Pró-Reitoria de Graduação Curso de Nutrição Trabalho de Conclusão de Curso PREVALÊNCIA DE ORTOREXIA NERVOSA EM ESTUDANTES DE NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA. Autor: Bethânia Oliveira Pereira Nassau Orientador: Profa. Msc. Caroline Olimpio Romeiro Brasília – DF 2012 BETHÂNIA OLIVEIRA PEREIRA NASSAU PREVALÊNCIA DE ORTOREXIA NERVOSA EM ESTUDANTES DE NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA Artigo apresentado ao curso de graduação em Nutrição da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel. Orientador: Profa. Msc. Caroline Olimpio Romeiro Brasília 2012 Artigo de autoria de Bethânia Oliveira Pereira Nassau, intitulado “PREVALÊNCIA DE ORTOREXIA NERVOSA EM ESTUDANTES DE NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA”, apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Nutrição da Universidade Católica de Brasília, em __/__/____, defendido e aprovado pela banca examinadora abaixo assinada: _____________________________________________________ Profa. Msc. Caroline Olimpio Romeiro Orientadora (Nutrição –UCB) ______________________________________________________ Larissa Godoy - Membro da Banca Oral (Nutrição –UCB) _____________________________________________________ Andressa Marchi - Membro da Banca Escrita (Nutrição –UCB) Brasília 2012 AGRADECIMENTO Agradeço a Deus, aos meus pais, minha irmã, minha avó e amigos que me deram força e vontade para continuar, especialmente a Aurora, Rayslaine e João; e a minha orientadora Caroline Romeiro. “PREVALÊNCIA DE ORTOREXIA NERVOSA EM ESTUDANTES DE NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA”. BETHÂNIA OLIVEIRA PEREIRA NASSAU RESUMO: Ortorexia nervosa é um comportamento onde há uma fixação exacerbada em alimentar-se bem, ainda não reconhecida pela Organização Mundial da saúde como transtorno alimentar, porém discute-se a hipótese devido as semelhantes características com os mesmos. No atual trabalho objetivou-se verificar a prevalência de ortorexia nervosa entre os estudantes do 1º ao 8º semestre do curso de nutrição da Universidade Católica de Brasília, verificar o conhecimento dos próprios em relação a esse comportamento e relacionar a presença dos traços de ortorexia entre o gênero e os semestres cursados entre eles. Participaram da pesquisa 124 estudantes que responderam a um questionário autoaplicável adaptado e traduzido do ORTO-15. Foram encontrados traços de ortorexia em 27,4% dos alunos; o semestre com maior prevalência de casos positivos foi o 2º, com 43,5% dos alunos; e 38,5% dos homens possuem ortorexia contra 26,1% das mulheres. Concluiu-se que há traços de ortorexia nervosa nos estudantes, e na maioria deles o risco de futuramente apresentar o comportamento caso não haja mudança nos próprios hábitos alimentares. Palavras-chave: comportamento alimentar, ortorexia nervosa, saúde, transtorno alimentar. “PREVALENCE OF ORTHOREXIA NERVOSA IN NUTRITION STUDENTS OF CATHOLIC UNIVERSITY OF BRASILIA”. BETHÂNIA OLIVEIRA PEREIRA NASSAU ABSTRACT: Orthorexia nervosa is a behavior when a person has an exacerbated fixation on eating well, not yet recognized by World Health Organization as an eating disorder, but this hypothesis is discussed due to similar characteristics between them. The current study was aimed to verify the prevalence of orthorexia nervosa among students from the 1ˢᵗ to the 8ᵗʰ semester of the Nutrition course at the Catholic University of Brasilia, to verify their own knowledge in relation to this behavior and to relate the presence of orthorexia traces between the gender and the concluded semesters by them.124 students who participated in the research answered an adapted and translated self-administered ORTO-15 questionnaire. Traces of orthorexia were founded in 27.4% of the students. The semester with a higher prevalence of positive cases was the 2ⁿᵈ, with 43.5% of students, and 38.5% of men have orthorexia in opposition of 26.1% of women. It was concluded that there are traces of orthorexia nervosa in the students, and most of them have the risk of showing this behavior in the future, if their own eating habits don’t change. Key-Words: Eating behavior, Orthorexia nervosa, health, eating disorder. INTRODUÇÃO: A alimentação tem mudado o seu significado para o ser humano ao longo dos anos, bem como tem orientado e demarcado cada etapa do processo civilizatório (COSTA ET AL., 1981). A industrialização trouxe também mudanças de hábitos alimentares com consumo de alimentos enlatados, congelados, pré-cozidos, prontos e fast-food. A chamada “comida caseira” foi ficando cada vez mais rara. A maior presença da mulher no mercado de trabalho parece ter diminuído a disponibilidade de tempo para o preparo das refeições e consequentemente mudou hábitos e comportamentos alimentares. Antes do aparecimento do fast-food, o ritual da refeição tinha outro significado. O horário para a alimentação é escasso e o fast-food, assim como “comer fora” e o delivery, entraram na conjuntura de um novo tempo urbano. Os antigos costumes alimentares também se misturam nesta realidade, formando um todo mundial. De qualquer forma, alguns veem nesta forma de comer uma necessidade e outros realização e lazer. (ORTIGOZA, 1997). O fenômeno descrito recebeu o nome de transição nutricional (MONTEIRO et al., 1995; POPKIN, 1993). Segundo (REISS, 1993; ROSO, 1993), o homem atual mudou seus conceitos de beleza. Isso é notável, pela mídia, ao nosso redor, indivíduos que buscam o corpo ideal, sendo este, um físico musculoso; parece que a magreza está permanecendo nas passarelas. Neste caso destacamos dois comportamentos alimentares ainda não reconhecidos como transtornos, mas como essa transição de padrão de beleza tende a aumentar, são eles a Vigorexia e a Ortorexia, o segundo será abordado de forma mais minuciosa neste trabalho. A ortorexia nervosa (ON) é um comportamento alimentar onde há uma preocupação exacerbada em alimentar-se bem, privando-se de vários alimentos e hábitos corriqueiros da sociedade moderna. Não há uma preocupação com a quantidade dos alimentos e sim com a qualidade, onde o comportamento exacerbado pela busca da alimentação adequada deixa de ser “saudável” e passa a ser patológico. Como o comportamento é novo, não há muitos estudos e, no Brasil, inexistem instrumentos claros para pesquisas. Por esse motivo, não foram realizados estudos sobre a prevalência desse comportamento na população brasileira até o momento. 7 Ortorexia nervosa: características gerais Nos transtornos da conduta alimentar, os mais conhecidos e prevalentes são a anorexia e a bulimia nervosa, em que a pessoa está excessivamente preocupada com a quantidade de alimento que ingere. Nesse cenário surge um novo, mas igualmente importante transtorno alimentar, chamado Ortorexia Nervosa (ON), que faz com que o indivíduo tenha uma preocupação exacerbada com sua saúde, prezando pela extrema qualidade dos alimentos que irá consumir. Esse transtorno é uma enfermidade ou conduta incorreta na alimentação que pode interferir, negativamente, na vida do doente que, na busca incansável pela saúde, pode agir de forma descontrolada e insana (GONZÁLEZ et al., 2007). Steven Bratman, médico americano, criou o termo Ortorexia Nervosa (ON), propôs o quadro como um comportamento alimentar transtornado e descreveu-a como uma fixação por alimentar-se bem, onde há uma exigência pelo alimento biologicamente puro, ou seja, livre de herbicidas, pesticidas e quaisquer substancias artificiais. O indivíduo possui o hábito de consumir somente alimentos saudáveis, buscando uma melhora na qualidade de vida, alertando as pessoas ao seu redor dos malefícios que outros alimentos causam. Há uma restrição exagerada não somente com os alimentos que fazem mal, mas inclusive com alimentos considerados saudáveis, como por exemplo, folhosos, que quando sua origem é desconhecida o alimento não deve ser ingerido. Bratman relata que em certa época ingeria somente alimentos cultivados por ele, ficando geralmente sem alimentarse. Passou a não frequentar lugares públicos, restaurantes, encontros com os amigos e familiares, privando-se de uma vida social. Com essa restrição alimentar, há consequentemente uma restrição de vitaminas, carboidratos, proteínas e inclusive lipídios que são essenciais para o ser humano. Os indivíduos mais susceptíveis a apresentar o quadro de ON são estudantes de nutrição, médicos, enfermeiros, ou seja, estudantes da área da saúde, bem como pessoas que tem o hábito de fazer dietas. Outras características que podem apresentar são: ansiedade, compulsão alimentar, necessidade de sentir-se puro, perfeccionismo, além de serem obsessivos, entre outros. (MARTINS, M. C. T. et al.) O objetivo do presente estudo foi verificar a prevalência de ortorexia nervosa entre os estudantes do 1º ao 8º semestre de nutrição, bem como verificar o conhecimento desses estudantes em relação a esse comportamento alimentar. 8 Ortorexia Nervosa e transtornos alimentares (TA) O termo anorexia deriva do grego "an-", deficiência ou ausência de, e "orexis", apetite. Também significando aversão à comida, enjôo do estômago ou inapetência. Cícero (106-43 aC.). Entretanto, o termo bulimia deriva de bou (grande quantidade de) ou boul (boi) e limos (fome), designando fome raivosa ou fome tão grande a ponto de levar alguém a comer um boi (STUNKARD, 1993). A anorexia nervosa parece ter fatores múltiplos, como componentes biológicos, socioculturais, psicológicos, familiares e individuais. (NUÑES et al.,) Os indivíduos que apresentam anorexia também se recusam comer em companhia, são precisos em colocar os alimentos nos pratos e demoram muito tempo para comer. (GARFINKEL et al., 1988). O que pode ser visualizado em quem também possui o comportamento alimentar da ortorexia. Assim como os TA, o comportamento alimentar requer uma equipe multidisciplinar, onde contenham médicos, psicólogos e nutricionistas, em alguns casos se necessário são utilizados medicamentos para um melhor tratamento. (BARTRINA, J.A.,2007). Também conhecida como Dismorfia Muscular e Anorexia Nervosa Reversa, a Vigorexia foi recentemente descrita como uma variação da desordem dismórfica corporal e enquadra-se entre os transtornos dismórficos corporais (TDC) (CHUNG, 2001; MAYVILLE, et al., 2002; HITZEROTH, et al., 2001). Do mesmo modo que a Ortorexia, a Vigorexia ainda não foi reconhecida como doença, e este ainda é um quadro não validado nem presente nos manuais diagnósticos em psiquiatria (CID-10 e DSM-IV) (ASSUNÇÃO, 2002; ZAMORA, et al., 2005). Outro fator importante a citar é que a vigorexia é mais prevalente em homens, diferentemente do que ocorre em TA e na ortorexia. (ALONSO, 2006; GRIEVE, 2007). Os transtornos alimentares como a anorexia, bulimia e excesso de dietas, podem levar a consequências em longo prazo na saúde física e mental e são hoje uma das doenças mais comum em jovens (PAXTON, 1995). Deve-se haver um cuidado maior quanto aos distúrbios e comportamentos alimentares, especialmente com aqueles que já possuem e/ou possuíram, levando em consideração que um transtorno pode ocasionar outro. 9 METODOLOGIA: Neste trabalho foi realizado um estudo transversal, observacional e descritivo. A amostra foi composta por estudantes do 1º ao 8º semestre da Universidade Católica de Brasília, totalizando 124 estudantes. No período entre outubro e novembro de 2012, totalizando 23 dias. A participação dos mesmos esteve condicionada á assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. (apêndice 2). Foi utilizado um questionário autoaplicável composto de 18 perguntas, que foram traduzidas para o português e adaptadas do questionário ORTO-15 (anexo1), desenvolvido por Donini e colaboradores (2004), publicado em língua inglesa, apesar de ter sido desenvolvido e validado em italiano. Contém 15 questões de múltipla escolha que abordam temas relacionados ao comportamento ortoréxico e que seguem com respostas de múltipla escolha, como: sempre, frequentemente, às vezes e nunca. A interpretação e caracterização da ortorexia são realizadas por 15 questões, divididas por áreas, clínica, emocional e racionalcognitiva, tendo cada questão uma pontuação que varia de 1 a 4. O teste considera que os valores encontrados abaixo de 35 possuem alta especificidade (capacidade do teste de separar indivíduos saudáveis, considerando apenas os verdadeiramente positivos como positivos), logo são considerados com traços de ortorexia; valores abaixo de 45 possuem alta sensibilidade (capacidade de separar apenas os indivíduos ortoréxicos e os falsos positivos), que fora utilizado para indicar os indivíduos com risco nos questionários aplicados com os alunos da Universidade Católica de Brasília. Primeiramente foi realizado um teste piloto com 4 alunos, para que as perguntas pudessem ser melhor adaptadas ao vocabulário local e específico dessa população de estudantes. A partir desse teste piloto, o questionário final para a pesquisa foi elaborado (apêndice1). Após o piloto, os questionários foram aplicados nos diferentes semestres e foi feita a contagem de pontos. Houve a divisão em três categorias: semestre, faixa etária e sexo. Foram realizadas 4 tabelas e com elas cinco gráficos (Excel 2007), o primeiro é possível identificar o percentual de estudantes que apresentam ortorexia, risco e nenhum risco para o comportamento (Figura1), o segundo gráfico expõe o percentual do total de estudantes com ortorexia, risco e sem risco divididos por semestre (Figura 2), no terceiro pode ser visualizado o percentual de estudantes que apenas ouviram falar na ortorexia (Figura 3), no quarto gráfico se sabiam o que era a ortorexia (Figura 4) e no quinto se definiu a ortorexia da forma correta (Figura 5). 10 RESULTADOS: Os questionários aplicados aos estudantes do curso de nutrição da Universidade Católica de Brasília totalizaram 124 alunos, dos quais 89,5% eram mulheres e 10,5% homens, com uma média de idade da amostra de 23,8± 6,9. Foi possível verificar que 27,4% apresentaram traços de ortorexia, 69,4% apresentaram risco para esse comportamento e 3,2% não apresentaram risco algum de ortorexia no atual momento. A maioria dos estudantes encontrados com traços ortoréxicos são do 2º semestre, com 43,5% do total; e o risco de 90%, o maior encontrado, está presente no 3º e 8º semestres (Figura1). Quanto ao conhecimento sobre a ortorexia os estudantes ainda têm muito que aprender, o comportamento é pouco conhecido, apenas 28 já ouviram falar sobre o comportamento (Figura 3), e apenas 4 souberam defini-lo da forma correta (Figura 5). Em um estudo feito na Turquia em 2007, com um grupo de médicos residentes entre 24,3 – 30,1 anos, mostrou que 45,5% pontuaram abaixo de 40 no ORTO-15, apresentando traços de ortorexia ou um comportamento altamente sensível sobre seus hábitos alimentares. Não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre homens e mulheres (BAGCI BOSI, T. A.; ÇAMUR, D.; GULER,C., 2007). Podemos perceber que, não somente nos profissionais da nutrição, mas em médicos, há um elevado índice de diagnosticados. Um segundo teste realizado em estudantes do curso de técnico em nutrição dietética no Distrito Federal em 2012 mostrou que o maior percentual de estudantes nessa área também é do sexo feminino. A idade dos alunos variou entre 16 e 56 anos, sendo semelhante com o constatado no estudo, que variou de 17 a 50 anos. Aproximadamente 83% dos resultados no ORTO-15 foram abaixo de 40. Em comparação no estudo foi encontrado 27,4% abaixo de 35 e 96,8% abaixo de 45 pontos. (PONTES,2012). 11 Figura1: Teste de Ortorexia Ortoréxicos Risco Sem risco 90% 90% 80% 70% 68% 69% 60% 52% 43% 40% 32% 25% 10% 10% 10% 2º 8% 5% 4% 1º semestre 23% 0% 3º 0% 4º 0% 5º 6º 10% 0% 7º 8º semeste 12 Figura 2: Percentual de estudantes diagnosticados por semestre Ortorexia - 100% Com Risco - 100% Sem risco - 100% 29,41% 25% 25% 25% 26,47% 22,09% 16,28% 14,71% 13,95% 10,47% 11,76% 10,47% 8,82% 9,30% 6,98% 2,94% 2,94% 2,94% 0% 1ºsemestre 2º 3º 10,47% 0% 4º 0% 5º 6º 0% 7º 0% 8ºsemestre 13 Figura 3: Já ouviu falar na Ortorexia? Sim 91,30% Não Total: 28– Sim (22,58%) 96 – Não (77,42%) 85,71% 70% 76,92 90% 70% 30% 1º semestre 70% 8,70% 2º 30% 60% 14,29% 30% 23,08% 40% 10% 3º 4º 5º 6º 7º 8º semestre 14 Figura 4: 15 Figura 5: 16 CONCLUSÃO: Foi possível verificar que a menor parte dos entrevistados apresentaram traços de ortorexia nervosa, mas existiu elevada prevalência de estudantes com risco de desenvolver esse comportamento, o que pode aumentar ou diminuir dependendo de diversos fatores como o conhecimento adquirido durante o curso, além de fatores cognitivos que alteram o comportamento. Nos semestres iniciais, com destaque para o 2º semestre, houve uma elevada prevalência de risco para o desenvolvimento do comportamento, o que pode ser justificada pela falta de conhecimento específico no inicio do curso, por esse motivo muitos mitos relacionados à alimentação ainda fazem parte dos conceitos desses estudantes. Em contrapartida, no final do curso onde o conhecimento adquirido é realmente significativo, há uma compressão mais elevada e o risco diminui para 10%. A discussão sobre ortorexia é tão importante quanto qualquer outro distúrbio alimentar, como anorexia, vigorexia ou bulimia, uma vez que esse comportamento obsessivo por alimentar-se cada vez melhor traz graves prejuízos aos indivíduos e seus familiares e amigos. É necessário uma conscientização em toda a sociedade acerca do tema, em especial aos profissionais da saúde, já que são os maiores prejudicados. É importante que o tema seja abordado, para que o comportamento seja cada vez mais discutido e reconhecido, com o estudo realizado os estudantes puderam ao menos conhecer o conceito de ortorexia e aqueles mais curiosos poderão pesquisar já que sabem que o comportamento é existente. 17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BAGCI BOSI, A.T.; ÇAMUR, D.; GULER, C. Prevalence of orthorexia nervosa in resident medical doctors in the faculty of medicine (Ankara, Turkey). Apetite. 2007; 49 (3):661-6. BRATMAN. Orthorexia nervosa: the health food eating disorder. New York: Broadway Books; 2002. BARTRINA, J.A. Ortorexia o La obsesión por La dieta saludable. Departamento de Medicina Preventiva y Salud Pública. Universidad de Navarra. España. Organo Oficial de La Sociedad Latinoamericana de Nutrición. Vol.57 Nº 4, 2007. CAMARGO, T.P.P; COSTA, S.P.V; UZUNIAN, L.G; VIEBIG, R.F. Vigorexia: Revisão dos aspectos atuais deste distúrbio de imagem corporal. Rev. bras. psicol. esporte v.2 n.1 São Paulo jun. 2008 DONINI, L.M. et AL. Orthorexia nervosa: Validation of a diagnosis questionnarie. Eat Weight Disord. 2005 Jun; 10(2): 28-32. FERNANDES, A.E.R. Avaliação da imagem corporal, hábitos de vida e alimentares em crianças e adolescentes de escolas públicas e particulares de Belo Horizonte. [manuscrito] - 2007. JORGE, S. R. F. VITALLE, M. S. S. Entendendo a anorexia nervosa: foco no cuidado à saúde do adolescente. Arq Sanny Pesq Saúde 1(1): 57-71, 2008. LOPES, M.R.; KIRSTEN, V.R. Comportamento de ortorexia nervosa em mulheres jovens. Disciplinarum Scientia. Série: Ciências da Saúde, Santa Maria, v. 10, n. 1, p. 97-105, 2009. MARTINS, M. C. T. ALVARENGA, M. S; VARGAS S. V. A; SATO, K. S. C, J; SCAGLIUSI, F. B. Ortorexia nervosa: reflexões sobre um novo conceito. Rev. Nutr. vol.24 no.2 Campinas Mar./Apr. 2011 NUÑES C, MOREIRA A, CARBAJAL A. Pautas para el tratamiento dietético de pacientes com anorexia nervosa basados em la evaluación de su estado nutritivo. Rev Clin Esp. 1995; 195(1): 226-33. 18 NUNES, M. A; APPOLINARIO, J. C; GALVÃO, A. L; COUTINHO, W. et al., Transtornos alimentares e obesidade. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. PHILIPPI, S. T; ALVARENGA, M. Transtornos Alimentares: Uma visão nutricional. 1ª ed. São Paulo: Manole, 2004. PONTES, J. B. Ortorexia em estudantes de nutrição: A hipercorreção incorporada ao habitus profissional? Brasília, DF, p.1-73.2012. 19 Apêndice 1: Questionário de TCC - Universidade Católica de Brasília Ortorexia Nervosa Nome:_________________________________________________________ Idade:___________ Sexo:_____________ Semestre:_________________ Você sabe o que é ortorexia nervosa? Sim Não Caso tenha respondido sim à questão anterior, defina ortorexia: _________________________________________________________ Já ouviu falar? Sim Não Teste para o diagnóstico de Sempre Frequentemente Às vezes Nunca Ortorexia Ao comer, você fica atento (a) nas calorias dos alimentos? Quando vai a supermercados, restaurantes ou lanchonetes, você se sente confuso (a) na escolha dos alimentos? Nos últimos três meses, pensar sobre alimentos preocupa você? A preocupação com sua saúde interfere nas suas escolhas alimentares? Para você, a qualidade nutricional é mais importante do que o sabor dos alimentos? Você estaria disposto (a) a gastar mais dinheiro para ter uma alimentação mais saudável? 20 Você passa mais de três horas por dia preocupado (a), pensando sobre os alimentos que consome? Quando está seguindo um plano alimentar você se permite violar a dieta? Seu humor afeta seu comportamento alimentar? Quando você se alimenta de maneira saudável sua autoestima aumenta? Você deixa de comer fora de casa, com amigos ou família, por achar que isso compromete a qualidade da sua alimentação? Quando você come alimentos saudáveis você se sente com a aparência melhor? Você considera que há poucos alimentos saudáveis no mercado? Você costuma fazer as refeições sozinho (a)? Ao consumir um alimento (altamente calórico, industrializado) não saudável, sente-se culpado (a)? 21 Apêndice 2: Termo de consentimento livre e esclarecido ___/___/___ Você está convidado (a) como voluntário (a) a participar da pesquisa intitulada “Prevalência de Ortorexia Nervosa em estudantes de nutrição da Universidade Católica de Brasília”, trabalho de conclusão de curso da aluna Bethânia Oliveira P. Nassau, estudante do 8º semestre de nutrição da Universidade Católica de Brasília. O propósito desta pesquisa é verificar se há traços de comportamentos ortoréxicos em estudantes do curso de nutrição da UCB. Aqueles que fornecerem dados espontaneamente pós-esclarecimento terão suas identidades preservadas mesmo após elaboração de relatório final deste estudo. Este termo em duas vias é para certificar que eu ___________________________________________________________________________ _______, residente à __________________________________________ concordo em participar voluntariamente da pesquisa mencionada e sei que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem nenhum prejuízo. Estou ciente de que a pesquisa não implicará em riscos físicos à minha pessoa nem à comunidade da qual faço parte. Finalizando, sou sabedor de que terei todas as dúvidas respondidas a contento pelo pesquisador responsável Profa. MSc. Caroline Romeiro, no telefone (61) 3356-9221 ou e-mail [email protected]. __________________________________ Assinatura do Pesquisador __________________________________ Assinatura do Voluntário 22 Anexo1: 23 Tabela 1 – Conhecimento sobre a ortorexia, sexo e idade dos estudantes. Sabe o que e ortorexia? Sabe o que significa? Já ouviu falar sobre ortorexia? Não Total de entrevistados 3 7 10 2 21 23 10 3 7 10 0 10 1 9 10 19 1 19 6 14 20 27 1 27 4 24 28 0 13 0 13 3 10 13 8º 2 8 2 8 6 4 10 TOTAL 5 119 4 120 28 96 124 Feminino 9 103 4 108 25 87 111 Masculino TOTAL 0 12 0 12 3 9 13 9 115 4 120 28 96 124 17 - 20 1 44 1 44 6 29 45 21 - 25 4 50 3 51 14 40 54 Sim Não Sim Não Sim 1º 0 10 0 10 2º 0 23 0 23 3º 1 9 0 4º 0 10 5º 1 6º 1 7º Semestre Sexo Idade 26- 30 0 10 0 10 1 9 10 31 - 35 0 3 0 3 1 2 3 36 - 40 0 6 0 6 2 4 6 41 - 45 0 3 0 3 0 3 3 46 – 50 TOTAL 0 3 0 3 1 2 3 5 119 4 120 25 89 124 24 Tabela 2 Ortoréxicos (ORTO-15 < 35) Risco (35 < ORTO-15 < 45) Sem risco (ORTO-15 ≥ 45) Indivíduos Indivíduos Indivíduos Proporção Proporção Proporção Semestre 1º 1 10% 8 80% 1 10% 2º 10 43% 12 52% 1 4% 3º 1 10% 9 90% 0 0% 4º 4 40% 6 60% 0 0% 5º 5 25% 14 70% 1 5% 6º 9 32% 19 68% 0 0% 7º 3 23% 9 69% 1 8% 8º TOTAL 1 10% 9 90% 0 0% 34 27,4% 86 69,4% 4 3,2% 25 Tabela 3 – Utilizada para pontuar os questionários (ORTO -15). PONTUAÇÃO: Questões Sempre Frequentemente Ás vezes Nunca 2, 5, 8, 9 4 3 2 1 3, 4, 6, 7, 10, 11, 1 2 3 4 2 4 3 1 12, 14, 15 1, 13 26 Tabela 4 - Ortoréxicos (ORTO-15 < 35) Indivíduos Proporção % Risco (35 < ORTO-15 < 45) Indivíduos Proporção % Sem risco (ORTO-15 ≥ 45) Indivíduos Proporção % Semestre 1º 1 10,00% 2,94% 8 80,0% 9,30% 1 10,0% 25,00% 2º 10 43,48% 29,41% 12 52,2% 13,95% 1 4,3% 25,00% 3º 1 10,00% 2,94% 9 90,0% 10,47% 0 0,0% 0,00% 4º 4 40,00% 11,76% 6 60,0% 6,98% 0 0,0% 0,00% 5º 5 25,00% 14,71% 14 70,0% 16,28% 1 5,0% 25,00% 6º 9 32,14% 26,47% 19 67,9% 22,09% 0 0,0% 0,00% 7º 3 23,08% 8,82% 9 69,2% 10,47% 1 7,7% 25,00% 8º 1 10,00% 2,94% 9 90,0% 10,47% 0 0,0% 0,00% TOTAL 34 27,4% 100% 86 69,4% 100% 4 3,2% 100% 27