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ANAIS DO WORKSHOP DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – v.01, n.01, Jul/2012
UNIPAC/Araguari
1. CASOS CLÍNICO
01/2012-01. AVALIAÇAO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO NO
CUIDADO INFANTIL: RELATO DE CASO
Ana Carolina Lara Ferrão1
Ana Luiza Silveira Borela¹
Danillo Henrique da Silveira Queiroz¹
Eduardo Gomes Rodrigues de Morais¹
Everton Sousa de Pontes¹
Fábio Marcos Freire¹
Franciele Ribeiro Fagundes de Souza¹
Igor Muriel da Silva Fernandes¹
Mariana Costa e Silva Rosa¹
Richard Aguiar Neves¹
Tiago Henrique Vargas Oliveira¹
Líbera Helena Ribeiro Fagundes de Souza²
INTRODUÇÃO: Os três primeiros anos de vida da criança têm sido priorizados,
pois ocorrem grandes avanços nas áreas motora, cognitiva e social (HALPERN
et al., 2000). Uma anamnese de excelência, juntamente com uma ectoscopia e
exame físico bem aplicado podem sugerir ou identificar um problema latente na
criança (PORTO, 2009). Este estudo tem por objetivo destacar a importância
da avaliação do crescimento e desenvolvimento infantil, na detecção precoce
de problemas de saúde.
RELATO DE CASO: Criança, sexo masculino, três anos e sete meses. Pai
iniciou a fala aos oito anos, dificuldade para leitura e escrita. Avô paterno e
irmão de sete anos com consanguinidade paterna apresentam a mesma
dificuldade. Mãe, portadora de epilepsia, fez uso de fenitoína e tabaco durante
a gestação. Nascido à termo, peso 2900 g, comprimento 51 cm, fala pouco
desenvolvida, vocabulário silábico, pouco compreensível, iniciou a marcha com
dois anos. Ao exame físico, perímetro cefálico 42 cm, estatura 96 cm e peso
13,5 Kg, criptorquidia à direita e hipospádia discreta. Percentil de crescimento
entre P3-P15, nutrição entre P15-P50. Foi atendido por pediatra na Estratégia
de Saúde da Família, sendo referenciado à atenção secundária de saúde.
DISCUSSÃO: As alterações encontradas na criança podem decorrer da
herança genética e dos hábitos maternos, como o uso de tabaco e opióides.
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Uma das alterações que mais despertaram a atenção dos alunos foi o balbuciar
de sílabas, indicando uma dificuldade na reprodução da fala, que não era
esperada para a idade. A linguagem é uma função complexa que depende de
vários processos e sistemas (RESCORLA; ROSS; MCCLURE, 2007). A
avaliação do desenvolvimento infantil é de vital importância na pediatria ao
permitir identificar alterações que afetam substancialmente o padrão mental
utilizado para a interação do ser com o meio no âmbito motor e sensorial (FOX;
LEVITT; NELSON, 2010). Verificou-se que a anamnese e o exame físico bem
aplicado permitem uma avaliação do crescimento e desenvolvimento infantil,
sendo possível reconhecer alterações e intervir com uma terapêutica precoce
favorecendo o prognóstico da criança.
PALAVRAS CHAVE: Criança; Avaliação; Crescimento; Desenvolvimento.
REFERÊNCIAS:
FOX, S. E.; LEVITT, P.; NELSON, C. A. How the timing and quality of early
experiences influence the development of brain architecture. Child
Development. v. 81, n. 1, p. 28-40, 2010.
HALPERN, R.; GIUGLIANI, E. R. J.; VICTORA, C. G.; BARROS, F. C.;
HORTA, B. L. Fatores de risco para suspeita de atraso no desenvolvimento
neuropsicomotor aos 12 meses de vida. Journal of Pediatrics. v. 76, n. 6, p.
421-428, 2000.
PORTO, C.C. Semiologia Médica. Guanabara Koogan; 2009; 6. ed.
RESCORLA, L.; ROSS, G. S.; MCCLURE, S. Language delay and
behavioral/emotional problems in toddlers: findings from two developmental
clinics. Journal of Speech Language and Hearing Research. v. 50, n. 4, p.
1063-1078, 2007.
¹ Estudante de Medicina da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC/Araguari-MG,
Brasil. E-mail: [email protected]
² Professora Mestre da Disciplina Interação Comunitária da Universidade Presidente Antônio
Carlos - UNIPAC/Araguari-MG, Brasil. E-mail: [email protected]
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02/2012-01. DOENÇA DE CAROLI DIFUSA EM MULHER DE 40 ANOS:
RELATO DE CASO
Caroline Fontoura Costa1
David Braga Barbosa Ribeiro1
Matheus Maciel Dornelles de Carvalho1
Poliana de Paula Vieira Borges dos Reis Soares1
Priscila Gomes Frauzino Elias1
Rogério Dias Silva1
Tássio Momenté Castanheira 1
Vanessa Moreira Xavier1
William Ulisses de Alcântara1
Willian Marcus Oliveira1
Willy Pereira da Silva Filho1
Líbera Helena Ribeiro Fagundes de Souza2
INTRODUÇÃO: A Doença de Caroli (DC) é uma entidade clínica bastante rara.
Em todo o mundo foram descritos apenas cerca de 200 casos (IANCU et al.,
2010). Trata-se de uma doença congênita, que leva à dilatação das vias
biliares intra-hepáticas (VBIH), em 80% dos casos com envolvimento difuso e
frequentemente assintomática nos primeiros cinco a 20 anos de vida (MÃO DE
FERRO et al., 2007). Diante de um caso tão incomum, são necessários a
divulgação de mais estudos, para que a comunidade científica tome
conhecimento dos resultados. Desta forma, o presente estudo teve como
objetivo principal, a avaliação do quadro clínico da paciente e a eficiência do
seu tratamento.
RELATO DE CASO: Mulher de 40 anos tem manifestações da DC desde a
infância. Em 2002, a tomografia computadorizada e ultrassonografia abdominal
evidenciaram dilatação e litíase das VBIH, com comprometimento difuso,
sugestivo de DC. Foram então, implantadas endopróteses biliares, sendo
removidas seis meses depois, por inadaptação. Atualmente faz uso regular de
ácido ursodesoxicólico e ciprofloxacina. Não possui fibrose hepática, no
entanto, estrias esofágicas evidenciam hipertensão portal. Hoje se encontra em
bom estado geral, sendo orientada sobre restrições alimentares, observar
sinais como: icterícia, acolia fecal e colúria, usar as medicações prescritas,
além de realizar os exames de rotina.
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DISCUSSÃO: Acredita-se que a etiopatogenia relaciona-se a uma parada de
crescimento da placa ductal entre a 12ª e a 20ª semana de vida intrauterina,
comprometendo a formação das VBIH, que então sofrem dilatação (IANCU et
al., 2010). Caso esta dilatação das VBIH curse com fibrose hepática, a
entidade passa a ser denominada Síndrome de Caroli (MÃO DE FERRO et al.,
2007). O principal quadro clínico da DC são as colangites de repetição, que
podem se manifestar mesmo sem a formação ou deslocamento de cálculos.
Outras complicações podem envolver amiloidose, insuficiência hepática, e
câncer. Portadores da DC possuem 100 vezes mais risco de desenvolverem
colangiocarcinoma (MÃO DE FERRO et al., 2007). No caso relatado, a
terapêutica consistiu no controle da hipertensão portal e profilaxia das
colangites. Mas devido a grau de envolvimento hepático sofrido, o transplante
hepático foi proposto como a conduta mais adequada.
PALAVRAS CHAVE: Doença Caroli; Vias Biliares; Colangites.
REFERÊNCIAS:
IANCU, C.; BODEA, R.; MURESAN, T.; IANCU, D.; BORUAH, P.; AL HAJJAR,
N. Diffuse form of Caroli´s Disease: therapeutical approach in a female patient
with recurrent cholangitis. Journal of Gastrointestinal and Liver Diseases. v.
19, n. 4, p. 457-460, 2010.
MÃO DE FERRO, S.; SALAZAR, M.; MARINHO, R. T.; GLÓRIA, H.; PINTO, H.
C.; FATELA, N.; MARQUES, A.; ALDEIA, F.; RAMALHO, F.; MOURA, M. C.
Doença de Caroli Segmentar em homem de 73 anos. Jornal Português de
Gastrenterologia. v. 14, p. 21-24, 2007.
¹ Estudante de Medicina da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC/Araguari-MG,
Brasil. E-mail: [email protected]
² Professora Mestre da Disciplina Interação Comunitária da Universidade Presidente Antônio
Carlos - UNIPAC/Araguari-MG, Brasil. E-mail: [email protected]
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03/2012-01. FIXAÇÃO INTERNA RÍGIDA EM FRATURAS DE MANDÍBULA
PELA FILOSOFIA AO/ASIF
Bruno Monteiro Macedo Ribeiro¹
Antônio Fernando Cunha Simão¹,²
Amanda Vieira Arruda¹
Gabriela Cristina de Alvarenga Araújo¹
Viviane Moreira Alves¹
INTRODUÇÃO: As fraturas de mandíbula possuem uma alta incidência em
serviços de urgência e emergência em todo o mundo, correspondendo a 45,4%
das fraturas craniomaxilofaciais. Variam desde fraturas simples até fraturas
complexas com ameaça à vida. Os diferentes locais de fraturas e suas forças
de carga mastigatória e cargas musculares correspondentes, instigaram
diversos autores quanto a criação de protocolos de fixação. Nos dias atuais, o
mais utilizado seria o protocolo de fixação segundo a AO/ASIF.
RELATO DAS ATIVIDADES: A fixação interna rígida com correta redução
promove uma correta e satisfatória cicatrização óssea por primeira e segunda
intenção, fazendo com que não ocorra uma má união óssea, desenvolvimento
de pseudo artrose e infecções pós traumáticas. A AO/ASIF visando isso e
outros aspectos, desenvolveu protocolos e manuais científicos indicando o
melhor hardware a ser utilizado bem como a sequência de tratamento.
CONCLUSÃO: Os casos de fraturas craniomaxilofaciais pelo método AO/ASIF
e seus materiais vem mostrando que a cicatrização óssea por primeira intenção
e o uso de hardware adequado é o ponto principal para o tratamento das
fraturas mandibulares.
PALAVRAS CHAVE: Fixação Interna Rígida, Fraturas de mandíbula,
cicatrização óssea
REFERÊNCIAS:
Manual of internal fixation in the crânio-facial skeleton: Techniques
recommend by the AO/ASIF maxillofacial group, 2008.
Fonseca et al. Oral and Maxillofacial Surgery: Trauma, v.3, 2000.
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Dingman R.O; Natvig P. Cirurgia das Fraturas Faciais, 2004.
¹Graduandos do curso de medicina da Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC) –
Campus Araguari/MG. E-mail: [email protected]
²Cirurgião e traumatologista bucomaxilofacial pelo Hospital Municipal Dr. Mário Gatti –
Campinas/SP. E-mail: [email protected]
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04/2012-01. INFLUÊNCIA DO SISTEMA COMPLEMENTO NAS
INFECÇÕES BACTERIANAS CRANIOMAXILOFACIAIS
Amanda Vieira Arruda ¹
Antônio Fernando Cunha Simão¹,²
Bruno Monteiro Macedo Ribeiro¹
Gabriela Cristina de Alvarenga Araújo¹
Viviane Moreira Alves¹
INTRODUÇÃO: As infecções craniomaxilofaciais representam um grande
desafio para o cirurgião, pois, partem desde um simples abscesso até uma
celulite cervical importante com desvio de traquéia e alto risco de óbito. Uma
correta avaliação, a associação dos mecanismos de defesa do paciente, uso
racional de antimicrobianos e o correto manuseio do caso reduzem de forma
importante a morbidade e consequente mortalidade dos casos de infecções
craniomaxilofaciais. Este trabalho tem por objetivo definir os principais
patógenos e associar o Sistema Complemento na defesa contra tais
microorganismos, auxiliando então na eliminação da patologia.
RELATO DE ATIVIDADES: Bactérias Staphylococcus sp. são as principais
responsáveis por infecções craniomaxilofaciais. Para uma efetiva eliminação e
recuperação de infecções instaladas no complexo cervico-facial é de extrema
importância a associação do sistema imunológico e antibioticoterapia. O
sistema complemento e suas ações, principalmente das proteínas C3b, (C3a e
C5a)
promovem
tanto
opsonização
quanto
mediam
a
inflamação,
respectivamente, sendo de suma importância na resposta imunológica do
paciente contra infecções bacterianas.
CONCLUSÃO:
A
associação
de
antibioticoterapia
e
um
estado
de
imunocompetência do paciente são fatores essenciais para a eliminação de
qualquer processo infeccioso de origem bacteriana.
PALAVRAS CHAVE: Staphylococcus sp., inflamação, sistema complemento.
REFERÊNCIAS:
TORTORA, G.J; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. Microbiologia, 8. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2005.
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ABBAS, A.K.; LICHTMAN, A.H; PILLAI, S. Imunologia celular e molecular,
6.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
RANG, H.P. et al. Farmacologia, 5.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
¹Graduandos do curso de medicina da Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC) –
Campus Araguari/MG. E-mail: [email protected]
²Cirurgião e traumatologista bucomaxilofacial pelo Hospital Municipal Dr. Mário Gatti –
Campinas/SP. E-mail: [email protected]
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05/2012-01. PLANO PARA CESSAÇÃO PROGRESSIVA DO TABAGISMO:
RELATO DE CASO
Ana Luisa Simarro Mansano¹
Anna Paula Vilarindo Marques¹
Fernanda Felippe Cruvinel¹
Isadora Queiroz¹
Karenn Cecilia Silva¹
Luana Rocha¹
Mariana Moreira Soares de Sá¹
Maryel Mendes¹
Monalise Rodrigues Siracava¹
Pamella Wander Rosa ¹
Sarah Ohana¹
Líbera Helena Ribeiro Fagundes de Souza2
INTRODUÇÃO: O tabagismo é um dos fatores de risco mais importantes para
as doenças e agravos não transmissíveis, uma das principais causas de
morbimortalidade, constituindo-se num grave problema de saúde pública no
Brasil e no mundo (IGLESIAS et al., 2007). Este estudo tem como objetivo
relatar uma intervenção realizada na tentativa de auxiliar a paciente a
abandonar o tabaco.
RELATO DE CASO: Mulher, 49 anos, natural de Uberaba/MG, negra,
alfabetizada, dona de casa, sedentária, IMC 45,1 kg/m², tabagista há mais de
20 anos, de 15 cigarros por dia, portadora de hipertensão arterial sistêmica,
diabetes mellitus tipo 2, dieta hiperlipidêmica. Durante as visitas domiciliares
realizadas pelos acadêmicos do curso de medicina, ela foi orientada sobre a
necessidade de uma dieta balanceada, atividades físicas e controle de peso.
Em março, foi aplicado um plano para o abandono gradual do tabagismo
dotado de datas seguidas de símbolos de cigarros apagados, correspondendo
a uma cota diária, de forma que a cada cigarro fumado, a paciente deveria
marcar (riscar) um cigarro da cota programada, sendo que ao fumar toda a cota
diária permitida, a paciente não fumaria nenhum outro cigarro naquele dia.
DISCUSSÃO: A prática semanal de 150 minutos de atividades físicas
moderadas, a adoção de hábitos alimentares saudáveis com reduzidos teores
de sódio (<2,4g/dia), mostra-se capaz de reduzir a pressão arterial em
indivíduos hipertensos (BRASIL, 2006). Acredita-se que essas práticas
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ANAIS DO WORKSHOP DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – v.01, n.01, Jul/2012
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adotadas pela paciente promoveram a redução de seus níveis pressóricos, no
entanto, o plano aplicado para o abandono do tabagismo foi sem sucesso,
talvez pela falta de acompanhamento contínuo. Observou-se que o hábito de
consumir tabaco tem um grande poder aditivo e que a utilização do plano
gradual de abandono pode ser uma ferramenta eficaz na diminuição ou
abandono do vício, porém necessita de um acompanhando multiprofissional e
persistência na prática mesmo após um primeiro insucesso. Sugere-se a
realização de novos estudos sobre a temática.
PALAVRAS CHAVE: Parada; Gradual; Tabagismo.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento
de Atenção Básica. Diabetes Mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
IGLESIAS, R.; JHA, P.; PINTO, M.; SILVA, V. L. C.; GODINHO, J. Controle do
Tabagismo no Brasil. Departamento de Desenvolvimento Humano, Região da
América Latina e do Caribe e Departamento de Saúde, Nutrição e População:
Rede de Desenvolvimento Humano, Banco Internacional para Reconstrução e
Desenvolvimento/ Banco Mundial, Washington 2007.
¹ Estudante de Medicina da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC/Araguari-MG,
Brasil. E-mail: [email protected]
² Professora Mestre da Disciplina Interação Comunitária da Universidade Presidente Antônio
Carlos - UNIPAC/Araguari-MG, Brasil. E-mail: [email protected]
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06/2012-01. RELATO DE CASO DE NEUROCISTICERCOSE COMO
EXPERIÊNCIA PARA FORMAÇÃO ACADÊMICA
Andressa Moreira Xavier1
Bruno Luis de Sousa1
Cristielly Guimarães Franco1
Hugo Leonardo Shigenaga Ribeiro1
Karoline Caetano Caixeta1
Luiza Assad Terra1
Líbera Helena Ribeiro Fagundes de Souza2
INTRODUÇÃO: A cisticercose é uma doença que representa grave problema
de saúde pública e se caracteriza pela presença da forma larval da Taenia
solium, Cysticercus celullosae, em diversos tecidos. Sua presença no sistema
nervoso central, a neurocisticercose (NCC), enfermidade parasitária mais
frequente e, forma grave da doença, é a causa mais comum de epilepsia de
inicio tardia e de hidrocefalia em adultos no Brasil (ROMÁN et al., 2000). Este
estudo tem como objetivo descrever um caso de neurocisticercose como
experiência para formação acadêmica.
RELATO DE CASO: Paciente, feminino, 42 anos, leucoderma, casada, quatro
filhos, sendo um menor de três anos, procedente do bairro São Sebastião,
cidade de Araguari, Minas Gerais. Diagnosticada há 2 anos como portadora de
neurocisticercose, após sofrer uma crise convulsiva. Foi encaminhada a
assistência médica, realizada a tomografia computadorizada de crânio (TC)
que apresentou múltiplas lesões vesiculares, confirmando o diagnostico de
neurocisticercose. A paciente recebeu tratamento com fenitoína (100 mg, 2
vezes ao dia). Os acadêmicos, por meio de visitas domiciliares, puderam
prestar assistência para a paciente e sua família.
DISCUSSÃO: A NCC é adquirida através do consumo de alimentos
contaminados com fezes de T. solium, contato fecal-oral. Os ovos da tênia são
eliminados nas fezes e contaminam os alimentos através da falta de higiene. A
paciente em questão relatou que por muitos anos morou em casa sem água
encanada e rede de esgoto, tanto em meio rural quanto urbano. Como a
grande maioria das infestações atinge diretamente o sistema nervoso central,
observam-se inúmeras manifestações clínicas, sendo as mais encontradas,
crises epilépticas, hipertensão intracraniana, meningites agudas e recorrentes,
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ANAIS DO WORKSHOP DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – v.01, n.01, Jul/2012
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múltiplas formas de distúrbios psíquicos, forma apoplética, ou seja, hemorragia
cerebral com comprometimento brusco das funções cerebrais, e a forma
medular, resultante da afecção medular (BEDAQUE, 2003). Neste caso
acompanhado pelos acadêmicos a principal queixa é a cefaleia e amnésia e a
sua principal preocupação é quanto as crises epilépticas, pois a portadora tem
um filho de três anos que necessita de seus cuidados e atenção. O estudo
pode ilustrar a importância de se utilizar uma linguagem simples, contendo
informações sobre a doença e ações de autocuidado, para melhor alicerçar o
conhecimento dos pares paciente/acadêmicos.
PALAVRAS CHAVE: Neurocisticercose; Autocuidado; Experiência.
REFERÊNCIAS:
BEDAQUE, E. A. Neurocisticercose: aspectos clínicos, epidemiológicos e
análise de 171 prontuários do Instituto de Infectologia Emílio Ribas de 1980 a
1990 [Dissertação]. São Paulo (SP): Programa de Pós-Graduação da
Coordenação dos Institutos de Pesquisa da Secretaria de Estado da Saúde de
São Paulo; 2003.
ROMÁN, G.; SOTELO, J.; DEL BRUTTO, O.; FLISSER, A.; DUMAS, M.;
WADIA, N.; BOTERO, D.; CRUZ, M.; GARCIA, H.; BITTENCOURT, P. R.;
TRELLES, L.; ARRIAGADA, C.; LORENZANA, P.; NASH, T. E.; SPINAFRANÇA, A. A proposal to declare neurocystucercosis an international
reportable disease. Bull Word Health Organ. v. 78, p. 399-406, 2000.
¹ Estudante de Medicina da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC/Araguari-MG,
Brasil. E-mail: [email protected]
² Professora Mestre da Disciplina Interação Comunitária da Universidade Presidente Antônio
Carlos - UNIPAC/Araguari-MG, Brasil. E-mail: [email protected]
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ANAIS DO WORKSHOP DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – v.01, n.01, Jul/2012
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07/2012-01. TRATAMENTO “STEP BY STEP” DAS FRATURAS DO TERÇO
MÉDIO DA FACE
Antônio Fernando Cunha Simão¹,³
Nilton Provenzano²
Amanda Vieira Arruda²
Bruno Monteiro Macedo Ribeiro²
Gabriela Cristina de Alvarenga Araújo²
Viviane Moreira Alves²
INTRODUÇÃO: O terço médio da face é definido como a área compreendida
entre a face oclusal dos dentes maxilares e uma linha imaginária que parte das
suturas fronto – zigomáticas tangenciando a base do crânio e convergindo para
o forame magno. Diferentes unidades anatômicas e funcionais, se associam
formando o terço médio, como as órbitas, complexo naso – órbito – etmoidal,
complexo zigomático e maxila. A compreensão das fraturas do terço médio
envolvem uma avaliação mandatória destas estruturas e sua vizinhança assim
como uma correta redução e fixação das mesmas.
RELATO DO CASO: Os pacientes com fratura de terço médio são avaliados e
tratados por diversos protocolos. O caso aqui descrito relata a fixação step-bystep de uma paciente vítima de acidente automobilístico com fraturas nasoórbito-etmoidal e fratura Lefort 3, reduzida e fixada pela técnica mista de Ellis.
DISCUSSÃO: Vários autores relatam diferentes tipos de redução e fixação das
fraturas do terço médio. Técnicas como Botton Up Outside In e Top Down
Inside Out foram amplamente estudadas e colocadas em prática com bastante
sucesso. A técnica mista de Ellis veio por adaptar as duas técnicas visando
maior rapidez, eficiência de tratamento e maior cicatrização óssea.
PALAVRAS CHAVE: Fraturas, terço médio da face, técnica cirúrgica.
REFERÊNCIAS:
Manual of internal fixation in the crânio-facial skeleton: Techniques
recommend by the AO/ASIF maxillofacial group, 2008.
Stanley R.B. Jr.; Norwak G.M. Midfacial fractures: Importance of angle of angle
of impact to horizontal craniofacial buttresses. Otolaringol Head Neck Surg, n.
93, 1985, p. 186-192.
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ANAIS DO WORKSHOP DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – v.01, n.01, Jul/2012
UNIPAC/Araguari
Fonseca et al. Oral and Maxillofacial Surgery: Trauma, v.3, 2000.
¹Cirurgião e traumatologista bucomaxilofacial pelo Hospital Municipal Dr. Mário Gatti –
Campinas/SP. E-mail: [email protected]
²Ms. e especialista em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial no Hospital Municipal Dr. Mário
Gatti – Campinas/SP.
³Graduandos do curso de medicina da Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC) –
Campus Araguari/MG.
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ANAIS DO WORKSHOP DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – v.01, n.01, Jul/2012
UNIPAC/Araguari
08/2012-01. TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS ANQUILOSES DA
ARTICULAÇÃO TÊMPORO-MANDIBULAR (ATM)
Antônio Fernando Cunha Simão¹,³
Nilton Provenzano²
Amanda Vieira Arruda²
Bruno Monteiro Macedo Ribeiro²
Gabriela Cristina de Alvarenga Araújo²
Viviane Moreira Alves²
INTRODUÇÃO: A anquilose da ATM consiste em patologia que implica
grandes restrições para o indivíduo portador e influencia diretamente na
qualidade de vida do mesmo. Estipulou-se então, um protocolo de tratamento
das anquiloses da ATM, denominado Protocolo de Kaban.
RELATO DOS CASOS: Compareceram ao Hospital Municipal Dr. Mário Gatti –
Campinas – SP, dois pacientes com quadro de anquilose da articulação
têmporo-mandibular. Um dos pacientes era um adulto com história pregressa
de trauma em articulação direita. O tratamento proposto foi o mesmo citado
outrora por Kaban. O outro paciente era uma criança com história pregressa de
trauma em articulação direita não tratada em outro serviço. O protocolo
adotado foi o mesmo do paciente adulto, ou seja, o protocolo de Kaban.
DISCUSSÃO: Existem vários protocolos utilizados para o tratamento cirúrgico
das anquiloses da ATM. Uns com mais sucessos outros com menos. Kaban,
um profundo estudioso, desta articulação, desenvolveu um protocolo com auto
índice de sucesso para tratar esta patologia.
PALAVRAS CHAVE: Anquilose, ATM, condilectomia, Enxerto costo condral
REFERÊNCIAS:
Kaban L.B. et al. A Protocol for managemen of temporomandibular joint
ankylosis, 1990.
M. Turco et al. Treatment of severe bilateral temporomandibular joint
ankylosis in adults: our protocol, 2007.
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ANAIS DO WORKSHOP DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – v.01, n.01, Jul/2012
UNIPAC/Araguari
Pogrel M.A.; Kaban L.B. The role of a temporalis fascia and muscle flap in
temporomandibular joint surgery. J. Oral Maxillofac Surg., n. 48, p. 14-19,
2000.
¹Cirurgião e traumatologista bucomaxilofacial pelo Hospital Municipal Dr. Mário Gatti –
Campinas/SP. E-mail: [email protected]
²Ms. e especialista em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial no Hospital Municipal Dr. Mário
Gatti – Campinas/SP.
³Graduandos do curso de medicina da Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC) –
Campus Araguari/MG.
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ANAIS DO WORKSHOP DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – v.01, n.01, Jul/2012
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09/2012-01. TRATAMENTO CIRÚRGICO DE OSTEOMIELITE POR
“MARSA” PÓS FERIMENTO POR ARMA DE FOGO: RELATO DE CASO
Gabriela Cristina de Alvarenga Araújo¹
Antônio Fernando Cunha Simão¹,²
Amanda Vieira Arruda¹
Bruno Monteiro Macedo Ribeiro¹
Viviane Moreira Alves¹
INTRODUÇÃO: Os ferimentos por arma de fogo (FAF) implicam em um grande
desafio para todas as áreas cirúrgicas médicas e odontológicas. Apesar do
projétil ser considerado um corpo estéril, ao penetrar os tecidos, leva consigo a
microbiota da pele do indivíduo, disseminando-os em planos mais profundos. A
associação entre Staphilococcus aureus resistentes a Meticilina (MARSA) e a
necrose tecidual provocada pelo projétil, pode levar a uma osteomielite. Este
trabalho vem relatar um caso de um paciente vítima de FAF em mandíbula, que
evoluiu posteriormente com osteomielite MARSA +, bem como seu tratamento.
RELATO DO CASO: Foi atendido no serviço de urgência e emergência do
Hospital Municipal Dr. Mário Gatti – Campinas – SP, um paciente com múltiplos
ferimentos por arma de fogo, sendo que um desses atingiu a região da face do
lado direito. No ato da urgência foram reduzidas e fixadas as fraturas com
placas e parafusos de 2,4 mm RECON e posteriormente administração
agressiva de antibioticoterapia endovenosa de amoxicilina e ácido clavulônico.
O paciente após receber alta foi transferido para penitenciária onde por motivos
não sabidos não foi administrado o antibiótico receitado. Após o período de 27
dias o paciente retornou com supuração e trismo importante. Foi feito a cultura
antibiograma e bacterioscopia revelando MARSA positivo. O tratamento
proposto
foi
hemi-mandibulectomia
e
administração
de
carbapênicos
endovenoso por um período extenso.
DISCUSSÃO: O tratamento das osteomielites maxilares envolvem cirurgia
radical com margem de segurança, cultura do osso infectado, administração de
drogas endovenosa por um extenso período de tempo e exames periódico para
proteína C reativa.
PALAVRAS CHAVE: osteomielite, MARSA, carbapênico.
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ANAIS DO WORKSHOP DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – v.01, n.01, Jul/2012
UNIPAC/Araguari
REFERÊNCIAS:
Manual of internal fixation in the crânio-facial skeleton: Techniques
recommend by the AO/ASIF maxillofacial group, 2008.
Fonseca et al. Oral and Maxillofacial Surgery: Trauma, v.3, 2000.
Dingman R.O; Natvig P. Cirurgia das Fraturas Faciais, 2004.
¹Graduandos do curso de medicina da Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC) –
Campus Araguari/MG. E-mail: [email protected]
²Cirurgião e traumatologista bucomaxilofacial pelo Hospital Municipal Dr. Mário Gatti –
Campinas/SP. E-mail: [email protected]
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ANAIS DO WORKSHOP DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – v.01, n.01, Jul/2012
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10/2012-01. TRATAMENTO CLÍNICO E CIRÚRGICO DAS INFECÇÕES PÓS
TRAUMÁTICAS EM TECIDOS MOLES DA FACE
Viviane Moreira Alves¹
Antônio Fernando Cunha Simão¹,²
Amanda Vieira Arruda¹
Bruno Monteiro Macedo Ribeiro¹
Gabriela Cristina de Alvarenga Araújo¹
INTRODUÇÃO: Entre 10 e 12 milhões de pessoas são atendidas anualmente
em Pronto – Socorros com lesões em tecidos moles na face. Sabe-se que uma
grande porcentagem (50%) é devido ao trauma, a outra porcentagem é devido
a lesões corto – contundentes, e uma pequena porcentagem por mordeduras
humanas e animais. A taxa de infecção pós traumática pode variar de 2,5% a
11,5% mesmo tratada corretamente. Este trabalho tem por objetivo racionalizar
o manuseio correto dos ferimentos na face, bem como a indicação correta de
tratamento segundo o protocolo descrito outrora por Omar Abubaker.
RELATO DE ATIVIDADES: Ferimentos causados por trauma trazem com eles
um alto grau de contaminação devido ao rompimento das barreiras mecânicas
e o comprometimento da proteção biológica. Para então prevenir as infecções
pós-traumáticas lança-se mão de uma limpeza correta, debridamento menos
traumático possível, remoção de corpos estranhos e manuseio cuidadoso do
tecido. Após o aparecimento clinico de uma infecção tecidual o tratamento deve
otimizar a perfusão sanguínea, remover tecidos necróticos, prevenir a
disseminação e necrose com o uso de antibioticoterapia e debridamento e
sutura se possível. Aspectos como drenagem aumentada, endurecimento,
descoloração tecidual, flutuação, leucocitose e taquicardia são características
de cicatrização anormal.
CONCLUSÃO: Procedimentos como correto manuseio do ferimento e
antibioticoterapia são condições importantes para a prevenção de infecções
pós-traumáticas. Se ocorrer instalação da mesma, drenagem e remoção de
material necrótico para cultura e antibioticoterapia empirica são condições sine
qua non para o bom desenvolvimento do caso.
PALAVRAS CHAVE: Infecção, tecidos moles, trauma.
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REFERÊNCIAS:
A. Omar Abubaker. Management of posttraumatic soft tissue infections, Oral
and Maxillofacial Surgery Clinics North America, 2003, p. 139-146.
Schultz, R.C. Facial Injuries, ed 3. Chicago: Year Book Medical Publishers,
1988.
Leach J. Proper handling of soft tissues in the acute phase. Plast. Surg., 2001.
¹Graduandos do curso de medicina da Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC) –
Campus Araguari/MG. E-mail: [email protected]
²Cirurgião e traumatologista bucomaxilofacial pelo Hospital Municipal Dr. Mário Gatti –
Campinas/SP. E-mail: [email protected]
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