A Relação Homem-Natureza
A Relação Homem-Natureza
A relação do homem com a natureza sempre aconteceu de
forma bastante discrepante, onde de um lado o homem com
toda a sua inteligência gananciosa tentando alimentar os seus
desejos de consumo e conforto. Do outro a natureza com toda
a sua exuberância e riqueza sendo a fonte para todas as
ações humanas. Em alguns casos o homem tem que escolher
entre sua sobrevivência e a preservação da natureza, como é
o caso do agricultor que tira da terra o alimento que leva à
mesa. Neste caso fica o dilema: a natureza ou o homem?
Mas o que realmente é preocupante é um desenvolvimento
sem limites protagonizado pelo homem em prol de seus
objetivos próprios.
Por muitos anos, esse foi o tipo de relação entre o homem e a
natureza, até que a mesma passasse a dar sinal de alerta.
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Felizmente esse tipo de pensamento foi modificado e
segundo Camargo (2004), “a idéia de um novo modelo de
desenvolvimento para o século XXI, compatibilizando as
dimensões econômica, social e ambiental, surgiu para
resolver, como ponto de partida no plano conceitual, o velho
dilema entre crescimento econômico e redução da miséria, de
um lado, e preservação ambiental de outro. O conflito vinha,
de fato, arrastando-se por mais de vinte anos, em hostilidade
aberta contra o movimento ambientalista, enquanto este, por
sua vez, encarava o desenvolvimento econômico como
naturalmente lesivo e os empresários como seus agentes
mais representativos’.
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A nossa sociedade tem vivido atualmente, uma gama de
problemas que é decorrente direta da sua forma de tratar e se
relacionar com a natureza. A busca desenfreada pela
produção fez com que o homem passasse a explorar
intensamente os recursos disponíveis na natureza
esquecendo que grande parte deles além de não serem
renováveis, quando retirados da natureza em quantidades
excessivas, deixa na mesma uma lacuna, ás vezes
irreversível, cujas conseqüências são sentidas em gerações
posteriores, principalmente em relação às mudanças
climáticas.
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Segundo Casseti (1991), “as transformações sofridas pela
natureza, através do emprego das técnicas no processo
produtivo, são um fenômeno social, representado pelo
trabalho, e as relações de produção mudam conforme as leis,
as quais implicam a formação econômico-social e, por
conseguinte, as relações entre a sociedade e a natureza”.
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A Rio 92
Diante de tantas alterações no meio ambiente somadas às
ameaças de extinção de muitos recursos naturais,
atualmente, utilizados pelo homem, autoridades (172
governos) e estudiosos do mundo inteiro reuniram-se, em
1992, no Rio de Janeiro, para a CNUMAD - Conferência das
Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento,
conhecida mundialmente como a “Conferência da Terra”. Esta
conferência tornou-se um marco na história da humanidade,
cujos objetivos básicos giravam de torno da busca por um
equilíbrio entre as necessidades: ambientais, sociais e
econômicas para gerações atuais e presentes. Outro objetivo
da conferência era a construção de uma espécie de
associação mundial que contemplasse os países
desenvolvidos e em desenvolvimento para o estudo e
compreensão das questões ambientais, interesse e
preocupação igualmente comum a todos.
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Essa conferência foi popularizada com o título de Rio 92 e
conseguiu reunir 108 chefes de estado para aprovação de
documentos importantes como a “Agenda 21”, que consiste
em uma declaração do Rio acerca do meio ambiente e o
desenvolvimento para definir quais são os direitos e deveres
dos estados.
Somente em 2002, a ONU (Organização das Nações Unidas)
aprovou a carta da terra e comparou sua importância para a
humanidade à Declaração Universal dos Direitos Humanos,
no tocante ao meio ambiente.
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Deste então, podemos notar muito progresso relação ao
pensamento e postura das pessoas em relação à forma com
que o meio ambiente está sendo explorado. Nota-se uma
urgência em tentar recuperar o tempo perdido e mais ainda
em tentar desenvolver nas pessoas uma nova forma de
pensar e agir no que se refere às questões ambientais.
Ambientalistas, geólogos e os meios de comunicação são
alguns exemplos de profissionais profundamente engajados
em prol de uma mudança da consciência ambiental de nós
seres humanos.
As escolas têm sido de fundamental importância na educação
ambiental das crianças, fazendo com que as mesmas possam
crescer com o compromisso de preservar e ajudar ao seu
ecossistema.
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A Agenda 21
A Agenda 21 é um dos mais importantes documentos
referente ao meio ambiente e foi gerado na reunião de 178
nações na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), em 1992.
As dimensões da sustentabilidade são parte do conteúdo da
Agenda 21 global, modelo para que os países a aplicassem e
escrevessem também suas agenda 21 nacional e locais.
Todas estas dimensões que formam parte de um
desenvolvimento
sustentável
são
mostradas
por
pesquisadores e governantes.
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A agenda 21 representa um conjunto de requisitos
recomendados para uma boa convivência da humanidade
com o Planeta e, dentro de seus 40 capítulos, estes estão
divididos em quatro seções. A primeira trata sobre aspectos
sociais e econômicos de desenvolvimento, a segunda sobre
aspectos ambientais e gerenciamento de recursos naturais, a
terceira acerca do fortalecimento do papel dos principais
grupos sociais e a última a respeito dos meios de
implantação.
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“Estamos diante de um momento crítico na história da Terra,
numa época em que a humanidade deve escolher o seu
futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais
interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo,
grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante,
devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica
diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família
humana e uma comunidade terrestre com um destino comum.
Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável
global baseada no respeito pela natureza, nos direitos
humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da
paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os
povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para
com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as
futuras gerações”. (A Carta da Terra - preâmbulo)
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A Agenda 21brasileira
A elaboração da agenda 21 brasileira foi obra do trabalho da
Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da
Agenda 21 Nacional – CPDS. Esta comissão foi criada por
decreto presidencial de 26 de fevereiro de 1997, conformada
pelo Ministério do Meio Ambiente; Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão; Ministério de Ciência e Tecnologia;
Ministério das Relações Exteriores; Presidência da República;
Fórum Brasileiro das Ong´s e Movimentos Sociais; Fundação
Getúlio Vargas; Fundação Movimento Onda Azul; Conselho
Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável; e
Universidade Federal de Minas Gerais. Teve como objetivo
redefinir o desenvolvimento do País, adicionando o conceito
de sustentabilidade, qualificando suas potencialidades e as
vulnerabilidades do Brasil no quadro internacional (BEZERRA
et al, 2002).
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Dentro das estratégias para gestão dos recursos naturais
estabelecidas na agenda 21 brasileira, está o estabelecimento
de normas e regulamentação para o uso harmônico da
energia e promoção de sistemas alternativos de geração
energética, transferindo ao consumidor orientações e
escolhas feitas nos planos técnicos e científicos. Estas
normas
são
de
responsabilidade
dos
gestores
governamentais, através da criação de leis para promover o
investimento de capitais privados em usinas alternativas,
mediante mecanismos econômico-financeiros com incentivos
fiscais e/ou econômicos e dar condições para a disseminação
dessas tecnologias, suas vantagens, custos, facilidades e
dificuldades, na atualidade.
Histórico e conceito de
desenvolvimento sustentável
O desenvolvimento sustentável é um dos temas
mais discutidos nesse momento em todo o mundo,
seja pela preocupação econômica que a escassez
das energias não-renováveis proporciona ou
mesmo pelo despertar da consciência humana a
respeito da necessidade de preservação do
planeta, bem como das gerações vindouras.
Histórico e conceito de
desenvolvimento sustentável
Realizaremos nosso estudo a partir do conceito básico de
desenvolvimento sustentável, cujo objetivo principal é o de se
obter um desenvolvimento que seja ao mesmo tempo eficaz e
que não venha a comprometer as gerações futuras.
Mas, como conseguir tal feito se o homem desde o seu
primeiro instante na terra vem exercendo uma relação de total
dominação sobre a mesma, sobretudo quanto à extração de
suas riquezas naturais?
Para encontramos a resposta para esta pergunta foi preciso
elaborar, no módulo anterior, um breve estudo a respeito da
relação homem-natureza e tentar entender porque hoje, essa
relação vem ameaçando o futuro do nosso planeta.
Histórico e conceito de
desenvolvimento sustentável
O desenvolvimento sustentável baseia-se numa forma de
desenvolvimento capaz de acontecer de forma a suprir as
necessidades presentes, ou seja, aquelas que já se
encontram instaladas, de forma que não venha a interferir no
crescimento das gerações futuras. Para isso é de
fundamental importância que se verifique a importância de
uma exploração harmônica dos recursos oferecidos pela
natureza.
Também é imprescindível que se perceba que alguns
problemas podem acompanhar essa exploração de recursos
naturais e ameaçar a sustentabilidade.
Histórico e conceito de
desenvolvimento sustentável
A geração de energia oriunda de fontes renováveis vem
despertando o interesse de vários países, por se tratar de
uma forma de obtenção de energia mais barata e que não
agride ao meio ambiente. E ao que tudo indica essa forma
“limpa” de obtenção de energia pode-se voltar muito mais
competitiva por conta das modernas tecnologias que
possibilitam maiores economias de escala, desde que o
homem vem explorando os recursos naturais, ainda na época
pré-histórica, logo depois com a revolução industrial e
chegado aos dias atuais.
Histórico e conceito de
desenvolvimento sustentável
As fontes renováveis, quando exploradas para geração de
energia, auxiliam na diminuição da exploração dos recursos
esgotáveis ou não-renováveis, pois realizam uma exploração
mais harmônica, assim também, com a exploração harmônica
de fontes renováveis, pode-se cuidar de ecossistemas que
são impactados negativamente por geração de substâncias
poluentes emitidas no meio ambiente, no momento em que
são transformados em energias úteis para o homem alguns
recursos não renováveis, como petróleo, carvão e gás. As
principais energias utilizadas pelo homem obtidas por
exploração das fontes naturais são: energia térmica,
mecânica e elétrica, entre outras.
Histórico e conceito de
desenvolvimento sustentável
Os recursos não renováveis, além de estarem em um
processo de esgotamento, são os que mais impactos
negativos trazem para a natureza, já que sua exploração
exige tecnologias especiais para extração, em virtude das
condições cada vez mais remotas para sua obtenção.
Seu transporte também costuma oferecer riscos extras,
conforme pode ser visto no exemplo do petróleo. Depois de
serem utilizados, são ainda estes recursos uma grande
ameaça poluente, como é o caso dos resíduos radioativos.
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