UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ JULY ALVES DE SOUZA GALVEIAS TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIO PARA ABERTURA DE UMA EMPRESA DE PRODUÇÃO E ENTREGA DE MARMITAS NA CIDADE DE GOVERNADOR CELSO RAMOS Biguaçu 2013 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ JULY ALVES DE SOUZA GALVEIAS TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIO PARA ABERTURA DE UMA EMPRESA DE PRODUÇÃO E ENTREGA DE MARMITAS NA CIDADE DE GOVERNADOR CELSO RAMOS Biguaçu 2013 JULY ALVES DE SOUZA GALVEIAS TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIO PARA ABERTURA DE UMA EMPRESA DE PRODUÇÃO E ENTREGA DE MARMITAS NA CIDADE DE GOVERNADOR CELSO RAMOS Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao Curso de Administração do Centro de Educação da UNIVALI – Biguaçu, como requisito para obtenção do Título de Bacharel em Administração. Professor(a) Orientador(a): Maria Albertina Schmitz Bonin Biguaçu 2013 JULY ALVES DE SOUZA GALVEIAS ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIO: ABERTURA DE UMA EMPRESA DE PRODUÇÃO E ENTREGA DE MARMITAS NA CIDADE DE GOVERNADOR CELSO RAMOS Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção do título de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração, da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu. Área de Concentração: Plano de Negócio Biguaçu, 28 de agosto de 2013. Prof. Maria Albertina Schmitz Bonin UNIVALI – CECIESA GESTÃO Orientador Prof. Claudia Catarina Pereira UNIVALI - CE de Biguaçu Prof. UNIVALI – CE de Biguaçu Dedico este trabalho ao meu marido, Paulo José Cordeiro Galveias, minha mãe Maria Regina Alves de Souza e a meu pai Edesio Guiomar de Souza, que sempre estiveram presentes ao meu lado, me confortando nos momentos difíceis e vibrando nos momentos alegres. Aos meus Irmãos pela força e o incentivo que sempre me deram para a realização desse trabalho, que sempre me motivaram a nunca a desistir. AGRADECIMENTOS Chegada a hora de concluir este trabalho e esta é uma oportunidade que nos faz pensar sobre o que temos feito de nossos conhecimentos. Através desta simples folha quero agradecer quem de alguma forma contribuiu para que eu pudesse desenvolver e concluir este trabalho. Assim sendo, sou imensamente grata: A Deus, por ter me abençoado e ajudado em mais essa etapa da vida; Ao meu marido, Paulo José Cordeiro Galveias, pelo carinho, amor e compressão que foi me dado nestes anos. Aos meus pais e irmãos, pelo apoio que me deram principalmente nos momentos mais difíceis destes anos. À minha orientadora e Prof. Maria Albertina Schmitz Bonin pela sua dedicação e estímulo, pelas recomendações valiosas e por seu envolvimento em todas as etapas do trabalho. Aos professores Crisanto Soares e Simone Regina Dias por terem me auxiliado na elaboração do estudo. Às minhas amigas Bruna dos Santos e Charlene Cabral de Oliveira pela amizade, paciência e dedicação demonstradas durante os anos que estudamos juntas. A todo o corpo docente do curso de Administração da UNIVALI, que compartilharam seus conhecimentos e experiências. E por fim, a todos que direta ou indiretamente contribuíram para o sucesso deste trabalho. "A superação é uma competência que se conquista através de vitórias consecutivas, sendo super ao não se deixar vencer mesmo nos momentos mais difíceis, sendo ação na hora de tomar decisões estratégicas para atingir o sucesso. Mesmo algumas derrotas podem se converter em vitórias internas se você aprendeu com os erros sendo super ao admiti-los e tomando ações para não repeti-los." Luis Alves RESUMO GALVEIAS, July Alves de Souza. Elaboração de um plano de negócio para a implantação de uma empresa de produção e entrega de marmitas na cidade de Governador Celso Ramos. 2013. Trabalho de conclusão de Estágio (Bacharelado em Administração) – Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2013. Este trabalho teve como principal objetivo a consecução de um plano de negócio para a implantação de uma empresa fornecedora de marmitas no município de Governador Celso Ramos, que visa atender a população residente nesta cidade. O plano teve o propósito de fornecer informações, alcançadas por meio da pesquisa com os potencias clientes, fornecedores e concorrentes acerca da previsão de demanda e particularidades desse mercado, para medir a viabilidade mercadológica e financeira do futuro negócio. O planejamento estratégico foi elaborado com intuito de orientar a empreendedora a respeito dos objetivos, metas e estratégias, com base na análise dos ambientes externo e interno, identificação das oportunidades e ameaças, pontos fortes e fracos. No plano de marketing foi estudado o composto mercadológico para elaboração das estratégias de marketing. No plano operacional e de produção foi tratado o processo produtivo, a gestão de vendas e compras, bem como a localização e o layout. No plano de gestão de pessoas foram estruturados os procedimentos que norteiam o recrutamento, seleção, treinamento, planos de cargos e salários. Através do plano financeiro foi possível verificar quais os investimentos iniciais, os custos, projeção de vendas, o fluxo de caixa, o demonstrativo do resultado exercício, assim como taxa mínima de atratividade, o valor presente líquido, Taxa interna de retorno, Valor presente líquido, Taxa interna de retorno, Payback, margem de contribuição e o ponto de equilíbrio. Por último, foi verificado os aspectos jurídicos e legais, para formalização da empresa. Palavras-chave: plano de negócio, pesquisa de mercado, viabilidade mercadológica e financeira, marmitas. ABSTRACT Galveias, July Alves de Souza. Preparation of a business plan for the deployment of a production company and delivery of lunch boxes in the city of Governador Celso Ramos. In 2013. Work completion of Internship (Bachelor in Business Administration) - University of Vale do Itajaí, Biguaçu, 2013. This work has as main objective the achievement of a business plan for the deployment of a supplier of tins at Governador Celso Ramos, which aims to meet the resident population in this city. The plan aimed to provide information, achieved through research with potential customers, suppliers and competitors on the demand forecast and particularities of this market, to measure the market and financial feasibility of future business. The strategic plan was developed with the aim of guiding the entrepreneur about the objectives, goals and strategies, based on the analysis of the external and internal environments, identification of opportunities and threats, strengths and weaknesses. In the marketing plan was studied marketing mix for preparation of marketing strategies. At the operational and production was handled the production process, the management of sales and purchases, as well as the location and layout. In terms of people management were structured procedures that govern the recruitment, selection, training, plans for jobs and wages. Through the financial plan was possible to verify which initial investments, costs, sales projection, cash flow, the financial statements of income, as well as hurdle rate, the net present value, internal rate of return, present value net, internal Rate of Return, Payback, contribution margin and breakeven. Finally, we verified the legal aspects and legal, to formalize the company. Keywords : business plan, market research, market and financial feasibility, tins. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1: Relação entre o setor e o mercado ............................................................ 46 Figura 2 - Representação do cálculo do VPL. ........................................................... 78 Figura 3 - Condição que a TIR deve ser capaz de satisfazer. ................................... 79 Figura 4: Representação gráfica do ponto de equilíbrio ............................................ 82 Figura 5: Em qual bairro você reside? ....................................................................... 91 Figura 6: Sexo ........................................................................................................... 92 Figura 7: Estado civil ................................................................................................. 93 Figura 8: Faixa etária ................................................................................................ 94 Figura 9: Renda familiar mensal................................................................................ 95 Figura 10: Você costuma almoçar ou jantar em restaurante (ou levar comida pronta para casa)? ............................................................................................................... 96 Figura 11: Caso positivo, com que regularidade? ..................................................... 97 Figura 12: Qual (is) restaurante(s) você frequenta? .................................................. 98 Figura 13: Qual o fator determinante para a escolha do restaurante que você frequenta? ................................................................................................................. 99 Figura 14: Qual (is) tipo (s) de comida você mais gosta? ....................................... 100 Figura 15: Você teria interesse em ser cliente de um serviço de entrega de marmitas na cidade de Governador Celso Ramos? ............................................................... 101 Figura 16: Caso afirmativo, quanto você estaria disposto a pagar por cada marmita? ................................................................................................................................ 102 Figura 17: Qual (is) diferencial (is) você considera fundamental no serviço de marmitas?................................................................................................................ 103 Figura 18: Layout do Marmitex Juju ........................................................................ 124 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Caracterização dos empreendedores de sucesso ................................... 19 Quadro 2: Estruturas de um plano de negócio .......................................................... 22 Quadro 3: Sumário Executivo.................................................................................... 25 Quadro 4: Processo de planejamento estratégico..................................................... 27 Quadro 5: Macroambiente ......................................................................................... 37 Quadro 6: Microambiente .......................................................................................... 39 Quadro 7: Plano de Marketing................................................................................... 44 Quadro 8 : Demonstrativo do resultado do exercício ................................................ 75 Quadro 9: Roteiro para o calculo do valor presente liquido ....................................... 78 Quadro 10: Roteiro para cálculo na HP – 12C da taxa interna de retorno ................ 80 Quadro 11: Balanço Patrimonial................................................................................ 83 Quadro 12: Oportunidades e Ameaças do Marmitex Juju ....................................... 107 Quadro 13:Pontos fracos e pontos fortes do Marmitex Juju .................................... 109 Quadro 14: Cardápio do Marmitex Juju ................................................................... 112 Quadro15: Layout do Marmitex Juju ....................................................................... 125 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Em qual bairro você reside? ...................................................................... 91 Tabela 2: Sexo .......................................................................................................... 92 Tabela 3: estado Civil ................................................................................................ 93 Tabela 4: Faixa etária ................................................................................................ 94 Tabela 5: Renda familiar mensal ............................................................................... 95 Tabela 6: Você costuma almoçar ou jantar em restaurante (ou levar comida pronta para casa)? ............................................................................................................... 96 Tabela 7: Caso positivo, com que regularidade? ...................................................... 96 Tabela 8: Qual (is) restaurante(s) você frequenta? ................................................... 97 Tabela 9: Qual o fator determinante para a escolha do restaurante que você frequenta? ................................................................................................................. 98 Tabela 10: Qual (is) tipo (s) de comida você mais gosta? ......................................... 99 Tabela 11: Você teria interesse em ser cliente de um serviço de entrega de marmitas na cidade de Governador Celso Ramos? ............................................................... 100 Tabela 12: Caso afirmativo, quanto você estaria disposto a pagar por cada marmita? ................................................................................................................................ 101 Tabela 13: Qual (is) diferencial (is) você considera fundamental no serviço de marmitas?................................................................................................................ 102 Tabela 14: Análise da primeira semana do Marmitex Juju. ..................................... 114 Tabela15: Investimentos iniciais.............................................................................. 126 Tabela 16: Custos fixos com mão de obra .............................................................. 133 Tabela 17: Custos Fixos do negócio ....................................................................... 134 Tabela 18: Custos variáveis do Marmitex Juju ........................................................ 135 Tabela 19: projeção de venda semanal do Marmitex Juju ...................................... 136 Tabela 20: Projeção de Vendas mensais do Marmitex Juju .................................... 137 Tabela 21: Projeção de vendas em 5 anos do Marmitex Juju ................................. 137 Tabela 22: Flxo de caixa do Marmitex Juju ............................................................. 139 Tabela 23: Demonstrativo do resultado do exercício do Marmitex Juju .................. 140 Tabela 25: VPL do Marmitex Juju ........................................................................... 142 Tabela 26: Payback Descontado do Marmitex Juju ................................................ 143 Tabela 27: Calculo da margem de contribuição ...................................................... 143 Tabela 28: taxas do Simples Nacional para o Marmitex Juju .................................. 146 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS DRE - Demonstração do Resultado do Exercício IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ICMS - Imposto sobe Circulação de Mercadorias e Serviços SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SELIC - Taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custo SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial TIR - Taxa Interna de Retorno TMA - Taxa Mínima de Atratividade VPL - Valor Presente Líquido SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 15 1.1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 16 1.1.1 Objetivo geral ................................................................................................... 16 1.1.2 Objetivos específicos........................................................................................ 16 1.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 16 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 18 2.1 EMPREENDEDORISMO ..................................................................................... 18 2.2 PLANO DE NEGÓCIO ......................................................................................... 21 2.2.1 Sumário Executivo ........................................................................................... 24 2.3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ..................................................................... 25 2.3.1 Visão ................................................................................................................ 28 2.3.2 Missão .............................................................................................................. 28 2.3.3 Objetivos .......................................................................................................... 29 2.3.4 Estratégias ....................................................................................................... 29 2.3.5 Metas................................................................................................................ 30 2.3.6 Produtos e serviços .......................................................................................... 30 2.3.7 Análise de indústria .......................................................................................... 32 2.4 ANÁLISE AMBIENTAL ........................................................................................ 36 2.4.1 Análise do Macro Ambiente.............................................................................. 36 2.4.2 Análise do Micro Ambiente ............................................................................... 39 2.4.3 Análise do ambiente interno ............................................................................. 41 2.5 MARKETING ....................................................................................................... 42 2.5.1 Plano de marketing .......................................................................................... 43 2.5.2 Estratégia de Marketing.................................................................................... 47 2.5.3 Pesquisa de Marketing ..................................................................................... 52 2.6 PLANEJAMENTO DE PRODUÇÃO .................................................................... 53 2.6.1 Plano Operacional ............................................................................................ 53 2.6.2 Estrutura física e funcional ............................................................................... 54 2.6.3 Localização ...................................................................................................... 57 2.6.4 Arranjo físico e o layout (leiaute) ...................................................................... 57 2.6.5 Equipamentos e máquinas necessárias ........................................................... 59 2.6.6 Funcionários e insumos necessários ............................................................... 60 2.6.7 Processo de Produção ..................................................................................... 61 2.6.8 Processo de compra ........................................................................................ 62 2.7 ESTRUTURA DA EMPRESA............................................................................... 62 2.7.1 Estrutura organizacional ................................................................................... 63 2.7.3 Equipe de gestão ............................................................................................. 63 2.8 PLANO DE RECURSOS HUMANOS................................................................... 64 2.8.1 Recrutamento e seleção................................................................................... 65 2.8.2 Treinamento e desenvolvimentos ..................................................................... 67 2.8.3 Planos de cargos e salários ............................................................................. 68 2.8 PLANO FINANCEIRO.......................................................................................... 70 2.8.1 Investimento inicial ........................................................................................... 71 2.8.2 Custos fixos ...................................................................................................... 71 2.8.3 Custos variáveis ............................................................................................... 72 2.8.4 Capital de Giro ................................................................................................. 72 2.8.5 Demonstrativo do resultado do exercício (DRE) .............................................. 73 2.8.6 Demonstrativo do Fluxo de caixa ..................................................................... 76 2.8.7 Taxa mínima de atratividade (TMA) ................................................................. 77 2.8.8 Valor presente liquido ....................................................................................... 77 2.8.9 Taxa interna de retorno (TIR) ........................................................................... 79 2.8.10 Payback.......................................................................................................... 80 2.8.11 Ponto de equilíbrio ......................................................................................... 81 2.8.12 Balanço patrimonial ........................................................................................ 83 2.9 PLANO JURÍDICO ............................................................................................... 84 3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO ................................................................... 86 4. TRATAMENTO E APRESENTAÇÃO DOS DADOS ............................................ 88 4.1 SUMÁRIO EXECUTIVO ...................................................................................... 89 4.2 CARACTERIZAÇÃO DO SETOR ........................................................................ 89 4.3 EMPREENDEDOR .............................................................................................. 90 4.4 APRESENTAÇÃO DOS DADOS DA PESQUISA COM OS POTENCIAS CLIENTES ................................................................................................................. 90 4.5 FUNDAMENTOS ESTRATÉGICOS .................................................................. 103 4.4.1 Missão ............................................................................................................ 104 4.5.2 Visão .............................................................................................................. 104 4.5.3 Objetivos ........................................................................................................ 104 4.5.4 Metas.............................................................................................................. 104 4.5.5 Estratégias ..................................................................................................... 105 4.5.6 Análise do Ambiente Externo ......................................................................... 105 4.5.7 Análise do ambiente interno ........................................................................... 109 4.6 PLANO DE MARKETING................................................................................... 110 4.6.2 Estratégia de marketing.................................................................................. 110 4.7 PLANO DE RECUSRSOS HUMANOS .............................................................. 118 4.7.1 Recrutamento e seleção................................................................................. 118 4.7.2 Plano de capacitação e desenvolvimento ...................................................... 120 4.7.3 Plano de cargos e salários ............................................................................. 122 4.8 PLANO OPERACIONAL .................................................................................... 122 4.8.1 Localização .................................................................................................... 122 4.8.2 Processo de produção.................................................................................... 123 4.8.3 Processo de compra ...................................................................................... 123 4.8.4 Layout............................................................................................................. 124 4.9 PLANO FINANCEIRO........................................................................................ 125 4.9.1 Investimento Inicial ......................................................................................... 126 4.9.2 Custos fixos .................................................................................................... 133 4.9.3 Custos variáveis ............................................................................................. 135 4.9.4 Projeção de vendas ........................................................................................ 135 4.9.5 Fluxo de caixa ................................................................................................ 138 4.9.6 Demonstração do resultado do exercício ....................................................... 140 4.9.7 Taxa mínima de atratividade .......................................................................... 141 4.9.8 Valor presente líquido..................................................................................... 141 4.9.9 Taxa interna de retorno .................................................................................. 142 4.9.10 Payback........................................................................................................ 142 4.9.11 margem de contribuição ............................................................................... 143 4.9.12 Ponto de equilíbrio ....................................................................................... 144 4.10 ASPECTOS JURÍDICOS LEGAIS ................................................................... 145 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 147 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 149 APÊNDICE A .......................................................................................................... 152 ANEXO 1................................................................................................................. 154 15 1 INTRODUÇÃO Quando há intenção de se iniciar um negócio como um restaurante, o plano de negócio é uma ferramenta indispensável para o empreendimento, pois ele projeta estratégias operacionais e de inserção no mercado e prevê os resultados financeiros para o empreendimento. Dessa forma, Dornelas (2008, p. 82) ressalta a importância de um plano de negócio para qualquer empreendedor que queira transformar seu sonho de ter seu próprio negócio em realidade, se este seguir o caminho lógico e racional de um bom administrador. Este trabalho tem a finalidade de apresentar um plano de negócio referente à abertura de um restaurante para oferecer um serviço de alimentação em marmitas na cidade de Governador Celso Ramos. O restaurante irá servir refeições que atendam as necessidades e o gosto da população regional. Com a vida agitada que as pessoas levam hoje em dia, muitos não possuem tempo para preparar ou obter de forma rápida uma alimentação saudável, equilibrada e ao mesmo tempo saborosa e nutritiva. O presente estudo ajudará a estruturar as principais alternativas para avaliar a viabilidade de um plano de negócio no segmento alimentício, proporcionando uma avaliação econômica e financeira dos recursos disponíveis antes que se possa colocar em prática o negócio proposto, evitando assim o desperdício de recursos e tempo em um negócio inviável. É necessário saber quais são as oportunidades para o novo empreendimento, tais como a escolha do local e o espaço físico, analisar os concorrentes do segmento, verificando quais seus pontos fortes e fracos, fornecedores, custo e preço do produto fornecido. Quanto à problemática para a abertura do negócio em questão é o fato de se desconhecer os concorrentes, seus preços repassados aos clientes, os fornecedores de matéria prima, a escolha do espaço físico, que deverá ser acessível ao consumidor e como divulgar e comercializar os produtos aos futuros clientes. Assim como não se sabe se há viabilidade econômica para o referido negócio. Deste modo, este trabalho pretende responder a seguinte questão: Existe viabilidade para a abertura de uma empresa fornecedora de Marmitex em Governador Celso Ramos? 16 1.1 OBJETIVOS 1.1.1 Objetivo geral Elaborar um plano de negócio para fornecimento de marmitas, em Governador Celso Ramos, no período de Março a Novembro de 2013. . 1.1.2 Objetivos específicos • Conhecer o mercado que envolve o novo negócio; • Desenvolver o plano mercadológico; • Elaborar um planejamento operacional; • Elaborar um plano financeiro; • Verificar a viabilidade do novo empreendimento; • Avaliar o plano de negócio. 1.2 JUSTIFICATIVA A elaboração deste plano de negócio é importante, pois através dele será possível analisar a viabilidade econômica do negócio, identificar as oportunidades de investimento que se apresentam assim como os riscos a serem assumidos em um novo empreendimento. Dornelas (2008, p.85) argumenta que a importância de elaborar um plano de negócio é pelo fato de que a empresa deverá lucrar mais, na média, se esta dispuser de um bom planejamento. Tal planejamento ajudará a empresa a entender e a estabelecer diretrizes para o seu negócio, auxiliará a gerenciar a empresa de forma adequada para que se possam tomar decisões acertadas, a monitorar o dia a dia da empresa e se necessário tomar ações corretivas, a conseguir financiamentos e recursos junto a bancos, governo, SEBRAE etc., a identificar as oportunidades no mercado e transforma-las em diferencial competitivo para a empresa. Nessa mesma linha, Chiavenato (2008, p. 132) diz que: O plano de negócio descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadológicos, operacionais e financeiros dos negócios propostos, geralmente para os próximos três ou cinco anos. 17 Sua elaboração permite a análise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetória que o levará do entusiasmo à desilusão e ao fracasso. A existência de um plano de negócio aumenta a possibilidade de uma empresa aproveitar potencialidades e oportunidades atuais e futuras, ao mesmo tempo em que permite reduzir a probabilidade de restrições e ameaças ao novo negócio. As micro e pequenas empresas respondem pela maioria dos empreendimentos criados no Brasil atualmente, na medida em que possibilitam a criação de novos empregos e oportunidades para a sociedade. O momento para a realização deste estudo foi oportuno, pois este estudo possibilitou analisar o mercado no qual a acadêmica irá atuar para abrir sua empresa. Para a obtenção de informações sobre o setor estudado para o novo empreendimento, foram necessários tempo e dedicação do acadêmico. O estudo é viável em termos do conhecimento que foi adquirido pelo acadêmico no curso de administração, e no que diz respeito aos custos incorridos para a elaboração do projeto, são pequenos. O tempo de um ano foi o suficiente para a conclusão deste estudo 18 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A partir da fundamentação teórica, o plano ganhará o suporte científico necessário para a elaboração do trabalho. Antes de se iniciar um negócio, é preciso estudar as teorias, apresentar os conceitos formulados pelos autores, pois é através delas que as oportunidades de negócio e sua efetivação são apontadas. A fundamentação teórica aborda os seguintes temas: empreendedorismo, plano de negócio, planejamento estratégico, plano de marketing, plano operacional e plano financeiro. 2.1 EMPREENDEDORISMO Entende-se por empreendedorismo o envolvimento de pessoas e a execução de processos que bem trabalhados em conjunto levam a transformação de ideias em oportunidades, que quando implementadas e estudadas criteriosamente levam à criação de negócios de sucesso. (DORNELAS, 2008, p. 22) No Brasil, o termo empreendedorismo intensificou-se no final da década de 90, isso se deu devido à preocupação da criação de pequenas empresas que durassem no mercado e a necessidade da diminuição das altas taxas de mortalidade desses empreendimentos, visto que para Dornelas (2008, p.6), os empreendedores estão eliminando barreiras comerciais e culturais, eles encurtaram as distâncias, estão globalizando e renovando os conceitos econômicos, além de criar novas relações de trabalho, criar novos empregos e gerar riquezas para a sociedade. Existem algumas determinantes pessoais que levam ao empreendedorismo, a necessidade é uma delas, pois leva alguns empreendedores a constituírem sua própria empresa devido a necessidades financeiras derivadas do desemprego. Outra determinante é a oportunidade devido à percepção de que há opções de negócios que ainda podem ser exploradas no mercado, podendo ou não estar relacionadas com o nível de desenvolvimento do país. (FERREIRA, SANTOS e SERRA, 2010, p.12). Nessa mesma empreendedorismo é: perspectiva, Dolabela (2008, p.24) ressalta que 19 Uma forma de ser, uma concepção de mundo, uma forma de se relacionar. O empreendedor é um insatisfeito que transforma seu inconformismo em descobertas e propostas positivas para si mesmo e para os outros. Para trazer um conceito de empreendedor, Chiavenato (2008, p. 3) argumenta que “o empreendedor não é somente um fundador de novas empresas ou o fundador de novos negócios”. Ele é quem inicia ou opera um negócio ou um projeto pessoal, ele assume riscos e responsabilidades, além de trazer constantes inovações. Um empreendedor, para ter sucesso, deve possuir características extras, além de criativo e inovador ele também precisa ser um bom administrador, seus atributos pessoais quando somados a características sociais e ambientais, permitem o surgimento de uma nova empresa. (DORNELAS, 2008, p. 17). Siegel et al. (1995, p. 17) ainda argumentam que empreendedores possuem em sua natureza a capacidade de serem mais do que redatores de proposta, eles preferem estar na ação do negócio, elaborando-o. A seguir, é apresentado um quadro com características dos empreendedores de sucesso, na concepção de Dornelas (2008, p.17-18). Quadro 1: Caracterização dos empreendedores de sucesso São visionários Sabem tomar decisões São indivíduos que fazem a diferença Sabem explorar ao máximo as oportunidades São determinados e dinâmicos São dedicados São otimistas e apaixonados pelo que Possuem uma visão de futuro para seu negócio e sua vida, e mais, possuem habilidade de implementar seu sonho. Não são pessoas inseguras, tem a capacidade de tomar a decisão certa na hora certa, além de implementarem suas ações rapidamente. Sabem agregar valor aos serviços e produtos que colocam no mercado. Para os empreendedores as ideias são geradas a partir daquilo que todos conseguem ver, mas não identificam a possibilidade de transforma-las em oportunidades de negócio por meio de dados e informações. Implementam suas ações com total comprometimento. São dinâmicos no que fazem e nunca se deixam cair na rotina. Dedicam-se 24h por dia, 7 dias por semana, ao seu negócio. Comprometem suas vidas pessoais. São trabalhadores exemplares, sempre motivados e incansáveis. Amam o trabalho que fazem e isso os torna cada vez mais animados e autodeterminados, são muito otimistas e os melhores vendedores de seus produtos e serviços, 20 fazem São independentes e constroem o próprio destino Ficam ricos pois sabem como ninguém como fazê-lo. Querem estar à frente das mudanças e serem donos do próprio destino. Ficar rico não é o principal objetivo dos empreendedores. Eles acreditam que o dinheiro é consequência do sucesso dos negócios. Possuem senso de liderança incomum, são respeitados e adorados por seus funcionários, os valorizando e motivando constantemente, pois sabem que para obter êxito e sucesso dependem de uma equipe qualificada. Os empreendedores sabem construir uma rede de São bem relacionados contatos que os auxiliam no ambiente externo da (networking) empresa, junto a clientes, fornecedores e entidades de classe. Os empreendedores sabem obter e alocar os recursos São organizados necessários para seu negócio de forma racional. Os empreendedores de sucesso planejam cada passo Planejam, planejam, de seu negócio, sempre tendo como base a forte visão planejam de negócio que possuem. São sedentos pelo saber e aprendem continuamente, Possuem pois sabem que quanto maior o domínio sobre um ramo conhecimento de negócio, maior é sua chance de êxito. O verdadeiro empreendedor é aquele que assume riscos Assumem riscos calculados e sabe gerencia-los, avaliando as reais calculados chances de sucesso. Os empreendedores utilizam seu capital intelectual para criar valor para a sociedade, com a geração de Criam valor para a empregos, utilizam sua criatividade em busca de sociedade soluções para melhorar a vida das pessoas. Fonte: Adaptado de Dornelas (2008) São líderes e formadores de equipe Um empreendedor pode não possuir todos os critérios apontados por Dornelas (2008) no quadro 1, mas a combinação de alguns itens e tributos pessoais pode formar um empreendedor de sucesso. As características citadas junto com a elaboração de um plano de negócio, feito de forma planejada, organizada e visando criar valor para a sociedade, podem gerar resultados para um novo negócio. O plano de negócios é parte fundamental do processo empreendedor, pois um empreendedor precisa saber planejar suas ações e estratégias da empresa a ser criada (DOLABELA, 2008, p. 80). Dessa forma, conclui-se que o plano de negócio é uma ferramenta indispensável ao administrador que queira montar sua empresa, e que algumas etapas devem ser seguidas rigorosamente para que este sonho torne-se uma realidade. Devido a essa importância, a seguir será apresentada a estrutura de um 21 plano de negócio, os planejamentos e processos que serão utilizados para a elaboração do mesmo. Para Dolabela (2008, p. 84), “o plano de negócios é um documento utilizado para descrever um empreendimento e o modelo de negócio que sustenta a empresa”. Permite ao empreendedor situar-se em seu ambiente de negócio, sua elaboração envolve um longo processo de aprendizagem e de autoconhecimento. É perceptível que o mundo dos negócios vem pertencendo cada vez mais aos empreendedores, ou seja, aquelas pessoas que identificam as melhores oportunidades e sabem como aproveita-las. Esses empreendedores são despertados a pensar e planejar sobre os vários fatores que envolvem seu negócio e assim realizar um planejamento bem detalhado antes de iniciar sua atividade empreendedora. (SALIM et al., 2005, p. 3). 2.2 PLANO DE NEGÓCIO Segundo Siegel et al. (1995, p. 18), o planejamento de negócio propriamente dito teve inicio na década de 70 quando poderia ter havido mais dinamismo no mundo do capital de risco de forma a existir sempre processos para resgate desse capital. Grande parte desse processo foi identificado assim como plano de negócio. Salim et al (2005, p. 3) descreve plano de negócio como - “um documento que contem a caracterização do negócio, sua forma de operar, suas estratégias, sua forma para conquistar uma fatia de mercado e a projeção de despesas, receitas e outros resultados financeiros”. Para outros autores como Cecconello e Ajzental (2008, p. 17) mencionam que o plano de negócio, basicamente, busca verificar a viabilidade econômico-financeira para trazer alternativas para um negócio, seja ele um novo empreendimento ou algo já existente que precisa ser replanejado. Dornellas (2008, p.) menciona a importância dessa ferramenta de gestão e afirma que esse plano pode e deve ser utilizado por qualquer empreendedor que queira fazer de seus sonhos uma realidade empresarial. Bangs Jr. (2004, p. 20) afirma que: O plano de negócios fornece a informação de que os outros necessitam para avaliarem seu empreendimento (...) um plano de 22 negócio detalhado pode tornar-se rapidamente uma proposta completa de financiamento que atenderá as exigências da maioria dos financiadores. Chiavenato (2008, p. 132) descreve o plano de negócio como “a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadológicos e financeiros dos negócios propostos, geralmente para os próximos três ou cinco anos”. O autor defende a criação de um roteiro para o plano de negócio, comenta que o mesmo não elimina os possíveis erros, mas ajuda a enfrenta-los e direciona melhor os esforços. Além disso, quando elaborado um bom plano de negócio, o mesmo é utilizado como um instrumento que ajuda a atrair investidores, fornecedores e parceiros. A seguir será apresentada a estrutura de um plano de negócio na concepção de três autores, Dolabella, Dornelas e Bangs Jr: Quadro 2: Estruturas de um plano de negócio Dolabella Tarefa 1. Sumário Executivo 1.1 Enunciado do Projeto 1.2 Competência dos responsáveis 1.3 Os produtos e a tecnologia 1.4 O mercado potencial 1.5 Elementos de diferenciação 1.6 Previsão de vendas 1.7 Rentabilidade e projeções financeiras 1.8 Necessidades de Financiamento 2. A empresa 2.1 A missão 2.2 Os objetivos da empresa, Situação planejada desejada, O foco 2.3 Estrutura Dornellas 1. Capa 2. Sumário 3. Sumário executivo estendido 3.1 Declaração de visão 3.2 Declaração de missão 3.3 Propósitos gerais e específicos do negócio, objetivos e metas 3.4 estratégia de marketing 3.5 Processo de produção 3.6 Equipe Gerencial 3.7 Investimentos e retorno financeiro 4. Produtos e serviços 4.1 Descrição dos produtos e serviços 4.2 Previsão de lançamento de novos produtos e serviços Bangs Capa Definição do propósito ou sumário executivo. Parte 1 - O Negócio A. Descrição do negócio B. Produto/Serviço C. Mercado D. Localização do negócio E. Concorrência 23 organizacional e Legal, Descrição legal, Estrutura funcional, diretoria, gerência e staff 2.4 Síntese das responsabilidades da equipe dirigente – currículos, Comercial 2.5 Plano de Operações, Administração, Controle de qualidade, Terceirização, Sistemas de gestão 2.6 As parcerias 3. O Plano de marketing 3.1 Analise de mercado - O setor, O tamanho do Mercado, Oportunidades e ameaças, A clientela, Segmentação, A concorrência, Fornecedores 3.2 Estratégia de Marketing - O produto, A tecnologia, Ciclo de vida, Vantagens competitivas, Planos de Pesquisa & Desenvolvimento, Preço, Distribuição, Promoção e propaganda, Serviço ao cliente (venda e pósvenda), Relacionamento com os clientes 5. Análise de indústria 5.1 Análise do setor 5.2 Definição do nicho de mercado 5.3 Análise da concorrência 5.4 Diferenciais competitivos 6. Plano de marketing 6.1 estratégia de marketing (4 Ps) 6.2 Canais de vendas e distribuição 6.3 Projeção de vendas 7. Plano operacional 7.1 Análise das instalações 7.2 Equipamentos e máquinas necessárias 7.3 Funcionários e insumos necessários 7.4 Processo de produção 7.5 Terceirização 8. Estrutura da empresa 8.1 Estrutura organizacional 8.2 Assessorias Externas (jurídica, contábil, etc.) 8.3 Equipe de gestão F. Gerenciamento G. Pessoal H. Aplicação e resultados esperados do empréstimo (se necessário) I. Síntese Parte 2 – Dados financeiros A. Fontes e aplicações de capital B. Lista dos bens de capital C. Balanço D. Análise do ponto de equilíbrio E. Projeções de receitas (demonstrativos de lucros e perdas) 1. Resumo trianual 2. Detalhamento mensal para o primeiro ano 3. Detalhamento trimestral para o segundo e terceiro anos 4. Observações explicativas 24 4. Plano Financeiro 4.1 Investimento inicial 4.2 Projeção dos resultados 4.3 Projeção do fluxo de caixa 4.4 Projeção do balanço 4.5 Ponto de equilíbrio 4.6 Analise de investimento - Tempo de retorno do investimento – Payback, Taxa interna de retorno, Valor atual Liquido 9. Plano financeiro 9.1 Balanço patrimonial 9.2 Demonstrativos de resultados 9.3 Fluxo de caixa F. Projeção de fluxo de caixa 1. Detalhamento mensal para o primeiro ano 2. Detalhamento trimestral para o segundo e terceiro anos 3. Observações explicativas 4. Análise dos desvios G. Relatórios financeiros históricos para negócios em funcionamento 1. Balanço dos três últimos anos 2. Demonstrativos de receitas dos três últimos anos 3. Devoluções de impostos 10. Anexos Parte 3 – Documentação de apoio Fonte: Adaptado de Dornelas (2008), Dolabella (2008) e Bangs Jr. (2004) Com a escolha de uma das estruturas abordadas para o plano de negócio o empreendedor será capaz de identificar áreas de fraqueza e força, localizar necessidades e reconhecer oportunidades que de outra forma passariam despercebidas. Assim será possível a melhor execução em atingir suas metas comerciais, detectar problemas antes que eles aumentem ou até mesmo antes que eles aconteçam, identificando-os e resolvendo-os (BANGS JR, 2004, p. 19). Complementando essa linha de raciocínio Abell (1995, p. 17) ressalta “que o ponto de partida do planejamento de um negócio é a decisão de manter, cortar, ou conquistar participação de mercado”. Uma vez tomadas essas decisões, seguem os planos funcionais de marketing, produção, pesquisa e desenvolvimento. A seguir serão apresentados os planejamentos e processos, considerados fundamentais, que irão compor a elaboração do plano de negócio em questão. 2.2.1 Sumário Executivo Dornelas (2008, p.87) argumenta que o “sumário executivo é a principal seção do plano de negócios”, é através dele que o leitor irá decidir se continuará ou não a ler a proposta do plano. O sumário executivo deve ser dirigido ao público alvo e explicar qual o objetivo do mesmo em relação ao leitor, este deve ser a última etapa 25 a ser produzida no plano de negócios e deve ser revisada diversas vezes e escrito com muita atenção. Dando continuidade a este pensamento, Biagio e Batocchio (2005, p. 16) ponderam que são os objetivos do plano de negócio e seu público alvo que determinam os elementos do sumário executivo. Tal como Dornelas (2008), os autores defendem que o sumário executivo é a principal parte do plano de negócio, pois é através dele que o leitor decidirá se continuará a leitura do plano de negócio. Os autores também argumentam que esta etapa deve de ser a última a ser elaborada e deve definir claramente o objetivo do plano de negócio. A seguir será apresentado um quadro com os principais tópicos que devem compor o sumário executivo, na visão de Bangs Jr (2004), Dornelas (2008) e Dolabela (2008): Quadro 3: Sumário Executivo Dolabella Dornellas Bangs 1.Sumário Executivo 2. Sumário 3. Sumário executivo 1.1 Enunciado do Projeto estendido 1.2 Competência dos Definição do propósito ou responsáveis 3.1 Declaração de visão sumário executivo. 1.3 Os produtos e a 3.2 Declaração de missão tecnologia 3.3 Propósitos gerais e 1.4 O mercado potencial específicos do negócio, 1.5 Elementos de objetivos e metas diferenciação 3.4 estratégia de marketing 1.6 Previsão de vendas 3.5 Processo de produção 1.7 Rentabilidade e 3.6 Equipe Gerencial projeções financeiras 3.7 Investimentos e retorno 1.8 Necessidades de financeiro Financiamento Fonte: Adaptado de Dornelas (2008), Dolabella (2008) e Bangs Jr. (2004) Entende-se então que o sumário executivo deve ser sucinto e bem explicado, pois é através dele que as partes de interesse ao empreendedor decidirão se continuarão a ler seu plano ou não. 2.3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO O processo estratégico já é conhecido pelas organizações há muito tempo. Elas o utilizaram durante décadas para poderem alcançar varias finalidades que 26 foram sofrendo sofisticações ao passar do tempo (CHIAVENATO e SAPIRO, 2004, p. 26). Tal processo engloba diferentes dimensões para sua elaboração, seus aspectos básicos são apresentados por Oliveira (1992, p. 62), como: o assunto que será abordado para a execução do planejamento; quais elementos irão compô-lo, o tempo preciso para sua elaboração, podendo este ser a curto, médio ou longo prazo; as unidades organizacionais onde o julgamento é elaborado podendo ser julgamento corporativo, de produtos, etc.; e a ultima dimensão refere-se ás características do planejamento que podem ser representadas por complexidade ou simplicidade, estratégico ou tático, etc. Mais recentemente, Oliveira (2001, p. 62) defende que o planejamento “é um processo gerencial que possibilita ao executivo o rumo a ser seguido pela empresa, com vista a obter um nível de otimização na relação da empresa com seu ambiente”. Para Dornelas (2008, p. 142-143), a análise estratégica da organização deve incluir um misto de racionalidades e subjetividades, que podem ser de grande ajuda para o empreendedor conseguir entender melhor a situação atual na qual seu negócio se encontra e quais são as melhores alternativas para os objetivos e metas a serem estipulados. Tal processo do planejamento pode servir de base para essa análise. O processo do planejamento inicia-se pela missão e visão da empresa, analisando os ambientes externos como ameaças e oportunidades e internos como as principais forças e fraquezas da organização, além de definir os objetivos e as metas para somente a partir dai chegar às estratégias que serão adotadas. A declaração da visão define onde a empresa pretende chegar, indica a direção que ela pretende seguir e o que ela quer ser. Já a declaração de missão deve refletir a razão de ser da empresa, definindo o que ela é e o que ela faz. É de extrema importância que todos os fatores que englobam o plano de negócio sejam estudados passo a passo para que possam gerar lucros para a organização. A seguir é apresentado um quadro para controle e avaliação do processo de planejamento proposto por Oliveira (2001, p. 76). 27 Quadro 4: Processo de planejamento estratégico O processo inicia-se a partir de: Expectativas e desejos Algumas vezes irrealistas quanto ao destino da empresa e submetido a uma avaliação racional e criteriosa das OPORTUNIDADE AMEAÇAS Em termos de: • Mercados a explorar • Recursos a aproveitar Considerando a realidade da empresa com seus Que prejudicarão a empresa e suas oportunidades PONTOS FORTES PONTOS FRACOS PONTOS NEUTROS Tudo isso “dentro” dos horizontes estabelecidos pela MISSÃO E que deve conduzir a escolha de PROPÓSITOS Respeitando a POSTURA ESTRATÉGICA Que possibilita o estabelecimento de MACROESTRATÉGIAS MACROPOLITICAS Que orientarão a formalização de OBJETIVOS GERAIS OBJETIVOS FUNCIONAIS Mais realistas que as expectativas e desejos, como base para a formação de DESAFIOS e METAS Qualificados que permitirão o estabelecimento em nível de área funcional de ESTRATÉGIAS e POLITICAS Capazes de: • Tirar proveito dos pontos fortes e oportunidades; • Evitar ou eliminar os pontos fracos e ameaças da empresa e que devem ser • PLANO DE AÇÃO e PROJETOS • traduzidos em Destinados a orientar a operacionalização do plano estratégico através do ORÇAMENTO ECONOMICO-FINANCEIRO Fonte: Oliveira (2001) 28 2.3.1 Visão Blanchard (2007, p. 44) afirma que tudo começa com uma visão, sendo de essencial importância que os líderes de uma empresa tenham a visão clara do negócio, para que possam encaminhar as pessoas da organização a melhor servir seus clientes, pois o papel da liderança é mover as barreiras que dificultam o entendimento dos colaboradores quanto à visão do negócio. Em perspectiva complementar, Chiavenato e Sapiro (2003, p.66) defendem que “a visão de negócio deve ser sucinta, mas mantendo sua capacidade de fazer sonhar e incentivar o compromisso de todos os interessados”. Defendem ainda que a elaboração da visão de um negócio é um processo com muitas emoções, já que a mesma procura reconhecer o propósito da organização. Entende-se por visão a determinação, o ponto de partida para elaboração de um negócio. 2.3.2 Missão Para Johnson, Scholes e Whittington (2005, p. 245) a “declaração de missão é uma declaração da direção e do propósito dominantes de uma organização”. Elas precisam ser inesquecíveis e devem ser curtas para que possam cumprir seus objetivos, porém não se permitir se curta de mais a ponto de parecer inútil ao leitor. (MURRAY, 2011, p. 59). Para Drucker (2002, p.4) a declaração de missão precisa: Ser operacional. Caso contrário não passa de boas intenções. Uma declaração de missão deve focalizar aquilo que a instituição tenta realmente realizar, de forma que cada um na organização possa dizer: Esta é minha contribuição para meta. Oliveira (2001, p.118) argumenta que a “razão de ser da empresa”. Portanto entende-se que é através da declaração de missão que a empresa será capaz de definir seu propósito para identificar seus produtos, serviços e clientes. Portando missão pode ser definida como a relação entre o negócio da empresa com a possibilidade de satisfazer alguma necessidade do meio ambiente da mesma, sendo assim ela ajuda a concentrar o esforço das pessoas para uma 29 direção comum, e atua como base do desenvolvimento dos objetivos organizacionais. 2.3.3 Objetivos Para Polizei (2005, p. 43), objetivo, na prática seria a quantidade de consumidores que o empreendimento quer atingir com o montante presumido de consumo em uma determinada área em um determinado período de tempo. Assim, objetivos são os resultados mensuráveis relacionados à meta que já foi previamente estabelecida. Não muito distinto desse argumento Dolabela (2008, p. 172) fala que os objetivos são as definições daquilo que deve ser realizado pela empresa em suas principais áreas, em períodos específicos de tempo. Tais objetivos podem ser planejados para curto ou longo prazo, dependendo do que a empresa quer alcançar, se de longo prazo pode ser entre três e cinco anos, se de curto prazo pode ser de um ano, porém devem ser coerentes com os já preestabelecidos de longo prazo. Entende-se por objetivo o alvo ou estado futuro que a empresa pretende atingir. 2.3.4 Estratégias Para Mintzberg et al. (2003, p. 24) a humanidade há muito tempo vem procurando dar definição a tudo o que conhecem. Estratégia pode ser definida como um plano, ou seja, algum curso de ação previamente pretendida. Ou ainda pode ser definida como um pretexto, padrão ou uma perspectiva. Dornelas (2008, p. 142) argumenta que “o termo estratégia é muito utilizado pelo empreendedor para definir como agir em uma negociação, fechar uma parceria, entrar em um novo mercado, lançar um novo produto”. Nessa mesma linha, Camarotto (2009, p.22) afirma que as estratégias descrevem planos para que as empresas possuam pretensões no mercado em que são atuantes, indiferente do porte da empresa, ela necessita de competitividade para atuar no mercado e obter resultados satisfatórios. Algumas empresas conseguem obter um desempenho superior ao que se é esperado devido às estratégias adotadas pelas mesmas para conduzir seus negócios. 30 Entende-se por estratégia o plano elaborado pela empresa para definir onde ela esta atualmente e onde ela pretende chegar ao mercado no qual ela esta inserida. 2.3.5 Metas Polizei (2005, p. 43), argumenta que as metas devem compor o plano, pois elas “correspondem ao itinerário básico para se chegar ao destino desejado (...) seriam as intenções do conceito a se defendido capazes de fornecer a orientação básica para se definir os objetivos”. A meta que o empreendedor elabora deve estabelecer objetivos que sejam um desafio para a empresa, porém que esses possam ser atingidos com esforço dos envolvidos. (DOLABELA, 2008, p. 172) Portanto entende-se que meta é um objetivo quantificado, com prazo de realização. 2.3.6 Produtos e serviços Dolabela (2008, p. 135) distinguiu serviço de produto pela sua característica de intangibilidade. O produto é um objeto, um material, já o serviço não é palpável e é consumido no ato que é oferecido. Devido a crescente exigência dos consumidores, alguns produtos normalmente vêm acompanhados de serviço, este acaba constituindo o diferencial do produto e gerando vantagem na comparativa dos fornecedores. Já Kotler (2004, p. 417) define produto como “algo que pode ser oferecido a um mercado para satisfazer uma necessidade ou desejo”. Dessa forma o autor argumenta que os produtos comercializados incluem bens físicos, serviços, experiências, eventos, pessoas, lugares, propriedades, organizações, informações e idéias. Argumenta ainda que os produtos são classificados tradicionalmente pelas empresas de acordo com suas características, que podem ser: • Bens não duráveis: são bens tangíveis, normalmente consumidos ou usados uma ou poucas vezes, como cerveja e sabão. • Bens duráveis: são bens tangíveis normalmente usados durante um período de tempo, como geladeiras, ferramentas e vestuários. 31 • Serviços: são produtos intangíveis, inseparáveis, variáveis e perecíveis, como serviços de corte de cabelo e serviços de reparo. Kotler (2000, p. 448) ainda define serviço como “qualquer ato ou desempenho, essencialmente intangível, que uma parte pode oferecer a outra e que não resulta na propriedade de nada”. Nessa mesma linha, Neto (2009, p.17) afirma que os produtos podem ser classificados de maneira mais ampla em três tipos: produtos tangíveis que são subdivididos em bens de consumo duráveis, não duráveis e bens de capital; produtos intermediários que são a matéria-prima e os insumos para produzir outros bens e serviços; produtos intangíveis que são os serviços privados e públicos. Quanto ao lançamento de novos produtos ou serviços, Ballou (2006, p. 258) argumenta que inúmeros métodos de abordagem têm sido utilizados durante esse processo de previsão. Para iniciar o lançamento colocam-se as estimativas iniciais para os profissionais de marketing, até que se desenvolva uma história de vendas, pois tais profissionais possuem maior conhecimento no nível do esforço profissional a reação inicial e ao nível de aceitação do novo produto pelo cliente. Logo após é viável elaborar uma estimativa levando em conta as ofertas similares já existentes no mercado, pois “padrões de demanda anteriormente testados podem proporcionar discernimento e uma base para estimativa da demanda inicial de produtos novos”, visto que a maioria das empresas não inova radicalmente seus produtos pelo menos em um prazo de cinco anos, apenas alguns aspectos como tamanho e cores são alterados. Com uma linha de pensamento semelhante, Dolabela (2008, p. 173) explica que há muitos riscos na introdução de um novo produto em um mercado e esses são cada vez mais elevados, dessa forma muitas empresas testam seus produtos criando protótipos para que os consumidores possam tocá-los, vê-los e até mesmo experimentá-los, ou seja, para que eles possam avaliar o produto e apresentar sugestões dos mesmos. Após definir os conceitos de produtos e serviço se faz necessário uma análise de indústria, que será definido no tópico a seguir. 32 2.3.7 Análise de indústria Dentro da análise de indústria destacam-se a análise do setor, a definição do nicho de mercado, a análise da concorrência e os diferenciais competitivos. Dornelas (2008, p. 131) explica que para a análise do setor ser elaborada faz-se necessário um breve histórico do mercado nos últimos anos e também uma análise do setor visando os anos seguintes. Para tal, o autor sugere que algumas perguntas sejam respondidas pelo empreendedor em relação ao novo empreendimento. Tais perguntas abordam: quais são os principais fatores que veem influenciando as projeções do mercado; responder por que o mercado se mostra promissor; qual o tamanho desse mercado em valor de Reais, números de clientes e competidores; como esse mercado se encontra estruturado e segmentado e por fim quais são as oportunidades e ameaças desse mercado. Para tal faz-se necessário a compreensão e definição de que um mercado que anos atrás era definido como um espaço físico, um local onde vendedores e compradores podiam trocar suas mercadorias, atualmente os economistas o definem como sendo um conjunto de compradores e vendedores negociando seus produtos ou classes de produtos (KOTLER, 2000, p. 30) Kotler e Keller (2010, p. 9) defendem que o termo mercado é utilizado pelos profissionais de marketing para abranger diversos agrupamentos de clientes, eles veem os compradores como sendo o mercado e os vendedores como sendo o setor. Os autores ainda argumentam que hoje é possível distinguir entre local de mercado que é dado como o espaço físico, como uma loja na qual clientes vão fazer compras e o espaço de mercado que é definido como sendo um mercado digital, como um site na internet onde o cliente tem a possibilidade de realizar compras. Dando continuidade a esse pensamento, Kotler (2000, p. 30) argumenta que “uma empresa raramente consegue satisfazer a todos em um mercado”, sendo necessário identificar e traçar os perfis de grupos distintos de compradores que poderão preferir ou exigir determinados produtos sendo esse o composto de marketing variável. Desse modo, deve ser feito uma investigação ampla do mercado, pois é nesse momento que o conceito deve ser avaliado em relação às oportunidades de mercado. “Todos os dados relevantes ao mercado devem ser incluídos, a fim de dar 33 um panorama do cenário competitivo através da abordagem das forças macro e microambientais”. (POLIZEI, 2008, p.17) Existem ainda empresas que adotam uma abordagem de concentração de mercado mais intensa e focam seus esforços de marketing em segmento pequeno e bem definido que possui um conjunto de necessidades exclusivas e específicas, conhecida como marketing de nicho. (FERRELL et al., 2000, p. 93) Para Kotler e Keller (2006, p. 238) “um nicho é um grupo definido mais estritamente que procura por um mix de benefícios distintos”. Para que os profissionais de marketing possam identificar nichos eles dividem os segmentos de mercado em subsegmentos. Um nicho ainda possui as seguintes características: os clientes possuem um conjunto de necessidades distintas, estes concordam em pagar um preço mais elevado à empresa que melhor suprir essas necessidades. O nicho não costuma atrair mais concorrentes, ele gera receita por meio da especialização que oferece a seus clientes. O nicho possui potencial para crescer e gerar lucros maiores, ele se difere dos segmentos no que diz respeito também aos concorrentes, enquanto um segmento atrai muitos concorrentes um nicho atrai apenas uma ou duas empresas. No que diz respeito aos concorrentes, esses são uma parte importante do ambiente para qualquer profissional de marketing. A concorrência afeta profundamente aqueles que servem a compradores organizacionais por causa do tamanho relativamente às compras e do número relativamente pequeno de compradores. (CHURCHILL; PETER, 2005, p. 181) Assim que a empresa identifica seus principais concorrentes, ela deve descobrir suas estratégias, seus objetivos, suas forças e suas fraquezas para que possa analisa-los. (KOTLER; KELLER, 2006, p. 340) Las Casas (2010, p.157-160) nos discursa que concorrentes surgem e desaparecem a todo o tempo no mercado, esse fator exige constantes adaptações das táticas de marketing. O autor ainda argumenta que a concorrência pode ser vista de várias formas e que uma empresa normalmente encontra três tipos, como a concorrência de marca que são os concorrentes que lidam com produtos similares, sendo os concorrentes diretos de uma determinada empresa; a concorrência por produtos substitutos que são todas as formas de produtos que competem entre si para satisfazer a um desejo ou a uma necessidade; e por fim os de produtos gerais 34 em principio todas as empresas concorrem entre si na disputa pelos consumidores e seu poder limitado de compra. Outro aspecto ditado por Las Casas (2010, p.157-160), que deve ser considerado quanto à concorrência é qual o setor ou ramo de atuação de uma empresa considerando que o mercado pode se encontrar em uma das seguintes situações: • Monopólio: quando determinado setor ou ramo possui apenas uma empresa vendedora em determinada região, possuindo assim um forte controle sobre o preço. • Oligopólio: se da quando poucas empresas vendem e controlam o mercado. Nesse tipo de mercado as limitações se dão por diversas causas podendo ser uma delas a necessidade de altos investimentos de capital. • Concorrência Pura: caracterizada por um número grande de concorrentes e muitos consumidores no mercado. • Concorrência Monopolista: nessa concorrência há muitos vendedores e os produtos também apresentam similaridades. Cada concorrente possui pequena parcela no mercado e sempre é possível uma diferenciação que não seja a redução de preços. Para Hooley, Saunders, Piercy (2005, p. 5) as empresas precisam estar no mesmo grupo estratégico para que se possa fazer uma análise da concorrência no médio prazo. Já no prazo mais longo o setor precisa ser investigado como um todo para que os concorrentes indiretos possam ser detectados, pois esses podem ter os recursos ou a necessidade de superar as barreiras de entrada para o grupo estratégico da empresa em estudo. De forma mais abrangente Dornelas (2008) nos fala da importância de fazer uma análise criteriosa dos mesmos, pois é preciso conhecer a concorrência para competir e vencer no mercado. A análise deve ser feita de forma comparativa, de modo que seus atributos sejam analisados com referências de seus principais concorrentes. É difícil identificar seus concorrentes, mas existem fontes de informações a respeito dos mesmos como fornecedores, distribuidores e clientes que frequentam a empresa. Para se obter diferenciais competitivos é crucial compreender os clientes, pois para o marketing as empresas ganham vantagem competitiva satisfazendo seus clientes melhor que seus concorrentes. (KOTLER; ARMSTRONG, 2003, p. 486) 35 Quando as forças que afetam a concorrência em uma organização e suas causas básicas são diagnosticadas, a empresa esta em posição de identificar seus pontos fortes e fracos em relação à indústria. Uma estratégia competitiva assume uma ação ofensiva ou defensiva de forma a criar uma posição defensável contra as cinco forças competitiva. (PORTER, 2001, p. 45). Para Cobra (2003, p. 501), a “análise do poder de competição de uma empresa deve começar por um exercício de auto avaliação, pois, muitas vezes, o maior inimigo de uma empresa é ela mesma”. Muitas empresas acabam definindo erroneamente a natureza de seu negócio devido a definição de estratégias inadequadas, de recursos mal alocados além da criação de uma missão equivocada, devido a esses fatores muitas empresas acabam tendo um desempenho insatisfatório. Para Las Casas (2010, p. 160-161), na análise do comportamento competitivo, é preciso identificar como as “empresas procuram se comportar em relação as mudanças de preços da concorrência, se procuram estabelecer compromissos formais para não competir no preciso e assim por diante”. Além disso, quando uma empresa “conhece os concorrentes e seus comportamentos em relação aos ataques e ações dos rivais é possível estabelecer uma forma de ação em tempo hábil”. É por isso que é possível encontrar no mercado diferentes tipos de empresas denominadas como agressivas, conservadoras e assim por diante. Porém, esse fato não significa que os concorrentes sempre agirão desse modo, conforme as coisas mudam em um ambiente competitivo, todos procuram melhorar seu desempenho, o que se recomenda é sair na frente nunca deixar de acompanhar o crescimento dos rivais. Nessa mesma linha, Kotler (2000, p.113) argumenta que quando os concorrentes são identificados e descritos em relação a porte, metas, participação de mercado, qualidade de produto estratégia de marketing e outras características necessárias para a compreensão de suas intensões e de seu comportamento é possível analisar a situação competitiva. Para Cobra (2003, p. 500-501), uma empresa só cresce quando ela consegue encontrar oportunidades raras no mercado, porém esta só conseguirá se consolidar quando estiver apta a enfrentar a concorrência. “Por analogia, é possível especular que uma empresa só consegue progredir quando tem maturidade e recursos para 36 enfrentar a concorrência e respeitar o meio ambiente e ainda obter vantagem competitiva”. 2.4 ANÁLISE AMBIENTAL Dornelas (2008) afirma que uma das mais importantes etapas do plano de negócio, é conheça e entender o ambiente que envolve a empresa, seja ele interno ou externo. Pois é através dela que seus executivos saberão quais os riscos e se a empresa está preparada para adversidades futuras. Para Kotler (2000, p. 98), na análise do ambiente externo, as forças macroambientais precisam ser monitoradas assim também como significantes agentes microambientais. “Um objetivo importante da avaliação ambiental é o reconhecimento de novas oportunidades de marketing”. Nessa mesma linha, Dornelas (2008, p. 144-145) nos explica que é necessário identificar os cenários de ordem macroambiental como: demográficos, econômicos, tecnológicos, político-legais e socioculturais, bem como os fatores de ondem microambiental que se referem aos consumidores, concorrentes, fornecedores e canais de distribuição que afetam diretamente a empresa. Após selecionar quais desses fatores estão mais interligados ao negócio e quais são os mais críticos para a empresa, o empreendedor deve aloca-los para a matriz SWOT, fazendo uma analise do ambiente externo e interno da organização exigindo honestidade do empreendedor para com a análise e seu negócio para que os procedimentos e resultados possam ser válidos e ajudar a empresa. 2.4.1 Análise do Macro Ambiente Kotler (2005, p. 98) afirma que uma unidade de negócios deve monitorar as forças macroambientais e significativos agentes microambientais que possam afetar sua capacidade de obter lucro. Para Polizei (2008, p. 18) as forças macroambientais referem-se aos influenciadores de mercado mais amplos, como exemplificado no quadro abaixo: 37 Quadro 5: Macroambiente FORÇAS MACROAMBIENTAIS Forças politicas Forças econômicas Forças culturais Forças ambientais Forças legais Forças tecnológicas Fonte: Adaptado de Polizei (2008, p. 18) Polizei (2008, p. 18) define as forças políticas como sendo “todos os fatores de origem política, ou ainda os negócios internos e externos de qualquer governo que possam ter impacto no plano de marketing” e as forças legais seriam os grupos “formado por leis, órgãos governamentais e grupos de interesses comuns, que definem, seja de maneira formal ou informal a maneira como as empresas devem operar nos mercados de atuação”. Kotler (2000, p. 173) une as duas forças e utiliza o termo poltico-legal e afirma que as decisões de marketing são fortemente afetadas por mudanças neste ambiente. Para o autor´, o ambiente politico-legal é formado pelas leis órgãos governamentais e grupos de pressão que influenciam e limitam variáveis individuais e organizacionais. A legislação é importante para os negócios da empresa, pois ela protege as empresas da concorrência desleal, protege os consumidores de práticas de negócios considerados desleais além de proteger os interesses da sociedade diante do comportamento desenfreado das empresas. Nas forças econômicas, Polizei (2008, p. 18) afirma que as mesmas “possuem um peso de maior significado à situação atual de mercado. Elas descrevem de forma real a maneira como ele estará ou se comportará no momento do lançamento do conceito defendido no plano”. Nessa mesma linha, Las Casas (2010, p. 110) afirma que “a economia exerce influencia muito forte no desempenho de todas as empresas de um determinado mercado”. As oscilações econômicas afetam os hábitos de consumo e também o rendimento dos consumidores, mostrando reflexos imediatos para os diferentes setores. 38 Não muito distinto deste pensamento Kotler (2008, p. 167) afirma que para a existência de um mercado se faz necessário a existência de pessoas e de poder de compra, esta por sua vez em uma economia depende do preço, da renda, da poupança do endividamento e da disponibilidade de crédito. Os profissionais de marketing devem estar atentos a qualquer alteração que possa haver nesse ambiente e as principais tendências na renda e nos padrões de consumo da população. Ao abordar as forças culturais, Polizei (2008, p. 19) as define como sendo “o conjunto de valores, ideias, artefatos e símbolos que auxiliam as pessoas do meio a se comunicarem, interpretar e avaliar como membros de uma sociedade. Em cada mercado a ser definido, um conjunto completo dos fatores destacados assume um papel específico e contundente nas escolhas a serem feitas, incluindo o produto/serviço”. Nesse ambiente Las Casas (2010, p. 113) afirma que a sociedade molda o comportamento à medida que ela vai adquirindo e mudando as crenças e os valores culturais, devido a isso alguns produtos que já foram muito consumidos em algum determinado período deixam de ser devido as mudanças de valores. Devido a tais fatos os estudos de marketing no ambiente cultural são fundamentais pois, erros nessa abordagem podem causar rejeição a alguns produtos por determinados grupos de pessoas. No que diz respeito às forças ambientais apresentadas no quadro por Polizei (2008, p. 18) são “todos os fatores ligados ao ambiente que podem influenciar nas questões de ordem mercadológica. Aspectos geográficos e físicos também devem fazer parte da análise ambiental”. Nessa mesma linha Kotler (2000, p. 169) argumenta que o ambiente natural é motivo de preocupação global. Por isso os profissionais de marketing precisam estar conscientes das ameaças e oportunidades a escassez de matéria prima, ao custo mais elevado de energia, aos níveis mais altos de poluição e a mudanças nos papéis do governo. Polizei (2008, p.20) define as forças físico-climáticas como sendo alguns produtos que demonstram resultados sazonais de vendas justamente em condições físico-climáticas. Caso o conceito defendido no plano sofra influências diretas dos fatores físico-climáticas, uma análise mais aprofundada nesse quesito mostra-se necessária. 39 A definição das forças sociais “são todos os fatores ligados á demografia, composição socioeconômica e etária da população, entre outros. Pelo fato de o plano de marketing delimitar com clareza o objetivo do conceito e o público-alvo, é natural que as forças sociais devam ser consideradas”. (POLIZEI, 2008, p. 21) Uma das forças que mais afetam a vida das pessoas é a tecnologia, pois esta gerou maravilhas como a penicilina e a cirurgia no coração, mas também gerou horrores como a bomba de gás lacrimogênio e o gás asfixiante. Cada nova tecnologia é uma força de destruição criativa visto que muitas empresas são derrubadas devido a inovações e invenções que substituam seus produtos no mercado. (KOTLER, 2000, p. 171) Seguindo esse raciocínio Polizei (2008, p. 21) nos fala que conforme a tecnologia avança é natural que os consumidores se ajustem a nova realidade e a novas formas de agir, pensar e claro, consumir. 2.4.2 Análise do Micro Ambiente No que diz respeito ao microambiente de marketing Honorato (2000, p.38) conceitua como “o conjunto de agentes que afetam diretamente a empresa, e que podem de alguma maneira, ser controlados pelas ações de marketing daquela”. Nessa linha Polizei (2008, p. 22) refere-se ao microambiente como sendo os “influenciadores mais próximos da empresa/conceito e dos impactos mais imediatos no plano de marketing”, apresentados no quadro abaixo: Quadro 6: Microambiente FORÇAS MICROAMBIENTAIS Fornecedores Intermediários Forças públicas Concorrência Clientes Fonte: Adaptado de Polizei (2008, p. 22) Para Chiavenato (2008, p. 32) “fornecedores são as empresas e os indivíduos que fornecem recursos ou insumos para o negócio”. Podendo esses ser 40 fornecedores financeiros, de recursos materiais, de recursos tecnológicos, de recursos humanos, etc. Dessa forma, Polizei (2008, p. 22), afirma que os fornecedores devem ser destacados dentro de uma análise de marketing, pois assim será possível evitar futuros problemas e aumentos consideráveis de custos por conta de divergências com os mesmos. Seguindo essa linha, Honorato (2004, p. 39) argumenta que a empresa precisa estabelecer uma boa política de compra com seus fornecedores para que os resultados finais dessa negociação seja favorável para ambas as partes. Para a escolha de bons fornecedores, existem alguns elementos influenciadores no processo como: tamanho e concentração em relação a outros participantes do setor, diferenciação dos produtos, preço em consonância à criação de valor. Com isso, a importância da relação entre a empresa e os fornecedores ganha um espaço mais importante no cenário dos negócios, o que gera o segundo elemento competitivo e corporativo em importância. Dentro do microambiente, os intermediários de marketing são considerados os canais de distribuição como: os agentes comerciais, atacado e varejo, os intermediários de distribuição logística como: os armazéns, empresa de transporte e os operadores logísticos, os agentes financeiros como: bancos, os prestadores de serviço de marketing como: consultorias, instituto de pesquisa. (HONORATO, 2004, p. 39). Polizei (2008, p. 23), em perspectiva semelhante, argumenta que os “intermediários abrangem todas as organizações que se encontram entre o fabricante e o cliente final, também definido como canais de marketing”. A definição exata do canal de marketing define a eficiência da empresa na compra visando o consumidor final, isto em relação ao grau de disponibilidade do produto/serviço. A análise dos intermediários ajudará a identificar quais estratégias seguir no lançamento e acompanhamento de um novo produto/serviço no mercado. Já as forças públicas no microambiente de marketing se referem “às autoridades ou poderes de ordem não privada que possam causar impacto no negócio a ser definido no plano”. Tais forças podem viabilizar ou não novos projetos, com a criação de leis, taxas e regulamentações de prefeitura. (POLIZEI, 2008, p. 23). 41 Ainda dentro do microambiente de marketing um dos mais importantes influenciadores são os concorrentes, estes são definidos por Chiavenato (2008, p. 33) como sendo as empresas que disputam os mesmos clientes, ou fornecedores ou concorrentes da empresa em questão. Eles concorrem com as entradas e saídas. À medida que os produtos de uma empresa tornam-se mais heterogêneo se distanciam mais de seus concorrentes e mais complexa será a competitividade. Nessa linha Polizei, (2008, p. 23) afirma que a “análise da concorrência permite ao planejador projetar o nível de dificuldade no momento do lançamento do conceito no mercado”. Sendo assim esta análise deve levar em conta os concorrentes diretos, indiretos e também os de potencial para o futuro. Assim a concorrência inclui todas as ofertas e substitutos rivais que um comprador possa considerar. (KOTLER, 2000, p. 36) Por ultimo será abordado dentro do microambiente à importância da análise com os clientes, sendo que para Polizei (2008, p.24), o principal objetivo do produto ou serviço é satisfazer as necessidades ou desejos dos clientes. Assim à medida que o consumidor evolui suas expectativas e exigências, mais difícil torna-se para a empresa satisfazer suas necessidades e desejos. O conhecimento pleno do consumidor ajuda ao planejador definir maneiras de atendê-lo melhor. Assim, Honorato (2004, p. 39) conclui que “os clientes são os pontos de esforços de chegada de uma empresa”. Ainda para o autor, os clientes não são apenas o consumidor final, mas sim todos os outros agregados que podem representar mercados-alvo para o produto da empresa. Com tudo apresentado, é possível concluir que o plano de marketing é um documento por escrito que envolve todas as atividades de marketing da empresa, ele atende a vários propósitos, incluindo a implementação da estratégia de marketing. Dessa forma, um plano bem elaborado informa a seus participantes quais seus papéis e funções, ele é capaz de especificar como os recursos são alocados e inclui tarefas de marketing específicas. (FERRELL et al. 2000, p. 20) A seguir será apresentado a estratégia de um plano de marketing que para Ferrell et al (2000, p. 20) depende de uma análise rigorosa e abrangente dos ambientes externos e internos de uma organização. 2.4.3 Análise do ambiente interno 42 Para Dornelas (2008, p. 144), o conhecimento do empreendedor em relação ao seu plano de negócio deve ser amplo, para que este mostre sua empresa “internamente e o que ele deve fazer para driblar os fatores externos sobre os quais ele não conhece diretamente. Por isso que a analise SWOT é extremante útil para traçar um panorama da situação atual e prevista para o negócio”. Dando continuidade a análise SWOT, Ferrell et al (2000, p. 33) a definem como sendo a análise dos fatores internos as forças e fraquezas que por sua vez são definidas pelo autor como sendo os problemas internos e exclusivos para a empresa conduzir a análise e dos fatores externos conhecidos como oportunidades e ameaça sendo esses os problemas externos que podem afetar todas as organizações, tais aspectos devem ser analisados de acordo com as necessidades e a concorrência de mercado. Feita esta análise será possível identificar na empresa o que ela está fazendo bem e quais são os pontos que precisam ser melhorados. Dessa forma o resultado da analise SWOT pode ajudar a empresa a ajustar as forças internas as oportunidades externas. Quando as empresas ajustam suas forças as oportunidades, criam condição de gerar vantagem competitiva no que diz respeito a atender as necessidades dos clientes. Outro importante resultado de uma boa análise SWOT é encontrar formas de converter as fraquezas em forças e as ameaças em oportunidades, podendo em alguns casos transforma-las em uma importante ferramenta para gerar vantagem competitiva. (FERRELL et al., 2003, p. 34-35). 2.5 MARKETING Em sua forma mais simples, o conceito de marketing em mercados cada vez mais dinâmicos e competitivos, sugere as organizações que possuam maior probabilidade de sucesso para serem capazes de perceber as expectativa, os desejos e a necessidade que os clientes possuem e se prepararem em satisfazê-las melhor que seus concorrentes. Assim, é reconhecido que não há motivos para que os clientes procurem comprar produtos ou serviços de uma organização, a não ser que “estes atendam melhor a seus desejos e necessidades que os oferecidos por organizações concorrentes”. (HOOLEY, SAUNDERS, PIERCY, 2005, p. 5). Complementando essa linha de raciocínio, Dolabela (2008, p. 136) argumenta que “Marketing é o processo de planejamento de uma organização que busca 43 realizar trocas com o cliente. Cada um tem interesses específicos: o cliente quer satisfazer suas necessidades; uma empresa quer gerar receita”. Já Kotler (2000, p. 30) define marketing de forma mais especifica como sendo “um processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros”. Entende-se por marketing a etapa do plano de negócio que busca identificar quais são as expectativas do mercado perante os lançamentos de produtos e quais são suas necessidades de compras. A seguir, será apresentado o plano de marketing. 2.5.1 Plano de marketing O marketing possui como finalidades básicas detectar as oportunidades de mercado ou a demanda que estão pouco satisfeitas pelas ofertas já existentes, seja essa proveniente da própria empresa ou de seus concorrentes. Possui também como finalidade preencher tais nichos com o mínimo de recursos e de custos operacionais para ter em troca uma desejável receita. (DOLABELA, 2008, p. 137). Como o próprio nome sugere, o planejamento de marketing tem como base primária de organização e controle um documento formal conhecido como plano de marketing. (POLIZEI, 2005, p. 1). Tal plano, para Churchill e Peter (2005, p. 19), é constituído através de documentos que foram criados pelas organizações para registrar os resultados e as conclusões das análises ambientais. Nessa mesma linha de raciocínio, Dolabela (2008, p. 138) argumenta que “o plano de marketing é constituído pela análise de mercado voltada para o conhecimento de clientes, concorrentes, fornecedores e ambiente que a empresa vai realmente atuar”. Ressaltando ainda que o plano de marketing é um planejamento do composto de marketing de uma organização que tem como principal papel orientar o processo decisório de marketing. Ele deve identificar as oportunidades de negócios para a empresa e esboçar como a empresa irá entrar em mercados já identificados de modo, a saber, como conquistá-los e manter posição perante ele (DOLABELA, 2008, p. 139). 44 Dornelas (2008, p. 136) defende que o plano de marketing é um planejamento do composto de mercadológico que para Kotler (2000, p. 37), é um conjunto de ferramentas de marketing que a empresa utiliza para perseguir seus objetivos de marketing no mercado-alvo, argumentando que cada composto possui suas próprias variáveis que possuem influencia sobre os canais comerciais para que consiga alcançar o público alvo. Dornelas (2008, p. 136) ainda argumenta que: O plano de marketing deve identificar as oportunidades de negócio mais promissoras para a empresa e esboçar como penetrar em mercados identificados, como conquista-los e manter posições. É um instrumento de comunicação que combina todos os elementos do composto mercadológico em um plano de ação coordenada. No plano, são estabelecidos os objetivos da empresa e depois a escolha das estratégias mais viáveis para atingir os objetivos. Tendo como base para a elaboração do plano de marketing o proposto por Dolabela (2008) e Dornelas (2008) apresentados no quadro a seguir, o plano irá trazer alguns conceitos dos itens propostos para melhor compreensão do assunto. Quadro 7: Plano de Marketing 3. O Plano de marketing 6. Plano de marketing 3.1 Analise de mercado - O setor, O 6.1 estratégia de marketing (4 Ps) tamanho do Mercado, Oportunidades e 6.2 Canais de vendas e distribuição ameaças, A clientela, Segmentação, A 6.3 Projeção de vendas concorrência, Fornecedores 3.2 Estratégia de Marketing - O produto, A tecnologia, Ciclo de vida, Vantagens competitivas, Planos de Pesquisa & Desenvolvimento, Preço, Distribuição, Promoção e propaganda, Serviço ao cliente (venda e pós-venda), Relacionamento com os clientes. Fonte: Adaptado de Dornelas (2008), Dolabella (2008). No quadro acima foram abordados os possíveis assuntos a integrarem o plano de marketing que será discorrido nos próximos parágrafos. No que diz respeito à análise de mercado, Paixão (2008, p. 106) afirma que nesse ponto é quando deve ser feito um estudo detalhado do mercado em que a organização atua, para que possa identificar tendências desse mercado, tais como, 45 saturação, crescimento, maturidade, vendas, preços e margens tanto no que diz respeito à empresa ou a seus concorrentes. Para complementar esse pensamento, o autor Aaker (2005, p. 88) afirma que a mesma: Baseia-se na analise do cliente e do concorrente para fazer alguns julgamentos estratégico sobre um mercado e suas dinâmicas. Um de seus objetivos primários é determinar a atividade de um mercado para os participantes atuais e potenciais. Um segundo objetivo da análise de mercado é entender as dinâmicas do mercado. A necessidade é identificar submercados emergentes, principais fatores de sucesso, tendências, ameaças, oportunidades e incerteza estratégica que possam guiar a coleta e análise de informações. Cobra (2009, p. 13) afirma que a análise de mercado é o primeiro ponto na estratégia de marketing. Sendo indispensável à pesquisa de mercado para saber o que o cliente está buscando para assim desenvolver um produto ou um serviço. “Pela análise também é possível acompanhar os passos da concorrência para minimizar sua ação”. Para isso os profissionais de marketing segmentam o mercado, ou seja, dividem o “mercado total em grupos de consumidores com necessidades relativamente comuns ou homogenias tentando desenvolver um composto de marketing que atraia um ou mais desses grupos”. (FERRELL et al, 2000, p. 92) Para tal se faz necessário a segmentação do mercado que podem ser analisadas por suas diferenças demográficas, psicográficas e comportamentais existentes entre compradores. (KOTLER, 2000, p.30) Para completar esse raciocínio Churchill e Peter (2005, p. 209) definem a segmentação demográfica como sendo a maneira mais comum para realizar a segmentação, pois envolve dividir o mercado com base nas características da população como a segmentação por sexo mais apropriada quando um produto pode agregar valor mais a um sexo do que o outro, como segmentação por idade visto que as necessidades e gostos dos consumidores mudam conforme eles envelhecem, a segmentação por raça ou etnia que ajuda os profissionais os de marketing a avaliar os gostos de uma determinada etnia, sendo que estes nem sempre definem o mercado para um todo, a segmentação por renda, instrução, ocupação que ajuda a determinar quais consumidores poderão responder a uma 46 determinada combinação de preços e fechando a segmentação demográfica há a por tipos de família que pode avaliar de acordo com o tamanho, composição ou estagio no ciclo de vida dos mesmos. No que diz respeito à segmentação psicográfica, Churchill e Peter (2005, p. 213) explicam que esta, envolve o estilo de vida dos consumidores, os autores ainda trazem a segmentação geográfica, que diz respeito ao modo como os profissionais de marketing dividem o mercado total em grupos de acordo com critérios geográficos como densidade populacional, clima ou localização. Já em relação à segmentação baseada no comportamento de compra do consumidor os profissionais de marketing podem segmentar esse mercado com os diversos segmentos de compra como: por frequência de uso, situação de lealdade e situação de usuário (se utilizaram o produto no passado, se tem intenção de reutiliza-los). Dessa forma é decidido pela empresa então qual segmento apresenta a maior oportunidade, ou seja, aquele cujas necessidades a empresa pode atender de maneira superior. “Para cada mercado alvo escolhido a empresa desenvolve uma oferta de mercado, esta é posicionada na mente dos compradores-alvo como possuidora de algum beneficio fundamental para que se efetue a compra”. (KOTLER, 2000, p.30) Figura 1: Relação entre o setor e o mercado Fonte: Adaptado de Kotler (2000, p. 31) Tal relação entre o setor e o mercado representa para Kotler (2000, p. 30) que as empresas vendedoras representam os diferentes setores e que as empresas compradoras representam o mercado e que ambas estão interligadas por quatro 47 fluxos “As vendedoras fornecem bens, serviços e comunicação (anúncios, mala direta) ao mercado, em troca recebem dinheiro e informações (atitudes, dados de vendas). O fluxo interno mostra uma troca de dinheiro por bens e serviços, o fluxo externo mostra uma troca de informações”. Portanto o plano de marketing é a ferramenta utilizada pelos profissionais da área de marketing para identificar as oportunidades de mercado que podem dar certo para a organização. 2.5.2 Estratégia de Marketing Para Dornelas, (2008, p. 88), a estratégia de marketing deve mostrar como a empresa pretende conquistar seus clientes, como vender seu produto ou serviço e ainda como aumentar a demanda de acordo com os interesses do cliente. Nessa mesma linha, Camarotto (2009, p.12) argumenta que a estratégia de marketing precisa alavancar as forças da organização, de forma a aproveitar as oportunidades já existentes no mercado, podendo assim ajudar as empresas a alcançar seus objetivos. Para o desenvolvimento de estratégia de marketing dentro das organizações, faz-se necessário que o empresário conheça profundamente o negócio em que a empresa esta inserida. Com isso, Dornelas (2008, p. 138), explica que as estratégias de marketing são os meios e métodos no qual a empresa utilizará para atingir seus objetivos. Tais estratégias comumente se referem ao composto de marketing, ou os quatro pês: produto, preço, praça, propaganda. O autor ainda argumenta que algumas estratégias específicas podem ser adotadas pela empresa atuando sobre o composto de marketing, com o objetivo de obter melhor resultado sobre seus competidores. Assim a projeção de vendas da empresa esta diretamente ligada a estratégia de marketing já estabelecida, pois “depende de como o produto será posicionado no mercado, qual será sua política de preço, as promoções e os canais de venda que serão utilizados, e ainda, como o produto chegará ao cliente”. De forma mais abrangente, Ferrell et al. (2000, p. 36) definem a estratégia de marketing como a forma pela qual a empresa gerenciará seus relacionamentos com seus clientes, de maneira que possa obter vantagens sobre a concorrência. Já Hooley, Saunders e Piercy (2005, p. 5) definem a estratégia no marketing como a busca em “elaborar respostas eficazes aos ambientes de mercado em 48 mudança ao definir segmentos de mercado e desenvolver e posicionar ofertas de produto para esses mercados-alvo”. Nessa mesma linha, Kotler (1999, p. 124) ressalta a importância da estrutura dos quatro Ps (produto, preço, praça e promoção) para que os profissionais consigam definir o preço do produto, descobrir como distribui-lo e selecionar métodos para promovê-lo. Tal estrutura será apresentada a seguir de forma separada para proporcionar melhor compreensão ao leitor. 2.5.2.1 Produto A base para a existência de um negócio é um produto ou serviço uma empresa tem por objetivo oferecer algo de maneira diferente e melhor para que o mercado alvo venha preferi-lo e até esteja disposto a pagar a mais para possuí-lo (KOTLER, 1999, p. 126). “Um produto ou serviço é dito certo ao consumo quando atende as necessidades ou desejos de seus consumidores” (COBRA, 1998, p. 28). Um produto deve possuir alguns requisitos para ser considerado “certo” ao consumo, tais como, a qualidade e padronização em termos de características desempenho e acabamento; modelos e tamanhos que possam atender as expectativas e as necessidades e configuração que nada mais é do que a apresentação física do produto, sua embalagem, marca e serviço. Nessa linha, Limeira (2003, p. 4) diz que um produto pode trazer benefícios aos consumidores devido aos resultados que são obtidos através de seu uso ou consumo, ele tem a capacidade de satisfazer os desejos do consumidor ou suas necessidades, podendo esses ser por meios de natureza física, emocional, psicológica ou social. Para Kotler e Armstrong (2003, p. 204), a definição de um produto é: Algo que pode ser oferecido ao mercado para apreciação, aquisição, uso ou consumo e para satisfazer um desejo ou uma necessidade. Definidos amplamente incluem bens físicos, bens, serviços, eventos, lugares, organizações, idéias, ou um misto de todas essas entidades. Dornelas (2008, p. 139) discorre sobre a importância de direcionar um produto no mercado para que este possa atender as expectativas e necessidades do cliente- 49 alvo definido no segmento de mercado. Para que assim a empresa possa estabelecer uma imagem do produto junto aos seus clientes, tentando sempre se diferenciar da concorrência. Concluindo esse pensamento Gordon (2000, p. 35) afirma que o produto consequentemente é o resultado de um processo de colaboração que cria os valores que os clientes buscam para cada componente do produto e seus serviços associados. A seguir será abordado mais um item da estrutura dos 4 Ps, o preço. 2.5.2.2 Preço Pode-se dizer que o preço difere dos três outros elementos do mix de marketing, pois, é o único que gera receita enquanto os demais geram custos. Como consequência as empresas buscam elevar constantemente seus preços visando seu nível de diferenciação perante os outros fornecedores. (KOTLER, 1999, p. 129). Cobra (1998, p. 29) diz que “o preço pode ser considerado: posto no cliente; atacadista; varejista ou distribuidor; liquido com desconto ou bruto sem desconto; desconto por quantidade, por condição de pagamentos, etc.”. Churchill e Peter (2005, p.164), ao referir-se a preço argumentam que sua estratégia influencia o comportamento de compra quando o consumidor está avaliando alternativas para chegar a uma decisão. Completando esse pensamento, Kotler (1999, p. 130) menciona a importância do desconto nos dias atuais, ele diz que “o desconto é uma coisa tão comum hoje em dia que dificilmente um comprador paga o preço normal do catálogo. O comprador pode ser agraciado com um preço especial, um desconto, um serviço sem custo adicional ou um presente que causam reduções no preço obtido”. Para Dornelas (2008, p. 139), o preço pode ser considerado como a maneira mais tangível de agir no mercado, pois é através da politica de preços que é possível a empresa criar demanda para o produto, segmentar o mercado, definir sua lucratividade, mudar a penetração do produto no mercado, porém sempre deve ser levado em conta o valor que o cliente vê no produto e não o preço que a empresa acha que ele deva ter. Segue mais uma estrutura dos 4 Ps no próximo tópico, a praça. 50 2.5.2.3 Praça Os canais de distribuição envolvem diferentes maneiras que a empresa possui para levar o produto até o consumidor, sendo esses em distribuições físicas ou em serviços ao cliente. No que diz respeito as distribuições físicas dá-se o nome de venda direta, pois nesse caso o consumidor fica cara a cara com o vendedor, já nos serviços ao cliente a venda é caracterizada como indireta, assim a empresa pode utilizar intermediárias no processo como telemarketing e internet onde o consumidor não fica cara a cara com o vendedor. (DORNELAS, 2008, p. 140) Para Cobra (1998, p. 29), um produto ou serviço só tem utilidade no mercado se for posicionado junto ao seu mercado consumidor, a escolha do ponto para o produto é de extrema importância e relaciona-se com o canal de distribuição, podendo esse ser: Atacado, varejo ou distribuídos; ao transporte e a armazém. Kotler (1999, p. 133) complementa a importância da escolha da praça, ele diz que “cada fornecedor deve decidir como tornar suas mercadorias disponíveis ao mercado alvo”. Ao analisarmos as palavras de Kotler, verificamos que Churchill e Peter (2005, p. 368) possuem uma definição para tal importância, o canal de distribuição que “é uma rede organizada de órgãos e instituições, que, em combinação, executam todas as funções necessárias para ligar os produtores aos usuários finais a fim de realizar a tarefa de marketing”. Cabe relatar que o canal de distribuição é a interação com o consumidor para que os produtos sejam colocados de forma correta nas mãos de cada tipo de cliente no momento e da forma, que possam interagir com ele. Para isso cada canal de distribuição precisa agir de acordo com as necessidades dos consumidores e com os padrões ditados por eles (CERTO, 2003, p. 233). Aborda-se a seguir a ultima estrutura dos 4 Ps, a promoção. 2.5.2.4 Promoção Churchill e Peter (2005, p. 20) salientam que “promoção, ou comunicação refere-se como os profissionais de marketing informam, convencem e lembram os clientes sobre produtos e serviços”. Kotler (1999, p. 136-137) completa esse pensamento e ressalta que “o quarto P, promoção, cobre todas aquelas ferramentas de comunicação que fazem chegar 51 uma mensagem ao público alvo”. Como a propaganda que é uma das ferramentas mais poderosas na qual as empresas a utilizam para promover um produto, um serviço ou uma ideia; a promoção de vendas que podem ser feitas através de concursos, jogos, sorteios, prêmios, exposições demonstrações, cupons, etc. essa promoção tem o poder de enfraquecer uma marca, o que afeta o valor da mesma. A relações públicas que se referem aos seminários, relatórios anuais, doações filantrópicas, eventos, etc. A força de vendas: referem-se a apresentações para vendas, amostras e feiras de convenções, programas de incentivos, etc. “essa é caracterizada como uma das mais dispendiosas da comunicação de marketing, principalmente quando sai a campo para prospecção de clientes potenciais, e ainda mantem os atuais satisfeitos”. Por ultimo a ferramenta de marketing direto que se refere a catálogos, mala direta, telemarketing, compra pelo computador etc. “esses meios são projetados de forma a atingir diferentes nichos de clientes, quando falamos, por exemplo, das revistas que possuem seu material editorial com anúncios para um grupo específico e clientes”. Para Dornelas (2008, p. 141) três fatores de vem ser considerados em um plano de propaganda da empresa: o pessoal envolvido, a propaganda e as promoções. Se uma das opções for a venda direta o efetivo de vendas deverá ser muito maior do que em qualquer outro caso. Já a propaganda tem como objetivo fazer com que as mensagens das empresas/vendedores atinja uma audiência selecionada tendo como intuito informar, convencer e principalmente reforçar o conceito que o consumidor tem a cerca do produto. Seguindo essa mesma linha, Limeira (2003,p.272) enfatiza que: Promoção abrange o conjunto de ações integradas de comunicação e promoção, que têm como objetivos: fixar o produto na mente do consumidor; criar uma mensagem única, consistente, compreensível e crível sobre o produto; construir uma imagem de marca diferenciada e sustentável na mente do consumidor; oferecer informações e incentivos para o consumidor adquirir o produto ou serviço da empresa; e gerar atitude favorável dos diversos segmentos de públicos para as iniciativas da empresa. Dessa forma é possível concluir que a promoção e propaganda no que diz respeito ao marketing, é todo o esforço utilizado para fazer com que as pessoas comprem determinados produtos ou serviços. (DOLABELA, 2008, p. 179) 52 2.5.3 Pesquisa de Marketing Kotler (2000, p.125) define pesquisa de marketing, como a parte correspondente á elaboração, coleta, análise e a concretização de relatórios sistemáticos de dados e descobertas relevantes sobre uma situação específica de marketing enfrentada por uma empresa. Para Churchill e Peter (2005, p.116) os profissionais de marketing precisam saber sobre o ambiente em que a organização esta inserida, dando maior foco a seus clientes e concorrentes. Esta etapa é fundamental para o profissional buscar dados que comprovem a atuação de seus concorrentes no mercado, que possam preparar a empresa para futuras mudanças no mercado, portanto esta pesquisa é capaz de fornecer todas as áreas voltadas para o marketing. Os autores ainda argumentam que esta pesquisa quando bem elaborada é capz de antecipar as necessidades dos clientes atuais e potenciais. Parente (2003, p.368) afirma que a “pesquisa de marketing pode ser definida simplesmente como o processo sistemático de coleta e análise de informações relativas às questões específicas ou problemas de marketing enfrentados pelas empresas”. Nesta mesma linha Limeira (2008, p.33) define que “a pesquisa de marketing é o processo de coleta, processamento, análise e difusão de informações para a tomada de decisões de marketing, realizada por meio de métodos imparciais e sistemáticos”. Dessa forma, Malhotra, (2006, p. 370) explica que faz-se necessário um planejamento sistemático em todo o processo de elaboração de uma pesquisa, e seus procedimentos devem ser todos bem estruturados e documentados, além de planejados com certa antecedência. É de extrema importância que seja utilizado nesta pesquisa o método científico, visto que a coleta de dados e analises são para testar noções ou suposições prévias. Além disso, a pesquisa deve ser objetiva e manter isenta a opinião de quem esta pesquisando. Entende-se que a pesquisa de marketing é uma coleta de dados, que procura fornecer informações importantes para as organizações, pois busca identificar o perfil e o comportamento dos seus clientes. 53 2.6 PLANEJAMENTO DE PRODUÇÃO Neste tópico serão abordados a análise das instalações, os equipamentos e maquinas necessárias, os funcionários, os insumos necessários no processo de produção e a terceirização de serviços. Dornelas (2008, p. 88) argumenta que nesta etapa devem ser apresentadas as ações que a empresa planeja em seu sistema produtivo e o processo de produção, de forma a indicar os impactos que essas ações terão em seus parâmetros de avaliação da produção, abordadas a seguir nos próximos tópicos. 2.6.1 Plano Operacional Silva (2005, p. 162), explica que o plano operacional corresponde aos procedimentos para execução das tarefas envolvem prazos, valores e etapas a serem cumpridas além de métodos, orçamentos, programas e tempo. No que diz respeito ao tempo do plano este pode variar em uma duração anual ou de prazo um pouco mais longo, neste último caso, o plano poderá sofrer reformulações a cada ano, a fim de atender as possíveis mudanças no ambiente externo e/ou internos. Para o autor a razão de se fazerem planos operacionais consiste na necessidade de obter um rumo para as atividades na empresa, para proporcionar condições para o perfeito acompanhamento de projetos específicos. Não muito distinto desse pensamento Turban et al (2008, p, 199) argumenta que o plano operacional “converte uma estratégia operacional e metas de uma empresa em um conjunto de táticas e iniciativas bem definidas, exigências de recursos e resultados esperados para um período de tempo futuro”. Nessa mesma linha, Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 176) explicam como o produto será produzido ou o serviço oferecido, ainda lida com itens como a localização e instalações – de quanto espaço se faz necessário para o empreendimento e de que equipamentos serão necessários para o mesmo. Nesse caso “o plano operacional deve explicar a abordagem proposta para assegurar a abordagem da qualidade da produção, o controle de estoque, o uso de terceirização ou mostrar como serão solucionados outros problemas relacionados a matériaprima”. 54 Cabe ainda evidenciar que Chiavenato (2007, p. 177-178) destaca que a realização do plano operacional permite a organização visualizar e determinar ações futuras dentro do nível operacional direcionados pelos objetivos da empresa. No fundo o plano operacional da ênfase a administração pela rotina, pois essa assegura que todos mantem suas tarefas e operações de acordo com os procedimentos já estabelecidos pela empresa. Nos tópicos a seguir serão apresentados os componentes da elaboração do plano operacional iniciando sobre as analise de instalações. 2.6.2 Estrutura física e funcional Para Ballou, (2006, p. 433), as instalações fixas são consideradas um importante problema de decisão, pois é a partir dai que se da estrutura e contorno ao conjunto completo cadeia, ela ainda tem o poder de definir as alternativas, juntamente com os custos e os níveis de investimentos a elas associadas. Após definida a instalação do empreendimento será visto a capacidade produtiva do mesmo. Chama-se “capacidade á quantidade máxima de produtos e serviços que podem ser produzidos em uma unidade produtiva, num dado intervalo de tempo”. Há ainda muitos fatores dos quais depende a capacidade produtiva de uma organização, alguns deles são de fácil resolução enquanto outros despendem de tempo e de mudanças custosas a empresa. (MOREIRA, 1996, p. 149-150). Já Chase, Aquilano e Jacobs (2004, p. 178) trazem a definição de capacidade nos negócios que é a quantidade de saída que um sistema é capaz de atingir sobre um determinado período de tempo. Em um ambiente de serviço esse conceito significa o numero de clientes que o estabelecimento pode atender em um determinado tempo, na manufatura seria o numero de produtos capazes de serem produzidos em um único turno. Complementando essa definição Slack, Chambers e Johnston (2007, p. 344) explicam que “o uso mais comum do termo capacidade é no sentido estático, físico do volume fixo de um recipiente ou do espaço em um edifício”. Dessa forma o autor define capacidade de uma operação como sendo o máximo nível de atividade de valor adicionado em determinado período de tempo que o processo pode realizar sob condições normais de operação. 55 Davis, Chase, Aquilano (1999, p. 258) nos falam que a capacidade de produção é o que define os limites competitivos da empresa. Se a capacidade é inadequada à organização pode perder clientes por não conseguir atendê-los com o nível de produção atual e assim permitir que surjam concorrentes na disputa dessa fatia de mercado, já no contrario se a capacidade de uma empresa for excessiva esta terá de diminuir os preços para estimular a demanda. Slack, Chambers e Johnston (2007, p. 195) completam dizendo que a capacidade de uma organização dependerá de sua visão com relação a sua demanda atual e futura. Tornando-se mais importante para o negócio quando sua visão sobre a demanda atual for diferente da demanda futura. Já quando essa demanda é variável, algumas decisões precisam ser tomadas, como escolher a capacidade ótima para cada local. Dentro dos estudos de capacidade ainda podemos ressaltar sua medição que para Moreira (1996, p.153) pode ser quantificada de acordo com sua produção ou através dos insumos. Na medida por produção destaca-se que esta deve ser feita de acordo com o tipo de produto produzido, sendo impraticável misturar medidas como por metros ou por toneladas. Para apenas um produto ou produtos semelhantes é recomendado a medida por produção, como por exemplo em uma usina de álcool, onde a medida da capacidade pode ser feita através de litros por mês, semanas, dias e assim por diante. Já no caso da existência da fabricação de vários produtos recomenda-se a medição através de insumos, muito utilizado nas empresas prestadoras de serviços, pois torna-se difícil decidir a capacidade de produção intelectual, ou até de serviços prestados a clientes por exemplo. Neste caso, medese a capacidade produtiva de acordo com os insumos utilizados. Nessa mesma linha Erdmann (2000, p. 67-84) defende que a quantificação do que um sistema de produção pode ser capaz de produzir é definida em vários níveis. No planejamento é estabelecida a quantidade que pode ser produzida pela organização. Na programação, que se trata do dia a dia da produção, esta medição define quanto de cada produto pode ser fabricado, caso seja necessário estabelecer o prazo de uma forma mais precisa. Desta forma, a capacidade de produção de uma empresa decorre sobre os recursos disponíveis e a eficiência de sua utilização, sendo esta estabelecida de diferentes maneiras, levando em consideração a estrutura física e funcional, como será explicado a seguir: 56 • Consulta a dados históricos de produção: considerando que a capacidade não sofre grandes alterações, esta pratica utiliza dados passados como referência, porém, esta não deve ser considera se houver possíveis deficiências ou capacidade eventualmente mal aproveitadas; trabalha-se com dados reais e concretos. • Expressão da capacidade em número de hora: a capacidade é definida pelo número de horas de recursos produtivos disponíveis, tais como máquinas equipamentos, instalações e pessoas. A complementação da informação acontecerá quando o mix for conhecido. • Consideração da capacidade do recurso gargalo para um só produto: quando há apenas um produto e consequentemente um só processo de fabricação, bastará verificar a capacidade produtiva de cada um dos recursos envolvidos. Aquele de menor capacidade (recurso gargalo) determinará o resultado possível de ser alcançado. • Consideração da capacidade do recurso gargalo para mais de um produto quando esses forem similares: a similaridade permite estabelecer uma relação entre os produtos quanto a demanda da capacidade. E a partir disto fixa-se o parâmetro que se desejar e calcula-se as quantidades relativas a cada um. • Acumulação da carga para os recursos disponíveis: a descrição dos processos de fabricação dos produtos implica no conhecimento dos tempos requeridos em cada recurso. Na medida em que as ordens de produção forem alocadas os respectivos tempos são acumulados aos recurso disponíveis. Ao se chegar ao limite de disponibilidade a capacidade terá sido esgotada e será, então, conhecida. • Determinação da capacidade por simulação: segue-se a ideia apresentada no item anterior, apenas que usando um recurso de simulação que permita verificar, em curto espaço de tempo, diversas combinações de tipos e quantidade de produto. Um aperfeiçoamento desta técnica poderia apontar o grau de aproveitamento (ociosidade) dos recursos de produção como forma de identificar a eficiência da solução. • Programação linear: parte da construção de retas cujos fatores representam os recursos requeridos para cada unidade a ser produzida. As equações são igualadas as quantidades desejadas e constituem as restrições do sistema. Uma 57 outra equação denominada objetivo, é feita percorrer o espaço de soluções até atingir o ponto ótimo (máximo ou mínimo), normalmente associado a custos ou lucros. 2.6.3 Localização Andrade; Brito e Jorge (2007 p. 38), reforçam que nunca é demais enfatizar na localização do empreendimento, pois quando a localização é mal resolvida ela pode resultar na inviabilização do mesmo. Faz-se necessário um estudo para a localização do empreendimento visto que pode ser envolvido diferentes escalas no território e cada uma chegara a uma resposta com precisão diferente. Nessa mesma Linha Neto (200, p. 77-78), nos alerta para escolha da localização, pois dessa dependerão tanto receitas como despesas e possivelmente investimentos delas será diferente o método como se fará a escolha do local. Dessa forma para o autor o estudo da localização tem por objetivo determinar o melhor local para o empreendimento sendo de grande importância identificar uma localização que traga maior beneficio ao empreendimento sendo esta aquela que maximiza a diferença entre receitas e desembolsos operacional. “Como a localização influencia os fluxos financeiros no relacionados a investimentos, receita, despesas e custos deve-se determinar aquela localização que maximize os resultados”. Considerando a comercialização dos produtos para o mercado alvo, quanto mais distante estiver o produto do local de consumo maior será a conta relacionada ao frete desses produtos, além desses serem acrescentados por outros custos assessoriais, como taxas, seguros, pedágio e impostos. Para Slack, Chambers e Johnston (2007, p. 178) defende que a importância de decidir a localização, é que, uma vez executada, torna-se difícil de desfazer, visto que custos de mudança da organização de um local para outro podem ser extremamente altos, assim como o risco de criar inconvenientes para seus clientes. Entende-se por localização o local onde a empresa estará instalada, considerando que uma vez feito fica difícil mudar a localização. 2.6.4 Arranjo físico e o layout (leiaute) 58 Sendo caracterizado por Slack, Chambers e Johnston (2007, p. 200) como o posicionamento físico dos recursos de transformação o arranjo físico engloba a definição de onde serão colocadas todas as instalações, maquinas equipamentos e o pessoal da produção. Os autores ainda focam na importância da definição do arranjo físico com relação a mudanças, pois esta, é considerada uma atividade difícil e de longa duração, além de causar insatisfação do cliente ou perdas na produção com a interrupção do funcionamento da organização. Se o arranjo físico for projetado errado, pode levar a padrões de fluxo longos e confusos, estoque de materiais, filas de cliente, operações inflexíveis e de alto custos. Nessa mesma linha Moreira (1996, p. 259) nos fala que planejar o arranjo físico de uma instalação é o mesmo que definir a forma como serão dispostos os centros de trabalho, podendo este ser, um departamento, uma sala, pessoas, maquinas, equipamentos, etc. Em todo o planejamento de arranjo físico procura-se tornar mais fácil e suave o movimento do trabalho através do sistema, quer esse seja o fluxo de pessoas ou o de materiais. Depois de definido o arranjo físico é praticamente inviável sua mudança, visto quer esta pode implicar no dispêndio de considerável soma de dinheiro, pode representar um elevado custos e ainda causar interrupções indesejáveis no trabalho. Para Ritzman e Krajewski (2005, p. 197-199) “as escolhas de arranjo físico podem ajudar consideravelmente a comunicação dos planos de produto e das prioridades competitivas de uma organização”. Existem ainda quatro tipos de arranjo físico que podem ser de produto, de processo, híbrido e de posição. No que diz respeito ao arranjo físico de processo, este, agrupa as estações de trabalho ou departamento de acordo com a função. Com relação ao arranjo físico por produto visando um processo em linha são os melhores para a produção repetitiva. Os recursos neste caso são dispostos em torno do percurso do produto em vez de ser partilhado em muitos produtos. Num arranjo físico híbrido, a estratégia adotada é intermediária, onde algumas partes da unidade se encontram dispostas em um arranjo físico de processo e outras em arranjo físico de produtos, este tipo de arranjo é muito utilizado em operações de produção e montagem. Por último os autores definem o arranjo físico de posição física, nele o produto permanece fixo em um local, o que se movimenta são os funcionários, juntamente com suas ferramentas e equipamentos para trabalharem nele. 59 2.6.5 Equipamentos e máquinas necessárias Como visto na análise das instalações, a capacidade leva a especificações mais detalhadas de espaço, equipamentos e mão de obra. Neste tópico será abordado a necessidade de maquinas e equipamentos para o funcionamento do empreendimento. Para que se possa fazer uma estimativa de equipamentos necessários para o processo produtivo, é preciso avaliar todos os itens que a organização irá produzir e quais serão as operações envolvidas. Dessa maneira também é necessário o planejamento de equipamentos e mão de obra o espaço da organização deve ser projetado para acomodar maquinas, permitir a movimentação dos equipamentos de manuseio, o transporte dos materiais necessários e para acomodar os estoques. (MOREIRA 1997, p. 158-159) Dessa mesma forma Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 229) defendem que os tipos de equipamentos e ferramentas exigidos para o empreendimento depende da natureza dos negócios do mesmo. Em uma fabrica as máquinas podem ser de finalidade geral ou especial; um equipamento de finalidade geral para o trabalho com metais, por exemplo, incluem tornos, furadeiras e esmeiras, já para uma fabrica de trabalho com madeira as maquinas de finalidade geral incluem lixadeiras, serras e tornos. Os equipamentos de finalidade geral envolve um investimento mínimo e é bem adaptado a um tipo especifico de operação, ele também pode ser fundamental em empresas que exigem uma maior flexibilidade em que o produto sofre frequentes mudanças de designem. Já os equipamentos de finalidade especial permitem a redução do custo onde a tecnologia é plenamente estabelecida e a capacidade operacional é assegurada pelo alto volume de vendas, são exemplos de maquinas especiais as utilizadas para engarrafar e equipamento de montagem de automóvel. Tais máquinas não são recomendadas para empresas de pequeno porte pelo ponto de vista econômico, a menos que essa produza um produto padronizado em escala razoavelmente grande. O dimensionamento do investimento fixo de maquinas e equipamentos, veículos, móveis e utensílios, é o resultado dos valores da somatória de faturas de empresas que os fornecem. Cabe considerar que os equipamentos nacionais e estrangeiros devem se distinguir, no primeiro caso tem-se de levar em conta os impostos como a diferença de ICMS entre estados por exemplo, o transporte interno, 60 a montagem destes, e os seguros. Nos equipamentos estrangeiros deve-se levar em conta o valor FOB – free on board – na moeda de origem do fornecedor que posteriormente deve ser convertida em moeda nacional, nestes devem-se agregar despesas como transporte, taxas alfandegárias, portuárias e de importação, e ainda impostos e demais despesas nacionais; assim é possível obter o valor CIF – Cost, Insurense, Freight – em moeda nacional. A esse valor devem ser acrescidos despesas como a montagem para se chegar ao seu custo histórico. (MACHADO, 2002, p. 100) Visto a necessidade de maquinas e equipamentos que serão necessários ao empreendimento, veremos no próximo tópico os funcionários e insumos necessários para o mesmo. 2.6.6 Funcionários e insumos necessários Geralmente apresenta-se o gerenciamento de produção com foco principal para a tecnologia, sistemas, procedimentos e instalações, mas ao contrário do que se pensa a forma pela qual se gerencia os recursos humanos possui grande impacto sobre a eficácia de suas funções operacionais. (SLACK, CHAMBERS E JOHNSTON, 2007, p. 276). Sendo assim Cury (2005, p. 413) no fala da importância do quadro de distribuição do trabalho que é um instrumento utilizado com o objetivo de analisar as variadas atividades que são atribuídas a cada uma das unidades orgânicas de uma empresa. Isso pode ser feito por meio da analise das tarefas executadas pelos funcionários, visando aferir a carga de trabalho e a nacionalidade de sua distribuição. Para que o processo seja executado cada empregado possui uma função esta corresponde a uma agregação de atividades, interdependentes em um único campo especializado de trabalho, devendo esta ter seu desenvolvimento alocado a uma unidade organizacional especifica sob uma única direção. No que diz respeito aos insumos necessários para a produção deve ser feito uma previsão da demanda, sendo necessário saber quanto a empresa planeja vender de seus produtos ou de seus serviços no futuro, visto que esta previsão é o ponto de partida direto ou indireto para outras decisões dentro da organização. A previsão da demanda é considerada um processo racional na busca de valores com 61 relação a vendas futuras de um item ou um conjunto de itens. (MOREIRA, 1996, p. 317) 2.6.7 Processo de Produção Para Ritzman e Krajewski (2005, p. 3) dentro da administração de operações existem processos para a produção de bens e serviços utilizados diariamente pelas pessoas. Um processo é uma atividade fundamental para que as organizações consigam atingir suas metas. Uma definição de processo seria “qualquer atividade ou conjunto de atividades que parte de um ou mais insumos, transforma-os e lhes agrega valor, criando um ou mais produtos ou serviços para os clientes”. Os tipos de processos existentes dentro de uma organização podem variar. Segundo Slack, Chambers e Johnston (2007), são utilizados termos diferentes para identificar tipos de processos nos setores de manufatura e de serviços. Porém tanto na manufatura quanto nos serviços cada tipo de processo implica formas diferentes de organizar as atividades operacionais visando as diferentes características de volume e variedade. Os tipos de processos decorrentes da manufatura são: • Processos de projeto; • Processos de jobbing • Processos em lotes ou bateladas; • Processos de produção em massa; • Processos contínuos. Os tipos de processos decorrentes de serviços são: • Serviços profissionais; • Serviços de massa; • Lojas de serviços. Dornellas (2008) ainda aborda os aspectos do processo de produção que podem ser um fator chave para a organização quando esta possui a capacidade de medir seu desempenho. Tendo a possibilidade de informar a seus gerentes. 62 Nessa mesma linha de pensamento, Davis, Aquilano e Chase (2001, p. 121) Falam que a capacidade de as organizações medirem seu empenho torna-se um fator chave, pois assim em uma base temporal contínua, essa informação fornece aos gerentes dados que os permitirão verificar se as metas ou os padrões esperados foram alcançados pela organização. 2.6.8 Processo de compra Não menos importante do que conhecer o comportamento do consumidor, conhecer o comportamento do comprador, torna-se cada vez mais importante, visto que é entre compradores e vendedores que ocorre as maiores trocas financeira do mercado. O processo de compra é composto pelo reconhecimento da necessidade, pela busca de informações, a avaliação de alternativas, decisão de compras e avaliação pós compra. (HONORATO, 2004, p. 144) Para Mattar (2011, p.) o processo para o planejamento e orçamento de compras são determinadas pelas unidades de controle, pela elaboração da previsão de vendas, a determinação do nível de estoque, assim também como pelo previsão das deduções e reduções dos produtos. De uma forma mais simples, Grazziotin (2004) defende que o processo de compra esta inserido na empresa como sendo algo básico. Tanto que muitas empresas existem no mercado sem o uso de tecnologias avançadas para fazer compras, por que indiferente das tecnologias elas sabem comprar bem, estas possuem um sistema de compras muito efetivo, que de certo modo acaba por substituir, organização, planejamento e até mesmo as estruturas tecnológicas. Desta forma constata-se que o processo de compra é extremante importante para as organizações, e que estas por sua vez devem possuir conhecimento de determinadas unidades de controle para efetuá-lo. 2.7 ESTRUTURA DA EMPRESA Esta é a seção do plano de negócio no qual a empresa deve ser descrita, neste tópico será apresentado a organização, sua estrutura, o auxilio de assessorias externas e a equipe de gestão do empreendimento. 63 2.7.1 Estrutura organizacional Neste tópico será apresentado a definição da estrutura de uma organização, quais os tipos de estrutura mais utilizados, suas características. Sendo assim a “estrutura de uma organização é o agrupamento das funções de acordo com um certo padrão de autoridade”, ou seja, o planejamento e a programação de uma empresa podem ser estruturadas em uma unidade organizacional geralmente pelo gerente geral que repassa a gerencia responsável pela execução. A estrutura organizacional é representada pelo gráfico universal que é denominado organograma, sendo este a representação gráfica e abreviada da estrutura da organização. Em principio o organograma possui em seu objetivo representar os órgãos que compõem a empresa, as funções desenvolvidas pelos órgãos, as relações de interdependência entre os órgãos, os níveis administrativos que compõem a organização e a via hierárquica da mesma. Um outro tipo de representação é o funcionograma que é um gráfico de uso restrito dos órgãos adotantes, sua principal finalidade detalhar as atividades/tarefas que compõem uma função na qual se originou um órgão no organograma. Visto a estrutura organizacional o próximo tópico abordará a equipe de gestão da organização. 2.7.3 Equipe de gestão A qualidade de gestão de uma empresa geralmente é conhecida como vital para os negócios. O fraco gerenciamento é uma grande contribuinte para o fracasso dos negócios, já um forte gerenciamento pode aproveitar de qualquer idéia de negócios e reconhecer os fornecer os recursos necessários para seu funcionamento. Porém quando uma empresa não é bem projetada e não possui recursos necessários, a competência e qualificação da gerencia pouco ou nada podem fazer para seu bom funcionamento e torna-la competitiva no mercado. Uma equipe gerencial possui indivíduos com capacidade de supervisão, e cada gerente precisa saber especificamente sua área, pois nem todos os membros de uma equipe gerencial precisam ter competência em todas as áreas. (LONGENECKER, MOORE, PETTY, 1996, p. 215) 64 Porem Oliveira (2009, p. 41) nos mostra que Fayol identificou 16 responsabilidades que um gerente deve ter plena capacidade e habilidade para executar seja qual for sua área de atuação dentro da empresa. Sendo estas: • Assegurar a cuidadosa preparação dos planos e sua rigorosa execução nas organizações; • Cuidar para que a estruturação de pessoas e de materiais seja coerente com os objetivos, os recursos e os requisitos da organização; • Estabelecer uma autoridade construtiva, competente, enérgica e única; • Harmonizar atividades e coordenar esforços; • Formular as decisões de forma simples, nítida e precisa; • Estruturar um processo seletivo eficiente de pessoas; • Definir claramente as obrigações dos trabalhadores da organização; • Encorajar a iniciativa e o senso de responsabilidade; • Recompensar justa e adequadamente os serviços realizados; • Aplicar sanções contra faltas e erros; • Manter a disciplina; • Subordinar os interesses individuais ao interesse geral; • Manter a unidade de comando na organização; • Supervisionar a ordem dos materiais e das pessoas na organização; • Ter tudo sob controle e; • Combater o excesso de regulamentos, burocracia e papelada na organização. Longenecker, Moore e Petty (1996, p. 215) ainda colaboram com o assunto argumentando a importância também dos membros da equipe e a compatibilidade pessoal também são necessários para que haja a colaboração efetiva. Definido o conceito de uma equipe gerencial e como esta deve ser perante a organização, o tópico seguinte fala sobre o plano financeiro. 2.8 PLANO DE RECURSOS HUMANOS Milkovich e Boudreau (2000) afirmam que, os recursos humanos são importantes para qualquer organização, visto que apesar das instalações físicas, dos equipamentos e dos recursos financeiros, sem as pessoas seria simplesmente 65 impossível para qualquer empresa a possibilidade de atingir seus objetivos. Os mesmos autores (2000) ainda ressaltam, que são as pessoas que trazem os brilho as organizações, com suas criatividades por meio de planejamento e produção de produtos e serviços, além de estabelecerem estratégias e objetivos para a organização, tornando-as indispensáveis para qualquer empresa. Conforme Gil (1994, p. 13), “a administração de recursos humanos surge em decorrência do crescimento das organizações e do aumento da complexidade das tarefas de gestão de pessoal”. O mesmo autor (1994) ainda afirma que, o objetivo da administração de recursos humanos é integrar o trabalhador no contexto da organização e estimular sua produtividade. Para Chiavenato (2004, p. 02) o termo Gestão de Pessoas surge com o propósito de [...] “indicar as mais novas posturas e conceitos dos recursos humanos”. Desse modo, entende-se que é necessário a elaboração de um planejamento de recursos humanos, com a finalidade de estabelecer políticas e práticas necessárias para conduzir aspectos relacionados às pessoas. A seguir serão apresentado o recrutamento e seleção, a capacitação e desenvolvimento, os planos de cargos e salários e a qualidade de vida no trabalho. 2.8.1 Recrutamento e seleção Recrutamento é um conjunto de técnicas e procedimentos que visa a atrair candidatos potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargos dentro da organização (CHIAVENATO, 2000, p. 197). Na mesma linha, Milkovich e Boudreau (2000) conceituam recrutamento como um processo de identificação e atração de um grupo de pessoas, entre as quais serão escolhidas algumas para o emprego ofertado. Palmera (1999, p. 363) destaca que, antes de qualquer ação no processo de recrutamento, torna-se necessário seguir as seguintes etapas: • Tomar conhecimento, junto ao responsável da área que detém o cargo a ser ocupado, sobre quais pré-requisitos os candidatos potenciais devem ter para se habilitar à contratação; • Verificar se o mais conveniente é promover “a prata da casa” ou se é melhor contratar pessoa de fora da organização, “trazer sangue novo”. Estas 66 informações determinam quais os tipos de recrutamento mais adequados para o chamamento, podendo ser interno, externo e misto, conforme explicado por Palmeira (1999, p. 363-364); • Recrutamento interno: pode ser feito por meio de transferência de pessoal, promoção pessoal, transferência com promoção de pessoal, programas de desenvolvimento de pessoal e plano de carreiras; • Recrutamento externo: é feito por meio de técnicas que atraem candidatos que, no momento, não atuam na organização, estejam eles disponíveis ou trabalhando em outras empresas. Chiavenato (2004, p. 116-120) contribui com o tema, expondo as principais técnicas utilizadas para o recrutamento externo: anúncio em jornais e revistas; agências de recrutamento; contatos em escolas, universidades e agremiações; cartazes ou anúncios em locais visíveis; apresentação de candidatos por indicação de funcionários; consulta aos arquivos de candidatos e; banco de dados de candidatos. Feito o recrutamento e escolhido os candidatos, faz-se necessário a seleção dos mesmos. Sendo esta definida por Palmeira, (1999, p. 364) como uma atividade restritiva, de comparação, de escolha e deve ser feita com base nos padrões determinados pelo cargo que o futuro empregado venha a ocupar e pelas exigências que o responsável da área tenha feito. Em perspectiva similar, Chiavenato (2000) define seleção como a busca entre candidatos recrutados, dos que apresentam um melhor perfil para ocupar os cargos existentes na organização, objetivando manter ou elevar a eficácia da empresa, como também à eficiência e o desempenho do pessoal. Gil (1994, p. 49-60) apresenta alguns métodos utilizados para seleção, apresentados a seguir: • Análise de currículos: os currículos são instrumentos úteis para a obtenção de informações. Porém, na maioria dos casos, são insuficientes para proporcionar uma visão real do candidato; • Testes escritos: é recomendado para o preenchimento de cargos para os quais se requer conhecimentos específicos, bem como determinadas habilidades, como, por exemplo, redação; 67 • Testes práticos: são adequados para a avaliação das habilidades dos candidatos. São muito importantes para os cargos de natureza operacional ou relacionados à produção, onde se confere ênfase especial aos aspectos psicomotores; • Testes psicológicos: são instrumentos muito úteis para identificar as aptidões dos candidatos. Podem ser utilizados para a avaliação do potencial intelectual, habilidades específicas, bem como traços de personalidade; • Entrevista: é reconhecida hoje como um dos mais úteis instrumentos de que se dispõe para a seleção de pessoal. Possibilita contato direto com o candidato, bem como a identificação de sua capacitação para exercer o cargo que se deseja preencher; • Dinâmica de grupo: um dos recursos incorporados mais recentemente à seleção de pessoal, que consiste basicamente em colocar os candidatos reunidos em grupo diante de situações em que terão de demonstrar sua forma de reação. Desta forma, é possível definir que o recrutamento de pessoas é proveniente das necessidades presentes e futuras de recursos humanos e tem por objetivo imediato atrair candidatos, dentre os quais serão escolhidos os futuros colaboradores da empresa. E o processo de seleção pode ser realizado de diferentes maneiras, todavia para se ter maior exatidão no processo de seleção, torna-se necessário utilizar mais de um método para análise do candidato. A seguir, será apresentado a capacitação de treinamento e desenvolvimento dos recursos humanos. 2.8.2 Treinamento e desenvolvimentos Para Chiavenato (2004, p. 339) Treinamento é definido como sendo o processo educacional de curto prazo e aplicado de maneira sistemática e organizada, por meio do qual as pessoas aprendem conhecimentos, atitudes e habilidades em função de objetivos definidos. Na mesma linha, Milkovich e Boudreau (2000) conceituam que, o resultado de melhoria da adequação entre as características dos colaboradores da empresa e as exigências dos papéis funcionais, provém do treinamento, responsável pela promoção na aquisição de habilidades, regras, conceitos ou atitudes. 68 Para Gil (1994) o treinamento é visto como um sistema da administração de recursos humanos, desenvolvido a partir dos subsistemas: diagnóstico, prescrição, execução e avaliação. Já o desenvolvimento é o processo de longo prazo para aperfeiçoar as capacidades e motivações dos empregados a fim de torná-los futuros membros valiosos da organização (MILKOVICH; BOUDREAU, 2000, p. 338). Chiavenato (2004, p. 371-373) aponta os principais métodos desenvolvimento de pessoas dentro das organizaçõs: rotação de cargos, posições de assessoria, aprendizagem prática, atribuição de comissões, participação em cursos e seminários externos, exercícios de simulação, treinamento (outdoor) fora da empresa, estudos de casos, jogos de empresas, centros de desenvolvimento internos e coaching (conjunto de todas as facetas). Em perspectiva similar, Lucena (1999, p. 154) apresenta as alternativas a serem consideradas para o desenvolvimento do profissional: • Programas de treinamento (interno e externo); • Estágios; • Leitura orientada; • Visitas a outros órgãos da organização ou outras empresas; • Realização de trabalhos ou projetos específicos; • Ocupar cargos em caráter provisório, que permitam a visão e a vivência em determinadas unidades. Esta alternativa é muito utilizada nos planos de sucessão gerencial; • Participação em reuniões de trabalho; • Participação em associações profissionais; • Seminários, conferências, outros eventos. Desse modo, é possível perceber que o processo de treinamento e desenvolvimento é importante para a gestão de pessoas, visto que é através dos mesmos que se obtêm crescimento contínuo e desenvolvimento das pessoas e, consequentemente, a organização alcança os objetivos e metas pré-estabelecidas. 2.8.3 Planos de cargos e salários Cargo é o somatório de funções, que ocupa uma posição definida na estrutura hierárquica da empresa (CHIAVENATO, 1995, p. 239). Este autor (2004, p. 260) 69 ainda afirma que “o salário é uma contraprestação pelo trabalho de uma pessoa na organização”. Na visão de Palmeira (1999) para se realizar a avaliação de cargos e salários é necessário a descrição e análise dos cargos. Sendo assim, seguindo esta linha, Gil (1994, p. 102) destaca que, a análise, descrição e especificação do cargo [...] “fornecem o alicerce para a avaliação de cargos, da qual resulta a fixação dos salários e a política salarial da empresa”. Estas etapas são conceituadas da seguinte forma: • Análise de cargo é o estudo que se faz para obter informações sobre as tarefas ou atribuições de um cargo. • Descrição de cargo é a exposição ordenada das tarefas ou atribuições de um cargo. Ela procura descrever o que o ocupante do cargo faz, como faz e por que faz. • Especificação do cargo consiste na identificação dos requisitos necessários para o desempenho das tarefas ou atribuições de um cargo. Ela abrange as aptidões, os conhecimentos, as habilidades e as responsabilidades que o ocupante do cargo deve possuir, bem como as condições de trabalho e riscos que o envolvem. Chiavenato (2004, p. 267-277) apresenta os métodos tradicionais de avaliação de cargos, e explica que a avaliação e classificação dos cargos pode assegurar o equilíbrio interno dos salários. Tais métodos serão detalhados a seguir: • Método de escalonamento simples: consiste em dispor os cargos em um rol (crescente ou decrescente) em relação a um critério escolhido que funciona como padrão de comparação. • Método de categorias predeterminadas: é uma variação do método de escalonamento simples. Na verdade, poderia ser denominado método de escalonamento simultâneo, pois requer a divisão e separação dos cargos em categorias predeterminadas, como cargos mensalistas e cargos horistas, por exemplo. • Método de comparação por fatores: é uma técnica analítica pela qual os cargos são avaliados e comparados através de fatores de avaliação de cargos. • Método de avaliação por pontos: é o método de avaliação de cargo mais utilizado no mundo. Também é uma técnica quantitativa, pois são atribuídos valores 70 numéricos (pontos) para cada aspecto de cargo e um valor total é obtido para cada cargo pelo soma dos valores numéricos obtidos. No que diz respeito a salário Palmeira (1999) evidencia que, há sistemas recentes onde a remuneração é baseada em cada pessoa, considerando seu cargo e desempenho, enquanto há sistemas onde o foco são os grupos, que visa distribuir as recompensas para todos os membros do grupo de forma igualitária, independentemente do resultado individual, já que considera como parâmetro o desempenho da equipe. Diante dessas definições é possível afirmar a importância do plano de cargos e salários para a gestão de pessoas, tendo em vista que, as pessoas necessitam de recompensas, de reconhecimento e de novas oportunidades. Definido o planejamento de recursos humanos, o próximo tópico, abordará o plano financeiro. 2.8 PLANO FINANCEIRO O planejamento financeiro integra a estruturação das ações e o dimensionamento de recursos financeiros com vista à operacionalização de projetos gerenciais, sendo essa condição essencial à conquista do sucesso empresarial. (VASCONCELOS, 2008, p. 46) Na analise financeira o empreendedor irá mostrar projeções das demonstrações financeiras da empresa, já para os próximos cinco anos ou mais. Tais previsões incluem balanços, demonstração de receita, demonstração do fluxo de caixa, e a análise do ponto de equilíbrio. Sugere-se que essa análise seja preparada mensalmente para o primeiro ano, trimestralmente para o segundo e terceiro anos e anualmente para os anos seguintes. (LONGENECKER, MOORE e PETTY, 1996, p. 177) Em perspectiva similar, Dornelas (2008, p. 150) ressalta que a parte financeira deve refletir em números tudo o que foi planejado até então, incluindo investimentos, gastos com marketing, gastos com pessoal, despesas com vendas, projeção de vendas, gastos fixos e variáveis, análise da rentabilidade do negócio, entre outros. Deve-se fazer a adequação dos objetivos e das metas do negócio, além da estratégia e da projeção de vendas para que se possam gerar as planilhas financeiras do plano de negócio. Os principais demonstrativos a serem mostrados 71 em um plano de negócio são: o Balanço Patrimonial, o Demonstrativo de Resultados e o Demonstrativo do fluxo de caixa. A partir dessas afirmações, é possível ter uma vasta noção da importância que o plano financeiro é para o próprio plano de negócio, pois é através dele e de suas ferramentas que se analisará se o negócio será ou não viável. 2.8.1 Investimento inicial Bodie, Marcus e Kane (2000, p. 23) definem investimento como: “o comprometimento atual de dinheiro ou de outros recursos na expectativa de colher benefícios futuros”. Para Dolabela (2009, p. 221) investimento inicial é definido como o valor que o empresário precisa gastar para iniciar seu negócio, este acrescido do valor que o mesmo deverá utilizar para o primeiro mês de funcionamento até que o dinheiro das vendas comece a entrar em seu caixa. Nessa linha Helfert (2000, p. 23) nos fala que investimento “é a força motriz básica da atividade empresarial”. Ele o define como sendo a fonte de crescimento das organizações e de suas estratégias explicitas da administração, sendo este um recurso destinado já comprometido a ser recuperado com o as atividades empresarias. Entende-se que o investimento inicial diz respeito a quantia de dinheiro que a empresa necessitará par iniciar seu negócio e o manter até a entrada de dinheiro no caixa. 2.8.2 Custos fixos Segundo Dolabela (2008, p. 215) São os valores monetários pagos pelos recursos usados para manter o negócio em funcionamento. São os que não possuem proporcionalidade direta com a quantidade produzida, podendo citar como exemplos: Aluguel, condomínio, água, luz, telefone etc. Já Hoji (2007, p. 350) explica o custo fixo dando como exemplo o aluguel de um galpão industrial, visto que a empresa locatória paga mensalmente um valor fixo pelo aluguel do mesmo, indiferente de sua quantidade produtiva. 72 Dutra (1986, p.37) define custos fixos como “os custos de estrutura que ocorrem período após período sem variação ou cujas variações não ocorrem como consequência de variação de volume de atividades em períodos iguais”. Visto essas definições é possível dizer que os custos fixos, são assim denominados porque não variam com o nível da atividade empresarial, eles independem da quantidade que a empresa produz. 2.8.3 Custos variáveis Para Davis, Aquilano, Chase (2001, p. 94) Custos variáveis “são despesas como mão de obra direta e material que flutuam diretamente com as mudanças no volume de produção”. Nessa mesma perspectiva Dutra (1986, p. 37) define custos variáveis como sendo os que variam em decorrência da variação do volume das atividades empresariais, ou seja, de acordo com a quantidade produzida no período. Dornelas (2008, p. 215) define custos variáveis como: Os valores monetários pagos para obter e utilizar recursos aplicados para produzir os produtos ou serviços. Eles mantêm proporcionalidade direta com a quantidade produzida. Se a produção aumenta os custos variáveis aumentam. Exemplos: matéria prima para a produção, embalagens, comissões sobre vendas, royalties, fretes e outros. Entende-se por custos variáveis aqueles que estão diretamente ligados com a quantidade produzida pela organização, variando de acordo com o volume da produção. 2.8.4 Capital de Giro O capital de giro corresponde aos recursos aplicados em ativos circulantes, sofrendo transformação constante dentro do ciclo operacional, ou seja, o capital fica girando dentro da empresa até completar este ciclo, devendo estar maior do que o valor inicial aplicado (HOJI, 2000). Sendo mais abrangente Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 553) enfatizam que “o capital de giro consiste basicamente de três modalidades de ativos – dinheiro, 73 contas a receber e estoques – e de duas modalidades de endividamento a curto prazo – contas a pagar e despesas acumuladas”. De forma mais simplificada, Brasil e Brasil (1997), afirmam que o capital de giro serve para financiar, de modo total ou parcial, as operações da empresa. Hoji (2000, p. 112), define as fontes de capital de giro como sendo: • Os passivos circulantes representam as fontes de financiamento a curto prazo da empresa; • Algumas fontes são geradas pelas próprias operações, tais como duplicatas a pagar aos fornecedores, impostos a recolher, salários e encargos sociais a pagar; • Outras são provenientes de atividades financeiras, como os financiamentos e empréstimos bancários. Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 553) argumentam que, “as empresas compram ou produzem estoques; vendem esses itens de estoque mediante pagamento em dinheiro ou a crédito; recebem os itens de contas a receber resultantes das vendas a crédito; e, a seguir, reiniciam esse processo”, de forma a constituir o capital de giro. Hoji (2000) comenta que, a administração financeira deve estudar com cuidado o capital de giro, já que a empresa necessita recuperar todos os custos e despesas investidos no processo operacional, de forma a obter o lucro pretendido pela mesma. Entende-se que o capital de giro é primordial para qualquer empresa, visto que é por meio dele, que o ciclo operacional acontece. Desta forma, uma administração eficiente do capital de giro é essencial para a empresa alcançar o lucro desejado. 2.8.5 Demonstrativo do resultado do exercício (DRE) Para Gitman (2002, p.71) a demonstração do resultado do exercício é definida como um instrumento capaz de fornecer um resumo financeiro detalhado de todas as operações da empresa durante um período específico. É comum que esta cubra o período de um ano encerrada em uma data específica, em geral esta data é no dia 31 de dezembro no ano do calendário. 74 Dornelas (2008, p. 153) seguindo esta mesma linha explica que a demonstração de resultado “é uma classificação ordenada e resumida das receitas e das despesas da empresa em determinado período”. Para Hoji (2007, p. 266) a demonstração de resultados é “uma demonstração contábil que apresenta o fluxo de receitas e despesas, que resulta em aumento ou redução do patrimônio liquido entre duas datas”. Ela inicia-se com a receita operacional bruta, sendo deduzidos desta todos os custos e despesas para que se possa apurar o lucro liquido. Segundo o autor Hoji (2007, p. 270) a DRE é apresentada a seguir: 75 Quadro 8: Demonstrativo do resultado do exercício RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS Vendas de produtos Prestação de serviço SOMA (-) DEDUÇÃO DA RECEITA BRUTA Devolução e abatimentos Impostos incidentes sobre vendas Impostos incidentes sobre serviços (=) RECEITA LÍQUIDA (-) CUSTOS DOS PRODUTOS E SERVIÇOS Custo dos produtos vendidos Custo dos serviços prestados (=) LUCRO BRUTO (-) DESPESAS OPERACIONAIS Despesas com vendas Despesas operacionais e administrativas Despesas financeiras líquidas Outras receitas e despesas operacionais (=) LUCRO OPERACIONAL RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS (=) LUCRO ANTES DO IR E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (-) PROVISÃO PARA IR E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (=) LUCRO APÓS IR E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (-) PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES Empregados Administradores (=) LUCRO (PREJUÍZO) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO LUCRO POR AÇÃO (em $) Fonte: Adaptado de HOJI (2007, p. 270) Entende-se por demonstração do resultado do exercício como uma ferramenta que fornece o resumo financeiro dos resultados das operações da empresa durante um período fixo. 76 2.8.6 Demonstrativo do Fluxo de caixa Hoji (2007, p. 76) define o “fluxo de caixa como um esquema que representa as entradas e saídas de caixa ao longo do tempo”. Para Dornelas (2008, p. 154-155) o fluxo de caixa é uma importante ferramenta para o planejamento financeiro do empreendedor. Em uma empresas principais preocupações devem ser em honrar os compromissos com os fornecedores, credores, salário dos colaboradores e definir as melhores formas de venda do produto/serviço para não precisar recorrer a empréstimos bancários continuamente. A estrutura do fluxo de caixa detalhada mensalmente segundo o autor é composta por: • Receitas: Valor das vendas recebidas. • Vendas: volume monetário de faturamento. • Custos e despesas variáveis: custos que variam na mesma proporção das variações ocorridas no volume de produção ou em outra medida de atividade. • Custos e despesas fixos: valores que se mantêm inalterados independentemente das variações da atividade ou das vendas. Dolabela (2008, p. 220) completa este raciocínio explicando que o fluxo de caixa é uma ferramenta adequada para um bom controle financeiro de curto prazo, ele consiste em acompanhar as entradas e saídas de recursos financeiros no caixa da empresa. Ele é uma ferramenta simples capaz de mostrar se a empresa possui dinheiro ou não para pagar suas contas. A entrada chave para o processo de planejamento financeiro a curto prazo, é denominado previsão de vendas. “Sendo esta a projeção de vendas da empresa por um dado período de tempo baseado em dados externos ou internos que é usada como a entrada chave para o processo de planejamento financeiro a curto prazo”. (GITMAN, 2000) Entende-se que esta ferramenta é capaz de auxiliar o administrados a gerir suas compras e vendas e, a saber, quando a empresa possui dinheiro o suficiente para honrar seus compromissos ou precisará fazer um empréstimo. 77 2.8.7 Taxa mínima de atratividade (TMA) Taxa mínima de atratividade é a taxa de juros mínima que uma proposta de investimento deverá produzir para ser atrativa (ASSEF, 1999, p. 80). Souza e Clemente (2004) acrescentam que, para a aplicação do capital, deve-se verificar a melhor taxa, com baixo grau de risco conhecida como taxa mínima de atratividade. Em perspectiva similar, Bernardi (2007) afirma que o investidor é o responsável por definir o quanto ele pretende ter de retorno com o seu projeto, ou seja, o investidor determina a taxa mínima de atratividade, apesar de existir parâmetros externos de comparabilidade. Diferente de Bernardi, Assef (1999) explica que a escolha da taxa deve ser ajustada a atividade econômica em que a empresa está inserida, não podendo ser subjetiva, pois deve retratar as potencialidades de retorno médio sobre os investimentos. Já Souza e Clemente (2004, p. 74) defendem que “a base para estabelecer uma estimativa de TMA é a taxa de juros praticada no mercado”. As taxas de juros que mais impactam a TMA são: • Taxa Básica Financeira (TBF); • Taxa Referencial (TR); • Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e; • Taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC). 2.8.8 Valor presente liquido Segundo Gitman (2002, p. 329) o valor presente liquido (VPL) é adquirido, subtraindo o investimento inicial do projeto, do valor de dinheiro das entradas de caixa, deduzidas a uma taxa ao custo de capital da organização. Quando o VPL é praticado, as entradas e saídas de caixa são traduzidas para os valores monetários atuais. Para Dolabela (2008, p. 225) o VPL é considerado o valor revertido até a data de inicio das atividades da organização, com uma taxa que o empresário deseja obter, diminuindo do valor de seu investimento inicial. Se caso este valor resulte 78 positivo, indica que a empresa lhe proporcionou um retorno superando suas expectativas; caso contrário seu investimento lhe rendeu menos do que o esperado. Desse modo, Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 583), apresentam uma representação do cálculo do valor presente líquido: Figura 2 - Representação do cálculo do VPL. Fonte: Adaptado de Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 583). Dessa forma para que se possa analisar o VPL de um empreendimento, é necessário ter o valor presente dos fluxos reais, produzidos pelo projeto, diminuindose o investimento inicial. Assim são descontados os futuros fluxos de caixa após os impostos, para o seu valor presente subtraído do investimento feito. Se o VPL for positivo o investimento é favorável, visto que o valor presente dos futuros fluxos de caixa é maior que o investimento inicial, ou seja, o VPL é maior que zero. Caso contrário o investimento precisará ser descartado. (DORNELAS 2008, p. 160). Para complementar este raciocínio Alberton e Dacol (1999, p. 84) nos ensinam uma forma diferente de obter o valor do VPL, utilizando-se a calculadora HP – 12C, como será demonstrado a seguir: Quadro 9: Roteiro para o calculo do valor presente liquido 1. Pressione «f» «REG» para zerar os registradores; 2. Insira o valor da data zero e pressione «g» «CFO». Se a frequência for unitária não é necessário digitar o Nj, pois a HP – 12C assume como “um” sua frequência. Caso a frequência seja superior a um devemos digita-la e inseri-la digitando «g» «Nj»; 3. Insira os demais valores pressionando após cada um «g» «CFj». Se a frequência não for unitária devemos digitá-la e inseri-la pressionando «g» «Nj»; 4. Insira a taxa e pressione «i»; 5. Pressione «f» «NPV» para obter o resultado do valor presente liquido do fluxo de caixa inserido. Fonte: Adaptado de Alberton e Dacol (1999, p. 84). 79 Entende-se que o VPL deve ser propicio ao negócio, para que o empresário possa prosseguir com seu projeto, caso isso não ocorra as analise dos custos de investimentos devem ser reavaliadas. 2.8.9 Taxa interna de retorno (TIR) Para Dornelas (2009, p. 160) para realizar o cálculo da taxa interna de retorno (TIR) é preciso primeiro descobrir a taxa de desconto (K) que fornece um valor presente liquido igual a zero. Quando isso acontece, o valor presente dos futuros fluxos de caixa é exatamente igual ao investimento efetuado. Dessa forma obtém-se a TIR da formula do VPL igualada a zero e procurando-se o valor para K que neste caso específico será TIR do projeto. Em concordância Gitman (2000, p. 301) Argumenta, que a TIR é a taxa de desconto que iguala o VPL de uma oportunidade de investimento a R$0,00. Diante desses conceitos, Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 584) afirmam que a TIR deve ser capaz de satisfazer a seguinte condição; Figura 3 - Condição que a TIR deve ser capaz de satisfazer. Nessa mesma linha Gitman (2002, p. 330) define a Fonte: Adaptado de Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 584). Dessa forma a TIR é a taxa de desconto responsável por igualar o VPL a zero, sempre apresentada em termos percentuais. É também a técnica mais utilizada na tomada de decisões para a execução de projetos. O cálculo da TIR pode ser feito por tentativas e erros ou com um computador ou com auxilio de uma calculadora financeira sofisticada como sugerem as autoras Alberton e Dacol (1999, p. 87), como explicado no quadro a seguir: 80 Quadro 10: Roteiro para cálculo na HP – 12C da taxa interna de retorno 1. Pressione «f» «REG» para zerar os registradores; 2. Insira o valor da data zero e pressione «g» «CFO». Se a frequência for unitária não é necessário digitar o Nj, pois a HP – 12C assume como “um” sua frequência. Caso a frequência seja superior a um devemos digita-la e inseri-la digitando «g» «Nj»; 3. Insira os demais valores pressionando após cada um «g» «CFj». Se a frequência não for unitária devemos digitá-la e inseri-la pressionando «g» «Nj»; 4. Pressione «f» «IRR» para obter a taxa interna de retorno. Fonte: Adaptado de ALBERTON e DACOL (1999, p. 87). Dessa forma entende-se que a TIR é aplicada para ajudar nas decisões de um projeto, de forma a contribuir com o empreendedor para que o mesmo possa fazer as melhores escolhas de acordo com as informações levantadas por ela, também para efeito de análise. 2.8.10 Payback Para Dolabela (2008, p. 224) o período de payback, também de chamado de período de recuperação de investimento, é o tempo necessário que o futuro empreendedor possui para recuperar o dinheiro que será aplicado no novo negócio. Estes períodos são geralmente usados como critérios para avaliação de investimentos propostos, pois ele indica o tempo necessário que a empresa irá levar para recuperar seu investimento inicial. Em complemento Dornelas (2008, p. 159) explica que o período de payback é a técnica que utiliza o fluxo de caixa, proporcionando maior precisão. Um projeto de investimentos é considerado atraente quanto menor for o tempo para que a empresa recupere seu investimento inicial. Já Gitman (2002, p. 327) esta ferramenta trata-se de um método precário de análise, porém muito utilizado nos meios empresariais. Ela consiste na determinação do número de períodos necessários para o investimento inicial ser recuperado pelo empreendedor. Em confronto a afirmação de Gitman (2002), Ross, Westerfiel e Jordan (1998, p. 171) sustentam que, a regra de payback possui duas outras características positivas, além de sua simplicidade, detalhadas a seguir: 81 • Em primeiro lugar, como é a favor de projetos de prazo curto, e no sentido de aumentar a liquidez. Em outras palavras, uma regra de payback tende a favorecer investimentos que liberam caixa para outras aplicações mais rapidamente; • Em segundo lugar, os fluxos de caixa que devem ocorrer mais tarde na vida de um projeto talvez sejam mais incertos. Pode-se argumentar que uma regra de período de payback leva em conta o risco adicional de fluxos mais distantes, embora o faça de maneira muito draconiana – ignorando-os completamente. Desta forma entende-se que o período de payback é para o empreendedor inicial um indicador relevante na tomada de decisão, pois mostra o tempo de recuperação de seu investimento. Quanto maior o tempo mais arriscado será para a empresa e quanto menor o tempo, maiores serão as chances de crescimento da empresa. 2.8.11 Ponto de equilíbrio Para Hoji (2002, p. 353) é no ponto de equilíbrio que a empresa esta produzindo e também vendendo em quantidade suficiente capaz de cobrir os custos e as despesas totais. Complementando este raciocínio Dolabela (2008, p. 223) define o ponto de equilíbrio como sendo: Corresponde ao nível de faturamento para que a empresa possa cobrir, exatamente, seus custos, ou seja, atingir lucro operacional igual a zero. Acima do ponto de equilíbrio a empresa terá lucro e, abaixo dele, incorrerá em prejuízo. Para Dornelas (2008, p. 155) no ponto de equilíbrio não existem lucros nem prejuízos. Ele é ponto onde a receitas proveniente das vendas é equivalente a soma dos custos fixos e variáveis. Possibilita ao empresário sabem em qual momento sua empresa irá começar a obter lucro. Para obter o ponto de equilíbrio (PE) utiliza-se o seguinte calculo: 82 Custos fixos PE = ______________________________ 1 – (custo variável/receita total) Desta forma PE = (Custos fixos totais / Margem de contribuição) x Receita. Onde a margem de contribuição = Receita – Custos variáveis. O gráfico apresentado pode ser obtido através da projeção de fluxo de caixa e é considerado muito útil para avaliar a necessidade de capital total que o negócio terá e quando a empresa será capaz de reverter a situação para iniciar a obtenção de lucro, ou seja, quanto acontecerá o ponto de equilíbrio financeiro. (DORNELAS, 2009, p. 157). Figura 4: Representação gráfica do ponto de equilíbrio Fonte: Adaptado de HOJI (2010) Entende-se que quando a empresa atingiu seu ponto de equilíbrio significa que a mesma igualou suas vendas a seus custos fixos e variáveis. A partir deste ponto a organização começará a obter lucro. 83 2.8.12 Balanço patrimonial O balanço patrimonial é preparado a partir de uma data específica. Ele registra todos os ativos empregados pelo negócio, assim também como as obrigações devidas aos financiadores e proprietários. Ele deve sempre igualar os valores dos recursos totais investidos durante aquele determinado período com as obrigações exigidas e com o patrimônio liquido. O balanço patrimonial é considerado um instrumento estático uma vez que ele reflete as condições da empresa na data de sua elaboração. (HELFERT, 2000, p. 30 – p.31). Complementando este pensamento Dornelas (2008, p. 151) nos fala que o balanço é constituído por duas colunas, a que diz respeito ao ativo, ou seja, todos os bens e direitos de uma empresa, a que diz respeito ao passivo que são todas as obrigações ou parcelas de financiamento obtidos de terceiros e o patrimônio liquido que corresponde aos recursos aplicados pelos sócios a empresa. Para Gitman (2002, p.72), o balanço patrimonial representa a demonstração resumida da posição financeira da empresa em determinada data. Essa demonstração confronta os ativos da empresa com suas fontes de financiamento, que podem ser dividas ou patrimônio. A seguir é apresentado no quadro (numero?) sinteticamente o balanço patrimonial: Quadro 11: Balanço Patrimonial Ativo Passivo Circulante: são contas que estão constantemente em giro, sendo que a conversão do dinheiro será, no máximo, no próprio exercício social. Realizável a longo prazo: bens e direitos que se transformarão em dinheiro no próximo exercício. Permanente: são bens e direitos que não se destinam a venda e tem vida útil; no caso dos bens, vida longa. Circulante: são obrigações exigíveis que serão liquidadas no próximo exercício social. Exigível no longo prazo: obrigações liquidadas com prazo superior de um ano. Patrimônio Líquido São os recursos dos proprietários aplicados na empresa Fonte: Adaptado de Dornelas (2008, p. 152). Entende-se que o balanço patrimonial é o conjunto de bens, obrigações e direitos que expressam a situação da organização em um determinado período de tempo. 84 2.9 PLANO JURÍDICO Para que a empresa exista é necessário sua contribuição formal. No entanto a forma jurídica será definida, assim como o enquadramento tributário do empreendimento. Segundo Rosa (2007, p. 19) a forma jurídica determina a maneira pela qual ela será tratada pela lei, assim como seu relacionamento jurídico com terceiros. Longenecker, Moore e Petty (1997), argumentam na obrigatoriedade do empresário registrar seu negócio na junta comercial da sua área jurisdicional, exceto para sociedades civis ou de profissionais, onde o registro é realizado em cartório, já que exclusivamente para a prestação de serviços. No que diz respeito as juntas comerciais, essas possuem a atribuição de executar e administrar os serviços do registro de empresas mercantis e atividades afins, conferido-lhes um Número de Identificação do Registro de Empresa – NIRE. Além dissode modo geral, há uma série de outros registros, inscrições e alvarás necessários para abertura da empresa, conforme destacado abaixo: • Consulta do nome junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial; • Alvará de funcionamento junto à prefeitura; • Registro no cartório e inscrições no Cadastro Geral de Contribuintes – CGC, na delegacia da Receita Federal; no Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS, na Secretaria da Fazenda; no instituto Nacional de Seguridade Social – INSS; e no Cadastro de Contribuintes do Município (Secretaria da Receita ou órgão municipal equivalente); • Registro no livro de “Registro de Empregados” na Delegacia do Trabalho; • Pedido de vistoria do corpo de bombeiro, na Secretaria de Segurança Pública; • Inscrição na entidade de classe da sua respectiva atividade; • Registros dos livros mercantis exigidos junto aos diferentes órgãos competentes. Os autores Longenecker, Moore e Petty (1997) destacam que é necessário o empresário inteirar-se das características relativas a cada tipo de sociedade, para definir cada delas é mais compatível aos objetivos, interesses, necessidades e possibilidades de seu empreendimento. 85 Em perspectiva similar Dornelas (2008, p. 199-201) explica que para constituição de uma empresa, é preciso conhecer a definição dos tipos de sociedade, conforme a seguir: • Sociedade simples: é a sociedade constituída por pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados, não tendo por objeto o exercício de atividade própria de empresário (arts. 981 e 982); • Sociedade empresária: tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito ao registro, inclusive a sociedade por ações, independentemente de seu objeto, devendo inscrever-se na Junta Comercial do respectivo Estado; • Sociedade limitada: neste caso a responsabilidade dos sócios é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integração do capital social; • Sociedade por ações: é mais utilizada por grandes empreendimentos, por conferir maior segurança aos seus acionistas, por meio de regras mais rígidas; • Sociedade estrangeira: considera-se Sociedade Estrangeira a empresa constituída e organizada em conformidade com a legislação do país de origem, onde também mantém sua sede administrativa; • Sociedades cooperativas: é definida com um número mínimo necessário de sócios a compor a administração da sociedade, sem limitação de número máximo. Existe ainda a limitação do valor da soma de quotas do capital social que cada sócio poderá tomar; • Associações: é uma entidade de direito privado, dotada de personalidade jurídica e caracteriza-se pelo agrupamento de pessoas para a realização e consecução de objetivos e idéias comuns, sem finalidade econômica, isto é, sem interesse de lucros; • Fundações: deve servir a fins de utilidade pública, tais como, morais, religiosos, culturais, de assistência etc. Há ainda a necessidade de patrimônio para a constituição da fundação. Assim é possível afirmar que a forma jurídica define o modo como a empresa será tratada perante a lei. 86 3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO Neste tópico foram descritas as etapas dos procedimentos metodológicos utilizados para a realização do estudo para viabilidade de um serviço de produção e entrega de marmitas. Para Roesch (2012, p.151), “o conhecimento da metodologia da pesquisa é relevante não só parta desenvolver seu próprio projeto, mas também para ser capaz de avaliar a pesquisa desenvolvida por outros”. A pesquisa de mercado foi realizada na cidade de Governador Celso Ramos, que segundo o IBGE, possui uma população de 13.012 habitantes (IBGE, 2010). A amostra calculada no software Sample ficou estimada em 93 respondentes, com índice de confiabilidade de 95% e margem de erro de 10%. O estudo compreendeu o período de março a novembro de 2013. Na primeira etapa foi utilizada a pesquisa bibliográfica que para Gil (2002, p.88), é definida por ser uma pesquisa mais ampla, ela procura identificar o conhecimento disponível sobre o assunto. A pesquisa é quase exclusivamente feita com material disponível em bibliotecas. Para tal pesquisa, foram utilizados principalmente livros, disponíveis na biblioteca da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, bem como artigos que podem ser encontrados em sites e em revistas científicas. Na segunda etapa do trabalho, houve uma coleta de dados primários, onde foram elaborados questionários para obter informações necessárias para a viabilidade do negócio diante dos potenciais clientes, fornecedores e concorrentes. Para dar seguimento ao trabalho, foi utilizada a pesquisa documental, que para Gil (2002, p. 88), é uma pesquisa que possui um fim em si mesma, possui objetivos específicos que envolvem na maioria das vezes testes de hipóteses, ela pode exigir que haja consulta nos mais diversos tipos de arquivos públicos e particulares. Depois de realizada a pesquisa documental foram elaboradas análises dos questionários. Para tal, houve a tabulação dos dados, a mensuração de indicadores de tendência central (média e mediana), e de dispersão (variação e desvio padrão). Na sequência foram estruturados gráficos, figuras. 87 Na outra etapa, foram desenvolvidos os planos operacionais, mercadológicos e financeiros que compõem a estrutura do plano de negócio, a partir de modelos adaptados da literatura. Nessa etapa foram apresentados indicadores de técnica, mercadológica, financeira, estatística, através de gráficos e tabelas baseadas nos dados obtidos na mesma. O plano operacional e os aspectos mercadológicos utilizaram os resultados apurados após a análise dos dados primários. O modelo de plano de negócio teve por base o proposto por Dornelas (2008), utilizando também alguns tópicos e influencia de Dolabella (2008). 88 4. TRATAMENTO E APRESENTAÇÃO DOS DADOS O presente capítulo tem como principal objetivo apresentar os resultados encontrados no desenvolvimento deste estudo, onde serão apresentadas as pesquisas elaborados junto aos futuros clientes. O plano de negócio será composto por capa, resumo executivo, empreendedor, planejamento estratégico, plano de marketing, planejamento de recursos humanos, planejamento operacional e de produção, planejamento financeiro e aspectos jurídicos e legais. A seguir será apresentado o plano de negócio: July Alves de Souza Galveias – Sócia Administradora 89 4.1 SUMÁRIO EXECUTIVO Este plano de negócio tem como objetivo apresentar os estudos e análises de viabilidade de criação de uma empresa de produção e entrega de marmitas. Que terá seu foco na produção de marmitas diferenciadas, um produto inovador, já que diferencia das marmitas tradicionais. A estrutura da empresa será bem equipada, de acordo com os padrões modernos de racionalização. A clientela alvo do Marmitex Juju será a população residente em Governador Celso Ramos. As marmitas serão entregues através de uma distribuição no raio de 15km do local onde o Marmitex esta instalado de forma gratuita. O município de Governador Celso Ramos foi escolhido por estar situado estrategicamente próximo às cidades de Biguaçu, Tijucas, São José, cidades com amplo potencial de mercado e próxima a BR 101. A empresa Marmitex Juju pretende oferecer aos habitantes e turistas que frequentam praias de Governador Celso Ramos, a comodidade de não precisar cozinhar e receber a refeição quente e bem elaborada, sem perda de tempo, pois a empresa oferecerá o serviço de delivey. 4.2 CARACTERIZAÇÃO DO SETOR Atualmente o Brasil representa um país com um papel cada vez mais relevante na situação econômica internacional. Visto que o País vem se desenvolvendo diante do mercado internacional nos últimos dez anos, mantendo solidez em momento de crise global, como a redução das taxas de desemprego, inflação controlada, avanço das classes C, D e E. (KLOTZ, 2012) O faturamento da empresa alimentícia que em 2001 gerava em torno de R$118 bilhões teve grande crescimento em 2010, chegando a R$331 bilhões. Em uma década, o setor de alimentos foi responsável por um dos maiores superávits da indústria brasileira, colaborando para o aumento de renda e de empregos “Segundo dados da ultima pesquisa de orçamentos de 2010, 31,2% dos gastos com alimentação foram feitos fora de casa. Nos EUA e na Europa esse percentual supera 50%”. (FOLHA DE SÃO PAULO, 2012) 90 Esses dados fazem crer que a empresa de alimentos continuará crescendo, gerando mais empregos e renda familiar, fazendo com que mais pessoas necessitem de serviços de qualidade no ramo alimentício, sem precisar preparar suas refeições contando com os serviços de entrega de marmitas nas residências ou nas empresas para que as pessoas possam ter mais tempo para se dedicarem ao lazer ou trabalho. Para o empreendimento de fornecimento de refeições em marmitas, sobre o qual foi realizado o plano de negócio, esta inserido em uma área, sendo essa área dividida em cozinha, o depósito, sanitários, vestiário para funcionários, área de escritório. Para tal estrutura, o empreendimento irá contar com um gerente, um responsável pelas atividades administrativas, financeiras, de controle de estoque, questões legais e de supervisão das regras de higiene, um cozinheiro responsável pelo gerenciamento dos processos de produção, elaboração da refeição de acordo com o cardápio, motoboys para entregar os pedidos e um ajudante geral: responsável pela limpeza e organização do ambiente de trabalho. 4.3 EMPREENDEDOR O novo empreendimento contará dois sócios, July Alves de Souza Galveias, graduanda na área de administração na Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, além de possuir 5 anos de experiência no departamento de A&B, exercendo funções que variaram em atendente de mesa a segunda Metre do Restaurante, responsável pelos cafés da manhã e almoço e Paulo José Cordeiro Galveias com 10 anos de experiência no departamento de A&B, sendo quatro desses como gerente de restaurante. 4.4 APRESENTAÇÃO DOS DADOS DA PESQUISA COM OS POTENCIAS CLIENTES Neste capítulo serão apresentados os dados obtidos em pesquisas realizadas pela acadêmica com os futuros clientes. A pesquisa foi realizada no mês de setembro de 2013, no município de Governador Celso Ramos com pessoas físicas. A pesquisa teve caráter intencional, ou seja, objetivava pesquisar pessoas que residem na cidade e que poderiam 91 fornecer informações sobre a abertura de um novo negócio. Desse modo foram aplicados 93 questionários, todos com perguntas fechadas. Após a aplicação do instrumento de coleta, foi elaborado a análise dos resultados, apresentados na sequência. Tabela 1: Em qual bairro você reside? Alternativas Quantidade Percentual Calheiros 16 17 Canto dos Ganchos 25 27 Ganchos de Fora 20 22 Ganchos do meio 22 24 Outro 6 6 Palmas 4 4 TOTAL 93 100 Fonte: Dados Primários (2013) Figura 5: Em qual bairro você reside? Fonte: Dados primários (2013). Observa-se na figura 5 que a expressiva maioria dos entrevistados reside no bairro de Canto dos Ganchos, bairro este que esta localizado a 5Km do local onde o Marmitex objetiva ser instalado, facilitando assim a entrega e a divulgação do novo empreendimento. Logo em seguida estão os bairro de Ganchos do meio, local onde o Marmitex objetiva se instalar e os demais bairros, todos a menos de 10km do 92 Marmitex, o que terá como diferencial a entrega gratuita das marmitas em suas residências. Tabela 2: Sexo Alternativas Quantidade Percentual Feminino 61 66 Masculino 32 34 TOTAL 93 100 Fonte: Dados primários (2013) Figura 6: Sexo Fonte: Dados primários (2013) Analisando o gráfico da figura 6, é possível constatar que mais da metade dos entrevistados são do sexo feminino, visto que a região é uma comunidade pesqueira e que os pescadores (Homens) vão para alto mar pescar e deixam suas esposas e filhos em casa, essas por sua vez estão se inserindo no mercado de trabalho, constatando-se assim a necessidade de uma alimentação para elas e seus filhos de forma rápida e pratica. 93 Tabela 3: estado Civil Alternativas Quantidade Percentual Casado 51 55 União Estável 04 04 Solteiro 38 41 TOTAL 93 100 Fonte: Dados primários (2013) Figura 7: Estado civil Fonte: Dados primários (2013) De acordo com os dados apresentados no gráfico da figura 7, é possível constatar que a maioria dos futuros clientes do Marmitex Juju são casados, o que isso significa que também representam vários outros clientes, já que podem comprar para si, para seus maridos ou esposas e filhos, o mesmo se aplica para união estável que somou minoria. Solteiros estão presentes com pouco menos da metade, visando que a grande maioria quando pede alimentação em casa muitas vezes estão acompanhados de amigos ou de parceiros, também somam um publico favorável para o empreendimento. 94 Tabela 4: Faixa etária Alternativas Quantidade Percentual Até 18 anos 16 17 19 a 37 anos 29 32 38 a 56 anos 23 25 Acima de 57 anos 24 26 TOTAL Fonte: Dados primários (2013) 92 100 Figura 8: Faixa etária Fonte: Dados Primários (2013) A partir da apresentação do gráfico da figura 8, percebe-se que a maioria dos entrevistados caracterizam-se como um público adulto, em destaque está a faixa etária de 19 a 37 anos, seguindo de percentuais semelhante entre as pessoas de 38 a 56 anos e acima de 57 anos, seguidos pela minoria representada por menores de 18 anos. Dessa forma, como visto nos gráfico 2 onde a grande maioria é do sexo feminino e no gráfico 3 onde a grande maioria é casado, soma pontos positivos a abertura do novo empreendimento, pois a maioria responde por seus atos, pode comprar para si e para seus familiares e são mulheres, que em sua maioria trabalham fora de casa e precisam de uma alimentação de qualidade para elas e sua família. 95 Tabela 5: Renda familiar mensal Alternativas Quantidade Percentual 1 a 2 salários mínimos 33 35 3 a 5 salários mínimos 50 54 6 a 8 salários mínimos 5 5 Acima de 8 salários mínimos TOTAL Fonte: Dados primários (2013) 5 5 93 100 Figura 9: Renda familiar mensal Fonte: Dados primários (2013). Pode-se analisar segundo a apresentação do gráfico da figura 9 que a expressiva maioria dos entrevistados estão enquadrados nas classes B e C os que somam de 1 a 5 salários mínimos, assim é possível concluir que a expressiva maioria trabalha e não dispõem de tempo hábil para o preparo de sua alimentação. Esse quesito pode garantir a necessidade de uma alimentação terceirizada, de qualidade e entregue há horas, pois estas possuem renda para a compra de marmitas e poderão solicitar o serviço. 96 Tabela 6: Você costuma almoçar ou jantar em restaurante (ou levar comida pronta para casa)? Alternativas Quantidade Percentual Sim 60 65 Não 33 35 TOTAL Fonte: Dados Primários (2013) 93 100 Figura 10: Você costuma almoçar ou jantar em restaurante (ou levar comida pronta para casa)? Fonte: Dados Primários (2013) É posivel verificar por meio do gráfico da figura 10 que uma maioria significativa costuma almoçar ou jantar em restaurante ou levar refeições para comer em casa, dessa forma constata-se que os moradores de Governador Celso Ramos possuem o hábito de consumir alimentos que são preparados por terceiros, neste caso podem vir a consumir os alimentos produzidos pelo Marmitex. Tabela 7: Caso positivo, com que regularidade? Alternativas Quantidade Percentual 1 vez por semana 45 67 2 a 3 vezes por semana 14 21 4 ou mais vezes por semana TOTAL Fonte: Dados primários (2013) 8 12 67 100 97 Figura 11: Caso positivo, com que regularidade? Fonte: Dados primários (2013) No gráfico da figura 11 é possível analizar com que frequências as pessoas custumam almoçar em resaturantes ou levar refeições prontas para casa, sendo que das 93 pessoas entrevistadas 67 possuem este hábito e a maioria costuma frequentar esses estabelecimentos pelo menos 1 vez por semana. Assim é possível constatar que temclientes assíduos desse segmento de mercado. Tabela 8: Qual (is) restaurante(s) você frequenta? Alternativas Quantidade Percentual Claudir Restaurante e Lanchonete Dona Zé Restaurante e Lanchonete Marmita da Lena 13 14 4 4 7 7 Nenhum 17 18 Outro: 24 25 Restaurante Bombordo 2 2 Restaurante Edu 29 30 TOTAL Fonte: Dados primários (2013) 96 100 98 Figura 12: Qual (is) restaurante(s) você frequenta? Fonte: Dados primários (2013) No gráfico da figura 12 é monstrado em que restaurante as pessoas costumam fazer suas refeições com maior ferquência. Foram pesquisadas as empresas que fornecem alimento para a pessoa levar para casa. Em primeiro lugar destacou-se o Restaurante Edu localizado no bairro de Ganchos de Fora logo após vieram outros restaurantes sendo esses o Restaurante Arcoiris e o Restaurante Raizes localizados respectivamente no bairro de Palmas. O Claudir Restaurante e Lanchonete também atingiu um número considerável de clientes, portanto estes restaurantes serão os mais considerados para a análise da concorrência direta da empresa Marmitex Juju. Tabela 9: Qual o fator determinante para a escolha do restaurante que você frequenta? Alternativas Quantidade Percentual Atendimento 12 15 Forma de pagamento 1 1 Localização (proximidade) 21 26 Outro 3 4 Preço 9 11 Qualidade dos produtos 35 43 TOTAL Fonte: Dados primários (2013) 81 100 99 Figura 13: Qual o fator determinante para a escolha do restaurante que você frequenta? Fonte: Dados primários (2013) Para a escolha dos estabelecimentos citados no gráfico na figura 13 pelos intrevistados, o maior fator que determina a escolha dos mesmos em frequentá-los é em primeiro lugar a qualidade dos produtos oferecidos seguidos pela localização do estabelecimento e pelo atendimento. Sendo assim, é possivel através desta pesquisa criar os diferencias para o Marmitex Juju, sendo que um dos fatores mais imprtantes já definidos pela administradora é o quisito qualidade dos produtos. Com relação a localização, as marmitas serão entregues no local solicitado pelo cliente. Para o atendimento e produção das marmitas os funcionários receberão treinamentos constantes para melhor satisfazer as necessidades dos clientes. Tabela 10: Qual (is) tipo (s) de comida você mais gosta? Alternativas Quantidade Percentual Ave 20 16 Carne bovina 36 30 Carne suína 4 3 Frutos do mar 38 31 Massa 21 17 Saladas e legumes 3 2 122 100 TOTAL Fonte: Dados primários (2013) 100 Figura 14: Qual (is) tipo (s) de comida você mais gosta? Fonte: Dados primários (2013) No grafico na figura 14, aborda-se a questão dos alimentos preferênciais da população para que através dos dados obtidos seja possível montar o cardápio. Sendo assim, constatou-se através da pesquisa que a maioria dos entrevistados tem preferência por frutos do mar, seguido de carne bovina, com destaque também para massa e ave. Dessa forma o Marmitex Juju elaborou um cardápio bem variado contenda a maioria dos intens citados na pesquisa para agradar os clientes, tendo claro mais opções de carne e frutos do mar durante a semana. Tabela 11: Você teria interesse em ser cliente de um serviço de entrega de marmitas na cidade de Governador Celso Ramos? Alternativas Quantidade Percentual sim 58 61 não 37 39 TOTAL Fonte: Dados primários (2013) 95 100 101 Figura 15: Você teria interesse em ser cliente de um serviço de entrega de marmitas na cidade de Governador Celso Ramos? Fonte: Dados primários (2013) Constatou-se no gráfico na figura 15, por meio da pesquisa de mercado, que a maioria dos entrevistados possui interesse no serviço de entregas de marmitas, sendo este um ponto positivo para a aberturo do negócio. Tabela 12: Caso afirmativo, quanto você estaria disposto a pagar por cada marmita? Alternativas Quantidade Percentual Até R$ 12 31 52 De R$15 a R$ 20 27 45 2 3 60 100 De 20 a R$ 30 TOTAL Fonte: Dados primários (2013) 102 Figura 16: Caso afirmativo, quanto você estaria disposto a pagar por cada marmita? Fonte: Dados primários (2013) Por meio da análise do gráfico da figura 16, é possível definir que os entrevistados que possuem interesse no serviço de marmitas estão dispostos a pagar em sua maioria R$12,00 por marmita, porém também encontra-se um número considerável de entrevistados dispostos a pagar de R$15,00 a R$20,00. Esta pesquisa ajudará a definir o preço de marmitas de acordo com a percepção dos clientes, levando em consideração também o levantamento dos custos. Tabela 13: Qual (is) diferencial (is) você considera fundamental no serviço de marmitas? Alternativas Quantidade Percentual Agilidade na entrega 15 14 Atendimento personalizado 4 4 Diversidade de alimentos 7 6 Organização dos alimentos na marmita Outro 34 31 2 2 Qualidade dos produtos 48 44 TOTAL Fonte: Dados primários (2013) 110 100 103 Figura 17: Qual (is) diferencial (is) você considera fundamental no serviço de marmitas? Fonte: Dados primários (2013) É possível analisar no gráfico na figura 17, qual o diferencial essencial para se ter nas marmitas oferecidas pelo Marmitex Juju. Nele é possível constatar que o grande diferencial para o cliente residente da cidade de Governador Celso ramos é a qualidade dos produtos. Avaliou-se também que a importância da organização dos alimentos na marmita também é importante. De posse destas informações o Marmitex trabalhará com embalagens com divisórias para separar os alimentos. Ocorreu um pequeno percentual referente a agilidade dos procedimentos, atendimento personalizado, respectivamente. Outro aspecto, no caso específico foi a higiene no preparo dos alimentos. A empresa então deve dar uma atenção especial a esses fatores quando iniciar suas atividades. 4.5 FUNDAMENTOS ESTRATÉGICOS Para Dornelas (2008, p. 142-143), a análise estratégica da organização deve incluir um misto de racionalidades e subjetividades, que podem ser de grande ajuda para o empreendedor conseguir entender melhor a situação atual na qual seu negócio se encontra e quais são as melhores alternativas para os objetivos e metas a serem estipulados. Sendo assim, esta parte é essencial para o desenvolvimento do negócio, visto que sua sobrevivência irá depender das estratégias estudadas e aplicadas pelo 104 empreendedor. Portanto o planejamento estratégico tem como objetivo criar vantagem competitiva. Nesta etapa do trabalho será apresentado a missão, visão, os objetivos e metas, para além de estratégias e análise do ambiente externo e interno, as oportunidades e ameaças. 4.4.1 Missão O Marmitex Juju tem como missão proporcionar uma alimentação a domicilio com alto padrão de qualidade para pessoas que sabem apreciar uma boa gastronomia. 4.5.2 Visão Ser líder na venda de marmitas, oferecendo os melhores produtos do mercado de forma a ampliar e consolidar o consumo contínuo na região. 4.5.3 Objetivos O objetivo é o alvo ou estado futuro que a empresa pretende atingir. Portando os objetivos da Marmitex Juju são: • Destacar-se no mercado de alimentos. • Sempre oferecer produtos e serviços de qualidade • Conquistar e fidelizar clientes. • Obter o retorno financeiro necessário para se manter competitiva e sustentável no mercado. 4.5.4 Metas As metas correspondem ao itinerário básico para a empresa chegar ao destino desejado. Portanto as metas da empresa São: • Buscar produtos de qualidade. • Treinar e desenvolver os colaboradores por meio de cursos de capacitação. • Manter o ambiente limpo e produtivo 105 • Fornecer os equipamentos e maquinários necessários aos colaboradores. • Conquistar um número de clientes que mantenham a empresa competitiva e ativa no mercado de marmitas, • Oferecer produtos e serviços que possam satisfazer as necessidades dos clientes. • Cumprir com os horário e prazos de entrega dos produtos aos clientes. • Controlar os custos fixos, variáveis, fluxo de caixa, a projeção de receitas e despesas, bem como analisar os investimentos a partir do VPL, TIR e Payback. • Controlar o estoque e a compra de materiais. • Vender marmitas suficientes para manter a empresa lucrativa e financeiramente saudável no mercado. 4.5.5 Estratégias Neste tópico serão definidas as estratégias que serão utilizadas na empresa para alcançar seus objetivos e metas ditadas a seguir: • Promover politica de qualidade para os produtos e serviços que serão oferecidos. • Medir o grau de satisfação de seus clientes. • Elaborar um planejamento adequado às necessidades da empresa • Gerenciar e controlas a administração de materiais. 4.5.6 Análise do Ambiente Externo A análise do ambiente externo consiste no estudo da empresa e seu ambiente, objetivando identificar as oportunidades e ameaças. Os fatores externos quando bem explorados podem gerar vantagem competitiva e podem ser de base para a construção da ambiente interno. 4.5.6.1 Análise dos fornecedores Consiste em uma análise das empresas e indivíduos que fornecem recursos ou insumos para o negócio, este por sua vez, precisa estabelecer uma política de 106 compra eficiente com seus fornecedores para que os resultados finais dessa negociação seja favorável para ambas as partes. Nesta etapa é importante analisar todos os possíveis fornecedores do negócio, tais como fornecedores de máquinas e equipamentos, móveis, utensílios, insumos e matéria prima. Sendo essencial obter informações sobre forma de pagamento, tempo e custo de entrega, distância física, qualidade dos produtos, capacidade dos fornecimentos. Umas das etapas para que o negócio possa ser bem sucedido é definir quem serão seus fornecedores, considerando sempre que um fornecedor possua mais de um item ou insumo para fornecer. Os principais fornecedores do Marmitex Juju foram escolhidos pela acadêmica, visando o tempo de atuação na área da mesma e seus conhecimentos acerca dos produtos necessários para o bom funcionamento de um estabelecimento fornecedor de alimentos. Para a escolha dos fornecedores foi feito um longo estudo e orçamentos com variadas empresas, até que fosse possível obter o melhor custo benefício. 4.5.6.2 Análise dos concorrentes Segundo a pesquisa realizada com os clientes, o Marmitex Juju possui como maior concorrente o Restaurante Edu Localizado no bairro de Ganchos de Fora e outros restaurantes da região como, o Arco Iris e o Raízes localizados no bairro de Palmas. O porte das empresas é relativo, tendo empresas com mais de 10 anos de mercado e outras com menos de 2 anos. Todos os restaurante pesquisados trabalham com o serviço a la carte e servem marmitas a seus clientes, alguns levam até a residência, e outros, o cliente precisa ir até o local para retirar sua marmita. O preço médio desse serviço varia entre R$12,00 a R$20,00, o mesmo que deverá ser praticado pelo Marmitex Juju. 4.5.6.3 Oportunidades e ameaças As oportunidades e ameaças que poderão surgir do ambiente externo e afetar o Marmitex Juju são apresentadas através do quadro 12. 107 Quadro 12: Oportunidades e Ameaças do Marmitex Juju Variável macro Oportunidades ambiental Ambiental Redução da poluição e preservação do meio ambiente que acarreta em ações de combate a poluição e destruição do meio ambiente, fazendo com que as pessoas exijam melhor utilização dos recursos naturais, a separação e reciclagem do lixo, que será feio pela empresa. Cultural A busca constante pela informação, pelo conhecimento, tornando a população mais bem informada e culta, exigindo sempre qualificação dos funcionários, portanto o marmitex manterá seus funcionários bem informados as tendências gastronômicas, oferecendo-lhes cursos e treinamento, para que possam obter crescimento pessoal e profissional através do conhecimento. Demográfica Aumento da população de Governador Celso Ramos, o que incentiva o crescimento do setor de alimentação. Aumento do poder aquisitivo de compras da população, proporcionando oportunidades de novos negócios e a procura por produtos alimentícios de qualidade. Econômica Aumento do poder aquisitivo da população de Governador Celso Ramos, assim como o aumento de consumo em restaurantes e similares. Legal Registro no super simples nacional, redução da burocracia e da tributação, sendo estes únicos e específicos, acarretando na facilidade de abertura de novos negócios. Politico Incentivo do governo ao crédito, crescimento da demanda. Aparecimento de novas residências, novos comércios e novas indústrias. Social Procura da sociedade por empresas responsavelmente sociais, criação de projeto para beneficio da sociedade. Empresas responsáveis nas questões sociais passam uma 108 imagem positiva a sociedade Tecnológica Avanço das maquinas e equipamentos, proporcionando mais agilidade na produção, distribuição e gerenciamento do negócio. Facilidade no acesso a informação. Variável macro Ameaças ambiental Ambiental Aumento da poluição, uso indevido dos recursos naturais, efeito estufa, aumento de desastres e fenômenos extratropicais, escassez de recursos naturais – matéria prima. Demográfica Aumento descontrolado da população, aumento de desemprego, falta de estrutura e condições dignas de vida, profissionais mal qualificados e despreparados. Econômica Crescimento da economia sem o devido controle, juros e taxas altas, inflação em alta. Legal Leis trabalhistas, aumento da tributação, mudança constantes nas leis trabalhistas, redução no numero de empresa, aumento dos impostos. Tecnológica Evolução constante da tecnologia, inovações de produtos a todo o momento, maior produtividade e agilidade nos serviços, preço alto da tecnologia, não conseguir acompanhar o desenvolvimento tecnológico. Fonte: SEBRAE (2010) 109 4.5.7 Análise do ambiente interno A analise do ambiente interno consiste em verificar os pontos fortes e fracos da empresa Polizei (2008, p. 22) ressalta que são os “influenciadores mais próximos da empresa/conceito e dos impactos mais imediatos no plano de marketing”. Dessa forma o empreendedor precisa ter a capacidade de identificar os pontos que cercam seu investimento os pontos fracos e fortes do Marmitex Juju serão expostos através do quadro 13 apresentado a seguir: Quadro 13:Pontos fracos e pontos fortes do Marmitex Juju Pontos Fortes Justificativa Localização O Marmitex Juju será localizado em Governador Celso Ramos, cidade litorânea que fica a 50Km da capital Florianópolis e que recebe turistas durante todo o verão. Entrega no local Para melhor atender o cliente, o Marmitex disponibilizará de 1 solicitado carro e uma moto para entregar as marmitas de forma gratuita em um raio de 15km do estabelecimento, entrega esta que não é feita pela maioria dos concorrentes. Qualidade das marmitas As marmitas serão preparadas com matéria-prima de alta qualidade e por profissionais qualificados, o que consequentemente acarretará na qualidade do produto final. Variedade dos Os cardápios serão variados a cada dia, além de possuir o Cardápios serviço de entrega de lanches e porções na parte da noite, com o objetivo de atender as faixas etárias e os gostos variados pesquisados. Personalização das As marmitas poderão ser personalizadas de acordo com o marmitas gosto do cliente, visto que será preparado um mise en place Pontos Fracos Justificativas Tempo de atuação no Os concorrentes diretos e indiretos já possuem uma carteira mercado de clientes no mercado Negociação com É necessário ter tempo de mercado para conseguir boas 110 fornecedores negociações com fornecedores e ser reconhecido no meio Pouca visibilidade O reconhecimento de clientes e fornecedores é reconhecido com o tempo de mercado, desta forma a visibilidade da empresa é menor do que a de seus concorrentes que já são atuantes a pelo menos 2 anos. Alto investimento inicial Para a abertura do Marmitex o investimento inicial é alto, pois exige a compra de veículos, máquinas, móveis, equipamentos e insumos. Iniciação de uma marca Há dificuldade na inserção de uma nova marca no mercado, visto que a concorrência já o domina. Conquistar e fidelizar Conquistar e fidelizar clientes é difícil para uma empresa e clientes requer muito estudo, sendo esta mais difícil para o Marmitex que está se inserindo no mercado. Desta forma a empresa necessitará criar diferencias que a tornem conhecida. Fonte: Dados primários (2013) 4.6 PLANO DE MARKETING Dolabela (2008, p. 138) argumenta que “o plano de marketing é constituído pela análise de mercado voltada para o conhecimento de clientes, concorrentes, fornecedores e ambiente que a empresa vai realmente atuar”. No plano de marketing da empresa Marmitex Juju serão fornecidas informações sobre a análise de mercado e as estratégias de marketing com o intuito de orientar o processo decisório de marketing identificando as oportunidades de negócios para a empresa. Tais informações serão apresentadas na sequência. 4.6.2 Estratégia de marketing A estratégia de marketing possibilitará ao Marmitex Juju buscar os meios para a empresa atingir seus objetivos, pois acredita-se que esta é a maneira de avaliar como posicionar o produto no mercado, impor a política de preço, quais promoções serão utilizadas e ainda quais os canais de venda serão utilizados, como chegar no cliente. 111 4.6.2.1 Produto O cardápio do Marmitex terá uma variedade consideravelmente satisfatória para atender seu público. As marmitas irão possuir cardápios fixos diários com opção ao cliente em personalizar seu pedido de acordo com seu gosto, podendo escolher o preparo da sugestão do dia, optando por seu preparo grelhado, assado ou frito. Além disso, a micro empresária pretende manter uma rotatividade nos cardápios da marmita, levando em consideração a sazonalidade, para obter sempre produtos frescos de cada época do ano e também o aumento considerável que a cidade recebe de turistas para frequentar suas belas praias. Segundo Cobra (1998, p. 28). Um produto deve possuir alguns requisitos para ser considerado “certo” ao consumo, tais como, a qualidade e padronização, ou seja, a apresentação física do produto, sua embalagem, marca e serviço. Desta forma as marmitas contarão com pelo menos 8 variedade de comidas a escolha do cliente, além de possuir também no estabelecimento para venda refrigerantes, água mineral, cervejas, vinhos e espumantes. Os alimentos que serão servidos serão de alta qualidade dando sempre preferência a produtos frescos e descongelados. Além disso, os fornecedores serão escolhidos de forma criteriosa para que a micro empresa possa atingir sua meta de qualidade. Segue o cardápio proposto para o Marmitex Juju: 112 Quadro 14: Cardápio do Marmitex Juju Domingo Salada de folhas, nozes e molho de cebola assada caramelizada Segunda - Feira Salda com figo pera e rúcula Terça Feira Salada de camarão com melão Quarta Feira Saladas Quinta Feira Sexta Feira Sábado Salada de batatas e Aspargos Salada de grão de bico com cenoura e salsinha Salada Salada de portuguesa brócolis com cenoura e rabanetes Carne acebolada Bacalhau assado com batatas e tomate Camarões grelhados ao alho e óleo Prato principal Bife ao molho de mostarda Frango assado com ervas Guisado de carne com alecrim Salmão grelhado Acompanhamentos Arroz Arroz Arroz Arroz Arroz Arroz Arroz Feijão Feijão Feijão Feijão Feijão Feijão Feijão Batata frita ou soute Nhoque de ricota e espinafre Purê cremoso de batatas Arroz integral com manjericão Espaguete ao molho pesto Batatas ao murro Risoto de camarão abacaxi com raspas de limão Pudim de leite Torta de limão Sobremesa Pavê de brigadeiro Melão com mel e hortelã Mousse de chocolate Fonte: Dados primários (2013) Parfait de manga com iogurte No que diz respeito ao serviço prestado pelo Marmitex Juju os funcionários terão treinamento de como se portar diante do cliente quando o pedido for realizado no balcão de atendimento e de como receber bem o cliente também ao telefone, de forma educada e cortes. 4.6.2.2 Preço O preço da venda dos produtos será de acordo com o praticado pelos concorrentes que atualmente estão entre R$15,00 e R$28,00. Também vai depender do valor dos insumos, visto que a micro empresa quer trabalhar com os melhores produtos possíveis de encontrar com seus fornecedores, para que a qualidade possa ser mantida aos seus clientes. 113 Sendo assim o preço poderá ser aumentado de acordo com o aumento dos produtos e com a personalização de cada marmita a seus clientes. Para melhor definir o preço, foi elaborado uma planilha de análise dos menus, apresentada a seguir: 114 Tabela 14: Análise da primeira semana do Marmitex Juju. Análise de Menu a Primeira Semana # Venda ITEM DE MENU Venda Custo Item Item em R$ % Preço Preço Venda em R$ Venda em R$ Item Sem imposto Lucro Real em R$ Custo Custo em R$ Venda em R$ Lucro Item Venda Total sem impostos do % Totais Impostos ICMS Produto ENTRADAS Sld Domingo - Folhas, Nozes e Molho de Cebola Sld 2ªf - Figo, Pêra e Rúcula Sld 3ªf - Camarão com Melão Sld 4ªf - Batatas e Aspargos Sld 5ªf - Grão de Bico com Cenoura e Salsinha Sld 6ªf - Portuguesa Sld Sábado - Brocolis com Cenoura e Rabanetes Salada Mista Simples 20 2,99% 2,84 6,38 5,46 2,62 52,00% 56,75 109,13 52,38 20 2,99% 2,37 5,34 4,56 2,19 52,00% 47,47 91,30 43,82 20 2,99% 2,66 5,98 5,11 2,45 52,00% 53,19 102,29 49,10 20 2,99% 1,92 4,32 3,69 1,77 52,00% 38,37 73,78 35,41 20 2,99% 1,41 3,17 2,71 1,30 52,00% 28,14 54,12 25,98 20 20 2,99% 2,99% 2,71 1,48 6,09 3,33 5,21 2,84 2,50 1,37 52,00% 52,00% 54,16 29,58 104,16 56,89 50,00 27,31 40 5,97% 1,80 4,06 3,47 1,67 52,00% 72,16 138,77 66,61 20 2,99% 4,95 11,13 9,94 4,99 49,78% 98,93 198,74 99,81 20 2,99% 1,72 3,86 3,45 1,73 49,78% 34,30 68,91 34,61 PRATOS PRINCIPAIS PP Domingo - Bife, Molho Mostarda PP 2ªf - Frango Assado 115 com Ervas PP 3ªf - Guisado de Carne com Alecrim PP 4ªf - Salmão Grelhado PP 5ª - Carne Acebolada PP 6ªf - Bacalhau Assado com Batatas e Tomate PP Sábado - Camarões Grelhados ao Alho e Óleo Contra Filé Grelhado Alcatra Grelhada Peixe Branco Filé Empanhado Peixe Branco Filé Grelhado 20 2,99% 3,36 7,56 6,75 3,39 49,78% 67,18 134,96 67,78 20 20 20 2,99% 2,99% 2,99% 2,72 3,08 5,13 6,13 6,93 11,55 5,47 6,18 10,31 2,75 3,11 5,18 49,78% 49,78% 49,78% 54,46 61,57 102,66 109,40 123,69 206,24 54,94 62,12 103,58 20 2,99% 6,86 15,42 13,77 6,92 49,78% 137,11 275,44 138,33 10 8 6 1,49% 1,19% 0,90% 4,06 3,50 4,61 9,14 7,88 10,38 8,16 7,03 9,27 4,10 3,53 4,65 49,78% 49,78% 49,78% 40,63 28,00 27,68 81,61 56,25 55,60 40,99 28,25 27,92 6 0,90% 4,75 10,69 9,54 4,79 49,78% 28,50 57,25 28,75 20 2,99% 0,16 3,00 2,68 2,52 5,89% 3,16 53,57 50,41 20 2,99% 2,60 5,86 5,23 2,63 49,78% 52,08 104,62 52,54 20 2,99% 0,56 2,00 1,79 1,22 31,42% 11,22 35,71 24,49 20 2,99% 0,37 1,50 1,34 0,97 27,75% 7,43 26,79 19,35 20 2,99% 4,48 10,08 9,00 4,52 49,78% 89,63 180,05 90,43 20 20 2,99% 2,99% 0,31 3,18 3,00 7,16 2,68 6,40 2,37 3,21 11,63% 49,78% 6,23 63,68 53,57 127,93 47,34 64,25 20 20 2,99% 2,99% 0,33 0,17 1,50 1,50 1,34 1,34 1,01 1,17 24,57% 12,47% 6,58 3,34 26,79 26,79 20,21 23,45 ACOMPANHAMENTOS Domingo - Batata Frita ou Sauté 2ªf - Nhoque Ricota e Espinafre 3ªf - Pure Cremoso de Batatas 4ªf - Arroz Integral com Mangericão 5ªf - Spaguetti ao Molho Pesto 6ªf - Batatas ao Murro Sábado - Risotto de Camarão Tradicional Feijão Preto Tradicional Arroz Branco 116 SOBREMESAS Domingo - Pavé de Brigadeiro 2ªf - Melão com Mel e Hortelã 3ªf - Mousse de Chocolate 4ªf - Parfait de Manga e Yogurte 5ªf - Abacaxi com Raspas de Limão 6ªf - Pudim de Leite Sábado - Torta de Limão 20 2,99% 1,32 2,97 2,65 1,33 49,78% 26,40 53,04 26,64 20 2,99% 1,28 2,88 2,57 1,29 49,78% 25,56 51,34 25,78 20 20 2,99% 2,99% 1,01 0,59 2,27 1,32 2,02 1,18 1,02 0,59 49,78% 49,78% 20,16 11,71 40,50 23,52 20,34 11,81 20 2,99% 0,58 1,32 1,17 0,59 49,78% 11,69 23,49 11,80 20 20 2,99% 2,99% 0,48 0,44 1,08 0,98 0,96 0,88 0,48 0,44 49,78% 49,78% 9,60 8,73 19,29 17,53 9,69 8,80 TOTAL DE ITENS 670 VENDIDOS Fonte: Dados Primários 2013 100% 1418,02 2963,05 1545,02 117 Através desta tabela será possível controlar o real custo e lucratividade dos produtos, atendendo a impostos em vigor e atualizações pertinentes de preço. Os dados apresentados neste quadro revelam as intenções de venda em um espaço temporal de 7 dias, atendendo aos resultados da pesquisa de mercado. O Custo de Matérias Primas para esta previsão inicial de vendas é de R$ 3.498,66, sendo bom de salientar um aumento de 20% a este valor para cobrir desperdícios gastronômicos (matéria prima não conforme e desperdícios de ficha técnica). Segundo o estudo de mercado é necessário apresentar um cardápio diferente diariamente, no entanto sempre estará disponível uma opção de peixe branco, frito ou grelhado e uma opção de contra filé e alcatra grelhado ou frito. Marmitex tem plena consciência de que é através dos preços praticados pela micro empresa que será criar demanda para o produto, segmentar o mercado e definir sua lucratividade, sempre levando em conta porém o valor que o cliente vê no produto e não o preço que a empresa acha que ele deva ter. 4.6.2.3 Praça Os canais de distribuição envolvem diferentes maneiras que a empresa possui para levar o produto até o consumidor, sendo esses em distribuições físicas ou em serviços ao cliente. (DORNELAS, 2008, p. 140) Desta forma o Marmitex irá contar com uma localização de boa visibilidade, no centro da cidade de Governador Celso Ramos, para melhor acesso caso o cliente prefira fazer seu pedido direto no balcão de atendimento e também contará com 1 linhas telefônica para fazer o pedido direto com um de nossos atendentes sem preocupar em se locomover até o local. Além disso, o marmitex irá contar inicialmente com 1 motoboy equipado com uma caixa de moto térmica para transportar o produto em forma de delivery, sendo este gratuito em um raio de 10Km. Cabe ainda relatar aqui a importância da interação do consumidor com os produtos do marmitex, para que esses possam atender suas necessidades de acordo com os padrões de exigência pré-definidos pelos mesmos. 118 4.6.2.4 Promoção O marmitex focará sua divulgação na distribuição de panfletos nos locais mais movimentados da cidade, de forma a atrair futuros cliente potenciais. O Marmitex também contará algumas promoções para divulgar ainda mais os produtos, mencionadas a seguir: • Cliente fiel: o cliente que solicitar pelo menos 4 marmitas por semana terá a sua quinta marmita como cortesia. • Cliente local: o cliente que vir pegar seu marmitex direto no ponto de venda terá direito a 5% de desconto no pagamento a vista. • Cliente máster: o cliente que solicitar mais vezes por mês o serviço de marmitas terá direito no próximo mês a 2 marmitas no jantar para 2 pessoas acompanhada de um espumante. A divulgação destas promoções será dado no portal do GCR, site visto pela maioria da população para obter informações sobre empresas locais, através de emissoras de rádio e de carro de som. Lembrando aqui que o importante não é apenas fazer com que o cliente conheça nossos produtos e sim mantê-los fiéis ao Marmitex Juju. 4.7 PLANO DE RECUSRSOS HUMANOS O plano de recursos humanos é formado por ações, politicas, programas, atividades e sistemas que visam alcançar as estratégias organizacionais e as necessidades das pessoas. No plano de recursos humanos do Marmitex Juju, constam a maneira como os colaboradores serão recrutados e selecionados, as normas da empresa e a definição de cargos e salários. 4.7.1 Recrutamento e seleção O processo de recrutamento e seleção do Marmitex Juju será feito em duas etapas. Etapa 1: serão anunciadas as vagas em locais como: o quadro de vagas de emprego na prefeitura municipal de Governador Celso Ramos, em jornais locais, 119 em mercados da região, sendo que será especificado o cargo e o tipo de experiência necessária para as vagas em questão. Etapa 2: O processo seletivo ocorrerá em uma semana pré-estabelecida, no qual os entrevistados serão avaliados de acordo com o seu currículo, o teste psicotécnico e pelo resultado da entrevista feita pela administradora, que possui conhecimentos nestes processos, já que é graduanda em administração de empresas, tendo cursado disciplinas de recursos humanos. O quadro funcional do Marmitex Juju será composto por: • Dois Administradores com experiência mínima de 4 anos em estabelecimentos similares – Função/Tarefas: Responsável pela administração do negócio; gerenciar serviços, processos de compras, gestão de pessoas, gestão de vendas, gestão de marketing, gestão da produção e controle financeiro, além de lidar com clientes. • Um atendente com experiência mínima de 2 anos em estabeleciemtos similares. • Um 1º Cozinheiro com experiência mínima de 4 anos em estabelecimentos similares – Funções/Tarefas: Executar receitas mediante ficha técnica; gestão de estoques, com planejamento de necessidades de insumos mensais; cumprimento de normas de higiene e segurança alimentar; assegurar o bom funcionamento da cozinha, promovendo engajamento e união da equipe; capacitar e desenvolver a equipe em quesitos técnicos. • Dois ajudantes de cozinha com ou sem experiência – Funções/Tarefas: Limpeza e organização do espaço físico da cozinha, assim como lavação de loiças e utensílios; preparação de hortifrúti a ser utilizado na execução das sugestões gastronômicas. • Um entregador/transportador de mercadorias com Carteira Nacional de Habilitação há no mínimo 6 anos e com registro limpo – Funções/Tarefas: Utilização de veiculo da empresa para compra de insumos necessários ao funcionamento da cozinha; Utilização de veiculo da empresa para entrega de marmitas no município de Governador Celso Ramos. 120 4.7.2 Plano de capacitação e desenvolvimento Todos os colaboradores receberão aquando a assinatura de contrato, o manual da empresa com as normas de funcionamento e objetivos, assim como seu descritivo de funções. Apresentados a seguir: Objetivo deste Manual: Este manual tem como objetivo fornecer todas as informações básicas necessárias para que cada um dos colaboradores possa: 1. Saber o que tem que fazer; 2. Saber o quão bem se está fazendo; 3. Ter autoridade para tomar decisões quando necessário; Apresentação Pessoal Padrão Todos os colaboradores do Marmitex Juju que trabalham em contato com o público devem obedecer a certas normas condizentes com a atividade que desenvolvem. Uniformes: Os uniformes dos colaboradores devem ser adequados ao clima da região, à idade e ao sexo do profissional, sempre em harmonia com a decoração do ambiente. Precisam se apresentar constantemente higienizados e sempre com o mesmo modelo. Estes são de responsabilidade de cada funcionário que deveram ter 02 mudas de uniforme no inverno e 03 no verão. Todo novo funcionário receberá um tênis da marca All Star que deverá ser utilizado todos os dias de trabalho, como parte do uniforme, caso necessite a troca, o funcionário deve providenciá-la da mesma cor e mesma marca. Postura: Ao entrar em qualquer ambiente do Marmitex, o primeiro contato travado pelo cliente é com o colaborador; por isso, faz-se necessário que seus componentes se mantenham numa postura correta, eretos mas à vontade, demonstrando hábitos e gestos adequados e evitando agrupamentos e conversas em voz alta. Hábitos e maneiras: O profissional precisa cultivar hábitos e maneiras convenientes, tais como: não comer, beber ou fumar enquanto trabalha, estar sempre alerta para bem atender os clientes, manter-se bem humorado e ter bom equilíbrio emocional. 121 Cabelo e rosto: O cabelo deve estar sempre curto, limpo e penteado. O rosto sempre limpo e bem barbeado. As profissionais femininas devem manter o cabelo preferencialmente curto, ou preso quando comprido. Além disso, convém por norma que as profissionais usem rede de proteção de cabelos e/ou gel fixador de cabelos proporcionando uma melhor apresentação ao colaborador. Perfumes e jóias: Os profissionais que trabalham com alimentos devem usar perfumes de fragrância discreta, uma vez que manipulam mercadorias portadoras de aromas naturais característicos, o que não permite que outros odores venham a se sobrepor a estes. Quanto às jóias convém evitá-las; normalmente, o uso de uniformes já pressupõe a supressão do excesso de jóias e adereços. São permitidos apenas aliança e relógio e, no caso de profissionais femininas, brincos discretos. Mãos e unhas: As mãos devem ser lavadas com a maior frequência possível. As unhas precisam estar permanentemente aparadas e limpas. Controle de jornada de trabalho (Cartão ponto): Obrigatoriamente deve ser marcado quatro vezes por jornada de trabalhada: entrada para o turno de trabalho, saída para intervalo de refeição e repouso; saída do horário de refeição e repouso; saída do turno de trabalho. A administração concede por jornada de trabalho completa uma tolerância de 10 (dez) minutos na marcação de pontos. Para a realização de horas extras extraordinárias obrigatoriamente será necessária a autorização prévia da administração. Quanto a vale transporte, os colaboradores devem utilizá-lo exclusivamente para uso no trajeto de sua residência ao local de trabalho e vice-versa. O vale transporte será entregue previamente ao colaborador de acordo com sua jornada de trabalho, caso este falte ou apresente atestado o vale transporte será descontado no mês seguinte. Para uso do vale transporte o colaborador arca com a despesa de 6% do salário nominal, o restante será custeado pela empresa Os treinamentos de capacitação profissional e higiene e segurança alimentar serão de prioridade diária no decorrer das funções. 122 4.7.3 Plano de cargos e salários De acordo com o sindicato da grande Florianópolis pra bares, restaurantes, hotéis e similares, o piso salarial não pode ser inferior a R$850,00 para estes estabelecimentos, indiferente do cargo que ocupe. Portanto o plano de cargos e salários foi definido da seguinte forma: • 2(dois) Administradores – Pro-labore R$1000,00 • 1 (um) Atendente – Salário Base R$ 850,00. • 1 (um) 1º Cozinheiro – Salário Base R$950,00. • 2 (dois) Ajudantes de Cozinha – Salário Base R$850,00. • 1 (um) Entregador/transportador – Salário Base R$850,00. Todos os colaboradores terão alimentação fornecida na empresa durante seu horário de trabalho. 4.8 PLANO OPERACIONAL Nesta etapa do plano de negócio do Marmitex Juju, são apresentadas, a localização, o processo de produção, o processo de compra e o layout da empresa. 4.8.1 Localização O Marmitex Juju será localizado na cidade de Governador Celso Ramos, no centro da cidade em Ganchos do meio, na Avenida Ganchos, número 157. Este local foi escolhido devido ao fato de ali estarem localizados os principais pontos comerciais da cidade, fazendo com que pessoas passem por ali o tempo todo. Além disso, o local é de fácil acesso para as pessoas que prefiram comprar direto no estabelecimento e um bom ponto de partida para os municípios vizinhos. Será alugado um local amplo dividido em cozinha, o depósito, sanitários, área de escritório e loja, além de estacionamento. 123 4.8.2 Processo de produção O processo de produção das marmitas será por meio de encomendas por telefone ou diretamente no estabelecimento, ou seja, diariamente das 10h00 às 15h00 e das 19h00 às 21h00. Todavia, o processo de produção inicia-se com base na média de marmitas servidas na semana anterior, sendo sempre montado um mise em place, com o cardápio do dia, com o objetivo de sempre proporcionar aos clientes comidas frescas e com possibilidade de personalizar os mais variados gostos. Portando o processo se dará com inicio da jornada de trabalho do cozinheiro e seu auxiliar as 9h00 da manhã com o preparo do mise em place do dia. Assim que os pedidos forem efetuados os mesmos irão preparar o cardápio vigente, embalar e disponibilizar para a entrega seja esta no estabelecimento ou levada pelo motoboy ao local desejado. 4.8.3 Processo de compra O processo de compra será de responsabilidade do gerente de operações a partir das necessidades de produtos, sendo este feito 2 vezes por semana, sendo este tempo mais do que necessário para que os produtos se mantenham sempre frescos. O controle de estoque será realizado diariamente, com a conferência do mesmo, que será armazenada no depósito da empresa em uma área de 20m² dividida em câmara fria, freezer e prateleiras para os produtos que não necessitam se refrigerados. A escolha dos fornecedores será de acordo com a qualidade dos produtos ofertados, assim também como preço, formas de pagamento, cumprimento do prazo de entrega, disponibilidade e variedade dos produtos. Os fornecedores poderão ser distribuidores de produtos alimentícios, hipermercados ou supermercados, CEASA, pequenos agricultores, frigoríficos ou açougues, entre outros. 124 4.8.4 Layout Após pesquisa se concluiu que o espaço comercial sito na Avenida Ganchos Nº157, é o indicado para implantação deste negócio. Visto que é um espaço, amplo para as atividades, envidraçado para poder mostrar aos consumidores nossa cozinha, de modo a transmitir segurança e clareza acerca do produto. Figura 18: Layout do Marmitex Juju Fonte: Dados Primários (2013) 125 Quadro15: Layout do Marmitex Juju N° Descrição 01 Estacionamento 02 Almoxarifado 2.1 Pallet 03 Cozinha 3.1 Balcão de apoio com duas cubas para área quente 3.2 Geladeira Vertical 3.3 Mesa de Apoio em Inox 3.4 Freezer Horizontal 3.5 Armário para Utensílios 3.6 3.7 Balcão de apoio com duas cubas para área fria Mesa de Apoio em Inox 3.8 Mesa de Apoio em Inox 3.9 Passe para entrega 3.10 Fogão 6 bocas + chapa 3.11 Forno 3.12 Boiller 04 Escritório 4.1 Mesa para escritório em madeira 4.2 Cadeiras 4.3 Armário em madeira 5.0 Sala de espera e atendimento 5.1 Poltronas 5.2 Mesa para escritório em madeira 5.3 Cadeira 06 Banheiro sala de espera e atendimento 6.1 Lavabo 1 07 Banheiro Funcionários 7.1 Lavabo 2 08 Vestuário 8.1 Armário 09 Acesso ao almoxarifado e cozinha Fonte: Dados primários (2013) 126 4.9 PLANO FINANCEIRO Nesta etapa do estudo é abordado o planejamento financeiro, parte essencial no estudo que possibilita analisar a viabilidade financeira do Marmitex Juju. Nos próximos tópicos serão apresentados os investimentos iniciais, os custo fixos e variáveis do empreendimento, a projeção de vendas, o fluxo de caixa, a demonstração do resultado do exercício, a taxa mínima de atratividade, o valor presente líquido, a taxa interna de retorno, o payback, a margem de contribuição e o ponto de equilíbrio. 4.9.1 Investimento Inicial Para a implantação do Marmitex Juju será necessário um investimento inicial de R$60.543,94. Este valor foi levantado através de diversas pesquisas, realizadas com fornecedores, concorrentes, prefeitura, contador, Junta Comercial do estado de Santa Catarina, sites, entre outras fontes. A seguir serão detalhados os investimentos iniciais: Tabela15: Investimentos iniciais Investimentos Iniciais Veículo Descrição Quan t. Fiat fiorino 1.3 MPI furgão 8v flex 2P manual, 2008 1 Valor unitário em R$ 21.800,00 Sub Total Total em R$ 21.800,00 R$21.800,00 Obras Civis Descrição Quan t. Reforma - Valor unitário em R$ 3.000,00 Sub total Total em R$ 3.000,00 3.000,00 R$ Utensílios Descrição Panela pressão profissional alumínio fech. Externo 20L Paellera antiaderente Quan t. 2 Valor unitário em R$ 390,36 2 434,96 Total em R$ 780,72 869,92 127 Frigideira alumínio antiaderente Ø36Cm H5,5Cm Caldeirão alumínio leve com tampa (46cm, 45L) Caldeirão alumínio leve com tampa (26Cm, 12L) Bowl reforçado inox (22Cm, 2,9L) 3 172,61 517,83 2 79,00 158,00 3 34,90 104,70 6 28,02 168,12 Bowl reforçado inox (28Cm, 5,8L) 6 48,27 289,62 Caçarola alumínio com tampa (45,Cm; 31,7L) Frigideira aço carbono antiaderente (28Cm) Concha inox monobloco (177 ml; 38Cm) 3 197,48 592,44 3 80,89 242,67 3 21,47 64,41 Colher maciça polietileno (45Cm) 4 12,32 49,28 Colher serviço inox (32Cm) 8 7,26 58,08 Colher massa silicone cabo inox 33cm Espátula lisa inox (33x6Cm) 2 29,99 59,98 3 19,55 58,65 Escumadeira fritura grande aço galvanizado (20Cm) Forma redonda reta fundo falso alumínio Mix (25x5Cm) 2 11,95 23,90 2 15,10 30,20 Pinça multiuso inox (25,4cm) 5 32,89 164,45 Kit cortadores lisos 8un (3 à 10cm) Saco Confeitar náilon mix (26cm) 1 226,95 226,95 2 22,81 45,62 Kit confeitaria 12 bicos policarbonato Mix Molde silicone 8 tarteletes (6,5x7cm - 39ml) Cuba reforçada inox Mix (53x32,5x15cm - 18,7L) Pedra afiar dupla face retangular 1 216,60 216,60 2 43,55 87,10 4 81,36 325,44 1 16,11 16,11 Bisnaga bico branco (200ml) 12 1,82 21,84 Rolo massa maciço mix (30cm) 1 34,08 34,08 Ralador inox (13x6cm) 1 9,60 9,60 Luva silicone preta (22cm) 3 33,68 101,04 Fritadeira elétrica dupla (2x41cm; h18, 5cm Mandolin 5 lâminas profissional Mix (40x12cm; 5x24cm) 1 149,79 149,79 1 223,40 223,40 128 Pallet Polipropileno vazado cinza (120x100cm; H15cm) Caixa monobloco com tampa (53X32X18CM 25L Caixa plástica empilhável (55X36CM H29CM) Caixa armazen. Alta média com tampa (19,3X18X22CM 4,5L Caixa armazen. Retang. Extra com tampa (30,4X16,9X11,1CM; 3,7L) Faca legumes 3" 4 161,33 645,32 6 33,01 198,06 5 26,55 132,75 8 8,54 68,32 6 6,98 41,88 3 6,99 20,97 Faca do chefe 6" 3 24,99 74,97 Cutelo 6" 1 30,99 30,99 Lixeira tampa pedal 68L (50x41cm; H67, 3cm Bege Calculadora Simples 4 226,08 904,32 3 23,00 69,00 Lixeira inox com cesto plástico tampa/pedal 20L (20,5x28,5cm Sub Total 3 168,59 505,77 8.382,89 R$ Equipamentos Descrição Quan t. Geladeira comercial 6 portas 1 Valor unitário em R$ 3500,00 Total em R$ Forno turbo a gás FTG 240 1 2657,95 2657,95 Seladora para marmitas 2 130,00 260,00 Batedeira Planetária Profissional B-06 300W - Mondial Notebook Samsung 300E4C c/ Intel Core i3 - 2GB 320GB LED 14 Impressora HP 4615 Jato de Tinta Colorida - Copiadora Scanner e Fax Batedor inox mix (35cm) 1 295,00 295,00 1 1140,00 1140,00 1 289,00 289,00 2 82,86 165,72 Blender alta rotação (19x19cm; H58cm: 2L) Fogão industrial 6 bocas c/ chapa c/ forno (3 simples-3 duplas) Exaustor Industrial 1 1538,60 1538,60 1 1933,00 1933,00 2 560,00 1120,00 Char boiler 1 1663,00 1663,00 Freezer Vertical 1 1980,00 1980,00 Balança eletrônica digital 1 186,00 186,00 Impressora Fiscal Térmica FS 700 MACH1 Preta (Serrilha) Daruma 1 1567,00 1567,00 3500,00 129 Sub Total 18.295,27 R$ Móveis Descrição Quan t. Porta paletts 1 Valor unitário em R$ 240,00 Armário vestiário 1 1300,00 1300,00 Mesa inox - 1,00m compr. x 0,70m larg. x 0,85m alt - Com prateleira gradeada Balcão em madeira 3 430,00 1290,00 1 300,00 300,00 Mesa de escritório 1 219,00 219,00 Cadeira de escritório 2 135,00 270,00 Sub Total Total em R$ 240,00 3.619,00 Compras ( estoque inicial) Descrição Achocolatado (Kg) 2 Valor unitário em R$ 11,43 Açúcar refinado (Kg) 2 1,67 3,34 Álcool (L) 6 2,74 16,44 Amaciante de carne ((Kg)) 1 12,95 12,95 Arroz arbório (Kg) 4 8,38 33,52 Arroz branco (Kg) 12 1,67 20,04 Arroz integral (Kg) 6 3,40 20,40 Azeite de oliva (L) 2 8,40 16,80 0,5 10,18 5,09 2 18,44 36,88 2 5,65 11,30 2 9,06 18,12 Caldo de carne (Kg) 0,24 7,17 1,72 Caldo de galinha (Kg) 0,24 7,17 1,72 Carne bovina acém (Kg) 6 18,00 108,00 Carne bovina coxão duro (Kg) 6 12,50 75,00 Carne moída (Kg) 5 8,30 41,50 Castanha - Noz (Kg) 0,5 38,21 19,11 Castanhas - lascas de amêndoa (Kg) Coco ralado (Kg) 0,5 40,60 20,30 0,2 11,99 2,40 Conserva - Milho verde conserva (Kg) Conserva - Ervilha (Kg) 1 5,35 5,35 1 5,60 5,60 Azeitona (Kg) Barra de chocolate meio amargo (Kg) Biscoito de amido de milho (pct 300gr) Calabresa (Kg) Quant. Total em R$ 22,86 130 Conserva Picles (Kg) 1 8,17 8,17 Coração de frango (Kg) 4 4,46 17,84 Coxa e sobrecoxa de frango (kg) Cream cheese (pt 200gm) 6 4,55 27,30 6 4,06 24,36 Creme de leite ((Kg)) 2 14,52 29,04 Farinha amido de milho (Kg) 2 12,00 24,00 Farinha preparo milanesa (Kg) 4 9,92 39,68 Farinha de trigo (Kg) 5 1,87 9,35 Farinha de mandioca (Kg) 7 3,84 26,88 Feijão preto (Kg) 9 3,29 29,61 Frios - Bacon (Kg) 1 8,34 8,3 Frios - Presunto (Kg) 1 12,69 12,69 Frutos do Mar - Camarão médio (Kg) Frutos do Mar - Kani (kg) 12 23,85 286,20 1 16,00 16,00 Grão de bico (Kg) 3 9,95 29,85 0,5 28,50 14,25 Hortifrúti - Acelga (Kg) 1 23,00 23,00 Hortifrúti - Abacaxi 4 3,50 14,00 2,4 30,00 72,00 Hortifrúti - Alho (Kg) 1 38,90 38,90 Hortifrúti - Aspargos (Kg) 1 24,00 24,00 Hortifrúti - Batata (Kg) 8 1,35 10,80 Hortifrúti - Beterraba (Kg) 5 1,40 7,00 Hortifrúti - Brócolis (Kg) 3 6,25 18,75 Hortifrúti - Cebola (Kg) 5 1,80 9,00 Hortifrúti - Figo fresco (Kg) 1 11,00 11,00 Hortifrúti - Hortelã (Ramo) 2 1,60 3,20 Hortifrúti - Laranja (Kg) 6 1,25 7,50 Hortifrúti - Limão (Kg) 4 4,12 16,48 Hortifrúti - manga (Kg) 4 3,91 15,64 Hortifrúti - Melão (Kg) 4 3,33 13,32 Hortifrúti - Repolho (Kg) 1 1,80 1,80 Hortifrúti - Tomate (Kg) 8 2,20 17,60 Iogurte desnatado (pt 150ml) 8 1,30 10,40 Leite (L) 12 2,33 27,96 Leite condensado (Kg) 8 6,56 52,48 Luva procedimentos (100un) 3 13,00 39,00 Manteiga sem sal (Kg) 1 11,73 11,73 Massa - espaguete (Kg) 3 3,69 11,07 Hortifrúti - Espinafre (Kg) Hortifrúti - Alface (Kg) 131 Mel (Kg) 1 18,80 18,80 Molho - catchup (Kg) 1 6,67 6,67 Molho - Maionese (Kg) 1 16,47 16,47 Molho - Mostarda (Kg) 1 6,27 6,27 Óleo de soja (L) 6 2,29 13,74 Ovos (dúzia) 4 2,90 11,60 Palmito em conserva (Kg) 4 28,89 115,56 Pão para hambúrguer (Kg) 8 16,61 132,88 Peixe - Bacalhau (Kg) 4 26,54 106,16 Peixe - Salmão (250gm) 4 9,42 37,68 Queijo - Ricota (Km) 3 7,52 22,56 Queijo parmesão (Km) 4 46,30 185,20 Queijo Prato (Kg) 4 13,42 53,68 Sal fino (Kg) 2 0,76 1,52 Tempero - Manjericão (Ramo) 5 1,60 8,00 Tempero - Nós moscada (Kg) 0,3 38,40 11,52 Tempero - Pimenta do reino 1 25,24 25,24 Tempero - Salsinha (Ramo) 8 1,60 12,80 Tempero - Alecrim (Kg) 1 12,88 12,88 Tempero - coentro (Ramo) 3 1,60 4,80 vinagre (L) 1 0,75 0,75 Vassoura para chão (u 2 13,98 27,96 Rodo para chão 2 13,98 27,96 papel toalha suporte (pct) 8 2,26 18,08 Papel toalha rolo com 2 8 2,69 21,52 Sabão e barra (pct c/ 4un) 5 4,19 20,95 Sabão em pó (Kg) 5 3,96 19,80 Saco de Lixo 150 L (50un) 4 48,36 193,44 Pano de saco para chão (un.) 8 2,18 17,44 Pano multiuso (Rolo grande) (un.) Caneta esfer. Preta (un.) 1 103,81 103,81 6 1,20 7,20 Clips (cx com 100) 2 8,11 16,22 Comanda de pedido (un.) 6 6,62 39,72 Copos descartavam (pct 100 un.) Grampo para Grampeador (cx 100) Fosforo (cx 100) 4 2,20 8,80 2 3,80 7,60 4 1,31 5,24 Papel A4 (resma) 6 12,91 77,46 Régua plástica (un.) 3 0,62 1,86 132 Tesoura (un.) 3 5,50 16,50 Post it (un.) 12 1,75 21,00 Touca descartável (100un) 2 5,70 11,40 Papel higiênico (6 rolos) 6 2,62 15,72 Pasta Suspensa 4 5,15 20,60 Detergente neutro (un.) 8 1,09 8,72 Refri - Coca cola Lata 14 1,78 24,92 Refri - Coca zero Lata 14 1,76 24,64 Refri - Guaraná lata 14 1,63 Refri - Guaraná zero lata 14 1,77 24,78 refri - Sprit lata 14 1,71 23,94 Refri - Sprit zero lata (u 14 1,02 14,28 Água pet sem gás 500ml (Fardo) Água pet com gás 500ml (Fardo) Cerveja Bohemia (Gf) 18 6,30 113,40 12 7,08 84,96 12 2,09 25,08 Cerveja skol (Gf) 12 2,22 26,64 Cerveja stella artois (Gf) 12 2,31 27,72 Sub Total 3.485,58 22,82 Despesas pré-operacionais Descrição Honorários do contador Quant. Valor unitário em R$ 1 200,00 Total em R$ 200,00 Consulta prévia na Receita Federal Consulta de viabilidade prefeitura Registro da empresa 1 6,00 6,00 1 4,00 4,00 1 63,00 63,00 Obtenção do CNPJ 1 35,00 35,00 Obtenção da inscrição estadual 1 60,00 60,00 Cartório autenticação 1 10,00 10,00 Vistoria Bombeiro 1 22,00 22,00 Alvará de funcionamento junto a prefeitura Vigilância sanitária 1 15,00 15,00 1 45,00 45,00 Marketing de divulgação 1 300,00 300,00 Uniformes 6 64,90 389,40 Instalação de internet 1 200,00 200,00 Sub Total 1.349,40 Capital de Giro 133 Descrição Quant. Capital de Giro Sub Total Valor um. em R$ 1 Total em R$ 20.000,00 20.000,00 22.425,80 TOTAL DOS INVESTIMENTOS Fonte: Dados primários (2013) 60.557,9 Na tabela 15 foram detalhados os investimentos iniciais necessários para a abertura do Marmitex Juju. Como pode ser observado o valor para a aquisição do veículo será o mais elevado. No entanto considerando que a empresa possuíra em primeira instância apenas um veículo. Do mesmo modo se faz necessário ter um capital de giro para manter a empresa saudável nos primeiros meses de vida, além de um estoque inicial de insumos, a compra de equipamentos, móveis, utensílios e máquinas. 4.9.2 Custos fixos Os custos fixos são os valores monetários pagos pelos recursos usados para manter o negócio em funcionamento. São os que não possuem proporcionalidade direta com a quantidade produzida, sendo assim será apresentada a tabela dos custos fixos do Marmitex Juju a seguir: Tabela 16: Custos fixos com mão de obra Descrição Quant. Atendente Valor Valor Total em Unit. R$ 1 850,00 850,00 1º Cozinheiro 1 950,00 950,00 Ajudantes de Cozinha 1 850,00 850,00 Entregador/transportador 1 850,00 850,00 Sub total 3.500,00 Encargos INSS 4 27,80% 973,00 FGTS 4 8,00% 280,00 Sub total 1.253,00 Provisões Férias + 1/3 4 1,33 387,92 INSS sobre férias 4 27,80% 107,84 134 FGTS sobre férias 4 8,00% 31,03 13º salário 4 8,33% 291,55 INSS sem 13º salário 4 27,80% 81,05 FGTS sem 13º salário 4 8,00% 23,32 Sub total 922,72 Pró-labore 2 1000,00 Sub total 2.000,00 2.000,00 Encargos INSS 2 20,00% Sub total 400,00 400,00 Total da mão de obra Fonte: Dados primários (2013) 8.075,72 Levantado os custos fixos com mão de obra a seguir são apresentados os custos fixos totais do negócio, visualizados na tabela 17: Tabela 17: Custos Fixos do negócio Custos fixos mensais ano 1 Valor mensal Descrição Custos totais Água Aluguel e IPTU honorários do contador Internet 90,00 2000,00 350,00 50,00 Marketing 200,00 Material de escritório 100,00 Material de limpeza 150,00 Salários e encargos 8075,72 Telefone Total Fonte: Dados primários 130,00 11.145,72 135 4.9.3 Custos variáveis Dutra (1986, p. 37) define custos variáveis como sendo os que variam em decorrência da variação do volume das atividades empresariais, ou seja, de acordo com a quantidade produzida no período. Apresenta-se na tabela 18 os custos variáveis que ocorrem para a operacionalização das marmitas. Tabela 18: Custos variáveis do Marmitex Juju Custos Variáveis mensais ano 1 Valor mensal Descrição Custos totais Energia Elétrica 144,27 Gás de Cozinha 144,27 Combustível 144,27 Estoque matéria - prima Impostos Total Fonte: Dados primários 2013 6.097,49 649,22 7.179,52 Por meio do levantamento dos custos variáveis foi possível analisar os valores monetários pagos para obter e utilizar recursos aplicados para produzir os produtos do Marmitex. Eles mantêm proporcionalidade direta com a quantidade produzida, ou seja, se a produção aumentar os custos variáveis aumentarão. 4.9.4 Projeção de vendas Uma das primeiras preocupações do Marmitex Juju para o inicio de suas atividades é o dimensionamento da quantidade das vendas, em termos unitários ou em valor monetário, que deverá movimentar. Para projetar o volume de produção vendas foi preciso analisar a quantidade de marmitas que seriam vendidas por semana pelo preço a ser aplicado pelo Marmitex Juju. É importante considerar também que os produtos estão sujeitos a oscilações sazonais. Isto é, há um aumento da demanda devido à mudança na estação do ano, sendo considerado que Governador Celso Ramos é um dos principais destinos de praia da grande Florianópolis e que há muitas casas e 136 apartamentos que são locados na cidade nessa época. Portanto nos meses de novembro a abril foi acrescido um percentual de 15% sobre as vendas de marmitas. No início das operações, foi considerado uma expectativa de vendas moderada, pois a empresa necessita de tempo para adquirir experiência e tornar seus produtos ou serviços conhecidos no mercado. Tabela 19: projeção de venda semanal do Marmitex Juju Semana Domingo Quantidade Preço em R$ Valor em R$ 230 3.355,13 20 23,48 469,67 Segunda-feira 20 17,93 358,68 Terça-feira 20 17,81 356,19 Quarta-feira 20 13,26 265,19 Quinta-feira 20 21,49 429,83 Sexta-feira 20 21,72 434,45 Sábado 20 26,90 537,97 Arroz e Feijão 20 3,00 60,00 Salada Mista 40 4,06 162,36 Contra Filé Grelhado 10 9,14 91,41 Alcatra Grelhada 8 7,88 63,00 Peixe Branco Filé Empanado 6 10,38 62,27 Peixe Branco Filé Grelhado Fonte: Dados primários (2013/02) 6 10,69 64,13 Na projeção de vendas foi possível avaliar a quantidade de marmitas vendidas por dia, definindo assim, o valor de R$3355,13 por semana, R$13.420,53 nos meses de maio a setembro, R$ 15.433,61 nos meses de novembro a abril e R$173.124,85 por ano considerando uma inflação de 4,5% nos próximos quatros anos, como são apresentados nas tabelas a seguir. 137 Tabela 20: Projeção de Vendas mensais do Marmitex Juju Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Vendas 15.433,61 15.433,61 15.433,61 15.433,61 13.420,53 13.420,53 Total 15.433,61 15.433,61 15.433,61 15.433,61 13.420,53 13.420,53 Julho Vendas Agosto 13.420,53 Total 13.420,53 Fonte: Dados Primários 2013 Setembro Outubro Novembro Dezembro 13.420,53 13.420,53 13.420,53 15.433,61 15.433,61 13.420,53 13.420,53 13.420,53 15.433,61 15.433,61 Ano 4 Ano 5 Tabela 21: Projeção de vendas em 5 anos do Marmitex Juju Ano 1 Vendas Ano 2 Ano 3 173.124,85 180.915,47 189.056,66 197.564,21 206.454,60 173.124,85 Fonte: Dados Primários 2013 180.915,47 189.056,66 197.564,21 206.454,60 Total 138 4.9.5 Fluxo de caixa Considerada uma das mais importantes ferramentas para o controle financeiro da empresa, o fluxo de caixa do Marmitex Juju foi projetado como uma ferramenta estratégica para a área financeira, pois ele possibilita a visualização e compreensão das movimentações financeiras num período preestabelecido. O fluxo de caixa do Marmitex Juju foi projetado anualmente em um período de 5 anos sendo este composto dos dados obtidos dos controles de contas a pagar, contas a receber, de vendas, de despesas, de saldos de aplicações, e de todos os demais elementos que representem as movimentações de recursos financeiros da empresa. 139 Tabela 22: Flxo de caixa do Marmitex Juju ANO 1 DESCRIÇÃO TOTAL SALDO INICIAL RECEBIMENTOS Vendas ENTRADAS DE CAIXA PAGAMENTOS CUSTO VARIÁVEL Energia Elétrica ANO 2 0 - 46.777,99 173.124,85 180.915,47 ANO 3 - 98.320,44 189.056,66 ANO 4 ANO 5 - 152.182,30 -208.467,95 197.564,21 206.454,60 173.124,85 180.915,47 189.056,66 197.564,21 206.454,60 86.154,25 92.690,65 96.861,72 101.220,50 105.775,43 1.731,25 1.809,15 1.890,57 1.975,64 2.064,55 1.731,25 1.809,15 1.890,57 1.975,64 2.064,55 1.731,25 1.809,15 1.890,57 1.975,64 2.064,55 73.169,88 76.462,53 79.903,34 83.498,99 87.256,45 7.790,62 10.800,65 11.286,68 11.794,58 12.325,34 133.748,59 139.767,28 146.056,80 152.629,36 159.497,68 1.080,00 1.128,60 1.179,39 1.232,46 1.287,92 24.000,00 25.080,00 26.208,60 27.387,99 28.620,45 4.200,00 4.389,00 4.586,51 4.792,90 5.008,58 600,00 627,00 655,22 684,70 715,51 2.400,00 2.508,00 2.620,86 2.738,80 2.862,04 1.200,00 1.254,00 1.310,43 1.369,40 1.431,02 1.800,00 1.881,00 1.965,65 2.054,10 2.146,53 96.908,59 101.269,48 105.826,60 110.588,80 115.565,29 1.560,00 1.630,20 1.703,56 1.780,22 1.860,33 219.902,84 232.457,92 242.918,53 253.849,86 265.273,11 -46.777,99 Fonte: Dados primários (2013) - 98.320,44 - 152.182,30 - 208.467,95 -267.286,45 Gás de Cozinha Combustível Matéria-Prima Impostos CUSTO FIXO Água Aluguel e IPTU honorários do contador Internet Marketing Material de escritório Material de limpeza Salários e encargos Telefone TOTAL DE PAGAMENTOS SALDO DE CAIXA 140 Feito o fluxo de caixa foi possível analisar que o empreendimento não é viável, visto que no primeiro ano o saldo de caixa resulta em R$46.777,99 negativo, e nos anos seguintes estes números ainda crescem mais ainda de forma negativa. 4.9.6 Demonstração do resultado do exercício Na Demonstração do resultado do exercício (DRE) é possível evidenciar a formação do resultado líquido das receitas, custos e resultados. em Este um exercício, oferece através uma do síntese confronto financeira dos resultados operacionais e não operacionais do Marmitex Juju no período de 5 anos que serão demonstrados na tabela 23 a seguir: Tabela 23: Demonstrativo do resultado do exercício do Marmitex Juju ANO 1 Receita Bruta Custo Variável Energia Elétrica Gás de Cozinha Combustível Estoque Impostos Margem de Contribuição Custos Fixo Água Aluguel e IPTU honorários do contador Internet Marketing Material de escritório ANO 2 ANO 3 173.124,85 180.915,47 189.056,66 ANO 4 ANO 5 197.564,21 206.454,60 86.154,25 92.690,65 96.861,72 101.220,50 105.775,43 1.731,25 1.809,15 1.890,57 1.975,64 2.064,55 1.731,25 1.731,25 1.809,15 1.809,15 1.890,57 1.890,57 1.975,64 1.975,64 2.064,55 2.064,55 73.169,88 7.790,62 76.462,53 79.903,34 83.498,99 87.256,45 10.800,65 11.286,68 11.794,58 12.325,34 88.224,82 92.194,94 96.343,71 100.679,18 139.767,28 146.056,80 152.629,36 159.497,68 86.970,60 133.748,59 1.080,00 24.000,00 4.200,00 600,00 2.400,00 1.200,00 1.128,60 1.179,39 1.232,46 1.287,92 25.080,00 26.208,60 27.387,99 28.620,45 4.389,00 4.586,51 4.792,90 5.008,58 627,00 655,22 684,70 715,51 2.508,00 2.620,86 2.738,80 2.862,04 1.254,00 1.310,43 1.369,40 1.431,02 141 Material de limpeza Salários e encargos Telefone 1.800,00 1.965,65 2.054,10 2.146,53 96.908,59 101.269,48 105.826,60 1.560,00 1.630,20 1.703,56 110.588,80 1.780,22 115.565,29 1.860,33 - 56.285,65 - 58.818,50 Lucro Liquido -46.777,99 Anual Fonte: Dados primários 2013 1.881,00 -51.542,45 -53.861,86 Como já esperado, devido aos resultados negativos já apresentados no fluxo de caixa, a empresa se viesse a abrir teria um prejuízo líquido anual no valor de R$46.777,99 acrescentados da taxa da inflação para os cálculos dos anos seguintes. 4.9.7 Taxa mínima de atratividade A Taxa Interna de Retorno (TIR) foi pesquisada com o intuito de descontar a taxa SELIC de 9,5% do fluxo de caixa, para fazer com que os valores das despesas, trazidos ao valor presente, seja igual aos valores dos retornos dos investimentos, também trazidos ao valor presente. Sendo esta avaliada para igualar o valor do investimento (valor presente) com os seus respectivos retornos futuros ou saldos de caixa. Porém como o negócio não é viável torna-se inócuo calcular o retorno do investimento, pois a empresa daria somente prejuízos. A taxa mínima de atratividade foi avaliada em 9,5% do Selic acumulado dos últimos 12 meses, sendo esta importante para analisar os investimentos que seriam aplicados caso houvesse a abertura do Marmitex Juju, o que significaria a taxa de retorno do projeto em questão. 4.9.8 Valor presente líquido O valor presente líquido (VPL), do Marmitex Juju, foi calculado para a demonstração da capacidade da fórmula matemática-financeira de determinar o valor presente de pagamentos futuros descontados a uma taxa 9,5%, menos o custo do investimento inicial. Basicamente, é o calculo de quanto os futuros pagamentos somados a um custo inicial estariam valendo atualmente. A seguir será apresentada a tabela 25 de calculo do VPL: 142 Tabela 25: VPL do Marmitex Juju Valor Presente Liquido VPL Investimento Inicial - 58.118,14 - 58.118,14 Ano 1 - 46.777,99 - 42.719,62 Ano 2 - 51.542,45 - 42.986,97 Ano 3 - 53.861,86 - 41.024,10 Ano 4 - 56.285,65 - 39.150,85 Ano 5 - 58.818,50 - 37.363,14 Total - 325.404,60 Fonte: Dados Primário 2013 - 261.362,82 Como observado na tabela 25, o investimento no negócio mostrou-se inviável visto que um projeto é considerado viável se o valor presente de todas as entradas de caixa menos o valor presente de todas as saídas de caixa resultou menor do que zero, significando que o investimento não é economicamente atrativo, já que o valor presente das entradas de caixa é menor do que o valor presente das saídas de caixa. Neste caso, mais uma vez comprovando que o investimento nas condições colocadas não é viável. 4.9.9 Taxa interna de retorno Para Gitman (2000, p.301) quando a TIR é usada para tomada de decisão, para que o projeto seja aceito ou rejeitado deve-se considerar que se o resultado da TIR for maior dos que o custo do capital, deve-se aceitar o projeto, porém se a mesma der menor, o projeto deve ser rejeitado. No caso do Marmitex Juju o cálculo do VPL resultou negativo, portanto, o projeto não é viável e isto impossibilita o calculo da TIR. 4.9.10 Payback Calcula-se o payback no intuito de saber quanto tempo o empreendimento irá levar para ter seu retorno do capital investido. 143 Tabela 26: Payback Descontado do Marmitex Juju Payback Descontado Fluxo VPL Saldo Investimento Inicial - 58.118,14 - 58.118,14 - 58.118,14 Ano 1 - 46.777,99 - 42.719,62 - 100.837,77 Ano 2 - 51.542,45 - 42.986,97 - 143.824,74 Ano 3 - 53.861,86 - 41.024,10 - 184.848,83 Ano 4 - 56.285,65 - 39.150,85 - 223.999,68 Ano 5 - 58.818,50 - 37.363,14 - 261.362,82 Total - 325.404,60 Fonte: Dados primários 2013 - 261.362,82 Como mostrado na tabela 26 o Marmitex Juju não obterá retorno de seus investimentos em um prazo de 5 anos, sendo o projeto considerado inviável, para um prazo mínimo tolerado de 5 anos. 4.9.11 margem de contribuição A margem de contribuição é obtida com o intuito de saber o lucro da empresa antes dos custos fixos, sendo importante para a tomada de decisão na hora de aumentar ou diminuir os custos fixos. Sendo importante, pois representa a margem de cada produto de cada produto que será vendido de forma que a empresa cubra todos os seus custos e despesas fixas. Tabela 27: Calculo da margem de contribuição ANO 1 ANO 2 ANO 3 Receita Total 173.124,85 180.915,47 189.056,66 (-) Custos Variáveis 86.154,25 92.690,65 96.861,72 (=) Margem de Contribuição 86.970,60 88.224,82 92.194,94 Fonte: Dados primários 2013 ANO 4 ANO 5 197.564,21 206.454,60 101.220,50 105.775,43 96.343,71 100.679,18 Como é possível analisar a margem de contribuição é insuficiente para cobrir os custos fixos. 144 4.9.12 Ponto de equilíbrio O ponto de equilíbrio é considerado o momento em que as despesas e lucros se igualam. É, portanto, o momento em que um produto deixa de custar e passa a dar lucro, então a ele adicionam-se os custos fixos. No cálculo do ponto de equilíbrio do Marmitex Juju gerou em um valor de R$ 266.241,74, ou seja, é considerado um valor insuficiente para cobrir todos os custos. 145 4.10 ASPECTOS JURÍDICOS LEGAIS A empresa Marmitex Juju, se fosse implantada seria classificada como Sociedade Empresária Limitada. Desse modo, a empresa seria inscrita na Junta Comercial de Santa Catarina, tendo por objetivo o exercício de atividade própria. Ainda por ser limitada, caso a empresa não consiga honrar com seus compromissos, os bens pessoais do proprietário não poderão ser utilizados para cobrir estas obrigações, apesar do mesmo possuir inteira responsabilidade sobre seus atos, conforme Código Civil. A empresa optaria pelo Simples Nacional, considerando que o negócio não mostrou-se viável, não haverá a abertura da mesma, desta forma não haverá contribuições em alíquota, IRPJ, CSLL, Confins, PIS/Pasep, CPP, ICMS e IPI. A seguir será mostrado uma tabela 27 das normas legais do Simples nacional: 146 Tabela 28: taxas do Simples Nacional para o Marmitex Juju Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS IPI Até 180.000,00 4,50% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% 0,50% De 180.000,01 a 360.000,00 5,97% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% 0,50% De 360.000,01 a 540.000,00 7,34% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% 0,50% De 540.000,01 a 720.000,00 8,04% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 0,50% De 720.000,01 a 900.000,00 8,10% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 0,50% De 900.000,01 a 1.080.000,00 De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 8,78% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 0,50% 8,86% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 0,50% 8,95% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 0,50% 9,53% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 0,50% 9,62% 0,42% 0,42% 1,26% 0,30% 3,62% 3,10% 0,50% 10,45% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 0,50% 10,54% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 0,50% Fonte: Receita federal (2013)l 147 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este estudo foi realizado com o objetivo de implantar uma empresa fornecedora de marmitas na cidade de Governador Celso Ramos visando atender as famílias que lá residem. Para tal, elaborou-se um plano de negócio para este segmento. Logo, o mesmo foi utilizado como trabalho de conclusão de curso. No início, o estudo foi alicerçado em pesquisas bibliográficas - em livros e revistas, documentais - na prefeitura e órgãos competentes e em sites, o que compôs a base teórica do plano. Na etapa seguinte, a acadêmica elaborou e aplicou um questionário, na cidade de Governador Celso Ramos com as pessoas que seriam consideradas os futuros potenciais clientes. Deste modo, foi possível realizar uma pesquisa de mercado, que teve o intuito de conhecer o meio em que a empresa seria estabelecida e com o intuito de planejar as futuras ações, através do planejamento estratégico e de marketing. Com o objetivo de analisar a viabilidade financeira para a abertura de um serviço de marmitas foram analisados aspectos mercadológicos, operacionais, de recursos humanos e financeiros, para a elaboração do plano de negócio, sendo este considerado de suma importância para a abertura do negócio, pois contribuiu para se chegar ao resultado da sua inviabilidade econômico-financeira No planejamento dos recursos humanos foi tratado o processo de recrutamento e seleção, de treinamento e desenvolvimento, além do plano de cargos e salários. Ainda neste planejamento, foi elaborado o manual do colaborador. No planejamento operacional e de produção foi apresentado o processo produtivo, a gestão de compras e vendas, a localização do empreendimento, além do layout, elaborado pelo acadêmico. O Marmitex Juju poderia ser classificada como Sociedade Empresarial Limitada de capital fechado Inicialmente, caso fosse implantada seria composta por seis profissionais, sendo três responsáveis pela produção das marmitas e pelo estoque de produção, um responsável pelo atendimento ao cliente, um responsável pela distribuição e entrega das marmitas e compra de insumos e dois pela administração do negócio, sendo estes, os proprietários. Através deste estudo, a acadêmica teve a oportunidade de conhecer, analisar e planejar de modo preciso, todos os aspectos que cercam um futuro negócio. Deste modo, o projeto proporcionou a acadêmica um conhecimento mais apurado das 148 teorias estudadas durante todo o curso de Administração de Empresas, além de envolver o conhecimento prático. O projeto, após a análise financeira concluída, mostrou-se inviável. No entanto é possível reverter esta situação, se as condições iniciais forem alteradas, como o preço de vendas das marmitas, ampliação da capacidade instalada a redução da TMA, que encontra-se no patamar de 9,5%. Também observa-se que os custos fixos resultaram em um valor muito expressivo e os componentes dos insumos são de alto valor, como carnes e peixes nobres de nossa culinária. O projeto pode ser revisto e ajustado para que o resultado aponte sua viabilidade. Para a acadêmica constituiu um momento de aprendizagem abrangente, dado que foi possível pesquisar e aprofundar seu conhecimento nas diversas áreas da administração. Ao final é possível afirmar que o objetivo de desenvolver um plano de negócios para abertura de uma empresa de fornecimento de marmitas foi cumprido, pois seguiu todas as etapas de sua elaboração. 149 REFERÊNCIAS ASSEF, Roberto. Guia prático de administração financeira: pequenas e médias empresas. 2 ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999. ALBERTON, Anete; DACOL, Silvana. Calculadora HP – 12C passo a passo. Florianópolis, SC: Bookstore, 1999. ANDRADE, Nelson Paulo; BRITO, Lucio de; JORGE, Wilson Edson. Hotel - Planejamento E Projeto. 9 ed. São Paulo: Senac, 2007. BANGS Jr., David H. Planejamento de negócio. São Paulo: AMBUB, 2004. BLANCHARD, Ken. Liderança de auto nível. Rio Grande do Sul: Artmed editora S.A., 2007. BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Logística Empresarial. 5 ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. BODIE Zvi, MARCUS Alan J., KANE Alex. Fundamentos de Investimento. 3 ed. São Paulo: Artimed, 2000. CAMAROTTO, Marcio Roberto. Estratégia de marketing. Curitiba: Iesde, 2009. CECCONELLO, Antonio Renato; AJZENTAL, Alberto. A construção do plano de negócio. São Paulo: Saraiva, 2008. CHASE, Richard B.; AQUILANO, Nicholas J.; JACOBS, F. Robert. Administração da produção para a vantagem competitiva. 10 ed. Porto Alegre: Bookman, 2004. CHERTO, Marcelo Franchising e outros canais de marketing. In: DIAS, Sergio R. Gestão de marketing. São Paulo: Saraiva, 2003. p. 232-251. CHIAVENATO, Idalberto; SAPIRO, Arão. Planejamento estratégico. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 1999. CHIAVENATO, Idalberto; SAPIRO, Arão. Planejamento estratégico. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo dando asas ao espírito empreendedor. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2008 CHURCHILL JR., Gilberto A.; PETER, J. Paul. Marketing criando valor para os clientes. São Paulo: Saraiva, 2005. COBRA, Marcos. Marketing básico. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1998. CURY, Antonio. Organizações e métodos. 8 ed. São Paulo: Atlas, 2005. DAVIS, Mark M.; CHASE, Richard B.; AQUILANO, Nicholas J. Fundamentos da administração da Produção. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 1999. 150 DAVIS, Mark M; AQUILANO Nicholas J. ; CHASE, Richard B. Fundamentos da administração da produção. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. DOLABELA, Fernando. O segredo de Luísa. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. DRUCKER, Peter F. Administração de organizações sem fins lucrativos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. DUTRA, René Gomes. Custos: uma abordagem prática. Sâo Paulo: Atlas, 1986. ERDMANN, Rolf Hermann. Administração da produção. Florianópolis: Papa Livro, 2000. FERREIRA, Manuel Portugal; SANTOS, João Carvalho; SERRA, Fernando A. Ribeiro. Ser empreendedor. São Paulo: Saraiva, 2010. FOLHA DE SÃO PAULO. Alimentação fora de casa cresce 15% em dez anos. Abia, São Paulo, set. 2012. Disponível em: <www.abia.org.br>. Acesso em: 29 set. 2012. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002. GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 2 ed. São Paulo: Harbra, 2000. GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 7 ed. São Paulo: Harbra, 2002. GRAZZIOTIN, Gilson. A arte do varejo, o pulo do gato esta na compra. 4 ed. São Paulo: Senac, 2004. HONORATO, Gilson. Conhecendo o marketing. São Paulo: Manoli, 2004. HOOLEY, Graham J. ; SAUNDERS, John A. ; PIERCY, Nigel F. Estratégia de marketing e posicionamento competitivo. 3 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. IBGE. Governador Celso Ramos. IBGE, Santa Catarina, 2010. Disponível em < www.ibge.gov.br>. Acesso em: 17 nov. 2012. JOHNSON, Guerry; SCHOLES, Kevan; WHITTINGTON, Richard. 7 ed. Rio Grande do Sul: Bookman, 2005. KOTLER, Philip. Marketing para século XXI como criar, conquistar e dominar mercados. São Paulo: Atlas, 1999. p. 272-307. ______.Administração de marketing. 10.ed.São Paulo: Prentice Hall, 2000. KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de marketing. 12 ed. São Paulo: Pearsons Prentice Hall, 2006 KLOTZ, Edmundo. O desenvolvimento do Brasil começa na indústria da alimentação. Abia, São Paulo, set. 2012. Disponível em: <www.abia.org.br>. Acesso em: 29 set. 2012. LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Administração de marketing. São Paulo: Atlas, 2010. 151 LARRY, P. Ritzman; KRAJEWSKI, Lee J. Administração da produção de operações. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004. LIMEIRA,Tania V. F. Administração das comunicações de marketing. In: DIAS, Sergio R. Gestão de marketing. São Paulo: Saraiva, 2003. LONGENECKER, Justin G.; MOORE, Carlos W.; PETTY, J. William. Administração de pequenas empresas. São Paulo: Makron Books, 1997. MACHADO, José Anderson Pinto. Projetos econômicos. São Paulo: Ambub, 2002. MALHOTRA, Naresh K. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. MATTAR, Fause Najib. Administração de varejo. Rio de Janeiro: Elsevier. MINTIZBERG, Henry et al. Processo da estratégia. 4 ed. São Paulo: Bookman, 2003. NETO, Correia. Elaboração e avaliação de projetos de investimento. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. RECEITA FEDERAL. Taxa selic. RECEITA FEDERAL, Santa Catarina, 2013. Disponível em < www.receita.fazenda.gov.br >. Acesso em: 19 out. 2013. _____________. Normas legais. RECEITA FEDERAL. Santa Catarina, 2013. Disponível em < www.receita.fazenda.gov.br >. Acesso em: 19 out. 2013. OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de metodologia científica. São Paulo: Pioneira, 2001. PALMEIRA, Miriam. Gestão de Pessoas. In: BULGACOV, Sergio. Manual de gestão empresarial. São Paulo: Atlas, 1999. Cap. 9, p. 353-401. ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágio e de pesquisa em administração. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2012. SALIM, Cesar Simões et al. Construindo planos de negócio. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. SEBRAE. Relatório municipal de Governador Celso Ramos. SEBRAE, Santa Catarina, 2010. Disponível em < www.sebrae.com.br>. Acesso em: 19 out. 2013. SIEGEL, Eric S. et al. Guia da Ernest & Young para desenvolver o seu plano de negócios. 2 ed. Rio de Janeiro: Record, 1995. SILVA, Severino Francisco da. Marketing de serviço. Maceió: Edufal, 2005. SOUZA, Alceu; CLEMENTE, Ademir. Decisões financeiras e análise de investimentos: Fundamentos, técnicas e aplicações. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2004. TURBAN, Efraim; SHARDA, Ramesh; ARONSON, Jay E.; KING David. Business intelligence: Um enfoque gerencial para a inteligência do negócio. Porto Alegre: Bookman, 2008. VASCONCELOS, Yumara Lucia. Planejamento financeiro. Curitiba: Lesde, 2008. 152 APÊNDICE A QUESTIONÁRIO Questionário aplicado para pesquisa de mercado Prezado (a) senhor (a): Esta é uma pesquisa anônima de caráter acadêmico realizada por uma aluna do curso de administração da Universidade do Vali do Itajaí – UNIVALI. Os dados obtidos através da pesquisa serão utilizados para verificar a viabilidade de implantação de um serviço de entregas de marmitas na cidade de Governador Celso Ramos.Desde já, agradeço sua compreensão. July Alves de Souza Galveias 1 – Em qual bairro você reside? ( ) Calheiros ( ) Canto dos Ganchos ( ) Ganchos de Fora ( ) Ganchos do Meio ( ) Palmas ( ) Outro: _____________ 2 – Sexo ( ) Feminino ( ) Masculino 3 – Estado civil ( ) Solteiro ( ) Casado ( ) Outro ( ) Divorciado ( ) Viúvo 4 – Faixa etária ( ) Até 18 anos ( ) 38 a 56 anos ( ) 19 a 37 anos ( ) Acima de 57 anos 5 – Renda familiar mensal ( ) 1 a 2 salários mínimos ( ) 3 a 5 salários mínimos ( ) 6 a 8 salários mínimos ( ) Acima de 8 salários mínimos 6 – Você costuma almoçar ou jantar em restaurante (ou levar comida pronta para casa)? ( ) sim ( ) não 7- Caso positivo, com que regularidade? ( ) 1 vez por semana ( ) 4 ou mais vezes por semana ( ) 2 a 3 vezes por semana 8 – Qual (is) restaurante(s) você frequenta? ( ) Restaurante Edu ( )Claudir Restaurante e Lanchonete ( ) Restaurante Mar à Vista ( ) Dona Zé Restaurante e Lanchonete ( ) Marmita da Lena ( ) Nenhum ( ) Restaurante Bombordo ( ) Outro: _______________ 153 9 – Qual o fator determinante para a escolha do restaurante que você frequenta? ( )Preço ( )Atendimento ( )Localização (proximidade) ( )Forma de pagamento ( )Qualidade dos produtos ( ) Outro: __________________ 10 – Qual (is) tipo (s) de comida você mais gosta? ( ) Ave ( ) Carne bovina ( ) Massa ( ) Carne suína ( ) Saladas e legumes ( ) Frutos do mar 11– Você teria interesse em ser cliente de um serviço de entrega de marmitas na cidade de Governador Celso Ramos? ( ) sim ( ) não 12 – Caso afirmativo, quanto você estaria disposto a pagar por cada marmita? ( ) até R$ 12 ( ) de R$15 a R$ 20 ( ) de 20 a R$ 30 13 – Qual (is) diferencial (is) você considera fundamental no serviço de marmitas? ( ) Agilidade na entrega ( ) Qualidade dos produtos ( )Organização dos alimentos na marmita ( ) Atendimento personalizado ( )Diversidade de alimentos ( ) Outro: ______________ 154 ANEXO 1 FICHA TÉCNICA DOS CUSTOS POR PRATO Nome do prato Nome do prato Salada de folhas, nozes e molho de cebola assada caramelizada. Quant. Valor Total Uni. Domingo Cebola 0,01 1,80 0,02 Azeite de 0,05 8,40 0,42 Oliva Açucar 0,002 1,67 0,003 Caldo de 0,001 7,17 0,007 galinha Vinagre 0,004 0,75 0,003 Alface 0,05 30,00 1,50 Nozes 0,02 38,21 0,76 Subtotal R$2,84 Bife ao molho de mostarda Quant. Valor Uni. Domingo Salsinha 0,008 1,60 Amido de Milho Nozmoscada Óleo de soja Acém Mostarda Amaciante de Carne Subtotal Total 0,002 12,00 0,00 1 0,24 0,003 38,40 0,12 0,006 2,29 0,01 0,25 0,004 0,004 18,00 6,27 12,95 4,50 0,04 0,05 4,95 155 Nome do prato Salda com figo pera e rúcula Quant. Valor Uni. Segunda Queijo 0,002 13,42 prato Manteiga 0,001 11,73 Farinha de 0,001 1,87 trigo Leite 0,01 2,33 integral Sal 0,001 0,76 Pimenta 0,001 25,24 do Reino Pera 0,05 2,50 Figo 0,05 11,00 Alface 0,03 30,00 Acelga 0,015 23,00 Sub total Total 0,27 0,12 0,02 0,02 0,00 0,03 0,13 0,55 0,90 0,35 2,37 Nome do prato Frango assado com ervas Quant. Segunda Caldo de Legumes Cebola Coxa e Sobrecoxa Sal Pimenta do Reino Alho Bacon Azeite de Oliva Alecrim Ervas frescas Sub total Valor Uni. Total 0,003 7,17 0,02 0,001 0,15 1,80 4,75 0,02 0,71 0,001 0,001 0,76 25,24 0,00 0,03 0,009 0,06 0,005 0,008 0,01 38,90 15,00 8,40 18,88 1,60 0,35 0,90 0,42 0,15 0,02 2,62 156 Nome do prato Salada de camarão com melão Quant Valor Uni. Terça - Feira Azeite de 0,005 8,40 Oliva Mostarda 0,007 6,27 Melão 0,05 3,33 Cream 0,01 4,06 Cheese Camarão 0,03 23,85 Kani 0,08 16,00 Sal 0,001 0,76 Pimenta 0,001 25,24 do Reino Acelga 0,015 23,00 Sub total Total 0,04 0,04 0,17 0,04 0,72 1,28 0,00 0,03 3,45 2,66 Nome do prato Guisado de carne com alecrim Quant. Valor Uni. Terça - Feira Coxão 0,18 12,50 duro Alecrim 0,008 18,88 Ervas 0,01 1,60 frescas cebola 0,03 1,80 Tomate 0,05 2,20 Alho 0,002 38,90 Sub total Total 2,25 0,15 0,02 0,05 0,11 0,78 3,36 157 Nome do prato Nome do prato Salada de batatas e Aspargos Salmão grelhado Quant. Valor Uni. Total Quarta - feira Valor Uni. Total Salmão 0,24 9,42 2,26 Ervas frescas 0,01 1,60 0,02 Azeite de Oliva Sal 0,05 8,40 0,42 0,001 0,76 0,00 Pimenta do Reino Sub total 0,001 25,24 0,03 Quarta - feira Suco de laranja Molho barbecue Cream Cheese Sal 0,03 1,25 0,03 0,04 0,00 0,03 4,60 0,14 0,001 0,76 0,00 Pimenta do Reino Manteiga 0,001 25,24 0,03 0,01 11,73 0,12 Amendoas 0,02 40,60 0,81 Aspargos 0,03 24,00 0,72 Batata 0,05 1,35 0,07 Sub total Quant . 1,92 2,73 158 Nome do prato Nome do prato Salada de grão de bico com cenoura e salsinha Quant. Valor Total Uni. Quinta - feira Carne acebolada Quant. Valor Uni. Total Quinta - feira Acém 0,15 18,00 2,70 0,003 7,17 0,02 0,05 Caldo de carne Cebola 0,01 1,80 0,18 1,60 0,01 Alecrim 0,008 18,88 0,15 0,01 9,95 0,10 Sal 0,001 0,76 0,00 limão 0,05 4,12 0,21 0,001 25,24 0,03 Azeite de Oliva Sal 0,03 8,40 0,25 Pimenta do Reino Sub total 0,001 0,76 0,00 Pimenta do Reino Alface 0,001 25,24 0,03 0,03 23,00 0,69 Salsinha 0,008 1,60 0,01 Rabanete 0,003 1,80 0,05 Cenoura 0,003 1,80 Coentro 0,008 Grão de bico Sub total 1,41 3,08 159 Nome do prato Nome do prato Salada portuguesa Bacalhau assado com batatas e tomate Quant. Valor Uni. Total Sexta - Feira Quant. Valor Uni. Total Sexta - Feira Batata 0,05 1,60 0,08 Bacalhau 0,015 26,54 3,98 Vinagre 0,01 0,75 0,01 Alho 0,02 38,90 0,78 Bacalhau 0,05 1,33 Cebola 0,03 1,80 0,05 Azeite de Oliva Azeitona 0,004 26,5 4 8,40 Tomate 0,03 2,20 0,07 Batatas 0,03 1,80 0,05 0,41 1,60 0,03 0,02 0,02 8,40 0,17 Salsinha 0,008 1,60 0,01 Alho 0,02 0,78 Sal 0,001 38,9 0 0,76 Ervas frescas Azeite de oliva Sub total 0,02 Cebola 10,1 8 1,80 Pimenta do Reino Sub total 0,001 25,2 4 0,03 0,04 0,03 0,04 0,00 R$2,71 R$5,13 160 Nome do prato Nome do prato Salada de brócolis com cenoura e rabanetes Quant. Valor Total Uni. Sábado Camarões grelhados ao alho e óleo Cenoura 0,03 1,60 0,05 Repolho 0,03 1,80 0,05 Acelga 0,05 23,00 1,15 Brócolis 0,03 6,25 0,19 Sal 0,001 0,76 0,00 Alho 0,001 38,90 0,04 Sub total 0,40 R$1,48 Quant. Valor Uni. Total Camarões médios Alho 0,3 23,85 7,16 0,06 38,90 2,33 Óleo de soja Sal 0,07 2,29 0,16 0,001 0,76 0,00 Pimenta do Reino Sub total 0,001 25,24 0,03 Sábado 0,43 R$9,68