INFORMATIVO CONJUNTURAL Emater – MG Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais Subsecretária do Agronegócio Nº 103 – Outubro de 2013 1 Sumário PRODUTO INTERNO BRUTO - PIB............................................................................... 3 BALANÇA COMERCIAL ................................................................................................. 7 ANÁLISE DE SAFRAS .................................................................................................. 10 ALGODÃO .................................................................................................................... 12 BOI GORDO ................................................................................................................. 14 CAFÉ............................................................................................................................. 18 FEIJÃO.......................................................................................................................... 24 FRANGOS E OVOS ...................................................................................................... 27 FRUTICULTURA ........................................................................................................... 29 LEITE ............................................................................................................................ 32 MILHO ........................................................................................................................... 35 PEIXES ......................................................................................................................... 38 SOJA ............................................................................................................................. 41 SUÍNOS ........................................................................................................................ 44 TOMATE ....................................................................................................................... 46 2 PRODUTO INTERNO BRUTO - PIB Superintendência de Política e Economia Agrícola E-mail: [email protected] (31) 3915-8603 - Belo Horizonte/MG Produto Interno Bruto (PIB) do Agronegócio Mineiro Estimado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – CEPEA-, da ESALQ/USP -, sob o patrocínio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SEAPA) e da Federação da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (FAEMG), o Produto Interno Bruto do agronegócio mineiro deverá atingir R$ 154,5 bilhões (a preços de 2013). Desse valor, R$ 82,8 bilhões ou 53,6% virão da agricultura e R$ 71,7 ou 46,6% serão da pecuária. Essa projeção do valor a ser atingido pela renda bruta do agronegócio estadual decorre de uma taxa positiva equivalente a 0,56% no mês de julho que propiciou a obtenção de um avanço de 1,12% no acumulado do ano. Ainda que considerado baixo, este resultado superou o desempenho observado no mesmo período de 2012, quando o setor cresceu tão somente 0,84%. No que tange à evolução dos segmentos que formam a renda bruta do agronegócio de Minas Gerais, o estudo do CEPEA revelou que no mês de julho o agronegócio da agricultura recuou 0,30%, o que levou a variação da renda gerada pela cadeia agrícola no acumulado do ano para uma taxa negativa de 2,55%. O segmento de Insumos voltou a apresentar variação positiva (taxa de + 1,28% ), mas acumulou recuo de 5,64% no ano. A Indústria também experimentou avanço no mês (+0,21%), mas queda no acumulado do ano de 2,22%. O segmentos Primário (“Dentro da Porteira”) e da Distribuição mantiveram-se em declínio, com taxas negativas de 1,67% e de 0,23% em julho e de 2,79% e -2,35% de janeiro a julho. Já na cadeia da pecuária houve elevação de 1,57% em julho, o que levou o resultado positivo anual para 5,70% (contra 4,07% até junho). Nenhum segmento da cadeia apresentou declínio, mesmo o de Insumos que desde fevereiro vinha apresentando taxas negativas cresceu em julho 0,45%. Indústria e Distribuição registraram as maiores elevações (1,97% e 1,70%) e acumularam no ano avanços de 10,72% e 6,86%, respectivamente. (Figura 1 e Tabelas 1 e 3). 3 As atividades primárias foram marcadas pelo desempenho oposto na agricultura e na pecuária. Enquanto na cadeia pecuária, o cenário até julho foi de alta: 1,59% no mês e de 5,38% no ano, do lado agrícola, houve queda,tanto no mês ( -1,67% ) quanto no ano ( -2,79% ). Na pecuária, o avanço positivo refletiu o ganho de receita em todas as atividades, com os maiores resultados para suínos ( 23,755 a.a ) e frangos ( 22,58% a.a ). Na agricultura, as maiores perdas foram registradas no café, algodão, arroz e cana. Para o café, a significativa redução dos preços do produto tem agravado a situação dos cafeicultores de Minas Gerais, que vêm enfrentando aumento de custos e com isso, acumulando prejuízos. Nos sete primeiros meses de 2013, o faturamento registrou queda de 33,84% a.a. Quanto às participações dos diversos segmentos na geração da renda do agronegócio de Minas Gerais, os percentuais são os seguintes: Insumos: 5,66%, Básico: 37,89%, Indústria: 25,71% e Distribuição: 30,75%. No agronegócio da agricultura, o segmento de Insumos continuou com a menor participação, de 4,50%, enquanto Básico com 21,99% e Distribuição com 32,33% mantiveram-se em posições intermediárias, a Indústria manteve a maior participação 41,17%. No agronegócio da pecuária, a Agroindústria representa parcela muito baixa, próxima à dos Insumos: 7,54% nas atividades de processamento e 7,01% para Insumos. O segmento Básico apresenta a maior parcela da renda da cadeia com 56,56% e a Distribuição ocupa a segunda posição e responde por 28,89%. Finalmente, há que se destacar que no contexto do agronegócio nacional, a renda bruta do negócio agrícola mineiro participa com 14,17%. 3,00% 2,00% 1,00% 0,00% Insumos Básico Indústria Distribuição Agronegócio ‐1,00% ‐2,00% Pecuária Agricultura Agronegócio total 4 Tabela 1 – Taxas de crescimento mensais e acumuladas do PIB do agronegócio de Minas Gerais em 2012 e 2013 (%) AGRONEGÓCIO Insumos Básico Indústria Distribuição AgronegócioTotal jul/12 -2,26 1,08 -1,79 -0,33 -0,27 ago/12 0,56 0,53 -0,15 0,20 0,27 set/12 -0,38 0,36 -0,32 0,03 0,05 out/12 0,71 1,13 -0,62 0,30 0,43 nov/12 0,26 0,89 -0,47 0,24 0,33 dez/12 0,35 0,81 -0,14 0,35 0,41 0,30 jan/13 0,38 0,64 -0,19 0,28 fev/13 -1,19 0,31 -0,07 0,17 0,08 mar/13 -0,61 0,04 -0,29 -0,08 -0,12 abr/13 -0,51 0,96 -0,10 0,47 0,45 mai/13 -1,30 0,17 -0,25 0,01 -0,07 jun/13 -0,75 0,01 -0,18 0,00 -0,08 jul/13 0,81 0,57 0,45 0,60 0,56 Acum. no ano (2012) 0,22 1,43 0,19 0,73 0,84 Acum. no ano (2013) -3,14 2,73 -0,63 1,46 1,12 AGRICULTURA Insumos Básico Indústria Distribuição AgronegócioTotal jul/12 -3,77 0,67 -2,18 -1,44 -1,35 ago/12 0,78 0,39 -0,23 -0,07 0,02 set/12 -0,68 0,00 -0,43 -0,31 -0,30 out/12 0,85 0,09 -0,89 -0,63 -0,48 nov/12 0,25 -0,11 -0,63 -0,49 -0,41 dez/12 0,76 0,48 -0,24 -0,05 0,05 jan/13 0,06 -0,59 -0,43 -0,47 -0,46 fev/13 -1,99 -0,02 -0,27 -0,21 -0,28 mar/13 -0,82 -0,10 -0,47 -0,38 -0,38 abr/13 -0,99 0,49 -0,39 -0,18 -0,16 mai/13 -2,05 -0,04 -0,44 -0,35 -0,40 jun/13 -1,24 -0,89 -0,44 -0,55 -0,61 jul/13 1,28 -1,67 0,21 -0,23 -0,30 Acum. no ano (2012) 1,28 0,69 0,28 0,39 0,47 Acum. no ano (2013) -5,64 -2,79 -2,22 -2,35 -2,55 Insumos Básico Distribuição Agronegócio Total PECUÁRIA Indústria jul/12 -1,03 1,28 0,66 1,11 1,01 ago/12 0,38 0,61 0,36 0,54 0,55 set/12 -0,14 0,53 0,30 0,47 0,45 out/12 0,61 1,63 1,01 1,46 1,46 nov/12 0,26 1,37 0,49 1,13 1,15 dez/12 0,02 0,96 0,45 0,82 0,81 jan/13 0,64 1,24 1,57 1,33 1,24 fev/13 -0,56 0,46 1,34 0,70 0,52 mar/13 -0,44 0,10 0,98 0,35 0,20 abr/13 -0,13 1,18 1,86 1,37 1,19 mai/13 -0,72 0,27 1,04 0,48 0,31 jun/13 -0,38 0,43 1,51 0,74 0,54 5 jul/13 0,45 1,59 1,97 1,70 1,57 Acum. no ano (2012) -0,61 1,79 -0,38 1,17 1,27 Acum. no ano (2013) -1,14 5,38 10,72 6,86 5,70 Fonte: Cepea-USP /Faemg /Seapa. Tabela 3 – PIB do agronegócio de Minas Gerais de 2001 a 2013 (R$ milhões de 2013) AGRONEGÓCIO INSUMO BÁSICO INDÚSTRIA DISTRIBUIÇÃO TOTAL 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 4.193 4.796 5.492 5.922 5.997 5.842 6.639 8.813 8.007 7.464 8.882 9 044 8.760 28.475 29.613 30.621 36.519 31.953 36.601 38.726 44.008 40.238 45.290 54.352 56 979 58.534 16.854 17.130 18.866 18.299 19.371 23.473 24.040 24.876 26.350 33.060 33.861 39 928 39.676 22.008 22.504 23.969 25.843 24.913 29.030 30.571 33.132 32.525 38.495 42.194 46 834 47.520 71.531 74.043 78.949 86.584 82.235 94.945 99.975 110.829 107.121 124.309 139.288 152 785 154.490 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 INSUMO 2.077 2.273 2.631 2.888 2.789 2.607 3.191 4.424 3.700 3.261 3.885 4.012 3.785 BÁSICO 11.418 11.609 11.160 12.807 12.270 12.128 11.610 14.170 12.832 15.101 18.053 18.465 17.950 DISTRIBUIÇÃO 12.008 12.338 13.162 13.287 13.641 16.095 15.751 16.932 17.513 22.151 23.703 27.417 26.772 TOTAL 38.907 40.064 42.435 43.713 44.333 50.644 50.091 55.549 55.816 68.705 74.707 84.920 82.755 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 INSUMO 2.117 2.523 2.861 3.034 3.209 3.235 3.448 4.389 4.307 4.203 4.997 5.032 4.974 BÁSICO 17.057 18.003 19.461 23.712 19.683 24.473 27.116 29.838 27.406 30.188 36.299 38.514 40.585 DISTRIBUIÇÃO 10.001 10.166 10.807 12.557 11.273 12.934 14.820 16.199 15.012 16.344 18.491 19.417 20.748 TOTAL 32.624 33.979 36.514 42.870 37.902 44.302 49.884 55.280 51.304 55.604 64.582 67.865 71.734 AGRICULTURA INDÚSTRIA 13.404 13.844 15.481 14.731 15.634 19.813 19.539 20.023 21.771 28.192 29.066 35.026 34.249 PECUÁRIA INDÚSTRIA 3.450 3.286 3.385 3.568 3.737 3.659 4.500 4.853 4.579 4.869 4.794 4.902 5.428 Fonte: Cepea-USP/Faemg/Seapa. 6 BALANÇA COMERCIAL Márcia Aparecida de Paiva Silva E-mail: [email protected] Tel: (31) 3915-8590 - Belo Horizonte/MG Exportações Os resultados do terceiro trimestre de 2013 apontam para o recuo da receita de vendas externas de produtos do agronegócio de Minas Gerais. As exportações somaram US$ 5,6 bilhões, redução de 2,6% em comparação ao montante de igual período de 2012 (Gráfico 1). O volume exportado expandiu 16,6%, em relação aos primeiros nove meses de 2012, e atingiu 5,6 milhões de toneladas. Assim, o comportamento que se evidenciou no período de janeiro a setembro de 2013 foi de desaquecimento do valor médio dos produtos, o que deve ser revertido para garantir a remuneração dos exportadores mineiros. Entre os principais grupos de produtos embarcados, com destaque para café, complexo soja (soja em grão, farelo e óleo), complexo sucroalcooleiro (açúcar e álcool), carnes (bovina, de frango, suína, de peru e demais carnes) e produtos florestais (celulose, madeira e papel), apresentaram comportamento positivo: complexo soja, carnes e produtos florestais. As exportações do complexo soja chegaram a US$ 944,0 milhões, incremento de 50,8% em relação à cifra dos três primeiros trimestres do ano anterior. A soja em grão foi responsável por tal desempenho, com vendas externas que atingiram US$ 826,1 milhões, avanço de 85,8%, comparandose 2012 e 2013. O grão mineiro foi encaminhado a 17 destinos, liderados por China (que adquiriu 74,7% das exportações mineiras do produto), Tailândia (7,3%) e Holanda (com participação de 5,4%). As compras chinesas cresceram 79,2%, as tailandesas, 349,6%, e holandesas expandiram 1.306,3%. Com o desempenho positivo de 2013, Tailândia e Holanda assumiram posições antes ocupadas por Espanha e Taiwan. A receita proveniente das vendas externas de carnes avançou 10,4% entre os primeiros nove meses de 2012 e 2013, com destaque para o incremento das exportações das carnes bovina (referente a 17,2%), de frango (+ 12,8%) e suína (+ 11,9%). Os principais destinos dos embarques mineiros de 7 carnes foram, tradicionalmente, Rússia, Hong Kong e Arábia Saudita que, juntos, responderam por 52,0% da receita cambial estadual. Especificamente para a carne bovina, 87,1% da receita de vendas externas referem-se à carne in natura (frescas, refrigeradas ou congeladas), que totalizaram US$ 273,2 milhões. O principais destinos da carne bovina in natura mineira foram Rússia e Hong Kong, que responderam por 58,7% das exportações estaduais. A carne suína in natura também foi responsável pela maior parcela dos embarques de carne suína, referente a 94,7% e equivalentes a US$ 94,2 milhões. Esse tipo de carne foi destinado a 19 territórios, lideradas por Rússia e Hong Kong que, juntos, responderam por 93,6% das exportações mineiras. Para o frango, a especificação in natura respondeu pela totalidade das vendas externas. Os principais destinos, dos 84 elencados, foram Arábia Saudita, Egito e Emirados Árabes Unidos, que juntos foram responsáveis por 45,5% das exportações mineiras de carne de frango sem processamento. Em continuidade à análise pela expressividade, destacaram-se os produtos florestais, cuja receita de vendas externas cresceu 7,7%, atingindo US$ 491,5 milhões. Nesse grupo, é importante enfatizar o bom desempenho dos embarques de celulose, que totalizaram US$ 486,0 milhões, expansão de 8,3%, comparando-se os primeiros nove meses de 2012 e 2013. Sob uma ampla perspectiva é importante sinalizar os riscos inerentes à concentração de mercado, principalmente no que se refere aos destinos dos principais produtos mineiros (a exemplo da Rússia no mercado de carnes). Em sintonia com a relevância da diversificação para conquistar melhores resultados, pode ser ilustrada a diversificação da pauta de exportadora, à exceção dos tradicionais produtos, que pode ser ilustrada – nos primeiros nove meses de 2013 – pelo aumento dos embarques de produtos apícolas, frutas (exclui nozes e castanhas), sucos e produtos hortícolas. Nesses grupos, produtos para os quais Minas Gerais tem potencial produtivo, como limão e manga (para frutas) e tomate (para produtos hortícolas), despontaram-se com desempenho positivo das vendas externas. Importações As importações mineiras de produtos do agronegócio somaram US$ 357,7 milhões nos primeiros nove meses de 2013 (Gráfico 1), montante 24,5% superior ao registrado em igual período de 2012. Os setores que mais contribuíram para esse resultado foram cereais e lácteos, por terem registrado comportamento positivo e integrarem o grupo de principais produtos importados. Entre os cereais, as compras foram liderados pelo trigo (principalmente originário dos Estados Unidos) e pelo 8 arroz (sobretudo, paraguaio). Para lácteos, o aumento das compras de leite em pó (exclusivamente do Uruguai) e do queijo (sobretudo argentino), influenciou no comportamento do grupo. O Estado possui condições de incrementar a produção de cereais (a exemplo de trigo e arroz) e de leite, com capacidade de suprir o mercado doméstico. Entretanto, a falta de competitividade em comparação a potenciais concorrentes no mercado interno e externo, desestimula produtores. Saldo da balança comercial A diferença entre as exportações e importações de produtos do agronegócio atingiu US$ 5,2 bilhões, recuo de 4,0% em comparação ao resultado do terceiro trimestre de 2012. O comportamento do saldo da balança comercial acompanhou o das exportações, que tem maior representatividade vis-àvis às importações do setor. Comportamento mensal Em setembro, o comportamento mensal manteve o bom desempenho do mês anterior. As exportações atingiram US$ 689,6 milhões, aumento de 0,2%, comparando-se com agosto. As importações somaram US$ 41,4 milhões, recuo de 9,3%, em relação a agosto. O saldo da balança comercial do setor atingiu US$ 648,2 milhões, valor 0,8% superior ao do oitavo mês de 2013. Na análise das exportações, os setores que se destacaram pelo desempenho positivo, considerando a respectiva representatividade para as vendas externas do setor foram: café, complexo soja e produtos florestais. A receita cambial do café expandiu 4,2% e atingiu US$ 252,1 milhões. As exportações do complexo soja cresceram 60,4% e somaram US$ 154,4 milhões. A receita de vendas de produtores florestais totalizou US$ 61,3 milhões, ampliação de 46,2% comparando-se os meses de agosto e setembro de 2013. O desempenho dos próximos meses será decisivo para a melhoria dos resultados acumulados, que deve ficar condicionada, entre outros fatores, ao comportamento do mercado internacional, principalmente no que se refere à aceitação e a consequente inserção dos produtos mineiros no mercado internacional. Gráfico 1 – Balança Comercial de Minas Gerais (janeiro a setembro de 2012/2013), em US$ milhões 2012 2013 25.033,0 24.713,6 5.714,1 5.566,6 8.844,5 9.221,7 287,2 357,7 Total Agronegócio Exportação Total Agronegócio Importação 16.188,5 15.491,9 5.427,0 5.209,0 Total Agronegócio Saldo 9 ANÁLISE DE SAFRAS Luiz Fernando Ferreira E-mail: [email protected] Tel: (31) 3349-8138 – Belo Horizonte/MG A safra de 2013 / 2014, de acordo com o 1º levantamento realizado pela CONAB, divulgado neste início do mês de outubro, estima que o Brasil deverá cultivar uma área entre 54 milhões, 180 mil hectares a 55 milhões e 180 mil hectares. Esta perspectiva estabelece um aumento de 1,7 a 3,6 %, em relação a área explorada em 2012/2013, que foi de 53 milhões e 260 mil hectares. Nessa próxima temporada, os destaques são para o trigo, algodão e mais uma vez, o cultivo da soja. Esta oleaginosa deverá ter um acréscimo de área entre 3,4 e 5,9 % , comparado ao período passado, o que representa cerca de até 1 627 hectares, plantados a mais. O trigo poderá ter um aumento de 15,1 % ou 286,4 mil hectares plantados a mais, em relação ao ano anterior. Um outro produto que terá recuperação da exploração, refere-se ao algodão que deverá apresentar um aumento entre 149,9 a 201,1 mil hectares. No caso do milho, estima que haverá uma redução na primeira safra ou safra de verão, de 3,7 a 6,8 % ou seja, um cultivo menor que poderá chegar até 461,8 mil hectares, quando comparado com o plantio do ano passado, no mesmo período. Esta redução no milho está atrelada a situação boa da soja no mercado, o que contribui para a troca de cultivo do cereal pela oleaginosa, principalmente pelos produtores que operacionalizam as duas explorações. Quanto a produção, estima que o volume poderá chegar em 195 milhões e 500 mil toneladas, com uma previsão de aumento de até 4,6 % ou 8 milhões e 680 mil toneladas, comparada a safra de 2012 / 2013. O produto principal, responsável pelo pelo aumento mais uma vez, deverá ser a soja. Outros produtos como o algodão, o trigo e o feijão 1ª safra, deverão contribuir para o aumento da próxima safra. As demais culturas como arroz, mamona e girassol praticamente não deverão apresentar diferenças significativas, tanto de áreas como de produção. 10 Os insumos, crédito rural e máquinas agrícolas estão colaborando e a classe produtora parece não ter o que reclamar destes instrumentos. Os gargalos que ainda precisam mais atenção por parte principalmente da área governamental, referem-se a logística de armazenamento e escoamento das safras. Com relação as condições climáticas as indicações são de que neste ano, as precipitações serão boas prognosticando um período chuvoso adequado e suficiente para as lavouras cultivadas. FONTE: CONAB – IBGE- NOTICIAS AGRÍCOLAS - EMATER-MG 11 ALGODÃO Reinaldo Nunes de Oliveira E-mail:[email protected] Fone: (38) 3223-2130 Montes Claros - MG O mercado interno do algodão fechou o mês de setembro em ligeira queda. A cotação no CIF em São Paulo para o algodão em pluma foi de R$2,09/libra-peso contra R$2,23/libra-peso no mesmo período do mês passado o que significa uma retração nos preços de 6,3%. A variação de preço segundo os analistas do setor teve como consequência, a entrada no mercado de grande volume da colheita da atual safra; retração do mercado internacional e a recente desvalorização do dólar em relação ao real o que diminui o poder de competitividade do produto brasileiro no mercado internacional. Quanto ao mercado externo, o comportamento dos preços manteve estável com ligeiras flutuações ora para mais ou menos, isto devido a pouca comercialização na Bolsa de Nova York em função do atraso no calendário de produção dos Estados Unidos, tendo como consequência, a redução de oferta do produto no mercado. Segundo o presidente da ABRAPA a estimativa de plantio da próxima safra no Brasil, deverá ter um acréscimo de área plantada de 23,4% em relação à safra passada, passando dos 893 mil hectares para 1,07 milhões isto devido a recuperação dos preços e estabilidade do dólar o que favorece as exportações. Para o Ministério da Agricultura o incremento da área plantada se confirmada, implicará em uma produção de 1.539.803 toneladas o que significa um aumento de 27% na produção se comparada safra 2012/2013. O cenário atual das lavouras brasileiras, é marcado pelo vazio sanitário iniciado em 01/10 com o final de colheita na maioria das regiões produtoras, caracterizado pela destruição de soqueira seguida pelo preparo do solo para o plantio, assim que a umidade do solo for propícia. TENDÊNCIA A cotação dos preços do algodão no mercado internacional tem permanecido estável nos últimos meses, principalmente pela influencia dos efeitos da oscilação climática nas lavouras americanas e em 12 algumas regiões da China. Assim, a tendência de preço do algodão tanto no mercado interno como externo é de estabilidade mesmo com a entrada da produção que acaba de ser colhida no mercado interno. Desta forma, o preço pago aos produtores nas principais regiões produtoras na última semana de setembro segundo safras & Mercado foram os seguintes: São Paulo CIF R$69,11/arroba (R$2,09/libra-peso); Rondonópolis MT R$65,97/arroba (R$1,99/libra-peso); Uberlândia MG R$68,37/arroba (R$2,07/libra-peso); Barreiras BA R$67,36/arroba (R$2,04/libra-peso); Luiz Eduardo Magalhães BA R$67,26/@ (R$2,04/libra-peso) 13 BOI GORDO José Alberto de Ávila Pires E-mail: [email protected] Tel: (31) 3349-8116 - Belo Horizonte/MG RECUPERAÇÃO E ESTABILIDADE O mês de setembro/2013 foi marcado por uma recuperação dos preços da arroba do boi gordo, comparativamente aos os valores praticados em 2.010, no Estado de São Paulo, quando as cotações da arroba do boi gordo atingiram R$105,00 na segunda quinzena de outubro e R$115,/120,00 durante todo o mês de novembro/2010. Para SAFRAS &Mercado, durante todo o mês de setembro /2.013, “aparentemente os frigoríficos encontraram confinados foi a dificuldades na composição das escalas de abate, e a oferta de bois variável chave ao andamento do mercado.Vale ressaltar que a demanda por exportação esteve muito efetiva, fazendo com que os frigoríficos necessitassem do melhor posicionamento possível das escalas de abate para cumprir com os contratos de exportação”. Diante deste quadro de demanda pressionada, durante todo o mês de setembro /2.013, o mercado esteve firme, e bastante “especulado”. Para Minas Gerais, na média geral, o levantamento da EMATER/MG mostrou valores mínimos de R$94,00/96,00 por arroba no Mucuri (Teófilo Otoni, Carlos Chagas e Nanuque), Rio Doce (Governador Valadares), Norte de Minas (Montes Claros e Janaúba) e Noroeste (Unaí, Paracatu e João Pinheiro), e máximos de R$98,00/100,00 no Triângulo Mineiro (Ituiutaba, Uberlândia e Uberaba), e Alto Paranaíba (Patos de Minas). Segundo SAFRAS & Mercado (26/09), “ em São Paulo o mercado teve preços a R$ 108,00/109,00, no Mato Grosso do Sul o preço ficou firme a R$ 104,00/105,00, em Minas Gerais (Triangulo Mineiro) e Goias a R$103,00/104,00, e no Mato Grosso em R$ 94,00 por arroba. O Gráfico 1, elaborado pelo informativo BeffPoint com dados do Indicador de Preços do Boi Gordo ESALQ/BMF&Bovespa para o Estado de São Paulo, mostra a evolução do mercado nos últimos 12 meses (1 ano). Depois de um período de “estabilidade” e com as cotações variando R$96,00 (outubro/2012) a R$99,00 por arroba ((junho/2013), o mercado voltou a dar sinais de recuperação, a partir de julho/2013, com as cotações atingindo valores de R$107,00 por arroba em setembro/2013 (coluna verde). Valores ainda abaixo dos praticados 2010, quando as cotações da arroba do boi gordo 14 atingiram R$115,/120,00 durante todo o mês de novembro /2010. E esta tendência de recuperação ainda se manteve no início de outubro/2013, com cotações próximas a R$111,00 por arroba (coluna vermelha). Observa-se que as cotações dos contratos futuros para novembro/2.013 (coluna azul), estão “ancoradas” e seguindo as indicações das cotações do mercado físico (coluna vermelha). Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para nov/13 BEZERRO NELORE DE CORTE O Indicador Bezerro ESALQ/BM&FBovespa, refere-se ao preço pago pelo bezerro Nelore de corte ( ou anelorado), de apartação, com 8 a 12 meses de idade e peso vivo médio próximo à 6 arrobas (180 kg de peso vivo). Região pesquisada: Campo Grande e Mato Grosso do Sul. O Gráfico 2 mostra a evolução deste “Indicador” , nos últimos 12 meses (1 ano), com estabilidade de outubro/12 a fevereiro/13, alta a partir de março/2013. No relatório diário de SAFRAS & Mercado, de 09 de outubro 2.013, este tipo de bezerro Nelore de corte apresentou preços estáveis, em relação ao mês de agosto/2013, e as seguintes cotações,: no Estado de São Paulo entre R$800,/820,00 por bezerro; em Goiás a R$760,00; em Minas Gerais, a R$800,00 em Uberaba e R$750,00 em Unaí; no Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso, R$775,/R$825 por bezerro. Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro à vista x 15 x margem bruta CENÁRIO FUTURO (2013/2014) O Gráfico 3 mostra a “tendência” da evolução dos preços da arroba do boi gordo, de acordo com os negócios realizados no dia 09 de outubro de 2.013, no Mercado Futuro de Boi Gordo BMF&Bovespa. As cotações deste mercado futuro se mantém atreladas ao Indicador de Preços do Boi Gordo ( Estado de São Paulo ), com projeções de valores entre R$108,500 e R$110,00 por arroba, pelo menos até dezembro/2.013. Para 2014 as indicações são de novo recuo destes preços para valores entre R$102,00 e R$106,00 por arroba. O mês de outubro se inicia com bons volumes de chuvas em praticamente todas as regiões de Minas Gerais. Situação que deve assegurar uma rápida recuperação das pastagens, e as seguintes “tendências” para o mercado do boi gordo: BOI CONFINADO: no curto prazo (outubro/dezembro), as chuvas levam a um aumento de oferta de boi confinado, uma vez que confinamento “não combina” com chuva. E isto pode gerar um AUMENTO da oferta de bois para abate, e pressão de queda dos preços; Neste sentido, segundo SAFRAS & Mercado (09/out.), “ o mercado físico do boi gordo começa a apresentar um cenário voltado para a baixa dos preços. Alguns frigoríficos voltaram a sinalizar para o bom andamento das escalas de abate. Da mesma maneira que os preços da carne bovina tiveram intensa queda durante o dia. Esta é uma evidência clara de que houve um aumento da oferta de 16 confinados durante os últimos dias. BOI DE PASTO: por outro lado, a melhoria das condições das pastagens com a normalização das chuvas, cria condições para uma “retenção” de boi gordo no pasto, o que permite ao pecuarista regular a oferta e negociar melhores preços para arroba do boi gordo. Gráfico 3 - MERCADO FUTURO BOI GORDO BM&F/Bovespa R$/ARROBA Base São Paulo - Em 09/outubro/2.013 112,00 111,00 110,62 109,71 110,00 109,00 108,46 108,00 107,00 106,00 106,00 105,00 104,00 102,90 103,00 102,00 ESALQ(1) Out. / 13 Nov. / 13 Jan. / 14 Maio / 14 ESALQ (1): Indicador de Preços do Boi Gordo ( Estado de São Paulo ) FONTE: Esalq/BM&FBovespa, elaboração EMATER/MG. 17 CAFÉ Marcelo de Pádua Felipe E-mail: [email protected] Tel.: (31) 3349-8149 - Belo Horizonte/MG MERCADO INTERNACIONAL: CAFÉ VOLTA RECUAR NA BOLSA DE MERCADORIAS DE NOVA YORK Enquanto o Brasil tenta dosar as vendas e tirar os compradores da zona de conforto, outras origens (Colômbia, Centrais e Vietnã) elevam a sua participação e ajudam a manter as cotações pressionadas. A Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures), principal termômetro do mercado internacional de café, balizadora das cotações internacionais do café arábica, encerrou setembro com as cotações em queda. Em meio à volatilidade, a fraqueza externa e o recuo do dólar, o vencimento setembro/13 emplacou uma valorização na primeira semana de setembro, aproximando do patamar de 117 centavos de dólar por libra-peso, todavia, perdeu fôlego e recuou além da linha de 112 centavos de dólar por libra-peso no dia 17, para em seguida recuperar e ganhar força aproximando da linha de 118 centavos de dólar por libra-peso no dia 24 e enfraquecer novamente e fechar o mês com o vencimento setembro/13 perdendo a linha de 114 centavos, em 113,70 centavos de dólar por libra-peso, com perdas de 2,2% (Gráfico I). Gráfico I - Contrato de Café - ICE Futures U.S. 124 122 U S $ C e n ts /lb 120 Setembro Dezembro Março 118 116 114 112 110 3 4 5 6 9 10 11 12 13 16 17 18 19 20 23 24 25 26 27 30 Setembro/ 2013 18 NACIONAL: COMPRADOR CONTINUA VALORIZANDO AS BEBIDAS MAIS FINAS O mês de setembro, apesar dos ganhos iniciais, registrou novamente perdas no mercado físico brasileiro de café. O frio e as chuvas irregulares nas primeiras semanas fizeram as cotações dispararem, todavia despencando logo em seguida quando a situação normalizou. Sem risco climático, chuvas bem distribuídas e floradas com andamento normal, a demanda segue bem confortável. Neste cenário, o produtor tem direcionado a venda para os cafés chuvados, com xícaras riadas e de varreção, segurando as melhores bebidas aguardando uma recuperação nas cotações. Neste mês, as maiores perdas foram para as bebidas mais fracas. As chuvas durante a fase de colheita prejudicou a qualidade da bebida, elevou a oferta de rio e o deságio em relação ao café bebida dura. As bebidas mais finas apesar da oferta mais restrita acusam o golpe externo, uma vez que já começa a ser negociada abaixo da linha de R$ 300,00/saca de 60 kg. COTAÇÕES: O recuo no dólar acabou pressionando as cotações no mercado interno de café durante todo o mês de setembro. O arábica de bebida dura tipo 6 do Sul de Minas Gerais finalizou o mês com preço médio de R$ 282,19 a saca de 60 kg, com queda de 3,0 % em relação a agosto, quando trocou de mãos a R$ 290,04 a saca de 60 kg (Gráfico II). Gráfico II - Mercado Interno de Café - Setembro de 2013 Fonte: Safras & Mercado, Cepea, Carvalhaes e Cooperativas de Cafeicultores 325 Preços m édios - R$/ s aca de 60 kg 315 305 295 BD6 Sul Minas BD6/7 Zona Mata Fino Cerrado CD Cerrado CI 600 D Dura 285 275 265 255 245 235 225 2 3 4 5 6 9 10 11 12 13 16 17 18 19 20 23 24 25 26 27 30 Dias do mês 19 O arábica de bebida mais fina do Cerrado Mineiro alcançou preço médio de R$ 292,09 a saca de 60 kg, com perdas de 3,0 % em relação ao mês anterior, quando foi negociado a R$ 302,30 a saca. Os lotes de cereja descascados terminaram o mês de setembro com preço médio de R$ 313,47 a saca de 60 kg, decréscimo de 1,2 %, em relação ao mês passado, quando valia 317,22 à saca de 60 kg. O café bebida dura tipo 6/7 da Zona da Mata Mineira encerrou o período com preço médio de R$ 262,85 a saca de 60 kg, desvalorização de 4,1 % em relação a agosto quando foi negociada a R$ 273,87 a saca. Indústria manteve-se ora ausente, ora recuada e na maior parte do período na defensiva. O arábica duro com 600 defeitos voltados ao consumo interno recuou 5,3% e fechou setembro com cotação média R$ 250,19. LEILÕES DE OPÇÃO: CONAB COMERCIALIZA 100% DOS CONTRATOS DE OPÇÃO DE CAFÉ. Em leilão ocorrido no dia 08/10/2013, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) comercializou 100 % dos 4.058 contratos de opção de venda de café que foram ofertados. Foi o quarto leilão deste tipo realizado pela Companhia desde agosto, com o objetivo de sustentar os preços de 3,0 milhões de sacas do produto. A operação foi realizada com um ágio de 6,79% e com o valor total de R$ 746.672,00 de prêmios. Desta vez, a Conab não estabeleceu volume de oferta por Estado, como nos pregões anteriores. Os 4.058 contratos foram disputados por produtores e cooperativas da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Os arrematantes terão o direito de entregar o café ao governo no vencimento dos contratos, no final de março de 2014 sendo o preço de referência de R$ 343 a saca, da safra 2013, de bebida dura para melhor, tipo 6 , peneira 13 acima, admitindo até 10% de vazamento e com 12,5% de teor de umidade. Os contratos que foram ofertados nesta data são remanescentes dos três pregões anteriores realizados pela Conab em setembro. Não se concretizou a expectativa dos produtores que esperavam com os contratos de opção enxugar a oferta e evitar maiores perdas. Como os leilões de opção não foram suficientes para dar sustentação aos preços, o segmento produtivo sugeriu novas medidas de apoio ao setor. Entre elas, está a alteração do prazo do programa de estocagem de 12 para 24 meses, a estocagem do café pelas cooperativas credenciadas pela Conab e a alocação de mais 5,0 milhões de sacas de café no programa de Contrato de Operações de venda. 20 EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS CRESCEM, MAS RECEITA DIMINUI EM SETEMBRO Segundo levantamento mensal do Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), as exportações totais brasileiras de café no mês de setembro de 2013 totalizaram 2,563 milhões de sacas de 60 quilos, tomando por base o volume de café verde (robusta e arábica) e industrializado (torrado e moído e solúvel) embarcado. Os embarques ficaram 13,3% acima de igual período do ano passado, quando 2,261 milhões de sacas foram negociadas. Já a receita com as exportações de café de setembro foi de US$ 381,553 milhões, tendo declínio de 18,5% no comparativo com setembro de 2012 (US$ 468,107 milhões). O preço médio obtido com as vendas em setembro de 2013 foi de US$ 148,86 a saca, 28,1% a menos que no mesmo mês de 2012 (US$ 206,97 a saca). As exportações brasileiras para os chamados Países Importadores Tradicionais tiveram um aumento de 14,7% nesse mesmo período. O Brasil também registrou crescimento 22,3% nas exportações para os Países Importadores Emergentes, considerando a mesma base comparativa. Os embarques do produto para os Países Produtores apresentaram uma queda de 29,7% em relação ao período anterior, passando de 821.752 sacas para 577.659 sacas. LAVOURA: CHEGAM AS PRIMEIRAS FLORADAS DA SAFRA 2014/2015 As lavouras se encontram em fase de Pré e Pós Floração - período: setembro-outubro. De acordo com as estações de avisos fitossanitários da Fundação do Procafé (Varginha/MG), em média observou-se 7,5 nós por ramo no Sul de Minas e 8,7 no Cerrado Mineiro, valores semelhante às médias históricas (Tabela II). O enfolhamento é melhor no Sul de Minas, já o desenvolvimento no cerrado. 21 TABELA II – CRESCIMENTO VEGETATIVO – início em setembro de 2012 Fonte: Fundação Procafe Local Varginha Carmo de minas Boa esperança Média Sul Minas Araxá Araguari Patrocínio Média Cerrado Nº de nós/ramo 1999 – 2012 7,4 - 2013 7,4 7,4 Enfolhamento (%) 1999- 2012 50,9 - 2013 37,9 44,3 - 7,7 7,5 - 37,1 39,7 - 8,3 8,9 9,0 8,7 - 34,4 41,3 22,5 32,7 Com a colheita praticamente encerrada em Minas Gerais, as atenções dos diversos segmentos da cafeicultura se voltam para a abertura das primeiras floradas da safra 13/14 do cinturão mineiro. Com a normalização do regime hídrico, as expectativas iniciais sinalizam para uma safra abundante que irá exigir muito cuidado e trabalho por parte da ponta produtora. COLHEITA MINEIRA AVANÇA PARA 97,0% O frio as chuvas irregulares no início de setembro acabou não refletindo em problemas no cinturão produtor mineiro e ao que tudo indica deveremos ter uma grande safra para um baixo ciclo produtivo, dentro da bienalidade da lavoura cafeeira. TABELA III - EVOLUÇÃO DA COLHEITA DE CAFÉ - SAFRA 2013 Em mil de sacas de 60 kg Estado Minas Gerais - Sul/Oeste - Cerrado - Zona da Mata Fonte: EMATER-MG Produção* Colhido Setembro (%) Agosto (%) 2012 (%) 25.496 23.879 97 85,0 99 12.108 4.892 7.744 11.623 4.745 7.511 96 97 97 - - Os trabalhos de colheita de café da safra mineira 2013/14 intensificaram o ritmo neste mês e evoluíram 12,0 pontos percentuais em relação ao mês passado e avançou para 97,0% até 30 de setembro. Em relação à igual período do ano passado, a colheita está atrasada em dois pontos 22 percentuais, quando 99,0% da safra 2012/13 estavam colhidas. Tomando por base a estimativa da Conab para a produção de café de Minas Gerais em 2013, de 25,4 milhões de sacas de 60 quilos, é apontado que já foram colhidas 23,8 milhões de sacas, como pode ser observado na Tabela III acima. AGENDA DO CAFEICULTOR 10ª Edição Concurso Qualidades dos Cafés de Minas Gerais – inscrição até 20/09 – www.emater.mg.gov.br 23ª Edição do Prêmio Nacional Ernesto Illy de Qualidade do Café – inscrição até 23/09 www.clubeilly.com.br III Simpósio de Cafés Sustentáveis- 01 a 03/10/2013 – Poços de Caldas/MG 21º ENCAFE – 16 a 20/10/2013 – Guarujá/SP – ABIC XXIII CONIRD – 13 a 18/10/2013 – Barreiras/BA Curso de formação Mercadológica em Café – 26/10/2013 – Varginha/MG – Safras & Mercado. 39º Congresso Brasileiro de Pesquisa Cafeeiras – 29/10 a 01/11/2013 – Poços de Caldas/MG – Fundação Procafe – Varginha/MG Simpósio de Pesquisas Cafeeiras dos cafés do Brasil- 25 a 28/11/2013 - Salvador/BA – EMBRAPA CAFÉ. Congresso Agrimoney – 26 a 27/11/2013 – Cuiabá/MT EMATER/MG - Informações: (31) 3349 8149 23 FEIJÃO Wilson José Rosa E-mail: [email protected] Tel: (31) 3349-8170 – Belo Horizonte/MG Encerrada a safra de feijão do ano 2012/2103, o país agora vive a expectativa da nova safra que está sendo plantada e com os últimos lotes de feijão da safra anterior sendo ofertados no mercado. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB, o estoque de passagem é de 156 mil toneladas, o mais baixo dos últimos 5 anos. Com a oferta, proporcionado pela colheita da terceira safra, o mercado de feijão durante o mês de setembro continuou com os preços em retração, seguindo a mesma lógica do mês anterior. Na Bolsinha de São Paulo o mês de setembro começou com preços em torno de R$146,00 por saco 60 kg de feijão de qualidade superior nota 9/9,5, e logo na segunda semana sofreu uma ligeira queda, oscilando entre R$130,00 e R$135,00. Permaneceu entre R$135,00 e R$140,00 até a terceira semana e depois teve uma leve recuperação,, fechando o mês com os preços variando entre R$145,00 e R$148,00 por saco de 60 kg. A maior oferta é do estado de Minas Gerais, proveniente de lavouras irrigadas da terceira safra. A tendência é de que os preços continue em patamares de baixa até o final do mês de outubro, quando deverá haver uma redução na oferta do produto, no mercado. No estado de Minas, o preço médio do feijão pago ao produtor, permaneceu quase inalterado, variando entre R$128,00 e R$144,00 na primeira semana, R$133,00 e R$143,00 na segunda semana e R$131,00 e R$139,00 na terceira e quarta semana, por saco de 60 kg, nas principais regiões produtoras. Esta situação pode ser observada no quadro a seguir : 24 Preço Médio de Feijão no Estado de Minas Gerais - Set 2013 150 Valores em reais 140 130 Média Minima Média Máxima Média das Médias 120 110 100 Primeira Segunda Terceira Quarta Semana do mês Fonte: CIAGRO/EMATER-MG A Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB, divulgou no início mês de outubro, o primeiro levantamento de safra para o ano 2013/2014. Este levantamento traz a estimativa de produção da primeira safra de feijão em todo o país. A área planta está estimada entre 1.147,5 e 1.177,3 mil hectares, o que representa um acréscimo entre 1,8 a 4,4% em relação área plantada na safra passada que foi de 1.127,2 mil hectares. Para a produção a estimativa do levantamento é de uma variação entre 1.211,8 e 1.244,4 mil toneladas, acréscimo de 25,6 e 29,0% em relação à safra passada que foi de 964,6 mil toneladas. O estado do Paraná é o maior produtor de feijão de primeira safra com uma área plantada estimada entre 227 e 233,3 mil hectares e uma produção estimada entre 332,6 3 341,8 mil toneladas de feijão. O estado de Minas Gerais é o segundo produtor com uma área estimada entre 177,4 e 183 mil hectares e uma produção entre 212,9 e 219,6 mil toneladas. O terceiro maior produtor de feijão é o estado de São Paulo, com uma área estimada de 70,6 mil hectares e uma produção de 137,5 mil toneladas. O estado com maior área plantada é da Bahia com 229,4 mil hectares, entretanto a produtividade, em função das condições climáticas, é menor que nos estados do Paraná, Minas Gerais e São Paulo. Em todos os estados das Sul e Sudeste a previsão de aumento na área plantada, com exceção do estado de Minas Gerais que apresenta uma redução entre 2 e 5% na área estimada em relação ao ano anterior, fato atribuído além dos riscos climáticos, também ao aumento de ataques de pragas que exigem cada vez mais investimentos em controle onerando o produtor. A maior atratividade das culturas do milho e da soja leva os agricultores a migrarem para estas culturas. 25 Segundo o levantamento da CONAB, no estado do Paraná o plantio até final do mês de setembro atingiu 40% da área estimada, no Rio Grande do Sul 35% da área estimada já estava plantada, já no estado de Minas Gerais apenas algumas áreas sob irrigação já foram plantadas, sendo que a maior intensidade de plantio ocorre nos meses de novembro e dezembro. Vale ressaltar que tanto a área plantada quanto a produção estimada poderá sofrer alterações no decorrer do ano dependendo do mercado e das condições climáticas as quais a produção ainda está totalmente dependente. 26 FRANGOS E OVOS Ana Carolina Castro Euler E-mail: [email protected] Tel: (31) 3349-8141 – Belo Horizonte/MG FRANGO Os preços da carne de frango seguiram em alta no Brasil ao longo de setembro, sustentados principalmente pela oferta restrita (diminuição da produção) e pela demanda interna firme. Apesar da expressiva queda das cotações do milho e da elevada produção de frango registrada no segundo trimestre, o preço médio da carne de frango em São Paulo voltou aos patamares recorde do início do ano, aponta levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - Cepea ( Fonte: Avicultura industrial). Em setembro, o produtor paulista necessitou de menos de 9 kg de frango vivo – cerca de um terço a menos que um ano atrás – para adquirir uma saca de 60 kg de milho. Essa também foi, para o avicultor e no tocante ao milho, a melhor relação de preços registrada nos primeiros 153 meses (12 anos e 9 meses) do Século XXI (Fonte: Avisite). Dados divulgados pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef) mostram que as exportações brasileiras de carne de frango atingiram 302,7 mil toneladas em setembro deste ano, resultado 1% menor em relação ao mesmo período de 2012. A receita atingiu US$ 582,3 milhões, uma queda de 7,9% ante o mesmo período do ano passado. Fonte: Avisite. / Ubabef OVOS A avicultura de postura, segmento voltado à produção de ovos, aproveita o momento de preços 30% maiores em relação a 2012 para articular a expansão da atividade. As granjas voltaram a equilibrar as contas após uma crise causada pela disparada nos preços dos insumos que servem de base para a ração das galinhas. Ao mesmo tempo em que recupera a rentabilidade, o setor reforça os investimentos em tecnologia como prevenção a novas desvalorizações e crises. (Fonte: Avicultura industrial). O preço do ovo caiu nas últimas semanas. Os produtores de São Paulo consideram a variação típica da época do ano, provocada pelo aumento da oferta. Agora, eles esperam uma 27 recuperação já que as indústrias de panificação começam a se preparar para o Natal (Fonte: Avisite). VARIAÇÃO NAS COTAÇÕES DE FRANGOS Produto Atacado Granja (R$Kg)-Avimig 06/09/2013 Frango abatido 07/10/2013 Média do frango- Avisite Agosto/2013 Setembro/2013 4,10 4,20 2,93 3,73 2,80 2,80 2,44 2,93 resfriado/atacado Frango vivo com ICMS VARIAÇÃO NAS COTAÇÕES DE OVOS Produto Valor R$/Cx/30Dz- Avimig 06/09/2013 07/10/2013 Ovos extra grande 76,00 66,00 Ovos grandes 75,00 65,00 Ovos médios 73,00 63,00 Ovos pequenos 69,00 59,00 Ovos vermelhos 84,00 75,00 Média do ovo - Avisite Agosto/2013 Setembro/2013 61,63 58,40 28 FRUTICULTURA Bernardino Cangussu Guimarães E-mail: [email protected] Tel: (31) 3349 8075 – Belo Horizonte/MG UVA A pedido da indústria, foi prorrogada a entrada em vigor da instrução normativa assinada pelo ministro da Agricultura, Antônio Andrade, que estabelece o cronograma para o aumento do teor de suco nos néctares de laranja e uva, dos atuais 30% para 40% em janeiro de 2015 e 50% em janeiro de 2016. Esta Norma aumentará a demanda por frutos e a qualidade dos produtos, podendo a vir, mesmo com algum repasse de valores ao consumidor, melhorar o consumo, face aos benefícios para a saúde. A partir de janeiro de 2014, o Brasil perderá as preferências concedidas unilateralmente pelos europeus no âmbito do Sistema Geral de Preferências (SGP) em janeiro de 2014, o que colocará as nossas frutas em desvantagem, principalmente em países como: Chile (principal beneficiário, com 30% das exportações de uva), México, Colômbia, tradicionais fornecedores para a União Europeia, que estão isentos da tarifa, que poderá chegar para a uva brasileira a 21% dependendo da época. Um mercado que tem chamado a atenção dos produtores é o de Uva Orgânica, para vinho e sucos. Apesar de um maior custo de produção, a demanda tem sido alta e estimulado os produtores, com preços remuneratórios. Requer um maior cuidado dos produtores nos tratos culturais, mas os produtos tem alcançado preços até 20% maior. No mês de agosto iniciou-se a colheita da Uva em Pirapora e Jales(SP), com previsão de colheita até novembro, sendo que o auge da safra se dará em setembro. Apesar da maior oferta, os preços seguem firmes, remunerando o produtor acima do custo de produção. Segundo o CEPEA em agosto a niagara teve media de R$4,14 / kg em Pirapora e de R$3,24 /kg em Jales, valores 176% e 170% superiores ao custo de produção. NA região da Bahia, inicia-se a produção nacional de cosméticos fabricados a partir do extrato de uva processado. Serão utilizadas uvas do São Francisco, que apresentam uma concentração de polifenóis superiores a outras regiões. Tendências 29 Um movimento que poderá impactar positivamente a rentabilidade nas exportações será a alta do dólar, incentivando o produtor a ter maior atenção ao mercado externo. Fator que tem preocupado os exportadores é o aumento dos custos de frete. Impactos da onda de frio no Paraná atrasaram as podas o que afetará a frequência do fornecimento, principalmente no mês de novembro. Os preços comercializados nos CEASAS se mantiveram firmes neste mês, sem quedas expressivas em função do inicio da safra. As expectativas são boas para o período, principalmente para o mercado de uvas para suco. Varejo com bons lucros, não repassando ao consumidor as reduções em função da safra, prejudicam o aumento do consumo. 30 31 LEITE Cinthya Leite Madureira de Oliveira E-mail: [email protected] Tel: (31) 3349-8115 – Belo Horizonte//MG Os preços do leite pagos ao produtor continuaram subindo em setembro, somando a oitava alta consecutiva. O preço bruto que inclui frete e impostos, aumentou 2,8% (ou 3 centavos/litro) em relação ao mês passado e chegou a R$ 1,1162 / litro. Este valor, se comparado com o de setembro de 2012, representa expressivo acréscimo de 21,7% na receita do produtor. O preço líquido chegou a R$ 1,0378 / litro, elevação de 2,3% (ou de 2,3 centavos/litro) em relação a agosto/13. Estas médias, calculadas pelo Cepea, são ponderadas pelo volume captado em agosto nos estados de GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA. Entre esses estados que compõem a “média Brasil” (CEPEA-Esalq/USP), Goiás continuou tendo o maior preço, com o litro cotado a R$ 1,1685, alta de 1,6% (ou 1,8 centavo por litro) frente à média de agosto. Minas Gerais registrou novamente o segundo maior preço, com média de R$ 1,1550 / litro, acréscimo de 3,4% (ou 3,8 centavos/litro) em relação ao mês anterior. Em São Paulo, houve reajuste de 1,4% (ou de 1,6 centavo/litro), com o litro chegando a R$ 1,1121. Figura 1: Série de preços médios pagos ao produtor - deflacionada pelo IPCA (média de RS, SC, PR, SP, MG, GO e BA) Fonte: Cepea-Esalq/USP 32 Em agosto, a valorização do leite aconteceu mesmo com o aumento da captação de leite pelas indústrias. Segundo o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L/Cepea), o volume comprado pelos laticínios cresceu 2,04% em agosto, sendo impulsionado especialmente pela produção do Sul do Brasil. Este avanço na produção do Sul continua atrelado ao maior poder de compra do pecuarista em relação à alimentação concentrada e também à qualidade da silagem fornecida no cocho, que juntas aumentam o desempenho das vacas em lactação. Já nos estados do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, a captação de leite se manteve praticamente estável em agosto, movimento condizente com este período de entressafra de pastagens. Figura 2: Preços pagos pelos laticínios (bruto) e recebidos pelos produtores (líquido) em Setembro / 2013 referente ao leite entregue em Agosto/2013 Bruto (c/frete e CESSR, ex-Funrural) Preço líquido Var. % Bruto Var. % Líquido Set/Ag Set/Ag Região Máximo Mínimo Médio Médio 1,2415 1,0737 1,1921 1,1148 1,74 2,05 1,1781 0,9600 1,1098 1,1410 8,10 9,09 1,2492 1,0641 1,1893 1,0995 0,62 0,73 Metropolitana de BH 1,2699 1,0494 1,2009 1,1039 1,14 1,16 Zona da Mata 1,1823 0,9903 1,0935 1,0222 2,12 1,72 1,2251 1,0268 1,1550 1,0778 3,42 3,63 1,1951 0,9619 1,1162 1,0378 2,77 2,31 Triâng./Alto Paranaíba Sul/Sudoeste de Minas Vale do Rio Doce Média Estadual Média Nacional Fonte:Cepea. Adaptado por Detec/EMATER-MG Em Minas Gerais, todas as regiões pesquisadas pelo Cepea, apresentaram aumento nos preços pagos aos produtores no mês de setembro. 33 TENDÊNCIAS Para outubro, a expectativa de representantes de laticínios/cooperativas consultados pelo Cepea e pela Scot Consultoria é novamente de estabilidade nos preços. Aproximadamente 70% dos compradores entrevistados acreditam que os preços continuarão no mesmo patamar de setembro e apenas 7% falam em queda. 34 MILHO Luiz Fernando Ferreira E-mail: [email protected] Tel: (31) 3349-8138 – Belo Horizonte/MG produção de A produção de milho na safra 2012/2013, conforme o 12º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB, divulgado neste início de outubro, estima que o volume produzido no país, nas duas colheitas da 1ª e 2ª safras atingirá 81 milhões 244 mil e 400 toneladas. Em Minas Gerais, dados consolidados na reunião realizada no dia 09 de outubro pelo Grupo de Coordenação Estatísticas Agropecuárias -GCEA / IBGE, aponta que a produção de milho estimada no estado deverá ser de 7 milhões 448 mil 199 toneladas. A distribuição da produção total da safra 2012/2013, nas diversas regiões de Minas Gerais, bem como a comparação com a safra 2011/2012, pode ser observada no quadro abaixo. Distribuição regional dos dados de milho em grão (total) Setembro de 2013 Região Agrícola área (ha) Central Rio Doce produção rendimento (t) (kg/ha) variação (%) em relação a 2012 área produção rendimento 106.289 500.087 4.705 5,06 7,02 1,87 46.802 135.361 2.892 -12,81 -21,70 -10,20 Zona da Mata 61.558 235.056 3.818 1,74 1,42 -0,32 Sul de Minas 249.479 1.502.426 6.022 1,28 0,84 -0,44 Triângulo 184.229 1.307.789 7.099 4,01 -0,67 -4,50 Alto Paranaíba 220.362 1.708.647 7.754 -0,37 -3,28 -2,92 Centro Oeste 98.716 610.562 6.185 8,69 11,79 2,85 175.430 1.276.181 7.275 -2,30 -11,76 -9,68 Norte de Minas 60.350 153.209 2.539 -24,34 0,22 32,45 Jequitinhonha/Mucuri 14.333 18.881 1.317 -29,63 -45,91 -23,13 1.217.548 7.448.199 6.117 -1,05 -2,32 -1,28 Noroeste Total Fonte: GCEA/IBGE – Setembro / 2013 A seguir, estão inseridos no quadro abaixo, os municípios com maior produção em Minas Gerais: Maiores Produtores do Estado 1º 2º 3º 4º 5º Município Região Uberaba Unaí Perdizes Paracatu Sacramento Triângulo Noroeste de Minas Alto Paranaíba Noroeste de Minas Alto Paranaíba área (ha) 54.000 43.000 26.000 34.000 25.800 produção (t) 448.000 325.200 234.000 230.400 227.400 rendimento (kg/ha) 8.296 7.563 9.000 6.776 8.814 35 Fonte: GCEA/IBGE – Setembro /2013 Com tanta produção, ocorreu alteração para baixo, nas cotações de preços do milho este ano, quando comparado com as vendas do produto no ano anterior. Embora as exportações tanto no ano passado como neste ano tem sido relevantes, ainda estão disponíveis muito milho, que de certa forma garante tranquilidade no mercado interno e possibilidades de mais vendas para o mercado externo, fora o que deverá contribuir para um estoque razoável de passagem. No momento, está havendo poucos negócios, e os preços estão estáveis. Compradores e vendedores do grão tem ficado fora dos negócios. Segundo o analista de Safras & Mercados, Fernando Henrique Iglésias, tanto numa ponta quanto na outra, espera -se por preços mais atrativos para negociar. PREÇOS A Emater- MG publica semanalmente em www.emater.mg.gov.br ($ Preço Pago ao Produtor), as cotações de preços praticados, nas principais regiões produtoras de Minas Gerais. No quadro é sempre apresentado dois períodos, para efeito de comparação. Mercado Agropecuário / Cotações de Preços Milho (60 kg) Preço liquido Pago ao produtor - PLP 26-09 a 02-10-2013 Região Alto Paranaíba Noroeste Sul de Minas Triângulo Mineiro Mínimo R$ 21,00 R$ 22,00 R$ 23,00 R$ 22,50 Máximo R$ 22,00 R$ 23,00 R$ 26,00 R$ 23,50 03 a 09-10-2013 Mínimo R$ 21,00 R$ 21,00 R$ 23,50 R$ 21,40 Máximo R$ 22,00 R$ 22,00 R$ 25,50 R$ 22,50 Em outros estados: Paraná, a cotação comprador/vendedor em Cascavel mostrou se estável a R$ 19,00 / 19,50. Em São Paulo, preço em estabilidade a R$ 20,00 / 20,50 na região da Mogiana. Em Campinas CIF, a cotação esteve em baixa, a R$ 23,30 / 23,50. No Rio Grande do Sul, preço em avanço, a R$ 23,50 / 24,50, em Erechim. 36 Em Uberlândia -MG, preço em leve avanço a R$ 23,50 / 24,00. Em Goiás, preço em alta a R$17,50 / 18,00 em Rio Verde. Sorriso no Mato Grosso o preço encerrou em decréscimo R$ 9,00 /12,00. Fonte – Safras & Mercados 09-10-2013) SAFRA FUTURA Quanto a safra 2013/2014, levantamentos preliminares indicam que uma pequena parte de áreas cultivadas com o cereal, poderão ser utilizadas para o plantio de soja, nessa próxima temporada, em função dos preços praticados com a oleaginosa e a liquidez que esta comercialização garante aos produtores. Colabora ainda para situação os preços do milho no mercado este ano, dificuldades de armazenamento e escoamento da produção. 37 PEIXES Frederico Ozanam de Souza E-mail: [email protected] PANORAMA Brasil conheceu o seu primeiro censo aquícola. O que os piscicultores brasileiros estão cultivando? De que porte são os empreendimentos? Quais as tendências de mercado? Estas e outras perguntas sobre a produção aquícola brasileira foram respondidas pela pesquisa aquícola. Foi o primeiro trabalho desenvolvido no Brasil especialmente para este setor que acaba de ser disponibilizado para o público pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). Como uma fotografia, o trabalho registra da forma mais completa possível as atividades aquícolas e as suas interações socioeconômicas, considerando o número e o porte das unidades produtivas, o perfil dos produtores, bem como as espécies cultivadas e o detalhamento de toda a cadeia produtiva, incluindo os métodos de produção, as estruturas de cultivo (açude, viveiro, tanque-rede e canal de igarapé no Amazonas) e escoamento da produção. Todas as unidades de produção foram, também pela primeira vez, identificadas por geo refereciamento, ou seja, tiveram a sua exata localização conhecida. “O Censo Aquícola Nacional é resultado de um trabalho inédito no país”, recorda Américo Ribeiro Tunes, secretário de Monitoramento e Controle do MPA. “Pela primeira vez temos informações sobre a aquicultura com uma riqueza de detalhes que nos permitem saber exatamente quem são e onde estão os produtores aquícolas no Brasil, além de informações estratégicas sobre a cadeia produtiva, não só para o governo, mas para todo o setor”, afirma. Instrumento de planejamento. Dedicado apenas a empreendimentos com finalidade comercial, mesmo com informações apuradas há mais tempo, se apresenta como um instrumento fundamental para a administração pública brasileira traçar políticas mais assertivas no fomento da aquicultura nacional. A publicação também é importante para o segmento empresarial conhecer melhor o mercado, assim como, para pesquisadores e outros interessados. Aproximadamente 30 mil unidades de produção foram visitadas, das quais 19.494 consideradas, por terem objetivo comercial. A coleta dos dados – desenvolvida pela Coordenação Geral de Monitoramento e Informações Pesqueiras do MPA foi realizada em dois anos, entre outubro de 2009 a outubro de 2011. O trabalho mobilizou cinco coordenadores regionais, 28 coordenadores estaduais (no Amazonas foram 2 coordenadores) e 227 38 coletores de dados. Foram identificados 15.469 produtores de pescado no continente, dos quais 13.495 de pequeno porte, 760 de médio porte e 33 de grande porte, além de mais de mil que não responderam a esse questionamento. Do universo de produtores, 8.855 criam tilápia, sendo 41% deles na região Sul, 31% na região Nordeste, 22% na região Sudeste, 3% na região Norte e 3% no Centro-Oeste. Na área da maricultura foram registrados 1.585 produtores, dos quais 1.274 de pequeno porte, 183 de médio porte e 63 de grande porte, além de outros 65 que não responderam à pergunta. Informações que surpreendem. Este trabalho muitas vezes surpreenderam os coordenadores, como o achado de um tesouro. Assim, algumas informações, por serem inusitadas, levaram os responsáveis a novas checagens com a fonte para confirmação. Foram encontradas 62 espécies de peixes sendo cultivadas em água doce e 15 espécies de peixes na aquicultura marinha. O trabalho registrou, por exemplo, uma grande quantidade de híbridos sendo cultivados no país, como tambacu (híbrido de tambaqui vs pacu), patinga (híbrido de pacu vs pirapitinga), tambatinga (híbrido de tambaqui vs pirapitinga) e jundiara (jundiá amazônico vs cachara). Também se verificou que na região Sul o cultivo de espécies nativas já estava bastante generalizado, apesar da tecnologia de cultivo ainda se encontrar em desenvolvimento. O levantamento mostrou que existem 537 criatórios de jundiá – peixe comum nos rios brasileiros do Rio Grande do Sul e outros 481 em Santa Catarina. Em Goiás, a diversidade de espécies cultivadas foi maior que a imaginada. Os criatórios se dedicavam a peixes “redondos” – pacu, patinga, pirapitinga, tambacu e tambaqui – e a outras espécies, como cachara e matrinxã. O robalo, peixe de água salgada e salobra, de carne branca e saborosa, também vem sendo criado no litoral de Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Espírito Santo, Bahia e Rio Grande do Norte. Em alguns casos, o cultivo de robalo ocorreu, experimentalmente, em água doce. O cultivo de tarpão no Maranhão também é uma informação inédita, pois não havia registro do cultivo desta espécie no país. A apuração também verificou que criatórios de diversos estados abasteciam de pescado os pesque e pagues de São Paulo e Minas Gerais, tendo sido desenvolvido um serviço especializado no transporte de peixes vivos que termina por agregar valor ao produtor, proporcionando também grande diversidade de espécies nestes estabelecimentos. Por sua vez, o estudo revelou que 68% do cultivo de peixes ornamentais estavam concentrados em três estados (Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo). Macroalgas O trabalho realizado em 2008 inovou ainda por identificar os produtores nacionais de macroalgas. O cultivo da alga marinha Gracilaria birdiae (Rhodophyta, Gracilariales) ocorreu no litoral do Ceará e do Rio Grande do Norte. No litoral do Rio de Janeiro os produtores se dedicavam à espécie 39 exótica Kappaphycus alvarezii (Rhodophyta, Soliariaceae). Estas algas vermelhas são importantes para as indústrias de extração de coloides como Carragenana e Agar. As duas espécies de alga são vendidas geralmente secas e os seus derivados têm diferentes aplicações na indústria farmacêutica e alimentícia. Estes coloides são comumente encontrados em diversos produtos industrializados, atuando como agente espessante, estabilizante, gelificante e emulsificante. São empregados, por exemplo, em gelatinas, geleias, carnes processadas, produtos derivados do leite, pasta de dente ou clarificante de cervejas. MERCADO O preço da carne de peixes, recebido pelos produtores, manteve no mesmo patamar se comparado ao mês passado. O preço foi o seguinte: peixe vivo de tilápia ficou de R$ 4,50 a R$ 6,50/kg e o filé em torno de R$ 19,00/kg. Outras espécies de peixe vivo, como o matrinchã, pacu e tambaqui, tiveram o preço cotados a R$ 5,00 e a R$ 7,50/kg. A truta(peixe de clima temperado), foi comercializada de R$ 7,00 a R$ 12,50/kg. Para as espécies de peixes considerados nobres, como o surubim e o dourado, o preço teve a seguinte variação: entre R$ 6,00 a R$ 12,50/kg vivo. PREÇO DA CARNE DE PEIXE RECEBIDO PELOS PRODUTORES RURAIS 6,00 PREÇO R$ 5,80 5,60 5,40 5,20 5,00 JAN. FEV. MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET TENDENCIA: A tendência é que o preço da carne do peixe se mantenha neste valor durante este mês. 40 SOJA Willy Gustavo de La Piedra Mesones E-mail: [email protected] Tel: (34) 3338-5156 - Uberaba/MG Primeira chuvas permitem inicio do plantio de soja no Brasil A safra norte-americana de soja, cuja colheita já foi iniciada, está atualmente estimada em 85 milhões e 706 mil toneladas, representando um crescimento de 4% em volume com relação à safra anterior, que enfrentou graves problemas climáticos, numa área colhida de 30 milhões e 910 mil hectares com uma produtividade média de 2.773 kg/ha. Esta estimativa já leva em consideração as perdas que foram contabilizadas em função de estiagem ocorrida, principalmente no mês de agosto, fazendo com que as previsões de produção em setembro já desenhassem um prognóstico abaixo da estimativa inicial de 90 milhões de toneladas. Com a constatação de que essa falta de chuvas ocorreu justamente no período em que em torno de 90% das lavouras se encontravam no estágio de frutificação, quando a cultura mais precisa de umidade, então as previsões consideraram cortes mais severos, mesmo com as chuvas ocorridas depois deste período. De qualquer forma, o mercado continua com as atenções voltadas ao clima dos Estados Unidos pois a ocorrência de chuvas pode, ainda, interferir na produtividade, com mais significância pelo menos até o final deste mês de outubro. No Brasil, as estimativas para a safra 2013/2014, apontam para uma área de 28 milhões e 950 mil hectares que seria novo recorde com avanço de 4% sobre a safra anterior e uma produção de 88 milhões e 200 mil toneladas que seria 7% maior que a safra passada e também novo recorde nacional. Levantamentos iniciais registram um começo de plantio que, neste inicio do mês de outubro, deve atingir em torno de 3% da área que está sendo estimada, principalmente na Região Centro-Oeste nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás e também no estado do Paraná na Região Sul, em que as primeiras chuvas já acontecem embora de frequência irregular. A Região Sudeste também já está recebendo as primeiras chuvas e o plantio seguramente deve ser iniciado na segunda quinzena deste mês quando os produtores tem mais indicativos sobre o comportamento do clima. As Regiões Norte e Nordeste ainda não tiveram ocorrência de chuvas e os produtores aguardam melhores noticias. 41 Valor da soja perde na relação de troca com o valor dos insumos Neste último período ocorrido entre o final de agosto e inicio de setembro foi observado um razoável fluxo de comercialização como reflexo de um repique de preços dentro da “gangorra” observada no mercado desta oleaginosa, que sobe e desce ao sabor dos surtos de demanda interna e/ou externa, em que a saca de 60 kg chegou a atingir valores oscilando na faixa de R$ 67,00 a R$ 73,00 dependendo da praça de venda. Também houve influência advinda do comportamento dos preços na Bolsa de Mercadoria de Futuros de Chicago/CBOT e a oscilação da taxa de câmbio. Embora esteja ocorrendo uma esfriada nesta alta de preços no final de setembro e neste inicio de outubro e que seguramente vai frear o andamento da comercialização. Com esse movimento do mercado, os indicativos apontam que até este inicio de outubro, já foi comercializada 92% da produção obtida na safra 2012/2013 tendo assim um comportamento muito semelhante à média dos últimos cinco anos para o período, com exceção da safra colhida em 2012 em que neste período já tinha sido comercializada 98% da produção. Desta forma, dos 82,1 milhões de toneladas colhidas, temos ainda 6,5 milhões de toneladas disponíveis para venda. Já com relação a safra 2013/2014 que teve seu plantio iniciado agora no Brasil, até este inicio de outubro as vendas antecipadas já atingiram 32% da produção prevista o que é um volume bem superior à média de 24% dos últimos cinco anos para este mesmo período e, se levarmos em consideração a estimativa de produção de 88,17 milhões de toneladas, então já foram comercializadas pouco mais de 28 milhões de toneladas. Vale como registro que na safra colhida em 2012 também, por ocasião do seu plantio, neste período já tinham sido comercializadas antecipadamente 45% da produção. Estudos realizados no Paraná e Rio Grande do Sul, tomando como referência os meses de agosto de 2012 e de 2013, indicam que houve perda nos preços equivalentes a 20% e 15%, respectivamente, embora apresente ainda ganhos para o produtor, mas esta situação não deixa de ser um comportamento típico de desaquecimento em função de ser um período de avanço de colheita norte-americana e proximidade de plantio da safra sul-americana mas, este ano, além dos preços menores, está presente um fator significativo que é o aumento expressivo do custo de produção, quando relacionado ao preço da saca de soja. Assim, as relações de troca entre o preço da soja e o valor dos insumos apresentam uma variação negativa com consequente perda de poder de compra como consta em estudo elaborado pelo Departamento de Economia Rural/Deral, da Secretaria de Agricultura do Estado do Paraná em que no caso dos fertilizantes, tomando como referência o adubo formulado NPK 04-30-16, no ano passado comprava-se uma tonelada com 16,01 sacas de soja e em agosto deste ano são necessárias 19,67 sacas embora na média de 10 anos a troca seja de 24,69 sacas. 42 No caso do calcário a relação passou de 0,96 sacas de soja por tonelada do insumo para 1,42 sacas, sendo que a média histórica é de 1,47 sacas. Para as sementes a relação de agosto do ano passado para este ano passou de 2,16 sacas de soja por saca de 50 kg de sementes para 1,42 sacas sendo que a média histórica é de 1,95 sacas de soja por saca de sementes. Já para os herbicidas, tomando como referência a embalagem de 5 litros de Round Up tradicional passou de 0,65 sacas de soja para 1,11 sacas e a média de 10 anos foi de 1,59 sacas. Para o óleo diesel a relação de troca passou de 2,60 sacas de soja por 100 litros de diesel em agosto do ano passado para 3,49 sacas neste último agosto com média histórica de 4,69 sacas. E por último, no caso das colhedoras, tomando como base a John Deere 1470 de 193 CV a relação de troca passou de 4.664 sacas de soja por unidade para 9.016 sacas com uma média histórica de 7.779 sacas. Assim, podemos concluir que, com exceção das sementes em que a relação de troca foi favorável neste ano com relação ao ano passado, todos os outros insumos demandaram maior quantidade de sacas de soja para sua compra sendo que a maior perda foi no caso dos herbicidas mas, mesmo assim, em todos os casos, a média histórica foi mais desfavorável que a relação deste ano. Face a estas considerações, para a safra 2013/2014, as perspectivas parecem ser, como foi nos últimos sete anos, ainda de ganhos de renda para os produtores brasileiros de soja mas, provavelmente, em níveis um pouco abaixo dos conseguidos nesta última safra se considerarmos o maior custo de produção e a prática de menores preços, mas também atuando positivamente a expectativa de ocorrência de clima mais regular sem a presença de El Niño ou La Niña assim como os indicativos de uso de melhor nível tecnológico a ser utilizado nas lavouras. Preços praticados em diferentes regiões no Brasil Local Preços praticados R$/saca 60 kg 08/10/2013 1 semana atrás 1 mês atrás 1 ano atrás Passo Fundo/RS 74,00 71,00 73,00 74,00 Rondonópolis/MT 65,00 63,00 63,30 70,00 Santos/SP 70,00 69,00 73,00 72,00 Uberlândia/MG 67,50 66,00 66,00 73,00 Unaí/MG 64,50 Adaptado de Safras&Mercado 63,00 63,00 70,00 Fonte: Safras & Mercado, Conab, Embrapa, Emater-MG 43 SUÍNOS Ana Carolina Castro Euler E-mail: [email protected] Tel: (31) 3349-8141 – Belo Horizonte/MG Os preços do suíno vivo e da carne estão em alta no mercado brasileiro, ainda em decorrência da baixa oferta. Quanto às exportações, depois de subir por dois meses seguidos, voltaram a cair em setembro, contrariando expectativas do setor. Foram exportadas 39,9 mil toneladas de carne in natura, volume 12,7% menor que o de agosto e 26,8% inferior ao de set/12 – dados da Secex (Fonte: Suinocultura industrial). O preço pago aos criadores na aquisição de suíno vivo subiu 17,4% nos últimos meses, na mais surpreendente escalada de recuperação dos preços deste ano. Há uma forte tendência do preço praticado pela indústria na aquisição de suíno vivo continuar subindo até dezembro em razão de quatro fatores: o aumento das exportações com a reabertura das vendas para Ucrânia e Rússia; a diminuição da oferta em razão de redução da base produtiva verificada no primeiro semestre; o aumento do consumo interno em razão do inverno e o início da produção de itens cárneos típicos do fim de ano (Fonte: Suino.com). O preço do quilo do suíno registrou reação, o que provocou aumento no lucro dos criadores de Minas Gerais. O suinocultor, que é criador independente e não tem vínculo direto com nenhuma agroindústria, explica que o custo médio de produção de cerca de R$ 2,70 registrou leve alta, principalmente em função do preço da soja. Mesmo com o aumento, o índice de lucratividade tem valido a pena. "Comercializávamos os animais na faixa de 110 quilos. Hoje, estamos comercializando com 95 quilos em função do aquecimento do mercado. Comercializamos normalmente 2,6 mil animais. Ultimamente, estamos comercializando três mil animais por mês. O animal menor vale a pena porque a eficiência de crescimento dele é boa. Então, o custo dele fica mais barato", explica Caixeta (fonte: Suinocultura industrial). 44 COTAÇÃO (r$)- setembro 06/09/2013 07/10/2013 SP 3,52 3,90 PR 2,99 3,38 SC 3,10 3,60 GO 3,70 4,10 RS 3,22 3,60 MG 3,70 4,10 MS - 3,40 MT 2,85 3,32 Aurora SC 2,60 2,90 Pamplona 2,55 2,75 BRF 2,55 2,75 Seara SC 2,50 2,80 45 TOMATE Geogeton S. R Silveira E-mail: [email protected] Tel: (31) 3349-8148 – Belo Horizonte//MG COMPORTAMENTO No mês de setembro, os preços médios do tomate in natura praticados no atacado de acordo com a Ceasaminas, no entreposto de Contagem: Tomate tipo AA do grupo Longa Vida foi comercializado a R$ 21,66 e Santa Clara R$ 21,08 preço médio da caixa com 20 kg. Tomate tipo A do grupo Longa Vida foi comercializado a R$ 12,25 e Santa Clara R$ 10,58 preço médio da caixa com 20 kg. Na Ceagesp, os preços do tomate comercializado no atacado, tipo AA dos grupos Longa Vida e Santa Clara tiveram uma cotação média de R$ 34,00 a caixa de 20 Kg e R$ 28,60 a caixa de 20 kg do tipo A, sendo estes valores referentes à segunda quinzena de setembro. Segundo pesquisa de preços realizada no varejo pela Ceasaminas do dia 02 a 04/10, os valores do quilo do tomate in natura praticados nos hipermercados e supermercados da grande BH, obtiveram um preço médio de R$ 1,99 e nos sacolões foi de R$ 2,05 sendo o preço médio no varejo de R$ 2,19. No atacado, no mesmo período, o preço pago pelo quilo foi de R$ 0,77. O preço no varejo em relação ao atacado obteve uma variação de 184,4 %. Portanto a caixa de 20 kg vendida no atacado neste período, em média por R$ 15,40, foi revendida no varejo em média por R$ 43,80. No mês de setembro os preços médios no atacado se mantiveram no mesmo patamar de agosto (veja gráfico abaixo). Neste período em que os preços no atacado se mantêm em níveis mais baixos, devido a maior oferta de frutos nas praças de comercialização, o varejo continua utilizando da prática mercantilista, elevando os preços do quilo do produto a valores muito acima dos preços de aquisição no atacado. 46 TENDÊNCIAS Para o mês de outubro, espera-se que haja uma reação gradativa dos preços praticados no atacado, já sinalizando a entrada do período de entressafra do tomate nas regiões produtoras do país. Veja no gráfico abaixo, o comportamento dos preços médios pagos no atacado, na caixa de 20 Kg de tomate, na Ceasaminas entreposto de Contagem até o mês de setembro: 60 Preço/caixa de 20kg 50 40 30 20 10 0 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Meses SECRETARIA DE ESTADO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO - SEAPA/MG EMPRESA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA EXTENSÃO RURAL – EMATER/MG E Presidente: José Ricardo Roseno Secretário de Estado: Elmiro Alves do Nascimento Secretário-Adjunto: Paulo Afonso Romano Editoração e Coordenação do Informativo: Luiz Fernando Ferreira Subsecretário do Agronegócio: André Luiz Coelho Merlo E-mail: [email protected] Superintendente de Economia Agrícola: João Ricardo Albanez Tel: (31) 3349.8075 - (31) 3349.8138 Colaboração: Manoela Teixeira de Oliveira www.agricultura.mg.gov.br www.emater.mg.gov.br 47