ArcelorMittal Timóteo / Jequitinhonha
Projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo
19 de outubro de 2007
Tópicos
1. Introdução
2. ArcelorMittal Timóteo - Aços Inoxidáveis e Elétricos Brasil
3. ArcelorMittal Jequitinhonha
4. Projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL)
4.1 Projeto Redução da Emissão de Metano
1. Introdução
O Grupo ArcelorMittal, o maior grupo da siderurgia mundial, promove em mais
de 60 países valores fundamentais de Qualidade, Liderança e Sustentabilidade.
A ArcelorMittal Timóteo (anteriormente denominada Acesita) e a ArcelorMittal
Jequitinhonha (anteriormente denominada Acesita Energética) se inserem
totalmente nesta dinâmica, buscando através de parcerias, tais como com a
ArcelorMittal Juiz de Fora e ArcelorMittal Florestas, alinhar-se com as ambições
do Grupo particularmente quando se fala de Sustentabilidade.
2. ArcelorMittal Timóteo
Aços Inoxidáveis e Elétricos Brasil
Vale do Jequitinhonha
(forests)
Timóteo (production
plant)
Vitória (main port
for export)
ArcelorMittal Timóteo é a única produtora
integrada de aços Inoxidáveis e Siliciosos da
América Latina.
A ArcelorMittal Timóteo tem um posição de
liderança no mercado brasileiro (mais de 85%)
e no mercado da América do Sul.
Belo Horizonte (Headquarter)
São Paulo (sales office)
Belo Horizonte
Resultados importantes em 2006 :
• Vendas : 700 kt (Exportação: 209 kt)
• Receita: 3.200 MR$
•Empregados : 3.000
2. ArcelorMittal Timóteo
Aço em Placas Î 750 Kt(2005) - 800Kt (2006)
}
Matéria Prima
Alto Forno
(Gusa)
• Inox
• Silício
• Carbono
{
Flexibilidade
até 100% no
Inox
Placas
CONVERTEDOR
Ligas e Sucatas
Lingotamento
Contínuo
Fornos Elétricos
AF1 250 t/ano a carvão vegetal
AF2 500 t/ano a coque (até 1996
a carvão vegetal)
(Pre-metal de Inox)
Bobinas a Quente Î 740 Kt (2005) - 770 Kt (2006)
}
Placas
Forno de
Reaquecimento
Rougher
STECKEL
Bobina Pretas
• Inox
• Silício
• Carbono
{
Flexibilidade
até 100% no
Inox
2. ArcelorMittal Timóteo
ISO 9001:2000
(Março -1994)
BQP : 160 Kt
ISO 14001:1996
(Fevereiro - 2001)
• Stainless ( 50Kt – 150Kt )
• Carbon ( 120Kt – 0 Kt )
770 Kt
(2006)
Bobina Quente
BF : 180 Kt
Aços Elétricos
LF de Silício
Flexibilidade
OHS 18001
(Março/2007 )
Produtos Acabados
Vendas 2006
BF : 300 Kt
Aços Inox
Recozimento e
Decapagem
LF Inox
Flexibilidade
740 Kt
(2005)
TS16949:2000
(Maio-2003 )
696 Kt
• INOX:
400 Kt
• SILICIO : 180 Kt
• CARBONO: 116 Kt
BQB : 50 Kt
Flexibilidade !
Aços Inox
2. ArcelorMittal Timóteo
Sustentabilidade:
•
O alinhamento com os valores da ArcelorMittal torna o respeito ao meioambiente uma preocupação maior da empresa, a qual é certificada pela norma
internacional ambiental IS0 14.001 desde fevereiro de 2001. Somente em 2006, os
investimentos em programas e melhorias das condições ambientais da Usina
somaram R$ 10,2 milhões. A Empresa realiza um programa interno de educação
ambiental voltado para empregados e prestadores de serviços que, no último ano,
capacitou 2.702 pessoas.
•
Através da Fundação ArcelorMittal Acesita, criada em 1994, a Empresa investe
em programas de educação, cultura, meio-ambiente e ação comunitária. Por dois
anos consecutivos, 2003 e 2004, a ArcelorMittal Timóteo foi considerada modelo
em responsabilidade social pelo Guia Exame da Boa Cidadania Coorporativa.
Desde o ano de 2004, a Fundação ArcelorMittal Acesita, em parceria com a
ArcelorMittal Jequitinhonha, também desenvolve diversas ações no Vale do
Jequitinhonha.
3. ArcelorMittal Jequitinhonha
100% Subsidiária da ArcelorMittal Timóteo,
• A ArcelorMittal Jequitinhonha tem como objetivo primordial atender e abastecer
o processo siderúrgico da usina através da gestão de todo o processo florestal e
de carbonização para geração do carvão vegetal.
• Desde 1997 vem objetivando em modernizar todo o seu processo: desde a
seleção de mudas, metodologias de manejo, carbonização, etc, visando sustentar
todo o processo subseqüente de fabricação de aço bem como mecanizar e
melhorar a qualidade de trabalho da toda sua mão de obra, 100% propria.
• Todo o manejo das florestas plantadas segue as mais rígidas normas
internacionais ambientais. O raio de ação da ArcelorMittal Jequitinhonha
compreende principalmente cinco municípios do Vale do Jequitinhonha, no norte
de Minas Gerais: Capelinha, Itamarandiba, Minas Novas, Turmalina e Veredinha.
3. ArcelorMittal Jequitinhonha
A ArcelorMittal Jequitinhonha atua na região do alto Jequitinhonha, tendo
o seu início em 1974, em Itamarandiba, expandindo-se nos anos seguintes
para os municípios de Capelinha, Turmalina, Veredinha e Minas Novas. A
empresa ocupa hoje uma área de 126.000 hectares sendo 76.000 hectares
de área plantada. O volume de produção estimado para 2007 é de 700.000
m3 de carvão vegetal, com uma perspectiva para 2010 de 2.000.000 m3.
3. ArcelorMittal Jequitinhonha
CAPELINHA
ITAMARANDIBA
CARBONITA
VEREDINHA
TURMALINA
MINAS NOVAS
PRESENÇA DA ARCELORMITTAL
JEQUITINHONHA NOS MUNICÍPIOS
AREA TOTAL
MUNICÍPIO
(ha)
AREA TOTAL
ENERGÉTICA
(ha)
AREA TOTAL
PLANTADA
(ha)
CAPELINHA
96.605,00
8.634,61
5.201,49
5,38
CARBONITA
145.759,00
2.509,84
1.511,93
1,04
ITAMARANDIBA
273.556,00
59.186,55
35.653,98
13,03
MINAS NOVAS
181.737,00
31.573,69
19.019,99
10,47
TURMALINA
115.119,00
8.081,22
4.868,12
4,23
VEREDINHA
63.374,00
16.277,64
9.805,65
15,47
876.150,00
126.263,54
76.061,16
8,68
MUNICÍPIO
TOTAL
% DO MUNICÍPIO
PLANTADO COM
EUCALIPTO
3. ArcelorMittal Jequitinhonha
Fluxograma de produção
Seleção de Matrizes
Produção de Mudas
Plantio e manutenção
Corte 6/7 anos
Traçamento
Transporte de Madeira
Carga do Forno
Carbonização
Descarga do Forno e
Embarque
3. ArcelorMittal Jequitinhonha
Produção de mudas
• A produção de mudas é realizada no município de Itamarandiba. O viveiro tem uma
capacidade instalada de produção de 23 milhões de mudas por ano, dos quais 12/13 milhões
já estão comercializados.
• A empresa utiliza alta tecnologia para produção de mudas, atendendo as demandas internas
e o mercado regional.
3. ArcelorMittal Jequitinhonha
Plantio
Para o plantio das mudas é realizado o preparo do terreno deixando o resíduos florestais,
revolvendo o mínimo possível o solo, permitindo o aumento da infiltração da água e a
manutenção da umidade.
Para o bom desenvolvimento das mudas é realizada a correção e fertilização do solo.
3. ArcelorMittal Jequitinhonha
Manutenção
É a fase de crescimento da floresta. Nesta fase são tomados cuidados
especiais tais como:
- aplicação de fertilizantes,
- controle de formigas,
- realização de tratos culturais (capinas, roçada, desbrota, etc).
3. ArcelorMittal Jequitinhonha
Proteção florestal
Corresponde aos cuidados ambientais e de vigilância patrimonial.
3. ArcelorMittal Jequitinhonha
Colheita florestal
• A colheita é realizada quando a floresta atinge a idade de 6 ou 7 anos.
Equipamentos utilizados:
- Feller Buncher (corte)
- Skider (manuseio)
- Garra Traçadora (padronização das toras – 3 metros)
• Após o corte a madeira permanece no campo para secagem por um
período de 90/120 dias.
3. ArcelorMittal Jequitinhonha
Produção de carvão
É a transformação da madeira em carvão vegetal. Atualmente a
ArcelorMittal Jequitinhonha é conhecida como detentora de um dos
melhores know-how em tecnologia de transformação.
Os fornos de carbonização são concebidos para permitir uma
carga/descarga mecânica através de maquinário adequado.
3. ArcelorMittal Jequitinhonha
Produção de carvão
Os gases proveniente do processo de carbonização são eliminados por
um sistema queima dos gases.
4. Projetos de Mecanismos de
Desenvolvimento Limpo (MDL)
Programa Créditos de Carbono
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
Programa Produtor
Florestal
Unidades de
Produção de Carvão
Projeto
Redução de emissão de metano nos fornos
de carbonização da ArcelorMIttal
Jequitinhonha
Altos Fornos à
Carvão Vegetal
Chicago Climatex Exchange
Reflorestamento e Florestamento não elegíveis ao MDL
Projeto
Redução de emissão de CO2 no Alto-Forno
2 da ArcelorMIttal Timóteo a partir da
utilização de carvão vegetal
4.1 Projeto Redução da Emissão de Metano
Objetivo
Este projeto tem como objetivo a redução de emissão de metano, que ocorre
durante o processo de carbonização da madeira para a produção de carvão
vegetal.
Indicador e Metodologia
Quanto maior o rendimento gravimétrico, menor a quantidade de emissão de
metano. A empresa Brasileira Plantar lançou em 2004 uma proposta de
metodologia (M 0041) baseada na correlação linear entre o rendimento
gravimétrico (quantidade de madeira por unidade de carvão vegetal) e a
emissão de metano. Esta metodologia foi aprovada em novembro de 2006 o que
permite a construção deste projeto.
4.1 Projeto Redução da Emissão de Metano
Evolução do Processo de Carbonização
Durante os últimos 35 anos, temos melhorado continuamente o forno em
tamanho e design, com o objetivo de modernizar "condições de
trabalho” dos empregados, melhorar drasticamente a segurança, bem
como a qualidade do carvão , aumentar a produtividade, reduzir custos e
impactos ambientais.
4.1 Projeto Redução da Emissão de Metano
Evolução do Processo de Carbonização
No início dos 70's, carvão era produzido de
modo muito rudimentar em fornos de 9 m3,
operados manualmente.
Nos anos 80, fornos circulares de 40 m3
foram desenvolvidos. Estes fornos tinham
uma chaminé que permitia um melhor
controle do processo de carbonização. No
entanto, estes fornos ainda eram operados
manualmente.
Dez anos mais tarde, um forno retangular
de 40 m3 foi equipado com um grande
porta metálica (denominados RAC * 40)foi
desenvolvido, o que permitiu iniciar o
processo mecanização durante a maior
parte da fase de carregamento e de todo o
descarregamento.
* R = retangular; AC = ACESITA
Manual
RAC 40
4.1 Projeto Redução da Emissão de Metano
Evolução do Processo de Carbonização
No final dos anos 90, um forno maior de
110 m3 (RAC 110), foi desenvolvido para
mecanizar o processo de carregamento da
madeira e a descarga do carvão. Este
forno foi o primeiro a utilizar uma
proteção por estrutura metálica e que
gerou o conceito de campanha de 20 anos
(10 + 10).
No início de 2000, um novo modelo de
forno com dupla capacidade (220 m3), foi
lançado com sucesso, equipado com duas
portas. O RAC 220 foi até 2007 a nossa
referência de forno, o qual é melhorado
continua e progressivamente e vêm
substituindo os RAC40 que chegarem ao
fim da sua vida útil de 10 anos.
RAC 110
RAC 220
4.1 Projeto Redução da Emissão de Metano
Evolução do Processo de Carbonização
Em 2007 a ArcelorMittal Jequitinhonha lançou, com sucesso, o forno
RAC 700 de capacidade de 1000 m3 que se torna agora o nosso eixo de
desenvolvimento.
RAC 700
4.1 Projeto Redução da Emissão de Metano
Escopo
Considerando-se a tese de correlação entre o rendimento da madeira e a
emissão de metano, a ArcelorMittal Jequitinhonha investindo em um novo
conceito de queimador/secador apresenta uma evolução do seu processo de
carbonização através dos seguintes subprocessos:
A) Queima dos gases provenientes da carbonização: nesta etapa os gases
provenientes da carbonização são queimados na câmara de combustão e sua
energia resultante é utilizada nas etapas de secagem e resfriamento, evitandose que essa energia seja perdida.
B) Secagem da madeira: parte dos gases provenientes dos queimadores são
diluidos e injetados, através de um exaustor, em um forno recém carregado com
madeira.
C) Resfriamento do carvão: outra parte dos gases queimados na câmara de
combustão serão resfriados em um trocador de calor e injetados (através de um
exaustor) no forno recém carbonizado.
4.1 Projeto Redução da Emissão de Metano
1 Câmara de combustão
Fluxo
Fluxo Simplificado
Simplificado do
do Processo
Processo
Pirólise
Pirólise
Chaminé
Câmara de
Combustão
Ciclone
3
Trocador de calor
Secagem
Secagem
22
11
Resfriamento
Resfriamento
2
33
Resfriamento
Resfriamento
Forno
Gás queimador
Entrada
Saída
CO 2
CO2
CO
H2
H2O
CH4
O2
N2
N2
4.1 Projeto Redução da Emissão de Metano
Caracterização do processo - Medição das emissões
Essas Medições estão feitas por um laboratório independente, nas
condições seguintes:
• Forno real, escala industrial, termômetros e coletores de gás para
permitir a análise do balanço de massa
• 10 corridas dos fornos: 4 com o processo atual e 6 com o novo
processo otimizado
• Coletar inputs e outputs em base seca, bem como amostras de gás
para análise por cromatografia em laboratórios certificados
• Análise de regressão – estabelecer equação de correlação
• Gravar as mudanças tecnológicas que melhoram o processo
4.1 Projeto Redução da Emissão de Metano
Caracterização do processo - Medição das emissões
As medições das emissões dos GEE estão em andamento com previsão de
término em dezembro de 2007
Responsável pelas medições – ESALQ/USP
Carbonização
4.1 Projeto Redução da Emissão de Metano
Expectativa:
Podemos antecipar que o processo-base, processando madeira num
forno RAC 220, proporciona um rendimento gravimétrico mediano de
28%.
Podemos esperar que o novo processo, incluindo queimador e
secagem da madeira dentro do forno permitirá melhorar o rendimento de
3 até 5%.
4.1 Projeto Redução da Emissão de Metano
Estimativa de Redução Acumulada de kilos de CO2 / m3 de carvão vegetal
produzido durante 10 anos para cada melhoria de 1% do rendimento.
800
de CO2 / m3 de carvão
Redução de Emissão Acumulada
700
600
500
400
300
200
100
0
2009 2010
2011 2012 2013
2014 2015
2016 2017 2018
4.1 Projeto Redução da Emissão de
Metano
Cronograma
• Fase atual: realização das medições dos gases emitidos (com e sem o projeto)
para a definição da equação da Acesita Energética
• Em seguida, o PDD será elaborado (previsão final de março 08)
• Previsão para registro dos CERs: final de 2008
OBRIGADO!
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