CONGRESO LXV CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA BOTÁNICA XXXIV ERBOT - Encontro Regional de Botânicos MG, BA, ES 18 A 24 DE OUTUBRO DE 2014 - SALVADOR - BAHIA - BRASIL Latinoamericano de Botânica na América Latina: conhecimento, interação e difusão COMPARAÇÃO DAS SÍNDROMES DE DISPERSÃO DE DIÁSPOROS ENTRE INTERIOR DE FRAGMENTO FLORESTAL E CORREDOR ECOLÓGICO DE VALO AUTOR(ES):Juliana Carmen Lombello;Gislene Carvalho de Castro;Angélica Aparecida Ávila; INSTITUIÇÃO: Universidade Federal de São João del Rei Originado de escavações feitas por escravos para separar glebas de terra, o corredor ecológico de valo se define como uma faixa de vegetação de largura reduzida (aproximadamente 4m), conferindo ao mesmo maior exposição a fatores externos como luz e vento quando comparado ao interior de um fragmento florestal. Esta diferença pode influenciar no investimento dos indivíduos na produção, síndrome de dispersão e regeneração natural dos indivíduos. Objetivou-se comparar a síndrome de dispersão dos diásporos entre os ambientes de corredor ecológico de valo e interior de fragmento florestal e avaliar comparativamente a capacidade dos ambientes em atrair a fauna dispersora. <strong>A área deste estudo localiza-se no município de Ritápolis, MG ( 21º03'30'' S e 44º16'25'' W), com fitofisionomia de Floresta Estacional Semidecidual. </b>Os diásporos foram coletados no período de um ano em 40 coletores (1 m²), espalhados sistematicamente nos ambientes, utilizados em estudo paralelo de chuva de sementes. Os frutos foram classificados quanto à síndrome de dispersão. No interior do fragmento florestal foram encontrados maiores quantidades de diásporos anemocóricos que predominaram entre setembro e novembro, seguido pelos zoocóricos que apareceram durante todo o período com maior intensidade entre outubro e fevereiro e, em menor quantidade, os autocóricos. No corredor também foi encontrada maior quantidade de anemocóricos, porém estes apareceram durante todo o ano com predominância em três períodos distintos, possivelmente devido ao corredor estar mais exposto aos ventos. Os frutos zoocóricos apareceram durante todo o ano, mas em menor quantidade do que autocóricos, também com maior intensidade entre outubro e fevereiro, período da estação chuvosa. O teste de Kruskal-Wallis indicou que há diferença significativa do número de diásporos anemocóricos (H=5,8958; p=0,0152) e autocóricos (H=5,4763; p= 0,0193) entre os ambientes, com maior quantidade para o interior do fragmento e corredor ecológico de valo, respectivamente, indicando diferenças nos estágios sucessionais entre os ambientes. Não houve diferença significativa entre os ambientes em relação aos frutos zoocóricos, indicando que os ambientes tem o mesmo potencial de atração da fauna dispersora, apesar das diferenças estruturais entre os mesmos. (FAPEMIG) Palavras-chave: Dispersão, diásporos, zoocoria.