8 | Março/Abril de 2011 Mãos à Obra Mãos à Obra Veículo Oficial de Divulgação da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Ponta Grossa | Ano XIV | nº 76 | Março/Abril de 2011 Construção civil e meio ambiente A sustentabilidade e a preservação do meio ambiente são temas amplamente abordados na atualidade. Nesta edição, o jornal Mãos à Obra traz algumas iniciativas que buscam o reaproveitamento de resíduos da construção civil. Um dos exemplos é o trabalho desenvolvido pela Mad-Serv que transforma resíduos de madeira em biomassa. A Ponta Grossa Ambiental mantém uma usina que produz areia e brita através de restos de concreto, tijolos e cerâmica. Embora a cidade conte com um Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil os desafios ainda são muitos. Confira nas próximas páginas o que você pode fazer para dar a destinação adequada aos refugos da sua obra. Pág 4 e 5 6°EETCG O 6º EETCG acontecerá de 23 a 26 de agosto, na sede da AEAPG. A grande novidade deste ano são os mini-cursos oferecidos no período da tarde. Além disso, professores da Unicamp e do ITA falarão sobre “A engenharia da prevenção”. Pág 3 Incêndio O engenheiro eletrônico Fabricio Gagliardi Pinto ministrou um minicurso sobre a ABNT 17240:2010. Ele apresentou novos equipamentos e falou sobre a manutenção de alarme de incêndio. O evento aconteceu no dia 18 de abril. Pág 7 2 | Março/Abril de 2011 ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS E ARQUITETOS DE PONTA GROSSA DIRETORIA EXECUTIVA PRESIDENTE Eng. Civil Roberto Pellissari VICE - PRESIDENTE Eng. Civil Osvaldo Thibes C. de Oliveira 1º SECRETÁRIO Eng. Civil Anderson Francisco Sikorski 2º SECRETÁRIO 1º TESOUREIRO Eng. Civil Michel João Haddad Neto 2º TESOUREIRO Eng. Civil Helmiro Roberto Bobeck COMISSÕES SERVIÇOS Eng. Civil Elvys Neves Teleginski CULTURAL Eng. Civil Paulo Roberto Domingues SOCIAL Eng. Civil Osvaldo Thibes C. de Oliveira OBRAS Eng. Civil Celso Augusto Sant´anna ÉTICA Eng. Civil João Kovalechyn PATRIMÔNIO Eng. Civil Sedinei Rodrigues Ferreira ESPORTE Eng. Civil Anderson Francisco Sikorski MEIO AMBIENTE Eng. Civil Irajá Meira Barbosa RELAÇÕES PÚBLICAS Eng. Eletricista João Luiz Kovaleski RELAÇÕES ESTUDANTIS Eng. Civil Jairo Amado Amin ASSESSORIA JURÍDICA Eng. Civil Michel João Haddad Neto SEGURANÇA DO TRABALHO Eng. Civil Sérgio Augusto Wosgrau IMPRENSA Eng. Civil Marco Aurélio Wilt CASA FÁCIL Eng. Civil João Kovalechyn SECRETARIA EXECUTIVA Solange Lima dos Santos EXPEDIENTE O jornal “Mãos à Obra” é um veiculo de comunicação oficial de divulgação da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Ponta Grossa . www.aeapg.org.br Edição n⁰ 76 –Março/Abril/2011 Ano XIV Circulação dirigida Responsável: ABC Projetos Jornalista: Alessandra Bucholdz MTB 3581/14/10v Textos: Michelle de Geus Fotos: Giovani Gouveia Tiragem: 2.000 exemplares Contato: (42) 3222-6652 e-mail: [email protected] Mãos à Obra Editorial M uito se tem falado sobre o aquecimento do mercado da construção civil. O bom momento vivido pelo setor é fruto de vários fatores, inclusive as inúmeras possibilidades de financiamentos para a compra de um imóvel próprio. Dentre elas, a mais conhecida é o programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal. A iniciativa consiste na aquisição de terreno e construção de moradias que serão vendidas a famílias de baixa renda. A Caixa Econômica Federal (CEF) recebe as propostas e acompanha a realização das obras pela construtora. Em Ponta Grossa, o volume de negócios envolvendo a habitação Mãos à Obra Março/Abril de 2011 | 7 Engenheiros discutem prevenção de incêndios Sua casa, nosso trabalho somou, em 2010, mais de R$ 292 milhões. Os contratos firmados com as construtoras no Minha Casa Minha Vida representam aproximadamente R$ 155 milhões. Ao todo, 3.342 unidades habitacionais estão sob responsabilidade das empresas parceiras do programa. Desse total, sete loteamentos (1.980 moradias) serão destinados a famílias com renda mensal de zero a três salários mínimos. O investimento será de cerca de R$ 82 milhões. Outros oito loteamentos (1.362 lares) são voltados a famílias com renda de quatro a 10 mínimos no mês, com valor de financiamento de R$ 73 milhões. Além disso, em 2010, cerca de dois mil ponta-grossenses financiaram seus imóveis como pessoa física. O investimento total chegou a quase R$ 138 milhões, 33% desse valor através do Minha Casa Minha Vida. Cabe ressaltar que o serviço pode ser agilizado através da CEF da AEAPG. Os recursos ofertados por uma agência bancária como empréstimos, consórcios, aberturas de contas podem ser encontrados na AEAPG, com exceção do recebimento de valores. O serviço está aberto também para não associados e não há custo adicional. A expectativa para 2011 é a contratação de mais dois milhões de moradias em todo o Brasil. E a preocupação com o meio ambiente não fica de lado. As casas destinadas para famílias com renda de zero a três salários mínimos construídas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste serão obrigadas a ter a energia solar para aquecimento de água. Serão em torno de 400 mil casas aliando facilidades de pagamento e sustentabilidade. Artigo > João Francisco Carneiro Chaves - Engenheiro civil e ponta-grossense O turismo é Original Havia aqui em Ponta Grossa, situada no polígono compreendido pela Avenida Vicente Machado, Rua Santos Dumont, a antiga Rua da Estação e a Rua Sete de Setembro, uma fábrica de cerveja. Chamava-se Companhia de Cervejas Adriática. A Rua da Estação foi transformada em Calçadão, e onde localizava-se o Magazin Ricardo Kossatz, hoje temos as Casas Bahia. As instalações da Cervejaria Adriática infelizmente foram totalmente demolidas e ali está sendo edificada uma obra de grande porte em nome do progresso. Dizer que aquela chaminé era muito linda, que o prédio, voltado para a Avenida, foi construído no início do século passado, são argumentos que agradam poucos membros do Conselho do Patrimônio Histórico e mais alguns “gatos pingados” como eu, que valorizam a preservação da cultura e da história da nossa cidade. Essas justificativas desagradam os empreendedores que alegam que a iniciativa vai trazer muitos outros benefícios para Ponta Grossa. Mas o que tem a ver turismo, com essa introdução saudosista e defensora do patrimônio histórico? É que na antiga Cervejaria, se fabricava a cerveja Original. Realmente ela era muito gostosa, conforme dados dos especialistas degustadores do líquido. Diziam que era a água utilizada na fabricação. Pode até ser, mas o sabor que ela possuía não era o mais importante. O mais importante era a dificuldade em se conseguir. E tudo que é difícil é mais excitante e tem um sabor diferente. Os mais tradicionalistas lembram muito bem como era raro encontrar nas gôndolas dos supermercados o produto. A fabricação era limitadíssima e, sendo assim, era necessário se fazer “lobby” para adquirir uma grade da mesma, já que não existia latinha de Original, claro. Quando se fazia uma festa, no dia seguinte, os colunistas sociais Mas o que tem a ver turismo, com essa introdução saudosista e defensora do patrimônio histórico? além de elogiar o traje da noiva, as jóias da mãe da noiva, os casacos de peles das madrinhas e todas essas babaquices do colunismo social, também falavam que o buffet foi “chiquérrimo” e regado à Original. Valorizava o evento. Um amigo meu, naquela época secretário municipal de certo prefeito, para conseguir agilizar algum processo lá em Brasília, levava consigo no avião algumas grades de Original. Era tiro e queda, conseguia tudo. E o que tem a ver isso tudo com turismo? Tem sim, porque turismo é isso. Turismo se faz dessa forma. Ponta Grossa era conhecida no Brasil inteiro por conta da nossa Original. Quando se fala em turismo, não importa se é marca de cerveja, se é Cachoeira da Mariquinha, se é Buraco do Padre, se é Munchen Fest, se é Vila Velha. Turismo é valorizar as coisas da cidade. E valorizar, é tornar caro, precioso. É vender a marca. É despertar a curiosidade das pessoas. Será apologia ao uso do álcool? Certamente não. Fosse assim, Blumenau não seria tão conhecida e nem atrairia tantos turistas durante uma semana inteira da Oktoberfest. E a nossa Munchen Fest também não. Vemos sempre nos jornais da cidade, aquelas pessoas que viajam o mundo afora a procura de uma foto defronte à Torre Eiffel, da Estátua da Liberdade, ou do Big Ben. Será que na coluna social de um jornal de alguma cidade do exterior, aparece a foto de um casal de gringos defronte à Taça de Vila Velha? Temos que fazer com que nossos pontos turísticos sejam valorizados. E a maneira é muito simples. Basta que nos reportemos na história, e lembremos-nos do sucesso da nossa “cervejinha”. Se aplicarmos esta receita, com certeza nossos pontos turísticos que, segundo os mais viajados, estão entre os mais lindos do mundo, nos trarão o retorno que precisamos. Lembrem-se “Turismo é Original”. Mini-curso foi ministrado pelo engenheiro eletrônico, Fabricio Gagliardi Pinto, dia 18 de abril, na AEAPG E ngenheiros e arquitetos de Ponta Grossa tiveram a oportunidade de acompanhar um mini-curso sobre “Nova Norma de Alarme de Incêndio - ABNT 17240:2010”, ministrado pelo engenheiro eletrônico Fabricio Gagliardi Pinto. O evento aconteceu no dia 18 de abril na sede da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Ponta Grossa (AEAPG) e contou com cerca de 30 profissionais interessados em saber um pouco mais sobre a instalação e manutenção de alarmes de incêndio. Gagliardi frisou que a função de um sistema de detecção de incêndio é permitir que a emergência seja atendida a tempo. “Isso só é possível com um bom projeto e a correta instalação dos alarmes”, reforça. Para o engenheiro eletrônico, o primeiro passo para montar um projeto eficiente é entender a dinâmica do fogo. “É preciso aprender como Engenheiros e arquitetos aproveitaram para sanar dúvidas e conhecer novos sistemas de alarme de incêndio a fumaça se comporta para escolher o tipo de detector mais adequado e colocá-los nos lugares corretos”, enfatiza. A realização do mini-curso vem ao encontro do propósito da AEAPG de manter os profissionais sempre atualizados. “A tecnologia evolui muito rápido e em pouco tempo os equipamentos ficam obsoletos. Isso só reforça a necessidade dos engenheiros buscarem novos materiais e estarem sempre se aperfeiçoando”, afirma o presidente da AEAPG, engenheiro civil Roberto Pellissari. Formado pela UFPR, Fabricio Gagliardi Pinto é pós-graduado em Telecomunicações - PUC-PR. Ele é especialista em sistemas de alarme de incêndio com larga experiência em projetos, fabricação, importação e instalação. Atualmente atua na empresa Suletron, sediada em Curitiba, Paraná. 6 | Março/Abril de 2011 Mãos à Obra Mãos à Obra Ciacollor apresenta produtos Representantes demonstraram, na prática, a aplicação da textura projetada, um dos lançamentos da empresa A prática foi um dos aspectos mais marcantes do 65º Happy Night. O evento aconteceu no dia 06 de maio em parceria com a Ciacollor, que produz tintas e grafiatos. Representantes da empresa montaram uma estrutura semelhante a uma parede para demonstrar a aplicação de textura projetada, uma das novidades da Ciacollor para este ano. Eles aproveitaram para apresentar toda a linha de produtos e sanar as dúvidas dos engenheiros e arquitetos. Cerca de 45 pessoas prestigiaram o evento. De acordo com o representante comercial Alex Sanches, desde março a Ciacollor está realizando um treinamento com os pintores específico sobre textura projetada. “Estamos surpresos com a aceitação que o produto está tendo”, comenta. A textura projetada pode ser aplicada em ambientes externos e internos. “Além de dar um acabamento artístico e decorativo, ela ajuda a corrigir pequenas imperfeições”, salienta. Em Ponta Grossa, a Ciacollor está atuando de maneira 6° EETCG divulga programação Queijos O evento acontecerá de 23 a 26 de agosto de 2011 e trará palestrantes da Unicamp e do ITA O e Vinhos Engenheiros e arquitetos já podem ir se preparando para a XVII Noite de Queijos e Vinhos. O evento acontece no dia 30 de julho na sede da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Ponta Grossa (AEAPG). A ocasião também marcará a inauguração da foto do engenheiro civil Sérgio Augusto Wosgrau (Gestão 2008-2010) na galeria de ex-presidentes da AEAPG. Maiores informações pelo telefone 3224-7744. Aniversários Engenheiros conheceram a técnica de aplicação da textura projetada e o catálogo de cores da Ciacollor diferenciada. “Estamos trabalhando com venda direta para as construtoras. Isso nos permite atender o cliente dentro de suas necessidades e prestar assessoria”, enfatiza. Sanches explica que a empresa é bastante flexível e consegue montar, em parceria com o cliente, um esquema de pintura para melhor atendê-lo. A Ciacollor iniciou suas atividades em 2003 e, desde então, vem atendendo todo o Paraná com tintas sintéticas imobiliá- rias. “A empresa se destaca por oferecer produtos de altíssima qualidade a preços competitivos”, declara. Ele também chama a atenção para as iniciativas de responsabilidade ambiental como tratamento de efluentes, reutilização da água, reaproveitamento e coleta seletiva de resíduos. Entre os planos para o futuro, Sanches frisa a atuação nacional, ampliação da linha de esmaltes à base d’água e ingresso no mercado de tintas industriais e automotivas. INDIQUE O 306 NA ART Profissionais de engenharia e arquitetura também podem ajudar a fortalecer a AEAPG. Para isso, basta que indiquem o código 306 ao preencherem as suas ART’s. Dessa maneira, 6,5% do valor do documento é revertido em prol da entidade. Os recursos são utilizados em benefício dos próprios associados, com foco em ações na área de formação profissional. Indicar o código que identifica a AEAPG é uma forma de garantir que os recursos da ART sejam aplicados na região. De outra maneira o investimento pode tomar rumos diferentes e acabar não privilegiando engenheiros e arquitetos de Ponta Grossa. É importante salientar que a ação não acarreta custos adicionais nem para o profissional e nem para o seu cliente. Como forma de estimular os associados a indicarem o código 306 a AEAPG promove a dedução dos valores repassados com as ART’s na anuidade paga à entidade. A ART é utilizada por todos os engenheiros ao assinar os seus projetos, ela é o registro de contrato entre o profissional e seu cliente. Através da ART o engenheiro assume a responsabilidade pela autoria da obra por um período de 20 anos. No Paraná o documento é expedido através do site www.creapr.gov.br. Profissional engenheiro, indique o código 306 na ART e fortaleça a nossa classe. MARÇO 01.03 Ricardo Enei 02.03 José Renato Silgre 04.03 Cezar Polinski 04.03 Iglan Oberg 05.03 Luiz Ricardo Denck R. de Carvalho 05.03 João Gualberto Corrêa Junior 06.03 Alfredo Hinojosa Salazar 06.03 Sandra Mara Kaminski Tramontin 09.03 Juvenal Taques Fonseca Filho 12.03 Marcelo De Julio 16.03 Rodrigo Cristian Bulyk 17.03 Flávio José F. Corrêa Francisco 20.03 Margolaine Giacchini 21.03 Amauri Thomaz Xavier Ferreira 23.03 Gerson Felipe Sonego 27.03 Marcus Vinícius Caldeira Baggio 29.03 Mário Nogueira Neto 30.03 Paulo Roberto Lacava 30.03 Eunelson José da Silva Junior Março/Abril de 2011 | 3 ABRIL 01.04 Carlos Roberto Genaro 03.04 Helmiro Roberto Bobeck 05.04 Irineu Ribicki 05.04 Luis Cesar Moro 05.04 Mariana Scaramella Moreira 06.04 Mauro Oscar Ribas 06.04 Olímpio Malucelli Filho 06.04 Luis Hiar 07.04 Carlos Roberto Farhat 09.04 Carlos Nei do Nascimento 16.04 Chede Buffara Neto 16.04 Jonas Ribeiro 17.04 Ernesto Jober Miara 17.04 Orlando Jorge de Almeida Spartalis 20.04 Sérgio Augusto Wosgrau 22.04 Mieroslau Honesko Filho 27.04 José Adelino Krüger 30.04 Darcy Caetano Mariano Plotagem com bonificação para associados em dia A Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Ponta Grossa (AEAPG) está prestando serviços de plotagem para os associados, demais profissionais e empresas. Toda plotagem que o associado fizer durante este ano terá um bônus de 10% que servirá como complemento da anuidade de 2012. Os arquivos para plotagens podem ser enviados através dos e-mails: [email protected], [email protected] ou ainda para [email protected]. s preparativos para o 6° Encontro de Engenharia e Tecnologia dos Campos Gerais (EETCG) estão a todo vapor. A Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Ponta Grossa (AEAPG) já confirmou o nome dos palestrantes para todas as noites do evento. Profissionais renomados do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) estarão falando sobre ‘A engenharia da prevenção’. Para o presidente da AEAPG, engenheiro civil Roberto Pellis- sari, a contribuição do 6° EETCG para a formação dos acadêmicos e para o aperfeiçoamento profissional será valiosa. “Estamos trazendo palestrantes de universidades de destaque nacional, que tradicionalmente investem em pesquisa”, afirma. Ele salienta que o conhecimento trazido por esses profissionais favorecerá a troca de ideias. Uma das novidades para este ano é a realização de mini-cursos no período da tarde. “Eles versarão sobre o uso da biomassa, deslizamentos de encostas e outros”, explica. Os mini-cursos já estão Humor incluídos na inscrição do evento. Pellissari lembra ainda que a III Feira de Estágios acontecerá das 18 às 22h. O 6° EETCG está marcado para o período de 23 a 26 de agosto de 2011, na sede da AEAPG. A submissão de trabalhos está aberta até o dia 15 de julho e as inscrições poderão ser feitas até o dia 19 de agosto. O evento conta com a parceria da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais (Cescage). PROGRAMAÇÃO 23/08 – TERÇA-FEIRA 25/08 – QUINTA-FEIRA 24/08 – QUARTA-FEIRA 26 /08 – SEXTA - FEIRA 4 14h - Mini-Curso: Deslizamentos De Encostas (Prof. Dr. Fábio Teodoro De Souza – PUC) 4 15h30 - Coffee Break 4 18h às 22h - Feira de Estágios 4 19h30 - Abertura Solene Palestra de abertura com o secretário de Estado da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul (SAEIM), Eng. civil Ricardo Barros 4 20h30 - Palestra: O impacto das nãoconformidades construtivas na segurança operacional de aeroportos (Prof. Dr. Anderson Ribeiro Correia – Ita) 4 22h - Coquetel 4 14h – Mini-Curso 4 15h30 - Coffee Break 4 18h às 22h - Feira de Estágios 4 19h30 - Palestra: Prevenção no projeto de aterros de resíduos (Prof. Dr. Paulo Scarano Hemsi – Ita) 4 20h30 – Palestra: Saneamento & saúde pública: prevenir x remediar (Prof. Dr. Marcelo De Julio – Ita) 4 22h - Coffee Break 4 14h - Mini – Curso 4 15h30 - Coffee Break 4 18h às 22h - Feira De Estágios 4 19h30 – Palestra: Mudanças globais e impactos sobre zonas costeiras: cenários e adaptação no litoral norte de SP (Prof. Dr. Wilson Cabral De Souza Junior – Ita) 4 20h30 – Palestra: Acidentes em geotecnia: previsão e prevenção (Prof. Dr. Paulo Ivo Braga De Queiróz – Ita) 4 22h - Coffee Break 4 14h – Mini-Curso: Uso da biomasssa para energia (Prof. Dr. Caio Glauco Sanchez – Unicamp) 4 15h30 - Coffee Break 4 19h30 - Prevenção da poluição no setor industrial (Waldir Antonio Bizzo – Unicamp) 4 20h30 - Jantar Mãos à Obra 4 | Março/Abril de 2011 Sustentabilidade na Construção Civil AEAPG fomenta algumas iniciativas e dá dicas para a destinação adequada dos resíduos de sua obra A preocupação com o meio ambiente já permeia o dia a dia de várias empresas. Atualmente sustentabilidade e sobrevivência se tornaram sinônimos. É preciso cuidar do ecossistema para garantir a sobrevivência econômica de nossos negócios e a nossa própria qualidade de vida. Os discursos em prol do meio ambiente são exaltados e constantemente repetidos. Na Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Ponta Grossa (AEAPG) não poderia ser diferente. Todos nós sabemos que enquanto estamos conduzindo uma obra inúmeros resíduos são gerados. São tijolos, madeiras, cerâmicas e pedaços de concreto que, se não tiverem a destinação adequada, podem contribuir para a poluição do ecossistema. Ao final de uma construção, fazemos a limpeza do local e nem sempre nos damos conta de que o nosso lixo pode ser reciclado e reaproveitado. Pensando nisso, a AEAPG traz nesta edição do Jornal Mãos à Obra a iniciativa de algumas empresas que trabalham no beneficiamento dos resíduos da construção civil. A ideia é dar visibilidade a projetos de grande relevância e pouco conhecidos do público em geral. São alternativas simples com as quais você, profissional engenheiro, pode contribuir e auxiliar na preservação do meio ambiente. Também estamos trazendo alguns pontos importantes do Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil de Ponta Grossa. A AEAPG atuou ativamente na elaboração deste decreto que entrou em vigor em 2006. Você poderá entender quais foram as propostas e como elas estão sendo conduzidas. A AEAPG entende que basta cada um fazer a sua parte, em casa e no trabalho, para que tenhamos uma cidade mais limpa e agradável para viver. Projeto transforma lixo em energia Março/Abril de 2011 | 5 Máquina adquirida pela Mad-Serv separa a madeira do metal, transformando-a em cavaco Resíduos da construção civil não recebem destinação correta e são misturados ao lixo doméstico vação do meio ambiente”, declara. Os resíduos oriundos da construção civil possuem um excelente potencial para gerar novos produtos, serem reciclados ou reaproveitados. Para isso, é preciso fomentar a separação dos materiais nos canteiros de obra, favorecendo a coleta seletiva. Para o bom funcionamento do plano, é fundamental que o gerador, responsável pela obra de construção civil ou pelo empreendimento com movimento de terra, tenha consciência do seu papel neste processo. Coleta Um dos pontos mais interessantes do Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil é a criação de Pontos de Entrega Voluntária (PEV). Eles podem ser entendidos como locais destinados ao recebimento de pequenos volumes de resíduos, gerados e entregues pelos munícipes. Os PEVs seriam destinados para receber somente materiais recicláveis não perigosos, livres de lixo doméstico e previamente separados. As caçambas específi- cas para cada tipo de material deveriam ser encontradas em pontos estratégicos da cidade. Entretanto, a ideia ainda não foi colocada em prática. “O que existe hoje é uma parceria da Prefeitura com a Ponta Grossa Ambiental para a coleta e reciclagem dos resíduos”, explica o diretor de Meio Ambiente da Prefeitura, Nelson Calderari. Ele afirma que a responsabilidade pela destinação é da própria empreiteira. “Uma aliança entre a Secretaria de Planejamento, a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente e a AEAPG poderia resolver a situação. A Prefeitura poderia ceder um espaço e a Associação administrar o local”, sugere. Para o engenheiro civil Sérgio Wosgrau, é importante ter uma área para depósito temporário ou definitivo dos restos da construção civil, ainda mais que a maioria dos materiais podem ser reciclados ou reutilizados. “O principal problema é o gesso, muito pouco dele pode ser reaproveitado”, lembra. Ele alerta que a mistura de materiais perigosos, como tintas e óleos pode acabar contaminando todo o resíduo. “Com os recursos naturais se esgotando precisamos prestar atenção, pois estamos usando a reserva da natureza”, salienta. O serviço de reciclagem de resíduos da construção civil não é prestado há seis meses por falta de insumos A Plano discute destinação de resíduos Em 2005 a Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Ponta Grossa (AEAPG) deu início às discussões que originaram o Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, atualmente em vigor no município de Ponta Grossa. O plano estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. A iniciativa visa minimizar os impactos ambientais provenientes do descarte inadequado e estabelece responsabilidades. A engenheira civil Margolaine Giacchini era Diretora de Meio-Ambiente da AEAPG em 2006 e participou das discussões. “O município estava obrigado a desenvolver o plano, através da Resolução do Conama 307/2002, e tinha o prazo de dois anos para isso”, lembra. Ela explica que a AEAPG encaminhou algumas propostas, sendo que alguns pontos foram acatados e outros não. “Além de apresentar sugestões de profissionais, nós fomentamos o tema inclusive promovendo algumas palestras para a sociedade civil organizada”, salienta. Para o presidente da AEAPG, engenheiro civil Roberto Pellissari, a iniciativa é valiosa. “A posição da entidade é muito clara: nós somos favoráveis a qualquer projeto que tenha como objetivo a preser- Usina da PGA está parada Resíduos de madeira provenientes da construção civil são transformados em biomassa pela Mad-Serv A Mad-Serv, empresa especializada na fabricação de pallets, está desenvolvendo o projeto “Lixo é energia – aproveitamento energético em cadeia”. A iniciativa tem como objetivo utilizar resíduos de madeira provenientes da construção civil e da indústria para geração de biomassa. A reciclagem é feita através de um processo de trituração, que separa automaticamente os metais da madeira, dando origem ao cavaco que pode ser utilizado em caldeiras. Emanoel Rodrigues, coordenador do projeto, explica que a ideia surgiu a partir da cobrança de clientes. “Depois de utilizado, muitas empresas não sabiam onde descartar os pallets que se quebravam, por exemplo. Além disso, a própria Mad-Serv tinha muito resíduo sem destinação adequada”, conta. Ele explica que o maior empecilho era um processo que separasse a madeira e os pregos. A solução veio durante visita a uma feira do ramo madeireiro em Curitiba. “Já no primeiro stand encontrei uma máquina que atendia exatamente a minha necessidade”, lembra. Rodrigues comenta que a empresa efetuou a compra do equipamento e recebeu a máquina no início do ano, entretanto foram necessários dois meses de ajustes e preparação. “Hoje eu posso dizer que a máquina está efetivamente em funcionamento”, comemora. Entretanto, ainda há capacidade ociosa. São produzidas cerca de 23 ton/dia de cavaco, sendo que o equipamento tem capacidade para 40 ton/dia. Ao todo 10 profissionais estão envolvidos diretamente no projeto, inclusive a empresa efetuou a contratação de um operador e de um motorista. Vantagens e desafios Além dos benefícios para o meio ambiente, o projeto está fomentando novos negócios. “Muitas empresas se tornaram nossas clientes devido à possibilidade de reciclagem dos pallets usados que oferecemos”, salienta. As vantagens para o ecossistema estão na redução do consumo de MATERIAIS QUE PODEM SER RECICLADOS: 4 Pallets não mais reaproveitáveis 4Madeiras de construção civil descartadas 4 Caixas de frutas e verduras 4 Caixotes de peças industriais combustíveis fósseis e diminuição da poluição causada pelos entulhos. “O cavaco não é um produto de alto valor agregado, por isso o retorno financeiro é baixo”, salienta. Rodrigues enfatiza que falta estrutura logística para fazer a coleta, por exemplo. “Nós só conseguimos atender a região de Ponta Grossa, mas temos capacidade para atuar em outras cidades também”, frisa. Por fim, o engajamento da sociedade é fundamental para o desenvolvimento da iniciativa. Quando o projeto “Lixo é energia”, surgiu a grande preocupação era com o resíduo industrial, hoje o maior foco é a construção civil. “Aproximadamente 70% da madeira para reciclagem que recebemos provém da construção civil”. Para participar basta entrar em contato pelo telefone (42) 3229-3316 solicitando que a empresa faça a retirada do entulho. Ou então você pode levar os refugos até a Mad-Serv na Av. Presidente Kennedy, Km 105. Usina de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil (RCC), mantida pela Ponta Grossa Ambiental (PGA), está parada há seis meses por falta de materiais. Os RCC são provenientes de construções, reformas, reparos, demolições e escavação de terrenos. Depois do processo de reciclagem eles são transformados em agregados disponíveis para comercialização. “Nós estamos montando um novo projeto para que a PGA possa também fazer a coleta desses materiais”, explica a engenheira ambiental Marcela Roos. Ela comenta que a iniciativa entrou em confronto com os pequenos empreendedores. “Muitas vezes as caçambas que fazem a retirada dos resíduos nas obras utilizam esses insumos para outras finalidades ou despejam em aterros clandestinos”, lamenta. Atualmente a PGA tem capacidade para beneficiar 10 m³/hora de RCC. Para a montagem da Usina foi necessário o investimento de R$ 1 milhão. “Nós só entramos em operação quando existe um volume de resíduos que justifique o funcionamento”, argumenta. A engenheira ambiental conta que essa é a única usina da região a oferecer o serviço e que os materiais são recebidos gratuitamente. Reciclagem Os resíduos provenientes da construção civil são muitos e o primeiro passo da reciclagem é a separação de materiais perigosos, como tintas e óleos. Insumos como concreto, cerâmicas e tijolos podem ser transformados em areia e brita. Eles voltam para a construção civil sendo usados em pisos, com a única exceção que não podem ser empregados no concreto estrutural. “Pesquisas já nos mostraram que o material reciclado é tão resistente quanto e custa 30% menos do que o agregado in natura”, salienta. Para Roos, falta incentivo da Prefeitura e dos órgãos públicos. “Em Curitiba, por exemplo, 50% dos materiais utilizados em reformas e asfalto Usina transforma resíduos de concreto, telhas e tijolos em areia, pedrisco e brita O QUE PODE SER RECICLADO • Terra proveniente de escavações, para execução de obras e reformas • Resíduos de concreto (armado ou não), areia, cimento, argamassa, blocos de concreto, tijolos e telhas de barro • Revestimentos cerâmicos O QUE NÃO PODE SER RECICLADO • Gesso • Telhas de fibrocimento • Poda de árvores e jardim • Resíduos domiciliares • Latas de tintas OS AGREGADOS SÃO • Areia • pedrisco • brita 01 • brita 02 • brita corrida PRINCIPAIS FINALIDADES DOS AGREGADOS • Pavimentação primária de vias como brita corrida • Base de travamento e/ou nivelamento final de vias para pavimentação • Argamassa para assentamento de alvenaria, emboço e reboco • Confecção de pisos e regularização de contrapisos internos e externos (concreto); • Outros tipos de concreto magro e revestimentos • Aterros são obrigatoriamente provenientes da reciclagem”, diz. Ela frisa que como em Ponta Grossa não há uma organi- zação em torno do assunto, a PGA não consegue prestar o serviço de maneira satisfatória.