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Cinema
And the Oscar
goes to...
Apesar das 12 indicações para ‘O Discurso do Rei’, o filme
que conta a história do Facebook pode repetir a dose do Globo
de Ouro; Brasil está representado por ‘Lixo Extraordinário’
Franthiesco Ballerini
São Paulo
A
economia norte-americana
pode até cambalear, mas o
Oscar continua sendo a premiação cinematográfica de
maior prestígio do mundo.
Em parte graças ao poderio
de Hollywood, outra parte se deve ao próprio esquema de votação, como veremos
nas linhas abaixo. Mas antes disso, falemos
sobre os candidatos deste ano, a qualidade
das produções e suas chances.
Para os brasileiros, a boa notícia foi a indicação do filme “Lixo Extraordinário” ao
Oscar de Melhor Documentário. Co-produção Brasil-Reino Unido, o filme mostra
o trabalho do artista plástico Vik Muniz
com catadores de lixo do Rio de Janeiro.
Vik Muniz foi quem criou, por exemplo, o
cenário da abertura da novela “Passione”,
que terminou recentemente na Globo. E a
co-produção tem grandes chances de amealhar o Oscar, especialmente porque sua
temática – envolvendo a valorização do
lixo e a consciência ambiental e social de
quem trabalha com ele – está em voga no
mundo inteiro. Co-produzido pela O2 Filmes, de Fernando Meirelles, e dirigido pela
inglesa Lucy Walker, “Lixo Extraordinário”
não tem concorrentes fortes, a citar, “Exit
Through the Gift Shop”, do artista plástico
Bansky, “Trabalho Interno” (Charles Ferguson), “GasLand “(Josh Fox) e “Restrepo”
(Tim Hetherington e Sebastian Junger). Rodado ao longo de três anos com catadores de
lixo em Duque de Caxias (RJ), o maior lixão
da América Latina, também cenário de Estamira, que em 2004 amealhou vários prêmios
para Marcos Prado.
Fora o documentário brasileiro, as indicações trouxeram poucas surpresas. “Biutiful”,
filme de Alejandro Iñarritú que perdeu feio o
Globo de Ouro, ganhou indicação a melhor
ator para Javier Bardem. Annette Bening,
grande favorita, ganhou indicação pela homossexual vivida em “Minhas Mães e Meu
Pai” – estranho foi Julianne Moore ter ficado
de fora, já que seu papel como companheira
de Annette também é marcante. Na categoria de ator, Christian Bale é um dos favoritos
por “O Vencedor”, especialmente porque ganhou o Globo de Ouro pelo papel que o fez
perder muito peso. A boa notícia foi o reconhecimento de “A Origem”, que passou praticamente despercebido no Globo de Ouro.
O filme de Christopher Nolan – uma espécie
de quebra cabeça futurista e surrealista interessantíssimo – recebeu oito indicações,
incluindo Melhor Filme e Roteiro Original.
Boas chances de levar este último para casa.
Entre os indicados a Melhor Filme, embora
“Cisne Negro”, “O Vencedor” e “O Discurso
do Rei” sejam chamativos, chance mesmo
tem “A Rede Social” (que conta a história
da criação do Facebook) repetir o êxito do
Globo de Ouro. Ou pelo menos amealhar os
principais prêmios. Dirigido por David Fincher (“Seven”, “Clube da Luta”), é o grande
favorito, inclusive para Melhor Diretor, onde
só tem como forte concorrente os Irmãos
Coen por “True Gift”. Embora “O Discurso
do Rei” tenha levado 12 indicações, pois a
Academia tradicionalmente gosta de filmes
de época, especialmente falando do universo
anglo-saxão, é capaz de “A Rede Social”, com
oito indicações, levar mais estatuetas, já que
o Oscar tem se seduzido por histórias mais
contemporâneas. Aliás, aqui reside a grande
disputa do ano, entre o Rei George, monarca
gago que conduziu a Inglaterra durante a Segunda Guerra Mundial, ou Mark Zuckerberg,
norte-americano criador do maior site de
relacionamentos do século 21. Tradição ou
modernidade? A disputa será acirrada.
Dança
Natalie Portman,
indicada ao prêmio
de melhor atriz
pela interpretação
em ‘Cisne Negro’
Domingo 6
Fevereiro de 2011
ValeViver
Tessa Posthuma
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CAMPEÃO
’O Discurso do Rei’
indicado a 12 prêmios,
incluindo melhor
filme e melhor ator
para Colin Firth
Como funciona o Oscar?
O Oscar nasceu como uma grande panelinha
e se tornou democrático ao longo das décadas.
Explico. Os anos 1920 marcam o início da Era
de Ouro de Hollywood, quando as produções
dos estúdios localizados em Los Angeles já
haviam dominado o mercado interno dos
EUA e, graças à Primeira Guerra Mundial, que
enfraqueceu a Europa, abriu caminho para
a dominação do mercado cinematográfico
mundial. Milionários, os donos dos estúdios
conseguiam concretizar nas telas qualquer história, pois não havia concorrência nenhuma no
mundo – lembre-se que a TV ainda não existia.
Faltava o que para eles? Prestígio. Foi quando
Louis B. Mayer, chefe da MGM (estúdio que
fechou as portas recentemente, mas que era
o mais rico da época), propôs aos colegas dos
outros estúdios a criação de um prêmio que
consagrasse suas próprias produções, surgindo, então, em 1929, a Academia de Artes e
Ciências Cinematográficas. Ou seja, pura panelinha, já que as produções estrangeiras (fora
de Hollywood), até hoje só ganham espaço significativo na premiação em anos de produções
fracas dos estúdios ou de queda de audiência
da premiação. E o nome Oscar, como surgiu?
Esta é uma história controversa. Há duas versões para o nome popular da estatueta folhada
a ouro de 35cm e 4kg que vale em torno de US$
200. Criada pelo diretor de arte Cedrig Gibbons e pelo escultor George Stanley em 1929,
a primeira versão conta que a secretária executiva da Academia, Margareth Herrick, ao ver
pela primeira vez a estátua, disse que parecia
muito com seu tio Oscar. A versão é sustentada
até hoje, pois fora ouvida por um jornalista que
publicou a história num jornal. Já a versão menos aceita é de que a atriz Bette Davis o teria
apelidado assim por sua semelhança física com
o primeiro marido, chamado Oscar.
E apesar de dar a maior parte dos prêmios
para as produções da panelinha dos estúdios
de Hollywood até hoje, o Oscar tem seu prestígio mantido por conta de seu esquema de votação. Ao contrário do Globo de Ouro, no qual
votam apenas alguns poucos correspondentes
estrangeiros que cobrem o cinema dos EUA,
no Oscar são quase 6 mil votantes, chamados
membros, e formados por todos que já receberam uma indicação ao prêmio, membros de
sindicatos de Diretores e Atores etc. Ou seja, a
cada ano, em tese, há mais e mais votantes no
Oscar. Em tese porque, para votar, é preciso
Para um bom investimento é preciso uma
boa orientação. Com a consultoria de
Claudia Panella, associada a Coldwell
Banker**, a aquisição de seu imóvel, é uma
história sem aventuras.
Favorito
Com oito indicações,
‘A Rede Social’ pode
repetir o sucesso de
premiação conseguido
no Globo de Ouro
estar em dia com uma taxa de anuidade, o que
nem sempre acontece. Ou seja, ver os indicados que é bom, isso é secundário. Quando
dizem que o Oscar é o ápice da carreira dos filmes é porque as produções concorrem, antes,
a diversos prêmios de Associações de Críticos,
Roteiristas, além de prêmios de sindicatos,
Guias etc. Estes servem como termômetro e
até uma espécie de pré-seletor dos que vão levar o Oscar. Há surpresas de vez em quando,
mas a regra é que o Oscar seja o prêmio final
da trajetória bem sucedida do longa metragem
em outras premiações prévias, até porque todos estes críticos, roteiristas e membros de
sindicatos votam no Oscar e reafirmam os
prêmios ganhos anteriormente.
O Brasil, infelizmente, tem perdido representatividade no Oscar. Primeiro porque são
raros os anos nos quais chegamos a ter um indicado – neste ano, tentamos com “Lula, o Filho do Brasil”, mas não chegamos nem perto
dos finalistas. Segundo porque mesmo os
seus membros votantes nem sempre votam
porque não assistem a todos os concorrentes
ou simplesmente porque não pagaram a taxa
de anuidade. É o caso de Fernando Meirelles.
Indicado em 2004 por “Cidade de Deus”,
desde 2007 ele não paga a taxa anual de US$
250. Pão-duro? Diz ele que não é por razões
financeiras, mas porque não tem tempo de
acompanhar os indicados e porque cinema é
uma arte subjetiva e, portanto, difícil de classificar melhores e piores. O mesmo acontece
com a atriz Fernanda Montenegro, indicada
por “Central do Brasil” em 1999, e o roteirista
Bráulio Mantovani (“Cidade de Deus”). Argumentam que não recebem todos os filmes, só
de alguns que os estúdios fazem um “esforço”
para emplacar entre os candidatos. Ou seja,
embora seja impossível controlar o voto de 6
mil pessoas, em tese quem tiver mais força financeira (grandes estúdios por trás) têm mais
chances de levar a melhor no Oscar.
Em suma, os brasileiros votantes têm diversos argumentos para justificar não participarem da votação. Mas como numa eleição
presidencial, deixar de votar significa também
permitir que outros decidam por você. E, neste
quesito, perde a diversidade, perde a representatividade do cinema latino-americano, ou não
hollywoodiano. No cinema, estudar os candidatos é mais prazeroso que na política. Basta
ver os filmes. Só não é de graça. Mas o que são
US$ 250 para quem já foi indicado ao Oscar?
Consulte-nos!
Para falar diretamente com Claudia
Panella, ligue direto do Brasil para os
Estados Unidos ao custo de uma ligação
local: (11) 3957-0493, ou mande um email
para: [email protected]
CLAUDIA PANELLA
CIPS - Certi ied International
Property Specialist
TRC - Transnational Referral
Certified
FAR, NAR, ORRA Member
Radicada em Orlando, na
Flórida, há 14 anos associada à
Coldwell Banker, empresa
mundial com mais de 100 anos
de existência.
Brasil: (11) 3957-0493 • Cel: 0-XX-1-407-947-5026
Coldwell Banker Of ice:0-XX-1-407-352-1040 r: 142
7626 Sandlake Rd • Orlando, Fl • 32819
Email: [email protected]
www.ClaudiaPanella.com
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imóveis acima de 150 mil dólares.
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Coldwell Banker Real Estate LLC. Coldwell Banker®, Coldwell
Banker Previews International®, e Previews® são marcas
registradas licenciada a Coldwell Banker Real Estate LLC.
An Equal Opportunity Company. Equal Housing Opportunity.
Owned And Operated By NRT LLC.
ValeViver
72
Indicados
Filme
“Cisne Negro”
“O Vencedor”
“A Origem”
“Minhas Mães e Meu Pai”
“O Discurso do Rei”
“127 Horas”
“A Rede Social”
“Toy Story 3”
“Bravura Indômita”
“Inverno da Alma”
Ator
Javier Bardem - “Biutiful”
Jeff bridges - “Bravura Indômita”
Jesse Eisenberg - “A Rede Social”
Colin Firth - “O Discurso do Rei”
James Franco - “127 Horas”
Atriz
Annette Bening - “Minhas Mães e Meu Pai”
Nicole Kidman - “Reencontrando a Felicidade”
Michele Williams - “Namorados para Sempre”
Jennifer Lawrence - “Inverno da Alma”
Natalie Portman - “Cisne Negro”
Diretor
Daren Aronofsky - “Cisne Negro”
David Fincher - “A Rede Social”
Tom Hooper - “O Discurso do Rei”
David O. Russell - “O Vencedor”
Joel Coen e Ethan Coen - “Bravura
Indômita”
Ator coadjuvante
Christian Bale - “O Vencedor”
John Hawkes - “Iverno da Alma”
Jeremy Renner - “Atração Perigosa”
Mark Ruffalo for - Minhas Mães e Meu Pai
Geoffrey Rush - “O Discurso do Rei”
Atriz coadjuvante
Amy Adams - “O Vencedor”
Helena Bonham Carter - “O Discurso do Rei”
Melissa Leo - “O Vencedor”
Hailee Steinfeld - “Bravura Indômita”
Jacki Weaver - “Animal Kingdom”
Roteiro Original
“A Origem”
“Minhas Mães e Meu Pai”
“O Discurso do Rei”
“Another Year”
“O Vencedor”
Documentário
“Exit through the Gift Shop”
“Gasland”
“Trabalho Interno”
“Restrepo”
“Lixo Extraordinário”
Efeitos visuais
“Alice no País das Maravilhas”
“Além da Vida ”
“A Origem”
“Homem de Ferro 2”
“Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1”
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