EXPERIENCES
Sabores do mundo
Devorando
Devouring Bangkok
A capital da Tailândia tem massagens
boas e baratas a cada esquina, além
de cheiro de incenso emanado de
templos exuberantes. Tem também a
contagiante pulsação dos 10 milhões
de habitantes que circulam em tuctucs, trens elevados e barcos de
cauda longa entre as ruas repletas
de arranha-céus e o Rio Chao
Phraya. Mas nada inspira mais os
cinco sentidos do que sua exótica
gastronomia, que conhecemos com a
ajuda de quem melhor entende do rico
paladar local: os próprios tailandeses
The capital of Thailand has good
massages for cheap on every corner,
in addition to the scent of incense
coming from lavish temples. It also
features the contagious vibration of 10
million inhabitants who get around on
tuk-tuks, elevated trains and long-tail
boats between its streets lined with
skyscrapers and the Chao Phraya
River. But nothing is more inspiring to
the five senses than its exotic cuisine,
which we experienced with the help
of people who best understand the
rich local palate: Thais themselves
por/by Daniel Nunes Gonçalves
fotos/photos Andréa D’Amato
54 RED flavors of the word
Ser mitológico em pintura
nas paredes do Grand
Palace: o templo é a
principal atração turística
da capital tailandesa
Mythological being in a
painting on the walls of the
Grand Palace: the temple is
the main tourist attraction
in the Thai capital
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EXPERIENCES
Sabores do mundo
“S
Vista da cidade a partir do Moon Bar;
banca com comidas de rua; massagem
no spa do hotel Mandarin Oriental; a
guia Tassanee Norma; e sobremesa de
manga com arroz-doce e sorvete de coco
View of the city from the Moon Bar; a
stand selling street food; massage at the
spa of the Mandarin Oriental hotel; guide
Tassanee Norma; and a dessert of mango
and sweet rice with coconut ice cream
“Sawadee ka!”, disse a sorridente morena de olhos
puxados que nos deu as boas-vindas no aeroporto
de Bangcoc, em uma tarde de junho. Fez isso com
as mãos unidas como em prece, tal qual manda o
protocolo dos cumprimentos na Tailândia. “Mulheres dizem sawadee ka e homens, sawadee krap”,
ensinou, em português, Tassanee Norma, poliglota tailandesa que
trabalha como guia há 23 anos. Estava acompanhada de outro nativo, Lert Narongchaisakun, um baixinho simpático que formaria
com ela nossa dupla de anfitriões na missão de compartilhar alguns dos melhores sabores da cidade. “Kop khun krap”, agradeci, já
usando a segunda expressão que aprendi do idioma local, enquanto
seguíamos para o hotel cruzando arranha-céus, placas em língua
estranha, fotos do supervenerado rei Bhumibol Adulyadej por todo
lado e o sedutor caos de ruas atulhadas de carros e gente.
“Sawadee ka!” says the smiling brown-skinned girl with
slanted eyes who welcomed us at the Bangkok Airport on
a June afternoon. She did so with her hands clenched as if
praying, as dictated by Thai protocol for greeting. “Women say
sawadee ka and men say sawadee krap,” says Tassanee Norma
in Portuguese. The Thai woman is a polyglot who’s worked as
a guide for 23 years. She was accompanied by another native,
Lert Narongchaisakun, a short, friendly guy who, along with
her, formed the duo guiding us on a mission to find some of
the best flavors in the city. “Kop khun krap,” I thanked him,
using the second expression I’d learned in the local language,
while we headed to the hotel passing by skyscrapers, signs in
a strange language, photos of the venerated king Bhumibol
Adulyadej all over the place and the seductive chaos of the
streets jammed with cars and people.
JANTAR APERITIVO
As próximas aulas sobre os costumes locais seriam dadas no jantar,
depois do descanso para me recompor de mais de 20 horas de voo
desde São Paulo. Por recomendação da chef Siripen Sriyabhaya, a
Yui, que ensina culinária em Chiang Mai, no norte do país, e volta e
meia visita o Brasil, fomos ao despojado Taling Pling, que tem uma
de suas quatro unidades em Silom, bairro da região central especialmente animado à noite. Na placa da porta, o desenho de um cozinheiro com seu pilão usado para macerar especiarias. Beabá para
iniciantes: pimentas, coentro e capim-limão são alguns dos muitos
ingredientes socados ali e utilizados em receitas frequentemente
aromáticas e muito bem apresentadas que se caracterizam por misturar os sabores salgado, doce, azedo e picante. À mesa, come-se
com colher; o garfo é auxiliar e a faca nunca está entre os talheres.
Também não existe o hábito ocidental de servir primeiro a entrada,
depois a sopa ou a salada e, só então, o prato principal: todos vêm
ao mesmo tempo. Estreamos conhecendo saborosos pratos que levavam três tipos de curry – verde, amarelo e vermelho – e incluíam
frango, peixe e carne de porco. Tudo acompanhado de arroz, que
alivia o ardor das colheradas mais picantes e é servido de diversas
formas, como salgadinho aperitivo ou adocicado, com leite de coco,
na deliciosa sobremesa com manga.
WARM-UP DINNER
The next lessons in local customs came at dinner, after a rest to recompose myself from over 20 hours on the plane from São Paulo.
On recommendation from chef Siripen Sriyabhaya, a.k.a. Yui, who
teaches culinary arts in Chiang Mai, in the north of the country, and
visits Brazil every once in a while, we went to the unassuming Taling
Pling, which has one of its four units in Silom, a neighborhood in the
central region that’s especially lively at night. A sign on the door displays a drawing of a cook with a pestle to mash up ingredients. A-B-Cs
for beginners: peppers, cilantro and lemon grass are some of the
many ingredients mashed there and utilized in recipes that are often aromatic, very well-presented and characterized by a mixture
of salty, sweet, sour and spicy flavors. At the table, you eat with a
spoon; forks are just auxiliary and knives are never included among
the utensils. They also don’t follow the Western custom of serving an
appetizer first, then a soup or salad and, only then, the main course:
instead, everything comes at once. For our debut dinner, we tried
dishes made from three types of curry – green, yellow and red – as
well as chicken, fish and pork. All of it accompanied by rice, which
alleviates the intensity of the spicier spoonfuls and is served in various manners, as a salty starter or sweetened, with coconut milk, in a
delicious dessert with mango.
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EXPERIENCES
Sabores do mundo
SALADA ASIÁTICA
Logo na manhã seguinte vimos que se petisca de tudo nas bancas de
rua de Bangcoc: desde noodles, prato preferido no café da manhã do
nosso anfitrião Lert, até gafanhotos fritos, encontrados na época da
colheita do arroz. “Não fazemos só três refeições diárias”, contou ele.
“Aqui comemos seis ou sete vezes por dia.” Muitos dos pratos são líquidos, em forma de sopa. Diferentemente do que se pode imaginar,
as pimentas não foram introduzidas pelos mercadores indianos, que
chegaram àquela parte do sudeste asiático no século 1, mas sim pelos portugueses, que levaram a novidade da América Latina nos anos
1600. Ao caminhar pelos bairros indiano e chinês, percebemos que
estes vizinhos influenciaram a Tailândia na comida, com seus curries e
noodles, e também na religião, como se nota nos suntuosos templos da
Cidade Antiga. A começar pelo Grand Palace, parada de praticamente
todos os 19 milhões de visitantes anuais que fazem do turismo a principal fonte de renda do reinado da Tailândia. Coração do centro histórico
e espiritual de Bangcoc, o templo que nasceu em 1782, junto com a
fundação da cidade, abriga a estátua de um Buda de jade (o budismo é a
religião de 94% da população) em meio a telhados supercoloridos, painéis com pinturas milenares e imagens que fazem referência também
ao hinduísmo e à mitologia chinesa.
ASIAN SALAD
On the following morning, we saw that you can try a bit of it all at
the street stands in Bangkok: from noodles, our host Lert’s favorite food for breakfast, to fried grasshoppers, found during the rice
harvests. “We don’t just have three daily meals,” he says. “Here, we
eat six or seven times a day.” Many of the dishes are liquid, in soup
form. Unlike what you might imagine, peppers weren’t introduced
by Indian merchants, who arrived in this part of Southeast Asia
in the 1st century, but actually by the Portuguese, who brought the
food item from Latin America in the 1600s. Walking through the Indian and Chinese neighborhoods, we noticed that these neighbors
have influenced Thai food with their curries and noodles, as well
as Thai religion, as evidenced by the lavish temples in the Old City.
Starting with the Grand Palace, a sight seen by practically all 19
million yearly visitors to Thailand, making tourism the nation’s biggest source of income. The heart of Bangkok’s historic and spiritual
center, the temple founded in 1782, along with the city itself, is
home to the statue of a jade Buddha (Buddhism is the religion of
94% of the population) among super-colorful roofs, panels with
thousand-year-old paintings and images that reference Hinduism
and Chinese mythology.
MERCADOS FLUTUANTES
Aproveitando que estávamos às margens do Chao Phray, o grande
rio que cruza a metrópole, Norma nos levou a um de seus lugares favoritos para almoçar à beira-rio: o Deck by the River, restaurante do hotel-butique Arun Residence. Comemos salada de pomelo e um delicioso
porco grelhado com capim-limão diante de outro templo, o Wat Arun,
vendo o vaivém das embarcações: as que funcionam como ônibus fluviais; as turísticas, que servem jantares a bordo; as que transportam ao
mercado flutuante de Damnoen Saduak, a duas horas dali; e os barcos
de cauda longa, que nos levariam a uma navegação pelos canais.
Se durante o dia o passeio pelo rio retrata a vida como ela é para a
população humilde, o compromisso da noite nos catapultou à elite da
alta gastronomia. No Nahm, eleito um dos 50 melhores restaurantes
do mundo em 2012, jantamos sopa de pato ao leite de coco e curry de
caranguejo com açafrão em um ambiente com peças de ouro e seda.
A casa foi aberta há dois anos dentro do hotel-butique Metropolitan,
no bairro nobre de Sathorn, pelo chef australiano David Thompson.
“Nossa inspiração é a autêntica comida de rua”, disse o chef Tanongsak
Yordwai. O nome da casa repete o do original de Londres, primeiro
tailandês a ser estrelado pelo Guia Michelin na Europa.
FLOATING MARKETS
As we were on the banks of the Chao Phraya, the river that crosses the
metropolis, Norma took us to one of her favorite places to have lunch
at the river’s edge: Deck by the River, the restaurant of the boutique
hotel Arun Residence. We had a grapefruit salad and delicious grilled
pork with lemon grass in front of another temple, the Wat Arun, watching the comings and goings of boats: the ones that serve as floating
buses; tour boats, which serve dinner onboard; the ones that go to the
floating market of Damnoen Saduak, two hours from there; and the
long-tail boats, which would take us on a trip on the canals.
While during the day the trip on the river portrays life as it is among
the humble population, at night we were catapulted to the elite of high
gastronomy. At Nahm, listed as one of the 50 best restaurants in the
world in 2012, we had a soup of duck with coconut milk, crab curry and
saffron in an atmosphere decorated with pieces of gold and silk. The
house was opened two years ago inside the boutique hotel Metropolitan,
in the upscale neighborhood of Sathorn, by David Thompson, an Australian chef. “We’re inspired by authentic street food,” says chef Tanongsak
Yordwai. The house has the same name as the original London location,
the first Thai restaurant in Europe to get a Michelin star.
58 RED flavors of the word
Oração matinal dos monges no
templo Wat Pho, algumas das
muitas pimentas tailandesas,
prato de frango ao curry verde
com arroz e imagens de Buda
Monks at morning prayer at
the Wat Pho Temple, some of
the many Thai peppers, a dish
of green curry chicken with
rice and images of Buddha
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EXPERIENCES
Sabores do mundo
Hotel Mandarin Oriental:
oito restaurantes, recepção
com gigantescos lustres de
cristal e serviço impecável dos
mordomos de cada andar
Mandarin Oriental hotel: eight
restaurants, gigantic crystal
chandeliers in the reception
area and impeccable butler
service on each floor
60 RED flavors of the word
61
EXPERIENCES
Sabores do mundo
mianmar
china
laos
vietnã
malásia
M
A
R
DA
Ch
ÍA D
e BeNGAlA
camboja
INA
BA
ta i l â n di a
Bangcoc
indonésia
Barco passeia pelo Rio Chao
Phraya; o premiado restaurante
Nahm e o chef Tanongsak
Yordwai; camarão ao molho de
tamarindo do Deck by the River;
e show de lady boys do Cabaret
A boat trip on the Chao Phraya
River; the award-winning
restaurant Nahm and chef Tanongsak
Yordwai; shrimp in tamarind
sauce at Deck by the River; the
lady boys show at the Cabaret
AVENTURA NO FOGÃO
O potencial da culinária tailandesa como negócio também foi reconhecido por um estrangeiro no Blue Elephant, nossa primeira parada no
outro dia. Foi depois do sucesso do restaurante thai aberto em Bruxelas, em 1980, que o proprietário belga Karl Steppe decidiu inaugurar a
grife em Bangcoc, dez anos atrás. “Hoje temos 11 unidades espalhadas
pelo mundo”, orgulha-se a esposa de Karl, a tailandesa Nooror Somany,
que toca a empreitada. O casal se especializou em um filão de sucesso:
ali acontece um dos melhores cursos de culinária dos 20 oferecidos na
cidade – entre eles, o da escola francesa Le Cordon Bleu. A aula ajuda a
entender a complexidade da cozinha local. Depois de visitarmos uma
feira de rua onde são comprados os ingredientes, voltamos à escola para
aprender a preparar quatro receitas, com direito a degustar a criação no
final. Minha melhor obra foi o pad thai, prato que mistura camarão,
noodles, ovo, amendoim e tofu, bem popular entre estrangeiros.
Caminhar ao longo dos 46 metros de extensão do famoso Buda deitado do templo Wat Pho, o maior de Bangcoc, parecia ser o melhor jeito
de fazer a digestão naquela tarde. Embora belíssimo, o monastério é
quase ofuscado pelo prazer proporcionado por uma de suas atrações:
o centro de massagem. Aberta em 1955 como a primeira escola de medicina tradicional do país, a universidade de massagem cresceu tanto
que teve de ser transferida para fora do templo. Ali dentro, felizmente,
restou um salão onde 60 profissionais atendem o público. Uma hora de
relaxamento no corpo ou nos pés custa apenas 15 dólares, cerca de 30
reais. E é tão bom que dá vontade de fazer três vezes ao dia. Existem
respeitáveis casas de massagem em todo canto de Bangcoc, das barracas na Khaosan Road, a famosa rua dos albergues e pubs de mochileiros, aos requintados spas de resorts como o RarinJinda, no Grande
Centre Point Hotel. Mas nenhuma substitui a experiência do Wat Pho.
ADVENTURE AT THE STOVE
The business potential of Thai cuisine has also been recognized by a
foreigner at the Blue Elephant, our first stop the following day. It was
after the success of the Thai restaurant opened in Brussels in 1980 that
Belgian owner Karl Steppe decided to bring the franchise to Bangkok
ten years ago. “Now we have 11 units across the globe,” Karl’s Thai
wife Nooror Somany, who runs the business, says proudly. The married
couple has specialized in a successful gimmick: of the 20 culinary arts
courses available in town, one of the best is held there – among them,
one offered by the French school Le Cordon Bleu. The course helps to
understand the complexity of the local cuisine. After visiting a street
market where we bought the ingredients, we returned to the school to
learn how to make four recipes, which we could eat in the end. My best
dish was the pad thai, a noodle recipe that includes shrimp, eggs, peanuts and tofu, very popular among foreigners.
Walking around the 150-foot (46 m) wide famous Buddha statue lying at the Wat Pho Temple, the biggest in Bangkok, seemed like the best
post-meal activity that afternoon. While quite beautiful, the monastery
is almost outshined by the pleasure brought by one of its attractions:
the massage center. Opened in 1955 as the first school of traditional
medicine in the country, the university of massage grew so large that
it had to be transferred outside of the temple. But thankfully there’s
still a hall inside where 60 professionals attend the public. One hour
of relaxation for the body or the feet costs just USD 15. And it’s so good
that you’ll feel like going there three times a day. There are respectable
massage houses all over Bangkok, from the stands on Khaosan Road,
the famous strip of hostels and backpacker pubs, to the upscale spas in
resorts like the RarinJinda in the Grande Centre Point Hotel. But none
of them can match the experience at the Wat Pho.
FRUTAS EXÓTICAS
É também com hora marcada, diariamente às 18h, que se percebe
outra curiosa tradição tailandesa: parar de caminhar ou trabalhar enquanto estações de rádio tocam o hino nacional nos alto-falantes das
ruas. A cena impressiona especialmente em lugares movimentados,
como a feira de Chatuchak, que acontece todo fim de semana no bairro
de mesmo nome e concentra centenas de barracas que vendem desde
frutas exóticas – como rambutan e pitaia – até estátuas das típicas dançarinas tailandesas. Chega-se ali de metrô, evitando os megacongestionamentos. Os peculiares táxis rosa choque, no entanto, são opção
mais confortável e econômica à noite, quando não há trânsito. Vale
EXOTIC FRUITS
It’s also at a set time, daily at 6 p.m., that you can observe another
curious Thai tradition: stopping in your tracks whatever you’re doing
while radio stations play the national anthem on public loudspeakers.
It’s an amazing sight, especially in busy places like the Chatuchak
street market, which is held every weekend in the neighborhood of the
same name and contains hundreds of stands selling everything from
exotic fruits – like rambutans and pitayas – to statues of typical Thai
dancers. You can get there by subway to avoid the traffic jams. Still,
the peculiar hot pink taxis are the most comfortable and economical
option at night when there’s no traffic. It’s a good idea to use them to
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EXPERIENCES
Sabores do mundo
a pena usá-los para conferir atrações populares como as lutas de
muay thai (um dos estádios mais famosos fica em Lumpini) e os
shows de dança no Calypso Cabaret, em Riverfront, protagonizados
por 60 homens travestidos de mulher, os lady boys.
Outro clássico noturno são os jantares com shows de música e danças tradicionais, como a khon. Assistimos a um deles comendo muito
bem na Sala Rim Naam, um dos oito restaurantes do luxuosíssimo hotel Mandarin Oriental. Inaugurado em 1876, o hotel surpreende desde
a recepção, com gigantescos lustres de cristal, até o serviço impecável
dos mordomos de cada andar. Não é preciso, contudo, pagar no mínimo 400 dólares para se hospedar ali: dá para conhecer o spa, fazer
aulas de culinária ou simplesmente parar para um drinque à beira-rio.
check out popular attractions such as the combat sport called muay
thai (one of the most famous stadiums is located in Lumpini) and
dance shows at the Calypso Cabaret in Riverfront, performed by 60
transvestites, the lady boys.
Another nighttime classic is having dinner while watching a show of
music and traditional dances, like the khon. We saw one while feasting
at Sala Rim Naam, one of eight restaurants at the extremely luxurious
Mandarin Oriental hotel. Opened in 1876, the hotel impresses visitors
with everything from the gigantic crystal chandeliers in the reception
area to the impeccable butler service on each floor. Still, you don’t have
to pay the minimal USD 400 to visit it: you can go to the spa, take cooking classes or just stop for a drink by the river.
COQUETEL NAS ALTURAS
A regra de “no mínimo um drinque” serve também para ver Bangcoc
do alto, no pôr do sol, a partir do Moon Bar e do restaurante Vertigo,
localizados no 61º andar do hotel Banyan Tree, ou do Sky Bar e do
restaurante Sirocco, no 63º andar do hotel Lebua. Já no nível da rua,
duas recomendações da restaurateur tailandesa radicada em São Paulo
Marina Pipatpan foram testadas e aprovadas no badalado bairro de
Sukhumvit. No Face, a arquitetura tradicional compõe o cenário para
conhecer misturas de comida tailandesa com japonesa e indiana. Perto
dali, antes de abrir sua pista para uma moderninha balada de música
eletrônica, o todo branco Bed Supperclub oferece, entre performances-surpresa às sextas e aos sábados, incríveis menus-degustação.
Quando nossos dias de comilança, templos e massagens chegaram ao fim, não tivemos dúvida: antes de viajar, voltamos ao
Wat Pho para uma última sessão de relaxamento nos pés. E, no
aeroporto, passamos na livraria para comprar alguns dos muitos
livros de receitas que nos permitirão tentar reproduzir em casa
um pouquinho da deliciosa gastronomia tailandesa. A COCKTAIL UP HIGH
The “one drink minimum” rule also applies when viewing Bangkok
from up high, at sunset, from the Moon Bar and the Vertigo restaurant, located on the 61st floor of the Banyan Tree hotel, or the Sky
Bar and the Sirocco restaurant on the 63rd floor of the Lebua hotel.
Meanwhile, on the street level, two recommendations from Marina Pipatpan, a Thai restaurateur now residing in São Paulo, were
tested out and approved in the hip neighborhood of Sukhumvit. At
Face, the traditional architecture comprises the setting where you
can try Thai food mixed with Japanese and Indian. Nearby, before
opening its hip dance floor to the sound of electronic music, the
entirely white Bed Supperclub offers incredible tasting menus between surprise performances on Fridays and Saturdays.
When our days of feasting, temples and massages came to an end,
we had no doubt: before we left, we went back to Wat Pho for a last session of foot relaxation. And, at the airport, we stopped by a bookstore to
get some of the many cookbooks that would help us in our attempts to
reproduce some delicious Thai food at home. +66 2
INFO: Explore Thailand - tourismthailand.org; Bed Supperclub – 26 Sukhumvit Soi 11, tel. 651-3537, bedsupperclub.com; Blue Elephant – 233 South Sathorn Road, tel. 673-9353,
blueelephant.com; Calypso Cabaret – Asia Hotel, 296 Phayathai Road, tel. 653-3960, calypsocabaret.com; Chatuchak Weekend Market – Chatuchak Park MRT Station, chatuchak.
org; Deck by the River – Arun Residence, 36-38 Soi Pratoo Nok Yoong, Maharat Road, tel. 221-9158, arunresidence.com; Face – 29 Sukhumvit Soi 38, tel. 713-6048, facebars.com; Le
Cordon Bleu Dusit Culinary School – 946 The Dusit Thani Building, tel. 237-8877, cordonbleudusit.com; Mandarin Oriental – 48 Oriental Avenue, tel. 659-9000, mandarinoriental.com;
Muay Thai Lumpinee Boxing Stadium – Rama 4 Road, tel. 251-4303, muaythailumpini.com; Nahm – The Metropolitan Hotel, 27 South Sathorn Road, tel. 625-3388, nahm.como.bz;
RarinJinda Spa – Grande Centre Point Hotel, 8th Floor, 153/2 Soi Mahatlek Luang 1, tel. 670-5599, rarinjinda.com; Sirocco Restaurant/Sky Bar – Lebua Hotel, 1.055
Silom Road, tel. 624-9555, lebua.com; Taling Pling Thai Cuisine – 60 Pan Road, Silom, tel. 234-4872, talingpling.com; The Metropolitan Hotel – 27 South Sathorn Road,
tel. 625-3333, metropolitan.bangkok.como.bz; Vertigo Restaurant/Moon Bar – Banyan Tree, 61st Floor, 21/100 South Sathon Road, tel. 679-1200, banyantree.com; Watpo
Massage – 2 Sanamchai Road, tel. 221-2974, watpomassage.com
AGRADECIMENTOS/SPECIAL THANKS: Embaixada Real da Tailândia/Thai Royal Embassy – thaiembassybrazil.com; Hugo Delgado – obarestaurante.com.br;
Mandarin Oriental – mandarinoriental.com; Marina Pipatpan; chef Siripen Sriyabhaya – alotofthai.com; guia/guide Tassanee Norma – [email protected];
Tourism Authority of Thailand – tourismthailand.org
64 RED flavors of the word
A chef Nooror Somany e seu assistente
dão aula de culinária tailandesa no
restaurante Blue Elephant; a exótica
pitaia; típico tuc-tuc; monge local
Chef Nooror Somany and her assistant
give a lesson in Thai cooking at the
restaurant Blue Elephant; the exotic
pitaya; a typical tuk-tuk; and a local monk
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