária como processo acadêmico definido e
efetivado em função das exigências da realidade, indispensável na formação do aluno, na
qualificação do professor e no intercâmbio com a sociedade”. Desta forma, o projeto “Saúde
em Movimento” trouxe também novas concepções aos alunos extensionistas que puderam ser
confirmadas mediante as respostas subjetivas à seguinte pergunta: “Quais foram suas
concepções durante sua trajetória neste projeto”?
As respostas se resumiram, sem ordem de importância, em ampliação da visão em
relação ao paciente e aumento do contato terapeuta paciente, formação acadêmica mais
humanizada, bem estar pessoal, maturidade, estímulo à criatividade e troca de experiências,
interdisciplinaridade e trabalho em equipe, exercício da autonomia e maior aproximação com
o SUS. Os extensionistas foram denominados com as letras A, B,C,D, E e F com a intenção
de preservar as percepções pessoais descritas ao longo deste texto.
O extensionista A fez o seguinte relato:
O projeto Saúde em Movimento me proporcionou o contato com diferentes classes
sociais (...). Me permitiu (...) ser mais humano diante das diversidades e problemas
de saúde (...) Enxergar os problemas de saúde dos outros e compreende-los pode ser
também uma forma de enfrentar nossos próprios problemas.
Esta fala vai de encontro com o conceito de Caldas e Barboza (1995) que diz que a
extensão universitária tem dois objetivos básicos: formação de um aluno comprometido com a
realidade do país e com a diminuição das diferenças sociais e a formação da cidadania. Para
alcançá-los, portanto, o aluno deve se deparar e enfrentar a realidade, ter capacidade crítica
para intervir nos problemas sociais reais da sociedade. Assim, a universidade deve
instrumentalizar a população, fornecendo elementos para que cada indivíduo perceba e
entenda os seus direitos e deveres (CALDAS; BARBOSA, 1995).
A extensão permite ao aluno comprometer-se com a sociedade e tornar assim o que
Paulo Freire (1986, p.16) chamou de “compromisso do profissional com a sociedade”, pois
permite ao aluno refletir e agir, condições fundamentais para que o profissional se
comprometa com a sua realidade (SILVEIRA, 2004). Isso pode ser exemplificado pelo relato
do extensionista B. De acordo com este:
As discussões possibilitaram uma organização e definição dos papéis e dos espaços
para cada profissional e pacientes (...). A possibilidade de tomar atitudes e de ter
autonomia foi incrível, pois, aprende-se enquanto se ensina. Considerando o que é
aprendido em sala de aula, pode-se concluir que a pratica no projeto nos permitiu ter
mais autonomia e confiança para o exercício da profissão.
Outro ponto importante reconhecido pelos extensionistas pode ser explicado por Paulo
Freire quando afirma que “O conhecimento não se estende do que se julga sabedor até aqueles
que se julga não saberem; o conhecimento se constitui nas relações homem-mundo, relações
de transformação, e se aperfeiçoa na problematização crítica destas relações.” (FREIRE,
2006, p.36). Vários extensionistas participantes deste projeto falaram em seus relatos sobre
esta questão da aquisição do conhecimento. Isso pode ser exemplificado com a seguinte fala
do extensionista C:
(...) ao mesmo tempo que recorremos a literatura em busca de diversos assuntos da
saúde e aos professores em busca de soluções somos obrigados a tomar decisões, e
desenvolver a autonomia baseada num conhecimento que é múltiplo, e se aprende
vivenciando.
Campos et al. (2007), disserta ao docente no ensino de Fisioterapia e na função de
formador, estabelecer e promover o desenvolvimento de habilidades profissionalizantes
permitindo aos alunos reflexão sobre a relação fisioterapeuta-paciente na atuação profissional,
por ser este um recurso que demanda exposição do corpo e contato físico. Isso pode ser
observado no depoimento do extensionista D: O Saúde em Movimento contribuiu muito pra
mim em relação ao contato com o paciente, que eu nunca havia tido anteriormente (...). Além
de: Ele nos proporcionou “um treinamento” para sermos dinâmicos e criativos e
conseguirmos lidar com alguns problemas que encontraremos futuramente. Segundo
MACIEL (2009), torna-se necessário que o profissional fisioterapeuta desenvolva habilidades
cognitivas, psicomotoras e comportamentais indispensáveis para proporcionar um
atendimento competente.
A qualidade da atenção à saúde exige a formação de pessoal específico, com domínio
de tecnologias que qualifiquem a atenção individual e coletiva (NOB-RH/SUS). Os novos
enfoques teóricos e de produção tecnológica no campo da Saúde passam a exigir novos perfis
profissionais, que estejam preparados para trabalhar em equipe, de forma interdisciplinar, a
fim de garantir a integralidade das ações em saúde. Isso se exemplifica no depoimento do
extensionista E que diz:
Junto ao trabalho desenvolvido pelo projeto, nos esbarramos com outras áreas de
conhecimento, outros profissionais. Isso permitiu um trabalho em equipe (...). Nós
vivenciamos a interdisciplinaridade e entendemos que para ser exercida
coletivamente, requer o diálogo aberto através do qual cada um reconhece o que lhe
falta e o que deve receber dos demais tanto nas reuniões quanto durante as práticas,
isso nos permite ser cada vez mais capaz de receber e transmitir conhecimentos.
De acordo com Augusto (1998) a boa convivência no trabalho é a prática de buscar
sinergia entre as pessoas, somando esforços e procurando a complementaridade entre os
diferentes estilos pessoais e de atuação. Exige que não confrontemos com o outro, mas sim
façamos o esforço necessário para encontrar o seu canal de sintonia, através da empatia, e
entender o que valoriza e do que necessita. O extensionista C completa: (...) Em nossas
reuniões com as trocas de experiências entre nós alunos, aprendemos não só na aérea
acadêmica e individual, mas como também saber respeitar opiniões/ visões diferentes e
conviver bem com o colega de trabalho(...).
O fisioterapeuta precisa incorporar os princípios e diretrizes do SUS no seu processo
de formação profissional (ABENFISIO, 2008). Isso pode ser exemplificado pelo relato do
extensionista E que disse:
(...) vi no projeto a chance de conhecer um pouco da realidade do atendimento no
SUS e ainda realizado por nossa área de conhecimento. O projeto é excelente e
nunca nos faltou suporte pois sempre tínhamos orientação das professoras. O “Saúde
em Movimento” pra mim é sinônimo de qualidade de vida e atendimento em prol de
uma saúde coletiva mais humanizada.
4 CONCLUSÃO
Através dos dados coletados por essa pesquisa, pode-se observar que as intervenções
em grupo proporcionaram aos usuários não somente educação em saúde e melhora física, mas
também permitiram o estabelecimento de novas relações e, consequentemente, a construção
de vínculos.
A partir da prática grupal, indivíduos de uma mesma comunidade, porém com
diferentes pensamentos, hábitos de vida e história familiar, puderam realizar uma troca de
saberes e experiências. A partir desses momentos de trocas, o conhecimento passou a não
estar centrado somente nos profissionais de saúde, e sim em todos os envolvidos no grupo.
Para os alunos extensionistas, a participação em grupos propiciou a experiência do
cotidiano das unidades básicas de saúde e também um aprendizado que envolve o exercício da
escuta, do diálogo e da troca de experiências entre os profissionais. Com a prática dessa
atividade extensionista, os alunos tomaram consciência da realidade que terá que enfrentar,
praticar o conhecimento adquirido em sala de aula e complementá-lo através da integração
com a comunidade.
As atividades realizadas pelo Projeto Saúde em Movimento trouxeram benefícios em
várias dimensões da vida dos participantes dos grupos. A experiência vivenciada no projeto
também tem favorecido a formação dos acadêmicos de fisioterapia, contribuindo para a
incorporação dos princípios e diretrizes do SUS e o desenvolvimento da capacidade de
trabalhar em equipe e de prestar uma atenção mais integral e humanizada à população.
ABSTRACT
Introduction: The project “Health in Motion”, initiated in 2010 by Basic Health Units (BHU)
in Betim aims the health promotion and the treatment of individuals with chronic diseases,
through group works. Objective: To evaluate the impact of group works in the primary
attention to the health care as perceived by users and extension project participants. Methods:
During two years the research has been conducted in three UBS selected as a convenience. In
each one, two groups were formed with 15-20 medium participants for meeting in each group.
The groups performed specific physical activities and teams of health education, as well as
dynamics and playful activities. An instrument containing 25 questions related to health
conditions, lifestyle, period of participation and group membership, and open-ended
questions, evaluated the work impact in different areas of users life. A semi-structured
questionnaire was elaborated to measure the health education groups. Results: Patients were
predominantly female, with more than 50 years, housewife and unfinished elementary school.
Over 70% presented a moderate to high adhesion to the group meetings. In the users
perception, the group has brought changes in lifestyle and an improvement in housework
performance, mobility and fitness, interpersonal relationships and self-worth. In the extension
participants perception, the experience in the project brought contributions that are beyond the
training in classroom. Conclusion: The project had a positive impact on the users health as
well as on the training of extension students.
Keywords: Primary Health Care. Working group. Health promotion.
REFERÊNCIAS
ABENFISIO, Grupo de Discussão, Formação profissional frente às demandas sociais,
disponível em: <www.abenfisio.br>, acesso em: 27 set. 2008.
AFONSO L. Metodologias de trabalho com grupos e sua utilização na área da saúde. In:
Oficinas em dinâmica de grupo na área da saúde. Casa do Psicólogo, 2006.
AUGUSTO, André Guimarães. O fim da centralidade no trabalho. Pesquisa e debate, São
Paulo, v. 9, n. 2, pp. 87-104, 1998.
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Princípios e diretrizes para a
gestão do trabalho no SUS (NOB/RH-SUS) / Ministério da Saúde, Conselho Nacional de
Saúde. 3. ed. rev. atual. – Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Projeto Promoção da Saúde.
As Cartas da Promoção da Saúde. Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde,
Projeto Promoção da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento
de Apoio à Gestão Participativa. Caderno de educação popular e saúde. Ministério da
Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento de Apoio à Gestão
Participativa. Brasília: Ministério da Saúde, 2007.
BRASIL. 12.ª Conferência Nacional de Saúde: Conferência Sergio Arouca: Brasília, 7 a 11
de dezembro de 2003: relatório final. Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde.
Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Política nacional de atenção básica. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à
Saúde, Departamento de Atenção à Saúde. Brasília : Ministério da Saúde, 2006.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à
Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde. Ministério da Saúde, Secretaria de
Vigilância em Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. 3. ed. Brasília : Ministério da Saúde,
2010.
CABRERA, Marcos A.S.; JACOB FILHO, Wilson. Obesidade em idosos: prevalência,
distribuição e associação com hábitos e co-morbidades. Arq Bras Endocrinol Metab, São
Paulo, v. 45, n. 5, out. 2001.
CALDAS, M.A.E; BARBOZA, J.P. O papel da extensão na formação do estudante de
biblioteconomia. Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.5, n.1, p.30-36, jan./dez. 1995. Disponível
em:<http://www.informaçãoesociedade.ufpb/519504.html>. Acesso em: 13 dez. 2011.
CARDOSO, A.S. et al. Fatores influentes na desistência de idosos em um programa de
exercício físico. Movimento, Porto Alegre, v. 14, n. 01, pp. 225-239, jan./abr. 2008.
CERVERA, Diana Patrícia Patino; PARREIRA, Bibiane Dias Miranda; GOULART,
Bethania Ferreira. Educação em saúde: percepção dos enfermeiros da atenção básica em
Uberaba (MG). Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, 2011.
CAMPOS, Beatriz Calil Padis et al. Ensino de Massoterapia: habilidades envolvidas na
relação fisioterapeuta-paciente. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.16, n.1, pp.16-21,
jan./mar. 2009
DIAS, Valesca Pastore; SILVEIRA, Denise Tolfo; WITT, Regina Rigatto. Educação em
saúde: o trabalho em grupos na atenção primária. Rev. APS, v. 12, n. 2, pp. 221-227, abr./jun.
2009.
FELICIANO, A. B.; MORAES, S. A. Demanda por Doenças Crônico-Degenerativas entre
Adultos Matriculados em uma Unidade Básica de Saúde em São Carlos-SP. Rev. latino-am.
Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 7, n. 3, pp. 41-47, 1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à pratica educativa. 34a
edição. São Paulo: Paz e Terra, 2006.
FREITAS, C. M. S. M. et al. Aspectos motivacionais que influenciam a adesão e manutenção
de idosos a programas de exercícios físicos. Rev. Bras. Cineantropom. Desempenho Hum.
v. 9, n.1, pp. 92-100, 2007.
GAZZINELLI, Maria Flávia et al . Educação em saúde: conhecimentos, representações
sociais e experiências da doença. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.21, n.1, fev. 2005.
GOMES, K.V.; ZAZÁ, D.C. Motivos de adesão a prática de atividade física em idosas.
Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, v. 14, n. 2, 2009.
MACIEL, R. V., et al. Teoria, prática e realidade social: uma perspectiva integrada para
o ensino de fisioterapia. Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v.18, n.1, pp. 11-17,
jan./mar., 2005
MACHADO, Maria de Fátima Antero Sousa et al. Integralidade, formação de saúde,
educação em saúde e as propostas do SUS: uma revisão conceitual. Ciênc. saúde coletiva,
Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, abr. 2007.
MANDERBACKA, K.; LUNDBERG, O.; MARTIKAINEN, P. Do risk factors and health
behaviours contribute to selfratings of health? Soc Sci Med,; v.48, pp.1713-20, 1999.
MAZO; Giovana Zaepellon; CARDOSO, Fernando Luiz; AGUIAR, Daniela Lima de.
Programa de Hidroginástica para idosos: motivação, auto estima e auto-imagem. Rev. bras.
cineantropom. desempenho hum; v.8, n.2, jun. 2006.
PLANO NACIONAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA. Disponível em:
<http://www.extensao.ufba.br/arquivos/inextensao/plano_nacional_de_extens%E3o_universit
aria.pdf>. Acesso em 12 nov. 2011.
POLÍTICA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DA PUC MINAS. Disponível em:
<www.pucminas.br/proex/hotsite/3encontro/politica.doc.>. Acesso em 12 nov. 2011.
SAMULSKI, D.M. Psicologia do esporte. 1ª ed. SãoPaulo: Editora manole Ltda, 2002.
SILVEIRA, C.D. A experiência discente em práticas extensionistas. Anais do 7º Encontro
de Extensão da Universidade Federal de Minas Gerais. 2004.
TORRES, H. C. Avaliação de um Programa Educativo em Diabetes Mellitus com
Indivíduos Portadores de Diabetes Tipo 2 em Belo Horizonte, MG. Tese (Doutorado)Escola Nacional de Saúde Pública/ FIOCRUZ, Rio de Janeiro, 2004.
TRINDADE, Maria Lúcia. Envelhecimento e auto estima. IN: Guedes, Onacir carneiro (org).
Idoso, esporte e atividades físicas. João Pessoa: Idéia, 2001.
VI DIRETRIZES BRASIELEIRAS DE HIPERTESÃO. Arq Bras Cardiol. vol. 95, n. 01,
supl. 1, pp. 1-51, jul. 2010
APÊNDICE A – Questionário aplicado aos usuários para avaliação dos resultados
PROJETO DE EXTENSÃO SAÚDE EM MOVIMENTO
Curso de Fisioterapia – PUC Minas Betim
REAVALIAÇÃO
UBS: ( ) Bueno Franco
(
) Dom Bosco
(
) PTB
Data da Reavaliação:_____/_____/____ Grupo:__________________________
Nome:______________________________________________ Sexo: ( )F ( )M
Idade:____________________ Ocupação:_______________________________
Estado Civil:
( ) Solteiro(a);
( ) Casado(a);
( ) Divorciado(a);
Escolaridade:
( ) Analfabeto
( ) E.F.Incompleto
( ) E.F.Completo
( )E.Médio Incompleto
( ) E.Médio Completo
( ) Viúvo(a).
Situação atual de Trabalho:
( ) Ativo(a)
( ) Afastado(a);
( ) Aposentado(a);
( ) Desempregado(a);
( ) N.S.A.
Tempo de participação no grupo:_________meses
Como você avalia sua saúde hoje?
( ) Muito Boa
( ) Boa
( ) Razoável
( ) Ruim
( ) Muito Ruim
Adesão ao grupo:
(
(
(
(
) 25% de freqüência;
) 25 a 50% de freqüência;
) 50 a 75% de freqüência;
) Acima de 75 % de freqüência.
Informe as razões que te levaram a faltar no grupo (máximo
duas):______________________________________________________________
___________________________________________________________________
Você se lembra há quanto tempo fez a última consulta com o médico?
___________________________________________________________________
Sente dor em alguma parte do corpo? ( ) Sim
( ) Não
Identifique a intensidade da sua dor antes de participar do grupo:
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Identifique a intensidade da sua dor no momento atual:
0
1
2
3
4
5
6
7
10
8
9
Faz uso dos seguintes medicamentos?
Antidepressivos/ansiolítico Anti-hipertensivo
Analgésico
( ) Sim
( ) Sim
( ) Sim
( ) Não
( ) Não
( ) Não
O trabalho em grupo correspondeu às suas expectativas:
( ) Não
Antiinflamatório
(
(
) Sim
) Não
( ) Parcialmente ( ) Totalmente ( ) Superou
Ocorreu alguma mudança na sua vida com a participação no grupo da
Fisioterapia?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Existe alguma atividade ou tarefa que você consegue realizar hoje que não
conseguia realizar antes da atividade em grupo?
As rodas de educação em saúde alteraram hábitos em você e na sua família?
( ) Sim ( ) Não
Qual nota de 0 a 10 você daria para as rodas de educação em saúde? ________
Existe um tema ou assunto que você gostaria de saber mais?
( ) Sim:___________________________________________________
(
) Não
Você sentiu melhora na sua resistência ou condicionamento durante a
caminhada ou atividades no seu cotidiano (após a participação no grupo)?
( ) Sim ( ) Não
Qual nota de 0 a 10 você daria para as atividades realizadas no grupo? _______
Qual das opções abaixo resumiria melhor a atividade em grupo da qual
participa?
(
(
(
(
(
(
) Lazer
) Saúde
) Obrigação
) Necessidade
) Conhecer pessoas novas
) Outro (a):_________________________________________________________
Deixe suas críticas e sugestões para melhorar o trabalho do grupo:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Peso: ________________ Altura:_______________ IMC: ___________________
Classificação: ( ) Abaixo do peso (inferior a 18,5) ( ) Obeso grau I (30 a 34,9)
( ) Normal (18,5 a 25)
( ) Obeso grau II (35 a 39,9)
( ) Sobrepeso (25,1 a 29,9)
( ) Obeso grau III (40 ou
mais)
APÊNDICE B – Avaliação das rodas de educação em saúde
Avalie a Roda de Educação em Saúde que você
acabou de participar!
UBS:_____________________________ ______
Data:_____/______/2011
Tema:________________________ Responsáveis:_____________________________
Convidado (s):______________________________________________________________
1. O tema discutido foi interessante para você?
( )Muito
(
)Mais ou menos
(
)Pouco
2. Suas dúvidas sobre o assunto foram respondidas?
( )Muito
(
)Mais ou menos
(
)Pouco
3. Você entendeu tudo que foi falado nesta roda de saúde?
( )Muito
(
)Mais ou menos
(
)Pouco
4. De 0 a 10 pontos, qual a nota você dá para essa roda de educação em
saúde:______
5. O que significou para você participar dessa discussão?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
6. Escreva aqui uma dúvida sobre qualquer assunto de sua saúde:
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
Agradecemos a sua colaboração! Até o próximo encontro!
Projeto Saúde em Movimento – PUC Betim/2011
Download

SAÚDE EM MOVIMENTO: UMA EXPERIÊNCIA COM