Cartografias dançantes da Rua São Bento
Débora Souto Allemand (1) Eduardo Rocha (2)
(1) Programa de pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo, UFPel, Brasil. E-mail:
[email protected]
(2) Programa de pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo, UFPel, Brasil. E-mail:
[email protected]
Resumo: O trabalho busca encontrar as relações que são feitas entre cidade e dança, a partir do
projeto “Entre-espaços” do ...AVOA! Núcleo Artístico. A pesquisa volta-se para o estudo das
intervenções urbanas, mais especificamente a dança, entendendo que essa é capaz de abrir brechas
para diferentes compreensões da cidade e é um dos meios capazes de facilitar os encontros entre as
pessoas, indo contra a ideia de cidade globalizada e espetacular. Dilui as fronteiras entre teoria e
prática e aponta soluções mais sensíveis acerca do espaço público contemporâneo. O principal
objetivo do trabalho é compreender a relação entre cidade e dança, a partir da experiência do
...AVOA! Núcleo Artístico. Tem como método a Cartografia, uma metodologia qualitativa, em cuja
essência não está a validação ou a reprovação de uma situação, mas sim a possibilidade de fomentar
novas leituras do espaço urbano e, consequentemente, da cultura e da sociedade. O trabalho volta-se
para a Rua São Bento no centro da cidade de São Paulo/SP, local de estudo do grupo ...AVOA!. A
pesquisa encontra como resultados os motivos que levaram o ...AVOA! a utilizar o espaço urbano
como espaço de criação artística e quais elementos da rua foram mais utilizados como motivadores
do movimento.
Palavras-chave: Cidade; Dança; Intervenções urbanas; ...AVOA! Núcleo Artístico; São Paulo.
Abstract: The paper seeks to find relations between city and dance, through the project "Entreespaços" of ...Avoa! Núcleo Artístico. The research focuses on the study of urban interventions,
specifically dance, understanding that this is able to create opportunities for different city
understandings and it is one of the mediums to facilitate encounters among people, coming up against
the idea of globalized and spectacular city. It dilutes the boundaries between theory and practice and
aims at more sensitive solutions about contemporary public space. The main objective is
understanding the relation between city and dance, from the experience of ...Avoa! Núcleo Artístico.
We used cartography, a qualitative methodology, which essentially is not validating or invalidating a
situation, but the possibility of fostering new readings of urban space and, consequently, of culture
and society. The paper focuses on the …AVOA!’s study space, São Bento Street in São Paulo
downtown. The reasons why ...Avoa! uses the urban space as an artistic creation and which street
elements are more uses as driver of movement were found as results.
Key-words: City; Dance; Urban interventions; …AVOA! Núcleo Artístico; São Paulo.
1. ENTRANDO EM CENA...
Este artigo é parte da pesquisa de mestrado da autora, que está sendo desenvolvida no Programa de
Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pelotas. A pesquisa volta-se
para o estudo das relações entre dança e cidade, na busca de dar visibilidade às micropolíticas da
cidade e entendendo que a arte pode abrir brechas para criação de novas leituras do espaço urbano,
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com foco no trabalho atual do ...AVOA! Núcleo Artístico: “Entre-espaços: Relações possíveis no
encontro com a rua”. O trabalho é desenvolvido na Rua São Bento, no centro da cidade de São Paulo,
Brasil.
O ...AVOA! surgiu em 2006 com o propósito de realizar intervenções em espaços diferentes de palcos
tradicionais e pela dificuldade em encontrar lugares para ensaios e apresentações, o grupo começou a
utilizar a rua, também como uma forma de afirmação política da arte. O núcleo estuda principalmente
o centro de São Paulo e, em especial, a Rua São Bento (figura 1). O grupo foi eleito para ser o caso de
estudo desta pesquisa, por ser um dos grupos brasileiros que trabalham a/na cidade com o objetivo de
provocar questionamentos acerca da vida urbana e por se interessar pelas poéticas corporais que
podem surgir dos múltiplos estímulos que a rua é capaz de provocar. Além disso, o grupo participa
anualmente de eventos de dança contemporânea que acontecem na rua, como a Bienal SESC de
Dança e o Festival Visões Urbanas1.
Figura 1: ...AVOA! Núcleo Artístico junto à Rua São Bento. Fonte: ...AVOA! NÚCLEO ARTÍSTICO. Acesso
em: 19/abr/2015.
Em meio a essas questões de dança, corpo, espaço, cidade e arte de rua, o trabalho segue caminhos
contemporâneos e fica na fronteira entre dança e cidade e, portanto, trata de um tema de relevância
para as duas áreas. De tal modo, esta pesquisa tem o objetivo geral de compreender a relação entre
cidade e dança, a partir da experiência do ...AVOA! Núcleo Artístico. Além do objetivo central, o
trabalho tem como objetivos específicos: atentar para o espaço utilizado pelo grupo no projeto Entreespaços; diluir as fronteiras entre teoria e prática no processo de pesquisa; e apontar soluções mais
sensíveis acerca do espaço público contemporâneo.
2. METODOLOGIA
O trabalho apoia-se no método da cartografia para estudar os processos contemporâneos na cidade e
dar vez e voz às micropolíticas da urbe, atentando para o que pede passagem e devorando tudo aquilo
que causa experiência e faz pensar sobre a rua em relação à dança. A metodologia é de cunho
qualitativo e não pretende validar ou reprovar determinada situação. O desafio é realizar uma reversão
do sentido tradicional do método, ou seja, ao invés de trabalhar com orientação, regras e objetivos
1
A Bienal SESC de Dança e o Festival Visões Urbanas são encontros de dança que têm o objetivo de estabelecer um
diálogo com diferentes espaços urbanos, proporcionando que qualquer um que caminhe pela cidade possa vir a se tornar
espectador. O ...AVOA! apresentou os trabalhos “Solo de Rua”, “Microresistências”, “Casulos” e “Chão: Semeio e Passo”
em algumas edições dos eventos.
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pré-prontos – o metá-hódos -, a metodologia escolhida aposta num caminhar que traça, no percurso,
suas metas – o hódos-metá.
Propõe-se, então, uma caminhada dançante, que se relaciona com o espaço do caminho e que se
modifica pelo espaço desconhecido, bem como o caminho também é modificado por aquele corpocartógrafo que interage, cria e modifica esta pesquisa. A pesquisa e a pesquisadora, desta maneira,
estão unidas, é possível separá-las somente no conceito, pois o que acontece é que a pesquisadorabailarina, imersa no palco, que é a rua, transforma-se a partir do espaço, das leituras, das coxias2, dos
atores e dos bastidores dessa performance-pesquisa escrita por mãos, pés e corpos-sujeitos.
Neste trabalho, se utilizou os seguintes instrumentos metodológicos: revisão bibliográfica, entrevistas
com integrantes do grupo ...AVOA!, observação junto à Rua São Bento e análise de fotos e vídeos
disponibilizados na internet.
3. CRIANDO TERRITÓRIOS
Desde 1950, muitos movimentos de arte lutam pelo seu espaço na cidade e, assim, produzem a cidade.
Alguns grupos modernistas e pós-modernistas, discutiram sobre a democratização da arte e passaram
a utilizar espaços alternativos ao teatro de palco italiano, entendendo que ir para a rua era também
uma forma de fazer política. Situacionismo, happening, performance e Judson Church foram alguns
desses grupos (figura 2). Propunham uma fusão entre as artes, rompiam com a arte tradicional e não
desvinculavam a arte da vida. Isso gerava uma mudança aos que caminhavam na rua: de simples
pedestres a espectadores, o que provocou novas formas de estar na cidade.
Figura 2: Espetáculo Roof Piece, 1971. Fonte: TRISHA BROWN COMPANY. Acesso em: 10/nov/2014.
As intervenções urbanas transformam o ambiente e tem função pública e política. Diluem as fronteiras
entre as linguagens da arte, entre artista e espectador e entre espaço cênico e espaço da plateia. A arte
desterritorializa 3 os que a experimentam, modifica valores da sociedade e potencializa uma nova
forma de enxergar um “mesmo” espaço. Além disso, a cidade é lugar de múltiplos estímulos e, por
isso, de grande potência para a criação artística, abrindo possibilidades de diferentes sensações e
movimentos e ampliando as formas de fazer e compreender dança.
2
Coxia é o lugar situado dentro da caixa teatral - mas fora de cena - no palco italiano, onde o elenco aguarda para entrar em
cena.
3
Para Deleuze e Guattari (1997), desterritorializar significa lançar-se para fora de um território, daquilo que é familiar, em
busca de outro lugar, outros territórios.
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Com esse enfoque, o grupo ...AVOA! vai contra a hegemonização racional das cidades e transforma a
Rua São Bento de dentro para fora, apoiando-se no espaço como produtor de arte e nos
proporcionando enxerga-lo de forma sensível. Dentro do projeto Entre-espaços, o grupo tem duas
ações consolidadas: as “micro-resistências” e a “caminhada lenta”, as duas surgiram de observações e
de fotografias.
A “micro-resistências” serviu como um disparador para o grupo pensar as relações da rua e surgiu
como uma metáfora da natureza na cidade – planta que cresce em fachada, raiz de árvore que rompe o
concreto e ergue o asfalto – e que as pessoas só percebem quando já está dada. Então, os bailarinos
instauram-se em vãos, como se fossem essas plantas (BORTOLETTO, 2014) – figura 3.
Figura 3: Grupo em ação nas Micro-resistências, 2014. Fonte: NÚCLEO AVOA. Acesso em: 07/jan/15.
E a “caminhada lenta”, que foi outra forma de observação do local, também convidando as pessoas a
olhar, e uma opção de dilatar o tempo daquele espaço, que é uma rua de muitos fluxos (SILVA, 2014)
– figura 4. Para o grupo, a lentidão é uma tática para apreender a cidade contemporânea e, ao mesmo
tempo, uma maneira de resistir à racionalidade. Opondo-se ao movimento veloz da metrópole
contemporânea e coexistindo com ela, é possível compreendê-la.
Figura 4: Caminhada lenta na Rua São Bento, 2014. Fonte: NÚCLEO AVOA. Acesso em: 07/jan/15.
Assim, a partir de análises de imagens e vídeos feitos pelo grupo e das entrevistas concedidas à
autora, além de observações da autora junto à Rua São Bento, foram encontrados alguns fatores ou
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elementos do espaço urbano que influenciaram no processo de criação do coletivo artístico, nos
proporcionando tecer relações entre dança e cidade.
A Rua São Bento é mais um dos lugares na metrópole São Paulo onde se tem pressa. Uma via
localizada no centro antigo da cidade e lugar de diversidade e densificação, já que é próxima a
diversos terminais de ônibus e estações de metrô, onde carros não passam e, por isso, lugar dos
pobres. Lugar também dos camelôs e, agora, dos artistas. O intenso fluxo de pessoas é corriqueiro e
fez com que o grupo buscasse uma movimentação contrastante com o ritmo de caminhada das pessoas
no lugar (figura 5), “optando por dilatar esse tempo, por tensionar esse lugar, esse espaço-tempo que
cada um experimenta” (SILVA, 2014, p. 142). Existe um contraste também entre as muitas pessoas
que passam e os vendedores informais que estão parados ali o dia inteiro. O grupo escolheu
experimentar a cidade, ser a lentidão, para ter a potência de desestabilizar a realidade veloz instalada
na contemporaneidade e fazer política na cidade.
Figura 5: ...AVOA! em “caminhada lenta” na Rua São Bento, 2014. Fonte: ...AVOA! NÚCLEO ARTÍSTICO.
Acesso em: 13/out/2014.
Muitos dos que trabalham informalmente na Rua São Bento fazem sons para vender produtos, como o
“Seu Edson” (figura 6) que vende “Natura e Avon” e, para o ...AVOA!, eles também compõem o
trabalho do grupo na questão sonora. A sanfona utilizada, “que tem uma relação com a respiração”
dos bailarinos (SILVA, 2014, p. 144), também auxilia na “dilatação” do tempo da rua.
Figura 6: “Seu Edson”. Fonte: Fotografia da autora, 2014.
O grupo também utiliza as fachadas abandonadas na Rua São Bento como um local para improviso e
como uma forma de atentar para aquele espaço. Os equipamentos urbanos, como a lixeira e o orelhão
(figura 7), também são utilizados pelos bailarinos para que possam ser exploradas as possibilidades de
diferentes movimentos. Outro elemento mencionado pelos entrevistados foram as grades, que são
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elementos que fomentam as relações entre dentro e fora e causam estranhamento de quem passa
quando vê o grupo em ação utilizando-as. Para Luciana Bortoletto (2014), as grades com os corpos
são uma espécie de uma partitura musical, enquanto imagem.
Figura 7: Grupo em experimentação na fachada abandonada e junto à lixeira, 2014. Fonte: ...AVOA! NÚCLEO
ARTÍSTICO. Acesso em: 13/out/2014.
O grupo trabalha muito mais com movimentos lentos, em pausa, encolhidos e em torção, buscando
contraponto aos lugares onde estão, uma escolha muito baseada nos desafios de uma grande
metrópole, um lugar de muitos fluxos e estímulos. Desta maneira, o grupo escolheu fazer uma crítica
à velocidade das cidades e à falta de experiência, buscando “um gesto de interrupção, um gesto que é
quase impossível nos tempos que correm: [...] parar para olhar, parar para escutar” (BONDÍA, 2002,
p. 24).
Além desses elementos, o que mais possibilitou que as potências do trabalho fossem reveladas, foi
quando o grupo realizou uma intervenção fora do local de estudo. Segundo André Silva (2014), a
apresentação no espaço do SESC Ipiranga (figura 8) exigiu muito do grupo no sentido de reelaborar a
discussão sobre os aspectos mais importantes da pesquisa, para depois adaptar a obra para um local
com relações completamente diferentes das estabelecidas na Rua São Bento.
Figura 8: Bailarinos em ação no SESC Ipiranga, 2014. Fonte: ...AVOA! NÚCLEO ARTÍSTICO. Acesso em:
13/out/2014.
As vegetações que surgem nos vãos na rua, por exemplo, são muito diferentes das de um local
fechado. A relação de estreitamento do espaço das relações que eles buscam na rua, num lugar interno
é muito mais fácil, porque as pessoas foram ao local com o intuito de assistir o grupo, diferente do
público da cidade que na maioria das vezes está de passagem e é surpreendido pela ação. A relação de
“tensionamento” do tempo, trabalhado na rua São Bento, um local de grande fluxo de pessoas, não foi
possível de perceber com a mesma facilidade porque o SESC Ipiranga é um lugar muito mais calmo
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que a rua em questão, então a “caminhada lenta”, uma das ações realizadas pelo grupo, não
funcionava da mesma maneira.
Assim, o território da Rua São Bento, quando comparado a outros lugares com características opostas
ou diferentes, fez o grupo refletir mais ainda sobre as características da rua que estudam. Muitas vezes
não prestamos atenção nas características dos locais por onde passamos e a performance do grupo é
uma boa forma de atentar-nos para os espaços.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir das discussões, é possível compreender algumas das relações que existem entre a cidade e a
dança. O motivador para o movimento dos bailarinos foi principalmente o ritmo das pessoas do local
e os sons produzidos por elas. E uma das principais descobertas do estudo foi a respeito da troca de
local para encontrar as características marcantes da obra artística, onde apresentar o trabalho em
criação no espaço urbano num local diferente do espaço da Rua São Bento, revelou as características
do trabalho do ...AVOA! e do local de estudo original.
Em relação ao território da Rua São Bento, descobriu-se que os seguintes elementos foram utilizados
como motivadores do movimento:
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





fluxo de pessoas;
sons da rua, principalmente através dos vendedores informais;
fachadas, principalmente abandonos;
equipamentos urbanos, como lixeira, corrimão e orelhão;
grades;
vegetação que nasce em meio ao concreto e;
vãos.
Além disso, a apropriação das cidades como forma de resistência e de ampliação das possibilidades
artísticas é uma maneira de lutar pela sensibilização e aprendizado através da arte. Arte capaz de
possibilitar mais e melhores encontros e relações de troca entre as pessoas. Levar a dança para a rua é
tornar as cidades contemporâneas mais próximas dos cidadãos, ampliando as possibilidades de
experiência e abrindo espaço para a diferença, o imprevisto, a novidade, escapando da máquinacidade e da máquina-tempo, que nos engole e nos sistematiza.
Por fim, implicar os processos de criação artística aos espaços públicos é ler a cidade subjetiva e, por
consequência, ler a sociedade e a cultura. Fazer arte de rua é tornar visível nos corpos dos artistas as
características do lugar e do modo de vida da sociedade. Além disso, a interação dos cidadãos com a
rua produz a cidade a partir de um movimento de mão dupla. Para os planejadores do espaço, abre-se
um novo campo de análise das cidades que estão sendo construídas por nós e se aponta soluções mais
sensíveis acerca do espaço público contemporâneo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
...AVOA! NÚCLEO ARTÍSTICO. Disponível em: http://avoaentrespacos.wordpress.com/Acesso em:
13/out/2014.
BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Rev. Bras.
Educ. [online]. 2002, n.19, pp. 20-28.
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BORTOLETTO, Luciana. Luciana Bortoletto: depoimento [out. 2014]. Entrevistadora: Débora
Allemand. Arquivo mp3 (91 minutos). In: ALLEMAND, Débora. Cidade como Espaço Cênico:
Narrativas do espaço urbano através do ...AVOA! Núcleo Artístico. Qualificação (Mestrado em
Arquitetura e Urbanismo) - Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo, Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2015.
DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Félix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. V.4. São Paulo: Ed.
34, 1997.
NÚCLEO AVOA. Disponível em: http://www.nucleoavoa.com/. Acesso em: 07/jan/15.
SILVA, André Simões da. André Simões da Silva: depoimento [out. 2014]. Entrevistadora: Débora
Souto Allemand. Arquivo mp3 (53 minutos). In: ALLEMAND, Débora. Cidade como Espaço
Cênico: Narrativas do espaço urbano através do ...AVOA! Núcleo Artístico. Qualificação (Mestrado
em Arquitetura e Urbanismo) - Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo, Faculdade
de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2015.
TRISHA
BROWN
COMPANY.
Disponível
http://www.trishabrowncompany.org/index.php?section=50#main Acesso em: 10/nov/2014.
em:
AGRADECIMENTOS
Agradeço o apoio da CAPES, por financiar minha pesquisa de mestrado e permitir minha completa
dedicação à esta.
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