ISSN 2236-4420
Desempenho de genótipos de milho submetidos ao déficit hídrico no estádio vegetativo
Cassyo de Araújo Rufino1; Lizandro Ciciliano Tavares1; Jucilayne Fernandes Vieira1;
Caio Sippel Dörr1; Francisco Amaral Villela1; Antônio Carlos Souza Albuquerque Barros1
1
Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Departamento de Fitotecnia, Área de Ciência e
Tecnologia de Sementes, Campus Universitário, CEP 96001-970, Caixa Postal 354, Pelotas, RS. E-mail:
[email protected], [email protected], [email protected], [email protected],
[email protected], acbarros@ ufpel.tche.br
Resumo: Este trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho inicial de quatro genótipos de milho, submetidos
a diferentes períodos de déficit hídrico, bem como identificar o período e genótipo de milho com maior resistência
a restrição hídrica. O delineamento experimental adotado foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2x4
(condição hídrica (com e sem restrição hídrica) e quatro genótipos), com quatro repetições. Os tratamentos com
déficits hídricos foram submetidos a três períodos com duração de 10 dias sem irrigação, sendo os seguintes
períodos: 1-10 DAE (dias após a emergência), 11-20 DAE e 21-30 DAE. Foram avaliados: área foliar, altura de
plantas, fitomassa fresca e seca, taxa de crescimento da cultura, taxa de crescimento relativo e taxa de
assimilação líquida. Todas as características da parte aérea das plantas foram prejudicadas pela redução da
disponibilidade hídrica, notadamente, os parâmetros altura de planta, fitomassa fresca e seca de folhas e área
foliar. O déficit hídrico provocou redução no desempenho dos híbridos e da variedade de milho, sendo que os
genótipos apresentaram comportamento diferenciado entre si quanto à tolerância a condição de estresse. Os
híbridos simples e duplo foram os que mostraram maior tolerância ao estresse hídrico, comparativamente ao
híbrido triplo e a variedade.
Palavras chave: crescimento, Zea mays L., produção de grãos, deficiência hídrica.
Performance of corn genotypes submitted to water deficit during the vegetative growth stage
Abstract: The objective of this study was to evaluate the initial performance of four genotypes of maize subjected
to different periods of drought, as well as to identify the period and genotype of maize with respect to resistance to
water restriction. The experimental design was completely randomized in a 2x4 factorial design (water condition with and without water restriction and four genotypes), with four replications. Treatments with water deficits
underwent three periods lasting 10 days without irrigation: 1-10 DAE (days after emergence), 11-20 DAE and 2130 DAE. Leaf area, plant height, fresh and dry weight, crop growth rate, relative growth rate and net assimilation
rate were evaluated:. All variables of the shoots were affected by the reduction of available water, notably, the
parameters - plant height, fresh and dry weight of leaves and leaf area. The water deficit caused a reduction in the
performance of hybrids and variety of maize, and the genotypes behaved differently from each other with regard to
tolerance to stress conditions. The single and double hybrids showed the highest tolerance to water stress,
compared to the triple hybrid and variety.
Key words: growth, Zea mays L., grain production, water deficit.
Introdução
O milho é cultivado em praticamente todo o
território brasileiro, havendo registro de produção de
milho em 97% dos municípios brasileiros entre 2004 e
2008 (IBGE, 2010), Na safra 2009/2010 foram
plantados 12,9 milhões de hectares, resultando numa
produção estimada de 51,3 milhões de toneladas. No
mesmo ano, 2% dos municípios brasileiros
apresentaram produtividade média maior ou igual a
7,000 kg/ha, estando estes localizados em diversos
Estados do país (CONAB, 2010).
Em função de características edafoclimáticas,
as principais épocas de semeadura também variam
de acordo com a região geográfica. Os fatores
climáticos que exercem maior influência sobre a
cultura são a radiação solar, a precipitação pluvial e a
temperatura, que interferem diretamente nas
atividades fisiológicas da planta e conseqüentemente
na produção de grãos e matéria seca (Landau et al.,
2009).
A baixa disponibilidade hídrica é um dos
grandes problemas da agricultura mundial, e dessa
forma, a habilidade das plantas em resistir a esse tipo
de estresse é fundamental para o desenvolvimento do
Magistra, Cruz das Almas-BA, v. 24, n. 3, p. 217-225, jul./set. 2012.
Rufino et al.
agronegócio de qualquer país (Shao et al., 2008). Na
cultura do milho, o déficit hídrico causa reduções
acentuadas na produtividade (Vieira Júnior et al.,
2007). Estudos que avaliam a tolerância à seca para
a cultura do milho podem trazer melhorias no
crescimento e no rendimento da cultura em regiões
que possuem limitação hídrica (Li et al., 2009), já que
o milho apresenta alta sensibilidade a este tipo de
estresse (Welcker et al., 2007).
O cultivo desta espécie é muitas vezes
realizado em determinadas regiões cujo ciclo de
desenvolvimento coincide com os períodos em que
ocorre
a
limitação
hídrica,
afetando
o
desenvolvimento das plantas, e, portanto, a produção
da biomassa vegetal. Estima-se que na região
tropical, 95% do cultivo sejam realizados em áreas
propensas à deficiência hídrica, ocasionando declínio
de produção de 10% a 50%, dependendo do estádio
fenológico em que a cultura se encontra
(Mohammadkhani e Heidari, 2008).
Dessa forma, existe um interesse da pesquisa
em avaliar a susceptibilidade e/ou tolerância à seca
de diferentes genótipos de milho, realizando ensaios
em diferentes estágios da cultura submetendo-as a
condições de estresse hídrico para entender o
desempenho dos genótipos e identificando estágios
mais sensíveis a condições de deficiência hídrica.
Nesse contexto, este trabalho teve como
objetivo avaliar o desempenho inicial de quatro
genótipos de milho, submetidos a diferentes períodos
de déficit hídrico, bem como identificar o período e
genótipo de milho com maior resistência a restrição
hídrica.
Material e Métodos
O trabalho foi conduzido no Laboratório
Didático de Análise de Sementes (LDAS) e em casade-vegetação, ambos na Faculdade de Agronomia
Eliseu Maciel (FAEM), da Universidade Federal de
Pelotas, no período de 2009/2010.
Em casa-de-vegetação, a semeadura foi
realizada em dezembro de 2009, dentro da época
recomendada para o estado do Rio Grande do Sul
(RS). Foram utilizados recipientes de 13 kg de solo,
coletado do horizonte A1 de um Planossolo Háplico
Eutrófico Solódico, pertencente à unidade de
mapeamento de Pelotas-RS. As adubações foram
realizadas de acordo com CFQS RS/SC (Comissão
de Química e Fertilidade do Solo – RS/Santa
Catarina-SC, 2004), com incorporação ao solo no
momento da semeadura, Utilizaram-se quatro
genótipos de milho: HS - hibrido simples (AG 9045),
HD - duplo (AG 9011), HT - triplo (AG 5011) e uma
218
VR - variedade (cv. Bandeirante). Foi realizada
semeadura de seis sementes por vaso, e após o
desbaste permaneceram três plantas. A unidade
experimental correspondeu a cada vaso contendo
três plantas. Para o estudo do crescimento inicial,
avaliou-se uma planta em cada uma das três épocas,
aos 10, 20 e 30 dias após a emergência (DAE).
Os tratamentos constaram das combinações de
diferentes genótipos de milho e condição hídrica
(irrigação), constituindo um esquema fatorial de 2 X 4
(Duas condições hídricas (CRH (Com restrição
hídrica) - três períodos submetidos a deficiência
hídrica com duração de cada período de 10 dias,
sendo eles: 1-10 DAE, 11-20 DAE e 21-30 DAE. SRH
(Sem restrição hídrica) - plantas conduzidas sob
irrigação próximo a capacidade de campo) e quatro
genótipos de milho (híbrido simples, híbrido duplo,
híbrido triplo e variedade), totalizando 8 tratamentos,
com quatro repetição. As restrições hídricas utilizadas
correspondentes aos tratamentos, foram aplicadas
logo após a semeadura. Ressalte-se que antes e
após o término de cada período de déficit hídrico as
unidades experimentais foram irrigadas diariamente.
As variáveis analisadas em cada época de
avaliação foram: Altura de Planta (AP): realizada por
ocasião da época de cada avaliação, sendo medida
da altura do solo até a extremidade da planta, por
meio de uma régua milimetrada, e os resultados
expressos em cm. Área foliar (AF): foi realizada
utilizando o método de determinação fotoelétrico
(Área meter, modelo LI-3100 LI, da LI-Cor, Ltda), que
2
fornece a leitura em cm . Fitomassa seca da parte
aérea das plantas (FSPAP): foram coletadas as
partes aéreas das plantas com o corte na altura do
o
solo, logo após foram colocadas em estufa a 60 C
até massa constante, para determinação da biomassa
seca, empregando balança analítica de precisão,
Fitomassa fresca das plantas (FFP): utilizou-se
balança analítica com precisão centesimal.
A partir dos resultados da área foliar e
fitomassa seca da parte aérea das plantas foram
determinados: taxa de crescimento da cultura –TCC
-1
-1
(mg pl dia ); taxa de crescimento relativo –TCR (mg
-1
-1
2
g dia ); taxa de assimilação líquida –TAL (mg cm
-1
dia ), Essas determinações basearam-se na
metodologia descrita em Gardner et al, (1985), em
que: TCC = (MS2 – MS1)/(T2 – T1); TCR = (ln MS2 - ln
MS1) / (T2 – T1); TAL = (MS2 –MS1)/(T2 – T1) * (ln AF2
- ln AF1)/(AF2 – AF1); onde: MS: fitomassa seca, T:
tempo, AF: área foliar.
Na execução das análises estatísticas foi
utilizado o Sistema de Análise Estatística para
Winstat - Versão 2.0 (Machado e Conceição, 2003). O
delineamento experimental adotado foi inteiramente
casualizado, sendo os dados submetidos à análise de
Magistra, Cruz das Almas-BA, v. 24, n. 3, p. 217-225, jul./set. 2012.
Rufino et al.
variância e, na presença de interação significativa,
procederam-se os desdobramentos necessários. As
médias foram comparadas pelo teste de Duncan a
5% de probabilidade de erro.
Resultados e Discussão
As médias de produção de fitomassa fresca dos
colmos e da parte aérea das plantas, dos genótipos
de milho submetidos às duas condições hídricas
estão relacionadas na Figura 1a. Houve efeito
significativo da interação nas variáveis fitomassa
fresca de plantas, altura de planta, área foliar e
fitomassa seca de plantas. Quando não houve
estresse decorrente do déficit hídrico, os híbridos
simples
e
triplo
mostraram
superioridade
relativamente aos demais genótipos. Entretanto, os
genótipos ao serem submetidos ao déficit hídrico não
apresentaram diferenças significativas entre si.
Em altura de planta (Figura 1b), os híbridos
219
simples e duplo e a variedade apresentaram-se
superiores, comparativamente ao híbrido triplo. Não
foi observada interação significativa entre os
diferentes genótipos de milho e os tratamentos com e
sem déficit hídrico. Entretanto, observou-se variação
significativa dos genótipos quanto à altura de planta,
ou seja, a estatura de planta foi inferior em condições
de deficiência hídrica. Trabalhando com milho, Tonin
(1997), constatou que o desenvolvimento da plântula
em comprimento, tanto da parte aérea quanto da
subterrânea, foi influenciado negativamente pelo
estresse hídrico.
A área foliar de uma planta constitui o aparato
para fotossíntese e, como tal, é muito importante para
a produção de carboidratos, lipídeos e proteínas.
Verifica-se nesse trabalho que o efeito do estresse
hídrico foi efetivo na redução da área foliar das
plantas de milho em todos os genótipos. Sob
deficiência hídrica, a média da aérea foliar das
plantas foi reduzida em 81,29%, da observada em
condição sem estresse (Figura 1c).
1a
1b
1d
1c
2
Figura 1 - 1a - Fitomassa fresca das plantas (g), 1b - altura de planta (cm), 1c - área foliar (cm ) e 1d - Fitomassa seca da parte
1 1
aérea (FSPAP) das plantas submetidas ao déficit hídrico de 1 aos 10 DAE. Pelotas, RS, 2011 . SRH: sem
restrição hídrica. CRH: com restrição hídrica. Médias seguidas por barras superescritas pela mesma letra minúscula
entre as condições hídricas (SRH e CRH), e maiúscula entre os genótipos de milho (HS, HD, HT e VR), não diferem
entre si pelo este de Duncan, a 5% de probabilidade.
Magistra, Cruz das Almas-BA, v. 24, n. 3, p. 217-225, jul./set. 2012.
Rufino et al.
A área foliar foi maior para o híbrido triplo e
para a variedade em relação a não submeter a déficit
hídrico, mas foram inferiores, se submetidos ao déficit
hídrico. Todavia, os híbridos simples e duplo,
apresentaram-se superiores ao serem submetidos à
condição de estresse hídrico (Figura 1c). A menor
redução de área foliar apresentada pelas plantas sob
a condição de estresse hídrico é um fator agronômico
importante, pois, a área foliar é afetada precocemente
se a absorção de água for reduzida. A menor
expansão foliar reduz o consumo de carbono e
energia pela planta. O estresse hídrico diminui
indiretamente a quantidade de fotoassimilados
exportados das folhas (Taiz e Zeiger, 2004).
Com exceção do híbrido duplo, a produção de
fitomassa seca da parte aérea das plantas sem déficit
hídrico foi superior ás plantas que não sofreram
estresse hídrico (Tabela 1d). Observa-se que as
plantas irrigadas constantemente produziram mais
fitomassa seca, destacando-se os híbridos simples e
triplo que diferiram dos demais genótipos. Entretanto,
as plantas sob déficit hídrico aos 10 DAE,
apresentaram maiores médias para o híbrido duplo e
para a variedade. As respostas fisiológicas na
tolerância ao estresse hídrico podem variar de acordo
com a severidade e a duração de imposição do
estresse, estádio fenológico e material genético (Shao
et al., 2008). Fancelli (1988) verificou que o estresse
hídrico em plantas de milho, afetou o comprimento
dos internódios pela inibição da elongação das
células em desenvolvimento, ocasionando diminuição
da capacidade de armazenamento de carboidratos no
colmo diminuindo, assim, a fitomassa seca da parte
aérea da planta. A redução do nível de água
disponível afetou negativamente a produção de
fitomassa seca da parte aérea das plantas, nos
estádios vegetativo da cultura (Costa et al., 2008).
Para todas as variáveis analisadas foram
observadas interações significativas entre os
tratamentos com e sem restrição hídrica e os
genótipos de milho. A fitomassa fresca das plantas
apresentou diferença significativa entre os diferentes
genótipos de 11 aos 20 DAE, sendo que o híbrido
triplo foi o que apresentou os maiores valores,
similarmente ao observado no período de 1 aos 10
DAE, quando o mesmo não sofreu estresse hídrico
(Figura 2a).
Os genótipos não diferiram entre si pela análise
estatística, ao serem submetidos a estresse por
déficit hídrico. Entretanto, pôde-se observar redução
na fitomassa fresca das plantas (Figura 2b), com a
limitação hídrica de 20 DAE. Conforme ressaltado por
Bewley e Black (1994) a redução da fitomassa fresca
de plântula milho em função da restrição hídrica,
comparativamente a testemunha, pode ser atribuída à
220
menor velocidade dos processos fisiológicos e
bioquímicos ou pela dificuldade de hidrólise e
mobilização das reservas das sementes.
Para a variável altura de planta, os híbridos
simples e duplo apresentaram os maiores valores
55,8 cm e 54,6 cm respectivamente, diferindo dos
demais avaliados. Os genótipos ao ser avaliados
após o déficit hídrico, o híbrido simples manteve
comportamento superior aos demais, apresentando
altura de planta de 45,5 cm (Figura 2b). Todas as
plantas de milho, independentemente do genótipo
estudado apresentaram altura de planta reduzida
após o estresse hídrico (Figura 2b). Em plantas
jovens de milho sob deficiência hídrica, Efeoglu et al.
(2009)
observaram
significativa
inibição
do
crescimento, em comparação aos tratamentos sem
restrição hídrica.
O desenvolvimento da área foliar foi afetado
negativamente, nessa fase do ciclo vegetativo, para
os genótipos submetidos ao déficit hídrico. Para essa
variável, o híbrido triplo apresentou o maior valor
2
1108,247 cm , tendo esse genótipo desempenho
superior aos demais avaliados sem déficit hídrico
(Figura 2c). Os genótipos ao serem avaliados após o
estresse hídrico, o híbrido duplo e simples
mantiveram comportamento superior aos demais
(Figura 2c). A redução na área foliar média de todo os
genótipos, com restrição hídrica foi 54,61% menor
que a média dos mesmos genótipos sem a limitação
hídrica. Trabalhando com sorgo e milheto, Pinho
(1992), verificou que o estresse hídrico reduziu em
mais de 50% a área foliar das plantas dessas
espécies.
Considerando o efeito do estresse hídrico na
produção de fitomassa seca, verificou-se que, aos 20
DAE, o tratamento sem deficiência hídrica mostrou
superioridade e diferenças entre si, com exceção do
híbrido simples (Figura 2d). Foram observadas
diferenças significativas entre todos os genótipos, não
havendo estresse hídrico, sendo que o híbrido triplo
apresentou os maiores valores (maior eficiência
fotossintética) com produção de fitomassa seca de
12,111 g. Porém, entre os genótipos não foram
observadas diferenças na produção de fitomassa
seca, após o efeito do estresse hídrico (Figura 2d).
Em milho, França et al. (1999) observaram que o
déficit hídrico afetou o índice de área foliar e o
acúmulo de fitomassa. Como a interceptação de
radiação depende do índice de área foliar, em
períodos de estiagens a captura da radiação solar é
afetada pela redução da área foliar e pela murcha de
folhas de milho.
Magistra, Cruz das Almas-BA, v. 24, n. 3, p. 217-225, jul./set. 2012.
Rufino et al.
221
2a
2b
2c
2d
2
Figura 2 - 2a - Fitomassa fresca das plantas (g), 2b - altura de planta (cm), 2c - área foliar (cm ) e 2d - Fitomassa seca da parte
1 1
aérea (FSPAP) das plantas submetidas ao déficit hídrico de 1 aos 10 DAE. Pelotas, RS, 2011 . SRH: sem
restrição hídrica. CRH: com restrição hídrica. Médias seguidas por barras superescritas pela mesma letra minúscula
entre as condições hídricas (SRH e CRH), e maiúscula entre os genótipos de milho (HS, HD, HT e VR), não diferem
entre si pelo este de Duncan, a 5% de probabilidade.
Verificou-se efeito significativo da interação
sobre as variáveis utilizadas para avaliar o
crescimento inicial dos genótipos (Figura 3). A
produção de fitomassa fresca das plantas foi
drasticamente reduzida pelo estresse hídrico (Figura
3a). Pode-se observar redução de 72,93% na
fitomassa fresca das plantas submetidas ao déficit
hídrico de 21 aos 30 DAE. Para todos os genótipos,
as maiores produções das variáveis foram obtidas
para as plantas não submetidas ao déficit hídrico.
Não houve diferença significativa entre os genótipos
para as plantas submetidas à limitação hídrica.
Entretanto, na ausência do estresse hídrico, a
variedade (165,0g) e os híbridos simples (152,8g) e
triplo (145,1g) apresentaram os maiores valores de
fitomassa fresca (Figura 3a)
Para a variável área foliar o comportamento foi
semelhante para todos os genótipos sob limitação
hídrica, não havendo variação entre eles (Figura 3c).
Contudo, houve diminuição significativa na área foliar
dos genótipos sob déficit hídrico, comparativamente
aos sem limitação hídrica, corroborando com os
resultados de Santos e Carlesso (1998) que
verificaram menor redução na expansão de folhas de
milho em plantas submetidas ao déficit hídrico. Como
o alongamento foliar depende da expansão celular,
em déficit hídrico, há uma inibição da expansão
celular.
Magistra, Cruz das Almas-BA, v. 24, n. 3, p. 217-225, jul./set. 2012.
Rufino et al.
222
3a
3b
3d
3c
2
Figura 3 - 3a - Fitomassa fresca das plantas (g), 3b - altura de planta (cm), 3c - área foliar (cm ) e 3d - Fitomassa seca da parte
1 1
aérea (FSPAP) das plantas submetidas ao déficit hídrico de 1 aos 10 DAE. Pelotas, RS, 2011 . SRH: sem
restrição hídrica. CRH: com restrição hídrica. Médias seguidas por barras superescritas pela mesma letra minúscula
entre as condições hídricas (SRH e CRH), e maiúscula entre os genótipos de milho (HS, HD, HT e VR), não diferem
entre si pelo este de Duncan, a 5% de probabilidade.
O déficit hídrico reduziu a altura de plantas de
milho de todos os genótipos (Figura 3b). Sendo o
híbrido triplo o mais afetado pelo estresse. Esse
genótipo
apresentou
as
menores
plantas,
representando uma redução de 39,35% na altura de
plantas. Por outro lado, o híbrido simples apresentou
as maiores alturas de plantas, nos dois ambientes
estudados, com e sem déficit hídrico, o que
demonstra maior estabilidade desse genótipo de
milho. Resultados similares foram relatados por SainDass et al. (2001), ao verificarem que, sob condições
de estresse, ocorreram reduções na altura de planta,
sendo que valores mais altos ou mais baixos podem
ser obtidos estando em função tanto da época e
duração do estresse, quanto da origem genética de
cada genótipo. O crescimento das plantas foi
drasticamente reduzido pelos estresses hídrico.
Houve redução no crescimento de folhas e de colmos
de 71,8% e 58,9%, respectivamente, nas condições
mais severas de disponibilidade hídrica (Zhang et al.,
2007).
Com o aumento do estresse hídrico para 30
dias, houve decréscimo de 51,51% na fitomassa seca
de plantas para os genótipos, com exceção do híbrido
duplo (Figura 3d). Esses resultados assemelham-se
aos obtidos por Machado Neto e Durães (2006), em
sementes de feijão, que conforme o aumento do
estresse hídrico houve diminuição da fitomassa seca
da parte aérea. Bortolini et al. (2002) relatam que a
fitomassa seca da parte aérea é um excelente
parâmetro para indicar a intensidade de crescimento
da planta.
Houve interação entre os fatores com e sem
déficit hídrico e genótipos, para todas as variáveis
analisadas, com exceção da taxa de crescimento
relativo (TCR) aos 30 DAE (Tabela 1). Não houve
diferença significativa entre os genótipos e os
tratamentos com e sem déficit hídrico, para os valores
médios da taxa de crescimento da cultura (TCC),
determinados aos 10 DAE. A taxa de crescimento da
cultura (TCC) é empregada para comunidades
vegetais e representa a quantidade total de fitomassa
seca acumulada por unidade de área em função do
tempo. De modo geral, a TCC foi inferior para os
genótipos com déficit hídrico. O déficit hídrico reduz a
expansão celular que, por sua vez, causa redução da
Magistra, Cruz das Almas-BA, v. 24, n. 3, p. 217-225, jul./set. 2012.
Rufino et al.
área foliar. A diminuição da área foliar causa
decréscimo da taxa de crescimento da planta,
especialmente nos estádios iniciais do ciclo,
reduzindo
interceptação
da
radiação
solar
(Bergamaschi, 2011).
As maiores TCC foram observadas no híbrido
triplo, para o tratamento sem déficit hídrico (Tabela 4).
Genótipos que direcionam maior quantidade de
fotoassimilados para a produção de folhas, durante a
fase inicial do crescimento, apresentam maior
crescimento inicial. Isto pode se refletir no potencial
produtivo do milho, cultura que apresenta pequeno
acúmulo de fitomassa seca da emergência até o
estádio de seis folhas expandidas (Fancelli, 2000).
As TCR aos 10 e aos 20 DAE foram superiores
-1
-1
-1
-1
no híbrido duplo (0,072 g pl dia e 0,308 g pl dia ) e
-1
-1
-1
-1
na variedade (0,062 g pl dia e 0,302 g pl dia ),
indicando eficiência na conversão de fotoassimilados
em massa. Os genótipos ao serem submetidos a
déficit hídrico destacaram-se os híbridos simples e
triplo, os valores calculados de TCR para esse
-1
-1
período foram: 0,105 e 0,330 g pl dia e 0,100 e
223
-1
-1
0,322 g pl dia , respectivamente. A maior TCR do
híbrido simples e triplo em relação aos demais
genótipos, nos dois períodos avaliados, refletem
maior eficiência no uso dos recursos para o
crescimento, mesmo em situação de estresse (Tabela
4). O maior crescimento inicial pode incrementar o
aproveitamento da radiação solar disponível no início
do ciclo do milho (Almeida et al,, 2003).
A taxa assimilatória líquida (TAL) é um
parâmetro de crescimento que representa o
incremento de fitomassa por unidade de área foliar
durante um determinado tempo, normalmente de um
dia. Os valores relativos a TAL calculada para o
período de 10 dias após emergência o híbrido duplo
-2
-1
-2
-1
(0,035g cm dia ) e o triplo (0,033g cm dia )
apresentam os maiores valores, para o tratamento
sem limitação hídrica (Tabela 4). Esses resultados
mostram que esses genótipos, para esse período,
foram superiores no saldo do balanço entre
fotossíntese e respiração. Não houve diferença
significativa entre os híbridos para os genótipos de
milho submetidos ao déficit hídrico.
-1
-1
Tabela 1 - Resultados médios da taxa de crescimento da cultura (TCC - g pl dia ), taxa do crescimento relativo
-1
-1
-2
-1
(TCR - g pl dia ) e taxa de assimilação líquida (TAL - g cm dia ) dos genótipos de milho, sem (SRH)
1
e com (CRH) restrição hídrica, aos 10, 20 e 30 DAE ( dias após a emergência), Pelotas, RS, 2011 .
Genótipos de
milho
Variável
Híbrido Simples
Híbrido Duplo
Híbrido Triplo
TCC
Variedade
Média
10 DAE
SRH
CRH
TCR
Média
Híbrido Triplo
Variedade
Média
C.V. (%)
Média
0,462
0,540 bA 0,431 bB 0,486 1,049 bA 0,888 aB 0,969 0,703 aA 0,375 aB
0,539
0,404
0,502
1,038
0,900
0,969
5,39
0,434
0,275
0,429
20,63
0,040 bB 0,105 aA 0,073 0,271 cB 0,330 aA 0,301
0,043
0,035
0,039
0,072 aA 0,077 bA 0,075 0,308 aA 0,304 bA 0,036
0,037
0,035
0,036
0,036 bB 0,100 aA 0,068 0,286 bB 0,322 aA 0,304
0,008
0,020
0,014
0,062 aB 0,084 bA 0,073 0,302 aA 0,307 bA 0,305
0,053
0,052
0,052
0,035
0,035 A
0,035 A
0,092
0,073
0,292
0,316
0,304
3,67
24,67
0,026 bB 0,037 aA 0,032 0,223 cA 0,214 aA 0,219
TAL
CRH
0,697 aA 0,371 cB 0,535 1,142 aA 0,882 aB 1,012 0,761 aA 0,164 bB
13,14
Híbrido Simples
SRH
0,305
0,053
C.V. (%)
CRH
30 DAE
0,488 bA 0,463 aA 0,476 1,016 bA 0,923 aB 0,970 0,323 cA 0,287 aA
8,76
Variedade
Híbrido Duplo
SRH
Média
0,412
0,600
Híbrido Simples
Híbrido Triplo
20 DAE
0,674 aA 0,350 cB 0,512 0,946 cA 0,907 aA 0,927 0,550 bA 0,274 aB
C.V. (%)
Híbrido Duplo
Média
0,128 aA 0,074 bB
0,101
0,035 aA 0,035 aA 0,035 0,247 bA 0,218 aB 0,233 0,087 cA 0,077 bA
0,082
0,033 aB 0,036 aA 0,031 0,289 aA 0,206 aB 0,248 0,008 dB 0,055 cA
0,032
0,025 bB 0,036 aA 0,030 0,258 bA 0,206 aB 0,232 0,098 bA 0,086 aA
0,092
0,030
0,036
5,47
0,033
0,254
0,211
0,233
7,44
1
0,080
0,073
0,076
16,33
Médias seguidas pela mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem pelo teste de Duncan a 5% de
probabilidade.
Magistra, Cruz das Almas-BA, v. 24, n. 3, p. 217-225, jul./set. 2012.
Rufino et al.
Observou-se que, na ausência de estresse
hídrico, aos 20 DAE, o híbrido triplo apresentou a
maior taxa de crescimento. No entanto, ao avaliar o
comportamento geral de todos os genótipos
submetidos ao estresse hídrico, não foram
observadas diferenças significativas entre eles
(Tabela 4).
Os genótipos apresentaram comportamento
diferente para a TAL aos 30 DAE. Os maiores valores
máximos foram encontrados para o híbrido simples
variedade de milho em condições de estresse por
-2
-1
déficit hídrico (0,086 g cm dia ) e o híbrido simples
-2
-1
na condição sem déficit hídrico (0,128 g cm dia ),
Os menores valores foram observados no híbrido
-2
-1
-2
-1
triplo (0,055 g cm dia ) (0,008 g cm dia ), com e
sem déficit hídrico respectivamente. Segundo Morizet
e Togola (1984) durante o período vegetativo, o déficit
hídrico reduz o crescimento do milho, em função de
decréscimos da área foliar e da biomassa.
Em uma análise geral, constatou-se que os
híbridos simples e duplo tiveram desempenho
superior ao híbrido triplo e a variedade,
principalmente em relação à altura de plantas entre
zero e 30 DAE e área foliar entre zero e 20 DAE, nas
plantas sob déficit hídrico. As plantas de todos os
genótipos apresentaram acentuada redução quanto à
performance avaliada pela fitomassa fresca e seca,
altura de plantas, área foliar e taxa de crescimento da
cultura ao serem submetidas ao déficit hídrico
comparativamente as plantas que não sofreram déficit
hídrico, no período de zero a 30 DAE. Estes dados
evidenciam a suscetibilidade do milho, quer híbrido ou
variedade, a limitação hídrica na fase inicial de
estabelecimento.
Conclusões
O déficit hídrico reduziu o desempenho dos
híbridos e da variedade de milho em todos as
variáveis avaliadas: fitomassa fresca de plantas,
altura de planta, área foliar, fitomassa seca de plantas
e taxas de crescimento.
Os híbridos simples e duplo foram os que
mostraram maior tolerância ao estresse hídrico,
comparativamente ao híbrido triplo e a variedade.
Os híbridos simples e triplo apresentam
desempenho superior aos demais genótipos, na
condição sem déficit hídrico.
Agradecimentos
A CAPES pela concessão da bolsa aos três
primeiros autores, junto ao Programa de Pós-
Graduação
em
Sementes/UFPel.
224
Ciência
e
Tecnologia
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Recebido em: 04/09/2011
Aceito em: 03/06/2012
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