Segurança em cirurgia e
anestesia
Parte 1
Maria de Lourdes O. Moura
PROQUALIS/ICICT/FIOCRUZ
Luis Antônio Diego
Faculdade de Medicina da UFF
Roteiro da Apresentação

Magnitude dos eventos adversos relacionados à
cirurgia e anestesia

Procedimento cirúrgico certo, no local certo, no
paciente certo

Comunicação interpessoal

Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica

Impacto da implementação da Lista de Verificação de
Segurança Cirúrgica

Considerações Finais
2
Magnitude dos eventos adversos
relacionados à cirurgia e anestesia
1

Em 2002, a 55ª Assembleia Mundial da Saúde recomendou à OMS
maior atenção com a questão da segurança do paciente

A OMS divulgou orientações para melhorar a segurança da
assistência cirúrgica - Cirurgias Seguras Salvam Vidas baseadas
nos fundamentos e práticas de segurança cirúrgica:
 prevenção de infecções do sítio cirúrgico
 anestesia segura
 melhor comunicação no perioperatório
 utilização de indicadores da assistência cirúrgica
3
Magnitude dos eventos adversos
relacionados à cirurgia e anestesia
1,2

Anualmente são realizadas cerca de 234 milhões de cirurgias
com estimativa de :
 7 milhões de complicações
 1 milhão de óbitos, sendo metade desses considerados
evitáveis

Complicações ocorrem em 3 - 16% dos procedimentos
cirúrgicos realizados em pacientes internados em países
industrializados, com taxa de mortalidade de 0,4 - 0,8%

Taxa de mortalidade de 5 a 10% em pacientes submetidos à
cirurgia de maior porte em países em desenvolvimento
4
Eventos Adversos Cirúrgicos3,4

Contribuem para:
 altos custos da assistência à saúde
 o aumento da morbidade e da mortalidade dos pacientes
 Importante causa de invalidez e morte no mundo, com
implicações significativas na saúde pública
 Ocorrem em 15% dos pacientes que se submetem à cirurgia
Maioria
menor gravidade
Minoria
fatais
 Problemas com a ferida cirúrgica são os tipos mais
frequentes e os mais evitáveis, dentre os eventos adversos
cirúrgicos
5
Eventos Adversos Cirúrgicos5
Em um estudo realizado em hospitais do Rio de Janeiro:
 incidência de eventos adversos cirúrgicos - 3,5%
 68,3% dos eventos considerados evitáveis
 22% dos pacientes com evento adverso cirúrgico
tiveram incapacidade permanente ou morreram
 mais de 60% dos casos foram classificados como
pouco ou nada complexo
6
Eventos adversos relacionados à
anestesia
6

Risco de mortalidade por complicações e eventos adversos
relacionados à anestesia
1 : 100.000 casos na Austrália,
Europa e EUA

Estudos recentes mostram que as complicações permanecem
frequentes, embora óbitos sejam incomuns

Incidência de eventos perioperatórios anestésicos de menor
gravidade: 18 a 22%

Taxa de complicações perioperatórias graves: 0,45 a 1,4%

Taxa de complicações com dano permanente: 0,2 a 0,6%
1 em 170-500 pacientes
7
Fatores contribuintes
7
Fatores organizacionais e humanos que contribuem para
resultados cirúrgicos desfavoráveis:
 inexperiência do cirurgião
 pequeno volume hospitalar de cirurgias
 excessiva carga de trabalho
 fadiga
 tecnologia desfavorável
 insuficiente supervisão de estagiários
 sistemas hospitalares inadequados
 comunicação entre profissionais do quadro desfavorável
 hora do dia
 falhas administrativas ou burocráticas
8
Procedimento cirúrgico certo, no
local certo, no paciente certo8,9
Never event
 Evento que nunca deveria ocorrer
 Entre os anos de 1990 e 2010 foram identificados 9.000
never events cirúrgicos nos EUA
 Apesar das inúmeras evidências de que podem ser
evitados, eles ainda continuam a representar um grande
desafio para a segurança do paciente
Qualquer intervenção cirúrgica realizada em
um paciente errado, em um local errado ou
utilizando um procedimento errado representa
uma complicação cirúrgica inaceitável
9
Never events cirúrgicos
10
 Realização de:
 procedimento errado
 em local errado
 no lado incorreto
 no paciente errado
 Retenção não intencional de corpo estranho dentro de um
paciente
 Morte durante a cirurgia ou no pós-operatório imediato de
paciente classificado como de baixo risco
Estado físico
1 de acordo com a Classificação da ASA
10
Comunicação interpessoal
11
 O perioperatório é um período com muita troca de informações:
do diagnóstico e indicação cirúrgica
alta hospitalar
 A comunicação se tornará mais efetiva quão mais acurado, claro
e sem ambiguidades for o conteúdo a ser transmitido
 As falhas de comunicação são a terceira maior causa de eventos
sentinela e o principal fator contribuinte de eventos adversos
 Uma das maiores barreiras para a comunicação efetiva é a
influência da hierarquia funcional, própria da estrutura
organizacional tradicional
Quanto maior a complexidade da informação a ser
trocada
maior atenção ao processo comunicativo
Deve-se observar tanto o envio quanto a recepção do
que se deseja transmitir
11
Lista de Verificação de Segurança
Cirúrgica da OMS
1
 Cada verificação de segurança foi incluída com base em
evidências clínicas ou na opinião de um especialista de que:
 sua inclusão reduz a chance de um dano cirúrgico evitável
e sério
 a adesão ao item de verificação dificilmente introduzirá
danos ou custo incontrolável
 A Lista de Verificação foi idealizada para ser simples e breve
O objetivo principal é assegurar que as equipes
sigam de maneira consistente algumas etapas de
segurança críticas, visando minimizar os riscos
mais comuns e evitáveis, que colocam em risco a
12
vida e o bem estar dos pacientes cirúrgicos
13
Implementação da Lista de
Verificação de Segurança Cirúrgica
2,12
 O uso da Lista de Verificação de
Segurança Cirúrgica da OMS veiculada
através da campanha “Cirurgias
Seguras Salvam Vidas” tem reduzido
as taxas de complicações pósoperatórias e de mortalidade
 Auxilia a equipe de cirurgia na adesão
às melhores práticas baseadas em
evidências
 Apesar de ser um instrumento de fácil
aplicação,
sua
implantação
nas
organizações tem sido lenta
14
Blossom et al., 2011
Aplicação da Lista de Verificação
de Segurança Cirúrgica
 Devem ser estabelecidos mecanismos para a correta verificação
de cada item
 Os recursos necessários para a verificação de todos os itens
devem ser providos
 A estrutura é de fundamental importância
 Todos os equipamentos, insumos e instalações relacionados
com a segurança da cirurgia e da anestesia devem ser
verificados
A lista de verificação é aplicada em três etapas do perioperatório:
 antes da indução anestésica
 antes da incisão cirúrgica (ou parada cirúrgica)
 antes do paciente sair da sala de operações
Sua aplicação deve ser coordenada por um único profissional em
cada etapa
16
Aplicação da Lista de Verificação
de Segurança Cirúrgica
 A organização deve implementar uma estratégia de divulgação
da ferramenta e promover o treinamento de todos os
profissionais de saúde envolvidos com a utilização da lista de
verificação
 A verificação dos itens da lista deve ser realizada verbalmente
envolvendo todos os membros da equipe cirúrgica
A instituição deve adequar seus processos de
trabalho para que a lista de verificação seja
implementada corretamente
17
Aplicação da Lista de Verificação
de Segurança Cirúrgica
 A existência de um coordenador, que pode ser um
enfermeiro, um anestesista ou um cirurgião, é fundamental
para a adequação e bom resultado do processo
 A escolha do coordenador deve ser definida no processo de
implantação da lista de verificação
 Todas os itens devem ser checados verbalmente para
assegurar que as ações-chave foram realizadas
A principal qualidade esperada para o
coordenador é entender a importância do
processo e estar familiarizado com a lista
18
Coordenação
1
 Ter uma única pessoa na liderança do processo de
aplicação da Lista de Verificação é essencial para o
sucesso
 Designar uma única pessoa para confirmar a conclusão de
cada etapa da Lista de Verificação busca assegurar que
etapas de segurança não sejam omitidas na pressa de
seguir adiante para a próxima fase da cirurgia
No complexo cenário de uma sala de operações, qualquer
uma das etapas críticas pode ser tratada com descuido
durante as preparações pré-operatórias, transoperatórias
ou pós- operatórias realizadas em ritmo intenso
19
Antes da indução anestésica
1,14
 Confirmação verbal da identificação do paciente ou, quando
não for possível, conferência dos dados do paciente na
pulseira de identificação
 Verificação do procedimento correto e do local correto da
intervenção
 Demarcação do sítio cirúrgico por médico da equipe cirúrgica
antes do paciente ser encaminhado para o local de realização
do procedimento, sempre que possível, com o paciente
acordado e consciente
Confirmação visual
 Verificação dos termos de consentimento informado
 Verificação do uso e funcionamento de oxímetro de pulso
20
Antes da indução anestésica
1,14
 Revisão verbal do risco de perda sanguínea do paciente,
dificuldades nas vias aéreas, reação alérgica e confirmar se a
verificação completa de segurança anestésica foi concluída
 O anestesista deve confirmar os itens de verificação de
segurança anestésica:
 conferência de drogas e equipamentos
 disponibilidade de equipamentos para manutenção das vias
aéreas, ventiladores, aspirador e outros
Deve ser verificada a realização prévia da avaliação das vias
aéreas do paciente, com relato objetivo do que foi constatado
(Classificação de Mallampati, distância de incisivos, mobilidade
cervical)
Importância da consulta ambulatorial de
21
anestesia e a visita pré-anestésica na identificação de riscos
Antes da indução anestésica1,14
A segurança da anestesia abrange também o
período pós-operatório e é nessa etapa, antes da
indução anestésica, que deve se confirmada a
disponibilidade de leitos em unidades adequadas
para o pós operatório, como UTI pós-operatória e
Unidade Intermediária
22
Antes da incisão cirúrgica
1
 Apresentação formal pelo nome e função de todos os membros
da equipe cirúrgica ou confirmação de que todos na sala se
conhecem
A equipe fará uma pausa imediatamente antes da incisão
cirúrgica para confirmar em voz alta que estão realizando a
cirurgia certa, no paciente certo, no sítio cirúrgico certo e
verbalmente
revisará
os
elementos
críticos
de
seus
planejamentos para a cirurgia, utilizando a Lista de Verificação
como guia
23
Antes da incisão cirúrgica1

Deve também ser confirmado:
 Administração de antimicrobianos profiláticos há
30-60 minutos
 Disponibilidade na sala de operações dos
exames de imagem indispensáveis à realização
da cirurgia
24
Antes do paciente sair da sala
de operações
1
A equipe revisará em conjunto:
 a cirurgia realizada
 a conclusão da contagem de compressas, instrumentos e
agulhas
 a identificação de qualquer amostra de material biológico
 mau funcionamento de equipamentos
 problemas que necessitem ser resolvidos
 planos-chave e preocupações a respeito da abordagem pósoperatória e da recuperação antes de retirar o paciente da
sala de operação
25
Antes do paciente sair da sala
de operações
1
As perdas sanguíneas, o controle da dor aguda e
outras preocupações pertinentes devem ser:
 avaliadas
 verbalmente discutidas
 descritas no prontuário do paciente
 resumidas nos instrumentos de passagem de caso
O objetivo é uma transferência do cuidado segura,
sem problemas na passagem de caso
26
Implementação da Lista de
Verificação de Segurança Cirúrgica
2,12
Depende de diversos fatores:
 socioculturais
 liderança efetiva
 treinamento
 retroalimentação em tempo real e de seguimento
 envolvimento ativo dos profissionais
 deve se tornar parte da cultura cirúrgica
É um processo complexo que deve considerar: a
adesão dos profissionais, os elementos
facilitadores e as dificuldades
27
Dificuldades para a implementação
da lista de verificação
2,12
Podem ser de diversas espécies – organizacionais, habilidades
humanas, características culturais e crenças e incluem:
 duplicação de atividades devido às verificações existentes
 uso inadequado
 tempo consumido
 timing inadequado
 comunicação ruim entre os profissionais
 falta de familiaridade entre os profissionais
 vergonha
 hierarquia na sala de cirurgia
Um grande obstáculo à implementação da lista
de verificação é a rotatividade de funcionários,
mesmo com a oferta de treinamento
28
Protocolo para Cirurgia Segura
15
Em 2013 o Ministério da Saúde do Brasil
publicou o Protocolo para Cirurgia Segura
como item do Programa Nacional de
Segurança do Paciente
Finalidade:
reduzir
a
ocorrência
incidentes e a mortalidade cirúrgica
de
Abrangência: deve ser aplicado em todos os
locais dos estabelecimentos de saúde em
que
são
realizados
procedimentos
terapêuticos ou diagnósticos, que impliquem
em incisão no corpo humano ou em
introdução de equipamentos endoscópios,
dentro ou fora de centro cirúrgico
29
Impacto da implementação da Lista de
Verificação de Segurança Cirúrgica
Estudo de Haynes et al16
 Validação da Lista de Verificação como barreira efetiva a
eventos adversos decorrentes de atos anestésico-cirúrgicos
 Período: outubro de 2007 - setembro de 2008
 Participação: 8 hospitais de 8 cidades dos 5 continentes
 Resultado:
Taxa geral de complicações: 11% para 7%
Taxa de mortalidade hospitalar: 1,5 para 0,8%
Infecção do sítio cirúrgico
Reoperação não planejada
30
Relatório de evidências/Avaliação
de tecnologia Número 21117
 Grupo
de
especialistas
realizou
abrangente
revisão
sistemática da literatura com o objetivo de avaliar as
evidências científicas de um grande número de práticas de
segurança do paciente
 Resultado:
 10 Práticas de segurança do paciente fortemente
recomendadas
 Incluindo Listas de verificação pré-cirúrgicas e de
anestesia para prevenir eventos operatórios e pósoperatórios
http://proqualis.net/sites/proqualis.net/files/0000023555LgL7b.pdf
Considerações Finais
1,15
 A prevenção de complicações cirúrgicas requer
uma mudança no processo do cuidado cirúrgico e
no comportamento individual
 As listas de verificação auxiliam a relembrar itens
frequentes, facilmente omitidos, por evidenciarem
as
etapas
de
um
processo
complexo
e
estabelecerem um padrão de desempenho elevado
32
Considerações Finais
1,15
 A Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica é uma
ferramenta
para
ser
utilizada
por
médicos
e
enfermeiros interessados na melhoria da segurança
dos pacientes e na redução de complicações
cirúrgicas desnecessárias, inclusive óbitos evitáveis
A ampla implementação e uso efetivo têm o potencial
de
evitar
um
grande
número
de
mortes
e
complicações incapacitantes
33
Referências Bibliográficas
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reports/ptsafetyuptp.htm
and
Quality.
March
2013.
www.ahrq.gov/research/findings/evidence-based35
Obrigada!
36
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