Arte Contemporânea: enquadramentos, narrativas e formas de ver
Este curso é composto por 3 módulos relacionados entre si mas que podem funcionar autonomamente.
Representa uma aproximação à arte contemporânea, com viagens pela história da arte realizadas
sempre a partir das exposições patentes no CAM e constrói-se em torno das seguintes ideias:
Módulo I
Paisagens e enquadramentos
14 e 15 de janeiro de 2012
Módulo II
O artista como narrador
25 e 26 de fevereiro
Módulo III
Enigmas do olho: fenómenos da ótica na arte contemporânea
21 e 22 de abril de 2012
Módulo II: O artista como narrador
Por Magda Henriques
Objetivos
- Problematizar sobre a noção de arte;
- Explorar as origens históricas da vulgarização da indignação do público
perante a obra de arte;
- Perceber a importância de um conhecimento cumulativo na interpretação
de uma parte significativa da produção artística contemporânea;
- Problematizar sobre o artista enquanto narrador;
- Reconhecer a arte enquanto palimpsesto;
- Identificar a presença das correntes modernistas e da arte pop
na obra de Beatriz Milhazes;
- Explorar os processos de apropriação e ordenação na construção
de múltiplas narrativas no contexto da arte contemporânea e no
trabalho da artista Rosângela Rennó em particular.
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© André da Loba
A Arte Contemporânea provoca frequentemente reações de indignação e rejeição, que decorrem,
entre outros motivos, da necessidade de um saber mais específico. A arte do nosso tempo implica e
explora, frequentemente, a consciência histórica da arte, convocando assim o conhecimento da arte
do passado para a compreensão daquela que se faz no presente.
Este módulo toma o tema “o artista como narrador” e explora-o em duas perspetivas.
Na primeira, a partir da exposição de Beatriz Milhazes, desenvolve-se a ideia de arte enquanto
palimpsesto, enquanto construção sobre o que outros construíram; e a partir do reconhecimento das
narrativas da História da Arte inscritas na obra desta artista, fazemos uma viagem pelas correntes
modernistas e ainda pelas tendências da arte Pop.
Na segunda perspetiva, com a exposição de Rosângela Rennó, desenvolvem-se as questões da
apropriação do quotidiano, a ordenação diversificada dos elementos familiares e a sua tradução na
construção de múltiplas narrativas como traços da Arte Contemporânea.
Programa
Sábado, 25 de fevereiro
10h00 – 13h00
Sala do curso
- Apresentação e contextualização da atividade;
- Lançamento de pistas para a reflexão sobre os princípios definidores do curso: a
importância de um conhecimento cumulativo na interpretação da produção artística
contemporânea e o artista como narrador;
- Breve viagem pela história da arte contemporânea.
14h30 – 17h30
Sala do curso e CAM
- As correntes modernistas, a arte pop e a obra da artista Beatriz Milhazes.
Domingo, 26 de fevereiro
10h00 – 13h00
Sala do curso e CAM
- A apropriação do quotidiano, a ordenação diversificada dos elementos familiares e a sua
tradução na construção de múltiplas narrativas na arte contemporânea e, em particular, na
exposição de Rosângela Rennó.
Este curso contempla três módulos.
Neste segundo módulo e num primeiro momento, a partir de suportes variados, propõe-se uma
reflexão e discussão sobre alguns dos princípios definidores do curso: a importância de um
conhecimento cumulativo na interpretação de uma parte significativa da arte do nosso tempo
e o artista como narrador.
Faz-se ainda uma breve viagem pela história da arte contemporânea, cruzando obras
diversas.
A seguir, concentramo-nos em algumas correntes modernistas e na arte pop e na sua relação
com a obra de Beatriz Milhazes, confrontando exemplos trabalhados na sala do curso com
obras da exposição da artista patente no CAM.
Num segundo momento, partimos das questões da apropriação do quotidiano, da
ordenação diversificada dos elementos familiares e da sua tradução na
construção de múltiplas narrativas na arte contemporânea e, em particular,
na exposição de Rosângela Rennó.
O curso termina com uma avaliação conjunta, entre participantes e
orientadora, para aferição da qualidade, do interesse e do alcance
do mesmo, face às expectativas de cada um e aos objetivos
traçados. As exposições “Quatro Estações” de Beatriz Milhazes e
“Frutos Estranhos” de Rosângela Rennó juntamente com imagens, textos,
músicas, excertos de documentários e filmes são alguns dos meios
explorados para estimular a reflexão e a discussão de ideias.
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© André da Loba
Metodologia
Biografia da orientadora
© André da Loba
Magda Henriques, licenciada em História, Variante de Arte, pela Faculdade de Letras da
Universidade do Porto. Professora de História das Artes, na Academia Contemporânea do
Espetáculo e na Universidade do Autodidata e Terceira Idade do Porto. Conceção e
coordenação do programa de atividades pedagógicas, “Derivas Artísticas”, da
Associação Circular.
Responsável pelo programa Caminhos do Olhar, promovido pelo Serviço Educativo do
Centro Cultural Vila Flor.
Tem desenvolvido programas pedagógicos, no âmbito da arte contemporânea, destinados
a públicos adolescente e adulto, em colaboração com várias instituições e festivais, em
diferentes zonas do país, sendo de destacar a Fundação de Serralves, a Culturgest, a
Fundação Calouste Gulbenkian, o Teatro Maria Matos, o Pavilhão de Portugal em parceria
com o Departamento de História da Arte da Universidade de Coimbra, a Faculdade de
Engenharia da Universidade do Porto, o Centro Cultural Vila Flor, a Associação Quarta
Parede, o CENTA, o Centro Cultural de Cascais, a Associação Cultural Bomba Suicida, o
Festival Escrita na Paisagem e escolas e câmaras municipais variadas.
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