Pastoral Litúrgica da Diocese de Montenegro Este trabalho é elaboração da Pastoral Litúrgica da Diocese de Montenegro. Foi utilizado no encontro com as representações das cinco áreas pastorais da nossa Diocese, em Agosto de 2013. As referências bibliográficas encontram-se ao final. R.: Bom é louvar o Senhor, nosso Deus, cantar salmos ao nome do Altíssimo! Com alegria aclamar seu amor, sua glória, bondade e poder! 1. Como Tuas obras me alegram, Senhor, os Teus prodígios suscitam louvor. Tua presença eu contemplo no céu, olho a terra: também nela estás! R.: Bom é louvar o Senhor, nosso Deus, cantar salmos ao nome do Altíssimo! Com alegria aclamar seu amor, sua glória, bondade e poder! 2. Tu engrandeces o homem mortal: Da natureza ele é rei e Senhor. Tu o coroaste, de glória e poder, pouco a menos que os anjos no céu. R.: Bom é louvar o Senhor, nosso Deus, cantar salmos ao nome do Altíssimo! Com alegria aclamar seu amor, sua glória, bondade e poder! 3. Narram os céus o que fez tua mão, todo o universo teu nome bendiz. A criação é um canto de amor, e esse canto também é louvor. R.: Bom é louvar o Senhor, nosso Deus, cantar salmos ao nome do Altíssimo! Com alegria aclamar seu amor, sua glória, bondade e poder! 4. Tua bondade cercou-me de bens, tudo o que tenho é por graça e favor. Quero teus dons com os irmãos partilhar, vendo em ti nosso Deus, nosso Pai. R.: Bom é louvar o Senhor, nosso Deus, cantar salmos ao nome do Altíssimo! Com alegria aclamar seu amor, sua glória, bondade e poder! 5. Chave suprema de um plano de Pai, neste universo que evolui na dor. Deste-nos Cristo, Homem-Deus, nosso Irmão, e é por Ele que vamos a Ti. Salmo é um cântico executado ao som do saltério. Expressão da vida e da fé do povo de Deus, feita em forma de canto, súplica e agradecimento ao Senhor Deus. Partem quase sempre da situação difícil da vida e da história do povo: doença, sofrimento, desprezo, perseguição, ataques do inimigo, expulsão da terra, exílio, prisão, morte... Mas sempre terminam louvando e agradecendo ao Senhor por sua presença, por sua Aliança, por sua proteção. Escritos na primeira pessoa, mas assumidos na liturgia do povo judeu como uma expressão comunitária. Gerações e gerações alimentaram e continuam alimentando sua fé orando e cantando salmos. Leitura profética apontando para Jesus, o Cristo. O Espírito Santo as inspirou a reinterpretá-los a partir da MorteRessurreição de Jesus e a partir de sua própria vida e missão. “Depois disse-lhes: ‘São estas as coisas que eu vos falei quando ainda estava convosco: era necessário que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’.” Relação entre: Os fatos da vida Os Salmos O Espírito Santo que aponta para Cristo Elemento principal na Liturgia das Horas. Na celebração dos sacramentos e sacramentais são previstos como cantos processionais (entrada, oferendas, comunhão e outros). Salmo responsorial, ou Salmo de resposta. Salmo responsorial: reintrodução com o Vaticano II, depois de 13 séculos de desaparecimento. É resposta, após a primeira leitura: Porque o povo responde com um refrão os versos cantados pelo salmista; Porque o Salmo é escolhido de acordo com a primeira leitura e responde a esta. É parte integrante da Liturgia da Palavra, tem valor de leitura bíblica. Nem sempre o salmo é de meditação. Ele pode ser de louvor, de súplica, de lamentação. São pedagógicos e mistagógicos: Pedagógicos: ensinam-nos a rezar; Mistagógicos: introduzem-nos no mistério. Ouvir e cantar prestando atenção à letra e à música; Relacionar o Salmo com as leituras ouvidas; Relacionar o Salmo com a nossa vida pessoal e social; Entrar no Salmo com todo o nosso ser. Sou eu que clamo ao Senhor, mas este eu está ligado ao eu da comunidade e até a toda a humanidade, e ao eu de Jesus Cristo. Agostinho: Cristo é cantor dos salmos e nos convida a deixar o Cristo (com seu Espírito) cantar em nós. Tradução grega, de 250 a.C., pensou que o Salmo 10 fosse continuação do 9, e traduziu os dois como um só. Assim, a tradução hebraica tem um número na frente da numeração grega. Os lecionários da Igreja usam a numeração da tradução grega da Bíblia. 1. Salmistas são ministros da Palavra. 2. Não são eles que falam, mas o próprio Cristo. 3. Não estão aí para aparecer, mas para prestar um serviço comunitário. Salmodiar é uma arte, dom que Deus deu a certas pessoas. É também um ofício que se aprende, por isso precisamos de formação e preparação. Bíblico-litúrgica: Sentido literal e cristológico Estudar cada salmo em sua relação com a leitura e com o plano de salvação Espiritual: orar com o salmo, saboreá-lo. Musical: usar a voz de forma adequada, boa dicção, ler uma partitura simples, aprender as melodias, entrosar-se com os instrumentos musicais. Prática: manusear o Lecionário, subir à estante, comunicar-se com a assembleia, ... Cantar em diálogo com a assembleia. Cantar da estante da Palavra, como as outras leituras bíblicas. Cantar comunicando-se com a comunidade, através da voz, da postura do corpo e da expressão do rosto, que deverão transmitir o sentido orante do Salmo. Se houver acompanhamento de instrumentos musicais, estes devem ser muito discretos. Pode-se ressaltar o refrão, mas ser discreto na salmodia. Deve-se ouvir a voz do salmista proclamando o texto sagrado. Por ser uma leitura cantada, a melodia para os versos deve ser simples, recitativa. “O recitativo dá força à palavra” – Pe. Sala A repetição do refrão deve ser mais suave, como um eco. Cuidados com os ruídos: ficar murmurando, desplugar o violão. Articular as palavras. Composições “inspiradas” são perigosas. É preciso formação. Sintonia com o grupo de música: quem segura o refrão, na repetição, é o grupo de canto. Valorizar o salmista com uma função só. O instrumento está sempre a serviço da palavra. Respeito ao que está escrito: não mudar a melodia por conta própria – respeitar o que foi composto. Ideal é que haja veste para os leitores e salmista. Suba à estante com tranquilidade. Coloque-se em pé, com a cabeça erguida, as costas retas, as mãos na estante com o Livro. Veja se o microfone está ligado e se está na distância e altura certa. Abra o livro e localize o Salmo com o dedo. Olhe para a assembleia. Reúna, chame o povo com o seu olhar. Não faça cara feia. Tudo isso em silêncio. Cante com calma, como você preparou. No final do Salmo, cante junto o refrão, olhando para a assembleia. Terminado o canto, saia do ambão. Olhar: Enriquece a expressão facial Olhar para o interlocutor durante a fala. Olhar para todos: envolve a plateia. Olhas para as pessoas, da primeira à ultima fileira. Evite: Olhar só para uma pessoa. Olhar perdido ou para o chão. Sorriso: excelente canal de aproximação. Ter expressividade. 26.10 – sábado, das 8h às 18h II Seminário Diocesano de Liturgia, em Bom Princípio 27.10 – domingo, das 8h às 12h Ensaio de Cantos e Formação Litúrgica – Advento e Natal, no centro de Eventos, em Bom Princípio. Instrução Geral do Missal Romano e Introdução ao Lecionário. Edições CNBB. A Palavra de Deus na Liturgia. Ione Buyst. Edições Paulinas. O ministério dos leitores e salmistas. Ione Buyst. Edições Paulinas. Verbum Domini, Exortação Apostólica Pós-Sinodal de Bento XVI. Dei Verbum, Constituição dogmática sobre a Revelação Divina, do Concílio Vaticano II.