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PRINCIPAL
SISTEMA
INTEGRADO
MODELO DE TRANSPORTE E COLHEITA
FLORESTAL DEVE ATENDER TODA A
DINÂMICA DA INDÚSTRIA, DESDE A
MATÉRIA-PRIMA IDEAL ATÉ O PRODUTO
FINAL
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INTEGRATED
SYSTEM
THE FOREST HARVEST AND
TRANSPORT MODEL MUST MEET
THE COMPLETE DYNAMIC OF A
COMPANY, FROM THE IDEAL RAW
MATERIAL TO THE FINAL PRODUCT
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PRINCIPAL
P
ara que a operação florestal tenha sucesso ela
tem que ser encarada como um sistema. Observar somente uma parte do processo e deixar de
lado a conexão entre todas as etapas é a melhor maneira
de obter prejuízo. Para estipular o modelo de colheita
e transporte florestal o empreendedor precisa entender
as demandas específicas do produto final, quais equipamentos se encaixam para o volume necessário para
abastecer o mercado, distâncias, processo de produção,
mão de obra e por aí vai. Fazer a ligação de todos esses
aspectos é a chave para estabelecer o sistema mais adequado para determinada situação.
Quando se estabelece uma operação de colheita e
transporte florestal a intenção é que seja produtiva e
o mais econômica possível. Para isso é imprescindível
entender que a logística envolve todo o processo de
produção entre a obtenção da matéria-prima, processo
industrial e a entrega do produto ao cliente. Trata-se de
um sistema que se complementa. “Não se pode olhar
apenas a movimentação de produtos em determinada
fase do processo, como na colheita da madeira, por
exemplo”, orienta Marcio Funchal, diretor da Consufor,
consultoria em negócios e estratégias. De acordo com ele também é
necessário dimensionar a logística
de toda a operação em conjunto. Se
o empreendimento for verticalizado
(floresta e indústria) a estrutura de
operação e logística deve ser estabelecida para atender à estratégia da
empresa. “E não como se vê muitas
vezes no mercado que adapta a estratégia do negócio à estrutura de máquinas e equipamentos existentes.”
O dimensionamento do sistema que a empresa vai
adotar tem que levar em conta aspectos importantes:
volume de madeira a ser transportado por dia de operação; distância de transporte da floresta à indústria e correspondente tempo de deslocamento; tipo de madeira
a ser consumida (diâmetro e comprimento) e tipo de
corte (idade e se é proveniente de corte raso ou desbaste); quantidade de frentes de operação para cada tipo
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F
or a forest operation to succeed, it must be
viewed as a system. Looking at only part of the
process and forgetting about the connection
between all the steps is the best way to lose money. In
stipulating the forest harvesting and transport model,
entrepreneurs need to understand the specific demands
of the final product, what equipment is the most suitable
for the volume necessary for supplying the market, distances, production process, labor and so forth. Making
the connection of all these aspects is the key to establishing the most suitable system for a given situation.
When establishing a forest harvest and transport
operation, the intention is that it should be productive
and the most economic possible. For this it is essential to
understand that logistics involves the entire production
process from obtaining raw materials to the manufacturing process and delivery of the final product to the
customer. It is a system that complements itself. “You
cannot just look at the material handling at a particular
stage of the process, such as timber harvest, for example,” says Marcio Funchal, Director of Consufor, consultants in business and strategies.
According to him, it is also necessary to size the logistics of the entire operation as
a whole. If the venture is vertical
(forest and industry) the operating
structure and logistics should be
established to meet the company’s
strategy. “And not as you see many
times in the market, where the
business strategy is adapted to the
structure of the existing machinery
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and equipment.”
The sizing of the system that the
company will adopt has to take into account important
aspects: timber volume to be transported per day of operation; transport distance from the forest to the plant
and the corresponding time; type of timber being consumed (diameter and length), and type of harvest (age
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de madeira; volume e tempo de estoque de madeira no
pátio da indústria (estoque regulador).
Também é importante estabelecer a sistemática de
medição do volume/peso de madeira colhida e transportada (se peso ou volume, medição estimada em campo
e confirmação em balança na indústria, balança na saída
da floresta, medição por estimativa de capacidade de
transporte por caminhão ou outros). “Com base nesses
inputs, será possível dimensionar qual o melhor sistema
logístico para atender a demanda da indústria”, garante
Marcio. Com esses dados em mãos se define o tipo de
colheita (full tree, cut-to-length em comprimento fixo
ou variável), a quantidade de frentes de operação, por
tipo de colheita (corte raso ou desbaste) e composição
de cada frente de colheita, kit de operação, (modelo e
capacidade das máquinas, conjunto de máquinas e local
de realização de cada atividade – desgalhe, traçamento
e empilhamento).
and using clear-cut or thinning); number of operating
fronts for each type of timber; volume and time of wood
inventory in the plant yard (inventory turnover).
It is also important to establish a systematic method
for the measurement of the volume/weight of the timber
harvested and transported (using estimated weight or
volume in the field and confirmation by weighing in the
plant yard, weighing on leaving the forest, measurement
by estimated truck capacity, or other).
“Based on these inputs, it is possible to design the
best logistics system to meet the demand of the plant,”
says consultant Marcio. With this data in hand the type
of harvest can be defined (full tree, cut-to-length in fixed
or variable lengths), the number of operating fronts, by
type of crop (clear-cut or thinning) and composition of
each harvest front, operating kit (equipment model and
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Também é possível realizar o dimensionamento da
produtividade de cada frente de operação (tempo e volume de madeira processada por kit, e quantidade de
kits por frente operacional); calcular os estoques necessários em pátios temporários (beira da estrada) e, se for
o caso, pátios de classificação e distribuição de madeira
em local estratégico dentro da fazenda, além do dimensionamento do kit de carregamento de madeira nos caminhões, em cada frente de operação (tipo de máquina
e produtividade).
Como complemento a toda operação essa base de
dados é quem vai orientar a parte final no processo, ou
seja, ditar o dimensionamento da frota para transporte
de madeira à indústria (tipo de caminhão e reboque ou
semirreboque, capacidade de carga, tempo de deslocamento, quantidade de viagens de abastecimento por
dia, etc).
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capacity, machinery. and location for carrying out each
activity – debranching, cutting and stacking).
You can also size the production on each operating
front (time and volume of timber processed by kit, and
the number of kits for each operating front; calculate the
stocks needed in temporary yards (side of the road) and,
if applicable, classification and timber distribution yards
in strategic location within the farm, besides sizing the
kit for loading timber on the trucks, on each operating
front (machine type and productivity).
As a complement to the whole operation, this database is what will guide the final part in the process,
namely, dictate the size of the truck fleet to transport
the timber to the plant (kind of truck and trailer or semi-
Em síntese, o porte e quantidade de máquinas são
resultados das necessidades do modelo de operação
Marcio Funchal, diretor da Consufor
Por fim vem a estrutura de recebimento de madeira
no pátio (área física necessária, sistema de medição e
conferência de volume ou peso e método de estocagem,
que normalmente é o Fifo (do inglês, primeiro que entra, primeiro que sai). Além da classificação, usualmente
por diâmetro, comprimento e orientação da ponta fina,
pode ser feita previamente no carregamento na floresta,
por classificação visual no descarregamento no pátio ou
por classificador automático de tora e estocagem. “Todas essas possibilidades devem orientar a escolha do
tipo e quantidade de maquinário para movimentação
das toras no pátio. Em síntese, o porte e quantidade de
máquinas são resultados das necessidades do modelo
de operação”, define Marcio.
trailer, load capacity, time, number of trips per day, etc).
Finally, there is the receiving structure in the log yard
(physical area required, measurement system and volume or weight conference, and storage method, which
is typically Fifo (First In, First Out). As well classification,
usually by diameter, length and orientation of the thin
end, can be made in advance during loading in the forest, or by visual classification during unloading in the
yard or by an automatic log and sorter. “All these possibilities should be a guide in choosing of the type and
number of machines for log handling in the yard. In summary, the size and number of machines are the results
of operating model needs,” defines consultant Marcio.
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PRINCIPAL
NÃO EXISTE RECEITA
O consultor afirma que o erro mais comum é deixar
de encarar a operação como um sistema. Como não há
um planejamento pronto que sirva para todas as situações algumas empresas optam por saídas fáceis, mas
que nem sempre são adequadas. “Se apegar às qualidades de determinada máquina ou equipamento, pensando que a máquina é a solução”, afirma Marcio.
A relação tem que ser o melhor custo alinhado ao
melhor resultado para a indústria. “Nem sempre o mais
barato é o melhor”, adverte. O tombamento incorreto
da árvore durante a colheita pode comprometer a qualidade da fibra e trazer problemas dimensionais no produto acabado (rachaduras em molduras). “O grave é que
esse problema vai aparecer visualmente somente após a
secagem na estufa, quando o produto estiver indo para
pré-pintura ou despacho na expedição.”
A escolha pelo comprimento da tora a ser transportada (curta ou longa) depende muito mais da demanda
da indústria. “No MDF, HDF e celulose, não importa para
o produto final o comprimento, afinal a madeira será desagregada em partículas”, pondera Marcio. Já em uma
serraria que produz vigas, tábuas e pontaletes de grande
dimensão, que são peças inteiras com cinco m (metros)
ou mais, é obrigatório receber toras compridas. Se for
uma laminadora, o torno estará dimensionado para laminar tora de até 2,40 m, pois o compensado padrão
tem 2,20 m de comprimento.
“Independente da necessidade da indústria, o importante é o conceito geral de que os custos aumentam
à medida que surgem mais operação de movimentação
da madeira”, resume o consultor. Para baixar custos do
sistema tem que se pensar em minimizar a quantidade
de atividades ao longo da jornada da tora entre a floresta e a indústria.
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THERE IS NO RECIPE
The consultant states that the most common mistake
is not looking at the operation as a system. As there is no
ready plan for every situation, some companies opt for
easy solutions, but they are not always suitable. “Sticking with qualities produced by a particular machine or
piece of equipment, thinking that the machine is the solution,” he says.
The relationship has to be the best cost aligned to the
best outcome for the plant. “Not always is the cheapest
the best,” he warns. The incorrect felling of a tree during
harvest can compromise the quality of fiber and lead to
dimensional problems in the finished product (cracks in
frames). “The serious thing is that this problem will only
appear visually after drying in the oven, when the product is going to pre-paint or shipping.”
The choice of the length of the log to be transported
(short or long), very much depends on plant demand.
“For MDF, HDF and pulp, no matter the end product size,
the timber will be disaggregated into particles,” says
consultant Marcio. Where as in a sawmill that produces
beams, planks and large strips, which can be up to five
meters long or more, it is mandatory to receive long logs.
If a veneer producer, the lathe will be scaled to laminate
up to 2.40 m long logs, as plywood is usually 2.20 m long.
“Independent of plant needs, the important thing is
the general concept that the cost increases as the more
the timber is handled,” summarizes the consultant. To
lower system costs, one has to think in minimizing the
number of activities carried out after felling and before
processing in the plant.
Observamos o volume a ser produzido e as variáveis,
tais como relevo e distância entre outras características
Aponta Yedo Tortato Filho, gerente da TMO Companhia Olsen
de Tratores Agro Industrial
Foto: divulgação
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NA MEDIDA CERTA
Muitos fabricantes de equipamentos absorveram o
conceito que a operação de transporte e colheita faz parte de um sistema amplo e interligado. Por isso levam em
conta diversos aspectos para elaborar a melhor solução.
“Observamos o volume a ser produzido e as variáveis,
tais como relevo e distância entre outras”, aponta Yedo
Tortato Filho, gerente da TMO Companhia Olsen de Tratores Agro Industrial.
Para obter as informações necessárias, a fabricante
solicita todas as características do local de trabalho, volume a ser produzido e a capacidade de investimento.
“Indicamos um conjunto ideal para o cliente”, garante Yedo. Caso a TMO não tenha o equipamento ideal,
orienta o tipo de máquina que deve suprir a demanda.
Entre os pontos avaliados antes de definir o tipo e
porte do equipamento estão o comprimento da madeira
que será transportada. “Esse aspecto quase define a máquina ideal, depois o volume pretendido mensalmente”,
avalia Yedo. O gerente assegura que com esses e outros
dados complementares é possível dimensionar a máquina ou o conjunto corretamente.
De maneira geral um carregador florestal, por exemplo, trabalhando em turno de oito horas deve ter uma
produção de 20 viagens com feixes de madeira de eucalipto com 3,60 m e 23 viagens com feixes da espécie com
seis metros. O maior custo nessas operações está ligado
ao consumo de combustível. A orientação é adquirir tratores mais eficientes, e em certas ocasiões mudar certos
aspectos da rotina. “Operador capacitado também é importante.”
O engenheiro Rodrigo Rubin, do departamento de
Engenharia e Comercial da Penzsaur, lembra que no caso
do autocarregável não existe um equipamento padrão,
são diversos modelos que atendem diferentes necessidades. “Por isso é preciso observar os seguintes pontos:
tipo de terreno (ondulado ou plano), características da
madeira, distância do transbordo e a produção necessária”, ressalta o profissional.
IN THE RIGHT MEASURE
Many equipment manufacturers absorbed the concept that the transport and harvest operation is part of
a broad and interconnected system. For this, they take
into account several aspects to elaborate the best solution. “We look at the volume to be produced and the
variables, such as topography and distance between the
other fronts,” says Tortato Yedo Filho, Manager for TMO
Companhia Olsen de Tratores Agro Industrial.
To obtain the necessary information, the manufacturer requests all the characteristics of the operating
front, volume to be produced and the investment capacity. “We indicate the ideal machinery for the customer,”
ensures TMO Manager Yedo. If TMO doesn’t have the
ideal equipment, it indicates the type of machine that
best meets customer needs.
Amongst the points assessed before defining the
type and size of the equipment is the length of the timber
log that will be transported. “This aspect almost defines
the ideal machine, after the desired volume on a monthly
basis,” says TMO Manager Yedo. The Manager ensures
that with this and other additional data it is possible to
size the equipment or machinery correctly.
Generally a log carrier, for example, working an
eight-hour shift, should make 20 trips with 3.60 m long
eucalyptus timber logs and with 6 m long logs, 23 trips.
Most of the cost in these operations is linked to fuel consumption. The advice is to acquire more efficient tractors, and in certain cases, change certain aspects of the
routine. “Having properly trained operators is also important.”
Engineer Rodrigo Rubin, from the Engineering and
Sales Department for Penzsaur, reminds us that in the
case of self-loading there is no standard equipment;
there are several models that meet different needs.
“Therefore, we must look at the following points: type of
terrain (undulating or flat), timber characteristics, transhipment distance and required production,” emphasizes
the professional.
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PRINCIPAL
Os dois principais custos dentro da operação dos
autocarregáveis são manutenção e consumo de combustível. “A manutenção preventiva bem feita, além de
treinamentos para os operadores, reduz custos”, recomenda Rodrigo. Já o consumo de combustível pode ser
minimizado com o dimensionamento correto do trator
com o conjunto autocarregável, e “optar por trabalhar
com um sistema hidráulico com Load Sensing, que envia
o óleo para o equipamento conforme a necessidade.”
As fabricantes concordam que existe uma solução
ideal para cada situação. Por isso é imprescindível realizar a avaliação de toda a operação cuidadosamente para
que o equipamento seja introduzido sob medida. Erro
no dimensionamento traz gargalo para a operação ou
aumento de custo desnecessário quando superdimensionado.
Foto: Penzsaur
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The two main costs of the self-loading operation are
maintenance and fuel consumption. “Preventative maintenance carried out properly, in addition to operator
training, reduces costs,” Says Engineer Rodrigo. The fuel
consumption can be minimized with proper self-loading
tractor trailer sizing, and “choosing to work with a hydraulic system with Load Sensing, which oils the equipment as required.”
Equipment manufacturers agree that there is an ideal
solution for every situation. That’s why it is essential to
carry out an evaluation of the entire operation carefully
so that the equipment is introduced as ordered. Errors
in undersizing create bottlenecks for the operation, or in
oversizing, unnecessary cost increases.
A manutenção preventiva bem feita, além de
treinamentos para os operadores, reduz custos
Rodrigo Rubin, do departamento de Engenharia e Comercial da Penzsaur
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