Colégio Santo Agostinho – NL 1° EM Turma: F Matéria: Literatura Alunos: Pedro Renato Raphael Gabriel Rodrigo Costa Rodrigo Bustamante Thiago Real n°: 03 n°: 12 n°: 17 n°: 18 n°: 29 Descrição da Cidade de Sergipe d’el-Rei Gregório de Matos Análise do poema Descrição da Cidade de Sergipe d’el-Rei: No poema de Gregório de Matos, o autor faz uma breve descrição crítica da cidade de Sergipe na época colonial. Nesse poema são enfatizadas o pequeno tamanho da cidade, a pobreza e as condições de vida do início do período colonial. Gregório de Matos era conhecido por esse tipo de poema satírico sobre o Brasil colônia Os primeiros dois versos revelam a pobreza e o pequeno tamanho da cidade através do número de casas (“Três dúzias de casebres remendados”). Os outros versos revelam também como o exército é pequeno e fraco, e faz uma crítica ao dizer que os porcos são os únicos animais bem alimentados, em oposição aos humanos do local, que passam fome. Na outra estrofe podemos perceber a importância da religião na cidade, já que existem dois conventos para as míseras três dúzias de casebres. Mas há uma falta de padres, e letrados estão em número ainda menor. ‘Um juiz de bigodes sem ouvidos “ mostra que a justiça na cidade é ineficiente ou corrupta. Os dois últimos versos dessa estrofe falam da criminalidade e da violência na colônia através da figura dos meirinhos e dos prisioneiros condenados. Através das roupas humildes o poeta fala da pobreza e simplicidade das pessoas da cidade na terceira estrofe, através das roupas humildes como “sapatos de baeta, saia de chita e cinta de raqueta “. Ele termina por falar dos alimentos do local e conclui sua descrição de Sergipe. Esse poema é um exemplo da poesia satírica de Gregório de Matos, e nele, como em outros poemas, o autor fala da situaçāo do Brasil Colônia e de seus problemas. Esse tipo de poesia é a mais conhecida desse autor e nessa área ele mais se destacou, falando de maneira inovadora de uma terra recém colonizada. Texto Narrativo: Na época das grandes navegações, os portugueses colonizaram uma terra até então desconhecida nas Américas, o Brasil. Lentamente, vinham mais e mais pessoas de Portugal para colonizar o novo mundo. Muito vagarosamente foram surgindo cidades e vilarejos. Aqueles que vinham das terras europeias se surpreendiam ao chegarem à nova colônia. Seu modo de vida já desenvolvido em Portugal ainda não existia no Brasil. As poucas cidades da colônia eram extremamente pequenas e pobres. Elas apresentavam um número muito pequeno de casas remendadas. Um homem que chega das terras de Portugal se assusta na recém-fundada cidade de Sergipe. Ele vê que ela não tinha nenhuma proteção. Os poucos soldados que trabalhavam para manter a cidade segura eram muito despreparados e não possuíam equipamentos ou roupas adequadas. O português não se sentia seguro na nova terra. O português vê que na colônia, diferentemente de sua terra, as pessoas só se importam com os animais. Isso é percebido quando ele chega a uma praça e vê alguns porcos bem criados. Ele faz uma crítica ao observar essa situação e se pergunta se os animais realmente deveriam ter uma vida melhor que a dos homens que lá viviam. Além disso, o luso percebe que na cidade de Sergipe, mesmo com pouquíssimas casas, duas delas são conventos. Deste modo o português percebe a única semelhança entre a colônia e a metrópole: em ambos os locais, é dada uma enorme importância à religião. Ele também percebe isso ao ver que dos poucos habitantes, os que pareciam ter uma vida mais favorecida eram os religiosos. Mesmo assim nem todos os frades eram letrados, os quais se apresentavam em número ainda menor em meio à paupérrima população da cidade colonial. O português percebe mais uma grande fragilidade na cidade de Sergipe d’el-Rei, a justiça. Há apenas um juiz na cidade, o qual é corrupto. Os poucos presos que o recém-chegado de Portugal vê são pessoas que não cometeram nenhum crime de grande importância. A pobreza continua a assustar o português. Na colônia nem as damas se vestiam bem. Todas elas utilizam apenas sapatos de baeta, como fazem os frades. Além disso, ele vê que todos na cidade se alimentam de maneira extremamente precária, comendo sempre feijão, farinha de pipoca e pão de greta. Assim, ao terminar de conhecer a cidade de Sergipe d’el Rei, o português, ainda assustado com a miséria, continua na cidade. Afinal, esta é a nova terra de seu país e com amor a ela, o luso nela permanece se sentindo acolhido no novo mundo.