28-02-2014 Revista de Imprensa 28-02-2014 1. (PT) - Diário de Notícias, 28/02/2014, Governo vai mudar lei de cuidados continuados 1 2. (PT) - i, 28/02/2014, Cada milhão investido em saúde poupa 4536 dias de doença 2 3. (PT) - Jornal de Negócios, 28/02/2014, Paulo Macedo diz que ficou aquém da troika nos cortes 3 4. (PT) - Público, 28/02/2014, Ministro admite que não conseguiu acabar com dívidas em atraso nos hospitais 4 5. (PT) - Jornal de Notícias, 28/02/2014, Rastreio ao cancro oral arranca com 240 dentistas 5 6. (PT) - Correio da Manhã, 28/02/2014, Contrato para 100 médicos aposentados 6 7. (PT) - Destak, 28/02/2014, Prevenção com verbas reforçadas 7 8. (PT) - Diário de Notícias, 28/02/2014, Exposição de portugueses a amianto investigada 9 9. (PT) - Diário de Notícias, 28/02/2014, Editorial - Ser exigente com a saúde 11 10. (PT) - Diário de Notícias, 28/02/2014, Mais 10% de dadores após apelo do IPST 12 11. (PT) - Sol, 28/02/2014, Zonas do Interior sem INEM 13 12. (PT) - Jornal de Notícias, 28/02/2014, Cartas do leitor - Afinal, não há milagres 14 13. (PT) - Diário de Notícias, 28/02/2014, Modelo prevê mutações do vírus da gripe 15 14. (PT) - i, 28/02/2014, A maratona burocrática de 800 mil portugueses 16 15. (PT) - Jornal de Notícias, 28/02/2014, Portadores de doenças raras esperam anos por fármacos inovadores 21 16. (PT) - Primeiro de Janeiro, 25/02/2014, Prémio mundial de Inovação e Saúde 24 17. (PT) - Diário de Notícias, 28/02/2014, Sensor quer mede níveis de açúcar vence concurso 26 18. (PT) - Jornal de Notícias, 28/02/2014, Prevenir VIH nas populações migrantes 27 19. (PT) - Público, 28/02/2014, Descoberto gatilho da forma mais comum de atraso mental e autismo 28 20. (PT) - Diário de Notícias, 28/02/2014, Filhos de pais "velhos" têm mais riscos 30 21. (PT) - Correio do Minho, 27/02/2014, Campanha procura dador de medula óssea compatível com Sónia Oliveira 31 22. (PT) - Diário do Minho, 27/02/2014, Tertúlia na ACIB reflete sobre velhice e Alzheimer 32 23. (PT) - Destak, 28/02/2014, Livro inédito sobre doença 33 24. (PT) - Diário Económico, 28/02/2014, José de Mello Saúde analisa possibilidades de investimento 34 25. (PT) - Correio da Manhã, 28/02/2014, Reembolsos de IRS sofrem corte brutal 35 A1 ID: 52619155 28-02-2014 Tiragem: 28086 Pág: 18 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 10,75 x 24,06 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 1 A2 ID: 52618928 28-02-2014 Tiragem: 27259 Pág: 6 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 4,68 x 29,13 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 2 A3 ID: 52618835 28-02-2014 Tiragem: 12231 Pág: 25 País: Portugal Cores: Preto e Branco Period.: Diária Área: 5,31 x 9,61 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 1 Página 3 A4 ID: 52618435 28-02-2014 Tiragem: 35772 Pág: 11 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 10,56 x 30,41 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Ministro admite que não conseguiu acabar com dívidas em atraso nos hospitais Saúde Catarina Gomes Paulo Macedo anunciou que, a partir de Abril, a Linha de Saúde 24 passará a ter acompanhamento vocacionado para os idosos O ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse ontem que, das 45 medidas impostas pelo memorando da troika no sector da saúde, 39 já foram aplicadas, 12 estão em curso e duas estão por aplicar. Uma delas é a não acumulação de dívidas vencidas pelos hospitais, algo que continua a ser um problema, admitiu numa conferência organizada pela rádio TSF e o laboratório AbbVie sobre a sustentabilidade na saúde. O governante disse que 69% das medidas impostas pela troika tinham sido aplicadas, e apenas duas estavam por concretizar: uma tinha sido o fim das dívidas acumuladas nos hospitais, a outra foi a meta dos valores obtidos através do aumento do valor das taxas moderadoras, que ficou aquém dos objectivos. Mas Macedo notou que, por exemplo, a baixa do preço dos medicamentos foi aplicada com benefício para os utentes e não fazia parte do compromisso assinado com as instituições internacionais. Paulo Macedo negou que tenham ido além da troika e disse que, na repartição do esforço de poupança, 38% recaiu na indústria farmacêutica, 12% nos meios complementares de diagnóstico e terapêutica e a mesma percentagem nas despesas com pessoal. Só 3% ficou do lado do utente. Paulo Macedo garantiu que o seu Macedo diz ter aplicado 69% das medidas impostas pela troika ministério não fez “cortes cegos”, sublinhando que “há cortes virtuosos” que estão no terreno, como seja o combate às fraudes, desperdício e a poupança nas rendas excessivas. O ministro disse ainda que pretende aumentar a aposta na prevenção na área da saúde. Nesse sentido, anunciou que, a partir de Abril, a Linha de Saúde 24 passará a ter uma forma de acompanhamento vocacionada para os idosos. Quando contactarem a linha vai-lhes ser perguntado se querem passar a ser apoiados pela linha, “um acompanhamento mais importante no caso dos idosos que estão isolados”, disse. Na conferência foi ainda apresentado um estudo realizado pelo Instituto Superior de Estatística e Gestão da Informação, da Universidade Nova de Lisboa, patrocinado pela farmacêutica Abbvie, que concluiu que, com a actual estrutura de financiamento, por cada euro investido em saúde, juntando a despesa pública e privada, estima-se que haja um retorno imediato de 46 cêntimos no Produto Interno Bruto. Quando falava de retorno o coordenador do estudo e director do ISEGI, Pedro Simões Coelho, disse estar a referir-se a aumentos na longevidade, na diminuição da morbilidade (doenças) e melhorias na qualidade de vida. O impacto directo na economia traduz-se no aumento da população activa, na participação acrescida na economia e na melhoria na produtividade da mão-de-obra, enunciou. Outra conclusão do estudo é a que “a redução do absentismo é um dos efeitos do investimento em saúde”. Pedro Simões Coelho referiu que por cada um milhão de euros investido em saúde, o Estado paga menos 4536 dias em subsídio de doença, o que corresponde “a 12 anos de trabalho de uma pessoa”. Para os autores, “a despesa com saúde deve ser encarada como um investimento e não apenas como um custo”, tal como já tem sido dito em inúmeras investigações na área. O objectivo do trabalho, cujos dados são ainda preliminares, é criar indicadores que passem a monitorizar a sustentabilidade do sistema de saúde mas também a satisfação dos utentes. A deputada socialista Maria Antónia Almeida Santos, membro da comissão de saúde e uma das oradoras da conferência, referiu que a despesa em saúde continua abaixo da média dos países da OCDE e que o investimento em saúde devia aumentar em vez de diminuir, uma vez que tem impacto positivo na economia. Página 4 A5 ID: 52618552 28-02-2014 Tiragem: 84836 Pág: 10 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 17,67 x 22,50 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 5 A6 ID: 52620353 28-02-2014 Tiragem: 152865 Pág: 21 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 9,30 x 4,15 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 6 A7 ID: 52618470 28-02-2014 Tiragem: 135000 Pág: 5 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 16,24 x 15,48 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2 Prevenção com verbas reforçadas MÁRIO CRUZ/LUSA Por cada euro gasto em saúde deve haver um retorno de 46 cêntimos no PIB, revela relatório ontem apresentado. REDAÇÃO [email protected] Os gastos em saúde não podem servistoscomodespesa,massim investimento. A garantia é dada por um estudo do Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação, ontem apresentado na Conferência TSF/Abbvie sobre a sustentabilidade nasaúde.Éque,contasfeitas,porcada euro investido nestaárea, deveráexistirumretornoimediatode46cêntimos no Produto Interno Bruto (PIB). Paulo Macedo, ministro da Saúde, concorda. E confirmou a necessidade deinvestimento,anunciandoumreforçodoorçamentoemprevenção,sobretudo em três áreas distintas: «VIH, tuberculose e saúde mental», as duas primeiras em que «continuamos com uma prevalência muito acima do que são os níveis europeus». Há mais de dez mil consultas diárias no SNS, garante ministro Paulo Macedo VIH, tuberculose e saúde mental são áreas que vão ver reforçada a verba a usar na prevenção Presentenaconferência,ogovernante confirmou a boa saúde do Serviço Nacional de Saúde que, todos os dias, «dámais de dez mil consultas, mais de 16 mil urgências, faz mais de 1.800 intervenções cirúrgicas». Página 7 ID: 52618470 28-02-2014 Tiragem: 135000 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 5,12 x 3,88 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2 ATUALIDADE • 05 Investir um euro em saúde reforça PIB em 46 cêntimos Página 8 A9 ID: 52618932 28-02-2014 Tiragem: 28086 Pág: 4 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 27,26 x 34,46 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2 Página 9 ID: 52618932 28-02-2014 Tiragem: 28086 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 2,70 x 3,95 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2 Página 10 A11 ID: 52618952 28-02-2014 Tiragem: 28086 Pág: 10 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 9,81 x 34,17 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 11 A12 ID: 52619291 28-02-2014 Tiragem: 28086 Pág: 23 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 5,09 x 15,19 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 12 A13 ID: 52620239 28-02-2014 Tiragem: 51091 Pág: 22 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 26,56 x 22,11 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 13 A14 ID: 52618826 28-02-2014 Tiragem: 84836 Pág: 19 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 8,10 x 14,23 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 14 A15 ID: 52619430 28-02-2014 Tiragem: 28086 Pág: 30 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 5,43 x 16,28 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 15 A16 ID: 52618870 28-02-2014 Tiragem: 27259 Pág: 16 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 23,47 x 30,09 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 5 Página 16 ID: 52618870 28-02-2014 Tiragem: 27259 Pág: 17 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 23,72 x 29,56 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 5 Página 17 ID: 52618870 28-02-2014 Tiragem: 27259 Pág: 18 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 24,37 x 32,47 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 3 de 5 Página 18 ID: 52618870 28-02-2014 Tiragem: 27259 Pág: 19 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 24,12 x 30,70 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 4 de 5 Página 19 ID: 52618870 28-02-2014 Tiragem: 27259 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 4,42 x 3,21 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 5 de 5 Página 20 A21 ID: 52618523 28-02-2014 Tiragem: 84836 Pág: 8 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 27,33 x 33,15 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 3 Página 21 ID: 52618523 28-02-2014 Tiragem: 84836 Pág: 9 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 27,02 x 34,08 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 3 Página 22 ID: 52618523 28-02-2014 Tiragem: 84836 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 5,20 x 4,10 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 3 de 3 Página 23 A24 ID: 52619709 25-02-2014 Tiragem: 20000 Pág: 2 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 23,44 x 22,36 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2 Página 24 ID: 52619709 25-02-2014 Tiragem: 20000 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 6,05 x 3,48 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2 Página 25 A26 ID: 52619160 28-02-2014 Tiragem: 28086 Pág: 18 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 10,68 x 8,50 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 26 A27 ID: 52618602 28-02-2014 Tiragem: 84836 Pág: 12 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 4,39 x 6,56 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 27 A28 ID: 52618436 28-02-2014 Tiragem: 35772 Pág: 30 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 27,57 x 31,33 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2 Descoberto “gatilho” da forma mais comum de atraso mental e autismo É uma interacção anómala e totalmente inédita entre dois tipos de material genético que provoca a síndrome do X frágil. E essa interacção talvez possa um dia vir a ser travada com medicamentos JIM YOUNG/REUTERS Doenças genéticas Ana Gerschenfeld Cientistas nos EUA descobriram o mecanismo que, nas primeiras fases do desenvolvimento fetal humano, provoca a síndrome do X frágil ao “desligar” um único gene. Os seus resultados, que também mostram que é possível travar esse “silenciamento” genético in vitro com um composto químico — o que, segundo estes autores, poderá abrir a via ao tratamento desta e de outras doenças — são publicados hoje na revista Science. A síndrome do X frágil é a causa genética mais frequente de atraso mental hereditário e de autismo (é responsável por 5% dos casos de autismo). Surge quando um gene, chamado FMR1 e situado no cromossoma sexual X, é de repente desligado para sempre, por volta da 11.ª semana de gestação, o que impede o fabrico pelas células do cérebro do futuro bebé de uma proteína essencial à transmissão neuronal. A síndrome é mais frequente nos rapazes, porque estes apenas possuem um cromossoma X (as raparigas possuem dois), afectando cerca de um rapaz em 4000 (contra uma em 8000 raparigas). Provoca não só deficiências intelectuais, como também perturbações emocionais e do comportamento. Não tem cura, nem tratamento. Sabe-se há anos que a doença surge devido a uma mutação no gene FMR1 que consiste na repetição, centenas de vezes, de um trio das “letras” que compõem as moléculas de ADN: CGG (o “alfabeto” do ADN tem quatro letras, A, C, G, T). Sabese ainda que, a partir de mais de 200 repetições consecutivas desta sequência, o gene FMR1 vai literalmente abaixo, com as já referidas consequências. Mas até aqui ninguém fazia ideia por que é que, abaixo de 200 repetições, uma pessoa pode ser portadora da síndrome, mas não apresentar nenhum dos seus sintomas. Os resultados agora obtidos por Samie Jaffrey, da Universidade Cornell (EUA), e colegas esclarecem este enigma. Estes cientistas realizaram experiências em culturas de células estaminais derivadas de embriões humanos doados que tinham sido A síndrome do X frágil é uma doença genética que afecta cerca de um rapaz em 4000 previamente diagnosticados como tendo síndrome do X frágil, uma vez que o seu gene FMR1 continha mais de 400 repetições da nefasta pequena sequência. As células estaminais embrionárias são capazes de dar origem a todos os tecidos do organismo. Neste caso, a equipa de cientistas “obrigou” essas células a diferenciarse em neurónios para conseguir monitorizar o que acontecia ao gene FMR1 durante as primeiras fases do desenvolvimento cerebral. Deixaram o sistema evoluir durante 60 dias e constataram então que a diferenciação celular — e o silenciamento do gene FMR1 — ocorriam após cerca de 50 dias. O mesmo acontece nos embriões humanos afectados pela síndrome do X frágil, quase no fim do primeiro trimestre de gravidez. No início, explicam os autores, o gene FMR1 funcionava normalmente nas células em cultura. Em particular, essas células transcreviam a informação contida no gene FMR1 para uma outra forma de material genético, o ARN mensageiro, moléculas encarregadas de transmitir a ordem de fabrico da dita proteína à maquinaria celular prevista para o efeito. As células também fabricavam a tal proteína essencial ao desenvolvimento cerebral cujo fabrico é normalmente comandado pelo gene FMR1. Mas de repente, ao 48º dia, tudo mudou. Tanto os níveis de ARN mensageiro como da proteína em causa caíram a pique. Por alguma razão, o gene FMR1 tinha sido desligado. Os cientistas descobriram então que o que provocara essa repentina disrupção genética era que partes do ARN mensageiro transcrito a partir do gene FMR1 mutado tinham literalmente empatado o funcionamento daquele gene, colando-se ao seu ADN e impedindo o seu normal funcionamento. E que isso tinha acontecido precisamente por causa O gene envolvido na síndrome do X frágil fica literalmente encravado quando um outro tipo de material genético se “cola” a ele, impedindo o seu funcionamento do elevado número de repetições da tríade CGG no gene mutado. “Descobrimos que o ARN mensageiro é capaz de encravar o ADN do gene FMR1, desligando o gene”, diz Jaffrey em comunicado da sua universidade. “Isto é algo que até aqui ninguém sabia.” A molécula de ADN é composta por duas cadeias de “letras”, quimicamente ligadas entre si e enroladas uma em torno da outra numa dupla hélice. As duas cadeias são complementares: cada letra C numa delas corresponde a um G na outra e cada A a um T. Mas o que acontece aqui de diferente é que é o ARN mensageiro do gene FMR1 que se liga a uma sequência complementar numa das cadeias de ADN. “Trata-se de um novo tipo de mecanismo biológico, onde uma interacção entre o ARN e o ADN do gene da síndrome do X frágil provoca a doença”, frisa Jaffrey. “Como a mutação no gene FMR1 responsável pela síndrome do X frágil consiste numa longa sequência genética repetitiva”, explica ainda o investigador, “é muito fácil que uma porção suficientemente longa dessa sequência, quando transcrita para ARN mensageiro, encontre a seguir, no próprio ADN do gene, uma sequência complementar.” E, quando isto acontece, o ARN mensageiro agarra-se ao ADN, numa associação híbrida que até aqui não se sabia ser possível e que inactiva definitivamente o gene. Isto significa, em particular, que é de facto o número de repetições daquela sequência de três letras do ADN presente no gene FMR1 que condiciona a manifestação ou não da síndrome do X frágil. O enigma do número de repetições necessárias para causar doença parece portanto ter sido resolvido. A seguir, a equipa repetiu a experiência, mas desta vez cultivando as células estaminais em presença de uma substância desenvolvida pelo co-autor Matthew Disney, do Instituto Scripps de Investigação, na Califórnia. Conclusão: nessas condições, o gene FMR1 mutado já não era silenciado. Porém, uma terceira série de experiências mostrou que, uma vez esse gene silenciado, já não era possível voltar atrás. Para os autores, isto sugere que poderá ser, contudo, possível desenvolver um tratamento contra a síndrome do X frágil. “Se uma mulher grávida for informada de que o seu feto é portador da mutação genética que provoca a síndrome, poderíamos potencialmente intervir e administrar a substância durante a gestação”, diz Jaffrey. “Isso poderia permitir adiar ou impedir o silenciamento do gene, com significativas melhorias potenciais [para o futuro bebé].” Os investigadores já estão à procura de mecanismos de associação ARN-ADN semelhantes noutras doenças igualmente causadas por repetições genéticas, tais como a Huntington (doença degenerativa do cérebro), a distrofia miotónica (que provoca degeneração muscular, cataratas, problemas cardíacos, etc.), a síndrome de Jacobsen (que causa deficiências cognitivas e físicas) e a forma hereditária da esclerose amiotrófica lateral (ou ALS, a doença que padece o físico britânico Stephen Hawking). “Este mecanismo completamente novo, no qual fragmentos de ARN conseguem silenciar genes, poderá estar envolvido em muitas outras doenças”, frisa Jaffrey. “Esperamos ser possível um dia encontrar fármacos capazes de interferir com este novo tipo de processo patológico.” Página 28 ID: 52618436 28-02-2014 Tiragem: 35772 Pág: 52 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 5,31 x 3,89 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2 Descoberto “gatilho” da forma mais comum de autismo A síndrome do X frágil é provocada por uma interacção anómala p30 Página 29 A30 ID: 52619427 28-02-2014 Tiragem: 28086 Pág: 30 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 5,20 x 15,12 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Página 30 A31 ID: 52600249 27-02-2014 Tiragem: 8000 Pág: 14 País: Portugal Cores: Preto e Branco Period.: Diária Área: 9,51 x 7,96 cm² Âmbito: Regional Corte: 1 de 1 A 3 e 8 de Março Campanha procura dador de medula óssea compatível com Sónia Oliveira ‘Vamos ajudar a Sónia’ é o mote da campanha de angariação de dadores de medula óssea que se realiza nos dias 3 e 8 de Março, no Museu D. Diogo de Sousa, em Braga. No dia 3, a campanha decorre entre as 14 e as 19 horas, enquanto que no dia 8 está programada das 9 às 12.30 horas. Para participar basta apenas levar o bilhete de identidade ou cartão de cidadão. Não é necessário estar em jejum. Para ser dador de medula óssea é necessário ter entre 18 e 45 anos, peso mínimo de 50 kg, altura superior a um metro e meio, ser saudável e nunca ter recebido uma transfusão após 1980. A iniciativa, que regista a colaboração do Instituto Português do Sangue e Centro de Histocompatibilidade do Norte, visa encontrar um dador compatível com Sónia Oliveira. Página 31 A32 ID: 52599703 27-02-2014 Tiragem: 8500 Pág: 13 País: Portugal Cores: Preto e Branco Period.: Diária Área: 8,28 x 7,67 cm² Âmbito: Regional Corte: 1 de 1 Tertúlia na ACIB reflete sobre velhice e Alzheimer O departamento cultural da Associação Comercial e Industrial de Barcelos (ACIB) realiza amanhã, pelas 21h00, no Salão Nobre da ACIB, em Barcelos, a tertúlia “Rugas”. A sessão é dedicada à discussão da velhice e da doença de Alzheimer e será dinamizada por Élia Baeta, neurologista no hospital de Viana do Castelo, com formação em neuropsicologia e que se dedica há muitos anos ao estudo das demências. Partindo da exibição de alguns momentos do filme “Rugas”, realizado por Ignacio Ferreras, os participantes serão instigados a refletir sobre os preconceitos que abarcam a sociedade em geral, mas também sobre a inevitabilidade do envelhecimento. Página 32 A33 ID: 52618483 28-02-2014 Tiragem: 135000 Pág: 5 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 4,42 x 4,47 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 ESCLEROSE TUBEROSA Livro inédito sobre doença Um grupo de médicos de diferentes especialidades redigiu um livro inédito no País com recomendações sobre diagnóstico e avanços recentes no tratamento da Esclerose Tuberosa. Página 33 A34 ID: 52619215 28-02-2014 Tiragem: 17461 Pág: 27 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 23,59 x 25,80 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 1 Paulo Figueiredo José de Mello Saúde “analisa possibilidades de investimento” “Vamos ver como o mercado interpreta a presença de uma empresa de prestação de cuidados de saúde em bolsa e tomaremos as melhores decisões que considerarmos tomar na devida altura”, diz o presidente da José de Mello Saúde, Salvador de Mello. Saúde Gestora do Hospital de Braga e unidades CUF fecha ano com receitas de 495 milhões de euros. Hermínia Saraiva e Catarina Duarte [email protected] Depois de um ano em que viu crescer os resultados em 8%, Salvador de Mello garante que a José de Mello Saúde está a analisar “um conjunto vasto de possibilidades de investimento”. Quanto a seguir os passos da concorrente Espírito Santo Saúde, o presidente da José de Mello Saúde, diz que é preciso ver “o interesse que o sector desperta” antes de tomar qualquer decisão. “Ainda estamos em fase de encerramento de contas, mas deveremos ter fechado o ano com cerca de 495 milhões de euros de volume de negócios”, explica Salvador de Mello, escusando-se a avançar com o resultado líquido apurado para o exercício. Em 2012, o grupo, que gere os hospitais de Braga e de Vila Franca de Xira em regime de parceria público-privada, e controla ainda as clínicas CUF, registou uma facturação de 462,52 milhões de euros e lucros de 3,8 milhões. “Crescemos em praticamente todos os hospitais e em todas as clínicas, e em todos tivemos crescimentos significativos”, avança Salvador de Mello. Nos VOLUME DE NEGÓCIOS 495 milhões A José de Mello Saúde fechou 2013 com um volume de negócios de 495 milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 8% face ao ano anterior. indicadores de actividade de 2013, a José de Mello Saúde regista uma quebra apenas no número de partos realizados, que descem 3%. Em sentido contrário, são as consultas que mais crescem, registando uma evolução de 13% para 1,6 milhões. Os doentes atendidos nas urgências foram 510 mil, com uma evolução de 1%. Para este ano, Salvador de Mello acredita que o grupo vai prosseguir com uma trajectória de crescimento, mantendo como objectivo “continuar a liderar o sector”, e admitindo que o crescimento pode dar-se por via de aquisições. “Temos em análise um conjunto vasto de possibilidades de investimento”, diz, sem especificar como pretende financiar eventuais investimentos. A entrada em bolsa, à semelhança do que aconteceu com a Espírito de Santo Saúde, está para já afastada. “Vamos ver como o mercado interpreta a presença de uma empresa de prestação de cuidados de saúde em bolsa e tomaremos as melhores decisões que considerarmos tomar na devida altura”, revela o presidente da José de Mello Saúde. Para lá dos resultados financeiros e de operação, Salvador de Mello continua a elogiar os méritos das parcerias público-privadas no sector da saúde, recordando que as poupanças para o Estado, “se todos os hospitais do país tivessem os custos do Hospital de Braga”, seriam de 400 milhões de euros. Salvador de Mello não comenta os resultados da investigação, cujos resultados ainda não são conhecidos, conduzida no ano passada pela Inspecção Geral das Actividades de Saúde ao Hospital de Braga, unidade do Serviço Nacional de Saúde com gestão privada: “Seremos durante a vigência do contrato sempre avaliados à lupa e portanto sai uma inspecção e entra outra, faz parte do dia-a-dia.” ■ “É importante ver que estimulo a ADSE pode trazer para o SNS” Mais do que discutir quem tutela a ADSE, que deverá em breve sair do Ministério das Finanças para a Saúde, Salvador de Mello considera que importa discutir o futuro daquele subsistema de prestação de cuidados de saúde, lembrando que o nível de eficiência conseguido deveria ser aplicado ao Serviço Nacional de Saúde (SNS). “Mais importante é ver o que se pretende com a ADSE no futuro e que estimulo é que a ADSE pode trazer para a indução de eficiências no SNS”, defende o presidente da José de Mello Saúde. “A mudança de tutela pode ser boa ou má, em função do que se pretenda fazer com a ADSE ”, afirma Salvador de Mello, defendendo que esta opção só trará vantagens se for usada “no sentido de aproveitar o melhor que a ADSE tem para trazer ao SNS”. Caso contrário, se o objectivo for “reduzir ainda mais os custos de forma artificial”, o risco é contribuir para a insustentabilidade do sistema de saúde. “O sistema tem que ser sustentável a prazo e não pode ser baseado em práticas de preços oportunistas e casuísticas”, diz. Além da eficiência do sistema, a ADSE permite, segundo o gestor, “a liberdade de escolha dos doentes”, sendo esta uma das grandes vantagens. H.S. e C.D. Página 34 A35 ID: 52620516 28-02-2014 Tiragem: 152865 Pág: 28 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 26,80 x 33,44 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 2 Página 35 ID: 52620516 28-02-2014 Tiragem: 152865 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 26,75 x 1,89 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 2 de 2 Página 36