CIRURGIA
A IMPORTÂNCIA DA ANESTESIA PARA O
SUCESSO CIRÚRGICO
Avaliação préanestésica
garante mais
segurança para
médicos e
pacientes
O médico anestesiologista é considerado o “anjo da
guarda” do paciente, pois é o responsável pela avaliação
pré-anestésica, escolha do tipo de anestesia, vigilância
durante a cirurgia ou exame e recuperação pósanestésica.
O trabalho do anestesiologista começa antes do procedimento ter início. Na chamada consulta préanestésica, o paciente é avaliado, bem como o seu histórico de doenças e anestesias anteriores, para garantir
que não haja complicações. “É nesse momento, também,
que são averiguados os exames pré-operatórios solicitados e, caso necessário, são pedidos outros. O
anestesiologista informa o paciente sobre os tipos de
anestesias que podem ser realizados, seus benefícios e
riscos”, diz a dra. Paula Fialho Salgado, diretora de Defesa Profissional da Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo (SAESP).
Já no centro cirúrgico, ou no local de exames, o
anestesiologista aplica a anestesia, deixando o paciente
nas condições adequadas para ser submetido ao procedimento. “Durante o processo, o profissional acompanha
as funções vitais do indivíduo, certificando-se que este
está em boas condições, sem dor e estabilizado para que
a cirurgia possa ser realizada da forma mais tranquila
possível”, comenta a especialista.
Depois, o paciente é encaminhado para a sala de recuperação pós-anestésica, onde um anestesiologista
continuará a cuidar dele até que este esteja em condições para ser encaminhado para a enfermaria, UTI ou
para casa, conforme o caso.
SEGURANÇA
Para que se possa ter um procedimento anestésico
seguro, algumas medidas devem ser tomadas:
Verifique se o anestesiologista é um profissional capacitado, ou seja, um médico especialista em
anestesiologia. Para conferir essa informação, basta
procurar o Conselho Regional de Medicina do seu
Estado.
Exija a consulta pré-anestésica, é um direito seu. Após
exame físico, coleta de informações e análise de todos os exames, o profissional poderá estratificar os
riscos, antever possíveis complicações, tomar medidas prévias e orientar condutas preventivas.
Informe alergias, medicações de uso diário, e problemas saúde que tenha desenvolvido anteriormente.
Essa atitude oferece ainda mais segurança no processo anestésico.
Tire todas as suas dúvidas com o anestesiologista.
ESPAÇO MÉDICO
Argentina aprova lei que garante fertilização assistida nos sistemas público e
privado
Desde o início do mês, com a aprovação de lei por
sua Câmara dos Deputados, a Argentina passa a oferecer gratuitamente tratamentos de fertilidade à sua população, seja na saúde pública ou por meio de planos de
saúde. Esta vitória começou com a votação de um projeto de lei que foi impulsionada por um abaixo-assinado.
As mais de 280 mil assinaturas foram recolhidas pela organização não-governamental Sumate a dar vida. A lei
argentina, aprovada pela grande maioria (203 a favor, um
contra e dez abstenções), abrange técnicas de reprodução de baixa e alta complexidades, com custos que variam de R$ 800 a R$ 20 mil. Para dr. Newton Busso, presidente da Comissão Nacional Especializada em Reprodução Humana da Federação das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e membro da Sociedade Paulista de Medicina Reprodutiva (SPMR), o caminho a ser percorrido no Brasil é muito mais curto, já que
por aqui a lei está aprovada e vigente. O especialista refere-se a lei 11.935, sancionada em 12 de maio de 2009,
que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde. Assinada pelo então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a nova lei determina a
cobertura do atendimento nos casos de planejamento
familiar pelas operadoras de planos e seguros saúde.
“A lei já existe, basta que seja cumprida. Para isso,
precisamos nos mobilizar. À exemplo do que aconteceu
na Argentina, o país deve estar unido e determinado a
exigir das autoridades os seus direitos.”
INFERTILIDADE EM NÚMEROS
No mundo todo, segundo dados da Organização
Mundial de Saúde (OMS), a infertilidade atinge 80
milhões de pessoas.
“A estimativa é que até 15% dos casais no Brasil
sejam inférteis, mas esta porcentagem varia de acordo com o local e a população em questão. No continente africano, essa porcentagem vai a 30% ou 35%.
Na Europa, cerca de 10%”, diz dr. Newton Busso.
Coluna Mais Saúde
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