28-02-2014
Revista de Imprensa
28-02-2014
1. (PT) - Diário de Notícias, 28/02/2014, Governo vai mudar lei de cuidados continuados
1
2. (PT) - i, 28/02/2014, Cada milhão investido em saúde poupa 4536 dias de doença
2
3. (PT) - Jornal de Negócios, 28/02/2014, Paulo Macedo diz que ficou aquém da troika nos cortes
3
4. (PT) - Público, 28/02/2014, Ministro admite que não conseguiu acabar com dívidas em atraso nos
hospitais
4
5. (PT) - Jornal de Notícias, 28/02/2014, Rastreio ao cancro oral arranca com 240 dentistas
5
6. (PT) - Correio da Manhã, 28/02/2014, Contrato para 100 médicos aposentados
6
7. (PT) - Destak, 28/02/2014, Prevenção com verbas reforçadas
7
8. (PT) - Diário de Notícias, 28/02/2014, Exposição de portugueses a amianto investigada
9
9. (PT) - Diário de Notícias, 28/02/2014, Editorial - Ser exigente com a saúde
11
10. (PT) - Diário de Notícias, 28/02/2014, Mais 10% de dadores após apelo do IPST
12
11. (PT) - Sol, 28/02/2014, Zonas do Interior sem INEM
13
12. (PT) - Jornal de Notícias, 28/02/2014, Cartas do leitor - Afinal, não há milagres
14
13. (PT) - Diário de Notícias, 28/02/2014, Modelo prevê mutações do vírus da gripe
15
14. (PT) - i, 28/02/2014, A maratona burocrática de 800 mil portugueses
16
15. (PT) - Jornal de Notícias, 28/02/2014, Portadores de doenças raras esperam anos por fármacos
inovadores
21
16. (PT) - Primeiro de Janeiro, 25/02/2014, Prémio mundial de Inovação e Saúde
24
17. (PT) - Diário de Notícias, 28/02/2014, Sensor quer mede níveis de açúcar vence concurso
26
18. (PT) - Jornal de Notícias, 28/02/2014, Prevenir VIH nas populações migrantes
27
19. (PT) - Público, 28/02/2014, Descoberto gatilho da forma mais comum de atraso mental e autismo
28
20. (PT) - Diário de Notícias, 28/02/2014, Filhos de pais "velhos" têm mais riscos
30
21. (PT) - Correio do Minho, 27/02/2014, Campanha procura dador de medula óssea compatível com Sónia
Oliveira
31
22. (PT) - Diário do Minho, 27/02/2014, Tertúlia na ACIB reflete sobre velhice e Alzheimer
32
23. (PT) - Destak, 28/02/2014, Livro inédito sobre doença
33
24. (PT) - Diário Económico, 28/02/2014, José de Mello Saúde analisa possibilidades de investimento
34
25. (PT) - Correio da Manhã, 28/02/2014, Reembolsos de IRS sofrem corte brutal
35
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ID: 52619155
28-02-2014
Tiragem: 28086
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Âmbito: Informação Geral
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Âmbito: Informação Geral
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Âmbito: Economia, Negócios e.
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Área: 10,56 x 30,41 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
Ministro admite que
não conseguiu acabar
com dívidas em atraso
nos hospitais
Saúde
Catarina Gomes
Paulo Macedo anunciou
que, a partir de Abril, a
Linha de Saúde 24 passará
a ter acompanhamento
vocacionado para os idosos
O ministro da Saúde, Paulo Macedo,
disse ontem que, das 45 medidas
impostas pelo memorando da troika no sector da saúde, 39 já foram
aplicadas, 12 estão em curso e duas estão por aplicar. Uma delas é a
não acumulação de dívidas vencidas
pelos hospitais, algo que continua
a ser um problema, admitiu numa
conferência organizada pela rádio
TSF e o laboratório AbbVie sobre a
sustentabilidade na saúde.
O governante disse que 69% das
medidas impostas pela troika tinham sido aplicadas, e apenas duas
estavam por concretizar: uma tinha
sido o fim das dívidas acumuladas
nos hospitais, a outra foi a meta dos
valores obtidos através do aumento
do valor das taxas moderadoras, que
ficou aquém dos objectivos.
Mas Macedo notou que, por exemplo, a baixa do preço dos medicamentos foi aplicada com benefício
para os utentes e não fazia parte do
compromisso assinado com as instituições internacionais. Paulo Macedo negou que tenham ido além
da troika e disse que, na repartição
do esforço de poupança, 38% recaiu
na indústria farmacêutica, 12% nos
meios complementares de diagnóstico e terapêutica e a mesma percentagem nas despesas com pessoal. Só
3% ficou do lado do utente.
Paulo Macedo garantiu que o seu
Macedo diz ter aplicado 69% das
medidas impostas pela troika
ministério não fez “cortes cegos”, sublinhando que “há cortes virtuosos”
que estão no terreno, como seja o
combate às fraudes, desperdício e a
poupança nas rendas excessivas.
O ministro disse ainda que pretende aumentar a aposta na prevenção
na área da saúde. Nesse sentido,
anunciou que, a partir de Abril, a
Linha de Saúde 24 passará a ter uma
forma de acompanhamento vocacionada para os idosos. Quando contactarem a linha vai-lhes ser perguntado
se querem passar a ser apoiados pela
linha, “um acompanhamento mais
importante no caso dos idosos que
estão isolados”, disse.
Na conferência foi ainda apresentado um estudo realizado pelo Instituto
Superior de Estatística e Gestão da
Informação, da Universidade Nova
de Lisboa, patrocinado pela farmacêutica Abbvie, que concluiu que,
com a actual estrutura de financiamento, por cada euro investido em
saúde, juntando a despesa pública
e privada, estima-se que haja um retorno imediato de 46 cêntimos no
Produto Interno Bruto.
Quando falava de retorno o coordenador do estudo e director do ISEGI, Pedro Simões Coelho, disse estar
a referir-se a aumentos na longevidade, na diminuição da morbilidade
(doenças) e melhorias na qualidade
de vida. O impacto directo na economia traduz-se no aumento da população activa, na participação acrescida
na economia e na melhoria na produtividade da mão-de-obra, enunciou.
Outra conclusão do estudo é a que
“a redução do absentismo é um dos
efeitos do investimento em saúde”.
Pedro Simões Coelho referiu que por
cada um milhão de euros investido
em saúde, o Estado paga menos 4536
dias em subsídio de doença, o que
corresponde “a 12 anos de trabalho
de uma pessoa”.
Para os autores, “a despesa com
saúde deve ser encarada como um
investimento e não apenas como um
custo”, tal como já tem sido dito em
inúmeras investigações na área. O
objectivo do trabalho, cujos dados
são ainda preliminares, é criar indicadores que passem a monitorizar a
sustentabilidade do sistema de saúde
mas também a satisfação dos utentes.
A deputada socialista Maria Antónia Almeida Santos, membro da comissão de saúde e uma das oradoras
da conferência, referiu que a despesa
em saúde continua abaixo da média
dos países da OCDE e que o investimento em saúde devia aumentar em
vez de diminuir, uma vez que tem
impacto positivo na economia.
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A5
ID: 52618552
28-02-2014
Tiragem: 84836
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Âmbito: Informação Geral
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Pág: 21
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Âmbito: Informação Geral
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Pág: 5
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Área: 16,24 x 15,48 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 2
Prevenção com
verbas reforçadas
MÁRIO CRUZ/LUSA
Por cada euro gasto em
saúde deve haver um
retorno de 46 cêntimos
no PIB, revela relatório
ontem apresentado.
REDAÇÃO
[email protected]
Os gastos em saúde não podem
servistoscomodespesa,massim
investimento. A garantia é dada por
um estudo do Instituto Superior de
Estatística e Gestão de Informação,
ontem apresentado na Conferência
TSF/Abbvie sobre a sustentabilidade
nasaúde.Éque,contasfeitas,porcada
euro investido nestaárea, deveráexistirumretornoimediatode46cêntimos
no Produto Interno Bruto (PIB).
Paulo Macedo, ministro da Saúde,
concorda. E confirmou a necessidade
deinvestimento,anunciandoumreforçodoorçamentoemprevenção,sobretudo em três áreas distintas: «VIH,
tuberculose e saúde mental», as duas
primeiras em que «continuamos com
uma prevalência muito acima do que
são os níveis europeus».
Há mais de dez mil consultas diárias no SNS, garante ministro Paulo Macedo
VIH, tuberculose
e saúde mental
são áreas que vão
ver reforçada a verba
a usar na prevenção
Presentenaconferência,ogovernante confirmou a boa saúde do Serviço
Nacional de Saúde que, todos os dias,
«dámais de dez mil consultas, mais de
16 mil urgências, faz mais de 1.800 intervenções cirúrgicas».
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ID: 52618470
28-02-2014
Tiragem: 135000
Pág: 1
País: Portugal
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Área: 5,12 x 3,88 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 2 de 2
ATUALIDADE • 05
Investir um
euro em saúde
reforça PIB em
46 cêntimos
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A9
ID: 52618932
28-02-2014
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Âmbito: Informação Geral
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Tiragem: 28086
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Área: 2,70 x 3,95 cm²
Âmbito: Informação Geral
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Área: 9,81 x 34,17 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
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Âmbito: Informação Geral
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Âmbito: Informação Geral
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Âmbito: Informação Geral
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Âmbito: Informação Geral
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Área: 24,37 x 32,47 cm²
Âmbito: Informação Geral
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Área: 24,12 x 30,70 cm²
Âmbito: Informação Geral
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Área: 4,42 x 3,21 cm²
Âmbito: Informação Geral
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Âmbito: Informação Geral
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Área: 27,02 x 34,08 cm²
Âmbito: Informação Geral
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25-02-2014
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Área: 23,44 x 22,36 cm²
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25-02-2014
Tiragem: 20000
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Área: 6,05 x 3,48 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 2 de 2
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ID: 52619160
28-02-2014
Tiragem: 28086
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Âmbito: Informação Geral
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ID: 52618602
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Tiragem: 84836
Pág: 12
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Área: 4,39 x 6,56 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
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Tiragem: 35772
Pág: 30
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Área: 27,57 x 31,33 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 2
Descoberto “gatilho” da forma mais
comum de atraso mental e autismo
É uma interacção anómala e totalmente inédita entre dois tipos de material genético que provoca
a síndrome do X frágil. E essa interacção talvez possa um dia vir a ser travada com medicamentos
JIM YOUNG/REUTERS
Doenças genéticas
Ana Gerschenfeld
Cientistas nos EUA descobriram o
mecanismo que, nas primeiras fases
do desenvolvimento fetal humano,
provoca a síndrome do X frágil ao
“desligar” um único gene. Os seus
resultados, que também mostram
que é possível travar esse “silenciamento” genético in vitro com um
composto químico — o que, segundo
estes autores, poderá abrir a via ao
tratamento desta e de outras doenças — são publicados hoje na revista
Science.
A síndrome do X frágil é a causa
genética mais frequente de atraso
mental hereditário e de autismo (é
responsável por 5% dos casos de
autismo). Surge quando um gene,
chamado FMR1 e situado no cromossoma sexual X, é de repente desligado para sempre, por volta da 11.ª
semana de gestação, o que impede
o fabrico pelas células do cérebro do
futuro bebé de uma proteína essencial à transmissão neuronal.
A síndrome é mais frequente nos
rapazes, porque estes apenas possuem um cromossoma X (as raparigas possuem dois), afectando cerca
de um rapaz em 4000 (contra uma
em 8000 raparigas). Provoca não só
deficiências intelectuais, como também perturbações emocionais e do
comportamento. Não tem cura, nem
tratamento.
Sabe-se há anos que a doença surge devido a uma mutação no gene
FMR1 que consiste na repetição,
centenas de vezes, de um trio das
“letras” que compõem as moléculas
de ADN: CGG (o “alfabeto” do ADN
tem quatro letras, A, C, G, T). Sabese ainda que, a partir de mais de
200 repetições consecutivas desta
sequência, o gene FMR1 vai literalmente abaixo, com as já referidas
consequências.
Mas até aqui ninguém fazia ideia
por que é que, abaixo de 200 repetições, uma pessoa pode ser portadora da síndrome, mas não apresentar
nenhum dos seus sintomas. Os resultados agora obtidos por Samie Jaffrey, da Universidade Cornell (EUA),
e colegas esclarecem este enigma.
Estes cientistas realizaram experiências em culturas de células
estaminais derivadas de embriões
humanos doados que tinham sido
A síndrome do X frágil é uma doença genética que afecta cerca de um rapaz em 4000
previamente diagnosticados como
tendo síndrome do X frágil, uma
vez que o seu gene FMR1 continha
mais de 400 repetições da nefasta
pequena sequência. As células estaminais embrionárias são capazes
de dar origem a todos os tecidos do
organismo.
Neste caso, a equipa de cientistas
“obrigou” essas células a diferenciarse em neurónios para conseguir monitorizar o que acontecia ao gene
FMR1 durante as primeiras fases do
desenvolvimento cerebral. Deixaram
o sistema evoluir durante 60 dias e
constataram então que a diferenciação celular — e o silenciamento do
gene FMR1 — ocorriam após cerca
de 50 dias. O mesmo acontece nos
embriões humanos afectados pela
síndrome do X frágil, quase no fim
do primeiro trimestre de gravidez.
No início, explicam os autores, o
gene FMR1 funcionava normalmente nas células em cultura. Em particular, essas células transcreviam a
informação contida no gene FMR1
para uma outra forma de material
genético, o ARN mensageiro, moléculas encarregadas de transmitir a
ordem de fabrico da dita proteína
à maquinaria celular prevista para
o efeito. As células também fabricavam a tal proteína essencial ao
desenvolvimento cerebral cujo fabrico é normalmente comandado
pelo gene FMR1.
Mas de repente, ao 48º dia, tudo
mudou. Tanto os níveis de ARN mensageiro como da proteína em causa
caíram a pique. Por alguma razão, o
gene FMR1 tinha sido desligado.
Os cientistas descobriram então
que o que provocara essa repentina disrupção genética era que partes do ARN mensageiro transcrito a
partir do gene FMR1 mutado tinham
literalmente empatado o funcionamento daquele gene, colando-se ao
seu ADN e impedindo o seu normal
funcionamento. E que isso tinha
acontecido precisamente por causa
O gene envolvido
na síndrome
do X frágil fica
literalmente
encravado quando
um outro tipo de
material genético
se “cola” a ele,
impedindo o seu
funcionamento
do elevado número de repetições da
tríade CGG no gene mutado.
“Descobrimos que o ARN mensageiro é capaz de encravar o ADN do
gene FMR1, desligando o gene”, diz
Jaffrey em comunicado da sua universidade. “Isto é algo que até aqui
ninguém sabia.”
A molécula de ADN é composta
por duas cadeias de “letras”, quimicamente ligadas entre si e enroladas
uma em torno da outra numa dupla
hélice. As duas cadeias são complementares: cada letra C numa delas
corresponde a um G na outra e cada
A a um T. Mas o que acontece aqui de
diferente é que é o ARN mensageiro
do gene FMR1 que se liga a uma sequência complementar numa das cadeias de ADN. “Trata-se de um novo
tipo de mecanismo biológico, onde
uma interacção entre o ARN e o ADN
do gene da síndrome do X frágil provoca a doença”, frisa Jaffrey.
“Como a mutação no gene FMR1
responsável pela síndrome do X frágil consiste numa longa sequência
genética repetitiva”, explica ainda
o investigador, “é muito fácil que
uma porção suficientemente longa
dessa sequência, quando transcrita para ARN mensageiro, encontre
a seguir, no próprio ADN do gene,
uma sequência complementar.” E,
quando isto acontece, o ARN mensageiro agarra-se ao ADN, numa associação híbrida que até aqui não
se sabia ser possível e que inactiva
definitivamente o gene.
Isto significa, em particular, que
é de facto o número de repetições
daquela sequência de três letras do
ADN presente no gene FMR1 que
condiciona a manifestação ou não
da síndrome do X frágil. O enigma
do número de repetições necessárias
para causar doença parece portanto
ter sido resolvido.
A seguir, a equipa repetiu a experiência, mas desta vez cultivando as
células estaminais em presença de
uma substância desenvolvida pelo
co-autor Matthew Disney, do Instituto Scripps de Investigação, na
Califórnia. Conclusão: nessas condições, o gene FMR1 mutado já não
era silenciado. Porém, uma terceira
série de experiências mostrou que,
uma vez esse gene silenciado, já não
era possível voltar atrás.
Para os autores, isto sugere que
poderá ser, contudo, possível desenvolver um tratamento contra a
síndrome do X frágil. “Se uma mulher grávida for informada de que
o seu feto é portador da mutação
genética que provoca a síndrome,
poderíamos potencialmente intervir
e administrar a substância durante a
gestação”, diz Jaffrey. “Isso poderia
permitir adiar ou impedir o silenciamento do gene, com significativas
melhorias potenciais [para o futuro
bebé].”
Os investigadores já estão à procura de mecanismos de associação
ARN-ADN semelhantes noutras
doenças igualmente causadas por
repetições genéticas, tais como a
Huntington (doença degenerativa
do cérebro), a distrofia miotónica
(que provoca degeneração muscular, cataratas, problemas cardíacos,
etc.), a síndrome de Jacobsen (que
causa deficiências cognitivas e físicas) e a forma hereditária da esclerose amiotrófica lateral (ou ALS, a
doença que padece o físico britânico
Stephen Hawking).
“Este mecanismo completamente
novo, no qual fragmentos de ARN
conseguem silenciar genes, poderá
estar envolvido em muitas outras doenças”, frisa Jaffrey. “Esperamos ser
possível um dia encontrar fármacos
capazes de interferir com este novo
tipo de processo patológico.”
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ID: 52618436
28-02-2014
Tiragem: 35772
Pág: 52
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 5,31 x 3,89 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 2 de 2
Descoberto “gatilho”
da forma mais
comum de autismo
A síndrome do X frágil
é provocada por uma
interacção anómala p30
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A30
ID: 52619427
28-02-2014
Tiragem: 28086
Pág: 30
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 5,20 x 15,12 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
Página 30
A31
ID: 52600249
27-02-2014
Tiragem: 8000
Pág: 14
País: Portugal
Cores: Preto e Branco
Period.: Diária
Área: 9,51 x 7,96 cm²
Âmbito: Regional
Corte: 1 de 1
A 3 e 8 de Março
Campanha procura dador de medula
óssea compatível com Sónia Oliveira
‘Vamos ajudar a Sónia’ é o mote da campanha de angariação de dadores
de medula óssea que se realiza nos dias 3 e 8 de Março, no Museu
D. Diogo de Sousa, em Braga.
No dia 3, a campanha decorre entre as 14 e as 19 horas, enquanto que no
dia 8 está programada das 9 às 12.30 horas.
Para participar basta apenas levar o bilhete de identidade ou cartão de cidadão. Não é necessário estar em jejum.
Para ser dador de medula óssea é necessário ter entre 18 e 45 anos, peso
mínimo de 50 kg, altura superior a um metro e meio, ser saudável e nunca ter recebido uma transfusão após 1980.
A iniciativa, que regista a colaboração do Instituto Português do Sangue e
Centro de Histocompatibilidade do Norte, visa encontrar um dador compatível com Sónia Oliveira.
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A32
ID: 52599703
27-02-2014
Tiragem: 8500
Pág: 13
País: Portugal
Cores: Preto e Branco
Period.: Diária
Área: 8,28 x 7,67 cm²
Âmbito: Regional
Corte: 1 de 1
Tertúlia na ACIB reflete
sobre velhice e Alzheimer
O departamento cultural da Associação Comercial
e Industrial de Barcelos (ACIB) realiza amanhã, pelas
21h00, no Salão Nobre da ACIB, em Barcelos, a tertúlia “Rugas”.
A sessão é dedicada à discussão da velhice e da
doença de Alzheimer e será dinamizada por Élia Baeta,
neurologista no hospital de Viana do Castelo, com formação em neuropsicologia e que se dedica há muitos
anos ao estudo das demências.
Partindo da exibição de alguns momentos do filme
“Rugas”, realizado por Ignacio Ferreras, os participantes
serão instigados a refletir sobre os preconceitos que
abarcam a sociedade em geral, mas também sobre a
inevitabilidade do envelhecimento.
Página 32
A33
ID: 52618483
28-02-2014
Tiragem: 135000
Pág: 5
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 4,42 x 4,47 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
ESCLEROSE TUBEROSA
Livro inédito
sobre doença
Um grupo de médicos de
diferentes especialidades redigiu
um livro inédito no País com
recomendações sobre diagnóstico e avanços recentes no tratamento da Esclerose Tuberosa.
Página 33
A34
ID: 52619215
28-02-2014
Tiragem: 17461
Pág: 27
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 23,59 x 25,80 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 1
Paulo Figueiredo
José de Mello
Saúde “analisa
possibilidades
de investimento”
“Vamos ver como o mercado interpreta a presença de uma
empresa de prestação de cuidados de saúde em bolsa e
tomaremos as melhores decisões que considerarmos
tomar na devida altura”, diz o presidente da José de Mello
Saúde, Salvador de Mello.
Saúde Gestora do Hospital de Braga e unidades CUF
fecha ano com receitas de 495 milhões de euros.
Hermínia Saraiva
e Catarina Duarte
[email protected]
Depois de um ano em que viu
crescer os resultados em 8%,
Salvador de Mello garante que a
José de Mello Saúde está a analisar “um conjunto vasto de
possibilidades de investimento”. Quanto a seguir os passos
da concorrente Espírito Santo
Saúde, o presidente da José de
Mello Saúde, diz que é preciso
ver “o interesse que o sector
desperta” antes de tomar qualquer decisão.
“Ainda estamos em fase de
encerramento de contas, mas
deveremos ter fechado o ano
com cerca de 495 milhões de
euros de volume de negócios”,
explica Salvador de Mello, escusando-se a avançar com o resultado líquido apurado para o
exercício. Em 2012, o grupo,
que gere os hospitais de Braga e
de Vila Franca de Xira em regime de parceria público-privada, e controla ainda as clínicas
CUF, registou uma facturação
de 462,52 milhões de euros e lucros de 3,8 milhões.
“Crescemos em praticamente todos os hospitais e em todas
as clínicas, e em todos tivemos
crescimentos significativos”,
avança Salvador de Mello. Nos
VOLUME DE NEGÓCIOS
495 milhões
A José de Mello Saúde fechou
2013 com um volume de negócios
de 495 milhões de euros, o que
corresponde a um crescimento
de 8% face ao ano anterior.
indicadores de actividade de
2013, a José de Mello Saúde regista uma quebra apenas no número de partos realizados, que
descem 3%. Em sentido contrário, são as consultas que mais
crescem, registando uma evolução de 13% para 1,6 milhões.
Os doentes atendidos nas urgências foram 510 mil, com uma
evolução de 1%.
Para este ano, Salvador de
Mello acredita que o grupo vai
prosseguir com uma trajectória
de crescimento, mantendo
como objectivo “continuar a liderar o sector”, e admitindo que
o crescimento pode dar-se por
via de aquisições. “Temos em
análise um conjunto vasto de
possibilidades de investimento”, diz, sem especificar como
pretende financiar eventuais investimentos. A entrada em bolsa, à semelhança do que aconteceu com a Espírito de Santo Saúde, está para já afastada.
“Vamos ver como o mercado
interpreta a presença de uma
empresa de prestação de cuidados de saúde em bolsa e tomaremos as melhores decisões que
considerarmos tomar na devida
altura”, revela o presidente da
José de Mello Saúde.
Para lá dos resultados financeiros e de operação, Salvador
de Mello continua a elogiar os
méritos das parcerias público-privadas no sector da saúde,
recordando que as poupanças
para o Estado, “se todos os hospitais do país tivessem os custos
do Hospital de Braga”, seriam
de 400 milhões de euros.
Salvador de Mello não comenta os resultados da investigação, cujos resultados ainda
não são conhecidos, conduzida
no ano passada pela Inspecção
Geral das Actividades de Saúde
ao Hospital de Braga, unidade do
Serviço Nacional de Saúde com
gestão privada: “Seremos durante a vigência do contrato
sempre avaliados à lupa e portanto sai uma inspecção e entra
outra, faz parte do dia-a-dia.” ■
“É importante ver que estimulo a ADSE pode trazer para o SNS”
Mais do que discutir quem tutela
a ADSE, que deverá em breve sair
do Ministério das Finanças para a
Saúde, Salvador de Mello
considera que importa discutir o
futuro daquele subsistema de
prestação de cuidados de saúde,
lembrando que o nível de
eficiência conseguido deveria ser
aplicado ao Serviço Nacional de
Saúde (SNS). “Mais importante é
ver o que se pretende com a
ADSE no futuro e que estimulo é
que a ADSE pode trazer para a
indução de eficiências no SNS”,
defende o presidente da José de
Mello Saúde. “A mudança de
tutela pode ser boa ou má, em
função do que se pretenda fazer
com a ADSE ”, afirma Salvador de
Mello, defendendo que esta opção
só trará vantagens se for usada
“no sentido de aproveitar o
melhor que a ADSE tem para
trazer ao SNS”. Caso contrário, se
o objectivo for “reduzir ainda
mais os custos de forma
artificial”, o risco é contribuir
para a insustentabilidade do
sistema de saúde. “O sistema tem
que ser sustentável a prazo e não
pode ser baseado em práticas de
preços oportunistas e
casuísticas”, diz. Além da
eficiência do sistema, a ADSE
permite, segundo o gestor, “a
liberdade de escolha dos
doentes”, sendo esta uma das
grandes vantagens. H.S. e C.D.
Página 34
A35
ID: 52620516
28-02-2014
Tiragem: 152865
Pág: 28
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 26,80 x 33,44 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 2
Página 35
ID: 52620516
28-02-2014
Tiragem: 152865
Pág: 1
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 26,75 x 1,89 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 2 de 2
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Ministro admite que não conseguiu acabar com