TRABALHO DE CAMPO NAS TERRAS INDÍGENAS XAKRIABÁ: A CULTURA DE RESISTÊNCIA 1 Cássio Alexandre da Silva Docente da Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES [email protected] Rosselvelt José Santos Docente da Universidade Federal de Uberlândia – UFU [email protected] RESUMO: O artigo é parte da pesquisa de doutoramento sobre o território Xakriabá no município de São João das Missões no norte de Minas Gerais. O objetivo é de apresentar uma atividade de trabalho de campo e suas principais análises didáticas e metodológicas, reconhecendo o emperismo como parte da construção do conhecimento. As atividades aconteceram de forma coletiva entre os visitantes e algumas lideranças indígenas em suas respectivas aldeias. Essas lideranças são representadas por caciques, lideranças organizadoras e responsáveis por ações e projetos dentro da comunidade, jovens professores educadores e demais moradores. Foram visitadas as aldeias de Rancharia, a do Morro Vermelho, a de Barreiro Preto e a de Sumaré I que estão distribuídas em toda a Terra Indígena Xakriabá. A metodologia usada, foi a conversa direta - oralidade sobre a concepção cultural e de resistência desse povo. O diálogo aconteceu em cada sede, sendo nas escolas indígenas e ao ar livre onde realizou-se caminhadas com explicações e observações sobre o espaço. A pesquisa se apresenta em andamento sendo este parte da análise geral. 1 O artigo foi realizado a partir dos resultados do Trabalho de Campo nas Terras Indígenas Xakriabá em 30/01/2010. A coordenação do trabalho foi do professor Heitor Antônio Paladim Junior, docente da PósGraduação do CEIVA – Januária - MG, doutorando em Geografia na USP que nos convidou para compartilhar experiências junto a sua turma. INTRODUÇÃO: Síntese Histórica Os Xakriabá desde o século XVII recebem perseguições por fazendeiros, grileiros e posseiros. A violência por muito tempo tem sido a tônica no interior do norte de Minas Gerais, no município de Itacarambi e no de São João das Missões no que diz respeito à posse de terras entre os não-índios e os índios. A violência está também na discriminação gerada sobre a identidade do índio. Após a doação de terras em 1728 e a Lei de Terras em 1850 os índios viveram em constante conflito. Já no século XX entre as décadas de 1930 e 1950 os embates se ampliaram e os índios buscavam seus recursos de direitos sobre a terra. Com a busca de retomada das terras e o resgate cultural a partir de 1960 justifica-se a implantação de um posto da Fundação Nacional dos Índios-FUNAI que documenta a demarcação para futuras homologações. Com o assassinato em 1987 de vários índios o reconhecimento das terras indígenas é consumado. Em 1988 a Constituição Federal através do artigo 231 e 232, reconhece de forma legal os índios e suas terras em todo o território nacional. No final século passado e início do XXI, muitas foram as ações que geraram conflitos, e que facilitaram a vida do povo. A criação de unidades de conservação vizinhas as Terras Xakriabá e a delimitação do próprio município de São João das Missões tornando-os assim “encurralados” em seu próprio território tem uma concepção negativa. Uma ação política positiva foi a eleição do índio José Nunes como prefeito, pois cria-se melhores facilidades de se ampliar o debate junto ao Estado. Diante dessa pequena síntese histórica pode-se concluir que o território é de fundamental importância para a vida comum dos povos indígenas Xakriabá. A sua cultura, identidade, valores ancestrais, religião, economia e todas os vínculos e traços humanos estão voltados para a natureza, para a Terra. O trabalho de campo enquanto caminho do pesquisador Apesar de inúmeros estudos de pesquisa serem realizados com os povos Xakriabá, a metodologia documental do “laudo antropológico” foi fundamental para a construção de informações do reconhecimento legal desse povo. Alguns livros trazem um pouco da História que através do resgate da memória, se apresenta com a oralidade um fundamental construtor e revelador de “verdades” entre o tempo e o espaço. “A história oral é uma metodologia primorosa voltada à produção de narrativas como fonte de conhecimento, mas principalmente do saber” (DELGADO, 2006, p.44). O saber é ancestral e tem uma “força” diante da revelação da identidade que se consolida nos últimos anos a partir da retomada cultural que tem o território como o principal motivo. A construção de representações sobre o passado, que é imutável, mas que pode ser ressignificado - é uma articulação, quase sempre marcada por disputas e por tensões, pois a memória e o conhecimento histórico podem servir a diferentes senhores. Em outras palavras, não há neutralidade em qualquer forma de abordagem do passado. (Delgado, 2006, p.56). Para a compreensão dessa oralidade é necessário que façamos o trabalho de campo, onde através dele poderemos perceber os modos de vida desse povo. Essas incursões ao campo, que envolviam participações no vivido das comunidades, do conhecimento e das investigações dos atributos da cultura, os quais se manifestavam em cada indivíduo e grupo de forma particular numa mesma área, teve lugar na Geografia de Max Sorre com a denominação de Gênero de Vida. (Santos, 1999, p.112). Os saberes e fazeres são conhecimentos adquiridos com a experiência passada pelos mais velhos. As estratégias tomadas com as questões mais difíceis e de problemas relevantes são “conversadas” entre as lideranças já que o bem é pra toda a coletividade. Numa análise superficial sobre as didáticas e metodologias, o trabalho de campo se resume em escutar, observar e perceber mesmo que a interpretação seja exterior as principais estratégias estabelecidas pelos de dentro. A capacidade de comunicação passa a ser uma “arte” entre ambos os lados. A partir das considerações a respeito da investigação empírica, o caminhos proposto pela Geografia do início do Século, nos fornece sugestões interessantes para pensarmos outras possibilidades e aprofundarmos nossas investigações a respeito das práticas e das maneiras como os homens das nossas pesquisas atuais se relacionam. (Santos, 1999, p.113-114). Conhecer em profundidade os locais, as pessoas, as coisas e poder revelar novos conhecimentos diante dos acontecimentos que envolvem uma comunidade é papel do pesquisador centrado nas relações sociais e nas mínimas questões que estão por detrás das relações ou mesmo as que estão ocultas as nossas práticas de não-índios. Diante desse breve contexto sobre os a importância do trabalho de campo, iremos relatar alguns pontos marcantes na atividade empírica com registros de algumas falas de lideranças indígenas em suas respectivas aldeias e como de forma objetiva eles tratam os problemas da comunidade como um todo. As conversas em um linguajar sotaqueado entre o de sertanejo e caboclo, ribeirinho e geraizeiro na “pele” de índio Xakriabá. DESENVOLVIMENTO: Relatos de locais, pessoas, coisas e acontecimentos A primeira parada da nossa visita foi no distrito de Rancharia. A BR-135 divide o distrito de Rancharia onde a comunidade se estabelece e a outra margem da rodovia já é a Terra Indígena de Rancharia. A Terra Indígena Xakriabá Rancharia se desenvolve pelos municípios de Itacarambi e São João das Missões-MG e possui uma superfície de 6.798 hectares que foi homologada em 05 de maio de 2003. Assim, as Terras Xakriabá são ampliadas. Fomos recebidos na Escola GRI KUPASCHÚ e nos apresentamos um por vez ao Cacique Agenor, a liderança Genival, aos jovens professores educadores indígenas Eder e Abel e outros índios presentes em uma grande roda. O principal fator de resistência esta relacionado com o meio ambiente e a culltura. Toda a comunidade de Rancharia está localizada ás margens da Lagoa de Rancharia, símbolo natural e fonte de vida da população. Segundo o cacique a lagoa era onde os romeiros, povos de passagem por ali e ciganos ficavam pousados, aranchados por alguns dias, e depois seguir viagem já que a água supria toda a necessidade dos homens e animais. Daí a denominação de Rancharia, apesar de tentarem modificar o nome para Alto Bonito, mas sem precedentes. Com a construção da estrada de asfalto, os engenheiros começaram aterrar a lagoa, ato que fez com que o cacique da época senhor Antônio fosse a Brasília-DF denunciar a depredação do meio ambiente, segundo (Baeta, 2004). Para os Xakriabás esse tipo de atitude do não-índio já revela o processo discriminatório e a não valorização do território e da cultura dos índios, segundo Agenor. A valorização dos princípios do povo a partir da reafirmação étnica é destacada pelo professor Eder na seguinte expressão: “temos que ter um pé na aldeia e outro no mundo”. A lagoa é fonte de alimento, bebida e lazer. A depredação em forma de assoreamento; desmatamento; aproximação dos chiqueiros de porcos; aterro e lixo, passou a ser para as lideranças uma ameaça ao patrimônio natural. Para a resolução de parte dos problemas são realizados projetos de revitalização da lagoa. Conhecido pelos índios por “Nenzinho”, e pelos pesquisadores por “Adailto” (seu nome) ou mesmo por “Joe-caverna” por ambientalistas e espeleólogos, o articulador ambiental, têm participado ativamente das iniciativas de trabalhos para a preservação da lagoa, sendo a primeira atitude o cercamento da mesma. No segundo momento, serão produzidas mudas de árvores autóctones para plantio em todo o seu entorno, além da constante conscientização através de reuniões na comunidade e mutirões de limpeza. O professor Abel preocupa-se com a qualidade da água e solicita ajuda para que se possa fazer testes de análises químicas e físicas. Outras cinco aldeias nas Terra de Rancharia também sofrem problemas ambientais, mas destaca-se o problema social, pois a ajuda da FUNAI as vezes atrasa até 4 (quatro) meses. A liderança do Sr. Genival que se responsabiliza pela entrega das cesta básica, revela que as dificuldades existem, mas que também existe o lado positivo das ajudas como é o caso do recebimento de 4 (quatro) toneladas de sementes para pantio, apesar da data para plantar nas chuvas já ter passado. Com relação ao reconhecimento étnico em ser índio, o cacique deixou claro que ainda existe grande discriminação por parte dos fazendeiros, e assim Eder completa: “posso ser o que você é, sem deixar de ser o que eu sou”. A segunda aldeia visitada foi a Morro Vermelho, onde fomos recebidos na casa do Cacique Santo juntamente com a liderança Raimundo e alguns jovens. Essa aldeia tem como base a resistência pela terra, uma retomada de área juntamente com a área de Disimeiro nos gerais e Licuri. Com a chegada da Fundação Rural MineiraRURALMINAS na década de 1960 e 1970, muitos índios que não tinham como pagar o registro pelas suas terras, foram expulsos de sua área de origem, facilitando assim as posses e grilagem por fazendeiros e a retirada dos índios. A mais antiga moradora local a Dona Carmela é expulsa, revoltando assim as lideranças. Em respeito aos antigos e também as tradições Kakriabá, já que no local existe um cemitèrio dos antepassados, a permanencia e resistência continua tendo início em 02 de maio de 2006. Segundo o cacique Santo alguns parentes retomam a terra vindo do corte de cana no interior de São Paulo. Essa famílias são reconhecidas como Kakriabá já que também reconhecem a forma de convivência de uso comum da terra, com roças feitas em mutirão e principalmente a luta. Diante do impasse de liberação dessas terras pela justiça, a FUNAI não pode criar nenhuma infra-estrutura local, mas diante da organização social indígena, os próprios moradores apresentam iniciativas como a preservação de 145 hectares de mata, como lembra a liderança Raimundo: “tamo salvando a madeira, a árvore como se fosse uma pessoa” e assim também se sentem reconhecidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA. O mesmo lembra que o preconceito é grande contra os índios; dizendo o povo que as terras não são do índio; e que o GT-grupo de trabalho da FUNAI comprova que as terras vão até a margem do Rio São Francisco. Junto ao preconceito sofrem constantes ameaças de morte, sendo a última registrada em audiência pública de Direitos Humanos acontecida em São João das Missões. Para a justiça essas ameaças acabam justificando a permanencia dos índios e suas antigas áreas. As dificuldades com a água são muitas nessa área, assim recebem abastecimento do carro-pipa da Fundação Nacional de Saúde-FUNASA e constroem caixa-d’agua para armazenaream a água da chuva. Essas caixas são construídas pela Caritas juntamente com o apoio do governo federal em programas de sobrevivência com a seca. A última visita ficou a cargo das aldeias de Barreiro Preto e Sumaré I. As comunidades são dotadas de escolas, igrejas e muitas casas. A conversa e apresentação de Hilário, liderança indígena e vereador do município se faz em seriedade contemplativa dizendo: “A resistência tem um preço; a liderança é acertada para a luta”. Os projetos realizados em Barreiro Preto são de cunho cultural, social e ambiental com parceiros diversos como o Fundo Nacional do Meio Ambiente-FNMA, Centro de Agricultura Alternativa- CAA, UFMG e outras. A resistência ambiental principal é a luta pela preservação de 15 nascentes com seus cercamentos e revitalizações com o projeto “Água e Vida”. As nascentes foram escolhidas pela comunidades como prioridades em serem cuidadas, já que algumas estão degradadas e outras permanecem em bom estado de conservação. Existem uma demanda de cultivo de aproximadamente 10 mil mudas no viveiro que é cuidado por Alípio. O mesmo conta as dificuldades , com a destruição do viveiro pelas águas do córrego que o margea. As mudas são de frutíferas e árvores do bioma cerrado e caatinga. Os moradores são conscientizados ha cuidarem dos cercamento para que a sustentabilidade almejada possa atingir os objetivos propostos. Uma das áreas do cercamento é denominada de “Três olhos d’água”, local sacrado dos ancestrais Xakriabá. Outra estratégia de preservação e lida com a água é a forma de armazenamento através das caixa-d’água, como é no caso da residência de João, irmão de Hilário. São duas caixas, sendo uma de recepção de água da chuva via o telhado da casa e a outra com captação através de uma área cimentada no quintal. A construção dessa segunda, demandou um mutirão de nove homens para o serviço braçal. A organização do trabalho coletivo tem destaque, já que a água armazenada serve a todos que necessitam. O terceiro projeto é o de confecção de tijolos a base de areia e cimento misturados e prensados em uma máquina manual. São produzidos diariamente uma média de 400 tijolos que são utilizados nas construções de residências e outras infra-estruturas como é o caso da Casa da Cultura. O quarto projeto que tem destaque, é o da Casa de Medicina Tradicional Xakriabá, onde se revive os saberes tradicionais dos antepassados e dos mais velhos. Em parceria com o Conselho Indigenísta Missionário-CIMI em 1996/97 aconteceu o Encontro das Mulheres Indígenas na cidade de Manga. Nesse encontro reuniu-se muitas senhoras detentoras de saberes, rezadeiras e raizeiras que ajudam nas curas de enfermidas através do trato de ervas conhecidas ancestralmente. A sustentabilidade do projeto esta baseada no levantamento de plantas, na estrutura física, em curso básico de conservação e manejo de produtos e ervas, na utilização da cozinha experimental de comidas típicas. Aproveita-se os frutos e ervas do cerrado e caatinga e também se cultiva espécies incentivando o cultivo nos quintais. É importante a coleta, pois se faz mutirões dos mais velhos que conduzem o trabalho ensinando os jovens, que irão continuar com os saberes e a responsabilidade da tradição. A secagem , a desidratação, a higienização, o uso de conservantes e a adequação são passos importantes para a manutenção do trabalho. Associa-se a esse trabalho a criação de abelhas através da Apicultura. Célia , filha de Hilário é uma das responsáveis pela manutenção desse projeto. Outra estratégia de resistência cultural é a dança do “Toré” com cantigas de rezas e instrumentos ancestrais. Na musicalidade em língua nativa, se faz os agradecimentos às dádivas alcançadas. Na Aldeia Sumaré I um grande emprendimento está sendo realizado para as manifestações coletivas. É a Casa de Cultura Xakriabá – Aldeia Sumaré I. O espaço físico é construído em parcerias da Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG, Secretaria Estadual de Cultura e uma ong italiana. A arquitetura é baseada em estilo indígena de arena. Já existe outros projetos agregados como o do artesanato de cerâmica, uma futura rádio e outros. Diante desse contexto de projetos, os Xakriabá resistem a cultura do não-branco e difunde a sua, mesmo que ainda entre o seu povo. CONSIDERAÇÕES: repensando os saberes O trabalho de campo revelou de forma empírica três grandes ações da História do povo Xakriabá. A primeira ação a abordagem da luta pela preservação ao meio ambiente na aldeia de Rancharia. A outra ação, a estratégia política de retomada das terras em Morro Vermelho, sendo a mais tensa diante das outras. Nela a resistência fica explicita onde a luta pelo território é também a luta pela identidade ancestral. E por último nas aldeias de Barreiro Preto e Sumaré I, as conquistas a partir de projetos sociais, culturais e ambientais configurando a resistência livre mas, ao mesmo tempo a força e potencial de articulação da comunidade em desenvolver seus projetos em “saberes e fazeres”. BIBLIOGRAFIA: ALMEIDA, Rita Heloísa de. Xakriabá – cultura, história, demandas e planos. Revista de Estudos e Pesquisas, FUNAI, Brasília, v.3, n.1/2, p.9-39, jul./dez. 2006. (fonte eletrônica). ALMEIDA, Maria Geralda. (orgs). Tantos Cerrados: múltiplasaboradagens sobre a biogeodiversidade e singularidade cultural. Goiânia: Ed. Vieira, 2005.p. 348. ____________________________. Geografia e Cultura: os lugares da vida e a vida dos lugares. Goiânia:Editora Vieira,2008. p.313. ABREU, Aurélio M.G. de. Culturas Indígenas do Brasil. Liberdade – SP:Traço Editora,1987. p.94. BASTIDE, Roger. Antropologia Aplicada. 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