INFORMATIVO
CONJUNTURAL
Emater – MG Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais Subsecretária do Agronegócio Nº 103 – Outubro de 2013 1
Sumário
PRODUTO INTERNO BRUTO - PIB............................................................................... 3 BALANÇA COMERCIAL ................................................................................................. 7 ANÁLISE DE SAFRAS .................................................................................................. 10 ALGODÃO .................................................................................................................... 12 BOI GORDO ................................................................................................................. 14 CAFÉ............................................................................................................................. 18 FEIJÃO.......................................................................................................................... 24 FRANGOS E OVOS ...................................................................................................... 27 FRUTICULTURA ........................................................................................................... 29 LEITE ............................................................................................................................ 32 MILHO ........................................................................................................................... 35 PEIXES ......................................................................................................................... 38 SOJA ............................................................................................................................. 41 SUÍNOS ........................................................................................................................ 44 TOMATE ....................................................................................................................... 46 2
PRODUTO INTERNO BRUTO - PIB
Superintendência de Política e Economia Agrícola
E-mail: [email protected]
(31) 3915-8603 - Belo Horizonte/MG
Produto Interno Bruto (PIB) do Agronegócio Mineiro
Estimado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – CEPEA-, da ESALQ/USP
-, sob o patrocínio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SEAPA) e da
Federação da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (FAEMG), o Produto Interno Bruto do agronegócio
mineiro deverá atingir R$ 154,5 bilhões (a preços de 2013). Desse valor, R$ 82,8 bilhões ou 53,6%
virão da agricultura e R$ 71,7 ou 46,6% serão da pecuária.
Essa projeção do valor a ser atingido pela renda bruta do agronegócio estadual decorre de uma
taxa positiva equivalente a 0,56% no mês de julho que propiciou a obtenção de um avanço de 1,12% no
acumulado do ano. Ainda que considerado baixo, este resultado superou o desempenho observado no
mesmo período de 2012, quando o setor cresceu tão somente 0,84%.
No que tange à evolução dos segmentos que formam a renda bruta do agronegócio de Minas
Gerais, o estudo do CEPEA revelou que no mês de julho o agronegócio da agricultura recuou 0,30%, o
que levou a variação da renda gerada pela cadeia agrícola no acumulado do ano para uma taxa
negativa de 2,55%. O segmento de Insumos voltou a apresentar variação positiva (taxa de + 1,28% ),
mas acumulou recuo de 5,64% no ano. A Indústria também experimentou avanço no mês (+0,21%),
mas queda no acumulado do ano de 2,22%. O segmentos Primário (“Dentro da Porteira”) e da
Distribuição mantiveram-se em declínio, com taxas negativas de 1,67% e de 0,23% em julho e de 2,79% e -2,35% de janeiro a julho.
Já na cadeia da pecuária houve elevação de 1,57% em julho, o que levou o resultado positivo
anual para 5,70% (contra 4,07% até junho). Nenhum segmento da cadeia apresentou declínio, mesmo
o de Insumos que desde fevereiro vinha apresentando taxas negativas cresceu em julho 0,45%.
Indústria e Distribuição registraram as maiores elevações (1,97% e 1,70%) e acumularam no ano
avanços de 10,72% e 6,86%, respectivamente. (Figura 1 e Tabelas 1 e 3).
3
As atividades primárias foram marcadas pelo desempenho oposto na agricultura e na pecuária.
Enquanto na cadeia pecuária, o cenário até julho foi de alta: 1,59% no mês e de 5,38% no ano, do lado
agrícola, houve queda,tanto no mês ( -1,67% ) quanto no ano ( -2,79% ).
Na pecuária, o avanço positivo refletiu o ganho de receita em todas as atividades, com os
maiores resultados para suínos ( 23,755 a.a ) e frangos ( 22,58% a.a ). Na agricultura, as maiores
perdas foram registradas no café, algodão, arroz e cana. Para o café, a significativa redução dos preços
do produto tem agravado a situação dos cafeicultores de Minas Gerais, que vêm enfrentando aumento
de custos e com isso, acumulando prejuízos. Nos sete primeiros meses de 2013, o faturamento
registrou queda de 33,84% a.a.
Quanto às participações dos diversos segmentos na geração da renda do agronegócio de Minas
Gerais, os percentuais são os seguintes: Insumos: 5,66%, Básico: 37,89%, Indústria: 25,71% e
Distribuição: 30,75%.
No agronegócio da agricultura, o segmento de Insumos continuou com a menor participação, de
4,50%, enquanto Básico com 21,99% e Distribuição com 32,33% mantiveram-se em posições
intermediárias, a Indústria manteve a maior participação 41,17%.
No agronegócio da pecuária, a Agroindústria representa parcela muito baixa, próxima à dos
Insumos: 7,54% nas atividades de processamento e 7,01% para Insumos. O segmento Básico
apresenta a maior parcela da renda da cadeia com 56,56% e a Distribuição ocupa a segunda posição e
responde por 28,89%.
Finalmente, há que se destacar que no contexto do agronegócio nacional, a renda bruta do
negócio agrícola mineiro participa com 14,17%.
3,00%
2,00%
1,00%
0,00%
Insumos
Básico
Indústria
Distribuição
Agronegócio
‐1,00%
‐2,00%
Pecuária
Agricultura
Agronegócio total
4
Tabela 1 – Taxas de crescimento mensais e acumuladas do PIB do agronegócio de Minas Gerais em 2012 e 2013 (%)
AGRONEGÓCIO
Insumos
Básico
Indústria
Distribuição
AgronegócioTotal
jul/12
-2,26
1,08
-1,79
-0,33
-0,27
ago/12
0,56
0,53
-0,15
0,20
0,27
set/12
-0,38
0,36
-0,32
0,03
0,05
out/12
0,71
1,13
-0,62
0,30
0,43
nov/12
0,26
0,89
-0,47
0,24
0,33
dez/12
0,35
0,81
-0,14
0,35
0,41
0,30
jan/13
0,38
0,64
-0,19
0,28
fev/13
-1,19
0,31
-0,07
0,17
0,08
mar/13
-0,61
0,04
-0,29
-0,08
-0,12
abr/13
-0,51
0,96
-0,10
0,47
0,45
mai/13
-1,30
0,17
-0,25
0,01
-0,07
jun/13
-0,75
0,01
-0,18
0,00
-0,08
jul/13
0,81
0,57
0,45
0,60
0,56
Acum. no ano (2012)
0,22
1,43
0,19
0,73
0,84
Acum. no ano (2013)
-3,14
2,73
-0,63
1,46
1,12
AGRICULTURA
Insumos
Básico
Indústria
Distribuição
AgronegócioTotal
jul/12
-3,77
0,67
-2,18
-1,44
-1,35
ago/12
0,78
0,39
-0,23
-0,07
0,02
set/12
-0,68
0,00
-0,43
-0,31
-0,30
out/12
0,85
0,09
-0,89
-0,63
-0,48
nov/12
0,25
-0,11
-0,63
-0,49
-0,41
dez/12
0,76
0,48
-0,24
-0,05
0,05
jan/13
0,06
-0,59
-0,43
-0,47
-0,46
fev/13
-1,99
-0,02
-0,27
-0,21
-0,28
mar/13
-0,82
-0,10
-0,47
-0,38
-0,38
abr/13
-0,99
0,49
-0,39
-0,18
-0,16
mai/13
-2,05
-0,04
-0,44
-0,35
-0,40
jun/13
-1,24
-0,89
-0,44
-0,55
-0,61
jul/13
1,28
-1,67
0,21
-0,23
-0,30
Acum. no ano (2012)
1,28
0,69
0,28
0,39
0,47
Acum. no ano (2013)
-5,64
-2,79
-2,22
-2,35
-2,55
Insumos
Básico
Distribuição
Agronegócio Total
PECUÁRIA
Indústria
jul/12
-1,03
1,28
0,66
1,11
1,01
ago/12
0,38
0,61
0,36
0,54
0,55
set/12
-0,14
0,53
0,30
0,47
0,45
out/12
0,61
1,63
1,01
1,46
1,46
nov/12
0,26
1,37
0,49
1,13
1,15
dez/12
0,02
0,96
0,45
0,82
0,81
jan/13
0,64
1,24
1,57
1,33
1,24
fev/13
-0,56
0,46
1,34
0,70
0,52
mar/13
-0,44
0,10
0,98
0,35
0,20
abr/13
-0,13
1,18
1,86
1,37
1,19
mai/13
-0,72
0,27
1,04
0,48
0,31
jun/13
-0,38
0,43
1,51
0,74
0,54
5
jul/13
0,45
1,59
1,97
1,70
1,57
Acum. no ano (2012)
-0,61
1,79
-0,38
1,17
1,27
Acum. no ano (2013)
-1,14
5,38
10,72
6,86
5,70
Fonte: Cepea-USP /Faemg /Seapa.
Tabela 3 – PIB do agronegócio de Minas Gerais de 2001 a 2013 (R$ milhões de 2013)
AGRONEGÓCIO
INSUMO
BÁSICO
INDÚSTRIA
DISTRIBUIÇÃO
TOTAL
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
4.193
4.796
5.492
5.922
5.997
5.842
6.639
8.813
8.007
7.464
8.882
9 044
8.760
28.475
29.613
30.621
36.519
31.953
36.601
38.726
44.008
40.238
45.290
54.352
56 979
58.534
16.854
17.130
18.866
18.299
19.371
23.473
24.040
24.876
26.350
33.060
33.861
39 928
39.676
22.008
22.504
23.969
25.843
24.913
29.030
30.571
33.132
32.525
38.495
42.194
46 834
47.520
71.531
74.043
78.949
86.584
82.235
94.945
99.975
110.829
107.121
124.309
139.288
152 785
154.490
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
INSUMO
2.077
2.273
2.631
2.888
2.789
2.607
3.191
4.424
3.700
3.261
3.885
4.012
3.785
BÁSICO
11.418
11.609
11.160
12.807
12.270
12.128
11.610
14.170
12.832
15.101
18.053
18.465
17.950
DISTRIBUIÇÃO
12.008
12.338
13.162
13.287
13.641
16.095
15.751
16.932
17.513
22.151
23.703
27.417
26.772
TOTAL
38.907
40.064
42.435
43.713
44.333
50.644
50.091
55.549
55.816
68.705
74.707
84.920
82.755
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
INSUMO
2.117
2.523
2.861
3.034
3.209
3.235
3.448
4.389
4.307
4.203
4.997
5.032
4.974
BÁSICO
17.057
18.003
19.461
23.712
19.683
24.473
27.116
29.838
27.406
30.188
36.299
38.514
40.585
DISTRIBUIÇÃO
10.001
10.166
10.807
12.557
11.273
12.934
14.820
16.199
15.012
16.344
18.491
19.417
20.748
TOTAL
32.624
33.979
36.514
42.870
37.902
44.302
49.884
55.280
51.304
55.604
64.582
67.865
71.734
AGRICULTURA
INDÚSTRIA
13.404
13.844
15.481
14.731
15.634
19.813
19.539
20.023
21.771
28.192
29.066
35.026
34.249
PECUÁRIA
INDÚSTRIA
3.450
3.286
3.385
3.568
3.737
3.659
4.500
4.853
4.579
4.869
4.794
4.902
5.428
Fonte: Cepea-USP/Faemg/Seapa.
6
BALANÇA COMERCIAL
Márcia Aparecida de Paiva Silva
E-mail: [email protected]
Tel: (31) 3915-8590 - Belo Horizonte/MG
Exportações
Os resultados do terceiro trimestre de 2013 apontam para o recuo da receita de vendas externas
de produtos do agronegócio de Minas Gerais. As exportações somaram US$ 5,6 bilhões, redução de
2,6% em comparação ao montante de igual período de 2012 (Gráfico 1).
O volume exportado expandiu 16,6%, em relação aos primeiros nove meses de 2012, e atingiu
5,6 milhões de toneladas. Assim, o comportamento que se evidenciou no período de janeiro a setembro
de 2013 foi de desaquecimento do valor médio dos produtos, o que deve ser revertido para garantir a
remuneração dos exportadores mineiros.
Entre os principais grupos de produtos embarcados, com destaque para café, complexo soja
(soja em grão, farelo e óleo), complexo sucroalcooleiro (açúcar e álcool), carnes (bovina, de frango,
suína, de peru e demais carnes) e produtos florestais (celulose, madeira e papel), apresentaram
comportamento positivo: complexo soja, carnes e produtos florestais.
As exportações do complexo soja chegaram a US$ 944,0 milhões, incremento de 50,8% em
relação à cifra dos três primeiros trimestres do ano anterior. A soja em grão foi responsável por tal
desempenho, com vendas externas que atingiram US$ 826,1 milhões, avanço de 85,8%, comparandose 2012 e 2013. O grão mineiro foi encaminhado a 17 destinos, liderados por China (que adquiriu
74,7% das exportações mineiras do produto), Tailândia (7,3%) e Holanda (com participação de 5,4%).
As compras chinesas cresceram 79,2%, as tailandesas, 349,6%, e holandesas expandiram
1.306,3%. Com o desempenho positivo de 2013, Tailândia e Holanda assumiram posições antes
ocupadas por Espanha e Taiwan.
A receita proveniente das vendas externas de carnes avançou 10,4% entre os primeiros nove
meses de 2012 e 2013, com destaque para o incremento das exportações das carnes bovina (referente
a 17,2%), de frango (+ 12,8%) e suína (+ 11,9%). Os principais destinos dos embarques mineiros de
7
carnes foram, tradicionalmente, Rússia, Hong Kong e Arábia Saudita que, juntos, responderam por
52,0% da receita cambial estadual.
Especificamente para a carne bovina, 87,1% da receita de vendas externas referem-se à carne in
natura (frescas, refrigeradas ou congeladas), que totalizaram US$ 273,2 milhões. O principais destinos
da carne bovina in natura mineira foram Rússia e Hong Kong, que responderam por 58,7% das
exportações estaduais.
A carne suína in natura também foi responsável pela maior parcela dos embarques de carne
suína, referente a 94,7% e equivalentes a US$ 94,2 milhões. Esse tipo de carne foi destinado a 19
territórios, lideradas por Rússia e Hong Kong que, juntos, responderam por 93,6% das exportações
mineiras.
Para o frango, a especificação in natura respondeu pela totalidade das vendas externas. Os
principais destinos, dos 84 elencados, foram Arábia Saudita, Egito e Emirados Árabes Unidos, que
juntos foram responsáveis por 45,5% das exportações mineiras de carne de frango sem
processamento.
Em continuidade à análise pela expressividade, destacaram-se os produtos florestais, cuja
receita de vendas externas cresceu 7,7%, atingindo US$ 491,5 milhões. Nesse grupo, é importante
enfatizar o bom desempenho dos embarques de celulose, que totalizaram US$ 486,0 milhões,
expansão de 8,3%, comparando-se os primeiros nove meses de 2012 e 2013.
Sob uma ampla perspectiva é importante sinalizar os riscos inerentes à concentração de
mercado, principalmente no que se refere aos destinos dos principais produtos mineiros (a exemplo da
Rússia no mercado de carnes). Em sintonia com a relevância da diversificação para conquistar
melhores resultados, pode ser ilustrada a diversificação da pauta de exportadora, à exceção dos
tradicionais produtos, que pode ser ilustrada – nos primeiros nove meses de 2013 – pelo aumento dos
embarques de produtos apícolas, frutas (exclui nozes e castanhas), sucos e produtos hortícolas.
Nesses grupos, produtos para os quais Minas Gerais tem potencial produtivo, como limão e manga
(para frutas) e tomate (para produtos hortícolas), despontaram-se com desempenho positivo das
vendas externas.
Importações
As importações mineiras de produtos do agronegócio somaram US$ 357,7 milhões nos primeiros
nove meses de 2013 (Gráfico 1), montante 24,5% superior ao registrado em igual período de 2012.
Os setores que mais contribuíram para esse resultado foram cereais e lácteos, por terem
registrado comportamento positivo e integrarem o grupo de principais produtos importados. Entre os
cereais, as compras foram liderados pelo trigo (principalmente originário dos Estados Unidos) e pelo
8
arroz (sobretudo, paraguaio). Para lácteos, o aumento das compras de leite em pó (exclusivamente do
Uruguai) e do queijo (sobretudo argentino), influenciou no comportamento do grupo.
O Estado possui condições de incrementar a produção de cereais (a exemplo de trigo e arroz) e
de leite, com capacidade de suprir o mercado doméstico. Entretanto, a falta de competitividade em
comparação a potenciais concorrentes no mercado interno e externo, desestimula produtores.
Saldo da balança comercial
A diferença entre as exportações e importações de produtos do agronegócio atingiu US$ 5,2
bilhões, recuo de 4,0% em comparação ao resultado do terceiro trimestre de 2012. O comportamento
do saldo da balança comercial acompanhou o das exportações, que tem maior representatividade vis-àvis às importações do setor.
Comportamento mensal
Em setembro, o comportamento mensal manteve o bom desempenho do mês anterior. As
exportações atingiram US$ 689,6 milhões, aumento de 0,2%, comparando-se com agosto. As
importações somaram US$ 41,4 milhões, recuo de 9,3%, em relação a agosto. O saldo da balança
comercial do setor atingiu US$ 648,2 milhões, valor 0,8% superior ao do oitavo mês de 2013.
Na análise das exportações, os setores que se destacaram pelo desempenho positivo,
considerando a respectiva representatividade para as vendas externas do setor foram: café, complexo
soja e produtos florestais. A receita cambial do café expandiu 4,2% e atingiu US$ 252,1 milhões. As
exportações do complexo soja cresceram 60,4% e somaram US$ 154,4 milhões. A receita de vendas
de produtores florestais totalizou US$ 61,3 milhões, ampliação de 46,2% comparando-se os meses de
agosto e setembro de 2013.
O desempenho dos próximos meses será decisivo para a melhoria dos resultados acumulados,
que deve ficar condicionada, entre outros fatores, ao comportamento do mercado internacional,
principalmente no que se refere à aceitação e a consequente inserção
dos produtos mineiros no
mercado internacional.
Gráfico 1 – Balança Comercial de Minas Gerais (janeiro a setembro de 2012/2013), em US$
milhões
2012
2013
25.033,0 24.713,6
5.714,1 5.566,6 8.844,5 9.221,7 287,2 357,7
Total
Agronegócio
Exportação
Total
Agronegócio
Importação
16.188,5 15.491,9
5.427,0 5.209,0
Total
Agronegócio
Saldo
9
ANÁLISE DE SAFRAS
Luiz Fernando Ferreira
E-mail: [email protected]
Tel: (31) 3349-8138 – Belo Horizonte/MG A safra de 2013 / 2014, de acordo com o 1º levantamento realizado pela CONAB, divulgado
neste início do mês de outubro, estima que o Brasil deverá cultivar uma área entre 54 milhões, 180 mil
hectares a 55 milhões e 180 mil hectares.
Esta perspectiva estabelece um aumento de 1,7 a 3,6 %, em relação a área explorada em
2012/2013, que foi de 53 milhões e 260 mil hectares.
Nessa próxima temporada, os destaques são para o trigo, algodão e mais uma vez, o cultivo da
soja. Esta oleaginosa deverá ter um acréscimo de área entre 3,4 e 5,9 % , comparado ao período
passado, o que representa cerca de até 1 627 hectares, plantados a mais.
O trigo poderá ter um aumento de 15,1 % ou 286,4 mil hectares plantados a mais, em relação
ao ano anterior. Um outro produto que terá recuperação da exploração, refere-se ao algodão que
deverá apresentar um aumento entre 149,9 a 201,1 mil hectares. No caso do milho, estima que haverá
uma redução na primeira safra ou safra de verão, de 3,7 a 6,8 % ou seja, um cultivo menor que poderá
chegar até 461,8 mil hectares, quando comparado com o plantio do ano passado, no mesmo período.
Esta redução no milho está atrelada a situação boa da soja no mercado, o que contribui para a troca de
cultivo do cereal pela oleaginosa, principalmente pelos produtores que operacionalizam as duas
explorações.
Quanto a produção, estima que o volume poderá chegar em 195 milhões e 500 mil toneladas,
com uma previsão de aumento de até 4,6 % ou 8 milhões e 680 mil toneladas, comparada a safra de
2012 / 2013. O produto principal, responsável pelo pelo aumento mais uma vez, deverá ser a soja.
Outros produtos como o algodão, o trigo e o feijão 1ª safra, deverão contribuir para o aumento da
próxima safra.
As demais culturas como arroz, mamona e girassol praticamente não deverão apresentar
diferenças significativas, tanto de áreas como de produção.
10
Os insumos, crédito rural e máquinas agrícolas estão colaborando e a classe produtora parece
não ter o que reclamar destes instrumentos. Os gargalos que ainda precisam mais atenção por parte
principalmente da área governamental, referem-se a logística de armazenamento e escoamento das
safras.
Com relação as condições climáticas as indicações são de que neste ano, as precipitações serão
boas prognosticando um período chuvoso adequado e suficiente para as lavouras cultivadas.
FONTE: CONAB – IBGE- NOTICIAS AGRÍCOLAS - EMATER-MG
11
ALGODÃO
Reinaldo Nunes de Oliveira
E-mail:[email protected]
Fone: (38) 3223-2130 Montes Claros - MG
O mercado interno do algodão fechou o mês de setembro em ligeira queda. A cotação no CIF em
São Paulo para o algodão em pluma foi de R$2,09/libra-peso contra R$2,23/libra-peso no mesmo
período do mês passado o que significa uma retração nos preços de 6,3%.
A variação de preço segundo os analistas do setor teve como consequência, a entrada no
mercado de grande volume da colheita da atual safra; retração do mercado internacional e a recente
desvalorização do dólar em relação ao real o que diminui o poder de competitividade do produto
brasileiro no mercado internacional.
Quanto ao mercado externo, o comportamento dos preços manteve estável com ligeiras
flutuações ora para mais ou menos, isto devido a pouca comercialização na Bolsa de Nova York em
função do atraso no calendário de produção dos Estados Unidos, tendo como consequência, a redução
de oferta do produto no mercado.
Segundo o presidente da ABRAPA a estimativa de plantio da próxima safra no Brasil, deverá ter
um acréscimo de área plantada de 23,4% em relação à safra passada, passando dos 893 mil hectares
para 1,07 milhões isto devido a recuperação dos preços e estabilidade do dólar o que favorece as
exportações. Para o Ministério da Agricultura o incremento da área plantada se confirmada, implicará
em
uma produção de 1.539.803 toneladas o que significa um aumento de 27% na produção se
comparada safra 2012/2013.
O cenário atual das lavouras brasileiras, é marcado pelo vazio sanitário iniciado em 01/10 com o
final de colheita na maioria das regiões produtoras, caracterizado pela destruição de soqueira seguida
pelo preparo do solo para o plantio, assim que a umidade do solo for propícia.
TENDÊNCIA
A cotação dos preços do algodão no mercado internacional tem permanecido estável nos últimos
meses, principalmente pela influencia dos efeitos da oscilação climática nas lavouras americanas e em
12
algumas regiões da China. Assim, a tendência de preço do algodão tanto no mercado interno como
externo é de estabilidade mesmo com a entrada da produção que acaba de ser colhida no mercado
interno.
Desta forma, o preço pago aos produtores nas principais regiões produtoras na última semana
de setembro segundo safras & Mercado foram os seguintes: São Paulo CIF R$69,11/arroba
(R$2,09/libra-peso);
Rondonópolis
MT
R$65,97/arroba
(R$1,99/libra-peso);
Uberlândia
MG
R$68,37/arroba (R$2,07/libra-peso); Barreiras BA R$67,36/arroba (R$2,04/libra-peso); Luiz Eduardo
Magalhães BA R$67,26/@ (R$2,04/libra-peso)
13
BOI GORDO
José Alberto de Ávila Pires
E-mail: [email protected]
Tel: (31) 3349-8116 - Belo Horizonte/MG
RECUPERAÇÃO E ESTABILIDADE
O mês de setembro/2013 foi marcado por uma recuperação dos preços da arroba do boi gordo,
comparativamente aos os valores praticados em 2.010, no Estado de São Paulo, quando as cotações
da arroba do boi gordo atingiram R$105,00 na segunda quinzena de outubro e R$115,/120,00 durante
todo o mês de novembro/2010.
Para SAFRAS &Mercado, durante todo o mês de setembro /2.013, “aparentemente os
frigoríficos
encontraram
confinados foi a
dificuldades na composição das escalas de abate, e a oferta de bois
variável chave ao andamento do mercado.Vale ressaltar que a demanda por
exportação esteve muito efetiva, fazendo com que os frigoríficos necessitassem do melhor
posicionamento possível das escalas de abate para cumprir com os contratos de exportação”. Diante
deste quadro de demanda pressionada, durante todo o mês de setembro /2.013, o mercado esteve
firme, e bastante “especulado”. Para Minas Gerais, na média geral, o levantamento da EMATER/MG
mostrou valores mínimos de R$94,00/96,00 por arroba no Mucuri (Teófilo Otoni, Carlos Chagas e
Nanuque), Rio Doce (Governador Valadares), Norte de Minas (Montes Claros e Janaúba) e Noroeste
(Unaí, Paracatu e João Pinheiro), e máximos de R$98,00/100,00 no Triângulo Mineiro (Ituiutaba,
Uberlândia e Uberaba), e Alto Paranaíba (Patos de Minas). Segundo SAFRAS & Mercado (26/09), “ em
São Paulo o mercado teve preços a R$ 108,00/109,00, no Mato Grosso do Sul o preço ficou firme a
R$ 104,00/105,00, em Minas Gerais (Triangulo Mineiro) e Goias a R$103,00/104,00, e no Mato Grosso
em R$ 94,00 por arroba.
O Gráfico 1, elaborado pelo informativo BeffPoint com dados do Indicador de Preços do Boi
Gordo ESALQ/BMF&Bovespa para o Estado de São Paulo, mostra a evolução do mercado nos últimos
12 meses (1 ano). Depois de um período de “estabilidade” e com as cotações variando R$96,00
(outubro/2012) a R$99,00 por arroba ((junho/2013), o mercado voltou a dar sinais de recuperação, a
partir de julho/2013, com as cotações atingindo valores de R$107,00 por arroba em setembro/2013
(coluna verde). Valores ainda abaixo dos praticados 2010, quando as cotações da arroba do boi gordo
14
atingiram R$115,/120,00 durante todo o mês de novembro /2010.
E esta tendência de recuperação ainda se manteve no início de outubro/2013, com cotações
próximas a R$111,00 por arroba (coluna vermelha). Observa-se que as cotações dos contratos futuros
para novembro/2.013 (coluna azul), estão “ancoradas” e seguindo as indicações das cotações do
mercado físico (coluna vermelha).
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x
contratos futuros para nov/13
BEZERRO NELORE DE CORTE
O Indicador Bezerro ESALQ/BM&FBovespa, refere-se ao preço pago pelo bezerro Nelore de
corte ( ou anelorado), de apartação, com 8 a 12 meses de idade e peso vivo médio próximo à 6
arrobas (180 kg de peso vivo). Região pesquisada: Campo Grande e Mato Grosso do Sul.
O Gráfico 2 mostra a evolução deste “Indicador” , nos últimos 12 meses (1 ano), com estabilidade de
outubro/12 a fevereiro/13, alta a partir de março/2013.
No relatório diário de SAFRAS & Mercado, de 09 de outubro 2.013, este tipo de bezerro Nelore
de corte apresentou preços estáveis, em relação ao mês de agosto/2013, e as seguintes cotações,: no
Estado de São Paulo entre R$800,/820,00 por bezerro; em Goiás a R$760,00; em Minas Gerais, a
R$800,00 em Uberaba e R$750,00 em Unaí; no Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso, R$775,/R$825
por bezerro.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro à vista x
15
x margem bruta
CENÁRIO FUTURO (2013/2014)
O Gráfico 3 mostra a “tendência” da evolução dos preços da arroba do boi gordo, de acordo
com os negócios realizados no dia 09 de outubro de 2.013, no Mercado Futuro de Boi Gordo
BMF&Bovespa. As cotações deste mercado futuro se mantém atreladas ao Indicador de Preços do Boi
Gordo ( Estado de São Paulo ), com projeções de valores entre R$108,500 e R$110,00 por arroba, pelo
menos até dezembro/2.013. Para 2014 as indicações são de novo recuo destes preços para valores
entre R$102,00 e R$106,00 por arroba.
O mês de outubro se inicia com bons volumes de chuvas em praticamente todas as regiões de
Minas Gerais. Situação que deve assegurar uma rápida recuperação das pastagens, e as seguintes
“tendências” para o mercado do boi gordo:
BOI CONFINADO: no curto prazo (outubro/dezembro), as chuvas levam a um aumento de
oferta de boi confinado, uma vez que confinamento “não combina” com chuva. E isto pode gerar um
AUMENTO da oferta de bois para abate, e pressão de queda dos preços;
Neste sentido, segundo SAFRAS & Mercado (09/out.), “ o mercado físico do boi gordo começa
a apresentar um cenário voltado para a baixa dos preços. Alguns frigoríficos voltaram a sinalizar para o
bom andamento das escalas de abate. Da mesma maneira que os preços da carne bovina tiveram
intensa queda durante o dia. Esta é uma evidência clara de que houve um aumento da oferta de
16
confinados durante os últimos dias.
BOI DE PASTO: por outro lado, a melhoria das condições das pastagens com a normalização
das chuvas, cria condições para uma “retenção” de boi gordo no pasto, o que permite ao pecuarista
regular a oferta e negociar melhores preços para arroba do boi gordo.
Gráfico 3 - MERCADO FUTURO BOI GORDO BM&F/Bovespa
R$/ARROBA Base São Paulo - Em 09/outubro/2.013
112,00
111,00
110,62
109,71
110,00
109,00
108,46
108,00
107,00
106,00
106,00
105,00
104,00
102,90
103,00
102,00
ESALQ(1)
Out. / 13
Nov. / 13
Jan. / 14
Maio / 14
ESALQ (1): Indicador de Preços do Boi Gordo ( Estado de São Paulo )
FONTE: Esalq/BM&FBovespa, elaboração EMATER/MG.
17
CAFÉ
Marcelo de Pádua Felipe
E-mail: [email protected]
Tel.: (31) 3349-8149 - Belo Horizonte/MG
MERCADO INTERNACIONAL: CAFÉ VOLTA RECUAR NA BOLSA DE MERCADORIAS DE NOVA
YORK
Enquanto o Brasil tenta dosar as vendas e tirar os compradores da zona de conforto, outras
origens (Colômbia, Centrais e Vietnã) elevam a sua participação e ajudam a manter as cotações
pressionadas. A Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures), principal termômetro do mercado
internacional de café, balizadora das cotações internacionais do café arábica, encerrou setembro com
as cotações em queda. Em meio à volatilidade, a fraqueza externa e o recuo do dólar, o vencimento
setembro/13 emplacou uma valorização na primeira semana de setembro, aproximando do patamar de
117 centavos de dólar por libra-peso, todavia, perdeu fôlego e recuou além da linha de 112 centavos de
dólar por libra-peso no dia 17, para em seguida recuperar e ganhar força aproximando da linha de 118
centavos de dólar por libra-peso no dia 24 e enfraquecer novamente e fechar o mês com o vencimento
setembro/13 perdendo a linha de 114 centavos, em 113,70 centavos de dólar por libra-peso, com
perdas de 2,2% (Gráfico I).
Gráfico I - Contrato de Café - ICE Futures U.S.
124
122
U S $ C e n ts /lb
120
Setembro
Dezembro
Março
118
116
114
112
110
3
4
5
6
9 10 11 12 13 16 17 18 19 20 23 24 25 26 27 30
Setembro/ 2013
18
NACIONAL: COMPRADOR CONTINUA VALORIZANDO AS BEBIDAS MAIS FINAS
O mês de setembro, apesar dos ganhos iniciais, registrou novamente perdas no mercado físico
brasileiro de café. O frio e as chuvas irregulares nas primeiras semanas fizeram as cotações
dispararem, todavia despencando logo em seguida quando a situação normalizou. Sem risco climático,
chuvas bem distribuídas e floradas com andamento normal, a demanda segue bem confortável.
Neste cenário, o produtor tem direcionado a venda para os cafés chuvados, com xícaras riadas e
de varreção, segurando as melhores bebidas aguardando uma recuperação nas cotações.
Neste mês, as maiores perdas foram para as bebidas mais fracas. As chuvas durante a fase de
colheita prejudicou a qualidade da bebida, elevou a oferta de rio e o deságio em relação ao café bebida
dura. As bebidas mais finas apesar da oferta mais restrita acusam o golpe externo, uma vez que já
começa a ser negociada abaixo da linha de R$ 300,00/saca de 60 kg.
COTAÇÕES: O recuo no dólar acabou pressionando as cotações no mercado interno de café durante
todo o mês de setembro. O arábica de bebida dura tipo 6 do Sul de Minas Gerais finalizou o mês com
preço médio de R$ 282,19 a saca de 60 kg, com queda de 3,0 % em relação a agosto, quando trocou
de mãos a R$ 290,04 a saca de 60 kg (Gráfico II).
Gráfico II - Mercado Interno de Café - Setembro de 2013
Fonte: Safras & Mercado, Cepea, Carvalhaes e Cooperativas de Cafeicultores
325
Preços m édios - R$/ s aca de 60 kg
315
305
295
BD6 Sul Minas
BD6/7 Zona Mata
Fino Cerrado
CD Cerrado
CI 600 D Dura
285
275
265
255
245
235
225
2
3
4
5
6
9
10
11
12
13
16
17
18
19
20
23
24
25
26
27
30
Dias do mês
19
O arábica de bebida mais fina do Cerrado Mineiro alcançou preço médio de R$ 292,09 a saca de
60 kg, com perdas de 3,0 % em relação ao mês anterior, quando foi negociado a R$ 302,30 a saca.
Os lotes de cereja descascados terminaram o mês de setembro com preço médio de R$ 313,47
a saca de 60 kg, decréscimo de 1,2 %, em relação ao mês passado, quando valia 317,22 à saca de 60
kg.
O café bebida dura tipo 6/7 da Zona da Mata Mineira encerrou o período com preço médio de R$
262,85 a saca de 60 kg, desvalorização de 4,1 % em relação a agosto quando foi negociada a R$ 273,87
a saca.
Indústria manteve-se ora ausente, ora recuada e na maior parte do período na defensiva. O
arábica duro com 600 defeitos voltados ao consumo interno recuou 5,3% e fechou setembro com
cotação média R$ 250,19.
LEILÕES DE OPÇÃO: CONAB COMERCIALIZA 100% DOS CONTRATOS DE OPÇÃO DE CAFÉ.
Em leilão ocorrido no dia 08/10/2013, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
comercializou 100 % dos 4.058 contratos de opção de venda de café que foram ofertados. Foi o quarto
leilão deste tipo realizado pela Companhia desde agosto, com o objetivo de sustentar os preços de 3,0
milhões de sacas do produto.
A operação foi realizada com um ágio de 6,79% e com o valor total de R$ 746.672,00 de prêmios.
Desta vez, a Conab não estabeleceu volume de oferta por Estado, como nos pregões anteriores. Os
4.058 contratos foram disputados por produtores e cooperativas da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais,
São Paulo e Paraná.
Os arrematantes terão o direito de entregar o café ao governo no vencimento dos contratos, no
final de março de 2014 sendo o preço de referência de R$ 343 a saca, da safra 2013, de bebida dura
para melhor, tipo 6 , peneira 13 acima, admitindo até 10% de vazamento e com 12,5% de teor de
umidade. Os contratos que foram ofertados nesta data são remanescentes dos três pregões anteriores
realizados pela Conab em setembro.
Não se concretizou a expectativa dos produtores que esperavam com os contratos de opção
enxugar a oferta e evitar maiores perdas. Como os leilões de opção não foram suficientes para dar
sustentação aos preços, o segmento produtivo sugeriu novas medidas de apoio ao setor.
Entre elas, está a alteração do prazo do programa de estocagem de 12 para 24 meses, a
estocagem do café pelas cooperativas credenciadas pela Conab e a alocação de mais 5,0 milhões de
sacas de café no programa de Contrato de Operações de venda.
20
EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS CRESCEM, MAS RECEITA DIMINUI EM SETEMBRO
Segundo levantamento mensal do Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), as
exportações totais brasileiras de café no mês de setembro de 2013 totalizaram 2,563 milhões de sacas
de 60 quilos, tomando por base o volume de café verde (robusta e arábica) e industrializado (torrado e
moído e solúvel) embarcado. Os embarques ficaram 13,3% acima de igual período do ano passado,
quando 2,261 milhões de sacas foram negociadas.
Já a receita com as exportações de café de setembro foi de US$ 381,553 milhões, tendo declínio
de 18,5% no comparativo com setembro de 2012 (US$ 468,107 milhões). O preço médio obtido com as
vendas em setembro de 2013 foi de US$ 148,86 a saca, 28,1% a menos que no mesmo mês de 2012
(US$ 206,97 a saca).
As exportações brasileiras para os chamados Países Importadores Tradicionais tiveram um
aumento de 14,7% nesse mesmo período.
O Brasil também registrou crescimento 22,3% nas exportações para os Países Importadores
Emergentes, considerando a mesma base comparativa. Os embarques do produto para os Países
Produtores apresentaram uma queda de 29,7% em relação ao período anterior, passando de 821.752
sacas para 577.659 sacas.
LAVOURA: CHEGAM AS PRIMEIRAS FLORADAS DA SAFRA 2014/2015
As lavouras se encontram em fase de Pré e Pós Floração - período: setembro-outubro.
De acordo com as estações de avisos fitossanitários da Fundação do Procafé (Varginha/MG), em
média observou-se 7,5 nós por ramo no Sul de Minas e 8,7 no Cerrado Mineiro, valores semelhante às
médias históricas (Tabela II). O enfolhamento é melhor no Sul de Minas, já o desenvolvimento no
cerrado.
21
TABELA II – CRESCIMENTO VEGETATIVO – início em setembro de 2012
Fonte: Fundação Procafe
Local
Varginha
Carmo de
minas
Boa esperança
Média Sul
Minas
Araxá
Araguari
Patrocínio
Média Cerrado
Nº de
nós/ramo
1999 – 2012
7,4
-
2013
7,4
7,4
Enfolhamento
(%)
1999- 2012
50,9
-
2013
37,9
44,3
-
7,7
7,5
-
37,1
39,7
-
8,3
8,9
9,0
8,7
-
34,4
41,3
22,5
32,7
Com a colheita praticamente encerrada em Minas Gerais, as atenções dos diversos segmentos
da cafeicultura se voltam para a abertura das primeiras floradas da safra 13/14 do cinturão mineiro.
Com a normalização do regime hídrico, as expectativas iniciais sinalizam para uma safra abundante
que irá exigir muito cuidado e trabalho por parte da ponta produtora.
COLHEITA MINEIRA AVANÇA PARA 97,0%
O frio as chuvas irregulares no início de setembro acabou não refletindo em problemas no
cinturão produtor mineiro e ao que tudo indica deveremos ter uma grande safra para um baixo ciclo
produtivo, dentro da bienalidade da lavoura cafeeira.
TABELA III - EVOLUÇÃO DA COLHEITA DE CAFÉ - SAFRA 2013
Em mil de sacas de 60 kg
Estado
Minas Gerais
- Sul/Oeste
- Cerrado
- Zona da Mata
Fonte: EMATER-MG
Produção*
Colhido Setembro (%)
Agosto (%)
2012 (%)
25.496
23.879
97
85,0
99
12.108
4.892
7.744
11.623
4.745
7.511
96
97
97
-
-
Os trabalhos de colheita de café da safra mineira 2013/14 intensificaram o ritmo neste mês e
evoluíram 12,0 pontos percentuais em relação ao mês passado e avançou para 97,0% até 30 de
setembro. Em relação à igual período do ano passado, a colheita está atrasada em dois pontos
22
percentuais, quando 99,0% da safra 2012/13 estavam colhidas. Tomando por base a estimativa da
Conab para a produção de café de Minas Gerais em 2013, de 25,4 milhões de sacas de 60 quilos, é
apontado que já foram colhidas 23,8 milhões de sacas, como pode ser observado na Tabela III acima.
AGENDA DO CAFEICULTOR
10ª Edição Concurso Qualidades dos Cafés de Minas Gerais – inscrição até 20/09 –
www.emater.mg.gov.br
23ª Edição do Prêmio Nacional Ernesto Illy de Qualidade do Café – inscrição até 23/09 www.clubeilly.com.br
III Simpósio de Cafés Sustentáveis- 01 a 03/10/2013 – Poços de Caldas/MG
21º ENCAFE – 16 a 20/10/2013 – Guarujá/SP – ABIC
XXIII CONIRD – 13 a 18/10/2013 – Barreiras/BA
Curso de formação Mercadológica em Café – 26/10/2013 – Varginha/MG – Safras &
Mercado.
39º Congresso Brasileiro de Pesquisa Cafeeiras – 29/10 a 01/11/2013 – Poços de
Caldas/MG – Fundação Procafe – Varginha/MG
Simpósio de Pesquisas Cafeeiras dos cafés do Brasil- 25 a 28/11/2013 - Salvador/BA –
EMBRAPA CAFÉ.
Congresso Agrimoney – 26 a 27/11/2013 – Cuiabá/MT
EMATER/MG - Informações: (31) 3349 8149
23
FEIJÃO
Wilson José Rosa
E-mail: [email protected]
Tel: (31) 3349-8170 – Belo Horizonte/MG
Encerrada a safra de feijão do ano 2012/2103, o país agora vive a expectativa da nova safra que
está sendo plantada e com os últimos lotes de feijão da safra anterior sendo ofertados no mercado.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB, o estoque de passagem é de 156 mil
toneladas, o mais baixo dos últimos 5 anos.
Com a oferta, proporcionado pela colheita da terceira safra, o mercado de feijão durante o mês
de setembro continuou com os preços em retração, seguindo a mesma lógica do mês anterior.
Na Bolsinha de São Paulo o mês de setembro começou com preços em torno de R$146,00 por
saco 60 kg de feijão de qualidade superior nota 9/9,5, e logo na segunda semana sofreu uma ligeira
queda, oscilando entre R$130,00 e R$135,00.
Permaneceu entre R$135,00 e R$140,00 até a terceira semana e depois teve uma leve
recuperação,, fechando o mês com os preços variando entre R$145,00 e R$148,00 por saco de 60 kg.
A maior oferta é do estado de Minas Gerais, proveniente de lavouras irrigadas da terceira safra.
A tendência é de que os preços continue em patamares de baixa até o final do mês de outubro,
quando deverá haver uma redução na oferta do produto, no mercado.
No estado de Minas, o preço médio do feijão pago ao produtor, permaneceu quase inalterado,
variando entre R$128,00 e R$144,00 na primeira semana, R$133,00 e R$143,00 na segunda semana e
R$131,00 e R$139,00 na terceira e quarta semana, por saco de 60 kg, nas principais regiões
produtoras.
Esta situação pode ser observada no quadro a seguir :
24
Preço Médio de Feijão no Estado de Minas Gerais - Set 2013
150
Valores em reais
140
130
Média Minima
Média Máxima
Média das Médias
120
110
100
Primeira
Segunda
Terceira
Quarta
Semana do mês
Fonte: CIAGRO/EMATER-MG
A Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB, divulgou no início mês de outubro, o
primeiro levantamento de safra para o ano 2013/2014. Este levantamento traz a estimativa de produção
da primeira safra de feijão em todo o país. A área planta está estimada entre 1.147,5 e 1.177,3 mil
hectares, o que representa um acréscimo entre 1,8 a 4,4% em relação área plantada na safra passada
que foi de 1.127,2 mil hectares.
Para a produção a estimativa do levantamento é de uma variação entre 1.211,8 e 1.244,4 mil
toneladas, acréscimo de 25,6 e 29,0% em relação à safra passada que foi de 964,6 mil toneladas. O
estado do Paraná é o maior produtor de feijão de primeira safra com uma área plantada estimada entre
227 e 233,3 mil hectares e uma produção estimada entre 332,6 3 341,8 mil toneladas de feijão. O
estado de Minas Gerais é o segundo produtor com uma área estimada entre 177,4 e 183 mil hectares e
uma produção entre 212,9 e 219,6 mil toneladas.
O terceiro maior produtor de feijão é o estado de São Paulo, com uma área estimada de 70,6 mil
hectares e uma produção de 137,5 mil toneladas. O estado com maior área plantada é da Bahia com
229,4 mil hectares, entretanto a produtividade, em função das condições climáticas, é menor que nos
estados do Paraná, Minas Gerais e São Paulo.
Em todos os estados das Sul e Sudeste a previsão de aumento na área plantada, com exceção
do estado de Minas Gerais que apresenta uma redução entre 2 e 5% na área estimada em relação ao
ano anterior, fato atribuído além dos riscos climáticos, também ao aumento de ataques de pragas que
exigem cada vez mais investimentos em controle onerando o produtor. A maior atratividade das culturas
do milho e da soja leva os agricultores a migrarem para estas culturas.
25
Segundo o levantamento da CONAB, no estado do Paraná o plantio até final do mês de
setembro atingiu 40% da área estimada, no Rio Grande do Sul 35% da área estimada já estava
plantada, já no estado de Minas Gerais apenas algumas áreas sob irrigação já foram plantadas, sendo
que a maior intensidade de plantio ocorre nos meses de novembro e dezembro. Vale ressaltar que
tanto a área plantada quanto a produção estimada poderá sofrer alterações no decorrer do ano
dependendo do mercado e das condições climáticas as quais a produção ainda está totalmente
dependente.
26
FRANGOS E OVOS
Ana Carolina Castro Euler
E-mail: [email protected]
Tel: (31) 3349-8141 – Belo Horizonte/MG
FRANGO
Os preços da carne de frango seguiram em alta no Brasil ao longo de setembro, sustentados
principalmente pela oferta restrita (diminuição da produção) e pela demanda interna firme.
Apesar da expressiva queda das cotações do milho e da elevada produção de frango
registrada no segundo trimestre, o preço médio da carne de frango em São Paulo voltou aos
patamares recorde do início do ano, aponta levantamento do Centro de Estudos Avançados em
Economia Aplicada - Cepea ( Fonte: Avicultura industrial).
Em setembro, o produtor paulista necessitou de menos de 9 kg de frango vivo – cerca de um
terço a menos que um ano atrás – para adquirir uma saca de 60 kg de milho. Essa também foi,
para o avicultor e no tocante ao milho, a melhor relação de preços registrada nos primeiros 153
meses (12 anos e 9 meses) do Século XXI (Fonte: Avisite).
Dados divulgados pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef) mostram que as exportações
brasileiras de carne de frango atingiram 302,7 mil toneladas em setembro deste ano, resultado
1% menor em relação ao mesmo período de 2012. A receita atingiu US$ 582,3 milhões, uma
queda de 7,9% ante o mesmo período do ano passado.
Fonte: Avisite. / Ubabef
OVOS
A avicultura de postura, segmento voltado à produção de ovos, aproveita o momento de
preços 30% maiores em relação a 2012 para articular a expansão da atividade. As granjas
voltaram a equilibrar as contas após uma crise causada pela disparada nos preços dos insumos
que servem de base para a ração das galinhas. Ao mesmo tempo em que recupera a
rentabilidade, o setor reforça os investimentos em tecnologia como prevenção a novas
desvalorizações e crises. (Fonte: Avicultura industrial).
O preço do ovo caiu nas últimas semanas. Os produtores de São Paulo consideram a
variação típica da época do ano, provocada pelo aumento da oferta. Agora, eles esperam uma
27
recuperação já que as indústrias de panificação começam a se preparar para o Natal (Fonte:
Avisite).
VARIAÇÃO NAS COTAÇÕES DE FRANGOS
Produto
Atacado Granja (R$Kg)-Avimig
06/09/2013
Frango
abatido
07/10/2013
Média do frango- Avisite
Agosto/2013
Setembro/2013
4,10
4,20
2,93
3,73
2,80
2,80
2,44
2,93
resfriado/atacado
Frango vivo com ICMS
VARIAÇÃO NAS COTAÇÕES DE OVOS
Produto
Valor R$/Cx/30Dz- Avimig
06/09/2013
07/10/2013
Ovos extra grande
76,00
66,00
Ovos grandes
75,00
65,00 Ovos médios
73,00
63,00 Ovos pequenos
69,00
59,00 Ovos vermelhos
84,00
75,00 Média do ovo - Avisite Agosto/2013
Setembro/2013
61,63
58,40
28
FRUTICULTURA
Bernardino Cangussu Guimarães
E-mail: [email protected]
Tel: (31) 3349 8075 – Belo Horizonte/MG
UVA
A pedido da indústria, foi prorrogada a entrada em vigor da instrução normativa assinada pelo
ministro da Agricultura, Antônio Andrade, que estabelece o cronograma para o aumento do teor de suco
nos néctares de laranja e uva, dos atuais 30% para 40% em janeiro de 2015 e 50% em janeiro de 2016.
Esta Norma aumentará a demanda por frutos e a qualidade dos produtos, podendo a vir, mesmo
com algum repasse de valores ao consumidor, melhorar o consumo, face aos benefícios para a saúde.
A partir de janeiro de 2014, o Brasil perderá as preferências concedidas unilateralmente pelos europeus
no âmbito do Sistema Geral de Preferências (SGP) em janeiro de 2014, o que colocará as nossas frutas
em desvantagem, principalmente em países como: Chile (principal beneficiário, com 30% das
exportações de uva), México, Colômbia, tradicionais fornecedores para a União Europeia, que estão
isentos da tarifa, que poderá chegar para a uva brasileira a 21% dependendo da época.
Um mercado que tem chamado a atenção dos produtores é o de Uva Orgânica, para vinho e
sucos. Apesar de um maior custo de produção, a demanda tem sido alta e estimulado os produtores,
com preços remuneratórios. Requer um maior cuidado dos produtores nos tratos culturais, mas os
produtos tem alcançado preços até 20% maior.
No mês de agosto iniciou-se a colheita da Uva em Pirapora e Jales(SP), com previsão de
colheita até novembro, sendo que o auge da safra se dará em setembro. Apesar da maior oferta, os
preços seguem firmes, remunerando o produtor acima do custo de produção. Segundo o CEPEA em
agosto a niagara teve media de R$4,14 / kg em Pirapora e de R$3,24 /kg em Jales, valores 176% e
170% superiores ao custo de produção.
NA região da Bahia, inicia-se a produção nacional de cosméticos fabricados a partir do extrato de
uva processado. Serão utilizadas uvas do São Francisco, que apresentam uma concentração de
polifenóis superiores a outras regiões.
Tendências
29
Um movimento que poderá impactar positivamente a rentabilidade nas exportações será a alta
do dólar, incentivando o produtor a ter maior atenção ao mercado externo. Fator que tem preocupado
os exportadores é o aumento dos custos de frete.
Impactos da onda de frio no Paraná atrasaram as podas o que afetará a frequência do fornecimento,
principalmente no mês de novembro.
Os preços comercializados nos CEASAS se mantiveram firmes neste mês, sem quedas
expressivas em função do inicio da safra. As expectativas são boas para o período, principalmente para
o mercado de uvas para suco.
Varejo com bons lucros, não repassando ao consumidor as reduções em função da safra,
prejudicam o aumento do consumo.
30
31
LEITE
Cinthya Leite Madureira de Oliveira
E-mail: [email protected]
Tel: (31) 3349-8115 – Belo Horizonte//MG
Os preços do leite pagos ao produtor continuaram subindo em setembro, somando a oitava alta
consecutiva. O preço bruto que inclui frete e impostos, aumentou 2,8% (ou 3 centavos/litro) em relação
ao mês passado e chegou a R$ 1,1162 / litro. Este valor, se comparado com o de setembro de 2012,
representa expressivo acréscimo de 21,7% na receita do produtor. O preço líquido chegou a R$ 1,0378
/ litro, elevação de 2,3% (ou de 2,3 centavos/litro) em relação a agosto/13. Estas médias, calculadas
pelo Cepea, são ponderadas pelo volume captado em agosto nos estados de GO, MG, PR, RS, SC, SP
e BA.
Entre esses estados que compõem a “média Brasil” (CEPEA-Esalq/USP), Goiás continuou tendo
o maior preço, com o litro cotado a R$ 1,1685, alta de 1,6% (ou 1,8 centavo por litro) frente à média de
agosto. Minas Gerais registrou novamente o segundo maior preço, com média de R$ 1,1550 / litro,
acréscimo de 3,4% (ou 3,8 centavos/litro) em relação ao mês anterior. Em São Paulo, houve reajuste
de 1,4% (ou de 1,6 centavo/litro), com o litro chegando a R$ 1,1121.
Figura 1: Série de preços médios pagos ao produtor - deflacionada pelo IPCA (média de RS, SC,
PR, SP, MG, GO e BA)
Fonte: Cepea-Esalq/USP
32
Em agosto, a valorização do leite aconteceu mesmo com o aumento da captação de leite pelas
indústrias. Segundo o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L/Cepea), o volume comprado
pelos laticínios cresceu 2,04% em agosto, sendo impulsionado especialmente pela produção do Sul do
Brasil. Este avanço na produção do Sul continua atrelado ao maior poder de compra do pecuarista em
relação à alimentação concentrada e também à qualidade da silagem fornecida no cocho, que juntas
aumentam o desempenho das vacas em lactação. Já nos estados do Sudeste, Centro-Oeste e
Nordeste, a captação de leite se manteve praticamente estável em agosto, movimento condizente com
este período de entressafra de pastagens.
Figura 2: Preços pagos pelos laticínios (bruto) e recebidos pelos produtores (líquido) em
Setembro / 2013 referente ao leite entregue em Agosto/2013
Bruto
(c/frete e CESSR, ex-Funrural)
Preço
líquido
Var. %
Bruto
Var. %
Líquido
Set/Ag
Set/Ag
Região
Máximo
Mínimo
Médio
Médio
1,2415
1,0737
1,1921
1,1148
1,74
2,05
1,1781
0,9600
1,1098
1,1410
8,10
9,09
1,2492
1,0641
1,1893
1,0995
0,62
0,73
Metropolitana de BH
1,2699
1,0494
1,2009
1,1039
1,14
1,16
Zona da Mata
1,1823
0,9903
1,0935
1,0222
2,12
1,72
1,2251
1,0268
1,1550
1,0778
3,42
3,63
1,1951
0,9619
1,1162
1,0378
2,77
2,31
Triâng./Alto Paranaíba
Sul/Sudoeste de Minas
Vale do Rio Doce
Média Estadual
Média Nacional
Fonte:Cepea. Adaptado por Detec/EMATER-MG
Em Minas Gerais, todas as regiões pesquisadas pelo Cepea, apresentaram aumento nos preços
pagos aos produtores no mês de setembro.
33
TENDÊNCIAS
Para outubro, a expectativa de representantes de laticínios/cooperativas consultados pelo Cepea
e pela Scot Consultoria é novamente de estabilidade nos preços. Aproximadamente 70% dos
compradores entrevistados acreditam que os preços continuarão no mesmo patamar de setembro e
apenas 7% falam em queda.
34
MILHO
Luiz Fernando Ferreira
E-mail: [email protected]
Tel: (31) 3349-8138 – Belo Horizonte/MG produção de
A produção de milho na safra 2012/2013, conforme o 12º levantamento da Companhia Nacional
de Abastecimento – CONAB, divulgado neste início de outubro, estima que o volume produzido no
país, nas duas colheitas da 1ª e 2ª safras atingirá 81 milhões 244 mil e 400 toneladas. Em Minas
Gerais, dados consolidados na reunião realizada no dia 09 de outubro pelo Grupo de Coordenação
Estatísticas Agropecuárias -GCEA / IBGE, aponta que a produção de milho estimada no estado deverá
ser de 7 milhões 448 mil 199 toneladas.
A distribuição da produção total da safra 2012/2013, nas diversas regiões de Minas Gerais, bem
como a comparação com a safra 2011/2012, pode ser observada no quadro abaixo.
Distribuição regional dos dados de milho em grão (total)
Setembro de 2013
Região Agrícola
área
(ha)
Central
Rio Doce
produção rendimento
(t)
(kg/ha)
variação (%) em relação a 2012
área
produção rendimento
106.289
500.087
4.705
5,06
7,02
1,87
46.802
135.361
2.892
-12,81
-21,70
-10,20
Zona da Mata
61.558
235.056
3.818
1,74
1,42
-0,32
Sul de Minas
249.479
1.502.426
6.022
1,28
0,84
-0,44
Triângulo
184.229
1.307.789
7.099
4,01
-0,67
-4,50
Alto Paranaíba
220.362
1.708.647
7.754
-0,37
-3,28
-2,92
Centro Oeste
98.716
610.562
6.185
8,69
11,79
2,85
175.430
1.276.181
7.275
-2,30
-11,76
-9,68
Norte de Minas
60.350
153.209
2.539
-24,34
0,22
32,45
Jequitinhonha/Mucuri
14.333
18.881
1.317
-29,63
-45,91
-23,13
1.217.548
7.448.199
6.117
-1,05
-2,32
-1,28
Noroeste
Total
Fonte: GCEA/IBGE – Setembro / 2013
A seguir, estão inseridos no quadro abaixo, os municípios com maior produção em Minas Gerais:
Maiores Produtores do Estado
1º
2º
3º
4º
5º
Município
Região
Uberaba
Unaí
Perdizes
Paracatu
Sacramento
Triângulo
Noroeste de Minas
Alto Paranaíba
Noroeste de Minas
Alto Paranaíba
área
(ha)
54.000
43.000
26.000
34.000
25.800
produção
(t)
448.000
325.200
234.000
230.400
227.400
rendimento
(kg/ha)
8.296
7.563
9.000
6.776
8.814
35
Fonte: GCEA/IBGE – Setembro /2013
Com tanta produção, ocorreu alteração para baixo, nas cotações de preços do milho este ano,
quando comparado com as vendas do produto no ano anterior. Embora as exportações tanto no ano
passado como neste ano tem sido relevantes, ainda estão disponíveis muito milho, que de certa forma
garante tranquilidade no mercado interno e possibilidades de mais vendas para o mercado externo, fora
o que deverá contribuir para um estoque razoável de passagem.
No momento, está havendo poucos negócios, e os preços estão estáveis. Compradores e
vendedores do grão tem ficado fora dos negócios. Segundo o analista
de Safras & Mercados,
Fernando Henrique Iglésias, tanto numa ponta quanto na outra, espera -se por preços mais atrativos
para negociar.
PREÇOS
A Emater- MG publica semanalmente em www.emater.mg.gov.br ($ Preço Pago ao Produtor), as
cotações de preços praticados, nas principais regiões produtoras de Minas Gerais. No quadro é sempre
apresentado dois períodos, para efeito de comparação.
Mercado Agropecuário / Cotações de Preços
Milho (60 kg)
Preço liquido Pago ao produtor - PLP
26-09 a 02-10-2013
Região
Alto Paranaíba
Noroeste
Sul de Minas
Triângulo Mineiro
Mínimo
R$ 21,00
R$ 22,00
R$ 23,00
R$ 22,50
Máximo
R$ 22,00
R$ 23,00
R$ 26,00
R$ 23,50
03 a 09-10-2013
Mínimo
R$ 21,00
R$ 21,00
R$ 23,50
R$ 21,40
Máximo
R$ 22,00
R$ 22,00
R$ 25,50
R$ 22,50
Em outros estados: Paraná, a cotação comprador/vendedor em Cascavel mostrou se estável a
R$ 19,00 / 19,50. Em São Paulo, preço em estabilidade a R$ 20,00 / 20,50 na região da Mogiana. Em
Campinas CIF, a cotação esteve em baixa, a R$ 23,30 / 23,50. No Rio Grande do Sul, preço em
avanço, a R$ 23,50 / 24,50, em Erechim.
36
Em Uberlândia -MG, preço em leve avanço a R$ 23,50 / 24,00. Em Goiás, preço em alta a
R$17,50 / 18,00 em Rio Verde. Sorriso no Mato Grosso o preço encerrou em decréscimo R$ 9,00
/12,00.
Fonte – Safras & Mercados 09-10-2013)
SAFRA FUTURA
Quanto a safra 2013/2014, levantamentos preliminares indicam que uma pequena parte de áreas
cultivadas com o cereal, poderão ser utilizadas para o plantio de soja, nessa próxima temporada, em
função dos preços praticados com a oleaginosa e a liquidez que esta comercialização garante aos
produtores. Colabora ainda para situação os preços do milho no mercado este ano, dificuldades de
armazenamento e escoamento da produção.
37
PEIXES
Frederico Ozanam de Souza
E-mail: [email protected]
PANORAMA
Brasil conheceu o seu primeiro censo aquícola. O que os piscicultores brasileiros estão
cultivando? De que porte são os empreendimentos? Quais as tendências de mercado? Estas e outras
perguntas sobre a produção aquícola brasileira foram respondidas pela pesquisa aquícola. Foi o
primeiro trabalho desenvolvido no Brasil especialmente para este setor que
acaba de ser
disponibilizado para o público pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). Como uma fotografia, o
trabalho registra da forma mais completa possível as atividades aquícolas e as suas interações
socioeconômicas, considerando o número e o porte das unidades produtivas, o perfil dos produtores,
bem como as espécies cultivadas e o detalhamento de toda a cadeia produtiva, incluindo os métodos
de produção, as estruturas de cultivo (açude, viveiro, tanque-rede e canal de igarapé no Amazonas) e
escoamento da produção. Todas as unidades de produção foram, também pela primeira vez,
identificadas por geo refereciamento, ou seja, tiveram a sua exata localização conhecida.
“O Censo Aquícola Nacional é resultado de um trabalho inédito no país”, recorda Américo
Ribeiro Tunes, secretário de Monitoramento e Controle do MPA. “Pela primeira vez temos informações
sobre a aquicultura com uma riqueza de detalhes que nos permitem saber exatamente quem são e
onde estão os produtores aquícolas no Brasil, além de informações estratégicas sobre a cadeia
produtiva, não só para o governo, mas para todo o setor”, afirma. Instrumento de planejamento.
Dedicado apenas a empreendimentos com finalidade comercial, mesmo com informações apuradas há
mais tempo, se apresenta como um instrumento fundamental para a administração pública brasileira
traçar políticas mais assertivas no fomento da aquicultura nacional.
A publicação também é importante para o segmento empresarial conhecer melhor o mercado,
assim como, para pesquisadores e outros interessados. Aproximadamente 30 mil unidades de
produção foram visitadas, das quais 19.494 consideradas, por terem objetivo comercial. A coleta dos
dados – desenvolvida pela Coordenação Geral de Monitoramento e Informações Pesqueiras do MPA foi realizada em dois anos, entre outubro de 2009 a outubro de 2011. O trabalho mobilizou cinco
coordenadores regionais, 28 coordenadores estaduais (no Amazonas foram 2 coordenadores) e 227
38
coletores de dados. Foram identificados 15.469 produtores de pescado no continente, dos quais 13.495
de pequeno porte, 760 de médio porte e 33 de grande porte, além de mais de mil que não responderam
a esse questionamento. Do universo de produtores, 8.855 criam tilápia, sendo 41% deles na região Sul,
31% na região Nordeste, 22% na região Sudeste, 3% na região Norte e 3% no Centro-Oeste. Na área
da maricultura foram registrados 1.585 produtores, dos quais 1.274 de pequeno porte, 183 de médio
porte e 63 de grande porte, além de outros 65 que não responderam à pergunta. Informações que
surpreendem. Este trabalho muitas vezes surpreenderam os coordenadores, como o achado de um
tesouro.
Assim, algumas informações, por serem inusitadas, levaram os responsáveis a novas checagens
com a fonte para confirmação. Foram encontradas 62 espécies de peixes sendo cultivadas em água
doce e 15 espécies de peixes na aquicultura marinha. O trabalho registrou, por exemplo, uma grande
quantidade de híbridos sendo cultivados no país, como tambacu (híbrido de tambaqui vs pacu), patinga
(híbrido de pacu vs pirapitinga), tambatinga (híbrido de tambaqui vs pirapitinga) e jundiara (jundiá
amazônico vs cachara). Também se verificou que na região Sul o cultivo de espécies nativas já estava
bastante generalizado, apesar da tecnologia de cultivo ainda se encontrar em desenvolvimento. O
levantamento mostrou que existem 537 criatórios de jundiá – peixe comum nos rios brasileiros do Rio
Grande do Sul e outros 481 em Santa Catarina. Em Goiás, a diversidade de espécies cultivadas foi
maior que a imaginada. Os criatórios se dedicavam a peixes “redondos” – pacu, patinga, pirapitinga,
tambacu e tambaqui – e a outras espécies, como cachara e matrinxã.
O robalo, peixe de água salgada e salobra, de carne branca e saborosa, também vem sendo
criado no litoral de Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Espírito Santo, Bahia e Rio
Grande do Norte. Em alguns casos, o cultivo de robalo ocorreu, experimentalmente, em água doce. O
cultivo de tarpão no Maranhão também é uma informação inédita, pois não havia registro do cultivo
desta espécie no país. A apuração também verificou que criatórios de diversos estados abasteciam de
pescado os pesque e pagues de São Paulo e Minas Gerais, tendo sido desenvolvido um serviço
especializado no transporte de peixes vivos que termina por agregar valor ao produtor, proporcionando
também grande diversidade de espécies nestes estabelecimentos. Por sua vez, o estudo revelou que
68% do cultivo de peixes ornamentais estavam concentrados em três estados (Minas Gerais, Rio de
Janeiro e São Paulo).
Macroalgas
O trabalho realizado em 2008 inovou ainda por identificar os produtores nacionais de
macroalgas. O cultivo da alga marinha Gracilaria birdiae (Rhodophyta, Gracilariales) ocorreu no litoral
do Ceará e do Rio Grande do Norte. No litoral do Rio de Janeiro os produtores se dedicavam à espécie
39
exótica Kappaphycus alvarezii (Rhodophyta, Soliariaceae). Estas algas vermelhas são importantes para
as indústrias de extração de coloides como Carragenana e Agar. As duas espécies de alga são
vendidas geralmente secas e os seus derivados têm diferentes aplicações na indústria farmacêutica e
alimentícia. Estes coloides são comumente encontrados em diversos produtos industrializados, atuando
como agente espessante, estabilizante, gelificante e emulsificante. São empregados, por exemplo, em
gelatinas, geleias, carnes processadas, produtos derivados do leite, pasta de dente ou clarificante de
cervejas.
MERCADO
O preço da carne de peixes, recebido pelos produtores, manteve no mesmo patamar se
comparado ao mês passado. O preço foi o seguinte: peixe vivo de tilápia ficou de R$ 4,50 a R$ 6,50/kg
e o filé em torno de R$ 19,00/kg. Outras espécies de peixe vivo, como o matrinchã, pacu e tambaqui,
tiveram o preço cotados a R$ 5,00 e a R$ 7,50/kg. A truta(peixe de clima temperado), foi comercializada
de R$ 7,00 a R$ 12,50/kg. Para as espécies de peixes considerados nobres, como o surubim e o
dourado, o preço teve a seguinte variação: entre R$ 6,00 a R$ 12,50/kg vivo.
PREÇO DA CARNE DE PEIXE RECEBIDO PELOS PRODUTORES RURAIS
6,00
PREÇO R$
5,80
5,60
5,40
5,20
5,00
JAN.
FEV.
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
TENDENCIA:
A tendência é que o preço da carne do peixe se mantenha neste valor durante este mês.
40
SOJA
Willy Gustavo de La Piedra Mesones
E-mail: [email protected]
Tel: (34) 3338-5156 - Uberaba/MG
Primeira chuvas permitem inicio do plantio de soja no Brasil
A safra norte-americana de soja, cuja colheita já foi iniciada, está atualmente estimada em 85
milhões e 706 mil toneladas, representando um crescimento de 4% em volume com relação à safra
anterior, que enfrentou graves problemas climáticos, numa área colhida de 30 milhões e 910 mil
hectares com uma produtividade média de 2.773 kg/ha. Esta estimativa já leva em consideração as
perdas que foram contabilizadas em função de estiagem ocorrida, principalmente no mês de agosto,
fazendo com que as previsões de produção em setembro já desenhassem um prognóstico abaixo da
estimativa inicial de 90 milhões de toneladas.
Com a constatação de que essa falta de chuvas ocorreu justamente no período em que em torno
de 90% das lavouras se encontravam no estágio de frutificação, quando a cultura mais precisa de
umidade, então as previsões consideraram cortes mais severos, mesmo com as chuvas ocorridas
depois deste período. De qualquer forma, o mercado continua com as atenções voltadas ao clima dos
Estados Unidos pois a ocorrência de chuvas pode, ainda, interferir na produtividade, com mais
significância pelo menos até o final deste mês de outubro.
No Brasil, as estimativas para a safra 2013/2014, apontam para uma área de 28 milhões e 950
mil hectares que seria novo recorde com avanço de 4% sobre a safra anterior e uma produção de 88
milhões e 200 mil toneladas que seria 7% maior que a safra passada e também novo recorde nacional.
Levantamentos iniciais registram um começo de plantio que, neste inicio do mês de outubro, deve
atingir em torno de 3% da área que está sendo estimada, principalmente na Região Centro-Oeste nos
estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás e também no estado do Paraná na Região Sul,
em que as primeiras chuvas já acontecem embora de frequência irregular.
A Região Sudeste também já está recebendo as primeiras chuvas e o plantio seguramente deve
ser iniciado na segunda quinzena deste mês quando os produtores tem mais indicativos sobre o
comportamento do clima. As Regiões Norte e Nordeste ainda não tiveram ocorrência de chuvas e os
produtores aguardam melhores noticias.
41
Valor da soja perde na relação de troca com o valor dos insumos
Neste último período ocorrido entre o final de agosto e inicio de setembro foi observado um
razoável fluxo de comercialização como reflexo de um repique de preços dentro da “gangorra”
observada no mercado desta oleaginosa, que sobe e desce ao sabor dos surtos de demanda interna
e/ou externa, em que a saca de 60 kg chegou a atingir valores oscilando na faixa de R$ 67,00 a R$
73,00 dependendo da praça de venda. Também houve influência advinda do comportamento dos
preços na Bolsa de Mercadoria de Futuros de Chicago/CBOT e a oscilação da taxa de câmbio. Embora
esteja ocorrendo uma esfriada nesta alta de preços no final de setembro e neste inicio de outubro e que
seguramente vai frear o andamento da comercialização.
Com esse movimento do mercado, os indicativos apontam que até este inicio de outubro, já foi
comercializada 92% da produção obtida na safra 2012/2013 tendo assim um comportamento muito
semelhante à média dos últimos cinco anos para o período, com exceção da safra colhida em 2012 em
que neste período já tinha sido comercializada 98% da produção. Desta forma, dos 82,1 milhões de
toneladas colhidas, temos ainda 6,5 milhões de toneladas disponíveis para venda. Já com relação a
safra 2013/2014 que teve seu plantio iniciado agora no Brasil, até este inicio de outubro as vendas
antecipadas já atingiram 32% da produção prevista o que é um volume bem superior à média de 24%
dos últimos cinco anos para este mesmo período e, se levarmos em consideração a estimativa de
produção de 88,17 milhões de toneladas, então já foram comercializadas pouco mais de 28 milhões de
toneladas. Vale como registro que na safra colhida em 2012 também, por ocasião do seu plantio, neste
período já tinham sido comercializadas antecipadamente 45% da produção.
Estudos realizados no Paraná e Rio Grande do Sul, tomando como referência os meses de
agosto de 2012 e de 2013, indicam que houve perda nos preços equivalentes a 20% e 15%,
respectivamente, embora apresente ainda ganhos para o produtor, mas esta situação não deixa de ser
um comportamento típico de desaquecimento em função de ser um período de avanço de colheita
norte-americana e proximidade de plantio da safra sul-americana mas, este ano, além dos preços
menores, está presente um fator significativo que é o aumento expressivo do custo de produção,
quando relacionado ao preço da saca de soja. Assim, as relações de troca entre o preço da soja e o
valor dos insumos apresentam uma variação negativa com consequente perda de poder de compra
como consta em estudo elaborado pelo Departamento de Economia Rural/Deral, da Secretaria de
Agricultura do Estado do Paraná em que no caso dos fertilizantes, tomando como referência o adubo
formulado NPK 04-30-16, no ano passado comprava-se uma tonelada com 16,01 sacas de soja e em
agosto deste ano são necessárias 19,67 sacas embora na média de 10 anos a troca seja de 24,69
sacas.
42
No caso do calcário a relação passou de 0,96 sacas de soja por tonelada do insumo para 1,42
sacas, sendo que a média histórica é de 1,47 sacas. Para as sementes a relação de agosto do ano
passado para este ano passou de 2,16 sacas de soja por saca de 50 kg de sementes para 1,42 sacas
sendo que a média histórica é de 1,95 sacas de soja por saca de sementes. Já para os herbicidas,
tomando como referência a embalagem de 5 litros de Round Up tradicional passou de 0,65 sacas de
soja para 1,11 sacas e a média de 10 anos foi de 1,59 sacas. Para o óleo diesel a relação de troca
passou de 2,60 sacas de soja por 100 litros de diesel em agosto do ano passado para 3,49 sacas neste
último agosto com média histórica de 4,69 sacas. E por último, no caso das colhedoras, tomando como
base a John Deere 1470 de 193 CV a relação de troca passou de 4.664 sacas de soja por unidade para
9.016 sacas com uma média histórica de 7.779 sacas. Assim, podemos concluir que, com exceção das
sementes em que a relação de troca foi favorável neste ano com relação ao ano passado, todos os
outros insumos demandaram maior quantidade de sacas de soja para sua compra sendo que a maior
perda foi no caso dos herbicidas mas, mesmo assim, em todos os casos, a média histórica foi mais
desfavorável que a relação deste ano.
Face a estas considerações, para a safra 2013/2014, as perspectivas parecem ser, como foi nos
últimos sete anos, ainda de ganhos de renda para os produtores brasileiros de soja mas,
provavelmente, em níveis um pouco abaixo dos conseguidos nesta última safra se considerarmos o
maior custo de produção e a prática de menores preços, mas também atuando positivamente a
expectativa de ocorrência de clima mais regular sem a presença de El Niño ou La Niña assim como os
indicativos de uso de melhor nível tecnológico a ser utilizado nas lavouras.
Preços praticados em diferentes regiões no Brasil
Local
Preços praticados R$/saca 60 kg
08/10/2013
1 semana atrás
1 mês atrás
1 ano atrás
Passo Fundo/RS
74,00
71,00
73,00
74,00
Rondonópolis/MT
65,00
63,00
63,30
70,00
Santos/SP
70,00
69,00
73,00
72,00
Uberlândia/MG
67,50
66,00
66,00
73,00
Unaí/MG
64,50
Adaptado de Safras&Mercado
63,00
63,00
70,00
Fonte: Safras & Mercado, Conab, Embrapa, Emater-MG
43
SUÍNOS
Ana Carolina Castro Euler
E-mail: [email protected]
Tel: (31) 3349-8141 – Belo Horizonte/MG
Os preços do suíno vivo e da carne estão em alta no mercado brasileiro, ainda em decorrência da
baixa oferta. Quanto às exportações, depois de subir por dois meses seguidos, voltaram a cair em
setembro, contrariando expectativas do setor. Foram exportadas 39,9 mil toneladas de carne in natura,
volume 12,7% menor que o de agosto e 26,8% inferior ao de set/12 – dados da Secex
(Fonte:
Suinocultura industrial).
O preço pago aos criadores na aquisição de suíno vivo subiu 17,4% nos últimos meses, na mais
surpreendente escalada de recuperação dos preços deste ano. Há uma forte tendência do preço
praticado pela indústria na aquisição de suíno vivo continuar subindo até dezembro em razão de quatro
fatores: o aumento das exportações com a reabertura das vendas para Ucrânia e Rússia; a diminuição
da oferta em razão de redução da base produtiva verificada no primeiro semestre; o aumento do
consumo interno em razão do inverno e o início da produção de itens cárneos típicos do fim de ano
(Fonte: Suino.com).
O preço do quilo do suíno registrou reação, o que provocou aumento no lucro dos criadores de
Minas Gerais. O suinocultor, que é criador independente e não tem vínculo direto com nenhuma
agroindústria, explica que o custo médio de produção de cerca de R$ 2,70 registrou leve alta,
principalmente em função do preço da soja. Mesmo com o aumento, o índice de lucratividade tem
valido a pena. "Comercializávamos os animais na faixa de 110 quilos.
Hoje, estamos comercializando com 95 quilos em função do aquecimento do mercado.
Comercializamos normalmente 2,6 mil animais. Ultimamente, estamos comercializando três mil animais
por mês. O animal menor vale a pena porque a eficiência de crescimento dele é boa. Então, o custo
dele fica mais barato", explica Caixeta (fonte: Suinocultura industrial).
44
COTAÇÃO (r$)- setembro
06/09/2013
07/10/2013
SP
3,52
3,90
PR
2,99
3,38
SC
3,10
3,60
GO
3,70
4,10
RS
3,22
3,60
MG
3,70
4,10
MS
-
3,40
MT
2,85
3,32
Aurora SC
2,60
2,90
Pamplona
2,55
2,75
BRF
2,55
2,75
Seara SC
2,50
2,80
45
TOMATE
Geogeton S. R Silveira
E-mail: [email protected]
Tel: (31) 3349-8148 – Belo Horizonte//MG COMPORTAMENTO
No mês de setembro, os preços médios do tomate in natura praticados no atacado de acordo com a
Ceasaminas, no entreposto de Contagem:

Tomate tipo AA do grupo Longa Vida foi comercializado a R$ 21,66 e Santa Clara R$ 21,08
preço médio da caixa com 20 kg.

Tomate tipo A do grupo Longa Vida foi comercializado a R$ 12,25 e Santa Clara R$ 10,58 preço
médio da caixa com 20 kg.
Na Ceagesp, os preços do tomate comercializado no atacado, tipo AA dos grupos Longa Vida e
Santa Clara tiveram uma cotação média de R$ 34,00 a caixa de 20 Kg e R$ 28,60 a caixa de 20 kg do
tipo A, sendo estes valores referentes à segunda quinzena de setembro.
Segundo pesquisa de preços realizada no varejo pela Ceasaminas do dia 02 a 04/10, os valores do
quilo do tomate in natura praticados nos hipermercados e supermercados da grande BH, obtiveram um
preço médio de R$ 1,99 e nos sacolões foi de R$ 2,05 sendo o preço médio no varejo de R$ 2,19. No
atacado, no mesmo período, o preço pago pelo quilo foi de R$ 0,77. O preço no varejo em relação ao
atacado obteve uma variação de 184,4 %. Portanto a caixa de 20 kg vendida no atacado neste período,
em média por R$ 15,40, foi revendida no varejo em média por R$ 43,80.
No mês de setembro os preços médios no atacado se mantiveram no mesmo patamar de agosto
(veja gráfico abaixo).
Neste período em que os preços no atacado se mantêm em níveis mais baixos, devido a maior oferta
de frutos nas praças de comercialização, o varejo continua utilizando da prática mercantilista, elevando
os preços do quilo do produto a valores muito acima dos preços de aquisição no atacado.
46
TENDÊNCIAS
Para o mês de outubro, espera-se que haja uma reação gradativa dos preços praticados no
atacado, já sinalizando a entrada do período de entressafra do tomate nas regiões produtoras do país.
Veja no gráfico abaixo, o comportamento dos preços médios pagos no atacado, na caixa de 20
Kg de tomate, na Ceasaminas entreposto de Contagem até o mês de setembro:
60
Preço/caixa de 20kg
50
40
30
20
10
0
Janeiro Fevereiro Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto Setembro
Meses
SECRETARIA DE ESTADO DE AGRICULTURA,
PECUÁRIA E ABASTECIMENTO - SEAPA/MG
EMPRESA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA
EXTENSÃO RURAL – EMATER/MG
E
Presidente: José Ricardo Roseno
Secretário de Estado: Elmiro Alves do Nascimento
Secretário-Adjunto: Paulo Afonso Romano
Editoração e Coordenação do Informativo: Luiz
Fernando Ferreira
Subsecretário do Agronegócio: André Luiz Coelho
Merlo
E-mail: [email protected]
Superintendente de Economia Agrícola: João Ricardo
Albanez
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Colaboração: Manoela Teixeira de Oliveira
www.agricultura.mg.gov.br
www.emater.mg.gov.br
47
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