Métodos contraceptivos O que são métodos contraceptivos? Para que servem? Quais os métodos contraceptivos que existem? Quem deve usar métodos contraceptivos? Tanto o homem como a mulher utilizam o mesmo método contraceptivo? O que são métodos contraceptivos? Os métodos contraceptivos são recursos utilizados tanto pelo homem como pela mulher para evitar que uma relação sexual resulte em gravidez. Alguns protegem apenas da gravidez mas existem outros, como o preservativo, que evitam o contágio das DSTs, como a SIDA por exemplo. Para que servem? Existem muitos métodos contraceptivos e, para os utilizar, devemos estar bem informados não só sobre a sua eficácia mas também sobre as suas vantagens e desvantagens, pois muitos deles têm certos efeitos colaterais. Também devemos estar atentos ao modo como estes se utilizam, pois ao serem utilizados incorrectamente podem, como consequência, provocar uma gravidez indesejada ou no caso da não utilização do preservativo pode levar ao contagio de certas doenças como a SIDA. Quais os métodos contraceptivos que existem? Nos métodos contraceptivos temos: Os métodos reversíveis que ao deixarem de ser utilizados permitem uma gravidez. Os métodos irreversíveis destinam-se a quem não quer ter mais filhos. A sua eficácia e praticamente total. Exige uma intervenção cirúrgica. Métodos reversíveis Ainda nos métodos reversíveis existem: Os métodos naturais baseiam-se no conhecimento do período fértil da mulher e na abstenção de relações sexuais. Os métodos não naturais impedem a fertilização com dispositivos adequados. São mais eficazes que os métodos naturais. Métodos naturais Método do calendário Método da temperatura Método de Billings ou do muco cervical Coito interrompido Métodos naturais Método do calendário ou de Ogino: Este método tenta determinar o período fértil da mulher conhecendo a data da próxima menstruação. Este método é relativamente eficaz se a mulher for regular. Métodos naturais Método da temperatura: Este método baseia-se na mediação da temperatura rectal que deve ser avaliada antes de se levantar e em jejum (durante pelo menos seis meses), verificando-se que sobe alguns décimos de grau imediatamente a seguir à ovulação e que se mantém nesse patamar durante alguns dias. Métodos naturais Método de Billings ou do muco cervical: Este método consiste numa observação regular do muco cervical. O muco cervical (secreção normal produzida pelo colo do útero) torna-se mais abundante, mais líquido e mais transparente na altura da ovulação. Devem evitar-se as relações sexuais desde o momento em que o muco se apresenta com este aspecto, até ao momento em que se torna mais espesso e de cor amarelada. Métodos naturais Coito interrompido: O homem retira o pénis da vagina da mulher antes de ejacular. Nas gotas de líquido pré-ejaculatório pode haver espermatozóides que fiquem na vagina antes da interrupção da relação sexual. Portanto este método não é muito eficaz. Métodos não naturais Nos métodos não naturais existem: Os métodos químicos que são substâncias químicas que se utilizam para evitar uma gravidez. Os métodos mecânicos impedem a fecundação e a nidação. Métodos químicos Pílula: As pílulas são utilizadas durante o ciclo menstrual da mulher, sendo que, no primeiro mês, devem ser iniciadas no primeiro dia menstrual até completar 21 dias. Nos ciclos seguintes, após sete dias de pausa, as pílulas devem ser reiniciadas no 8º dia. Consiste na utilização por via oral de Estrogéno associado à Progesterona, com a finalidade de impedir a concepção. É um método muito utilizado. Métodos químicos Contracepção hormonal-anel vaginal : É um pequeno anel flexível de silicone que, quando colocado na vagina, libera continuamente baixas doses de hormonas, impedindo a ovulação e evitando a gravidez. Este método possui baixa dose e permite um excelente controlo do ciclo menstrual. Vale lembrar que o anel não protege contra infecção por HIV ou outras doenças sexualmente transmissíveis. A vantagem do anel é que a mulher só precisa se preocupar com a contracepção uma vez ao mês, o que reduz bastante os índices de falha do método por esquecimento. Este método possui baixa dose e permite um excelente controlo do ciclo menstrual. Lembramos que o anel não protege contra infecção por HIV ou outras doenças sexualmente transmissíveis. Métodos químicos Injecção hormonal: É um método seguro que consiste na toma de uma injecção que vai actuar com um efeito semelhante ao da pílula, isto é, impede a ovulação. A sua eficácia é elevada. Cada injecção deve ser tomada de 3 em 3 meses. No entanto tem desvantagens, como a ausência da menstruação e o aumento de peso. Caso a mulher queira engravidar em pouco tempo, este método pode não ser aconselhável porque a fertilidade pode levar algum tempo a voltar. Este método também não protege de infecções sexualmente transmissíveis. Métodos químicos Implante: É uma pequena vareta que se coloca sob a pele no lado interno do braço. Liberta uma hormona que evita a libertação menstrual do ovário. Evita que o esperma chegue ao útero. Muda-se o implante de 3 em 3 anos. Métodos químicos Espermicida: Espermicida é um líquido utilizado para aniquilar os espermatozóides. Os espermicidas são cremes, supositórios ou espumas colocados dentro da vagina antes da relação sexual. Eles contêm substâncias químicas que matam os espermatozóides, impedindo assim que eles fertilizem. Métodos químicos Adesivo: É um adesivo fino, bege que pode ser usado nas nádegas, peito, costas ou parte externa do membro superior. Contém hormonas que são rapidamente libertadas através da pele para a corrente sanguínea durante sete dias. Cada adesivo deve ser mudado semanalmente durante três semanas, seguido por uma semana “sem adesivo”, quando aparece a menstruação. Métodos mecânicos Dispositivo intra-uterino: Um dispositivo intra-uterino, também conhecido simplesmente como DIU, é um dispositivo anticoncepcional que é inserido no útero, por um médico. O seu mecanismo de acção depende da interferência com a migração dos espermatozóides, com o transporte do óvulo e com a fertilização. Impede o processo de nidação, onde o óvulo se fixa no endométrio. Pode estimular ainda uma reacção inflamatória no útero, que também é contraceptiva. Pode ter diversos formatos, e alguns dispositivos libertam hormonas para aumentar sua eficácia, logo que possa excluir uma gravidez. É eficaz durante 3 a 5 anos (variável). É um método muito seguro, mas pode ter alguns efeitos secundários, pois pode agravar as dores menstruais, provocar períodos menstruais muito abundantes e pode, por vezes, facilitar o aparecimento de infecções intra-uterinas, pelo que se deve usar sempre o preservativo. Métodos mecânicos Diafragma: Cúpula de borracha fina, montada sobre um anel de metal flexível recoberto de borracha. É introduzido na vagina, sobre o colo do útero, pela mulher, antes da relação sexual. Este método impede que os espermatozóides atinjam o útero e cheguem às trompas de Falópio. Métodos mecânicos Preservativo masculino: O preservativo é um método de barreira contraceptivo usado por homens. É um dispositivo descartável em forma de tubo feito de borracha fina de látex. É rolado acima do pénis erecto logo antes da relação sexual. Existe normalmente um lugar na ponta do preservativo para reter o sémen ejaculado impedindo que o mesmo atinja o útero da mulher. Alguns são cobertos com um lubrificante especial que mata os espermatozóides. Preservativos de látex provêem uma barreira contra a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis. Métodos mecânicos Preservativo feminino: É um método relativamente novo de contracepção. É feito de um tubo de borracha fina, mas tem um anel em cada extremidade. Um destes anéis é fechado e inserido na vagina, de modo a tapar o colo do útero, como se fosse um diafragma. A outra extremidade é aberta e ajusta-se em volta da abertura da vagina e da vulva. O preservativo feminino protege as mulheres das doenças sexualmente transmissíveis. Métodos mecânicos Contracepção cirúrgica: Os métodos cirúrgicos ou de esterilização voluntária visam bloquear os canais que, no homem ou na mulher, são responsáveis pelo contacto entre o esperma e o óvulo potenciando a ocorrência de uma gravidez. Como se tratam de métodos potencialmente irreversíveis, ou de carácter permanente, estão indicados apenas para quem está seguro da decisão de não querer ter mais filhos. Métodos mecânicos Contracepção de emergência: A contracepção de emergência refere-se a medidas que, se tomadas após a relação sexual, podem impedir o início da gravidez. As formas de contracepção de emergência incluem: Pílulas de contracepção de emergência, também denominadas "pílulas do dia seguinte" — actuam impedindo a ovulação ou fertilização e possivelmente uma implantação de um embrião depois da fertilização. As pílulas de contracepção de emergência são diferentes de métodos de aborto médico que actuam depois da implantação. Dispositivos intra-uterinos (DIUs) — geralmente usados como um método de contracepção primário, mas às vezes utilizados como método de contracepção de emergência. Tanto o homem como a mulher utilizam o mesmo método contraceptivo? Como estivemos a ver anteriormente, a maioria dos métodos contraceptivos são utilizados pela mulher. O homem apenas utiliza o preservativo.