Recebido em 13/01/2010 Carvalho, et al. Aprovado em 30/03/2010 V10N4 Princípios de Atendimento Hospitalar em Cirurgia Buco-Maxilo-Facial Principles of Manegement of Hospitalized Patients in Oral and Maxilo Facial Surgery Matheus Furtado de CarvalhoI| Rafael Kahale Ricieri HerreroII | Diego Rocha MoreiraIII | Eduardo Stehling UrbanoIV | Peter ReherV RESUMO As fraturas faciais freqüentemente estão associadas a lesões de outras regiões do corpo humano. O atendimento hospitalar e a assistência ao paciente politraumatizado envolvem uma série de etapas multidisciplinares capazes de influenciar diretamente a sobrevivência da vítima. O atendimento é dado de forma seqüencial, tendo início com a avaliação inicial, avaliação secundária, evolução, internação, alta hospitalar e por fim, o retorno ambulatorial e acompanhamento do paciente. Sendo assim, é de suma importância que o Cirurgião Buco-maxilo-facial tenha amplo domínio no que diz respeito à estrutura funcional e organizacional do hospital onde atua, conhecendo toda a logística hospitalar, evitando perda de tempo durante o atendimento à vítima, contribuindo até mesmo para redução dos custos hospitalares no tratamento do paciente politraumatizado. O objetivo desse trabalho é elucidar as etapas hospitalares presentes nos serviços de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial durante o atendimento ao politraumatizado, destacando sua importância no sucesso do tratamento e prognóstico do paciente. Descritores: admissão do paciente, alta do paciente, cirurgia maxilofacial. ABSTRACT Facial fractures are frequently associated with injuries to other body regions. Correct management of the hospitalized patient with multiple traumas involves a series of multidisciplinary steps that can directly influence the survival of the victim. The manegement follows a sequence that starts with the initial evaluation, secondary evaluation, progress notes, discharge and finally, the outpatient treatment and monitoring of the patient. It is therefore extremely important that the oral and maxillofacial surgeon has a broad understanding of the functional and organizational structures of the hospital where he/she works. This will reduce treatment time, contributing reduced hospital costs in the treatment of polytrauma patients. The aim of this work is to elucidate the steps involved in the treatment of hospitalized patients in the departments of Oral and Maxillofacial Surgery during multiple trauma care, highlighting its importance in successful treatment and prognosis. Descriptors: patient admission, patient discharge, maxilofacial surgery. INTRODUÇÃO O trauma determina graves consequências biopsi- Sabe-se que, nos países industrializados, o número cossociais em suas vítimas, podendo ocasionar desde de pacientes vítimas de traumatismo vem aumentando incapacidade temporária ou permanente a até mesmo significativamente nos últimos anos1,2,3,4,5,6, repre- o óbito do paciente. Fatores econômicos encontram-se sentando, segundo Whitaker et al7 e Pereira e Lima8 diretamente envolvidos devido ao alto custo destinado a terceira maior causa de morte no Brasil. a recuperação do indivíduo7. Sendo assim, torna-se I Mestrando em Clínica Odontológica pela Universidade Federal de Juiz de Fora e residente em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. II Aluno do curso de graduação da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Juiz de Fora. III Pós-graduado em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. IV Doutorando em Implantodontia pela São Leopoldo Mandic. Mestre em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Professor do Departamento de Morfologia da Universidade Federal de Juiz de Fora. V Doutorado em Oral and Maxillofacial Surgery pela University College London. ISSN 1679-5458 (versão impressa) ISSN 1808-5210 (versão online) Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.10, n.4, p. 79-84, out./dez.. 2010 79 de risco, onde o socorrista–auxiliar ou técnico de zado e multidisciplinar afim de otimizar a qualidade do enfermagem ou enfermeira avalia o paciente, classifi- atendimento do paciente politraumatizado9,10,11,6, cando-o mediante protocolo adotado pelo hospital14, que segundo Miloro14 pode ser capaz de minimizar as encaminhando-o para o profissional especializado, taxas de mortalidade e morbidade hospitalar em até responsável pela avaliação secundária e condução do 10% dos casos. caso15,16. Sob a ótica da organização dos serviços hos- Navarro et al11 descreve que a cirurgia geral é a pitalares, se encontra a Cirurgia e Traumatologia especialidade médica responsável pelo atendimento Buco-Maxilo-Facial (CTBMF)13, uma especialidade inicial ao paciente, aplicando o Suporte Avançado de da odontologia que tem como um dos seus objetivos Vida no Trauma (Advanced Trauma Life Support - ATLS) o diagnóstico e o tratamento, cirúrgico e coadjuvante, e solicitando posteriormente os serviços das demais das doenças de origem traumática do sistema estoma- clínicas. Segundo o American College Of Surgeons9, tognático e da região buco-maxilo-facial. Perry17 e Perry18 o ATLS é aceito como o “padrão ouro” O atendimento aos pacientes politraumatizados do atendimento inicial de trauma no mundo todo. deve ser realizado em ambiente hospitalar e para tal é de fundamental importância que o cirurgião buco- 80 ATENDIMENTO SECUNDÁRIO maxilo-facial tenha um amplo conhecimento no que diz Durante o exame secundário todos os aspectos do respeito à estrutura funcional e organizacional do hos- mecanismo do trauma, a cena do acidente, a história pital onde atua. Sendo assim, o objetivo deste trabalho clínica, o exame físico, exames complementares, hipóte- é apresentar desde a admissão até a alta hospitalar, se de diagnóstico e a conduta a ser tomada, devem ser todos os caminhos percorridos pelo paciente vítima de anotadas no prontuário do paciente9,19,20,21,12. traumatismo maxilofacial. -História da Moléstia Atual ADMISSÃO ATENDIMENTO INICIAL O cirurgião buco-maxilo-facial deve perguntar ao paciente ou acompanhante sobre a etiologia do trauma, O paciente politraumatizado pode ser trazido ao data, hora, local, atendimentos anteriores, forma de hospital pela unidade de remoção de urgência/emer- transporte e diagnósticos já estabelecidos por outras gência, que é geralmente quem realiza o atendimento clínicas2,9,19,20,12.O examinador não deve conduzir pré-hospitalar (APH), ou por demanda espontânea. O a narrativa do paciente, apenas orientá-lo no foco e na APH, como um serviço assistencial de saúde, tem sua cronologia dos fatos ocorridos19. entrada, representada pela demanda recebida no ser- A obtenção de dados sobre o mecanismo do trauma viço por meio das ligações telefônicas, e a recepção, pode sugerir a intensidade das lesões, assim como aler- caracterizada pela Central de Regulação, que recebe tar para a ocorrência de traumas específicos e lesões essas solicitações14. ocultas, ajudando no estabelecimento das prioridades Após a chegada do paciente ao hospital dá-se clínicas para o tratamento efetivo e prevenção de maio- início o processo de admissão hospitalar, que consiste res injúrias ao paciente2,9,22,17,18. na identificação e registro do paciente. Nos pacientes -História Clínica Atual e Pregressa com trauma leve e moderado, a admissão é realizada Uma vez que diagnosticado qualquer comorbida- antes do atendimento inicial e nos casos de trauma- de o cirurgião buco-maxilo-facial deve solicitar uma tismo grave o paciente é encaminhado imediatamente interconsulta com o médico especialista. O American ao atendimento inicial, sendo a admissão realizada College Of Surgeons9, Freitas20 e Miloro12 ressaltam posteriormente15. que medicamentos em uso, alergias e outros dados De posse da ficha de atendimento inicial, o paciente relevantes devem ser anotados no prontuário. é encaminhado ao espaço destinado à classificação Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.10, n.4, p.79-84, out./dez. 2010 ISSN 1679-5458 (versão impressa) ISSN 1808-5210 (versão online) Carvalho, et al. vital o desenvolvimento de um sistema efetivo, organi- -Exame Físico Carvalho, et al. fraturas do terço médio da face25,26,18. Perry18 cita O cirurgião buco-maxilo-facial deve realizar outros exames utilizados, que são a ressonância nuclear uma análise cuidadosa geral do paciente bem como magnética e reconstruções em três dimensões. Martínez uma análise específica da área de atuação, através de et al21 completam citando ecografia, estudos de labo- recursos clínicos, quando aplicáveis, como: inspeção, ratório, eletrocardiograma e ultrassonografia. palpação, percussão, auscultação23,19,12. -Hipótese de Diagnóstico e Conduta . Exame Geral O diagnóstico preciso deve ser alcançado através A avaliação do estado físico geral do paciente pode da análise conjunta da anamnese, exame clínico e revelar alterações no nível de consciência, respiração, exames complementares. Uma vez realizado, elabora- coloração da pele e mucosas, temperatura, pressão se o plano de tratamento23. Importante lembrar que arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória, a hipótese de diagnóstico bem como a conduta devem dentre outros23,12,21. ser claramente definidas e registradas no prontuário em .Exame Bucomaxilofacial toda evolução. O paciente vítima de traumatismo facial pode apresentar lesões de tecidos moles e/ou duros23,24,12. EVOLUÇÃO Sendo assim, deve ser realizado um exame extrabucal, O paciente deverá ser avaliado diariamente por avaliando não só os ossos da face, mas também a todas as equipes envolvidas em seu atendimento. As função dos nervos cranianos, partes moles, músculos, interconsultas na sala de emergência/politraumatiza- articulação têmporo-mandibular (ATM), cadeias gan- dos geralmente são solicitadas verbalmente, devido à glionares, e glândulas salivares maiores. urgência, porém quando o paciente encontra-se estabi- Na inspeção, devem-se examinar os globos ocula- lizado ou quando o mesmo já foi encaminhado a outro res, as narinas, a cavidade bucal, os ouvidos, a ATM, ambulatório estas solicitações devem ser registradas no como também avaliar a presença ou não de assimetria prontuário15. facial, movimentação ocular e oclusão dentária. Duran- Se o paciente apresenta um trauma que necessita te a palpação, é conveniente apalpar as proeminências de internação para tratamento cirúrgico ou mesmo para ósseas, o contorno esquelético facial, os tecidos moles observação, o cirurgião deverá preencher o formulário e glândulas salivares, observando se há presença ou de solicitação de internação. ausência de dor, crepitação, degraus, angulação e - Ato cirúrgico mobilidade nos ossos da face9,23,12. A decisão do tratamento cirúrgico é de responsa- O exame intrabucal deve ser feito de maneira orde- bilidade do cirurgião buco-maxilo-facial e sua equipe, nada e com boa iluminação. As estruturas como, lábios, porém, em se tratando de pacientes politraumatiza- mucosas, língua, dentes, rebordo alveolar, assoalho dos, esta responsabilidade poderá ser dividida com bucal, palato e orofaringe devem ser inspecionadas e outros especialistas em decorrência de outras lesões palpadas para a conclusão do diagnóstico. associadas. -Exames Complementares Os traumatismos maxilo-faciais, quando não estão No paciente com traumatismo de face, Aguiar et associados à obstrução das vias aéreas ou a sangra- al23 descrevem que a imaginologia assume grande mentos importantes, só devem ser tratados após a com- importância, pois o edema e hematoma que se instalam pleta estabilização do doente e quando as lesões que rapidamente dificultam a realização do exame físico. trazem risco de vida estiverem totalmente controladas. Miloro12 complementa defendendo que sempre O tratamento buco-maxilo-facial definitivo pode ser que necessário devemos lançar mão de outros recursos postergado com segurança sem que, com isso, fique diagnósticos, tais como a Tomografia Computadoriza- comprometida a reparação final9,17,21,27. da, principalmente em casos de fraturas complexas e ISSN 1679-5458 (versão impressa) ISSN 1808-5210 (versão online) Lesões de menor gravidade poderão ser abordadas Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.10, n.4, p. 79-84, out./dez.. 2010 81 a nutrição enteral está indicada e deverá ser introduzida do paciente dificultando o tratamento por ambas as por uma sonda oro ou naso-entérica28, 29. equipes. Sendo assim, aconselha-se a abordagem simultânea somente nos casos de urgência. A decisão do tratamento cirúrgico exige que o MF, mas está indicada quando o paciente não pode, não consegue ou não deve alimentar-se utilizando o cirurgião buco-maxilo-facial solicite à equipe de enfer- aparelho digestivo. magem para preparar o paciente em sua admissão no Medicação centro cirúrgico. São afazeres da equipe de enferma- 82 A nutrição parenteral não é muito utilizada em CTB- O fornecimento de medicamentos para pacien- gem: troca da roupa, conferir o acesso venoso, admi- tes internados é um caso especial de prescrição. Para nistrar as drogas prescritas e encaminhar o paciente ao cada medicamento, é necessário detalhar a indicação bloco cirúrgico, sob cuidados do anestesista. de dosagem, intervalo de dose, via de administração e Ao término do procedimento o cirurgião buco- cuidados de administração. Farmacêutico e enfermeiro maxilo-facial deve preencher a folha de sala, o relato do compartilham com o cirurgião buco-maxilo-facial a ato cirúrgico, a evolução, a prescrição pós-operatória, responsabilidade de verificar a disponibilidade dos a ficha do consumo de órtese e prótese e a solicitação medicamentos no hospital, correção da prescrição e de exames de imagem, quando necessários. de sua execução30. Aguiar et al23, Prado e Salim28 e Após reversão da anestesia e extubação, o paciente Freitas20 citam analgésicos, antiinflamatórios não este- é levado à sala de recuperação pós-anestésica, onde roidais, antiinflamatórios esteroidais, costicosteróides, será acompanhado pelo anestesiologista, e encaminha- antibióticos, protetores gástricos, antieméticos entre do ao leito ou à unidade de tratamento intensivo (UTI), outros, como medicamentos que podem ser prescritos dependendo da gravidade do caso28. pelo cirurgião buco-maxilo-facial de acordo com as - Prescrição exigências do paciente. Todo paciente internado, seja para tratamento con- Muitos pacientes possuem comorbidades, como servador ou cirúrgico, deverá receber uma prescrição cardiopatias, hipertensão arterial sistêmica dentre ou- diária, que deve conter todos os cuidados que o mesmo tras, e fazem uso constante de alguns medicamentos receberá neste dia bem como as drogas que serão para seu tratamento. A sua prescrição deve ser con- administradas pela equipe de enfermagem28. tinuada a menos que o clínico assistente do paciente Cuidados da Enfermagem interrompa sua administração30. Todos os cuidados e recomendações que o cirurgião . Soroterapia e Equilíbrio Hidroeletrolítico deseja que seja transmitido ao paciente devem estar Prado e Salim28 defendem que a soroterapia é o prescritos, como anotação dos dados vitais, monitori- conjunto de fluidos administrados ao paciente para que zação da diurese, elevação da cabeceira, higienização ele mantenha uma boa volemia e equilíbrio hidroele- oral, administração de O2 no leito, troca de curativos trolíticos, necessária para pacientes que não estejam entre outros28. se alimentando normalmente. . Dieta Alterações nos sinais vitais do paciente, estado res- Pacientes com fraturas de face muitas vezes re- piratório e circulatório, e nas funções neurológicas são querem repouso funcional do sistema mastigatório e esperadas nas primeiras 12 horas. Desta forma, durante para tal a dieta oral não pode ser sólida, devendo ser toda a permanência do paciente no hospital, o cirurgião administrada na forma pastosa ou até mesmo líqui- buco-maxilo-facial deverá realizar a evolução clínica da28, 29. diária do paciente, realizando o exame físico e acom- Há casos em que o paciente não está apto para receber dieta oral, seja por uma fratura panfacial ou por panhando sua progressão clínica até que o mesmo se encontre em condições de obter alta hospitalar12. grande dano dos tecidos moles intra-oral. Nestes casos Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.10, n.4, p.79-84, out./dez. 2010 ISSN 1679-5458 (versão impressa) ISSN 1808-5210 (versão online) Carvalho, et al. conjuntamente12, apesar da constante manipulação Carvalho, et al. ALTA HOSPITALAR Saúde Pública. 2002;36(5):584-9. A alta hospitalar é um procedimento que deve ser 2.Silva JJ, Nascimento MMM, Machado RA. Perfil dos planejado pela equipe multidisciplinar responsável pelo traumatismos maxilofaciais no serviço de CTBMF do atendimento do paciente. Envolve todas as maneiras pe- hospital da restauração – Recife – PE. International Jour- las quais o paciente pode deixar o hospital: decorrente nal of Dentristry, Recife. 2003 Jul/Dez;2(2):244-249. de liberação médica, da vontade do próprio paciente 3.Falcão MFL, Leite AVL, Silveira MMF. Estudo epide- ou resultante de óbito31. miológico de 1758 fraturas faciais tratadas no hospital Antes que o sumário de alta seja preenchido, da restauração, Recife – PE. Rev. Cir. Traumatol. Buco- deve ser realizado um levantamento de dados, onde Maxilo-Fac., Camaragibe. 2005 Jul/Set;5,(3),65-72. o cirurgião buco-maxilo-facial avalia suas condições 4.Montovani JC, Campos LMP, Gomes MA, Moraes físicas, psicológicas e sociais, realiza as orientações ao VRS, Ferreira FD, Nogueira EA. Etiologia e incidência paciente, responde todas as suas dúvidas, fornecendo das fraturas faciais em adultos e crianças - expe- informações orais e escritas, e prescreve os medica- riência em 513 casos. Rev. Bras. Otorrinolaringol. mentos que deverão ser administrados em regime 2006;72(2):235-41. domiciliar31. 5.González EC, Galán CR, Torre AC, Palaz SC, Gon- Para que o paciente tenha condições de receber alta zález AS, Lasaosa FJC. Asistencia al paciente politrau- alguns parâmetros devem ser avaliados, como o estado matizado. Realidad actual desde La perspectiva de lãs de consciência, os sinais vitais, presença de diurese unidades de cuidados intensivos. Na Pediatr,(Barc.). espontânea e a alimentação por via oral. Pacientes com 2007;67(2):169-76. fixação maxilomandibular podem ter dificuldade na in- 6.Theodorou D. Toutouzas K. Drimousis P. Larentzakis gestão de medicamentos na forma sólida (comprimidos, A, Kleidi E, Georgiou G, Gymnopoulos D, Kandylakis drágeas, cápsulas), requerendo assim que os mesmos S, Theodoraki ME, Katsaragakis S. Emergency room sejam prescritos em solução ou em gotas. management of trauma patients in Greece: Preliminary No sumário de alta hospitalar deve estar claramente report of a national study. Resuscitation. 2009;(80):350- definido o retorno ambulatorial do paciente assim como 353. um telefone de contato do cirurgião responsável para 7.Whitaker IY, Gutiérrez MGR, Koizumi M.S. Gravidade eventuais situações de emergência. do trauma avaliada na fase pré-hospitalar. Ver Ass Med CONCLUSÃO Brasil. 1998;44(2):111-9. O atendimento hospitalar ao paciente vítima de 8.Pereira WAP, Lima MADS. Atendimento pré-hospitalar: traumatismo envolve diversas etapas que podem in- caracterização das ocorrências de acidente de trânsito. fluenciar diretamente os resultados do tratamento ao Acta Paul Enferm. 2006;19(3):279-83. politraumatizado, determinando a rápida recuperação 9.American College Of Surgeons; Advanced Trauma ou até mesmo o óbito do paciente, caso sejam negli- Life Support Program for doctors, ATLS. 7th ed.; 458 genciadas. p.; 2004 Portanto, é de fundamental importância, que toda 10.Curtis K, ZOU Y, Morris R, Black D. Trauma case a equipe responsável pelo atendimento ao trauma em management: Improving patient outcomes. Injury, Int. ambiente hospitalar, incluindo o cirurgião buco-maxilo- J. Care Injured. 2006;(37):626-632. facial, tenha amplo domínio sobre a logística que se 11.Navarro DC, Fuertes MJ, Álvarez JCM, Meana LR, estende desde a admissão, evolução e alta hospitalar Lecina EJ, Inaba K, Herrero E, Velasco JA. Instauración do paciente. y funcionamiento inicial de uma unidad de politrau- REFERÊNCIAS matizados em um hospital de segundo nível. Cir. Esp. 1.Malvestio MAA, Sousa RMC. Suporte avaçado à vida: 2009;86(6):363-368. atendimento a vítimas de acidentes de trânsito. Rev. 12.Miloro M. Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de ISSN 1679-5458 (versão impressa) ISSN 1808-5210 (versão online) Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.10, n.4, p. 79-84, out./dez.. 2010 83 84 23.Aguiar ASW, Pereira APPV, Mendes DF, Gomes FIL, 13.Silva OMP, Lebrão ML. Estudo da emergência Branco YNC. Atendimento emergencial do paciente odontológica e traumatologia buço-maxilo-facial nas portador de traumatismos de face. Rev. Bras. de Pós- unidades de internação e de emergência dos hospi- Graduação. 2004;17(1):37-43. tais do município de São Paulo. Rev. Bras. Epidemiol. 24.Perry M, O’hare J, Porter G. 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Trauma ‘Can the patient see?’ Timely diagnosis dilemmas systems and early management of severe injuries in and pitfalls in the multiply injuried, poorly responsive/ Scandinavia: Review of the current state. Scandinavian unresponsive patient. Int. J. Oral Maxillofac. Surg. Journal of Trauma, Resuscitation and Emergency Me- 2008;37:505-514. dicine. 2009;17(3):O29 27.Perry M, Morris C. Advanced trauma life support 17.Perry M. Advanced trauma life support (ATLS) and (ATLS) and facial trauma: can one size fit all? Part 2: facial trauma: can one size fit all? Part 1: Dilemmas in ATLS, maxillofacial injuries and arway management the management of the multiply injuried patient with dilemmas. Int. J. Oral Maxillofac. Surg. 2008;37:309- coexisting facial injuries. Int. J. Oral Maxillofac. Surg. 320. 2008;37:209-214. 28.Prado R, Salim M. Cirurgia e Traumatologia Buco- 18.Perry M. 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Predeterminantes de sobrevivên- Universidade Federal de Juiz de Fora - Departamento cia em vítimas de acidentes de trânsito submetidas a de Clínica Odontológica atendimento pré-hospitalar de suporte avançado à Rua São Mateus, nº: 270, apto:601, Bairro São Mateus vida. Tese apresentada a escola de Enfermagem da - Juiz de Fora – MG - CEP: 36025000. Universidade de São Paulo, para obtenção do título de e-mail: [email protected] Tel: (32) doutor em Enfermagem, pelo programa de saúde do 32356322 (32) 88113967 adulto; 83p. 2005. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.10, n.4, p.79-84, out./dez. 2010 ISSN 1679-5458 (versão impressa) ISSN 1808-5210 (versão online) Carvalho, et al. Peterson. – 2o ed. São Paulo: Santos, v. 1 e 2, 1502 p., 2008.