CP MEMÓRIA Arte&Agenda DOMINGO, 16 de novembro de 2008 | [email protected] Instalação premiada Com mais de 1.360 artistas inscritos, Maristela Winck é uma das vencedoras do Prêmio Porto Seguro Fotografia 2008, considerado um dos mais importantes da fotografia no Brasil. Pós-graduada em Poéticas Visuais pela Feevale, Maristela venceu na categoria Pesquisas Contemporâneas. Ela desenvolveu a instalação de parede “A Última Ceia, uma Poética da Mulher”. A obra resulta da manipulação de imagens fotográficas e montagens. Brasileiros em Paris Entre os dias 11 e 14 de dezembro, um grupo de artistas plásticos brasileiros estará participando do no Salon Nationale Des Beaux-Arts 2008, em Paris. Há 147 anos, o salão expõe peças com caráter liberal reunindo novos e consagrados artistas de todo o mundo. Considerado um dos mais significativos eventos do mundo das artes, é realizado dentro do Museu do Louvre. Entre os participantes, Gregório Gruber, Romero Brito e “Os Gêmeos”. Opção musical do domingo A arte vigorosa de Jorge Guinle “Belo Caos” é a primeira retrospectiva póstuma que reúne a produção de Jorge Guinle (1947-1987) em sua curta, mas intensa trajetória artística, que pode ser conferida até o dia 23 de novembro, na Fundação Iberê Camargo (Padre Cacique, 2000). Composta por 33 pinturas e 20 desenhos, provenientes de 22 coleções particulares e duas públicas, do Rio de Janeiro e São Paulo, a exposição ocupa o terceiro e quarto pavimentos da construção projetada por Álvaro Siza. Em seus últimos dias, ela pode ser conferida de terças a sextas, das 10h às 19h, e sábados, domingos e feriados, das 11h às 19h. Ronaldo Brito e Vanda Klabin assinam a curadoria deste panorama abrangente da produção do pintor, desenhista e gravador, cuja morte ocorreu prematuramente, aos 40 anos de idade. No breve período de sete anos de trajetória artística, ele produziu intensamente no campo pictórico, quando a “geração 80” celebrava a volta à pintura. Em seus quadros sobram energia e autonomia dos traços, que ora se encontram para sugerir figuras, ora se expandem para todos os lados de forma frenética. Acostumado a pintar suas telas no chão, utilizava as cores como o substantivo da obra, e não apenas como meio de imprimir imagens. “A produção de Guinle era pulsante, corpórea, demonstrava toda a potência da vida e por isso acedito que ele fosse um dos grandes responsáveis pela dessublimação da arte brasileira”, comenta o crítico e professor de arte Ronaldo Britto, amigo próximo do artista desde a juventude. O sólido legado que construiu se tornou referência na arte brasileira, com peças que imprimem toda a liberdade, intempestividade e vigor do artista através das cores vivas, pinceladas anárquicas e intrincadas referências aos movimentos artísticos modernos e contemporâneos. Nesta exposição não há uma cronologia das obras, que vão dos anos 80, quando o artista assumiu a arte como prosissão, até seus últimos dias. “Há quadros muito fortes, em especial os da fase final de Guinle, que trazem uma paleta de cores menor, com prevalência do tom ocre, como em “Macunaíma” (1986), afirma a historiadora e crítica de arte Vanda Klabin. Ela acredita que suas pinturas “permanecem jovens”, luminosas com a materialidade das tintas, em que prevalece uma paleta de amarelos, vermelhos e azuis, “no auge da volúpia e da alta voltagem cromática”, declara. O artista foi homenageado em 1989, na Bienal de São Paulo e, desde sua morte, suas obras eventualmente figuravam de maneira pontual em mostras. A maior parte delas pertence a colecionadores particulares, mas há um grande número na Coleção João Sattamini, cedido em comodato para o Museu de Arte Contemporânea de Niterói. “O Jorge foi muito influente, ele abriu uma espacialidade, uma gestualidade, um intimismo na pintura brasileira, trouxe um frescor”, diz Ronaldo Brito. REPRODUÇÃO / CP Produção de Jorge Guinle está na Fundação Iberê Camargo REPRODUÇÃO / CP Arte gaúcha na República Dominicana A artista plástica Corali Cardoso foi convidada pelo Colege Arte – Belo Horizonte para representar o Rio Grande do Sul no XIII Circuito Internacional de Arte Brasileira – 2a Etapa, que será realizada de amanhã até 31 de dezembro, em Santo Domingo, República Dominicana, e em Londrina, Paraná. Natural de Porto Alegre e autodidata, Corali pinta desde 2000, e soma participações em diversas mostras coletivas e individuais, salões, e leilões beneficentes. Foi catalogada no Anuário Arte & Artistas Brasil 2004/2005. A França no Margs A secretária de Estado da Cultura, Mônica Leal, recebeu recentemente o cônsul-geral da França, Jean-Marc Gravier, e comitiva em seu gabinete. Na ocasião foram apresentados os projetos que estão sendo chancelados para o Ano da França no Brasil, em 2009. A exposição “100 Anos da Arte na França, de 1860 a 1960” é o principal projeto, que estará no Margs de junho a agosto. O Ano da França no Brasil será comemorado de abril a novembro. The Beats Vigilância Sanitária em mostra para crianças Hoje é o último dia para conferir, no Armazém A5 do Cais do Porto, a Mostra Cultural Vigilância Sanitária e Cidadania. A exposição visa aproximar a população do trabalho realizado pela Vigilância Sanitária, e é dirigida a crianças da 2a a 6a série do Ensino Fundamental. Ela busca apresentar, de forma lúdica, o quanto a Vigilância está presente no dia-a-dia das pessoas; ao expor hábitos do cotidiano, esclarece os perigos aos quais a população está exposta. De segundas a sextas, das 9h às 17h; finais de semana, das 10h às 19h. Ceramista representa o Brasil na China ‘Belo Caos’ é a primeira retrospectiva póstuma de Guinle (1947-1987) Norma Grinberg foi a artista que representou o Brasil no encontro de ceramistas realizado em setembro e outubro, em Fuping-Xian (China), complexo museológico com obras de artistas de todo o mundo, denominado Flicam – Fule International Art Museuns. Seus trabalhos ficarão permanentemente expostos no Museu Sino Latino-Americano, dedicado à produção dos latino-americanos. Docente da Escola de Comunicação e Arte (ECA/USP), Norma tem trabalhos expostos no país e exterior, que ressaltam a contemporaneidade.