Memorial Arlene G. Corrêa Universidade Federal de São Carlos Departamento de Química MEMORIAL Profa. Dra. Arlene G. Corrêa São Carlos 2014 Memória Carlos Drummond de Andrade Amar o perdido deixa confundido este coração. Nada pode o olvido contra o sem sentido apelo do Não. As coisas tangíveis tornam-se insensíveis à palma da mão Mas as coisas findas muito mais que lindas, essas ficarão. Ao Beto e Bruno por darem sentido a minha vida PREFÁCIO Este Memorial foi preparado de acordo com as normas para fins de promoção à Classe E, com denominação de Professor Titular, da Carreira de Magistério Superior da UFSCar. Dessa forma, procurei descrever minhas atividades de ensino de graduação e pós-graduação, pesquisa, extensão e gestão universitária, discutindo os tópicos que considero mais relevantes. O Memorial foi dividido em seis capítulos, que abordam desde a minha formação acadêmica nos anos 80 até os dias de hoje. Alguns resultados de pesquisa foram mostrados e as respectivas referências bibliográficas foram citadas como notas de rodapé. A relação completa de toda a produção científica e de outras atividades inerentes à carreira docente, com exceção dos trabalhos apresentados em congressos, pode ser encontrada nos Anexos ao final deste Memorial. Gostaria de agradecer a todos que de alguma forma colaboraram com a minha vida acadêmica, em especial meus orientadores ou supervisores, Profs. Ursula e Tim Brocksom, Andy Greene e Paul Wender. Também gostaria muito de agradecer ao corpo técnico-administrativo e aos colegas do DQ-UFSCar, em especial Profs. Tércio (in memoriam), João, Fatima, Paulo, Quezia e Giba do grupo de Química Orgânica, que realmente sempre trabalharam em colaboração, procurando o crescimento do grupo como um todo e não o individual. Agradeço também aos Profs. Marcio e Ricardo que mais recentemente se integraram ao grupo e com os quais eu compartilho o LSPN. Agradeço muitíssimo a todos os alunos de graduação e pós-graduação e pósdoutorandos que trabalharam comigo desde 1991. Infelizmente de alguns não tenho mais notícias, mas outros estão sempre por perto como filhos que são. Sem eles, nada teria sido possível! Por fim, sou muito agradecida às agências de fomento FAPESP, CNPq e CAPES, e às empresas Dinamilho Carol, Elektro, EMS e GSK, que me apoiaram com os auxílios à pesquisa e bolsas de estudo. SUMÁRIO Capítulo 1: FORMAÇÃO ACADÊMICA.............................................................. 1 1.1. Bacharelado em Química...................................................................................1 1.2. Mestrado em Química.......................................................................................2 1.3. Doutorado em Química.....................................................................................4 Capítulo 2: CARREIRA DOCENTE..................................................................... 7 2.1. Atividades acadêmicas na UFU........................................................................7 2.1. Atividades acadêmicas na UFSCar.................................................................. 8 Capítulo 3: ATIVIDADES DE ENSINO DE GRADUAÇÃO E PÓSGRADUAÇÃO....................................................................................................... 9 3.1. Disciplinas ministradas..................................................................................... 9 3.2. Mini-cursos....................................................................................................... 10 3.3. Projeto PADCT................................................................................................ 10 Capítulo 4: ATIVIDADES DE PESQUISA........................................................... 12 4.1. Estudo da reação de Diels-Alder com quinonas............................................ 12 4.2. Pós-Doutorado................................................................................................. 13 4.3. Ecologia Química............................................................................................. 15 4.3.1. Projetos de pesquisa com financiamento de agências de fomento................ 15 4.3.2. Isolamento, identificação e síntese de feromônios........................................ 17 4.3.3. Síntese de compostos com atividade inseticida............................................ 20 4.3.4. Trabalhos de colaboração.............................................................................. 22 4.3.5. Projetos em parceira com empresas...............................................................23 4.3.6. Considerações gerais..................................................................................... 26 4.4. Química Medicinal........................................................................................... 27 4.4.1. Projetos de pesquisa com financiamento de agências de fomento .............. 27 4.4.2. Busca por inibidores enzimáticos...................................................................29 4.4.2.1. Gliceraldeido 3-fosfato desidrogenase glicossomal (gGAPDH)................30 4.4.2.2. Catepsinas................................................................................................... 35 4.4.2.3. Colinesterases..............................................................................................39 4.4.3. Busca por compostos com atividade anticancerígena................................... 41 4.4.4. Busca por compostos com atividade antiparasitária..................................... 42 4.4.5. Trabalhos em colaboração com empresas..................................................... 43 4.5. Química Verde................................................................................................. 45 4.5.1. Projetos de infra-estrutura............................................................................ 45 4.5.2. Difusão da Química Verde........................................................................... 46 4.5.3. Trabalhos de pesquisa envolvendo os princípios da Química Verde........... 47 Capítulo 5: ATIVIDADES DE EXTENSÃO........................................................ 51 5.1. Organização de Eventos Científicos............................................................... 51 5.1.1. Escola de Verão em Química........................................................................ 51 5.1.2. Workshops..................................................................................................... 52 5.2.3. 13th Brazilian Meeting on Organic Synthesis (BMOS)……………………. 54 5.2.4. 4th International IUPAC Conference on Green Chemistry (ICGC)……….. 54 Capítulo 6: ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS.............................................. 56 6.1. Chefia do Departamento de Química.............................................................. 56 6.1.1. REUNI........................................................................................................... 58 6.1.2. RT FAPESP................................................................................................... 58 6.1.3. CT-INFRA................................................................................................... 59 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................ 61 ANEXOS................................................................................................................. 62 ANEXO 1: Disciplinas ministradas....................................................................... 63 ANEXO 2: Mini-cursos ministrados...................................................................... 66 ANEXO 3: Bolsas e auxílios à pesquisa recebidos de agências de fomento ou empresas............................................................................................................ 67 ANEXO 4: Alunos orientados............................................................................... 73 ANEXO 5: Publicações........................................................................................... 80 ANEXO 6: Patentes……………………………………………………………….90 ANEXO 7: Palestras e conferências proferidas em eventos................................... 91 ANEXO 8: Atividades de extensão........................................................................ 94 ANEXO 9: Participação em bancas examinadoras................................................ 95 ANEXO 10: Cargos administrativos....................................................................... 100 1 Capítulo 1 FORMAÇÃO ACADÊMICA A Química como (única) opção. Sempre estudei em escola pública e fiz o ensino médio na Escola Estadual Dr. Álvaro Guião, que fica em um prédio histórico no centro de São Carlos. Lá tive excelentes professores incluindo a Profa. Ana Maria que ministrava além das aulas teóricas de Química, também aulas de laboratório. Como o nível do ensino público naquela época era muito bom, a maioria dos alunos que se formaram no final de 1981 passaram no vestibular no ano seguinte em boas Universidades. Como minha família não tinha condições de me manter em outra cidade, prestei o vestibular da FUVEST para o curso de Bacharelo em Química na USP-São Carlos no início de 1982, mas não consegui passar na segunda fase. Fiz então 4 meses de curso pré-vestibular no CAASO (um curso ligado ao Centro Acadêmico da USP e ministrado por universitários) e passei no vestibular da UFSCar em julho. 1.1. Bacharelado em Química Entrei no curso de bacharelado em Química na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) em julho de 1982, e logo no primeiro semestre procurei um estágio. Consegui em um laboratório do Departamento de Engenharia de Materiais, para fazer análise química de argilas e ligas metálicas, sob orientação do Prof. Dr. José Rernan C.Castro, no período de agosto a novembro. Fazendo a disciplina de Química Geral Experimental 1 com a Profa. Ursula Brocksom, comentei sobre o estágio no DEMa e ela então me convidou para iniciar a 2 iniciação científica em Síntese Orgânica sob sua orientação e do Prof. Timothy (Tim) J. Brocksom. Como me encantei com a carreira universitária, procurei focar nos estudos e na pesquisa para ter um bom histórico escolar e uma boa produção científica. Já em 1983 participei do primeiro congresso científico, o V Encontro Regional de Química em Araraquara, com a apresentação de trabalho na forma de pôster "Síntese de Derivados de (-)-Carvona. Em seguida, iniciamos um projeto de síntese de p-benzoquinonas a partir da oxidação dos respectivos fenóis com catalisadores de Co(II) (Esquema 1), com a colaboração dos Profs. Quezia B. Cass (recém contratada no DQ) e Edward Dockal.1 As benzoquinonas foram empregadas em Reações de Diels-Alder. Neste período tive duas bolsas de IC do CNPq.2 Esquema 1 Conclui a graduação, em sete semestres letivos, em dezembro de 1985, juntamente com a minha colega Alice Kanazawa, que hoje é docente da Université Joseph Fourier de Grenoble. Os outros colegas concluíram o curso no ano seguinte, entre eles: Fabio Simoneli (UFPR), Reginaldo (Belô) dos Santos (UFES), Ricardo Longo (UFPE), Pedro Fadini (UFSCar), e Liz Regina V. Olmo e Edna Passador, que atuam no ensino médio. 1.2. Mestrado em Química 1 Dockal, E. R., Cass, Q. B., Brocksom, T. J., Brocksom, U., Correa, A. G. Synth. Commun.1985, 15, 1033-1036. 2 a) "Limoneno e Pineno: Aproveitamento como Matéria Prima em Sínteses de Produtos de Valor Comercial" (proc. no. 501324/83 - PRONAQ). b) "Síntese de p-Benzoquinonas" (proc. no. 120633/84 - BAP). 3 Iniciei o mestrado no Programa de Pós-Graduação em Química (PPGQ) da UFSCar em março de 1986 e o projeto foi baseado no trabalho iniciado na graduação.3 Durante os 2 anos de mestrado, foi concluído o estudo da oxidação dos fenóis com os catalisadores de Co(II) e a reação de Diels-Alder da timoquinona com piperileno e ciclopentadieno (Esquema 2) foi explorada. Posteriormente fez-se várias reações com os cicloadutos com o objetivo de se chegar aos esqueletos de alguns sesquiterpenos. Esquema 2 Durante o mestrado tive também a oportunidade de atuar como professora substituta no DQ-UFSCar por 6 meses. Neste período ministrei uma disciplina de Química Geral Experimental, o que foi de grande valia para a minha formação. A dissertação "Síntese de Esqueletos Sesquiterpênicos Eudesmanos, Elemanos e Hidrindanos" foi defendida em 21/03/1988, sendo a primeira orientação da Profa. Ursula Brocksom, com os Profs. Angelo Cunha, Helena Ferraz e Paulo Cezar Vieira como membros da banca. Este trabalho foi pioneiro no grupo dando início a uma linha de pesquisa que resultou em várias dissertações e teses sob orientação do Prof. Tim (Esquema 3). A compilação destes resultados foi publicada em um capítulo de livro4 e um artigo.5 bolsa da FAPESP proc. no. 85/2815-0. Brocksom, T. J.; Corrêa, A. G.; Naves, R. M.; Silva, F.; Catani, V.; Ceschi, M. A.; Zukerman-Schpector, J.; Toloi, A. P.; Ferreira, M.L.; Brocksom, U. Diels-Alder Reactions in the Synthesis of Higher Terpenes. In: T. Hudlick, Organic Synthesis: Theory and Applications. 1ed. Londres: JAI Press, 2001, v. 5, p. 39-87. 5 Uliana, M. P.; Vieira, Y. W.; Donatoni, M.C.; Corrêa, A.G.; Brocksom, U.; Brocksom, T. J. J. Braz. Chem. Soc. 2008, 19, 1484-1489. 3 4 4 O H O OTMS O OTMS O H R O R = H, CO 2Me O O H hidrindanos eudesmanos N R O O alcaloides H H O cembranos Esquema 3: Trabalhos do grupo do Prof. Tim envolvendo a reação de Diels-Alder. 1.3. Doutorado em Química Ingressei no doutorado em março de 1988. Tendo feito a graduação e o mestrado no DQ-UFSCar, no doutorado senti a necessidade de conhecer outros grupos de pesquisa, dessa forma decidi fazer um doutorado sanduíche. Naquela época esta modalidade era muito nova ainda, tendo sido uma das primeiras alunas (se não a primeira) do PPGQ a ir para o exterior realizar parte do doutorado. Durante a VII Escola de Verão em Química (EVQ) em 1987, nós acordamos com o Prof. Thomas Hudlick, que na época estava na Virginia Tech nos EUA, de fazer o doutorado sanduíche. No entanto, logo em seguida o Prof. Hudlick se transferiu para a Universidade da Florida e não pode me receber. Então entramos em contato com o Dr. Andrew E. Greene, da Universidade de Grenoble na França, que conhecemos durante a III EVQ em 1983, e acertamos a minha ida para setembro de 1988.6 Gostaria aqui de registrar a importância da EVQ na formação dos alunos não só da UFSCar, mas do país como um todo. Em vários momentos voltarei a citar a Escola neste memorial. 6 Bolsa da CAPES de doutorado sanduíche realizado na Université Joseph Fourier de Grenoble, França09/88 à 08/90, proc. no. 1910/88-9. 5 Inicialmente iria dar continuidade ao projeto do mestrado, visando a síntese de sesquiterpenos a partir dos cicloadutos da Reação de Diels-Alder. No entanto, após alguns meses trabalhando em Grenoble descobrimos que havia um erro na determinação estrutural de um dos cicloadutos que preparamos durante o mestrado. Naquela época trabalhávamos com o RMN 1H de 80 MHz. Como não foi possível determinar a estrutura, enviamos as amostras para o Prof. Thomas Hudlick que gentilmente fez os espectros na Virginia Tech a 270 MHz. Mesmo assim a determinação estrutural foi equivocada, pois identificamos o produto majoritário como sendo o regioisômero meta. No entanto, após uma analise de raio-x de um derivado foi possível observar que o correto era o regioisômero orto (Esquema 4). Esquema 4 Neste momento o Prof. Greene me sugeriu de mudar de projeto e trabalhar com a síntese das cadeias laterais do taxol e do taxotere. 7Após consulta ao Prof. Tim, nós acordamos que a minha tese seria então sobre este tema. Nos 18 meses seguintes, trabalhando em colaboração com o Dr. Jean-Noel Denis, foi possível desenvolver 3 metodologias diferentes para a obtenção das cadeias laterais (Esquema 5). Além disso, também desenvolvemos um protocolo “one pot” para a obtenção de -aminoálcoois protegidos e oxazolidinonas a partir dos correspondentes aminoácidos (Esquema 6). Como resultado publicamos 4 trabalhos científicos8 e 3 patentes tendo como depositante a indústria farmacêutica Rhone-Poulenc Rorer.9 7 Correa, A. G. Quím. Nova 1995, 18, 460-467. Denis, J.-N.; Correa, A.; Greene A. E. J. Org. Chem. 1990, 55, 1957-1959. Denis, J.-N.; Correa, A.; Greene, A. E. J. Org. Chem.1991, 56, 6939-6942. Kanazawa, A. M.; Correa, A.; Denis, J.-N.; Luche, M. J.; Greene, A. E. J. Org. Chem. 1993, 58, 255-257. Greene, A. E.; Correa, A.; Denis, J.-N. Synth. Commun. 1991, 15, 1033-1036. 9 Correa, A.; Denis, J.; Greene, A. E. EP414610-A1; FR2651226-A1; FR2652577-A1; 1991.Correa, A.; Denis, J.; Greene, A. E.; Grierson, D.S. EP530285-A; FR2662441-A1; WO9117976-A1; 1991.Correa, A.; Denis, J.; Greene, A. E. EP530286-A; FR2662440-A1; WO9117977-A1; 1991. 8 6 O C6H5 5 etapas RCO NH O C6H5 OCH3 OCH3 OH R= C6H5 ou OtBu OAc NH2 C6H5 CO2H NH2 t 4 etapas BuCONH C6H5 O O O OSiEt3 2 etapas OH + HO O HO C6H5 H BzO AcO Taxotere O Esquema 5 Esquema 6 Retornei ao Brasil em setembro de 1990 e defendi a tese: "Síntese das Cadeias Laterais dos Compostos Anti-Cancerígenos Taxol e Taxotere" em 29/05/1991.10 Os membros da banca foram os Profs. Drs. Ronaldo Pilli, Paulo Costa, Ursula Brocksom e Quezia Cass. Bolsa da FAPESP (09/90 à 03/91, proc. no. 90/1072-1). 10 7 Capítulo 2 CARREIRA DOCENTE Assim que retornei ao Brasil em setembro de 1990 iniciei a redação da tese e também a preparação para os concursos públicos. Em janeiro de 1991 prestei o primeiro concurso no Departamento de Química e Física da Universidade Federal do Espirito Santo (UFES) em Vitoria. Em março prestei o concurso no Departamento de Química da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Tendo sido aprovada em 1o. lugar nos dois concursos, optei pela UFU devido a localização e também pela possibilidade de crescimento profissional. 2.1. Atividades acadêmicas na UFU No período de março de 1991 a abril de 1992 atuei no DQ da UFU tanto no ensino como na pesquisa. No ensino ministrei aulas de Química Geral Experimental e Química Orgânica. Também contribui na formulação da proposta de instalação do Programa de Pós-graduação em Química que foi apresentada à CAPES. Com o objetivo de me inserir nas linhas de pesquisa em andamento, estabeleci uma colaboração com os Profs. Reinaldo Ruggiero e Antonio Eduardo da Hora Machado e iniciamos um projeto na área de síntese de modelos de lignina com dois alunos de IC, José Nelson Bertuque Jr. e Juvenal C. Silva Filho. No entanto, a infraestrutura do DQ-UFU era muito precária na época, pois carecia de equipamentos de analise espectroscópica. O único equipamento disponível era um UV-Vis muito antigo. Apesar das dificuldades, conseguimos um espaço em um laboratório de ensino e começamos a montar o laboratório de pesquisa. Em abril de 1992, o DQ-UFSCar abriu um concurso para a área de Química Orgânica e eu decidi prestar, tendo sido aprovada em 1o. lugar. 8 2.1. Atividades acadêmicas na UFSCar Iniciei minhas atividades docentes no DQ-UFSCar em abril de 1992 como professora Adjunto I TP-20 (20 horas semanais). Logo em seguida o meu contrato passou para Dedicação Exclusiva. Fui acolhida no laboratório dos Profs. Tim e Ursula e pude dar início ao trabalho de pesquisa, além de ministrar aulas na graduação. Estas atividades assim com as de Extensão e Administrativas serão detalhadas separadamente nas próximas seções deste Memorial. 9 Capítulo 3 ATIVIDADES DE ENSINO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO Como docentes, nossa missão primordial é a formação de recursos humanos qualificados. Porém, o exercício da docência deve ser, muito além de uma profissão, uma aptidão. Nos últimos 20 anos, acredito que essa característica tem sido ainda mais importante devido às mudanças drásticas que tivemos na relação professor-aluno, principalmente graças à internet e os novos meios de comunicação. No início da década de 90, quando ingressei na carreira docente, as aulas eram exclusivamente presenciais e as ferramentas que dispúnhamos eram basicamente a lousa e o giz. Hoje, manter o aluno em sala de aula por 90 minutos atento ao que o professor tenta ensinar é bastante complicado e por isso somos obrigados a repensar nossa estratégia pedagógica constantemente. No entanto, a Química é uma ciência experimental e por isso não acredito que possa ser ensinada a distância, e o papel do professor de Química continua sendo primordial para a formação do aluno. 3.1. Disciplinas ministradas De abril de 1992 até a presente data, ministrei diversas disciplinas na graduação, como por exemplo, Química Geral Experimental, Química Orgânica teórica e experimental entre outras. Além do curso de Bacharelado em Química, as disciplinas foram ministradas para alunos de Engenharia Química, de Materiais e de Produção, e Bacharelado em Biologia e em Biotecnologia. Também tenho ministrado a disciplina de Química Orgânica Avançada para alunos de mestrado e doutorado do PPGQ. A relação de todas as disciplinas ministradas encontra-se no Anexo 1. Desde a experiência como professora substituta durante o mestrado, a atividade docente sempre me encantou. Além de procurar contribuir para a formação dos alunos da melhor maneira possível, também atuei na reformulação da grade curricular e da ementa de várias disciplinas e na criação de outras. 10 Um exemplo de criação de disciplina foi a de “Organometálicos em Síntese Orgânica” que foi ministrada como optativa para os alunos de Bacharelado em Química. O objetivo da disciplina era relacionar os conhecimentos obtidos pelos alunos na disciplina de Química de Coordenação com os de Química Orgânica. Esta disciplina depois foi usada como base para a reformulação da ementa da Química Orgânica III, que hoje é ministrada para os alunos de Bacharelado. Atualmente, com o objetivo de reformular os experimentos das disciplinas de Química Orgânica Experimental 1 e 2, estamos escrevendo o livro “Química Orgânica Experimental: Uma Abordagem de Química Verde” juntamente com os Profs. Marcio Paixão, Kleber de Oliveira e Timothy Brocksom. Este livro reúne experimentos focando alguns dos princípios básicos da Química Verde. Dessa forma, os experimentos abordam temas como catálise, formas de energias e solventes alternativos, minimização de resíduos, e desenvolvimento de processos mais seguros e eficientes. O livro deverá ser lançado no início de 2015. Talvez como reconhecimento do nosso trabalho junto aos alunos de graduação, fui homenageada como paraninfa da turma de formandos em Bacharelado em Química do ano de 2011 e a patrona dos formandos de 2012. 3.2. Mini-cursos Outra atividade extremamente importante é a de ministrar mini-cursos em eventos na UFSCar e em outras Instituições. A lista completa destes mini-cursos encontra-se no Anexo 2. Gostaria, no entanto de citar dois em especial, pois marcam duas fases bastante importantes da minha carreira como pesquisadora e que serão posteriormente detalhadas. Em julho de 2008, ministrei um mini-curso de “Quimica Combinatória” na Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto em Portugal. Este mini-curso fez parte das atividades de um projeto bilateral coordenado pelas Profas. Quezia Cass e Madalena Pinto e financiado pela CAPES e GRICES. Outro mini-curso relevante foi o de “Química Verde” durante a SBQ Regional no IME no Rio de Janeiro em fevereiro de 2011. 3.3. Projeto PADCT Em 1994 eu era vice-coordenadora do curso de Graduação em Química da UFSCar e presidente da Comissão de Ensino do DQ. Neste período o Ministério de 11 Ciências e Tecnologia lançou o edital QEQ-05/94-01 do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico/PADCT. O grupo de pesquisa em ensino de Química do DQ, coordenado pelo Prof. Alberto Senapeschi, já havia aprovado 2 projetos no PADCT (em 1985 e 1991) visando a melhoria do ensino experimental do curso de graduação. Dessa forma, coordenei o Projeto “Consolidação do Curso de Graduação em Química oferecido pela UFSCar”. Com a finalidade de dar melhores condições às disciplinas experimentais propusemos neste projeto a implantação de um Laboratório de Instrumentação Multidisciplinar. Este laboratório deveria atender a todas as áreas da Química e conter equipamentos básicos e didáticos. O projeto foi aprovado na integra (Processo: 1302/95) e o valor concedido foi de US$ 81.304,00 para a importação de equipamentos, além de material de consumo (R$21.000,00) e serviços de terceiro (R$26.260,00). Foram adquiridos vários equipamentos, entre eles: cromatógrafo a gás, espectrofotômetro UV / Visível, espectrofotômetro infravermelho, fotômetro de chama digital, potenciostato /galvanostato, condutivímetro digital, polarímetro, refratômetro e balanças analíticas. Estes equipamentos foram instalados em duas salas de instrumentação, sendo uma entre os laboratórios de ensino de Química Orgânica e Inorgânica e outra entre a Físico-Química e a Analítica. Até hoje estes equipamentos estão em uso e são fundamentais para as disciplinas experimentais. No início de 1996, eu fui fazer o pós-doutoramento na Universidade Stanford e o Prof. Massami Yonashiro, que era o coordenador do curso de graduação, assumiu a coordenação do Projeto PADCT, tendo sido responsável pelo relatório final e prestação de contas. 12 Capítulo 4 ATIVIDADES DE PESQUISA Neste capítulo apresentarei os projetos de pesquisa que coordenei e também alguns dos quais fiz parte da equipe. A orientação de alunos de graduação, pósgraduação e pós-doutorado também será discutida, juntamente com os trabalhos mais relevantes publicados. As relações completas de todos os auxílios à pesquisa recebidos de agências de fomento ou empresas, de todos os alunos orientados, de todos os trabalhos e livros publicados e das patentes encontram-se nos Anexos 3 a 6. Os trabalhos apresentados em congressos não serão descritos, mas podem ser consultados no CV Lattes.11 Devido ao impacto dos trabalhos realizados, em diversas ocasiões fui convidada para ministrar palestras e conferências em eventos, conforme descrito no Anexo 7. Alguns destes eventos também serão citados neste Capítulo. 4.1. Estudo da Reação de Diels-Alder com Quinonas Assim que fui contratada no DQ-UFSCar submeti o pedido de auxílio à pesquisa para a FAPESP para desenvolver o projeto “Síntese de terpenos drimanos e labdanos”.12 Este projeto tinha como finalidade dar continuidade a linha de pesquisa do laboratório dos Profs. Tim e Ursula. Mais especificamente o projeto visava o estudo sistemático para a obtenção do sistema decalínico, que possui funcionalizações e grupos metila adequados aos terpenos drimanos e labdanos, através da reação de Diels-Alder de 2,6dimetilbenzoquinona e dienos geminais dissubstituídos. A regiosseletividade e a eficiência da reação de Diels-Alder dependem das condições reacionais, tais como solventes, temperatura e/ou catalisadores, e foram alvo de investigações. Um desafio deste projeto foi a síntese dos dienos. Apesar de encontrar relatos na literatura, a síntese não se mostrou viável com rendimentos muito baixos. O produto de cicloadição foi obtido, porém com regioquímica orto, novamente diferente 11 http://lattes.cnpq.br/7425467156776144 Processo FAPESP no. 1992/02171-9 no período de 01 de outubro de 1992 - 30 de setembro de 1994. 12 13 da desejada que era o meta (Esquema 7). Esquema 7 O projeto envolveu a participação de 4 alunos de IC do curso de Bacharelado em Química: Daniela Nanni, Ivan T. Rebustini, Rosely T. Fujimori e Joanita Nakamura. Esta última continuou os seus estudos no grupo sob a orientação do Prof. Tim fazendo mestrado (sob minha co-orientação)13 e doutorado. 4.2. Pós-Doutorado Antes de ingressar como orientadora do PPGQ decidi fazer um pós-doutorado no exterior. Depois de várias consultas com colegas, decidi pelo grupo do Prof. Dr. Paul A. Wender no Departamento de Química da Stanford University, CA, EUA. O projeto de pesquisa desenvolvido foi “Estudo de Reações de Cicloadição Catalizadas por Metal de Transição”.14 Este projeto iria possibilitar a criação de uma nova linha de pesquisa no DQ-UFSCar. Quando cheguei, em marco de 1997, o grupo do Prof. Wender vinha trabalhando com a reação de cicloadição [5+2] de vinilciclopropanos com alcenos e alcinos catalisada com complexos de Rh(I). Inicialmente me foi proposto estudar esta reação com dienos dando continuidade a um estudo iniciado por um pós-doutorado do Japão 13 Nakamura, J. Síntese de Decalinas Polimetiladas Precursores de Terpenos Drimanos e Labdanos Via Reação de Diels-Alder. Dissertação de Mestrado, PPGQ – UFSCar, 1998. 14 Bolsa da CAPES (proc. no. 0547/95-2- 03/96 à 11/97). 14 que havia há pouco deixado o grupo. Eu passei 8 meses tentando repetir os resultados deste pós-doutorado sem sucesso (Esquema 8). Esquema 8 Foi então que decidimos mudar o projeto e eu iniciei o estudo da reação de cicloadição [6+2] empregando vinilciclobutanos. Este estudo abriu uma nova linha de pesquisa no grupo e foi tema de uma tese de doutorado além de pesquisa de outro pósdoutorado que me sucedeu. O grande desafio inicial foi encontrar o melhor sistema. Depois de testar alguns substratos, a reação se mostrou bastante eficiente com derivados da 2vinilciclobutanona. Tanto alcenos como alenos puderam ser empregados, mas não alcinos (Esquema 9), diferentemente da reação [5+2]. 15 R H R X O 10 mol% Rh(I) O X 10 mol% AgOTf tolueno, 110oC X = O, NTs, C(CO2Et) 2 R = H2, CMe2 H 7 exemplos 71 - 95% Esquema 9 No final do estágio de pós-doutorado recebemos a triste notícia do falecimento do nosso colega, o Prof. José Tercio B. Ferreira. Com sua súbita partida, o Laboratório de Síntese de Produtos Naturais (LSPN) ficou sem um coordenador. Desta forma, o grupo de Química Orgânica solicitou que eu antecipasse a minha volta e passasse a coordenar o LSPN. 15 Wender, P.A.; Correa, A. G.; Sato, Y.; Sun, R. J. Am. Chem. Soc. 2000, 122, 7815-7816. 15 4.3. Ecologia Química A Ecologia Química era a linha de pesquisa em andamento no LSPN quando o Prof. Tercio faleceu em julho de 1997, e contava com vários alunos de graduação, pósgraduação e um pós-doutorado. O laboratório tinha acabado de ser construído com verba do projeto de infra-estrutura da FAPESP e estava para receber equipamentos de ultima geração adquiridos através do PRONEX, incluindo cromatógrafos gasosos com diferentes detectores como infravermelho (CG-FTIR), eletroantenograma (CG-EAD) e massas (CG-EM). O nosso grupo de Química Orgânica fez um esforço conjunto para que os alunos de pós-graduação pudessem finalizar os seus trabalhos. Eu retornei dos EUA em dezembro e assumi a coordenação do LSPN embora nunca tivesse trabalhado com Ecologia Química. 4.3.1. Projetos de pesquisa com financiamento de agências de fomento Além de projetos PRONEX e Temáticos da FAPESP coordenados pelo Prof. João Batista Fernandes e dos quais eu fiz parte da equipe, os trabalhos na área de Ecologia Química tiveram 2 fontes de financiamento bastante importantes. Uma delas foi da FAPESP, através de um auxílio a pesquisa “Controle biorracional de insetos: isolamento, identificação e síntese de feromônios de insetos-pragas dos citros”.16 Este projeto contou com a participação do Dr. Josué Sant’Ana que tinha uma bolsa de pósdoutorado da FAPESP. O seu trabalho visava o estudo do feromônio da microlepidoptera Phyllocnistis citrella.17 Também participaram 3 alunos de IC: Ingrid Artigozo e Elide B. D'Annibale, bolsistas da FAPESP, e Eurico Yuji Tanabe com bolsa PIBIC-CNPq. Outro financiamento extremamente importante que conseguimos foi da International Foundation for Science (IFS) com sede na Suécia. Esta fundação fomenta pesquisadores de países em desenvolvimento com menos de 40 anos. O projeto “Synthesis of Pheromones of some Brazilian Agricultural Pests and Natural Products with Biological Activities” recebeu 3 auxílios à pesquisa no valor de aproximadamente 16 17 Proc.No. 98/10977-0 de 01 de janeiro de 1999 - 31 de dezembro de 2000. Correa, A. G.; Vilela, E. F.; Sant’Ana, J.; Corseuil, E. Biociências 2003, 11, 177-181. 16 US$12.000,00.18 Os resultados obtidos com este auxilio serão discutidos na próxima seção. Além do auxílio financeiro para a compra de pequenos equipamentos e material de consumo, a IFS promovia workshops com os pesquisadores da área. Tive o prazer de participar como palestrante dos seguintes eventos: 1) Mini-symposium about Pheromones in Brazilian orchard pest insects and how to use the knowledge in control programmes, Hotel do Bosque, Angra dos Reis-RJ, Brazil, September 23-25, 2003. 2) Workshop on Semiochemical research in Latin America: a multidisciplinary endeavour requiring collaborating scientists, Santiago, Chile, September 4 – 9, 2005. 3) OPCW/IFS Workshop Chemistry in Nature - Natural resources: chemical, biological and environmental aspects with focus on Latin America, Montevideo, Uruguay, March 31st – April 4th, 2008. Em 2008 coordenei um projeto PROCAD da CAPES.19 O objetivo principal deste projeto foi a implantação de uma rede de cooperação acadêmica envolvendo os Departamentos de Química da UFSCar, UFPR e UFS, visando o fortalecimento de seus programas de pós-graduação e a consolidação da área de Ecologia Química. Este projeto teve duração de quatro anos e contou com a participação do Prof. Francisco A. Marques da UFPR e da Profa. Valeria Moraes da UFS. Durante este período promovemos workshops, mini-cursos e seminários e vários alunos de pós-graduação destas 2 instituições fizeram um estágio sanduíche no nosso grupo aqui no DQ-UFSCar.20 Além das bolsas de estudo e despesas com viagens, o projeto também tinha uma verba de custeio para cada um dos grupos participantes. Participamos ainda de um projeto coordenado pelo Dr. Miguel Borges, do CENARGEN-EMBRAPA, “Criação de uma Rede Nacional de Ecologia Química para estudos da agrobiodiversidade brasileira visando a obtenção de uma agricultura sustentável” (projeto nº 562307/2010-9, REPENSA, CNPq/MCT-CAPES-MEC) no período de 04/11 a 03/13. 18 IFS Research grants: F/3150-1 de 08/2001 a 07/2003; F/3150-2 de 08/2003 a 01/2005; F3150-3F de 02/2005 a 01/2007. 19 Identificação, Síntese e Aplicação de Semioquímicos de Insetos-Pragas Florestais, Edital Procad N° 01/ 2007, Projeto Nº: 081/2007. 20 Marques, F. A.; Frensch, G.; Zaleski, S. R. M.; Lazzari, S. M. N.; Nagata, N.; Maia, B. H. L. N. S.; Correa, A. G. J. Braz. Chem. Soc. 2012, 23, 1756-1761. Niculau E. S.; Alves P. B.; Noqueira P. C. L.; Moraes, V. R. S.; Matos A. P.; Bernardes, A. R.; Volante, A. C.; Fernandes, J. B.; Silva, M. F. G. F.; Correa, A. G.; Blank, A. F.; Silva, A. C.; Ribeiro, L. P. Quím. Nova 2013, 36, 1391-1394. 17 4.3.2. Isolamento, identificação e síntese de feromônios No início de 1998 assumi a orientação da aluna de mestrado Ellen Santangelo, dos alunos de IC e procurei auxiliar os outros alunos de pós-graduação que estavam formalmente sob a orientação dos outros professores do grupo após o falecimento do Tercio. Durante o seu mestrado, a Ellen em colaboração com o Paulo Zarbin, sintetizou os quatro estereoisômeros da N-2’-metilbutil-2-metilbutilamida, possíveis componentes do feromônio sexual de Migdolus fryanus, um inseto praga da cana-de-açúcar.21 Em paralelo ela também sintetizou o (4R,8R)- e (4S,8R)-4,8-dimetildecanal, feromônio de agregação de Tribolium castaneum e T. confusum, que atacam cereais armazenados (Figura 1).22 Nos anos seguintes, durante as Escolas de Verão, que receberam o nome do Prof. Tercio, recebemos vários pesquisadores da área de Ecologia Química que foram muito importantes para a consolidação dos trabalhos no nosso grupo. Em 1998, o Prof. Jocelyn Millar da University of California – EUA ministrou o curso “Methods in Chemical Ecology - Isolation, identification and synthesis". No ano seguinte, o Prof. Rikard Unelius do Royal Institute of Technology de Estocolmo-Suécia ofereceu o minicurso "Ecological Chemistry". Com a vinda destes professores, iniciamos colaborações internacionais. A aluna Ellen foi fazer o seu doutorado em Estocolmo e o primeiro trabalho desenvolvido foi em parceria com o nosso grupo. Ela sintetizou os 4 estereoisômeros do 9,11hexadecadienal (Figura 1), feromônio sexual de Diatraea saccharalis, uma importante praga da cana-de-açúcar.23 A atividade biológica destes isômeros foi avaliada aqui no LSPN.24 21 Santangelo, E. M.; Zarbin, P. H. G.; Cass, Q. B.; Ferreira, J. T. B.; Corrêa, A. G. Synth. Commun. 2001, 31, 117-130. 22 Santangelo, E. M.; Correa, A. G.; Zarbin, P. H. G. Tetrahedron Lett. 2006, 47, 5135-5137. 23 Santangelo, E. M., Coracini, M., Witzgall, P., Correa, A. G., Unelius, C. R. J. Nat. Prod. 2002, 65, 909915. 24 Pereira, L. G. B., Santangelo, E. M., Stein, K., Unelius, R., Eiras, A., Correa, A. G. Z. Naturforsch. C 2002, 57, 753-758. 18 Figura 1: Feromônios sintetizados por E. Santangelo. O segundo aluno de pós-graduação foi Jardel A. Moreira, que também trabalhou com Ecologia Química. Na sua tese de doutorado direto (sem defesa da dissertação de mestrado) ele sintetizou o feromônio sexual da vespa Neodiprion sertifer, (2R,3R,7S)dimetilpentadecan-2-ol (diprionol, 12 etapas, 7,5% de rendimento global),25 e 3 estereoisômeros do feromônio do bicho-mineiro-do-café, Leucoptera coffeella: (5S,9S)5,9-dimetilpentadecano (12 etapas, 16% de rendimento global), (5R,9S)- e (5S,9R)-, (14 etapas, rendimento global de 7,2% e 6,5%, respectivamente)26 (Esquema 10). Esquema 10: Feromônios sintetizados por J. Moreira. A terceira estudante a fazer o mestrado em síntese de feromônios foi Patricia Baraldi. O projeto dela teve como objetivo a síntese enantiosseletiva empregando biocatálise, mais especificamente, o uso de fermento de padaria Saccharomyces 25 26 Moreira, J. A., Corrêa, A.G. J. Braz. Chem. Soc. 2000, 11, 614-620. Moreira, J. A., Corrêa, A. G. Tetrahedron: Asymmetry 2003, 14, 3787-3795. 19 cerevisiae.27 A dissertação envolveu então a síntese do (4R)- e (4S)-2-metil-octan-4-ol, feromônio de agregação do besouro curculionídeo Sphenophorus levis,28 da (5R)-5hexadecanolida, feromônio da rainha do marimbondo Vespa orientalis, e do (5S,6R)-6acetoxi-5-hexadecanolida, isômero do feromônio de oviposição do pernilongo Culex pipiens fatigans (Esquema 11). Esquema 11: Feromônios sintetizados por P. Baraldi Durante o seu doutorado, o aluno Jardel Moreira também iniciou o trabalho de isolamento e identificação do feromônio sexual de Thyrinteina arnobia, uma praga de eucalipto. O estudante Tiago Neppe desenvolveu durante sua dissertação de mestrado a síntese racêmica (10 etapas, 28% de rendimento global) do componente majoritário do feromônio, o 3,4-epoxi-6,9-eneicosadieno. A síntese assimétrica dos 4 estereoisômeros deste epoxidieno foi realizada pelo aluno de mestrado Marcelo de Paiva. O epoxiálcool foi obtido enantiomericamente enriquecido usando a reação de epoxidação assimétrica de Sharpless. A aluna de doutorado Anna M. Deobald preparou os estereoisômeros anti empregando uma reação de epoxidação organocatalisada (Esquema 12).29 27 Baraldi, P. T.; Corrêa, A. G. O Quím. Nova 2004, 27, 421-431. Baraldi, P. T., Zarbin, P. H. G., Vieira, P. C., Correa, A. G. Tetrahedron: Asymmetry 2002, 13, 621 – 624. 29 Moreira, J. A.; Neppe, T.; Paiva, M. M.; Deobald, A. M.; Batista-Pereira, L. G.; Paixão, M. W.; Corrêa, A. G. J. Braz. Chem. Soc. 2013, 24, 1933-1941. 28 20 O OH OH Ti(OiPr)4, DIPT ou OH (2R,3S)- (2R,3R)- ou OH TBHP, CH2Cl2 24h, -20oC O O O 1)R ou S-cat 2) NaBH4 O OH (2S,3R)- S OH C2H5 5 (2S,3S)S N H O TMS 5 cat Esquema 12: Síntese do componente majoritário do feromônio sexual de T. arnobia Além dos alunos de pós-graduação citados nos exemplos acima, vários alunos de IC trabalharam com síntese de feromônios, com bolsas da FAPESP e PIBIC-CNPq. A lista completa dos alunos encontra-se no Anexo 4. 4.3.3. Síntese de compostos com atividade inseticida A Química Combinatória consiste na preparação de um conjunto de substâncias de forma simultânea, ao invés do modo clássico de se preparar compostos um a um, visando um maior número de candidatos com maior diversidade estrutural possível (Figura 2).30 A utilização de estratégias combinatórias na preparação de candidatos a composto-protótipo resulta, na maioria dos casos, em menores tempos de preparação e custos. A partir da disseminação da preparação de coleções combinatórias de moléculas de pequeno peso molecular não oligoméricas, a Química Combinatória extrapolou a esfera da Química Medicinal e desde então vem sendo crescentemente utilizada nas 30 Dias, R. L. A.; Corrêa, A. G. Quím. Nova 2001, 24, 236-242. 21 áreas de agroquímicos, catálise homogênea e heterogênea, biocatálise, novos materiais, entre outros. Síntese “Clássica” + A B C Síntese Combinatória + A1-3 B1-3 C1-9 Figura 2: Preparação de uma coleção combinatória A piperina é um alcalóide natural isolado de Piper nigrum (pimenta-do-reino). Estão descritas na literatura diversas atividades biológicas associadas a este produto natural, dentre as quais se podem destacar sua atividade inseticida, nematocida e antiparasitária. O aluno de mestrado Fernando Crisóstomo, do qual fui co-orientadora, preparou uma série de amidas derivadas do ácido 3,4-metilenodioxicinâmico, que foram avaliadas frente à A. sexdens e seu fundo simbionte.31 Baseando-se nos bons resultados obtidos, a aluna de mestrado Thais C. Castral sintetizou uma coleção combinatória indexada de amidas. Nesta metodologia, os compostos são obtidos e avaliados na forma de mistura. A partir dos resultados dos bioensaios, pode-se deduzir quais são os compostos mais potentes, que são então sintetizados separadamente para confirmação da atividade biológica. Utilizando esta metodologia em torno de 180 compostos foram obtidos em apenas dois blocos reacionais. A coleção foi avaliada topicamente frente à lagarta do cartucho do milho, Spodoptera frugiperda. O composto mais ativo foi também avaliado 31 Victor, S.R. , Crisóstomo, F.R., Pagnocca, F. C., Fernandes J.B., Correa, A. G. , Bueno O. C., Bacci, M., Hebling, M. J., Vieira, P. C., da Silva, M. F.G.F. Pest. Manag. Sci. 2001, 57, 603-608. Pagnocca, F. C., Victor, S. R., Bueno, F. C., Crisóstomo, F., Castral, T. C., Fernandes, J. B., Correa, A. G., Bueno, O. C., Bacci, M., Hebling, M. J. A., Vieira, P. C., da Silva, M. F.G. F. Agric. Forest. Entomol. 2006, 8, 17-23. 22 por ingestão e na concentração mais baixa (1 mg Kg-1) causou 83 % de mortalidade (Figura 3).32 Figura 3: Valores de dose letal (DL50) (em g.mg-1) das amidas para inibir o crescimento de larvas de S. frugiperda (segundo instar) administrada topicamente. 4.3.4. Trabalhos de colaboração Além da linha de pesquisa com feromônios, vários trabalhos dentro da Ecologia Quimica foram realizados em colaboração. A maioria deles envolveu o estudo de voláteis de plantas empregando a técnica de EAD. Estes voláteis podem atuar como cairomônios e muitas vezes são empregados juntamente com os feromônios no controle de pragas. Dentre os insetos estudados, podemos citar as lepidópteras broca-do-cedro Hypsipyla grandella (Zeller), uma das mais importantes pragas das florestas tropicais, afetando bastante a produção de madeiras-de-lei,33 cujos trabalhos foram feitos em colaboração com a Profa. M. Fatima G.F. da Silva do grupo de PN do DQ-UFSCar. Os estudos com a lagarta-parda Thyrinteina arnobia, em parceria com o Prof. Carlos Wilcken da UNESP-Botucatu.34 Também estudamos coleópteras como o Naupactus bipes35 em colaboração com o Prof. Masuo Kato do IQ-USP e insetos sociais como a formiga cortadeira Atta sexdens juntamente com o grupo de PN do DQ-UFSCar e CEIS 32 Pereira, L.G.B., Castral, T. C., Silva, M.T. M., Amaral, B. R., Fernandes, J. B., Vieira, P. C., Silva, M. F. G. F., Correa, A. G. Z. Naturforsch. C 2006, 61, 196-202. Castral, T. C.; Matos, A.P.; Monteiro J. L.; Araujo, F. M.; Bondância T. M. ; Pereira, L. G. B.; Fernandes, J. B.; Vieira, P. C.; Silva, M. F. G. F.; Correa, A.G. J. Agric. Food Chem. 2011, 59, 4822-4827. 33 Soares, M. G., Batista-Pereira, L. G., Fernandes, J. B., Correa, A. G., Silva, M. F. G. F., Vieira, P. C., Rodrigues Filho, E., Ohashi, O. S., J. Chem. Ecol. 2003, 29, 2143-2151. Lago, J. H. G., Soares, M. G., Pereira, L. G. B., Silva, M. F. G. F., Correa, A. G., Fernandes, J. B., Vieira, P. C., Roque, N. F. Phytochemistry 2006, 67, 589-594. 34 Pereira, L.G.B., Fernandes, J. B., Correa, A. G., Silva, M. F. G. F., Vieira, P. C. J. Braz. Chem. Soc. 2006, 17, 555-561. 35 Ramos, C. S.; Silva, A. M.; Soares, M. G.; Pereira, L. G. B.; Correa, A. G.; Kato, M. J. Nat. Prod. Commun. 2012, 7, 1103-1106. 23 da UNESP de Rio Claro,36 e a abelha Scaptotrigona sp com a Profa Anita Marsaioli do IQ-UNICAMP.37 Nenhum destes trabalhos poderia ter sido feito sem a Dra. Luciane G. BatistaPereira. Ela é bióloga e tem mestrado e doutorado em Entomologia e trabalhou como pós-doutorado no nosso laboratório de 2000 a 2004. A Dra. Luciane sempre foi extremamente dedicada e sua pró-atividade foi fundamental para a implantação do laboratório de criação de insetos e de bioensaios, além dos experimentos de eletroantenografia. Mais recentemente, tivemos uma colaboração estudando atraentes de flebotomídeos, Lutzomyia longipalpis, com a Profa. Mara C. Pinto da UNESP de Araraquara.38 Também em parceria com os nossos colegas do grupo de PN, alguns derivados foram preparados a partir de compostos isolados de plantas e que mostraram atividade inseticida. Estes estudos resultaram em dois pedidos de patente.39 4.3.5. Projetos em parceira com empresas Um dos objetivos dos pesquisadores que trabalham com feromônios de insetos é a aplicação no controle de pragas. Para tal, parcerias com a iniciativa privada são imprescindíveis. Nós realizamos vários trabalhos em colaboração com o setor produtivo. O primeiro deles foi com a Dinamilho Carol (Figura 2) que posteriormente passou a DowAgroscience), por intermédio do Eng. Agrônomo José Perri Jr. A empresa estava interessada no controle da lagarta-do-cartucho-do-milho, Spodoptera frugiperda, principalmente devido aos danos causados nas lavouras de produção de sementes de milho híbrido, com alto valor agregado. 36 Pereira, L. G. B.; Fernandes, J. B.; Silva, M. F. G. F.; Correa, A.G.; Vieira, P. C., Bueno, O.C., Correa, A. G. Z. Naturforsch. C 2006, 61, 749-755. 37 Flach, A.; Marsaioli, A. J.; Singer, R. B., Amaral, M. C. E., Menezes, C. K.; Warwick, E.; Pereira, L. G. B.; Correa, A. G. J. Chem. Ecol. 2006, 32, 59-70. 38 Magalhães-Jr., J. T.; Barrouin-Melo, S. M.; Corrêa, A. G.; Da Silva, F. B.; Machado, V. E.; Govone, J. S.; Pinto, M. C. Paras. Vect. 2014, 7, 60. 39 Fernandes, J. B.; Silva, M. F. G. F.; Vieira, P. C.; Carlos, R.M.; Correa, A. G.; Bueno, O. C.; Pagnoca, F. ; Oliveira, R. M. M. ; Sarria, A. L. F. ; Nebo, L. ; Matos A.P. ; Terezan, A. P. ; Marques, F. A.; da Silva, M. A. N. ; Ramires, E. N.; Annies, V. ; de Souza, L. M. B. ; Forim, M. R. BR1020120313804, data de depósito: 05/12/2012. Fernandes, J. B.; Silva, M. F. G. F.; Vieira, P. C.; Carlos, R.M. ; Corrêa, A. G.; Bueno, O. C.; Pagnoca, F.; Oliveira, R. M. M.; Sarria, A.L.F.; Nebo, L.; Matos A.P.; Terezan, A. P.; Forim, M. R. BR1020130271624, data de depósito: 31/08/2013. 24 Este trabalho, que foi iniciado como um projeto de extensão, onde nós fornecíamos os septos contendo o feromônio de S. frugiperda que eram usados no monitoramento da praga nas lavouras de milho da Dinamilho em Jardinópolis (Figura 2). Com base nos resultados obtidos, tivemos um projeto financiado pelo Programa RHAE do CNPq.40 Nós fizemos o estudo de identificação, síntese e avaliação da atividade biológica do feromônio sexual de S. frugiperda (Figura 4) tanto em laboratório como no campo.41 Para isso, contamos também com a colaboração do Dr. Ivan Cruz da EMBRAPA Milho e Sorgo de Sete Lagoas, MG. No LSPN participaram 2 alunos de IC e a Dra. Luciane G. B. Pereira, bolsista de pós-doutorado, que era responsável pelos bioensaios e a criação dos insetos. a) b) c) Figura 4: a) experimentos com armadilhas do tipo delta contendo o feromônio em plantações de milho em Jardinópolis. b) fêmea de S.frugiperda. c) planta atacada pela lagarta-do-cartucho-do-milho. 40 Manejo Integrado de Pragas: Controle de Spodoptera frugiperda Através do Uso de Feromônio, Projeto RAHE CNPq (Processo nº: 610051/99-7), José Perri Jr., coordenador, e Arlene G. Corrêa, vicecoordenadora. Período: 05/1999 a 05/2002. 41 Batista-Pereira, L. G., Stein, K., Paula, A. F., Moreira, J. A., Cruz, I., Figueiredo, M.L.C., Perri Jr., J. Correa, A. G. J. Chem. Ecol. 2006, 32, 1085-1099. 25 Além do estudo da composição do feromônio sexual de S. frugiperda, também foi investigada a atividade inseticida de produtos naturais isolados pelo Laboratório de Produtos Naturais (PN)42 e análogos sintéticos preparados no LSPN. O segundo projeto feito em colaboração foi com a empresa de energia elétrica Elektro no período de 12/1998 a 11/2000. Este projeto visava o controle de cupins em postes de madeira. Este projeto envolveu tanto a busca por feromônios como o estudo de extratos de plantas com potencial atividade contra os cupins.43 O Prof. João Batista Fernandes do Laboratório de PN do DQ-UFSCar e os Profs. Odair C. Bueno e Ana Maria C. Leonardo do Centro de Insetos Sociais (CEIS) da UNESP de Rio Claro também participaram do trabalho. O Dr. Marcio G. dos Santos, que atualmente é professor na Universidade Federal de Tocantins, participou deste projeto como bolsista de pós-doutorado e realizou a síntese do (3Z,6Z,8E)-3,6,8-dodecatrien-1-ol, que foi isolado de várias espécies de cupim (Figura 5). Figura 5: Feromônios sintetizados no LSPN via projetos de colaboração com empresas Outros dois trabalhos realizados com empresas foram o teste do feromônio da broca da cana-de-açúcar D. saccharalis, nas plantações de cana da Usina São Martinho em Pradópolis (SP) no primeiro semestre de 2000, e da broca-do-cedro H. grandella nas plantações de mogno da Tropical Flora Reflorestadora na cidade de Garça (SP) em 2007. 42 43 Pereira, L. G. B., Petacci, F., Fernandes, J. B., Correa, A. G. , Vieira, P. C., Silva, M. F. G. F., Pest Manag. Sci. 2002, 58, 503-507. Severino, R. P.; Fernandes, J.B.; Vieira, P.C.; da Silva, M.F.D.F.; Gamboa, I.C.; dos Santos, R.M.G.; Correa, A. G.; Batista-Pereira, L.G.; Camargo-Dietrich, C.R.R.; Pereira, D.A.; Costa-Leonardo, A.M.; Bueno, O. C. Sociobiology 2007, 50, 947-957. Batista-Pereira, L. G.; Santos, M. G., Correa, A. G. ; Fernandes, J B.; Dietrich, C. R. R. C.; Pereira, D. A.; Bueno; O. C.; Costa- Leonardo, A. M. J. Braz. Chem. Soc. 2004, 15, 372-377. Batista-Pereira, L. G.; Santos, M. G., Correa, A. G. ; Fernandes, J B.; Arab, A.; Costa-Leonardo, A. M.; Dietrich, C. R. R. C.; Pereira, D. A.; Bueno; O. C. Z. Naturforsch. C 2004, 59, 135-139. Arab, A., Costa-Leonardo, A.M., Batista-Pereira, L.G., dos Santos, M.G., Correa, A. G., Blanco, Y.C., Sociobiology 2004, 43, 377-387. 26 4.3.6. Considerações gerais De acordo com uma busca feita no WebofScience® (tópico: synthesis of pheromone AND endereço: Brazil) (Figura 6) pode-se verificar que, do primeiro trabalho em 1988 até o momento, foram publicados no total 78 trabalhos com índice H = 16 (média de ~2,9 public/ano). O maior número de trabalhos publicados foi nos anos 2004 e 2006. Deste total, 11 trabalhos foram publicados pelo nosso grupo de pesquisa, além de um livro que foi editado baseando-se em um mini-curso idealizado pelo Prof. Tercio e oferecido na XXI EVQ.44 Figura 6: Trabalhos publicados envolvendo síntese de feromônios no Brasil de acordo com busca feita na WebofScience® em 04/09/14. No início deste século, pesquisadores de Química, Biologia, Agronomia, Entomologia, entre outras, se reuniram para tentar consolidar a área de Ecologia Química no Brasil. O 1º. Encontro Brasileiro de Ecologia Química (EBEQ) foi realizado em Curitiba em 1999 e em agosto de 2000 foi realizado em Poços de Caldas o 17th Annual Meeting of the International Society of Chemical Ecology. Nos anos seguintes, vários grupos tentaram trabalhar em rede com o objetivo de efetivamente transportar os trabalhos de pesquisa com feromônios de insetos para a aplicação no campo. No entanto, devido a vários motivos, incluindo falta de financiamento e de aplicação prática, dificuldade para trabalhar com compostos voláteis e muitas vezes 44 Ferreira, J. T. B., Corrêa, A.G., Vieira, P. C., Produtos Naturais no Controle de Insetos EdUFSCar, São Carlos, 176 p., 2001. Corrêa, A.G., Vieira, P. C., Produtos Naturais no Controle de Insetos, 2ª. ed. EdUFSCar, São Carlos, 150 p., 2007. 27 instáveis, etc, essas iniciativas não tiveram êxito e hoje vemos que esta área está bastante desmotivada. Esse cenário influenciou os alunos, que não mostram mais interesse em trabalhar nesta área de pesquisa. O último aluno do nosso grupo foi Marcelo de Paiva, que ingressou no mestrado em agosto de 2009. Com isso, embora tenhamos uma infra-estrutura de equipamentos muito boa para trabalhar, não temos mais projetos envolvendo síntese de feromônios. Por outro lado, a síntese de compostos com potencial atividade inseticida, principalmente os análogos de produtos naturais, ainda é de grande interesse no nosso grupo. O melhor exemplo é bons resultados obtidos com as piperamidas sintetizadas pela aluna de mestrado Thais Castral. 4.4. Química Medicinal A linha de pesquisa do LSPN é a síntese de produtos naturais e análogos bioativos. Além da bioatividade frente aos insetos, conforme discutido no Capítulo anterior, os compostos que preparamos são avaliados como possíveis inibidores enzimáticos, frente a células cancerígenas e também contra protozoários causadores de doenças tropicais. 4.4.1. Projetos de pesquisa com financiamento de agências de fomento Os trabalhos na área de Química Medicinal têm recebido apoio financeiro de várias agências de fomento. O projeto “Síntese de Produtos Naturais e Análogos com Potencial Aplicação no Tratamento de Doenças Tropicais usando Química Combinatória” recebeu auxilio da FAPESP (no. processo: 2005/00385-3) no período de 11/05 a 01/08. Desde novembro de 2011, temos em vigor uma bolsa de pós-doutorado do PNPD-CAPES referente ao projeto “Organocatálise: Uma Excelente Ferramenta para Síntese de Inibidores das Enzimas relacionadas à Doença de Chagas e Leishmaniose”. Esta bolsa está atualmente atribuida a Dra. Bianca R. L. Simões, que está estudando a imobilização da enzima cruzaina de T. cruzi. O projeto “Síntese Assimétrica de Produtos Naturais e Derivados e Avaliação da Atividade Inibitória frente a Enzima Acetilcolinesterase” está sendo financiado pelo CNPq (Edital MCTI/CNPq Nº 14/2013 - Universal 14/2013 - Faixa B, No. 28 Processo: 471093/2013-0) desde 10/2013. Também foram concedidas uma bolsa de Apoio Técnico e uma de Iniciação Científica. Além destes auxílios individuais, tenho participado como membro da equipe de grandes projetos multidisciplinares. O primeiro deles foi o Centro de Biotecnologia Molecular Estrutural (CBME), um dos 10 Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID), coordenado pelo Prof. Glaucius (Proc. No. 1998/14138-2 no período de 10/2000 a 12/2012). O CBME foi uma iniciativa conjunta resultante da existente colaboração científica entre pesquisadores da USP no Campus de São Carlos, do LNLS em Campinas e da UFSCar. O objetivo do CBME era realizar pesquisa e desenvolvimento tecnológico em todas as áreas da biotecnologia que dependam do Planejamento Molecular Baseado em Estruturas, particularmente no planejamento de novos compostos baseado em estruturas (fármacos, vacinas, pesticidas, herbicidas) e na engenharia de proteínas. Os projetos do CBME eram relacionados a doenças infecciosas endêmicas no Brasil, como a doença de Chagas, leishmaniose, esquistossomose, entre outras. Na busca por inibidores seletivos de enzimas relacionadas a algumas dessas, o Laboratório de Produtos Naturais do DQ-UFSCar realizava o fracionamento, monitorado pelos bioensaios, de diversos extratos de plantas, bem como ensaios com produtos naturais anteriormente isolados. Fui convidada pelo Prof. Glaucius para participar do CBME com o objetivo de sintetizar os produtos naturais ou análogos, visando dar continuidade aos testes biológicos assim como estudar a relação estrutura-atividade biológica. Em 2008 o Prof. Glaucius teve o "Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Biotecnologia Estrutural e Quimica Medicinal em Doenças Infecciosas (INBEQMeDI)" aprovado dentro do Programa INCT CNPq FAPESP (proc. no. 573607/2008-7). Com a ida do Prof. Glaucius para a presidência do CNPq, o INBEQMeDI passou a ser coordenado pelo Prof. Richard Garrat do IFSC-USP. Em 2012, o Prof. Glaucius aprovou o “Centro de Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar)” dentro do Programa CEPID-FAPESP. O CIBFar é uma iniciativa resultante de projetos de pesquisa colaborativos, envolvendo: (i) Laboratório de Química Medicinal e Computacional (LQMC) e Biofísica Molecular - IFSC - USP, (II) Núcleo de Bioensaios, Biossíntese e Eco fisiologia de Produtos Naturais (NUBBE)- IQUNESP, (III) Laboratórios de Síntese Orgânica - IQ - UNICAMP, (iv) Laboratórios de 29 Produtos Naturais e Síntese Orgânica - DQ - UFSCar, e (v) Laboratório de Produtos Naturais - FCFRP - USP. O objetivo principal desse Centro é a realização de ciência básica e aplicada, bem como o desenvolvimento tecnológico em todas as áreas de biodiversidade e de descoberta de fármacos com base em pesquisas que utilizam o estado da arte da química de produtos naturais, química orgânica sintética, biologia molecular e estrutural, bioquímica, química medicinal, planejamento de fármacos e ensaios farmacológicos. Os objetivos específicos são a bioprospecção da flora brasileira para a identificação de compostos com um amplo espectro de atividades biológicas (antiparasitária, antibacteriana, anticâncer); seleção de compostos bioativos promissores para síntese orgânica e estudos das relações entre a estrutura e atividade (SAR, QSAR); uso de estratégias de planejamento de fármacos baseado na estrutura do receptor e do ligante (SBDD e LBDD, respectivamente); abordagens para otimização de compostoslíderes; estudos pré- clínicos in vitro e in vivo para a avaliação e otimização de compostos-líderes, e estudos de toxicologia e farmacocinética. 4.4.2. Busca por inibidores enzimáticos Agentes infecciosos como vírus, bactérias, fungos e protozoários possuem enzimas ou ácidos nucléicos envolvidos em processos bioquímicos vitais para estes organismos. Essas macromoléculas podem servir de alvo para o planejamento racional de possíveis fármacos que inibiriam a ação das mesmas. O planejamento racional de fármacos baseado em estruturas é uma ciência intrinsicamente multidisciplinar, sendo necessário o trabalho integrado de pesquisadores de diferentes especialidades para a descoberta de um novo fármaco. Na busca por inibidores enzimáticos seletivos, o LSPN tem sintetizado várias classes de produtos naturais e também análogos, visando à otimização da atividade biológica e a determinação da relação estrutura-atividade. Uma vez encontrado um bom candidato a fármaco ou um protótipo, se faz necessária a otimização de outros parâmetros tais como: biodisponibilidade, toxicidade, lipofilicidade. Normalmente, para tal outras modificações estruturais devem ser feitas. Neste contexto a síntese orgânica se apresenta como uma importante ferramenta na identificação e aprimoramento de compostos de interesse farmacológico. 30 4.4.2.1. Gliceraldeido 3-fosfato desidrogenase glicossomal (gGAPDH) Quando assumi a coordenação do LSPN em dezembro de 1998, havia no grupo um aluno de doutorado, Ricardo Dias, e um pós-doutorado, Marcus Sá, que iniciaram os seus trabalhos de pesquisa quando o Prof. Tercio adoeceu. O trabalho era em colaboração com o Prof. Glaucius Oliva do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP. O objetivo era a síntese de compostos que potencialmente seria inibidores da enzima gliceraldeido 3-fosfato desidrogenase glicossomal (gGAPDH)45 isolada do Trypanosoma cruzi, agente causador da doença de Chagas. A enzima gGAPDH é uma das nove enzimas envolvidas nas reações da via glicolítica do protozoário, catalisando a conversão do gliceraldeído-3-fosfato em 1,3difosfoglicerato, na presença do cofator NAD+ (nicotinamida adenina dinucleotídeo) e fosfato inorgânico. Após a elucidação estrutural da gGAPDH de T. cruzi foi possível observar diferenças estruturais significativas desta quando comparada à enzima humana, principalmente na região de ligação da porção adenosina do cofator NAD+. O fato de o hospedeiro humano possuir uma proteína homóloga a do parasita torna mais delicado o trabalho de desenho de um inibidor, pois nesse caso a molécula deve não somente ter uma alta afinidade pela proteína-alvo, como também ser extremamente seletiva, de forma a inibir apenas a enzima do parasita e permitir que a homóloga humana permaneça inalterada. Neste sentido, a observação de que a inibição da isoenzima GAPDH não resulta em nenhum efeito clínico em humanos, atenua consideravelmente a preocupação acerca da especificidade de um eventual inibidor. Dessa forma, procuramos aplicar as tecnologias combinatórias para a síntese de possíveis inibidores da enzima gGAPDH de T. cruzi. Inicialmente, o aluno de doutorado Ricardo Dias, que passei a orientar, preparou uma coleção combinatória indexada de cerca de 400 ésteres (Figura 5). Esta classe de compostos havia sido proposta pelo grupo do Prof. Glaucius por modelagem molecular. A coleção foi preparada na forma de misturas, que foram avaliadas frente à enzima gGAPDH. No entanto, não foi possível se chegar a resultados conclusivos com relação a atividade inibitória destes compostos. 45 Souza, D. H. F.; Garrat, R. C.; Araujo, A. P. U.; Guimarães, B. G.; Jesus, W. D. P.; Michels, P. A. M.; Hannaert, V.; Oliva, G. FEBS Lett. 1998, 424, 131. 31 Paralelamente ao screening virtual de inibidores da gGAPDH, diversos extratos de plantas e produtos naturais isolados foram avaliados quanto a atividade inibitória desta enzima. Dentre as várias substâncias que apresentaram alguma atividade inibitória, destacam-se duas classes de produtos naturais: cumarinas e flavonóides. A mais ativa das cumarinas avaliadas, a chalepina, apresentou IC50= 64M (Figura 7). Devido ao bom resultado no ensaio de inibição enzimática, a chalepina foi submetida a ensaios de co-cristalização em microgravidade, sendo que os cristais obtidos foram analisados e, após o processamento dos dados de difração de raios-X, foi elucidada a estrutura cristalográfica do complexo chalepina-gGAPDH.46 Figura 7: Representação esquemática (Grass) do complexo chalepina-gGAPDH Baseados nas informações fornecidas pelo complexo chalepina-gGAPDH planejou-se então a preparação de uma coleção combinatória de derivados cumarínicos. Como não tínhamos experiência em síntese em fase sólida, o aluno Ricardo Dias foi fazer um estágio sanduíche no Scripps Research Institute em La Jolla no EUA sob a supervisão do Prof. Kim Janda. A coleção foi preparada utilizando a estratégia da síntese paralela a partir da cumarina imobilizada na resina de Barlos com um espaçador com 5 diferentes diaminas (R1), 5 agentes alquilantes (R2) e 5 ácidos borônicos (R3) (Esquema 13). 46 Pavão, F.; Castilho, M.S.; Pupo, M. T.; Dias, R.L. A.; Correa, A. G.; Fernandes, J. B.; Silva. M. F. G. F.; Marfezoli, J.; Vieira, P. C.; Oliva, G. FEBS Lett. 2002, 520, 13-17. 32 H N R 1 H N a NH 2 O R 1 H N b N H O O O R 1 N H OH O c H N OR O Br Br O O R 1 N H d O OR O R 2 3 H 2N R1 N H O OR O R 2 3 Condições: a) cumarina (3eq.), HBTU (3eq.), NMP, NEM, 600C, 6h. b) R2X (5 eq.), Cs2CO3 (5eq.), DMF, 500C, 16h; c) R3B(OH)2 (5 eq.), THF/Na2CO3 2M aq. (4:1) (15 eq.), Pd(PPh3)4 (15% mol), 60oC; 18h; d) TFA/DCM (10%), 6h, t.a. Esquema 13: Síntese em fase sólida de derivados cumarínicos. Os cerca de 150 compostos sintetizados foram obtidos com um grau de pureza razoável, sem purificação cromatográfica. No entanto, a avaliação da coleção frente a enzima gGAPDH não forneceu resultados interessantes. Com o objetivo de explorar um pouco mais a atividade das cumarinas, o aluno de mestrado Joel Alvim Jr. sintetizou uma coleção de 39 cumarinas em solução.47 Outra classe de compostos propostos por modelagem molecular como possíveis inibidores da GAPDH foram nucleosídeos. A aluna de doutorado Christiane Nogueira sintetizou uma série de nucleosídeos e carboidratos, no entanto nenhum dos compostos apresentou atividade de inibição relevante. Dando continuidade ao estudo de busca de inibidores da enzima gGAPDH, o grupo de PN identificou alguns ácidos anacárdicos, isolados do óleo da castanha de caju. Dessa forma, a aluna de mestrado Junia Pereira sintetizou uma coleção de ácidos anacárdicos e análogos (Esquema 14). No total, 23 compostos foram preparados e avaliados sendo que o composto mais ativo foi o ácido 6-n-decilsalicílico que apresentou um IC50 de 55 M.48 Estudos de mecanismo ação feitos pelo grupo do Prof. Adriano Andricopulo no IFSC-USP mostraram que este composto é um inibidor não competitivo com respeito ao NAD+. A estrutura cristalográfica do complexo enzimainibidor confirmou este mecanismo (Figura 8). 47 48 Alvim Jr., J., Dias, R. L. A., Castilho, M. S., Oliva, G., Correa, A. G. J. Braz. Chem. Soc. 2005, 16, 763-773. Pereira, J. M., Severino, R. P., Vieira, P. C., Fernandes, J. B., Silva, M. F. G. F., Zottis, A., Andricopulo, A. D., Oliva, G., Correa, A. G. Bioorg. Med. Chem. 2008, 16, 8889–8895. 2 33 O H OH NaBH4 99% Cl SOCl2 96% OMe 94% OMe OMe PPh3 ClCO2CH2CH3 CO2Et 42% OMe 1) LHMDS Cl n-BuLi NMe2 NHMe2 82% OMe OMe PPh3+Cl - R(CH2)nCHO 18-51% 2) H2, Pd /C CO2Et 95-98% ( )n R CO2Et OMe O AlCl3 (a-c) 42-64% ( )n or BBr3 (d,e) 82% CO2Et R ( )n NaOH 68-85% OH CO2H OH R (ClCO) 2 DMSO 73% ( )6 H CO2H OH a-c: n = 4,6,8/R = OH d,e: n = 6,9/R = CH3 Esquema 14. Síntese de ácidos anacárdicos e derivados. a) b) 400 1/[NADH] x 10-4 M.min-1 [10e] - 0.0 µM [10e] - 5.0 µM [10e] - 6.0 µM [10e] - 7.5 µM 300 200 100 0 -20 -10 0 10 20 30 1/[NAD+] x 10-4 .min-1 Figura 8. a) Gráfico de Lineweaver-Burk mostrando a inibição não competitiva da enzima GAPDH pelo ácido 6-n-decilsalicílico. b) estrutura cristalográfica do complexo GAPDH com o inibidor. Com o objetivo de se obter novos inibidores da enzima GAPDH, a aluna de mestrado Bruna R. Amaral sintetizou uma coleção de compostos híbridos dos ácidos anacárdicos e éteres piperonílicos. No total, 29 compostos foram preparados e avaliados 34 frente às enzimas GAPDH de T. cruzi e humana, tanto em solução como imobilizadas em uma coluna capilar de sílica fundida em colaboração com a Profa. Quezia Cass.49 A utilização de um sistema de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), tendo como fase estacionária biorreatores ou IMER (Immobilized enzyme reactors) pode ser chamada de cromatografia de afinidade analítica ou cromatografia de afinidade quantitativa ou biocromatografia. Esse processo cromatográfico fornece seletividade, rapidez e possibilidade de reutilização da enzima, além da reprodutibilidade obtida através da combinação da especificidade e da sensibilidade de uma reação enzimática. Assim, com a sensibilidade de detecção aumentada, o IMER pode ser usado para isolar e/ou identificar compostos biologicamente ativos em misturas complexas. Os compostos testados apresentaram pouca ou nenhuma atividade contra a enzima de T. cruzi. Um resultado bastante interessante e promissor foi o apresentado por um dímero do álcool piperonílico (Figura 9) que inibiu seletivamente e reversivelmente a enzima GAPDH humana. O ( ) 7 O O O O O Figura 9 Como mostrado nesta seção, vários estudos foram realizados com a enzima gGAPDH de T. cruzi sem realmente se chegar a um inibidor potente. Um dos problemas enfrentados foi a reprodutibilidade dos ensaios de inibição enzimática. No início, os ensaios em solução eram através da medida espectrofométrica de NADH a 340 nm e muitas vezes os compostos testados também absorviam no mesmo comprimento de onda, resultando em falsos positivos ou falsos negativos. Posteriormente, passou-se a medir o Tio-NADH a 400 nm, porém ainda ocorreram problemas. Com o estudo de imobilização da enzima feito pelo grupo da Profa. Quezia verificou-se que outros parâmetros também influenciavam o bioensaio. Dessa forma, nós deixamos de focar o nosso trabalho na busca por inibidores desta enzima. 49 Cardoso, C. L.; Lima, V. V.; Zottis, A.; Oliva, G.; Andricopulo, A. D.; Wainer, I. W.; Moaddel, R.; Cass, Q. B. J. Chromatogr. A 2006, 1120, 151-157. 35 4.4.2.2. Catepsinas Cisteíno proteases, também conhecidas como cisteinopeptidases lisossomais, são enzimas que utilizam um grupo tiol nucleofílico para fazer a quebra de ligações peptídicas por acilação. As cisteínoproteases são classificadas em famílias conforme a sua especificidade estrutural, as catepsinas, cruzaína, calpainas, caspases são algumas destas famílias. Estas enzimas estão relacionadas com diversos processos fisiológicos, muitos associados a condições patológicas e ao desenvolvimento de doenças e processos inflamatórios. A enzima catepsina V está envolvida no controle de células T humanas (responsáveis pela imunidade celular), e apresenta a maior atividade elastolítica entre as enzimas proteolíticas. Desta forma a inibição desta enzima é um potencial alvo molecular para o tratamento de arteriosclerose, uma vez que esta doença esta envolvida com a perda da elasticidade das artérias. Já a enzima catepsina L está associada a processos de diferenciação de queratinocitos, funções ligadas ao coração e a reprodução. A maioria dos inibidores de catepsinas descritos na literatura são peptídeos ou peptidomiméticos. O Prof. Paulo Cezar Vieira iniciou um estudo de busca de inibidores da catepsina V através do ensaio de extratos de plantas e de produtos naturais isolados pelo grupo de PN. Entre os compostos testados pela então aluna de doutorado Richele Severino (hoje docente da UFG), uma série de flavonas se destacaram. Baseado neste resultado, o aluno de doutorado Joel Alvim Jr. sintetizou uma coleção de flavonas empregando uma resina tosil hidrazina que foi empregada para capturar o excesso de aldeído usado (Esquema 15). Dessa forma, foi possível utilizar um sintetizador semi-automático para fazer as reações em paralelo bem como as extrações com solventes. A purificação dos compostos obtidos foi feita por extração em fase sólida. Foram utilizadas 4 acetofenonas e 6 aldeidos diferentes fornecendo 24 flavonas que foram avaliadas frente a catepsina V. Dentre os compostos sintetizados o mais ativo foi uma fluorflavona com IC50 = 0,8 M. 50 50 Alvim-Jr., J.; Severino, R. P., Marques, E. F.; Martinelli, A. M.; Vieira, P. C.; Fernandes, J. B.; Silva, M. F.G. F.; Correa, A. G. J. Comb.Chem., 2010, 12, 687-695. 36 R4 R1 OH R3 1) KOH (50%), MeOH, 75oC 2) HCl (10%) + H R2 O O O 3) R3 R1 H S N NH2 O R2 R3 O O 4) DMSO, I2, 150oC Esquema 15 a) b) Figura 10: a) Sintetizador semi-automático Büchi Syncore®. b) cartuchos de SPE no sistema de filtração Manifold OH OH HO O OMe O F OH O IC50 = 2.5 µM O IC50 = 0.8 µM isolada de Vitex polygama Figura 11: Flavonas com atividade inibitória da catepsina V Outra classe de produtos naturais que mostrou atividade frente a catepsinas V foi a das acridonas isoladas de Swinglea glutinosa, sendo a mais ativa com IC50 = 1.2 M e Ki = 0.2 M. O bolsista de pós-doutorado Mauro Bueno e a aluna de IC Larissa Silva prepararam uma pequena coleção de acridonas em duas etapas a partir do acoplamento de brometos de arila com ácidos antranílicos sob irradiação de micro-ondas (MO) 37 (Esquema 16).51 Este trabalho foi o primeiro do nosso grupo voltado para a Química Verde, que será discutida no próximo capítulo. O R CO 2H + R' Br NH 2 R,R' = EDG ou EWG o R R' POCl3, 100 C K 2CO 3, CuI, R R' N EtOH, alc. isoamílico, N H CO H 2 H 10%HCl (aq) L-Pro, MO, 1 h 14 exemplos, 38-92% ref luxo, 1h 10 exemplos, 78-99% Procedimento convencional do acoplamento de Ullmann: DMSO, 24h, 90oC Esquema 16 Tanto os ácidos N-arilantranílicos como as acridonas foram avaliadas frente às catepsinas V e L. As acridonas e os ácidos N-arilantranílicos apresentaram excelentes atividades de inibição. No estudo do mecanismo de ação observou-se que os ácidos Narilantranílicos são inibidores incompetitivos, enquanto as acridonas são inibidores competitivos (Figura 20). 1/V (µM MCA/min) -1) A 2.0 1.8 1.6 1.4 1.2 1.0 0.8 0.6 0.4 Cat L Cat V IC50 (µM) IC50 (µM) 2.9 0.96 Seletividade 0.2 -0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 1/ [ZRFMCA] (µM -1) 3.0 B B 1/V (µM MCA/min) -1) 5 4 [AC_05] 0.0 µM [AC_05] 1.0 µM [AC_05] 3.0 µM [AC_05] 5.0 µM 3 2 1 -0.10 -0.05 0 0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 at L Cat V IC50 (µM) IC50 (µM) 0.5 1.7 Seletividade 3.4 -1 1/ [ZRFMCA] (µM ) Figura 12: Inibição incompetitiva dos ácidos N-arilantranílicos (A) e (B) inibição competitiva das acridonas frente a catepsina V. 51 Bueno, M. A.; Silva, L. R. S. P.; Correa, A. G. J. Braz. Chem. Soc., 2008, 19, 1264-1269. 38 Baseando-se nestes resultados bastante interessantes, a aluna de doutorado Patricia Duarte sintetizou uma coleção de 4-quinolinonas também em 2 etapas, sendo que na segunda empregou-se novamente irradiação de micro-ondas (Esquema 17).52 Estes compostos foram avaliados e curiosamente se mostraram como inibidores nãocompetitivos (Figura 13) frente às enzimas catepsinas V e L.53 Esquema 17 Cat L Cat V IC50 (µM) IC50 (µM) 1.6 5.2 Seletividade 3.3 Figura 13: Inibição não-competitiva das 4-quinolinonas frente à catepsina V. Diversos compostos contendo epóxidos em suas estruturas, como os derivados do produto natural E-64 isolado do fungo Aspergillus japonicus, vêm sendo reportados como inibidores irreversíveis para algumas cisteínoproteases. A aluna de doutorado Anna Maria Deobald sintetizou uma série de epoxi-α-aciloxicarboxamidas, através de uma reação de epoxidação organocatalisada seguida por uma reação multicomponente 52 53 Duarte, P. D.; Sangi, D. P. ; Correa, A. G. Rev. Virt. Quím., 2010, 2, 204-213. Marques, E. F.; Bueno, M. A.; Duarte, P. D.; Silva, L. R. S. P.; Martineli, A. M.; Santos, C. Y.; Severino, R. C. P.; Brömme, D.; Vieira, P. C.; Correa, A.G. Eur.J. Med. Chem. 2012, 54, 10-21. 39 de Passerini (Esquema 18).54 O novo organocatalisador também foi sintetizado pela aluna. A atividade de inibição destes compostos frente às catepsinas K, L e V foi avaliada. Os melhores resultados foram obtidos para o composto mostrado abaixo com a catepsina L. No momento, a aluna de doutorado Deborah dos Santos está sintetizando novos derivados visando conseguir uma maior atividade frente às catepsinas. Esquema 18: Reação de epoxidação assimétrica organocatalizada seguida por Passerini 4.4.2.3. Colinesterases Os inibidores das colinesterases (I-ChE) são os principais fármacos hoje disponíveis para o tratamento específico da Doença de Alzheimer. Seu uso baseia-se no pressuposto déficit colinérgico que ocorre na doença, e visa o aumento da disponibilidade sináptica de acetilcolina, através da inibição das suas principais enzimas catalíticas, a acetilcolinesterase (AChE) e a butirilcolinesterase (BChE). Têm efeito sintomático discreto sobre a cognição, algumas vezes beneficiando também certas alterações não-cognitivas da demência.55 Os ensaios em solução de Ellman e Marston tem sido amplamente empregados para a busca de inibidores da AChE, contudo estes ensaios são apenas qualitativos, não possibilitando quantificar a concentração nem a porcentagem com que os compostos inibem a enzima. Outro proble que compostos como aldeídos e aminas podem provocar resultados falso-positivo no ensaio de Ellman. Relatos na literatura descreveram derivados cumarínicos como potentes inibidores da AChE. Baseando-se nestes trabalhos, o aluno de mestrado Lucas Vieira sintetizou uma coleção de cumarinas para serem testadas nas colinesterases imobilizadas. Neste 54 Deobald, A. M.; Corrêa, A. G.; Rivera, D. G.; Paixão, M. W. Org. Biomolec. Chem. 2012, 10, 76817684. Deobald, A. M.; Corrêa, A. G.; Paixão, M. W.; Rivera D. G. Organocatalytic Asymmetric Tandem Epoxidation-Passerini Reaction. In: Pietro Tundo; John Andraos (Org.). Green Syntheses, 1ed. Boca Raton, FL: CRC Press, 2014, v. 1, p. 139-148. 55 Forlenza, O. V. Rev. Psiquiatr. Clín. 2005, 32, 37-148. 40 trabalho desenvolvemos condições mais verdes para a funcionalização de cumarinas através da reação de acoplamento cruzado de Suzuki empregando uma mistura de PEG/etanol como solvente sob irradiação de micro-ondas (Esquema 19).56 Esquema 19 Procurando desenvolver um método mais eficiente para os ensaios, as Profas. Quezia Cass e Carmem Cardoso imobilizaram a AChE de peixe elétrico (Electrophorus electricus) e humana e a BChE humana em um capilar de sílica fundida, como já discutido com a enzima gGAPDH de T. cruzi. Inicialmente os ensaios foram feitos no HPLC usando o detector de UV.57 Em seguida foi desenvolvido um método empregando o LCMS.58 Nos ensaios de inibição enzimática empregando as colinesterases na forma de ICERs (immobilized capillary enzyme reactors), os melhores resultados obtidos foram com as cumarinas contendo anéis piperidínicos como substituintes. Interessantemente, o mecanismo de ação mostrou que frente a eeAChE, o derivado cumarínico é um inibidor competivo, enquanto frente a BChE um inibidor incompetitivo (Figura 14). Os fármacos galantamina e tacrina foram usados como padrão e apresentaram um IC 50 de 7,44 e 0,386 M, respectivamente, frente a eeAChE-ICER, demonstrando que a cumarina sintetizada no nosso grupo é bastante potente. 56 Vieira, L. C.C.; Paixão, M. W.; Correa, A. G. Tetrahedron Lett., 2012, 53, 2715-2718. Vieira, L. C. C.; Paixão, M. W.; Corrêa, A. G. Green Synthesis of Chalcone and Coumarin Derivatives via a Suzuki Cross-Coupling Reaction. In: Pietro Tundo; John Andraos (Org.). Green Syntheses, 1ed.Boca Raton, FL: CRC Press, 2014, v. 1, p. 149-162. 57 da Silva, J. I.; Moraes, M. C.; Vieira, L. C. C.; Correa, A.G.; Cass, Q.B.; Cardoso, C. L. J. Pharmac. Biomed. Anal., 2013, 73, 44-52. Vilela, A. F. L.; Silva, J. I.; Vieira, L. C. C.; Bernasconi, G.C.R.; Correa, A. G.; Cass, Q. B.; Cardoso, C. L. J. Chromatogr. B 2014, 968, 87-93. 58 Vanzolini, K ; Vieira, L. C. C.; Cardoso, C. L.; Correa, A. G.; Cass, Q. B. J. Med. Chem. 2013, 56, 2038-2044. 41 Figura 14: Cumarinas com atividade de inibição frente às colinesterases A eeAChE foi também imobilizada em nanopartículas magnéticas. A enzima imobilizada foi capaz de selecionar em uma solução contendo uma mistura de compostos a cumarina sintetizada em nosso grupo assim como os fármacos tacrina e galantamina.59 Mais recentemente, imidazolidinas, oxazolidinas e benzoxazois sintetizados pelo Dr. Diego P. Sangi, pós-doutorado no nosso grupo, foram avaliados frente à eeAChEICER. Os compostos mostraram atividade moderada.60 4.4.3. Busca por compostos com atividade anticancerígena De 2008 a 2011 participei do projeto “Pequenas Moléculas como Agentes Antitumorais e Anti-Infecciosos”, dentro do Programa de Cooperação Internacional CAPES/FCT (Proc. no. 214/08) coordenado pelas Profas. Quezia Cass e Madalena M.M. Pinto da Universidade do Porto, Portugal. Este projeto contemplou a visita dos pesquisadores nas Instituições envolvidas e também o intercâmbio de alunos. Dessa forma, recebi dois alunos do grupo da Profa. Madalena que realizaram doutorado sanduíche no nosso laboratório. A aluna Marta Neves, durante o período de Abril a Novembro de 2009 sintetizou uma coleção de chalconas em fase sólida. 61 O aluno Carlos Azevedo permaneceu no nosso laboratório 59 Vanzolini, K. L.; Jiang, Z.; Zhang, X.; Vieira, L. C. C.; Correa, A. G. ; Cardoso, C. L.; Cass, Q. B.; Moaddel, R. Talanta 2013, 16, 647-652. 60 Sangi, D. P.; Monteiro, J. L.; Vanzolini, K. L.; Cass, Q. B.; Paixão, M. W.; Corrêa, A.G. J. Braz. Chem. Soc. 2014, 25, 887-889. 61 Neves, M. P.; Cravo, S.; Lima, R. T.; Vasconcelos, M. H.; Nascimento, M. S. J.; Silva, A.M.S.; Pinto, M.; Cidade, H.; Correa, A.G. Bioorg. Med. Chem., 2012, 20, 25-33. Masawang, K.; Pedro, M.; 42 de setembro de 2010 a fevereiro de 2011, e sintetizou uma coleção de derivados de xantonas.62 Estas coleções de compostos foram então avaliadas na Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto. 4.4.4. Busca por compostos com atividade antiparasitária As doenças tropicais tais como a malária, a leishmaniose e a tripanossomíase (doença de Chagas) são causadas por infecções de protozoários sendo encontradas em países sub-tropicais ou tropicais, daí seu nome, causando o sofrimento de centenas de milhões de pessoas. No entanto os medicamentos disponíveis para o tratamento destas doenças são extremamente limitados. Alguns fármacos disponíveis estão sendo utilizados desde o início do século passado e sua administração deve ser feita por pessoas autorizadas, além disso, muitos parasitas desenvolveram vários graus de resistência agravando o problema da saúde pública, e limitando os tratamentos. Em paralelo aos esforços na busca por inibidores enzimáticos, os compostos sintetizados no nosso grupo também têm sido testados na Universidade Estadual de Maringá frente a parasitas causadores de doenças tropicais. Em colaboração com o Prof. Diógenes Cortez, algumas cumarinas63 e piperamidas64 foram testadas frente à Leishmania amazonensis. Os compostos que sintetizamos contribuíram para o estudo da relação estrutura-atividade dos compostos naturais isolados na UEM. Também se baseando em produtos naturais, a aluna de doutorado Vanessa Souza sintetizou algumas neolignanas que foram testadas frente ao bacilo causador da tuberculose.65 Cidade, H. ; Reis, R.M.; Neves, M. P.; Correa, A. G.; Sudprasert, W.; Bousbaa, H.; Pinto, M. M. Toxicol. Lett. 2014, 229, 393-401. 62 Azevedo, C. M. G.; Afonso, C. M. M.; Sousa, D.; Lima, R. T.; Vasconcelos, H.; Pedro, M.; Correa, A. G.; Reis, S.; Pinto, M. M. M. Bioorg. Med. Chem. 2013, 21, 2941-2959. 63 Brenzan, M. A., Nakamura, C. V., Dias Filho, B. P., Ueda-Nakamura, T., Young, M. C. M., Correa, A. G., Alvim Jr, J., dos Santos, A. O., Garcia-Cortez, D. A. Biomed. Pharmacother. 2008, 62, 651-658. Brenzan, M.A.; Santos, A.O.; Nakamura, C.V.; Filho, B.P. Dias; Ueda-Nakamura, T.; Young, M. C. M.; Morgado, D.A.; Cortez, D.A.G.; Correa, A. G.; Alvim Jr, J. Phytomedicine 2012, 19, 223-230. 64 Carrara, V. S.; Cunha-Jr., E. F.; Torres-Santos, E.C.; Correa, A. G.; Monteiro, J. L.; Demarchi, I. G.; Lonardoni, C. M. V.; Cortez, D. A.G. Rev. Bras. Farmacog. 2013, 23, 447-454. 65 Scodro, R.; Pires, C.; Carrara V.A.; Lemos, C.; Cardozo-Fo., L.; Souza, V. A.; Corrêa, A. G; Siqueira, V.; Lonardoni, M.; Cardoso, R.; Cortez, D. A. G. Phytomedicine 2013, 20, 600-604. 43 4.4.5. Trabalhos em colaboração com empresas Desde a experiência adquirida no doutorado sanduíche em Grenoble na França, a interação com a indústria farmacêutica é uma das minhas metas. Sempre acreditei que os trabalhos de pesquisa realizados nos laboratórios acadêmicos deveriam na medida do possível ser feitos em colaboração com a iniciativa privada. Em 2008, a aluna de doutorado Patricia Baraldi foi contratada para trabalhar em um instituto de pesquisa vinculado ao Laboratório Farmacêutico EMS em Hortolândia. Na sua tese, ela sintetizou uma série de 4-quinolinonas e um dos compostos de estrutura inédita (Figura 15) possui atividade farmacológica na inibição da hemorragia, ativação da coagulação e atividade proteolítica, mostrando atividade interessante como inibidor de fosfolipases A2. Os pesquisadores da EMS consideraram o resultado bastante interessante e nos ajudaram a fazer uma patente através da Agência de Inovação da UFSCar.66 A patente foi licenciada pela EMS por 2 anos para realizar estudos subseqüentes para confirmar o potencial de aplicação deste composto. O H3CO OH N H Figura 15 Baseados nos resultados obtidos pelo aluno de doutorado Diego Sangi, em 2011 nós submetemos o projeto “Drug Discovery for Tropical Diseases: Synthesis and Antiparasitic Evaluation of Bioactive Natural Compounds and Analogs using Combinatorial Technologies” ao Programa “Trust in Science” da indústria farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK). Este projeto teve como objetivos a síntese de compostos Nheterocíclicos e a avaliação da atividade antiparasitária frente a T. cruzi e L. amazonensis. A parte sintética foi desenvolvida pelo Dr. Diego Sangi e os ensaios biológicos foram feitos pelo grupo do Prof. Celso Nakamura da UEM. O trabalho foi feito sob a supervisão do Dr. Isro Gloger, Diretor do Programa GSK Trust in Science de Stevenage - Inglaterra, e das Dras. Silvia Gonzalez-Del Valle e Albane Kessler da GSK Diseases of the Developing World em Tres Cantos - Espanha. 66 Correa, A.G., Baraldi, P.T., Soares, A. M. WO 2008144865 A2 20081204. 44 Dentre os mais de 150 compostos avaliados, uma série de quinoxalinas mostrou atividades muito interessantes e os resultados foram patenteados. 67 Um dos compostos mais ativos foi testado com formas epimastigotas e tripomastigotas de T. cruzi e apresentou efeito sinérgico quando combinado com o benznidazol (Figura16), que é o único fármaco disponível para tratamento da Doença de Chagas. 68 Por outro lado, esta combinação teve efeito antagonista sobre células LLCMK2, isto é, a quinoxalina diminuiu a toxicidade do benznidazol. Figura 16. Efeitos sinérgicos da combinação da quinoxalina com benznidazol contra T. cruzi nas formas epimastigotas (A) e tripomastigotas (B). Efeitos antagonistas da combinação sobre células LLCMK2 (C). Em 2013 aprovei o projeto “Quinoxaline derivatives as antiparasitic drugs: proof of concept” dentro do Programa PITE FAPESP/GSK. O principal obtivo deste projeto é comprovar a atividade biológica das quinoxalinas dentro de um programa de desenvolvimento de fármacos para doenças tropicais, tais como Chagas e leishmaniose. Mais especificamente, nossas metas são a síntese de derivados quinoxalínicos visando otimizar os rendimentos reacionais e aumentar a escala focando em procedimentos seguros e com minimização de resíduos. Tendo como objetivo a aplicação farmacológica destes compostos, eles serão avaliados in vitro e in vivo a fim de determinar o seu mecanismo de ação frente ao T. cruzi e L. amazonensis. 67 Corrêa, A.G.; Sangi, D. P.; Paixão, M. W.; Kaplum, V.; Nakamura, C. V.; Cogo, J.; Rodrigues, J. H. S. BR10201303032, data de depósito: 26/11/2013. 68 Rodrigues, J. H. S.; Ueda-Nakamura, T.; Sangi, D. P.; Correa, A. G.; Nakamura, C. V. Plos One 2014, 9, e85706. 45 Este projeto conta com um bolsista de pós-doutorado, Gustavo Frensch, na parte de síntese e com a colaboração do Prof. Celso Nakamura para a realização dos bioensaios. 4.5. Química Verde A química sempre cumpriu um importante papel com a introdução de inúmeros produtos essenciais à humanidade. Com a explosão do crescimento global, principalmente após a Segunda Guerra Mundial, a indústria química sintética tem produzido bilhões de toneladas por ano de mais de 70.000 compostos comerciais utilizados com os mais variados propósitos, desde os diversos combustíveis aos mais complexos medicamentos. Porém, a produção química também tem gerado inúmeros problemas, como a formação de produtos e subprodutos tóxicos, que levam à contaminação do ambiente, incluindo os seres humanos. A preocupação com estes inconvenientes tem aumentado a pressão sobre as indústrias químicas e demais fontes poluidoras, tanto por parte da sociedade civil quanto das autoridades governamentais, no sentido de aprimorar o desenvolvimento de processos e materiais que sejam cada vez menos prejudiciais ao ambiente. A Química Sustentável ou Química Verde pode ser definida como a criação, o desenvolvimento e a aplicação de produtos e processos químicos para reduzir ou eliminar o uso e a geração de substâncias nocivas à saúde humana e ao ambiente. 4.5.1. Projetos de infra-estrutura Durante minha carreira acadêmica sempre estive envolvida com as questões de segurança e de resíduos químicos. Fui nomeada pela Chefia do DQ-UFSCar para várias comissões, como por exemplo a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), da Comissão Permanente de Coleta e Destino de Resíduos Químicos, entre outras. Em 1998 a FAPESP lançou um edital para apoiar projetos de melhoria da infra-estrutura de segurança. O Prof. Romeu Rocha-Fo. com a minha colaboração elaborou o projeto “Infra-estrutura de segurança do Depto de Química da UFSCar”, que foi aprovado pela FAPESP (proc. no. 1998/09513-9). Com este auxílio foi possível colocar em todas as portas dos laboratórios do DQ fechaduras antipânico, sistema de detecção e alarme de incêndios, escada de emergência, etc. 46 Na 23ª. Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química (SBQ) organizei o Workshop “Tratamento de Resíduos Químicos” que foi realizado em Poços de Caldas no dias 23/05/2000. Neste workshop foram discutidas metas e desafios para adequar a gestão dos resíduos dos laboratórios de ensino e pesquisa às normas vigentes, incluindo um representante da CETESB. Também participei da implantação da Unidade de Gestão de Resíduos (UGR) da UFSCar. O Prof. Luis Otavio Bulhões foi o primeiro coordenador da UGR e em 2001 fizemos o projeto intitulado “Tratamento de resíduos químicos” (proc. no. 2001/013810) que cobriu os custos para dar destinação final aos resíduos acumulados e também para equipar a unidade, incluindo a aquisição de um cromatógrafo a gás. A UGR recebeu em 2010 uma planta piloto de destilação, usada para recuperação de solventes, que foi adquirida com verba da Reserva Técnica Institucional da FAPESP gerenciada pela Diretoria do CCET-UFSCar. O projeto de instalação desta planta foi feito em colaboração com o Prof. Luiz Moura do Departamento de Engenharia Química. Em 2005 a FAPESP passou a exigir dos pesquisadores um parecer da Comissão de Ética Ambiental (CEA) referente à gestão dos resíduos químicos. A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação nomeou uma comissão, da qual eu fazia parte, para criar o regimento da CEA da UFSCar. Em seguida a CEA foi instalada através da Portaria GR Nº 183/05 de 24 de Agosto de 2005 e eu fui nomeada presidente até maio de 2009. 4.5.2. Difusão da Química Verde O tema “Química Verde” foi pela primeira vez abordado durante a segunda semana da 26ª. Escola de Verão em Química que foi realizada de 06 a 17/02/2006. O programa contou com renomados pesquisadores da área, incluindo os mini-cursos: “Metabolic Engineering, Biosynthesis and Biotransformation”, Prof. R. Verpoorte, Leiden University, Netherlands. “Ionic Liquids as Green Solvents: Progress and Prospects”, Prof. Robin Rogers, University of Alabama, Tuscaloosa - AL, USA. “Microwave Organic Synthesis”, Dr. Rajender S. Varma, US Environmental Protection Agency, Cincinnati - OH, USA. Em 2007 submeti um projeto ao “ACS Green Chemistry Institute Developing and Emerging Nations Grants Program” um projeto para a produção do livro: "Green 47 Chemistry: Fundamentals and Applications". Embora o projeto não tenha sido selecionado, não desisti da idéia. Convidei então a Profa. Vania Zuin, que na época era bolsista no Departamento de Metodologia de Ensino da UFSCar para organizarmos o livro “Química Verde: Fundamentos e Aplicações”.69 O livro descreve os conceitos desta área em uma linguagem simples, focando alguns dos seus princípios básicos, como catálise, solventes, minimização de resíduos, o desenvolvimento de processos mais seguros e eficientes. Foram incluídos exemplos de sua aplicação na indústria, demonstrando a importância da Química Verde em todos os setores, bem como relatadas as experiências dos próprios autores e outros pesquisadores acadêmicos na área. Este livro faz parte da Série de Textos das Escolas de Verão em Química (EVQ) e tem como público alvo estudantes e profissionais de Química, Engenharia Química, dentre outros. Em 2010 o livro recebeu o Prêmio Jabuti de Bronze da Academia Brasileira do Livro na categoria Ciências Exatas, Tecnologia e Informática. Este foi o primeiro livro da EDUFSCar a receber um Prêmio Jabuti. De 2009 a 2011 integramos a equipe de pesquisadores do projeto “Sustainable Education and Environmental Development (SEED) in Latin America” apoiado pela IUPAC. Os coordenadores do projeto (Project No. 2009-014-2-300) foram os Profs. Patricia Vázquez, Vânia Zuin e Patrick Moyna. Os objetivos do projeto eram a difusão da Quimica Verde através de mini-cursos ministrados pelos membros da equipe. Dessa forma, organizamos cursos em duas Escolas de Verão em Química no DQ-UFSCar e também na XVIII Jornadas de Jovens Pesquisadores da Associação de Universidades Grupo Montevidéu (AUGM) em outubro de 2010 na Universidad Nacional del Litoral, em Santa Fé, na Argentina. Em 2012 nós organizamos a 4th International IUPAC Conference on Green Chemistry em Foz do Iguaçu. Os detalhes deste evento serão discutidos no Capítulo 5. 4.5.3. Trabalhos de pesquisa envolvendo os princípios da Química Verde Desde 2006, os nossos trabalhos de pesquisa passaram a englobar os princípios da Química Verde. O primeiro deles foi o uso de fontes de energia alternativa, principalmente as micro-ondas. Nós adquirimos um reator de micro-ondas e a partir daí 69 Corrêa, A.G.; Zuin, V. G.“Química Verde: Fundamentos e Aplicações”, 1ª. ed. EdUFSCar, São Carlos, 170 p., 2009. 48 procuramos substituir os procedimentos que incluíam aquecimento convencional, principalmente refluxo, pela irradiação de micro-ondas. Alguns dos trabalhos publicados envolveram a síntese de N-arilantranílicos49 ácidos e de 4- quinolinonas,50,51,70 visando a busca por inibidores das catepsinas (vide seção 4.4.2.2) e de derivados de cumarinas e chalconas54 (vide seção 4.4.2.3). Em 2010 o aluno de doutorado Diego Sangi desenvolveu um novo procedimento para a síntese de nitrocetenos N,S-arilaminoacetais empregando micro-ondas (Esquema 20).71 Estes compostos são intermediários para a síntese de quinoxalinas discutidas na seção anterior. Esquema 20 Com a inclusão no grupo do Dr. Marcio Paixão, inicialmente com uma bolsa do Programa Jovem Pesquisador da FAPESP e depois como docente do DQ, os trabalhos na área de Química Verde tiveram um enorme impulso. O Prof. Marcio implementou novos projetos incluindo os que envolvem a organocatálise. O primeiro organocatalisador derivado da prolina foi sintetizado pela aluna de doutorado Anna Maria Deobald, e empregado em reações de epoxidação assimétrica (vide seção 4.4.2.2).52 Em seguida este catalisador foi utilizado em reações de adição 1,4 de malonatos a aldeídos ,-insaturados72 e adições de Michael de aldeídos a trans-βnitroestireno usando PEG-400 como solvente.73 Outro organocatalisador desenvolvido foi baseado nos nitrocetenos N,Sarilaminoacetais que preparamos anteriormente. Este novo organocatalisador foi empregado em reações de adição de Michael de vários nucleófilos ao β -nitroestireno (Esquema 21).74 70 Duarte, P. D.; Paixão, M. W.; Correa, A. G. Green Proces. Synth. 2013, 2, 19-24. Sangi, D. P.; Correa, A. G. J. Braz. Chem. Soc., 2010, 21, 795-799. 72 Feu, K.S.; Deobald, A. M.; Narayanaperumal, S.; Corrêa, A.G.; Paixão, M.W. Eur. J. Org. Chem. 2013, 5917-5922. 73 Feu, K. S.; de La Torre, A. F.; Silva, S.; Moraes Jr., M. A. F.; Correa, A. G.; Paixão, M. W. Green Chem. 2014, 16, 3169-3174. 74 Silva, R. C.; Silva, G. P.; Sangi, D. P.; Pontes, J. G. M.; Ferreira, A. G.; Correa, A. G.; Paixão, M. W. Tetrahedron 2013, 69, 9007-9012. 71 49 Esquema 21 Em 2013 o Prof. Ricardo Schwab também passou a integrar o grupo de pesquisa. O Prof. Ricardo implementou a área de nanocatálise. O primeiro trabalho em colaboração com o Prof. Marcio envolveu a síntese de uma nanopartícula magnética de ferrita recoberta com óxido de nióbio. Este nanocatalisador foi empregado na síntese de diidropirimidinonas via reação multicomponente de Biginelli (Esquema 22).75 Esquema 22 Em fevereiro de 2014, nós submetemos uma proposta dentro da chamada CEPID da FAPESP/GSK para criação do Centre of Excellence for Research in Sustainable 75 Lima, C. G. S.; Silva, S.; Gonçalves, R. H.; Leite, E. R.; Schwab, R. S.; Corrêa A. G.; Paixão, M. W. ChemCatChem. DOI: 10.1002/cctc.201402689. 50 Chemistry (CERSusChem).76 A equipe é formada por 18 pesquisadores, sendo 9 da UFSCar, 3 da UNICAMP, 3 da USP-Ribeirão Preto, 1 da UNESP e 1 da UFSC. O Centro envolve a pesquisa, difusão e inovação na área de Química Verde, abordando algumas áreas importantes para a indústria farmacêutica, como a catálise empregando nanoparticulas magnéticas e uso de solventes e fontes de energias alternativas. A proposta foi a única submetida e está em fase de análise. 76 Os detalhes da chamada estão em http://www.fapesp.br/8235. 51 Capítulo 5 ATIVIDADES DE EXTENSÃO As atividades de extensão envolvem os projetos com empresas, como a Dinamilho Carol e GSK, descritos nos Capítulos anteriores e também a organização de eventos científicos. A relação completa das atividades de extensão cadastradas na PróReitoria de Extensão da UFSCar encontra-se no Anexo 8. Encontra-se no Anexo 9 a participação em comitês de avaliação, como bancas de defesas de dissertação de mestrado e tese de doutorado, e bancas de concurso público. 5.1. Organização de Eventos Científicos A organização de eventos científicos sempre foi uma atividade na qual me dediquei. Considero extremamente importante a interação dos professores, pesquisadores e principalmente dos alunos com conferencistas renomados durante os eventos científicos. Nestas ocasiões, várias colaborações podem ser estabelecidas. 5.1.1. Escola de Verão em Química Como já citado no Capítulo 1, o meu doutorado-sanduiche em Grenoble na França foi acordado com o Prof. Andrew Greene em uma Escola de Verão. Dessa forma, assim que ingressei na UFSCar procurei me envolver na organização das EVQs. As duas primeiras foram em parceria com o saudoso Prof. Tercio. Nós organizamos a XIII e a XIV Escolas de Verão em Química Orgânica, em 1993 e 1994, respectivamente. Esta última teve um número recorde de participantes, tendo recebido cerca de 400 inscrições com alunos vindos de todas as partes do país. Em 2001 organizei a XIX Escola de Verão em Química Orgânica e IV Escola de Verão em Química Inorgânica, juntamente com as Profas. Quezia Cass, Clelia Marques 52 e Ieda Rosa. Neste ano nós demos continuidade a Série de Textos da Escola de Verão, uma iniciativa do Prof. Tercio, de publicar na forma de livros os conteúdos dos minicursos ministrados na EVQ. O primeiro livro “Some features of [4+2]- and [2+2]-Cycloadditions” do Prof. Claude Spino, que na época era docente da Universidade de Victoria – Canadá, foi lançado em 1993. O segundo livro “The use of free radical reactions in Organic Synthesis” do Prof. Philip Parsons foi publicado no ano seguinte. No entanto, estes livros não foram indexados. Desta forma, em 2001 em parceria com a EDUFSCar, fizemos o lançamento de 3 volumes da Série de Textos da EVQ: - vol.1: “Some features of [4+2]- and [2+2]-Cycloadditions” do Prof. Claude Spino, edição revisada, ISBN: 85-85173-52-1. - vol.2: “Síntese Estereosseletiva de Alcalóides e N-Heterociclos” do Prof. Carlos R. D. Correia, ISBN: 85-85173-53-x. - vol.3: “Produtos Naturais no Controle de Insetos”, ISBN: 85-85173-51-3. Foi lançada a 2ª. edição revisada deste livro em 2007, ISBN: 978-85-7600-095-2 Posteriormente foram lançados outros 2 volumes: - vol. 4: “Princípios Ativos de Plantas Superiores”, Profs. Kurt Hostettmann, Emerson F. Queiroz e Paulo C Vieira, 2003, ISBN:85-85173-99-8 - vol. 5: “Química Verde: Fundamentos e Aplicações”, Profas. Arlene G. Corrêa e Vania G. Zuin, 2009, ISBN: 978-85-7600-150-8. Estes livros têm sido bastante citados principalmente por alunos de graduação e pós-graduação, atingindo, portanto os objetivos que idealizamos. Em 2006 organizei, juntamente com os Profs. Edson Rodrigues Filho e Julio Zukerman-Schpector, a XXVI Escola de Verão em Química, que como citado anteriormente teve uma semana dedicada à Química Verde e outra à Produção de Fármacos no Brasil. Em 2007, organizei com mais 4 colegas a XXVII EVQ. 5.1.2. Workshops Além da EVQ, participei da comissão organizadora de vários workshops. Um deles já foi o sobre Tratamento de Resíduos Químicos na R.A. da SBQ (vide seção 4.5.2.). Também organizei 2 workshops no DQ-UFSCar: “Ano Internacional da 53 Química” em 25/11/11 e “Identificação, Síntese e Aplicação de Semioquímicos de Insetos-Pragas”, de 25-26/10/12. Em 2002, recebemos o convite da International Centre for Science and High Technology (ICS) da United Nations Industrial Development Organizations (UNIDO), com sede em Trieste – Itália, para organizar o "Workshop on Trends and Applications of Combinatorial Chemistry and Technologies". O evento foi realizado de 21-23 de novembro no Hotel Fonte Colina Verde, São Pedro, SP, e teve apoio financeiro da ICSUNIDO e da FAPESP. O comité científico foi formado por mim e pelos Drs. Stanislav Miertus (ICSUNIDO) e Giorgio Fassina (Xeptagen, Italy). Os Profs. Quézia B. Cass (UFSCar), Marcus Mandolesi Sá (UFSC), Henning Ulrich (USP), Vera Lucia Eifler Lima (Federal UFRS) e Edson L. S. Lima (UFRJ) também fizeram parte do comitê organizador. Um dos objetivos do workshop foi a difusão da área de Química Combinatória na América Latina, dessa forma procurou-se encontrar representantes tanto do meio acadêmico como da iniciativa privada, que irão abordar os mais diversos tópicos relacionados ao tema. Dentre os palestrantes, podemos citar os Profs. Paul Wentworth (Scripps Institute, La Jolla - CA, USA), Luiz Juliano (UNIFESP), Ernesto G. Mata (National University of Rosário, Argentina), Eliezer J. Barreiro (UFRJ), Glaucius Oliva (USP), e os Drs. Aubrey Mendonca (Polymer Laboratories, USA), Giorgio Fassina (Xeptagen, Italy), Pierfausto Seneci (Nucleotide Analog Pharma AG, Germany) e Jose Manuel Dominguez (Instituto Mexicano del Petroleo, Mexico). Após este Workshop, fui convidada pela ICS-UNIDO para participar do: - “Workshop on Strengthening the technology capacities in SMEs in Venezuela: the establishment of an ICS associate centre of technology transfer and development” em colaboração com a Fundação Instituto de Estudos Avançados (IDEA), realizada em Caracas, Venezuela, de 11-13 de dezembro de 2003. - “ICS-UNIDO Expert Group Meeting on Combinatorial Chemistry and Technology, Molecular Design and Promotion of Related Projects”, realizado em Trieste, Itália, de 14-15 de outubro de 2004. - “Workshop on Drug Design and Discovery for Developing Countries”, realizado em Trieste, Itália, de 3-5 de julho de 2008. 54 5.2.3. 13th Brazilian Meeting on Organic Synthesis (BMOS) Em 2009 fui a secretária geral do 13th BMOS.77 A Comissão Organizadora local contou ainda com os Profs. Timothy J. Brocksom, Alcindo A. dos Santos e Quezia B. Cass. O evento foi realizado de 31/08 a 04/09 no Hotel Colina Verde em São Pedro, SP. O evento teve o apoio financeiro da FAPESP, CAPES, CNPq e de diversas empresas. O 13th BMOS contou com cerca de 340 participantes, entre inscritos, convidados e expositores. No total, tivemos participantes de 17 países de quatro continentes, destacando-se a presença marcante de representantes da América do Sul. Dentre os inscritos, tivemos uma presença maciça de alunos de graduação e pós-graduação, equivalente a 89% do total. Foram realizadas 11 plenary lectures, 5 invited lectures, e 9 short presentations, selecionadas a partir dos 240 trabalhos submetidos na forma de pôsteres. Também foram oferecidos 2 mini-cursos. Dentre os conferencistas, podemos citar os Profs. Mark Bradley (University of Edinburg, UK), Fernando Coelho (UNICAMP), Pierre Deslongchamps (Université de Sherbrooke, Canada), Paul Floreancig (University of Pittsburg, USA), Alois Fürstner (Max Planck Institute, Germany), Karl Anker Jørgensen (Aarhus University, Denmark), Virinder S. Parmar (University of Delhi, India), F. Dean Toste (University of California - Berkeley, USA), Pietro Tundo (University of Venice, Italy) e os Drs. Johannes G. de Vries (DSM Pharmaceutical Products, The Netherlands) e Hans-Jürgen Federsel (AstraZeneca, Sweden). 5.2.4. 4th International IUPAC Conference on Green Chemistry (ICGC) Em fevereiro de 2010, eu e a Profa. Vania Zuin recebemos aqui no DQ-UFSCar os Profs. Patricia Vázquez e Gustavo Romanelli (National University of La Plata, Argentina), David Gonzalez (Universidad de La Republica, Uruguay) e Paola Corio (USP) para discutir as atividades do projeto “Sustainable Education and Environmental Development (SEED) in Latin America” apoiado pela IUPAC (vide seção 4.5.2). Nesta oportunidade lançei a idéia de organizar a 4th Internacional IUPAC Conference on Green Chemistry (ICGC) em Foz do Iguaçu (PR). Em agosto deste ano, 77 http://www.bmos13.ufscar.br/ 55 a Profa. Vania participou da 3rd ICGC realizada no Canadá e a nossa proposta foi aprovada. Depois de um acordo com a Sociedade Brasileira de Química (SBQ), que fez questão de participar como co-patrocinadora do evento, o comitê organizador foi composto por mim como chair, Profs. Vitor Ferreira e Patricia Vazquez como vicechairs e a Profa. Vania como secretária geral.78 O evento foi realizado de 25-29 agosto de 2012, no Centro de Conferências do Mabu Thermas & Resort e teve o apoio financeiro da FAPESP, CAPES, CNPq e de diversas empresas. O tema da conferência “Exchanging experiences towards a sustainable society taking care of natural resources in their socio-economic development” expressou o objetivo central do evento de integrar todos aqueles comprometidos com a Química Verde, dos setores acadêmico, industrial, governamental e não governamental. O programa contou com 10 conferências plenárias e 15 sessões paralelas, sendo que em cada uma delas tivemos um invited lecture e 4 short presentations escolhidas dentre os trabalhos submetidos. Além disso, houve 4 mesas-redondas, 5 mini-cursos, lançamento de 2 livros e exposição de produtos e palestras técnicas de indústrias químicas atuantes no ramo. No total, 312 trabalhos foram apresentados nas 2 seções de pôsteres. Dentre os 25 conferencistas convidados podemos citar os Profs. Paul Anastas (Yale University, USA), James Clark (University of York, UK), Jairton Dupont (UFRJ), Buxing Han (Chinese Academy of Sciences, China), Adelio Machado (Porto University, Portugal), Anita Marsaioli (UNICAMP), Robin Rogers (University of Alabama, USA), Pietro Tundo (University of Venezia, Italia), Roger Sheldon (Delft University, the Netherlands) e Rajender S. Varma (EPA, USA). No total, foram 357 inscrições nacionais e 232 internacionais vindos de todos os continentes demonstrando que todas as nossas expectativas foram alcançadas. Notas sobre o evento foram publicadas79 além de 2 números especiais com trabalhos apresentados no evento nos seguintes periódicos Green Process and Synthesis – De Gruyter80 e Pure and Applied Chemistry – IUPAC,81 dentre eles um artigo de revisão.82 78 http://www.ufscar.br/icgc4 Chem. Intern. 2011, 33 (2), 37. Green Proc. Synth. 2012, 4, 391-392. Correa, A.G.; Zuin, V. G. Chem. Intern. 2013, 35, 32-33. 80 http://www.degruyter.com/view/j/gps.2013.2.issue-1/issue-files/gps.2013.2.issue-1.xml 81 http://iupac.org/publications/pac/conferences/FozdoIguacu_2012-08-25g/ 82 Correa, A. G.; Zuin, V. G.; Ferreira, V. F.; Vazquez, P. G. Pure Appl. Chem. 2013, 85, 1643-1653. 79 56 Capítulo 6 ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS Durante a minha carreira docente exerci diversos cargos administrativos na UFSCar, sendo que alguns já foram citados ao longo deste Memorial, como por exemplo, a vice-coordenação dos Cursos de Licenciatura e Bacharelado em Química (seção 3.3.) e a presidência da Comissão de Ética Ambiental (CEA) vinculada à PróReitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (vide seção 4.5.1). A relação completa dos cargos administrativos encontra-se no Anexo 10. Também participei de várias comissões do DQ e do CCET. 6.1. Chefia do Departamento de Química No início de 2007 o Prof. Ernesto C. P. de Souza me convidou para montar uma chapa para concorrer na eleição para a Chefia do Departamento. Nós fizemos uma carta de intenções que foi apresentada à comunidade, e que continha os seguintes propostas: 1) Melhorar a qualidade dos serviços de internet do departamento; 2) Discutir e implementar as etapas do processo de gestão de resíduos tanto no DQ quanto na UGR; 3) Realizar esforços junto à Universidade para a alocação de um funcionário para iniciar o treinamento de técnico em vidraria; 4) Considerando as últimas decisões relativas ao processo de avaliação e aprendizado no ensino de graduação, realizar esforços no sentido de adequar o número de alunos atendidos por turma aqueles já discutidos pela Universidade; 5) Operacionalização do laboratório de equipamentos e técnicas para os alunos de graduação; 6) Apoiar projetos extracurriculares envolvendo atividades de cultura e divulgação 57 científica propostas pela comunidade do DQ. Tomamos posse em maio e logo em seguida a UFSCar iniciou as discussões para sua adesão ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI, que fora lançado em abril de 2007. Neste mesmo período a FAPESP alterou a sua política de concessão de recursos para Reserva Técnica (RT) referente aos auxílios à pesquisa. Outro tema bastante importante na época foi o gerenciamento dos projetos CT-INFRA da FINEP. Estes 3 fatos mudaram de forma radical o DQ (por exemplo, o corpo docente passou de 38 em 2008 para 54 professores em 2013) e serão discutidos separadamente a seguir. Eles foram também determinantes para que eu decidisse em 2009 me candidatar a chefe tendo como vice o Prof. Ronaldo Censi. As propostas que apresentamos foram: 1) Manutenção da página web 2) Alocação física dos novos professores - REUNI 3) Alocação dos novos técnicos de nível superior - REUNI 4) Construção do prédio de laboratórios do CCET- REUNI 5) Construção do prédio de laboratórios de pesquisa (CT-Infra 05 e 07) 6) Apoio às atividades extracurriculares: Semana da Química, Ouroboros e EVQ 7) Funcionamento das secretarias 8) Manutenção das Sessões Plenárias no DQ Em 2011, me candidatei à reeleição, tendo como vice o Prof. Edenir R. Pereira Fo. e muitos dos pontos acima citados foram novamente colocados na proposta: 1) Ampliação do quadro de docentes devido ao REUNI 2) Reavaliação do vestibular da UFSCar via o SiSU 3) Manutenção da página web. 4) Implantação dos 3 novos laboratórios de ensino do DQ - REUNI 5) Construção do prédio de laboratórios de pesquisa (CT-Infra 05 e 07). 6) Reforma dos prédios atuais do DQ. 7) Apoio às atividades extracurriculares 8) A expansão das secretarias do DQ 9) Manutenção das Sessões Plenárias no DQ para viabilizar uma maior discussão das idéias e integração com os colegas. 58 6.1.1. REUNI Este Programa teve como objetivo principal dotar as universidades federais de condições necessárias para ampliação do acesso e permanência na educação superior. O projeto REUNI da UFSCar previa a implantação de 20 novos cursos de graduação e a expansão de 16 cursos de graduação existentes até 2012. Para atender esta nova demanda foi prevista a contratação de 305 professores, além de 100 servidores técnicoadministrativos de nível intermediário e 50 de nível superior. Dessa forma, praticamente todo o período referente à nossa gestão na Administração do DQ foi voltado às discussões e implementações das atividades do REUNI. O DQ ampliou as vagas dos seus 2 cursos de graduação, passando o Bacharelado de 50 para 60 e a Licenciatura de 20 para 30 vagas. Além disso, o DQ teve um aumento considerável na sua carga didática devido à expansão dos outros cursos do CCET e do CCBS. Este aumento na demanda exigiu da chefia do DQ um esforço enorme junto do CCET para conseguir a ampliação do seu corpo de docentes e de técnico administrativos e também de espaço físico para laboratórios de ensino. Dessa forma, o DQ recebeu 8 novas vagas para docentes, 5 técnicos de nível superior e 3 de nível médio. Estas novas contratações, além da reposição de vagas originadas devido a aposentadorias modificaram profundamente o quadro de pessoal do DQ. Nós conseguimos também a construção de 3 novos laboratórios de ensino de Química Geral e Química Analítica, que precisaram ser devidamente equipados. 6.1.2. RT FAPESP Até 2006, os recursos da reserva técnica da FAPESP eram administrados pelo pesquisador que recebia o auxílio em comum acordo com a chefia do departamento. Devido a vários problemas nesta relação, a FAPESP decidiu atribuir a RT Institucional referente a todos os auxílios concedidos no ano ao dirigente da Instituição. No nosso caso, a RTI passou a ser gerida pelo Diretor do CCET. O Conselho do CCET decidiu que a verba seria dividida proporcionalmente aos departamentos onde os pesquisadores responsáveis pelos auxílios estavam alocados. Como o DQ é um dos departamentos mais produtivos da UFSCar, sempre recebeu uma 59 verba bastante considerável do total da RTI.83 Coube à Chefia do DQ administrar o uso desta verba em comum acordo com o Conselho Departamental. Dessa forma, foi possível realizar melhoramentos na infra-estrutura como adequação da rede elétrica e de lógica, da segurança, reforma de sanitários, pintura do prédio, etc. Também contribuímos para a aquisição da planta piloto para destilação de solventes que foi instalada na Unidade de Gestão de Resíduos (UGR) (vide seção 4.5.1). No entanto, a maior parte da verba foi destinada a dar andamento aos projetos do CTINFRA da FINEP para ampliação da infra-estrutura de laboratórios de pesquisa. 6.1.3. CT-INFRA O CT-INFRA da FINEP foi criado para viabilizar a modernização e ampliação da infra-estrutura e dos serviços de apoio à pesquisa desenvolvida em instituições públicas de ensino superior e de pesquisas brasileiras, por meio de criação e reforma de laboratórios e compra de equipamentos, por exemplo, entre outras ações. O DQ já tinha um déficit muito grande de espaço físico desde o início dos anos 2000 e por isso sempre reivindicou uma ampliação. No edital do CT-INFRA de 2005 finalmente um projeto de expansão do DQ foi aprovado e dois anos depois teve mais uma concessão. Estes dois auxílios somados (cerca de R$1.700.000,00) seriam suficientes na época para construir cerca de 2300 m2 de laboratórios. No entanto, estes projetos não saíram do papel devido a vários problemas institucionais, como burocracia, falta de planejamento, etc. Um dos maiores impasses era a locação do edifício de laboratórios. Durante anos discutimos com a administração da UFSCar esta alocação e finalmente em 2010 conseguimos um acordo com o Departamento de Botânica (DB). O Jardim Experimental que o DB tinha em uma área ao lado do DQ foi disponibilizada para a construção do edifício de laboratórios que recebeu o nome de Nanobio, devido às linhas de pesquisa que devem ser implantadas lá. O DQ usou verbas da RTI – FAPESP para cobrir os gastos com o projeto executivo das obras e adequação da área para implantação do novo edifício de 4 pavimentos. No edital do CT-INFRA de 2011, o DQ submeteu um novo pedido de auxílio para concluir as obras de ampliação. Este projeto foi bem sucedido e a FINEP concedeu 83 Os valores da RTI-FAPESP podem ser consultados em http://www.ufscar.br/~ccet/novo/ 60 cerca de R$2.300.000,00. As obras de construção dos 2 prédios de laboratórios, o Nanobio e a ampliação do LIEC, finalmente se iniciaram em 2013. A estrutura dos 2 prédios foi erguida mas infelizmente a parte de fechamento e acabamento não tem previsão de início.84 84 O andamento dos projetos CT-INFRA http://www.propq.ufscar.br/anexos/pro-infra da UFSCar podem ser acompanhados em 61 CONSIDERAÇÕES FINAIS E PERSPECTIVAS Durante a minha formação acadêmica, tanto em Grenoble como em Stanford, trabalhei com pesquisadores que estiveram diretamente envolvidos com a química do taxol, um anticancerígeno isolado de plantas do gênero Taxus, e pude perceber o quão importante este composto foi para a Ciência e para a sociedade. Este diterpeno tetracíclico, que contém uma cadeia lateral e 11 centros quirais, revolucionou a quimioterapia nas últimas décadas do século XX. Levando-se em consideração a minha produção o meu índice H de acordo com a Web of Science é 15 e pelo Google Scholar é 20. Tenho recebido bolsa de produtividade no nível 2 do CNPq por 14 anos (no período 03/1993 à 02/1995 e depois de 08/2002 até o presente). Com relação às orientações de alunos de pós-graduação, foram 10 dissertações de mestrado e 10 teses de doutorado, além de 2 em andamento. Dessa forma, considero que minhas atividades têm sido relevantes para o desenvolvimento científico e tecnológico, visto que fui uma das pioneiras no país na área de Química Combinatória e principalmente Química Verde. As perspectivas nesta área são muito promissoras. A proposta para o “Centre of Excellence for Research in Sustainable Chemistry” foi avaliada pela FAPESP e GSK e, baseando-se nos pareceres dos 5 assessores, acreditamos que temos grandes chances de sucesso. Se realmente o Centro for implementado com certeza será um divisor de águas na área. Um dos principais objetivos do meu trabalho tem sido contribuir para o desenvolvimento de novos fármacos. Para isso tenho procurado atuar principalmente na formação de recursos humanos altamente qualificados para serem absorvidos pelo setor acadêmico ou produtivo. Um dos pontos que considero mais relevantes é a colocação dos meus ex-alunos. A maioria deles está empregada em setores de pesquisa e desenvolvimento de indústrias farmacêuticas ou empresas ligadas a elas, nacionais e internacionais, e trabalhando com síntese e planejamento de fármacos. Uma sugestão para os novos profissionais e estudantes: para sermos bem sucedidos em qualquer atividade profissional devemos gostar do que fazemos. Para aqueles que escolhem a Química é preciso gostar muito, mas para a síntese orgânica, recomendo paixão, pois é uma área bastante árdua, que exige muito esforço e dedicação. No entanto, o prazer de planejar e construir moléculas, que eventualmente poderão melhorar a condição de vida das pessoas ou mesmo salvá-las, é indescritível. 62 ANEXOS 63 ANEXO 1 Disciplinas ministradas Disciplina Descrição Turma Ano No. Semestre créditos 070165A Química Experimental 2-Geral 1992 2 4 072044A Química Orgânica Experimental 1 1992 2 4 072028A Química Orgânica 1 1993 1 4 070165B Química Experimental 2-Geral 1993 2 4 072087A Química Orgânica 1993 2 4 070165B Química Experimental 2-Geral 1994 2 4 072141A Química Orgânica 3 1994 2 4 072087A Química Orgânica 1995 1 4 072044A Química Orgânica Experimental 1 1995 2 4 072044A Química Orgânica Experimental 1 1995 2 4 Afastamento para pós-doutorado 1996 4 Afastamento para pós-doutorado 1997 4 072141A Química Orgânica 3 1998 1 4 072028A Química Orgânica 1 1998 1 4 070165A Química Experimental 2-Geral 1998 2 4 072028B Química Orgânica 1 1999 1 4 070025A Química e Informática 1999 1 4 072141B Química Orgânica 3 1999 2 4 072222A Organometálicos em Síntese Orgânica 1999 2 4 072087C Química Orgânica 2000 1 4 QUI.501 Química Orgânica Avançada (Pós-Grad) 2000 1 4 072028A Química Orgânica 1 2000 2 4 070157E Química Experimental 1-Geral 2000 2 4 Licença maternidade 2001 1 4 Licença maternidade 2001 1 4 072028A Química Orgânica 1 2001 2 4 070165B Química Experimental 2-Geral 2001 2 4 64 070025A Química e Informática 2002 1 4 QUI.501 Química Orgânica Avançada (Pós-Grad) 2002 1 4 070165E Química Experimental 2-Geral 2002 2 4 072028A Química Orgânica 1 2002 2 4 072141A Química Orgânica 3 2003 1 4 QUI.501 Química Orgânica Avançada (Pós-Grad) 2003 1 4 072222A Organometálicos em Síntese Orgânica 2003 2 4 072036A Química Orgânica 2 2003 2 4 072087A Química Orgânica 2004 1 4 072052A Química Orgânica Experimental 2 2004 1 4 072036A Química Orgânica 2 RER 2004 1 4 070165A Química Experimental 2-Geral 2004 2 4 072036A Química Orgânica 2 2004 2 4 072141A Química Orgânica 3 2005 1 4 072087A Química Orgânica 2005 1 4 072036A Química Orgânica 2 RER 2005 1 4 072141A Química Orgânica 3 2005 2 4 072044A Química Orgânica Experimental 1 2005 2 4 072087A Química Orgânica 2006 1 4 QUI.501 Química Orgânica Avançada (Pós-Grad) 2006 1 4 079090N Pesquisa Química 1 2006 1 4 079103N Pesquisa Química 2 2006 1 4 072320A Química Orgânica I 2006 2 4 072036A Química Orgânica 2 2006 2 4 0791030C Pesquisa Química 2 2006 2 4 072346 A Química Orgânica III 2010 1 4 072052A Química Orgânica Experimental 2 2010 2 4 QUI.501 Química Orgânica Avançada (Pós-Grad) 2011 1 4 079090 G Pesquisa Química 1 2011 2 4 072052A Química Orgânica Experimental 2 2011 2 4 QUI.501 Química Orgânica Avançada (Pós-Grad) 2012 1 4 072052A Química Orgânica Experimental 2 2012 2 4 QUI.501 Química Orgânica Avançada (Pós-Grad) 2013 1 4 65 072087A Química Orgânica 2013 2 4 QUI.501 Química Orgânica Avançada (Pós-Grad) 2014 1 4 072044A Química Orgânica Experimental 1 2014 1 4 072087A Química Orgânica 2014 2 4 072044A Química Orgânica Experimental 1 2014 2 4 66 ANEXO 2 Mini-cursos ministrados 1. "Tópicos de Síntese Orgânica: Reações Estereosseletivas", proferido juntamente com o Prof. Dr. Ronaldo C. Boscaini, durante a XIII Escola de Verão em Química Orgânica, no Departamento de Química, UFSCar, de 01 à 05/02/1993. 2. “Produtos Naturais no Controle de Insetos”, XXI Escola de Verão em Química Prof. Dr. José T. B. Ferreira, proferido juntamente com os Profs. Drs. João B. Fernandez, Paulo C. Vieira, Quezia B. Cass e Kathrin Stein, Departamento de Química, UFSCar, 02/2001. 3. “Introdução à Química Combinatória”, XXIII Escola de Verão em Química Orgânica, no Departamento de Química, UFSCar, de 17 à 21/02/2003. 4. "Síntese Combinatória de Protótipos Biativos", proferido dentro do Curso do Centro Brasileiro Argentino de Biotecnologia (CBAB 2006), no Centro de Biotecnologia Molecular Estrutural no Instituto de Física de São Carlos, de 22 a 02/06/2006. 5. “O Papel da Química Combinatória no Desenvolvimento de Fármacos”, 15 horas/aula dentro da Escola de Verão do CEQUIMED da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, Portugal, no período de 07 a 11/07/2008. 6. “Ecologia Química: Controle Biorracional de Insetos-Praga Empregando Produtos Naturais” ministrado juntamente com o Prof. Francisco de Assis Marques no III Encontro Sergipano de Química no DQ-UFS, Aracajú, SE, de 08 a 11/06/2010. 7. “Química verde, base de la tecnología sustentable”, proferido juntamente com as Profas. Vania G. Zuin e Patricia Vazquez durante as XVIII Jornadas de Jovens Investigadores – AUGM na Universidade do Litoral em Santa Fe, Argentina, de 18 a 20/10/2010. 8. “Química Verde”, XIII Encontro Regional da SBQ-Rio no Instituto Militar de Engenharia (IME), RJ, de 05 a 06/07/2011. 9. “Síntese Orgânica de Semioquímicos”, Curso de Ecologia Química Aplicada ao Controle Biológico de Pragas na Agricultura, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília, DF, 28/11/2011. 10. “Aplicações da Química Verde na Síntese de Fármacos”, 12 h/aula dentro da disciplina de Química Medicinal no PPGQ, IQ-UNESP, Araraquara – SP, 24 e 26/03/2014. 67 ANEXO 3 Bolsas e auxílios à pesquisa recebidos de agências de fomento ou empresas 1. "Estudo Sistemático da Reação de Diels-Alder de 2,6-Dimetil-p-benzoquinona com Dienos Apropriados visando a Síntese de Terpenos Drimanos e Labdanos", FAPESP proc. no. 92/2171-9, no período de 10/1992 à 09/1994. Valor do auxílio: US$ 10.400,00. 2. "XIII Escola de Verão em Química Orgânica", Organização de Reunião Científica, FAPESP proc. no. 92/4456-0, no período de 02 à 03/1993. Valor do auxílio: US$4.200,00. 3. "XIV Escola de Verão em Química Orgânica", Organização de Reunião Científica, FAPESP proc. no. 93/3651-7, no período de 24/01 à 04/02/1994. Valor do auxílio: US$ 4.500,00. 4. "Síntese de Terpenos Drimanos e Labdanos", bolsa de pesquisador 2C do CNPq proc. no. 301256/92-6, no período 03/1993 à 02/1995. 5. "Projeto de Consolidação do Curso de Graduação em Química oferecido pela Universidade Federal de São Carlos", PADCT/CAPES proc. no. 1302/95, no período de 12/1994 à 12/1996. Valor do auxílio: R$ 162.514,00. 6. “Controle Biorracional de Insetos: Isolamento, Identificação e Síntese de Feromônios de Insetos-Pragas dos Citros”, FAPESP proc. no. 98/10977-0, no período de 01/1999 até 12/2000. Valor do auxílio: R$ 23.362,00. 7. “Manejo Integrado de Pragas: Controle de Spodoptera frugiperda Através do Uso de Feromônio”, (vice-coordenadora). Coordenador: Engo. José Perri Junior (DinamilhoCarol Prod. Agric. Ltda), CNPq-RHAE (proc. no. 02-RHAE-01/98-02/01-80), no período de 04/1999 à 03/2001, Valor do auxílio: R$ 63.513,12. 8. “Infra-Estrutura de Segurança do Departamento de Química da UFSCar” (membro da equipe). Coordenador: Prof. Dr. Romeu Cardoso Rocha Fo., FAPESP, proc. 98/9513-9. Infra IV, no período de 12/1998 a 11/1999. Valor do auxílio: R$ 223.622,70. 9. “17th Annual Meeting of the International Society of Chemical Ecology”, Poços de Caldas, MG. Auxílio para articipação de Reunião Científica FAPESP Proc. No. 00/03711-5, período: 15 a 19/08/2000. Valor do auxílio: R$ 800,00. 68 10. “Controle de Cupins em Postes de Madeira” (membro da equipe). Coordenador: Prof. Dr. Odair C. Bueno (UNESP-Rio Claro). Elektro – Eletricidade e Serviços S.A., no período de 09/1999 a 03/2002. Valor do auxílio: R$ 332.192,00. 11. “Controle Biorracional de Insetos: Feromônios, Cairomônios e Inseticidas” (membro da equipe). Coordenador: Prof. Dr. João B. Fernandes (DQ-UFSCar). PRONEX-FINEP, no período de 1997 a 2001. Valor do auxílio: US$ 770.000,00. 12. "Estudo das Potencialidades de Algumas Espécies Vegetais e de Produtos Naturais e Sintéticos para o Controle de Formigas Cortadeiras" (membro da equipe). Coordenador: Prof. Dr. João Batista Fernandes (DQ-UFSCar). FAPESP-Temático, Proc. No. 00/12538-5, no período de 02/2001 a 01/2004. Valor do auxílio: R$ 1.100.000,00. 13. “19º Congresso Brasileiro de Entomologia”, 16 a 21 de junho de 2002, Manaus – AM, Auxílio para Participação de Reunião Científica FAPESP proc. No. 02/023266. Valor: R$1600,00. 14. “Synthesis of Pheromones of Some Brazilian Agricultural Pests and Natural Product with Biological Activities". IFS-International Foundation for Science, Proc. No. F/3150-1, no período de 08/2001 a 07/2003. Valor do auxílio: US$ 12.000,00. 15. “Synthesis of Pheromones of Some Brazilian Agricultural Pests". IFS- International Foundation for Science, Proc. No. F/3150-2, no período de 08/2003 a 07/2004. Valor do auxílio: US$ 9.800,00. 16. “Centro de Biotecnologia Molecular e Estrutural (CBME)”, Programa CEPID – FAPESP (membro da equipe), Proc. No. 98/14138-2, diretor: Prof. Dr. Glaucius Oliva – IFSC-USP, no período de 09/00 a 08/11. US$ 9.000.000,00. 17. “XIX Escola de Verão em Química Orgânica e IV Escola de Verão em Química Inorgânica", DQ-UFSCar, Organização de Reunião Científica, FAPESP, proc. no. 00/12009-2, no período de 05/02 à 16/02/01. Valor do auxílio: R$ 12.000,00. 18. "Workshop on Trends and Applications of Combinatorial Chemistry and Technologies", de 20 a 23/11/2002, Hotel Fonte Colina Verde, São Pedro, SP. Organização de Reunião Científica, FAPESP, Processo no. 02/08180-3, valor do auxílio: R$8.430,00 e ICS-UNIDO, (PROJECT TF/GLO/00/105 contract no.: 2002/250), valor do auxílio: US$14.000,00. 69 19. “Síntese de Produtos Naturais e Análogos com Potencial Aplicação no Tratamento da Doença de Chagas”, bolsa de pesquisador 2C do CNPq, proc. no. 301256/92-6, no período 08/2002 à 07/2004. 20. “2nd Brazilian Meeting on Medicinal Chemistry”, Organização de Reunião Científica, Rio de Janeiro, FAPESP, proc. No. 04/10323-2, de 22-25/11/2004. Valor do auxílio: R$20.000,00 21. “Síntese de Produtos Naturais e Análogos com Potencial Aplicação no Tratamento de Doenças Tropicais”, bolsa de pesquisador 2C do CNPq, proc. no. 302771/2004-2, no período 03/2005 à 02/2008. 22. “Aquisição de Equipamento de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência Acoplado ao Espectrômetro de Massas”, Programa Equipamento Multi-usuário, FAPESP, Coordenadora: Quézia B. Cass, Membro da Equipe: Arlene G. Corrêa, Processo no. 04/08545-7, Período de Vigência: 02/2005 a 02/2007. 23. “XXVI Escola de Verão em Química”, CNPq, proc. no. 453035/2005-1, Organização de Reunião Científica, no período de 01/01 à 28/02/2006. Valor do auxílio: R$10.000,00. 24. “Synthesis of Pheromones of Some Brazilian Agricultural Pests". IFS- International Foundation for Science, Proc. No. F/3150-3F, no período de 01/2005 a 12/2006. Valor do auxílio: US$ 9.570,00 25. “Síntese de Produtos Naturais e Análogos com Potencial Aplicação no Tratamento de Doenças Tropicais usando Química Combinatória”, Auxílio à pesquisa, FAPESP, no. processo: 05/00385-3, no período de 11/2005 a 01/2008. Valor do auxílio: R$68000,00 + US$66500,00. 26. “XXVI Escola de Verão em Química”, CNPq, proc. no. 453741/2006-1, Organização de Reunião Científica, no período de 01/01 à 28/02/2006. Valor do auxílio: R$10.000,00. 27. “Síntese de Produtos Naturais e Análogos com Potencial Aplicação no Tratamento de Doenças Tropicais”, bolsa pesquisador CNPq, nível 2, Proc. No. 301871/2007-8, Período de Vigência: 02/2008 a 02/2011. 28. “Síntese de Produtos Naturais e Análogos com Potencial Aplicação no Tratamento de Doenças Tropicais”, CNPq Proc. no. 471093/2013, bolsa de AT e de IC, período de 11/2008 a 10/2011. 70 29. “Convênio bilateral CAPES-GRICES, DQ-UFSCar/Faculdade de Farmácia - Universidade do Porto, Portugal, Coordenador: Quézia B. Cass, Membro da Equipe: Arlene G. Corrêa, Período de Vigência: 02/2008 a 01/2010. 30. “Reparo do espectrômetro de massas acoplado ao cromatógrafo gasoso do DQ- UFSCar”, FAPESP, Proc. No. 07/03564-1, no período de 07/2007 a 01/2008. Valor do auxílio: US$ 10.319,00. 31. “Identificação, síntese e aplicação de semioquímicos de insetos-pragas florestais”, Projeto PROCAD, CAPES, proc. No. 081/2007, período: 08/2008 a 07/2011. Valor do auxílio: R$224.134,66. 32. “Controle de Formigas Cortadeiras, Estudos Integrados", Projeto temático FAPESP, coordenador: Prof. Dr. João B. Fernandes, proc. No. 2006/58043-3, no período de 08/2008 a 07/2012. 33. "Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Biotecnologia Estrutural e Quimica Medicinal em Doenças Infecciosas", coordenador: Prof. Dr. Glaucius Oliva IFSC-USP, Programa INCT CNPq FAPESP (proc. no. 573607/2008-7), no período de 11/2008 a 10/2013. Valor do auxílio: R$ 4.773.529,74. 34. “13th Brazilian Meeting on Organic Synthesis (BMOS), Auxilio Organização de Evento Científico, CNPq, proc. no. 451140/2009-5. Valor do Auxílio: R$ 36.000,00. 35. “13th Brazilian Meeting on Organic Synthesis – BMOS”, Auxilio Organização de Evento Científico, CAPES, PAEP 527/2009 Proc. No. 23038.007093/2009-18. Valor do Auxílio: R$ 40.000,00. 36. “13th Brazilian Meeting on Organic Synthesis – BMOS”, Auxilio Organização de Evento Científico, FAPESP, Proc. No. 09/01511-3. Valor do Auxílio: R$ 60.000,00. 37. “Sustainable Education and Environmental Development (SEED) in Latin America”, IUPAC, coordenadores: Profs. Patricia Vázquez, Vânia Gomes Zuin e Patrick Moyna. Membro do grupo. Project No. 2009-014-2-300, período: 10/2009 a 09/2011. Valor do auxílio: US$10000.00. 38. “Síntese de Produtos Naturais e Análogos com Potencial Aplicação no Tratamento de Doenças Tropicais”, CNPq Bolsa de Apoio Técnico (Nível Médio), proc. no. 502613/2010-6, período: 08/2010 a 07/2012. 39. “18th IUPAC International Conference on Organic Synthesis”, participação em evento científico em Berger, Noruega, FAPESP proc. no. 2010/04182-8, período: 01 a 06/08/2010. Valor do auxílio: R$3.064,00 e US$2.182,17. 71 40. “Síntese de Produtos Naturais e Análogos com Potencial Aplicação no Tratamento de Doenças Tropicais”, Bolsa de Produtividade em Pesquisa nível 2, CNPq, Proc. no. 302578/2010-2, de 03/2011 a 02/2014. 41. “17th European Symposium on Organic Chemistry”, Creta, Grécia, participação em evento científico, CNPq, proc. no. 450651/2011-8. Período: 10 a 16/07/2011. Valor do auxílio: R$5000,00. 42. “Drug Discovery for Tropical Diseases: Synthesis and Antiparasitic Evaluation of Bioactive Natural Compounds and Analogs using Combinatorial Technologies” Programa: Trust in Science, GSK, período: 12/2011 a 12/2013. Valor do auxílio: R$736.000,00. 43. “Criação de uma Rede Nacional de Ecologia Química para estudos da agrobiodiversidade brasileira visando a obtenção de uma agricultura sustentável. ” projeto nº 562307/2010-9, REPENSA, CNPq/MCT-CAPES-MEC, coordenador Dr. Miguel Borges, EMBRAPA Brasília. Período: 04/2011 a 03/2013. Valor do auxílio: R$ 735.972,00. 44. “Organocatálise: Uma Excelente Ferramenta para Síntese de Inibidores das Enzimas relacionadas à Doença de Chagas e Leishmaniose”, programa PNPD CAPES, 11/2011 a 10/2016. Bolsa de pós-doutoramento e auxílio no valor de R$40.000,00. 45. “4th International IUPAC Conference on Green Chemistry”, Auxílio para organização de evento, CAPES CAEP (Proc. No. 23038.003163/2012-64). Período: 08 a 10/2012. Valor do auxílio: R$60.000,00. 46. “4th International IUPAC Conference on Green Chemistry”, Auxílio para organização de evento, CNPq (Proc. No. 451831/2012-8). Período: 08 a 10/2012. Valor do auxílio: R$40.000,00. 47. 23rd International Symposium: Synthesis in Organic Chemistry, Oxford, Inglaterra, auxílio participação em evento, FAPESP proc. No. 2013/04359-3, 15 a 25/07/2013. Valor do auxílio: R$5.317,37 e US$2.178,89. 48. “Síntese Assimétrica de Produtos Naturais e Análogos e Avaliação da Atividade Inibitória frente à Enzima Acetilcolinesterase”, Bolsa de Produtividade em Pesquisa nível 2, proc. no. 301974/2013-6, período de 03/2014 a 02/2017. 49. “Síntese Assimétrica de Produtos Naturais e Análogos e Avaliação da Atividade Inibitória frente à Enzima Acetilcolinesterase”, Proc. no. 471093/2013- CNPq 72 Universal Faixa B - R$ 54.000,00, uma bolsa de AT e uma de IC, período de 10/2013 a 09/2016. 50. “Estratégicas para síntese de produtos naturais e análogos com atividade anticancerígenas envolvendo reações multi-componentes organocatalisadas”, Auxílio Vinda de Professor Visitante do Exterior, FAPESP, proc. no. 2013/21599-8, período de 05/04 a 02/08/2014. Valor do auxílio: R$ 44.705,62 + US$1400,00. 51. Reparo do Espectrômetro de Massa modelo QP-2010S marca Shimadzu, FAPESP proc. No. 2014/11892-2, período de 01/08/2014 a 31/07/2015. Valor do auxílio: R$1.740,00 + US$ 9.247,96. 52. “Quinoxaline derivatives as antiparasitic drugs: proof of concept”, Programa PITE FAPESP/GSK (proc. no. 2013/50680-8), de 09/2014 a 08/2016. Valor do auxílio: US$200.000,00. 73 ANEXO 4 Alunos orientados INICIAÇÃO CIENTÍFICA: 1. Juvenal C. Silva Fo., "Síntese de Modelos de Lignina", de 05/1991 a 03/1992, DQ – UFU. 2. José Nelson Bertuque Jr., "Síntese de Modelos de Lignina", de 05/1991 a 01/1992, DQ – UFU. 3. Rosely Tie Fujimori, “Estudo sistemático da reação de Diels-Alder de pbenzoquinonas com 4-metil 1,3-pentadienos visando a obtenção de esqueletos terpênicos drimanos e labdanos”, bolsista FAPESP proc.no. 93/0687-0, de 10/1992 a 04/1994. 4. Daniela Nanni, “Estudo sistemático da reação de Diels-Alder de p-benzoquinonas com 4-metil 1,3-pentadienos”, de 12/1992 a 12/1993. 5. Joanita Nakamura, “Estudo sistemático da reação de Diels-Alder de p-benzoquinonas com 4-metil 1,3-pentadienos”, bolsista CNPq, proc. no. 800470/93-1, no período de 03/1994 à 02/1995 e bolsista UFSCar-fomento de 04/1995 a 04/1996. 6. Ivan Tadeu Rebustini, "Estudo da Reação de 1,4-Benzoquinonas com 4-Metil-1,3Pentadienos", bolsista PET-CAPES, de 05/1994 a 08/1995. 7. Patrícia Tambarussi Baraldi, “Síntese e Isolamento de Insetos-Pragas Brasileiras”, bolsista CNPq, de 12/1997 a 07/1999. 8. Endrigo Andrietta, “Síntese de Potencias Inibidores de Trypanosoma cruzi”, de 03/1998 a 02/1999. 9. Talia Pietra Soares, “Preparação de Sintons Quirais Derivados da Prolina”, de 03/1998 a 12/1998. 10. Joel Alvim Jr., “Síntese do Feromônio da Traça da Batata, Phthorimaea operculella”, bolsa do PIBIC-CNPq, de 03/1998 até 02/2001. 11. Eurico Yuji Tanabe, “Síntese do Feromônio da Lagarta Minadora dos Citros, Phyllocnistis citrella Staiton”, bolsa do PIBIC-CNPq, de 03/1998 até 08/2000. 12. André Figueira de Paula, “Síntese do Feromônio da Lagarta-do-Cartucho-do- Milho, Spodoptera frugiperda”, bolsa ITI, RHAE-CNPq, de 09/1998 até 01/2000. 74 13. Elide Bianca D’Annibale, “Síntese de Possíveis Componentes do Feromônio Sexual da Lagarta Minadora dos Citros, Phyllocnistis citrella Stainton, bolsa da FAPESP proc. no. 00/00967-9”, de 03/1999 a 07/2000. 14. Nádia A. Silveira, “Síntese de Possíveis Componentes do Feromônio Sexual da Broca-do-Cedro, Hypsipylla grandella”, bolsa ITI, RHAE-CNPq, de 05/2000 a 02/2003. 15. Thais C. Castral, “Síntese de Análogos da Sesamina com Atividades Inseticidas ou Fungicidas”, bolsa do PIBIC-CNPq e da Elektro, de 08/2000 08/2002. 16. Paula Adriana da Silva, a partir de 05/99, “Estudo do Emprego de Catalisadores de Rutênio em Reações de Diels-Alder”, bolsista RHAE-CNPQ, 09/1999 a 03/2000 17. Ingrid Artigozo, “Síntese de Possíveis Componentes do Feromônio Sexual da Lagarta Minadora dos Citros, Phyllocnistis citrella Stainton", bolsa da FAPESP proc. no. 00/10104-8, de 04/2000 a 05/2002. 18. Junia Motta Pereira, “Síntese de Ácidos Anacárdicos e Derivados”, bolsa da FAPESP proc. no. 02/09495-8, de 09/2001 a 11/2003. 19. Adriana de Almeida, “Síntese do Feromônio da Lagarta-do-Cartucho-do-Milho, Spodoptera frugiperda”, de 01/2000 até 12/2001. 20. Ana Cláudia Kasseboehmer, “Estudo da Reação de Acoplamento de Hidroxialquinos com Haletos Propargílicos. Síntese de Feromônios de InsetosPragas”, bolsista FAPESP proc. No. 03/05680-8, de 03/2002 a 05/2004. 21. Mayra Elisa Rodrigues, “Síntese de Feromônios de Insetos-Pragas”, bolsista FAPESP proc. no. 03/05719-1, de 03/2002 a 08/2004. 22. Bruna R. Amaral, “Síntese de Éteres Análogos à Sesamina com Atividades Inseticidas ou Fungicidas”, bolsa do PIBIC-CNPq e FAPESP proc. no. 04/07352-0, de 09/2002 a 12/2005. 23. Juliana Shiki “Síntese de Amidas Derivadas do Ácido 3,4- Metilenodioxicinâmico com Atividades Inseticidas ou Fungicidas”, de 09/2002 a 07/2003. 24. Adilson J. da Silva, “Síntese de Amidas Derivadas do Ácido 3,4- Metilenodioxicinâmico com Atividades Inseticidas ou Fungicidas”, de 07/2003 a 07/2004. 25. Anna Carolina P. Serra, “Hidrogenação de Cetoésteres Catalisada por Complexos de Rutênio”, a partir de 03/2004 a 12/2004. 75 26. Bruno Scotton Feltrin, “Estudo da Reação de Acoplamento de Bromo-álcoois com Alcinos Terminais”, bolsa FAPESP proc. no. 05/00198-9, de 08/2004 a 07/2006. 27. Tiago Neppe “Síntese dos Componentes do Feromônio Sexual de S. frugiperda”, bolsa da FAPESP proc. no. 05/00192-0, de 08/2004 a 07/2006. 28. Gilmar A. Brito Jr. “Síntese de Ácidos Anacárdicos e Derivados”, bolsa da FAPESP proc. no. 05/04523-1, a de 01/2005 a 02/2007. 29. Janaina H. Fontana, “Síntese Enantiosseletiva de Alcalóides e Análogos”, de 01/2005 a 07/2005. 30. Patrícia D. Duarte, “Síntese Enantiosseletiva de Alcalóides Quinolinônicos e Análogos”, bolsa do PIBIC-CNPq, de 01/05 a 08/06 e FAPESP proc. no. 06/063083, de 01 a 12/2007. 31. Boniek G. Vaz, “Síntese de Cumarinas e Análogos”, bolsa do PIBIC-CNPq, de 01/2005 a 07/2007. 32. Débora Naomi Simoda, “Síntese de Derivados Piperonílicos com Atividade Inseticida”, bolsa do PIBIC-CNPq, de 07/2005 até 12/2007. 33. Patrícia Castrassami Rissoni, “Síntese de Feromônios”, bolsisa PET, de 09/2006 a 04/2007. 34. Larissa Raquel Siqueira Ponte Silva, “Síntese de Derivados Acridônicos”, bolsa do CNPq, de 01/2007 a 12/2009. 35. Fernanda I. Araujo, “Síntese de Éteres Análogos à Sesamina com Atividades Inseticidas ou Fungicidas”, bolsa do PIBIC-CNPq, de 03/2007 a 11/2008. 36. Rafaela Costa Carmona, “Síntese de 4-quinolinonas”, bolsa IC-CNPq 502324/2007-4, de 04/2008 a 12/2010. 37. Ariane Migliato Martinelli, “Busca de inibidores da enzima catepsina V”, bolsa AT do CNPq, de 03/2009 a 12/2011. 38. Julia Lammoglia Monteiro, Síntese e Avaliação da Atividade Biológica de uma Coleção de Amidas, bolsa do CNPq e FAPESP proc. no. 11/01113-8, de 03/2009 a 03/2012. 39. Marcelo Rodrigues Silvatti, “Síntese de Inibidores Enzimáticos’, de 03 a 12/2013. 40. Wellington Nardin Favaro, organocatálise”, de 03 a12/2013. “Síntese de compostos bioativos usando 76 41. Juliana Mara Farias Lemos, “Síntese de inibidores de catepsinas”, início: 06/2014. MESTRADO: 1. Joanita Nakamura, “Síntese de Decalinas Polimetiladas Precursores de Terpenos Drimanos e Labdanos via Reação de Diels-Alder", bolsa da FAPESP proc. no. 95/6531-6. Co-orientação com o Prof. Dr. Timothy J. Brocksom, dissertação defendida em 17/08/1998. 2. Ellen Matos Santangello, “Síntese dos Estereoisômeros do feromônio sexual de Migdolus fryanus (Coleoptera: Cerambicidae)”, bolsa da FAPESP proc. no. 97/05786-8, dissertação defendida em 26/02/1999. 3. Fernando R. P. Crisóstomo, “Síntese de Éteres e Amidas e suas Atividades sobre o Fungo Simbionte de Formigas da Espécie Atta sexdens”, bolsa do CNPq, coorientação juntamente com o Prof. Dr. João Batista Fernandes, dissertação defendida em 24/09/1999. 4. Patrícia Tambarussi Baraldi, “Síntese Enantiosseletiva de Insetos-Pragas Empregando Fermento de Padaria, Saccharomyces cerevisiae”, bolsista CAPES, dissertação defendida em 06/09/2001. 5. Joel Alvim Jr. “Síntese e Avaliação de uma Coleção de Cumarinas frente à Atividade Inibitória da Enzima gGAPDH do Trypanosoma cruzi”, bolsista CAPES, dissertação defendida em 28/03/2003. 6. Thais C. Castral, “Síntese e Avaliação da Atividade Biológica de uma Coleção Combinatória de Amidas”, bolsa da CAPES, dissertação defendida em 27/10/2006. 7. Junia Motta Pereira, “Síntese de Ácidos Anacárdicos e Análogos, Candidatos a Inibidores da Enzima Gliceraldeido 3-Fosfato Desidrogenase Glicossomal de Trypanosoma cruzi”, bolsa do CNPq, defesa em 18/05/2007. 8. Bruna R. Amaral, “Síntese de uma Coleção de Análogos dos Ácidos Anacárdicos, Possíveis Inibidores da Enzima gGAPDH DE T. cruzi”, bolsa da FAPESP, dissertação defendida em 21/11/2008. 9. Tiago Neppe, “Síntese do feromônio sexual e respostas eletrofisiológicas frente ao óleo essencial de Psidium guajava de Tryrinteina arnobia”, bolsa do CAPES, dissertação defendida em 16/09/2008. 77 10. Lucas Campos Curcino Vieira, “Síntese de uma coleção de cumarinas e análogos, possíveis inibidores da enzima acetilcolinesterase”, bolsa da CAPES, dissertação defendida em 13/08/2010. 11. Alexandre Ferraz Barbosa, “Síntese de derivados 9-deazapurinas, candidatos a inibidores da enzima PNP de S. mansoni”, bolsa do CNPq, dissertação defendida em 01/07/11. 12. Marcelo Montanha de Paiva “Síntese Assimétrica dos Componentes do Feromônio Sexual da Lagarta-parda, Thyrinteina arnobia (Lepidoptera: Geometridae)”, bolsa da CAPES, dissertação defendida em 31/01/2012. DOUTORADO: 1. Jardel Alves Moreira, “Controle Biorracional de Pragas: Isolamento e Síntese de Semioquímicos”, bolsa da FAPESP proc. nº. 99/07745-2, tese defendida em 28/03/2003. 2. Ricardo Luis Araujo Dias, “Síntese de Possíveis Inibidores da Enzima Gliceraldeído-3-fosfato Desidrogenase Glicossomal de Trypanosoma cruzi Envolvidos no Planejamento Racional de Drogas Anti-Chagásicas Baseado em Estruturas”, bolsa da FAPESP proc. no. 97/06681-5, tese defendida em 29/06/2001. 3. Christiane Mapheu Nogueira, "Síntese e Avaliação da Atividade Biológica de Carboidratos e Nucleotídeos", bolsa da FAPESP proc. no. 01/00574-0, tese defendida em 25/02/2005. 4. Patrícia Tambarussi Baraldi, “Estudo visando a síntese enantiosseletiva da dictiolomida a e da 6-metoxidictiolomida. Síntese e avaliação biológica de derivados quinolinônicos”, bolsa da FAPESP, tese defendida em 05/09/06. 5. Joel Alvim Jr., “Síntese e Avaliação da Atividade Biológica de uma coleção de Flavonóides", bolsa da FAPESP, tese defendida em 29/05/09. 6. Diego P. Sangi, “Síntese de análogos do raloxifeno, ligantes não-esteroidais de receptores de estrógeno”, bolsa da CAPES e FAPESP proc. no. 08/11181-8, tese defendida em 28/11/2011. 7. Vanessa Almeida de Souza, “Síntese e Avaliação da Atividade Biológica de Neolignanas e Análogos”, Bolsista FAPESP proc. no. 08/02956-6 a tese defendida em 17/04/2012. 78 8. Patrícia D. Duarte, “Síntese Enantiosseletiva de Alcalóides Quinolinônicos e Análogos”, Bolsista FAPESP proc. no. 09/17744-7, tese defendida em 14/09/2012. 9. Anna Maria Deobald, “Síntese e Aplicação de Organocatalisadores em Reações de Epoxidação Assimétricas Visando a Síntese de Compostos Bioativos”, bolsa da FAPESP proc. no. 10/07664-3, tese defendida em 22/03/2013. 10. Lucas Campos Cursino Vieira, “Síntese de derivados de chalconas e de 2quinolinonas visando a busca por inibidores das enzimas cruzaina e da famílio BET Bromodomain”, bolsa FAPESP proc. no. 10/10231-1, tese defendida em 12/09/2014. PÓS-DOUTORADO: 1. Josué Sant’Ana, “Percepção olfativa de Phyllocnistis citrella Stainton (Lepidoptera: Gracillariidae) a compostos feromonais e a voláteis de citros”. Bolsista FAPESP, em colaboração com o Prof. Paulo Cezar Vieira, de 04/1998 até 04/2000. 2. Márcio Galdino dos Santos, “Síntese de Feromônios de Insetos-Pragas e Compostos com Atividades Inseticidas”, bolsa da Elektro-Eletricidade e Serviços S.A., de 09/1999 a 12/2001. 3. Luciane G. B. Pereira, “Manejo Integrado de Pragas: Controle de Spodoptera frugiperda Através do Uso de Feromônio”, bolsa DTI, CNPq-RHAE, de 05/00 a 08/01. “Percepção olfativa de Atta sexdens (Hymenoptera: Formicidae) a voláteis de Eucalyptus sp. utilizando o método eletroantenográfico (EAG)”, bolsa RAHE CNPq e FAPESP em colaboração com o Prof. Dr. João B. Fernandes, de 11/01 a 07/2004. 4. Giuliano G. Zacarin, “Estudos Eletrofisiológicos e Comportamentais de Formigas Cortadeiras frente à Voláteis de Citrus e Iscas Formicidas Comerciais”, bolsa FAPESP proc. No. 04/10098-9, em colaboração com o Prof. Dr. Paulo C. Vieira, de 11/04 a 10/2005. 5. Mauro Alves Bueno, “Síntese de uma coleção de alcalóides acridônicos com potencial aplicação no tratamento de doenças tropicais”, bolsa FAPESP proc. No. 2005/01547-7, de 02/06 a 01/2009. 79 6. Diego P. Sangi, “Síntese de alcalóides com potencial aplicação no tratamento de doenças tropicais”, bolsa FAI-UFSCar, de 01/2012 a 01/2013. 7. Marcela C. de Moraes, “Busca por inibidores de enzimas associadas a parasitas causadores de doenças tropicais”, Bolsa PNPD CAPES, de 02 a 06/2013. 8. Thiago Barcellos da Silva, “Síntese de alcalóides empregando organocatálise”, Bolsa PNPD CAPES, de 09/2012 a 07/2013. 9. Carla Marisa Brito de Carvalho, “Síntese de alcalóides empregando organocatálise”, Bolsa PNPD CAPES, de 09/2013 a 01/2014. 10. Gustavo Frensch, “Quinoxaline derivatives as antiparasitic drugs: proof of concept”, bolsa FAI-UFSCar, início: 09/2014. 11. Bianca Rebelo Lopes Simões, “Avaliação da atividade de inibição de cisteino proteases de compostos sintéticos”, Bolsa PNPD CAPES, início: 02/2014. 80 ANEXO 5 Publicações Trabalhos publicados em periódicos: 1. Dockal, E.R.; Cass,Q. B.; Brocksom, T. J.; Brocksom, U.; Corrêa, A. G. "A Simple and Efficient Synthesis of Thymoquinone and Methyl-p-Benzoquinone", Synth. Commun., 1985, 15, 1033-1036. 2. Denis, J. -N.; Corrêa, A.; Greene, A.E. 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C.; Vieira, L. C. C.; Correa, A.G.; Cass, Q.B.; Cardoso, C. L. “Acetylcholinesterase capillary enzyme reactor for screening and characterization of selective inhibitors.” J. Pharmac. Biomed. Anal., 2013, 73, 4452. 70. Feu, K.S.; Deobald, A. M.; Narayanaperumal, S.; Corrêa, A.G.; Paixão, M.W. “An Eco-Friendly Asymmetric Organocatalytic Conjugate Addition of Malonates to α,β-Unsaturated Aldehydes: Application on the Synthesis of Chiral Indoles”, Eur. J. Org. Chem. 2013, 5917-5922. 71. Silva, R. C.; Silva, G. P.; Sangi, D. P.; Pontes, J. G. M.; Ferreira, A. G.; Correa, A. G.; Paixão, M. W. “1,1-Diamino-2-nitroethylenes as excellent hydrogen bond donor organocatalysts in the Michael addition of carbon-based nucleophiles to βnitrostyrenes”. Tetrahedron 2013, 69, 9007-9012. 72. de La Torre, A. F.; Rivera, D. G.; Ferreira, M. A. B.; Correa, A. G. ; Paixão, M. W. “Multicomponent Combinatorial Development and Conformational Analysis of Prolyl Peptide-Peptoid Hybrid Catalysts: Application in the Direct Asymmetric Michael Addition”. J. Org. Chem. 2013, 78, 10221-10232. 73. Vanzolini, K ; Vieira, L. C. C.; Cardoso, C. L.; Correa, A. G. ; Cass, Q. B. “Acetylcholinesterase immobilized capillary reactors-tandem mass spectrometry: an on-flow tool for ligand screening’. J. Med. Chem. 2013, 56, 2038-2044. 74. Duarte, P. D.; Paixão, M. W.; Correa, A. G. “Microwave Assisted Synthesis of 4-Quinolones and N,N'-Diarylureas”. Green Proces. Synth. 2013, 2, 19-24. 75. Vilela, A. F. L.; Silva, J. I.; Vieira, L. C. C.; Bernasconi, G.C.R.; Correa, A. G.; Cass, Q. B.; Cardoso, C. L. “Immobilized cholinesterases capillary reactors on-flow screening of selective inhibitors”. J. Chromatogr. B 2014, 968, 87-93. 76. Masawang, K.; Pedro, M.; Cidade, H. ; Reis, R.M.; Neves, M. P.; Correa, A. G.; Sudprasert, W.; Bousbaa, H.; Pinto, M. M. “Evaluation of 2,4-dihydroxy-3,4,5trimethoxychalcone as antimitotic agent that induces mitotic catastrophe in mcf-7 breast cancer cells.” Toxicol. Lett. 2014, 229, 393-401. 77. Feu, K. S.; de La Torre, A. F.; Silva, S.; Moraes Jr., M. A. F.; Correa, A. G.; Paixão, M. W. “Polyethylene glycol (PEG) as a reusable solvent medium for an 88 asymmetric organocatalytic Michael addition. Application to the synthesis of bioactive compounds”. Green Chem. 2014, 16, 3169-3174. 78. Sangi, D. P.; Monteiro, J. L.; Vanzolini, K. L.; Cass, Q. B.; Paixão, M. W.; Corrêa, A.G. “Microwave-Assisted Synthesis of N -Heterocycles and Their Evaluation Using an Acetylcholinesterase Immobilized Capillary Reactor”. J. Braz. Chem. Soc. 2014, 25, 887-889. 79. Magalhães Jr., J. T.; Barrouin-Melo, S. M.; Correa, A. G.; da Silva, F. B.; Machado, V. E.; Govone, J. S.; Pinto, M. C. “A laboratory evaluation of alcohols as attractants for the sandfly Lutzomyia longipalpis (Diptera: Psychodidae)”. Paras. Vectors 2014, 7, 60. 80. Rodrigues, J. H. S.; Ueda-Nakamura, T.; Sangi, D. P.; Correa, A. G.; Nakamura, C. V. “A quinoxaline derivative as a potent chemotherapeutic agent, alone or in combination with benznidazole, against Trypanosoma cruzi.” Plos One 2014, 9, e85706. 81. Ali, A.; Corrêa, A. G.; Alves, D.; Zukerman-Schpector, J.; Westermann, B; Ferreira, M. A. B. ; Paixão, M. W. “An efficient one-pot strategy for the highly regioselective metal-free synthesis of 1,4-disubstituted-1,2,3-triazoles.” Chem. Commun. 2014, 50, 11926-11929. 82. Lima, C. G. S. ; Silva, S. I. R. M. ; Gonçalves, R. H. ; Leite, E. R. ; Schwab, R. S.; Corrêa, A. G.; Paixão, M. W. “Highly Efficient and Magnetically Recyclable Niobium Nanocatalyst for the Multicomponent Biginelli Reaction”. ChemCatChem, 2014. DOI: 10.1002/cctc.201402689 Livros e capítulos de livros publicados: 1. Ferreira, J. T. B., Corrêa, A.G., Vieira, P. C., “Produtos Naturais no Controle de Insetos”, EdUFSCar, São Carlos, 176 p., 2001. ISBN: 85-85173-51-3 2. Corrêa, A.G., Vieira, P. C., “Produtos Naturais no Controle de Insetos”, 2ª. ed. EdUFSCar, São Carlos, 150 p., 2007. ISBN: 978-85-7600-095-2 3. Corrêa, A.G., Zuin, V. G., “Química Verde: Fundamentos e Aplicações”, 1ª. ed. EdUFSCar, São Carlos, 170 p., 2009. ISBN: 978-85-7600-150-8 (vencedor do Prêmio Jabuti de Bronze da Câmara Brasileira do Livro em 2010, na categoria Ciências Exatas, Tecnologia e Informática). 89 4. Brocksom, T. J.; Corrêa, A. G.; Pesquero, E. T. C.; Silva, F. C.; Lopes, F. T.; Andrade, M.C. C. ; Ceschi, M.A.; Varanda, N.A.; Santos, R. B.; Vendrasco, S. A.; Brocksom, U., "Caminhos Sintéticos para Sesquiterpenos", In: Química Orgânica Sintética, II Encontro Brasileiro de Síntese Orgânica, ed. J. V. Comasseto, 1987, p. 24-31. 5. Brocksom, T.J.; Brocksom, U.; Corrêa, A.G.; Naves, R. M.; Silva, F.; Ceschi, M.A.; Catani,V.; Loureiro, A.P.; Sá, A. J. L.; Zukerman-Sschpector, J.; Castellano, E. E., "p-Benzoquinone Diels-Alder Reactions: Applications in Terpene Synthesis". In: Organic Synthesis in Brazil: An Overview, 6th Brazilian Meeting on Organic Synthesis, ed. J. V.Comasseto e J. T. B. Ferreira, 1994, 129-144. 6. Brocksom, T. J.; Corrêa, A.G.; Naves, R. M., Silva JR., F., Catani, V., Ceschi, M. A., Zukerman-Schpector, J., Toloi, A. P., Ferreira, M. L., Brocksom, U. “Diels-Alder Reactions in the Synthesis of Higher Terpenes”. In: Organic Synthesis: Theory and Applications, vol. 5, ed. T. Hudlick, JAI Press, Londres, p. 39-87, 2001. ISBN: 0-08044037-1 7. Dias, R. L. A.; Corrêa, A.G. “Química Combinatória”. In: Química Medicinal. Métodos e Fundamentos em Planejamento de Fármacos. Carlos A. Montanari (ed.), EDUSP, São Paulo, 2011. ISBN: 978-85-314-1266-0 (vencedor do Prêmio Jabuti de Prata da Câmara Brasileira do Livro em 2012, na categoria Ciências Exatas). 8. Souza V. A.; Nakamura, C. V.; Correa, A. G. Atividade Antichagásica de Lignanas e Neolignanas. In: Angelo C. Pinto; Vitor F. Ferreira (Org.). eBook - Doenças Negligenciadas. 1a. ed. Rio de Janeiro: Revista Virtual de Química, 2013, v. 1, p. 100-107. 9. Vieira, L. C. C.; Paixão, M. W.; Corrêa, A. G. Green Synthesis of Chalcone and Coumarin Derivatives via a Suzuki Cross-Coupling Reaction. In: Pietro Tundo; John Andraos (Org.). Green Syntheses, v. 1, Boca Raton, FL: CRC Press, 2014, p. 149162. ISBN: 9781466513204 10. Deobald, A. M.; Corrêa, A. G.; Paixão, M. W.; Rivera D. G. Organocatalytic Asymmetric Tandem Epoxidation-Passerini Reaction. In: Pietro Tundo; John Andraos (Org.). Green Syntheses, v. 1, Boca Raton, FL: CRC Press, 2014, p. 139148. ISBN: 9781466513204 90 ANEXO 6 Patentes 1. Correa, A.; Denis, J.; Greene, A. E. Enantiomer-selective prepn. of phenyl-isoserine derivs. - used in synthesis of new baccatine and des-acetyl baccatine derivs. with antitumour and anti-leukaemic activity. EP414610-A1; FR2651226-A1; FR2652577A1; 1991. 2. Correa, A.; Denis, J.; Greene, A. E.; Grierson, D.S. Enantioselective synthesis of phenyl iso-serine derivs. - by treating phenyl-glycine with reducing agent, then with benzoyl or tert-carbonyl agent, then oxidising etc.. EP530285-A; FR2662441-A1; WO9117976-A1; 1991. 3. Correa, A.; Denis, J.; Greene, A. E. Stereoselective synthesis of phenyl-isoserine derivs. – by benzoylating benzylamine and treating with acrolein to give corresp. alcohol. EP530286-A; FR2662440-A1; WO9117977-A1; 1991. 4. Correa, A.G., Baraldi, P.T., Soares, A. M. Process for the preparation and pharmaceutical formulations for 4-quinolinones and quinolines and use thereof. PCT Int. Appl. WO 2008144865 A2 20081204. 5. Fernandes, J. B.; Silva, M. F. G. F.; Vieira, P. C.; Carlos, R.M.; Correa, A. G.; Bueno, O. C.; Pagnoca, F.; Oliveira, R. M. M. ; Sarria, A. L. F. ; Nebo, L. ; Matos A.P. ; Terezan, A. P. ; Marques, F. A.; da Silva, M. A. N. ; Ramires, E. N.; Annies, V.; de Souza, L. M. B.; Forim, M. R. Processo de Preparação de Complexos Metálicos de Hesperidina e Hesperitina, Complexos Metálicos e Composições Inseticidas para o controle de Insetos Pragas Urbanos, da Agricultura e da Silvicultura. Número do registro: BR1020120313804, data de depósito: 05/12/2012. 6. Fernandes, J. B.; Silva, M. F. G. F.; Vieira, P. C.; Carlos, R.M. ; Corrêa, A. G.; Bueno, O. C.; Pagnoca, F.; Oliveira, R. M. M.; Sarria, A.L.F.; Nebo, L.; Matos A.P.; Terezan, A. P.; Forim, M. R. Naringina e Naringinina, seus complexos metálicos e intermediários para atuarem como inseticidas e ou fungicida no controle de insetos pragas urbanos, da agricultura e da silvicultura. Número do registro: BR1020130271624, data de depósito: 31/08/2013. 7. Corrêa, A.G.; Sangi, D. P.; Paixão, M. W.; Kaplum, V.; Nakamura, C. V.; Cogo, J.; Rodrigues, J. H. S. Compostos de Quinoxalina, Composições Farmacêuticas Contendo os Mesmos e Uso das Ditas Composições. Número do registro: BR10201303032, data de depósito: 26/11/2013. 91 ANEXO 7 Palestras e conferências proferidas em eventos 1. “O Curso de Química da UFSCar e as Oportunidades Profissionais do Químico no Brasil”, Colégio Objetivo, São Carlos, 31/08/93. 2. “O Curso de Química da UFSCar e as Oportunidades Profissionais do Químico no Brasil”, Colégio Anglo, São Carlos, 13/05/94. 3. “Reações de Cicloadição Catalizadas por Metal de Transição”, XVIII Escola de Verão em Química Orgânica, UFSCar, São Carlos, 09/02/98. 4. “Reações de Cicloadição Catalizadas por Metal de Transição”, Programa de Seminários, DQ-UFSCar, São Carlos, 07/06/98. 5. “Reações de Cicloadição Catalizadas por Metal de Transição”, Departamento de Química Fundamental, UFPE, Recife, 03/11/98. 6. “Controle Biorracional de Insetos: Isolamento, Identificação e Síntese de Feromônios de Pragas da Cana-de-Açúcar”, Departamento de Química Fundamental, UFPE, Recife, 04/11/98. 7. "Controle de Pragas da Agricultura Utilizando Produtos Naturais", Departamento de Química, FFCLRP-USP, Ribeirão Preto, 22/09/00. 8. "Isolamento, Identificação e Síntese de Feromônios de Insetos-Pragas", XXX Semana da Química, IQ-UNESP, Araraquara, 23/10/00. 9. "Isolamento, Identificação e Síntese de Feromônios de Insetos-Pragas", Ciclo de Seminários do Programa de Pós-Graduação do Departamento de Química, FFCLRPUSP, Ribeirão Preto, 21/03/01. 10. “Isolamento, identificação, síntese e avaliação de campo do feromônio sexual de populações brasileiras de algumas espécies de lepidópteros”, no III Encontro Brasileiro de Ecologia Química (EBEQ), Campinas, SP, 03 a 06/12/2002. 11. “Ecologia Química: Controle Biorracional de Insetos-Pragas Empregando Produtos Naturais”, Fundação Educacional Machado de Assis/FEMA, Assis - SP, 23/10/2003. 12. “Isolation, Identification, Synthesis and Biological Evaluation of Sex Pheromones of Brazilian Population of Some Lepidoptera Species”, no IFS Mini-Symposium about Pheromones in Brazilian Orchard Pest Insects and How to Use the Knowledge in Control Programmes, Angra dos Reis, RJ, 22-25/09/2003. 13. “Applications of Combinatorial Chemistry: State of the Art and Selected Experience 92 in Latin America”, no Workshop on Strengthening the Technology Capacities of SMEs in Venezuela: the Establishment of an ICS Associate Centre of Technology Transfer and Development, Caracas, Venezuela, 11-13/12/2003. 14. “Síntese de produtos naturais e análogos com potencial aplicação no tratamento de doenças tropicais usando química combinatória” na seção coordenada de Química Orgânica da 28a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química, Poços de Caldas – MG, no período de 30/05 a 02/06/05. 15. “Isolation, identification, synthesis and field tests of semiochemicals of forest pests” no IFS Workshop on Semiochemical research in Latin America: a multidisciplinary endeavour requiring collaborating scientists, Santiago, Chile, de 04 a 09/09/2005. 16. “A pesquisa na área de Síntese Orgânica em nossa região” na mesa redonda do XV Encontro Regional da SBQ, Ribeirão Preto-SP, 10-11/10/2005. 17. “Isolamento, Identificação, Síntese de Semioquímicos de Insetos-Pragas Florestais” no IV Encontro Brasileiro de Ecologia Química, Piracicaba, SP, 29/11 a 02/12/2005. 18. “Química dos Feromônios", V Escola da Química, IQ-UNICAMP, Campinas, SP, 03/10/06. 19. “Infochemicals as an Environmental Friendly Alternative for Pest Control in Brazil” no OPCW/IFS Workshop Chemistry in Nature - Natural resources: chemical, biological and environmental aspects, with focus on Latin America, Montevideo, Uruguay, 31/03 a 04/04/2008. 20. “Synthesis, Design and Structural Optimization”, chair de uma seção no 4th Brazilian Symposium on Medicinal Chemistry, Porto de Galinhas, PE, 09-13/11/08. 21. “Síntese de Compostos Nitrogenados Empregando Micro-ondas” no 1° Workshop Sul Americano de Irradiação de Micro-ondas, Rio de Janeiro, 03-05/02/ 2010. 22. “Síntese de Produtos Naturais e Análogos com Potencial Aplicação no Tratamento de Doenças Tropicais Usando Química Combinatória”, no III Encontro Sergipano de Química no DQ-UFS, Aracajú, SE, de 08 a 11/06/10. 23. “Solution Phase Synthesis of Combinatorial Libraries of Natural Product Analogs, Potent Inhibitors of Cathepsin Enzymes”, III International Workshop on Organic Chemistry, no IQ/Unicamp, de 14 a 16/02/2011. 24. "Síntese de produtos naturais e análogos visando à busca por inibidores enzimáticos", seminário proferido no PPGQ-DQ-UFPR, Curitiba, PR, 27/10/11. 25. “Síntese de produtos naturais e análogos visando a busca de inibidores enzimáticos”, 35ª. Semana da Química do DQ-FFCLRP-USP, 23/09/11. 93 26. “Química Verde no Brasil”, seminário no DQ-UFPR, Curitiba, PR, 23/11/12. 27. “Synthesis of Natural Products and Analogs as Potent Inhibitors of Enzymes”, 4 th Brazilian Conference on Natural Products, 28-30/11/13, Natal – RN. 28. “Síntese de produtos naturais e análogos visando à busca por inibidores enzimáticos”, Departamento de Química, UFSCar, 11/06/2014. 29. “Síntese de Compostos Bioativos Empregando Química Verde”, V Workshop Norte, Nordeste e Centro-Oeste de Síntese Orgânica/III Workshop em Micro-Ondas e Flow Chemistry, Salvador, 27-29/08/14. 30. “Synthesis of Natural Product and Analogs as Inhibitors of Cysteine Proteases”, Brazilian Symposium on Chemistry and Physiology of Proteases and their Inhibitors, September 28-30, 2014, São Carlos. 94 ANEXO 8 Atividades de extensão 1. Monitoramento de Spodoptera frugiperda em Plantações de Milho através do uso de Feromônio. Processo PROEX: 23112.001056/2001-56, de 07/2001 a 06/2003. 2. Monitoramento de Spodoptera frugiperda em Plantações de Milho através do uso de Feromônio. Processo PROEX: 23112.001056/2001-56, de 02/2004 a 06/2006. 3. XXVI Escola de Verão em Química. Processo PROEX: 23112.000198/2006-56, de 02 a 03/2006. 4. XXVII Escola de Verão em Química Prof. Dr. José Tércio Barbosa Ferreira Processo PROEX: 23112.002683/2006-44, de 02 a 03/2007. 5. 13th Brazilian Meeting on Organic Synthesis – BMOS. Processo PROEX: 23112.004109/2008-00, de 08 a 09/2009. 6. 4th International Conference on Green Chemistry. Processo PROEX: 23112.004273/2011-08, de 08 a 09/2012. 7. Descoberta de Novos Fármacos para o Tratamento de Doenças Tropicais: Síntese e Avaliação da Atividade Antiparasitária de Produtos Naturais e Análogos empregando Tecnologias Combinatórias Processo PROEX: 23112.002285/2011-07, de 08/2011 a 09/2014. 8. Derivados de Quinoxaline como fármacos antiparasitários: prova de conceito. Processo PROEX: 23112.000615/2014-88, a partir de 03/2014. 95 ANEXO 9 Participação em Bancas Examinadoras Defesa de dissertação de mestrado: 1. Lucimar Ap. Moreira, “Seletividade na reação de cicloadiação de dicloroceteno”, PPGQ-UFSCar, 1994. 2. Valéria B. Nogueira, “Síntese de asªcompostos potencialmente espermicidas”, PPGQ-UFSCar, 1994. 3. Marcio Galdino dos Santos, “Emprego de algumas reações pericíclicas visando a síntese de cetona da artemisia e precursores dos sesquiterpenos lactaral e iludosina”, PPGQ-UFSCar, 1994. 4. Paulo Roberto Zanotto, Paulo Roberto Zanotto; “Síntese de carenona. Aplicação da 4-carenona na obtenção do ácido 1-(S)-cis-crisantêmico”, PPGQ-UFSCar, 17/03/95. 5. David Costa Silva, Síntese do feromônio de atração sexual da mariposa Bonagota cranaodes, principal praga da maça no sul do Brasil, PPGQ-UFPR, 1998. 6. Ricardo Ferreira Gomes, “Estudo da Síntese da (-)-Hinesol e do acetato de 3(2,6dimetil-1,5-heptadienila): Feromôniio Sexual da Pseudococcus comstocky”, PPGQUFSCar, 1998. 7. Paulo Roberto Rodrigues Meira, “Adição de Alilsilanos à Aldeídos Derivados de Aminoácidos Quirais”, CPG-IQ-UNICAMP, 1999. 8. Angelo de Fátima, “Estudos visando a Síntese de Análogos do Goniotriol via Reação de Nozaki-Hiyama-Kishi”, CPG-IQ-UNICAMP, 2002. 9. Marizete F. P. Godoy, “Atividade de extratos vegetais e seus derivados sobre o crescimento do fungo simbionte de Atta sexdens L. e outros microrganismos”, IB - UNESP, Rio Claro, 2003. 10. Diego dos Santos Pisoni, “Preparação da 5R-4,8-dimetilbiciclo [3.3.0] oct-1(8),3dien-2-ona: um bloco de construção versátil para a síntese de terpenóides quirais”, IQ-UFRGS, 2006. 11. Luiz Fabrício da Silva Azevedo, “Síntese de Análogo Cíclico da Esfingosina”, IQUNICAMP, 2008. 12. Gustavo Frensch, “Identificação e Estudos visando a aplicação de Infoquímicos para o Controle do Gorgulho da Casca do Pinus, Pissodes castaneus (De Geer, 1775) (Coleoptera, Curculionidae)”, PPGQ-UFPR, 2010. 96 13. Emerson Finco Marques, “Estudo de Produtos Naturais e Derivados Sintéticos buscando Inibidores Específicos das catepsinas L e V”, PPGQ-UFSCar, 2011. 14. Viviana da Silva Prado, “Estudos visando a síntese do alcalóide indolizidínico (+)ipalbidina”, PPGQ, IQSC-USP, 2012. 15. Marcos Felipe Pinatto Botelho, “Sintese de gama-butirolactonas utilizando processos multicomponentes”, PPGQ, FFCLRP-USP, 2012. 16. Aparecido Galo, Síntese de análogos de benznidazol por click chemistry e avaliação da atividade antiparasitária”, Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto – USP, 2012. Defesa de tese de doutorado: 1. Silvana M. de Oliveira, “Estudo de reações estereosseletiva em Isopulegol. Aplicações em síntese de sesquiterpenos”, PPGQ-UFSCar, 1994. 2. Ivani Malvestiti, “Estudo sobre a síntese da forskolina”, PPGQ-UFSCar, 1994. 3. Luiz G.Oliveira Matias, Síntese de -Hidroxi- e -Etoxi-lactonas, PPGQ- Instituto de Química, USP, 1995. 4. Adriana Mendes Aleixo, “Desenvolvimento de Metodologias para Oxidações Seletivas em Esqueletos p-Mentânicos. Utilização em Reações para Transposição 1,2 de Enonas ou Apenas de Carbonilas. Aplicações em Sínteses de Produtos Naturais”, IQ-UNICAMP, 1999. 5. Mary Anne Souza Lima, “Enecarbamatos Endocíclicos Enantiomericamente Puros em Síntese Orgânica Assimétrica. Estudos Visando a Síntese Enantiosseletiva de Análogos da (-)-Detoxina e de Aminoácidos Derivados da 4-Hidroxi-prolina Benzilados em C-5”, IQ-UNICAMP, 1999. 6. Marcelo Gonçalves Montes D'Oca, "O uso de auxiliares quirais cicloexílicos na adição de nucleófilos a íons n-acilimínios cíclicos. A reação de aliltrimetilsilano com os íons imínios e N-acilimínios em fase gasosa", IQ-UNICAMP, 2000. 7. Palimécio Gimenes Guerrero, "Reações de Hidrozirconação e Hidroaluminação de Calcogeno Acetilenos: Controle Regio- e Estereoquímico na Síntese de Calcogenoceteno Acetais", PPGQ, FFCL-Ribeirão Preto, USP, 2000. 8. Marcos José Souza Carpes, “Reaçòes de Heck da N-Boc-3-pirrolina com sais de diazônio. Aplicações na Síntese de Arilcainatos, arilaspartatos, lactamas ariladas e do baclofeno e análogos”, IQ-UNICAMP, 2001. 97 9. Ezequias Pessoa de Siqueira, “Reduções de -Metileno Cetonas Mediadas por Saccharomyces cerevisiae”, IQ-UNICAMP, 2002. 10. Adriano C. M. Baroni, “Hidrozirconação de estanhoacetilenos: síntese e reatividade de compostos 1,1-dissubstituídos", FFCL-RP-USP, 2002. 11. Rosangela da Silva, “Estudos sobre a síntese Furobenzofuranos”, SPG-FFCL-RPUSP, 2002. 12. Luiz Antonio S. Romeiro, “Síntese e Avaliação Farmacológica de Novos Antagonistas -Adrenérgicos Derivados do Safrol”, PPG-DQO-UFRJ, 2002. 13. Daniel Frederico, “Síntese Asimétrica da Capsurubina”, SPG-FFCL-RP-USP, 2002. 14. Lucimar Ap. M. Falcão, “Estudo da Síntese da Solavetivona e do Feromônio Sexual da Aonidiella citrina”, PPQG-DQ-UFSCar, 2002. 15. Sandro L. B. dos Santos, “Homologação de aldeídos saturados e insaturados por unidades de 2,4,6 ou 8 carbonos sp2 empregando reagentes de telúrio”, DQ- FFLC-RP, USP, 2003. 16. Davi de Jesus Oliveira, Síntese formal do adoçante natural (-)-monatina, IQUNICAMP, 2003. 17. Alessandra Regina Pepe Ambronsin. Produtos naturais da ordem Rutales como potenciais compostos de partida para drogas antichagásicas e antileishmanioses. PPGQ-UFSCar, 2004. 18. Cleverson Fernando Garcia, “Estudo comparativo de pé-francos e enxertos do gênero Citrus: Correlação entre seus metabólitos e o processo de enxertia”, PPGQUFSCar, 2005. 19. Diana Pagliocchi Bottega, “Síntese de Selenoaminas Quirais, Selenocisteína, Selenotreonina e Derivados via Selenolatos de Índio”, Programa de Pós-Graduação em Química, Universidade Federal de Santa Maria, 2005. 20. Antonio Carlos Ferreira Batista, “Síntese de dicalgeno e halocalcogeno olefinas trissubstituídas”, FFCLRP-USP, 2005. 21. Andréia Pereira Matos, "Busca de Compostos Inseticidas: Estudo de Espécies do Gênero Trichilia (MELIACEAE)", PPGQ-UFSCar, 2006. 22. Luiz Carlos da Silva Filho, Pentacloreto de nióbio como ácido de Lewis em reações de cicloadição [2+2] e [4+2], Departamento de Química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, 2006. 98 23. Mirela Inês de Sairre, “Estudos sobre a síntese de butirolactonas autoreguladoras de bactérias Streptomyces”, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, 2007. 24. Monica Macedo Bastos, “Novos derivados indólicos e tiadiazólicos: uma contribuição à Química de flúor e de isatinas”, Instituto de Química, UFRJ, 2007. 25. Érika S. Bronze Uhle, “Estudos sobre a síntese enantiosseletiva de lignano-lactonas naturais”, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, 2007. 26. Patrícia de Aguiar Amaral, “Synthese de diverses -valerolactones et evaluation biologique: cytotoxicite, analgesie et antiinflamatoire”, Faculdade de Ciências Farmacêuticas - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2008. 27. Karen Fabiane Canto Miranda, “Estudo da Reação de Heck de Anidridos Maleicos com Sais de Arenodiazônio e suas Aplicações Sintéticas”, IQ-UNICAMP, 2010. 28. Luiz Henrique Queiroz Lima, “Ligantes quirais via arilação de Heck: Aplicação na alquilação enantiosseletiva de aldeidos pró-quirais e na reduação de cetonas próquirais”, IQ-UNICAMP, 2011. 29. Cleiton Moreira da Silva, “Síntese de Aldiminas e Calix[n]aldiminas e Avaliação de suas Atividades contra Fungos de Interesse Clínico”, IQ-UFMG, 2013. Bancas de Concurso Público: 1. Processo seletivo para contratação de professor substituto, CEMA-UGR, UFSCar. 2004. Universidade Federal de São Carlos. 2. Concurso público para contratação de Professor Adjunto, área de Biotransformação, IQSC-USP, São Carlos, 2005. 3. Concurso público para contratação de Professores Adjuntos, área de Química Orgânica, do Centro Universitário Norte do Espírito Santo (CEUNES) e do Departamento de Química, UFES, Vitória, 2006. 4. Concurso público para contratação de Professor Adjunto, área de Química Orgânica, do Departamento de Química, UFSCar, São Carlos, 2006. 5. Membro suplente do concurso de Professor Doutor para admissão de um docente na Área de Química Orgânica, Departamento de Química da FFCLRP-USP-Ribeirão Preto, 2006. 99 6. Concurso público para contratação de professor adjunto Química Orgânica - DQ – UFSCar, 2008. 7. Concurso público para contratação de professor adjunto área Química Orgânica, DQUFSCar, 2009. 8. Concurso público para professor do IQ-UFSC, 2013. 9. Concurso público para contratação de um professor adjunto no IQ-UFBA, 2014. Outras participações: Membro do Comitê Externo do Processo de Seleção do PIBIC-CNPq da Universidade Federal de Goiás, 2007. 100 ANEXO 10 Cargos administrativos Funções na UFSCar: 1. Vice-Coordenadora dos Cursos de Licenciatura e Bacharelado em Química, UFSCar, de 11/1992 a 12/1995. 2. Presidente da Câmara de Ensino do Departamento de Química da UFSCar, de 11/1993 a 12/1995. 3. Presidente da Comissão de Bolsas da Câmara de Graduação-CEPE da UFSCar, de 09/1993 a 12/1995. 4. Representante da UFSCar no Nucleo Disciplinar de Quimica da Associação das Universidades do Grupo Montevidéo (AUGM) desde 1998. 5. Presidente da Comissão de Ética Ambiental (CEA), Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, UFSCar, de 10/2005 a 05/2009. 6. Vice-chefe do Departamento de Química da UFSCar de 05/2007 a 05/2009 7. Chefe do Departamento de Química da UFSCar de 05/2009 a 05/2013. Assessoria Externa: 1. Agências de fomento: FAPESP, CNPq, FAPEMIG e FINEP 2. Periódicos: Chemical Science Current Organic Chemistry European Journal of Medicinal Chemistry Journal of Applied Entomology Journal of Agricultural and Food Chemistry Journal of the Brazilian Chemical Society Journal of Enzyme Inhibition and Medicinal Chemistry Journal of Heterocyclic Chemistry 101 Journal of Insect Science Letters in Drug Design & Discovery MEDCHEMCOMM Natural Product Research Parasitology Research Química Nova Revista Brasileira de Entomologia Revista Brasileira de Fruticultura Tetrahedron 102 LSPN - 1998 LSPN – 2002 103 LSPN - 2006 LSPN - 2012 104 LSPN – 2014 Grupo de Química Orgânica – 2013