BRASIL
A Era dos Bacharéis
Os números da primeira década
• População: 17,3 milhões
• MG: 3,5 milhão
• SP: 2,2 milhão
Imigrantes: 1,1 milhão
Italianos: 930 mil
Economia
• Produção Industrial:
• 3.120 estabelecimentos
• 149.018 operários
• 33% na cidade do Rio de Janeiro
• Produção de Café
• Na safra 1900/01: 11,3 milhões de sacas
• 64,5% da exportação nacional
Capital Federal
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Em 1900, a cidade ainda
guarda o cunho desolador
dos tempos do rei, com
ruas estreitas, vielas
sujíssimas, becos onde se
avoluma o lixo.
Dentro dos sobrados
centenários,
remanescentes ou cópias
dos tempos coloniais, as
senzalas do rés-do-chão
se transformam em bares,
lojas e oficinas. Sem
esgoto e sem janelas nos
quartos, os outros andares
dos sobrados do centro da
cidade são um labirinto de
corredores e alcovas.
• A renda do Rio de Janeiro provém
basicamente dos Serviços Públicos, do
movimento do porto e do grande comércio
atacadista.
• Não são muitos os empregados. O povo
da rua (60% de negros e mulatos) vive
basicamente de biscates.
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As casas de tijolo e alvenaria são
escassas, insuficientes para abrigar
boa parte da população, obrigada a
habitar as favelas ou os cortiços.
As favelas são um conjunto de
barracos toscos construídos pelos
moradores dos morros. Seus
habitantes são malandros ou
aqueles que a idade avançada ou as
doenças (como a tuberculose)
incapacitaram para o trabalho.
Um pouco melhor é a situação dos
cortiços, galpões de madeiras
subdivididos internamente e
alugados por seu proprietário.
Chegavam a ter mais de 2.000
moradores.
As casas velhas, tem um aluguel
caríssimo, que somente pode ser
pago por gente que “subiu na vida”.
Quanto ganha o povo?
• Funcionário público:
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Havia cobradores de impostos, inspetores e burocratas dos diversos
departamentos do Governo. Os salários variavam de 60$000 a 300$000.
• Operário:
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O salário era pago por hora de trabalho, e para obter uma renda mensal de
50$000, era preciso trabalhar de 12 a 16 horas diárias, inclusive aos
sábados e ao menos dois domingos por mês.
• Lavrador:
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A maioria dos imigrantes que vinham contratados para as lavouras de café
acabava safando-se para a cidade grande. O camponês complementava
seus salários inferiores a 25$000 com culturas de subsistência.
E os preços?
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Paga-se 40$000 por mês para morar num CORTIÇO; o aluguel de uma
casa velha chega a 200$000.
Uma empregada doméstica/cozinheira sai por30$000 mensais.
Para construir um sobrado são precisos 50:000$000 (50 contos)
Uma calça de linho branco custa 40$000 e um bom terno 80$000.
A alimentação não era cara:
Queijo do Reino custa 6$000 o quilo
1Kg de carne sai $500
1Kg de açúcar $400
A lata de leite “Moça” custa $800
O quilo de banha de lata 2$500
Pouca gente pode comprar um piano Ritter, que custa 1:500$000, mas
é indispensável nas casas elegantes.
Um gramofone custa 700$000
Uma viagem à Europa custa 3:400$000
Em fascinantes máquinas, a magia
de um novo tempo
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A euforia toma conta do planeta. A
esperança aquece os corações
maltratados pelas transformações
ocorridas no século que passou.
O responsável por esse clima
entusiástico é o Progresso.
Grande protagonista dos novos
tempos, que patrocinado pela
deusa Ciência, gloriosamente
avança em direção ao destino
feliz da humanidade.
Ao lado o espírito novidadeiro é
captado com humor: temos a
invenção da máquina de pentear
macacos.
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Era costume ter muitos filhos. E era
normal que, em cada família, algumas
crianças morressem nos primeiros
anos de vida.
Os antibióticos não eram conhecidos e
a higiene era precária, mesmo entre
as famílias ricas
Além da imensa gama de remédios e
fortificantes miraculosos, havia
benzimentos e poções.
Não se sabia que a gripe, por
exemplo, é provocada por vírus.
Para combater essa “friagem” que
podia se transformar em “bronquite”,
dava-se à criança uma poção de Todd
com tintura de digitalis e benzoato de
sódio..
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