1º – RETIRO MISSIONÁRIO :
“PESSOA DE JESUS E SUA MISSÃO”
• Reflexão sobre a pessoa de Jesus e sua
missão;
• O que são Santas Missões Populares;
• A importância da realização das SMP e o bem
que pode fazer na vida da Paróquia;
• A caminhada pastoral da Igreja;
• Definição dos objetivos de uma SMP na
Paróquia e oração das SMP;
• Planejamento dos primeiros meses da missão;
• Missa de envio dos Missionários locais.
1ª Reflexão:
1 - JESUS MISSIONÁRIO
I – O Senhor Jesus Cristo
Jesus, o missionário por excelência, não só
cumpriu sua grandiosa missão salvífica,
assumindo a cruz no lugar de toda
humanidade, como também organizou um
movimento missionário evangelizador:
selecionou, instruiu e treinou discípulos;
especificou-lhes a tarefa de testemunhar em
todo o mundo.
Jesus, como autêntico missionário, em várias
ocasiões demonstrou a seus discípulos seu
interesse
na
evangelização
mundial:
apresentou-se como água viva para a
samaritana no poço de Jacó; curou a filha de
uma mulher Cananéia, assim como o servo de
um centurião romano. Além disso, fez diversas
declarações elucidando o objetivo universal de
sua missão.
Não podemos ficar alienados ao sofrimento
da humanidade. A força que move a obra
missionária é a compaixão.
Jesus
sempre
teve
compaixão
dos
necessitados: passava dias, de manhã à noite,
curando enfermos; percorria vilas e cidades, e
jamais despediu uma pessoa que o tivesse
procurado sem dar-lhe a sua bênção;
finalmente, cumpriu sua sublime missão,
morrendo por todos os pecadores.
II. O Enviado do Pai
Missionário. O conceito de “missão” no
contexto bíblico teológico é “enviar” e vem da
palavra grega apóstolos. Esse vocábulo é
usado no Novo Testamento para designar os
doze apóstolos: “e escolheu doze deles, a
quem deu o nome de apóstolos” (Lc 6.13). Os
nossos termos linguísticos “missão” e
“missionário” vem do latim “mitto”, que quer
dizer enviar, mandar.
Jesus não procurava status e associava-se com
os pecadores: publicanos e prostitutas (Mt
11.19; 21.31,32); embora santo, perfeito e
impecável, foi submetido aos nossos
sofrimentos e provações. Rompeu barreiras
geográficas, culturais, étnicas e religiosas (Mc
7.24-27; Jo 4.9). Eis o modelo de missionário:
Jesus é de todos e para todos; é o único
Salvador do mundo; é dever nosso levar o seu
nome para as nações (Lc 24.47; At 1.8).
III. O verdadeiro Homem e o Verdadeiro Deus
Deus assumiu a forma humana para entrar no
mundo; é o que a Bíblia chama de “mistério
da piedade” (1 Tm 3.16); pois “o Verbo se fez
carne e habitou entre nós e vimos a sua glória,
como a glória do Unigênito do Pai, cheio de
graça e de verdade” (Jo 1.14).
• ·
No anúncio da Boa Nova (Mt 4,12-17);
• ·
Na acolhida às pessoas/multidões (Mt
4,23-25);
• ·
Na defesa da vida, realizando os milagres
(Mt 8,1-4);
• ·
No chamado dos discípulos
• (Mt 4,18-22).
2ª Reflexão
1 - MISSÃO DE CRISTO E MISSÃO DA IGREJA
1.1-Discípulo de Jesus
• O evangelho de João abre um leque
extraordinário quando afirma que a missão da
Igreja deve ser derivada da missão de Jesus –
“assim como”, o que remete a declarações do
tipo: “Porque o Filho do homem veio para
servir e dar a sua vida em resgate de muitos”
(Marcos 10.45); ou ainda: “Veio buscar e
salvar o que se havia perdido” (Lucas 19.10).
• Podemos deduzir que a missão da Igreja se
sustentaria em três ações:
• buscar
• servir
• salvar.
• A Igreja é vista como uma comunidade
diaconal, mas o serviço cristão se presta a
autenticar a pregação do Evangelho. As
expressões “fazer discípulos” e “missão da
Igreja” apontam realidades distintas.
• Duas realidades:
> um que resume a missão da Igreja na
conquista de novos seguidores de Cristo
> A missio Dei se relaciona com a missão da
Igreja fazendo desta a comunidade solidária
com o Cristo encarnado e crucificado; em
Missão transformadora. Em sua missão, a
Igreja é testemunha da plenitude da promessa
do Reino de Deus e é partícipe da batalha
contínua entre esse reinado e os poderes das
trevas e do mal”.
2- Missão de Jesus, Missão de todos os Cristãos
2.1 – Missão é Ação pela Identificação
• A Missão no local onde se encontra significa
agir concretamente, participar ativamente,
ajudar transformar a realidade concreta de
pessoas, de grupos, de sociedades,
anunciando a Boa Nova, antes de tudo pelo
testemunho.
• Paulo enfatiza a caridade como dom maior,
onde o dom da profecia, da ciência, da fé e do
martírio não seriam nada sem o amor (1Cor
13). "Deus é amor” (1Jo 4,16) e, viver segundo
o Espírito é entrar no mistério do Amor que é
o próprio Deus. É entrar no ritmo de Deus,
adentrar no seu espaço misterioso, porque os
seus critérios, os seus julgamentos não são os
dos homens.
• No seu ardor e zelo não se importa se é
reconhecido e recompensado ou não pelo
trabalho. Cumprir a missão recebida é um
compromisso que ultrapassa todas as
formalidades legais de reconhecimento, de
remuneração, de direitos.
• O importante é emprestar a voz para
continuar anunciando o evangelho, emprestar
os pés para continuar devorando quilômetros
e atingir maior número de pessoas, doar a
própria vida para estar totalmente a serviço
da evangelização.
2.2 - Missão como consequência de um ENCONTRO
• Missão é ação generosa, gratuita, que parte de uma
motivação interior e, por isso, o missionário e
missionária são movidos, são conduzidos por uma
força que nada poderá contê-los, nem os desafios,
resistências, perseguições ou mesmo ameaças.
• A razão pela qual Jesus veio ao mundo deve estar
sempre presente na vida do missionário, da
missionária, como realizadores do projeto do Pai:
"Eu vim para que tenham a vida e a tenham em
abundância" (Jo 10,10).
2.3-Missão é “esvaziar-se”
- O esvaziar-se como Jesus, que assumiu a
nossa condição humana (Fil 2,7), é o processo
pelo qual todo missionário deve passar.
Fazendo-se pobre, ele é enviado aos
empobrecidos.
Somente
fazendo
a
experiência de pobreza junto aos pobres, é
que o missionário vai sentir a dureza da
pobreza, fruto da injustiça, podendo receber a
iluminação e a força necessária para uma
caminhada libertadora (cf Ex 3, 7-10).
2.4-Missão é revelar o rosto do PAI
• O missionário, portanto, deve viver e trabalhar de tal
modo, que se torne realidade, o traço do rosto do Pai
escondido dentro de cada um de nós e, aparecendo
para fora se torne uma Boa Nova para todos.
Convertido e transformado pelo toque do Espírito, o
missionário é movido pelo fogo que arde
interiormente, inquietude que o impulsiona a operar
o querer de Deus. Ele prega a justiça e o direito.
Anuncia paz
pregando a fraternidade, a
solidariedade, o amor e o perdão.
• É preciso o sal e a luz do Evangelho na vida de
muitos para que se transformem em Boa
Notícia, revelando os traços do rosto do
Pai na cidadania como um direito de todos.
• Missão é coerência, é testemunho, é vida que
se faz Vida. Missão não é só poesia, não é
ilusão, não é fantasia, não é somente sonho.
Missão é se envolver nas rudezas da realidade
que anseia pelo dia da libertação. Missão é
ato redentor!
• Na Bíblia:
Proclamação das bem-aventuranças
(Mt 5,1-12) para os seus discípulos e para os
missionários hoje,
fechando a parte da
manhã com um
momento de oração.
3-Diocese de Itabira/Fabriciano
Numa feliz coincidência,
ou podemos até dizer por
obra da providência, as
prioridades definidas em
Assembléia são perfeitamente articuladas com o
tema da V Conferência Geral do Episcopado da
América e do Caribe: “Discípulos e Missionários
de Jesus Cristo, para que n’Ele nossos povos
tenham vida”.
• Vejamos essa articulação das prioridades
desse Plano Quadrienal de Evangelização :
1ª Prioridade (DISCIPULADO): Promover a
formação permanente em todos os âmbitos.
* fomento de grupos de reflexão;
* cursos sistemáticos de aprofundamento
* escolas da fé;
* inúmeras iniciativas no campo da
formação dos discípulos e discípulas de Jesus Cristo
em nossa Diocese.
2ªPrioridade (MISSIONARIEDADE): Dinamizar a
dimensão missionária, desde as missões populares
até às missões além fronteiras, com destaque ao
projeto Igreja irmã e Paróquia irmã. Essa prioridade
•
•
•
•
poderá ser concretizada também pelos seguintes meios:
Incremento das Missões Populares em todos os âmbitos
da Diocese;
Reforço do projeto Igreja irmã, com a Prelazia de Marajó;
Fomento também de um projeto diocesano de Paróquias
irmãs;
Multiplicação grupos missionários e outras iniciativas que
contribuam com o aumento da consciência missionária
na Diocese.
3ªPrioridade
(PARA QUE NELE NOSSOS
POVOS TENHAM VIDA): Fortalecer as pastorais
sociais, fazendo a articulação Fé e Vida / Ação
e Espiritualidade. Essa prioridade compreende
inúmeras iniciativas, tais como:
• reforço de todas as pastorais sociais;
• estabelecimento de parcerias públicas no
sentido de projetos concretos de defesa dos
direitos humanos, nos mais diversos âmbitos
da sociedade;
• multiplicação dos grupos de fé e política ou de
fé política;
• apoio e acompanhamento dos organismos de
defesa dos direitos das pessoas, tais como:
Cáritas, Comissão Justiça e Paz, Comitês de
Segurança Alimentar e outros.
A IGREJA QUE VISAMOS
Nós, o Povo de Deus, presente na Igreja
Particular de Itabira-Fabricano, suas Paróquias e
Comunidades
Eclesiais,
trabalhando
em
conjunto, queremos uma Igreja que é Solidária e
Misericordiosa, Evangelizada e Evangelizadora.
Como Discípulos Missionários de Jesus,
atuaremos neste pedaço de chão, ajudando
realizar o Reino de Deus, sob o olhar amoroso da
Mãe Aparecida, padroeira de nossa Igreja
Particular.
PISTAS PARA ATIVIDADES SETORIAIS
1. Aprofundar e vivenciar a Espiritualidade
comprometida com as DGAE (diretrizes gerais
da ação evangelizadora) da CNBB e com as
Orientações Diocesanas, contidas no Livro da
Caminhada.
2. Promover a vida e a dignidade humana
integrada à Missão Evangelizadora.
3. Integrar as instâncias diocesanas e as diversas
pastorais que compõe os setores para que
possamos, em conjunto, executar as atividades
planejadas.
4. Tornar o secretariado diocesano e os
secretariados regionais espaços de Acolhimento
e Escuta pastorais.
5. Definir Projetos de Pastoral Urbana.
6. Buscar construir, durante este
Quadriênio, os espaços Regionais para uma
ação orgânica, realizando a sonhada
integração.
7. Incentivar a pratica da Leitura Orante da
Palavra de Deus.
• DIRETRIZES GERAIS DA AÇÃO
EVANGELIZADORA
• (2011-2015)
• “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa-Nova
a toda a criatura!” (Mc 16,15).
• A Igreja existe para evangelizar. Em meio às
alegrias e esperanças, tristezas e angústias do
ser humano de cada tempo, notadamente dos
que sofrem (cf. GS, n. 1), ela anuncia, por
palavras e ações, Jesus Cristo, Caminho,
Verdade e Vida (cf. Jo 14,6).
• As Diretrizes desejam ser uma resposta aos desafios
que emergem em nosso tempo de transformações
radicais na totalidade da existência, que, às vezes,
geram perplexidade, ameaçam a vida em suas
diversas formas e levam o ser humano a se afastar
dos valores do Reino de Deus.
• As Diretrizes apontam um desafio imenso, pois, em
cada indicação, pedem o esforço de não nos
assustarmos diante das transformações, mas,
confiantes no Crucificado-Ressuscitado que tudo
venceu, olharmos para o Horizonte novo, assumindo
corajosamente o que a graça de Deus nos pede para
os dias de hoje.
• Assim, voltados para o Senhor (Cap. 1), as
Diretrizes não tiram os pés do chão da
realidade (Cap. 2). Ao contrário, identificam
as urgências (Cap. 3) e propõem caminhos
para seu enfrentamento (Cap. 4). Em
espírito de comunhão, oferecem, por fim,
indicações para que as urgências sejam
concretizadas nos planejamentos das
Igrejas particulares (Cap. 5).
• São cinco as urgências apontadas: Igreja
em estado permanente de missão; Igreja: casa da
iniciação cristã;
Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da
pastoral;
Igreja: comunidade de comunidades;
Igreja a serviço da vida plena para todos.
Elas indicam um modo pedagógico de expressar um
único e grande passo ao qual toda a Igreja é
chamada em nossos dias: reconhecer-se em estado
permanente de missão.
• Nestes tempos em que ainda estamos
aprendendo a saborear as riquezas da
Conferência de Aparecida, celebrando o
Jubileu de Ouro do Concílio Vaticano II e nos
preparando para o Sínodo sobre a Nova
Evangelização, reafirmamos que estas
Diretrizes foram elaboradas no desejo de que,
cada vez mais, se creia que Jesus é o Cristo, o
Filho de Deus, e para que, crendo, se tenha a
vida em seu nome (cf. Jo 20,31).
• Documento de Aparecida
• NOITE: Vigília de oração
• Fazer uma vigília de oração, com a presença
do Santíssimo... Dar um tempo maior ao
silêncio. (A barca ou Se ouvires a voz do
tempo ou outra apropriada). Texto bíblico (Mt
5,13-16), que pode ser dramatizado. Cada
pessoa vai fazer seu compromisso missionário
por escrito... Momento de partilha (2
testemunhos). Agradecimento a Deus e a
bênção. Comunicações para o dia seguinte
•
•
•
3ª Reflexão
SANTAS MISSÕES POPULARES
As experiências vividas, refletidas e avaliadas
à luz do Evangelho de Jesus nos levam as
seguintes conclusões:
São uma sacudida especial
São um tempo especial de evangelização
intensiva e extensiva
•
•
•
•
•
•
São um grande retiro popular
São uma experiência profunda, existencial,
envolvente, com o Deus da vida e da
liberdade
São uma visita e um abraço especial de Deus
misericordioso
São um tempo especial para cultivar entre
nós relações pessoais
São um tempo especial de missão
São um grande mutirão em defesa da vida
de todos
•
•
•
•
•
•
São um tempo especial de profecia e de
abraços
São um tempo especial de intensa e bonita
vivencia eclesial
São um tempo especial de ecumenismo
São um serviço à pastoral, mas não um
serviço qualquer nem para qualquer pastoral
Inspiram-se na Santa Missão Popular lançada
por Jesus de Nazaré
Elas são......: O que você acrescentaria?
4ª Reflexão
Objetivos para as SMP na Paróquia
• Descobrir e valorizar tudo o que há de bom
nas pessoas e nas culturas
• Ajudar as pessoas a darem um sentido
autentico à própria vida no aqui e no agora
• Convidar as pessoas a serem, cada vez mais,
seguidoras de Jesus de Nazaré, como caminho
seguro para realizar uma autentica existência
humana
• Em nome do Deus da vida, convidar o povo
para o grande mutirão em defesa da vida e da
cidadania de todos
• Fortalecer, reinventar, fazer crescer em
qualidade e quantidade a caminhada das
pequenas comunidades eclesiais
• Aprender a viver juntos, em clima de
entreajuda, a comunhão no pluralismo
• Valorizar, vivenciar e purificar, à luz do
Evangelho, as culturas e a religião popular
• Despertar nas pessoas o gosto pela missão
• As Santas Missões Populares devem ser mais
voltadas para a realidade do povo. Daí dizer
Missões Populares, quer dizer, do povo,
realizadas no meio do povo. Com isso, já é
possível resumir o objetivo de uma SMP:
ANIMAR as lideranças, as Comunidades e o
povo em geral, despertando em todos o ardor
missionário e o desejo em entrar no mutirão
em defesa da vida.
• Porque Santas Missões Populares?
SANTAS, porque continuam a mesma missão de
Jesus (Lc 4, 14 – 21; Jo 4, 34; 10,10; 20, 21);
porque são um tempo especial de graça e
salvação (2Cor 6,2).
MISSÕES, porque é tempo de ser vivido, de
andar, de visitar, carregando e testemunhando
a mesma missão de Jesus (Mc 1,39; Lc 8, 1- 3);
porque “missão é partir, é caminhar, é deixar
tudo, sair de si, quebrar a crosta do egoísmo
que nos fecha no nosso eu”. (D. Helder
Câmara)
• POPULAR, porque elas acontecem no meio do
povo, com o povo e de acordo com os anseios
e as lutas do povo por mais vida e dignidade. E
é a partir desse lugar social que elas convidam
todos para a conversão e a transformação.
Procuram assim seguir o
mesmo estilo e opções
de Jesus
(Lc 5, 1. 15; 6, 17 – 26).
> Objetivos Paroquial
5ª Reflexão
Perfil e Mística do Missionário
O missionário tem na cabeça:
A fé no valor do povo.
• Nos olhos: A capacidade de enxergar a
presença de Deus na realidade.
• Nos ouvidos: A escuta respeitosa e atenta.
• Na boca: O sorriso da alegria e da esperança.
• Nos braços: A resistência e a luta pelo Reino.
• Nas mãos:A disponibilidade solidária.
• Nos pés: A itinerância e capacidade de
desinstalar-se e sair.
• No coração: A paixão pelo Cristo e pelos
pobres.
• No ventre: A VIDA!
Testemunho:
“Missão é partir, caminhar, deixar tudo, sair de
si, quebrar a crosta do egoísmo que nos fecha no
nosso eu. É parar de dar voltas ao redor de nós
mesmos como se fôssemos o centro do mundo e
da vida. Missão é sempre partir, mas não
devorar quilômetros. É sobretudo abrir-se aos
outros como irmãos, descobri-los e encontrá-los.
E se, para encontrá-los e amá-los, é preciso
atravessar os mares e voar lá nos céus, então
missão é partir até os confins do mundo”
Dom Hélder Câmara
MÍSTICA DAS SANTAS MISSÕES POPULARES
• Sem a mística, as SMP correm o risco de
serem reduzidas a uma técnica ou estratégia
pastorais. O espírito das Santas Missões
Populares, como também o do
Projeto de Evangelização da Igreja
no Brasil “Queremos ver Jesus”
está centrado na pessoa de Jesus,
na sua missão.
• A experiência mística de Deus gera de nós
uma força que nos lança para fora, fruto da
experiência e vivência eucarística. Jesus,
místico por excelência, sentiu-se tomado,
possuído pela missão. Fazer a experiência
mística com Ele é tomar posição, como ele
tomou, diante das situações concretas; e isso
traz conflitos. A revelação de Jesus como
Caminho, Verdade e Vida deverá brotar desta
postura de gratuidade do missionário.
Tempo de oração:
• Fazer uma Oração pedindo a proteção do
Padroeiro para as SMP
6ª Reflexão
Missão dos 72 Discípulos – Lc 10, 1 - 11
• No campo da ação pastoral, o que lhe falta,
muitas vezes, para que os frutos apareçam, é
tornar-se missionária. Muitas pessoas vão ao
encontro da Igreja em busca dos sacramentos,
são feitas exigências necessárias para uma
válida e proveitosa recepção do sacramento,
elas recebem o acolhimento que merecem,
mas depois, não se engajam na comunidade.
A Igreja não vai ao encontro delas e até
mesmo as esquece.
• A primeira recomendação de Jesus aos Doze,
quando os enviou em missão, foi esta: “Vão
primeiro às ovelhas perdidas da casa de Israel”
(Mt 10, 6).
• Ser discípulo é configurar-se a Jesus, Filho de
Deus encarnado, recebendo a graça do
nascimento novo no sacramento do Batismo,
e tornar-se membro do Corpo de Cristo que é
a Igreja. Pelo Batismo, o discípulo nasce na
comunidade eclesial e nela há de crescer à
semelhança de uma criança que nasce e
cresce no seio de uma família. Não viver a
comunidade eclesial é como tornar-se
“menino de rua”, sem família.
• A paróquia só se renova de verdade quando
se torna “comunidade de comunidades”, onde
os fiéis terão possibilidade de partilhar a vida
à luz da Palavra de Deus. É na vivência da
pequena comunidade que os discípulos
cumprem sua missão segundo a vontade do
Divino Mestre: “Vós sois sal da terra, luz do
mundo e fermento na massa”. É a pequena
comunidade que não deixa o sal perder sua
força, sua luz, seu brilho e seu fermento,
estragar-se.
• A Igreja sabe ver o mundo quando faz análise
de conjuntura política, social, econômica e
cultural. Importante é também saber ver a si
mesma de um modo crítico, com sentido de
revisão de vida. Saber ver a crise dentro da
própria Igreja-hoje na América Latina, à luz
dos documentos do Concílio Vaticano II que
apresenta uma Igreja-Comunhão, Povo de
Deus, profética, servidora, missionária e em
diálogo com o mundo.
• Medelín, Puebla, Santo Domingo e Aparecida .
Todos esses documentos mostram “a Luz que
as trevas não apagam” (Jo 1, 5). Esta Luz,
refletida pela Igreja, não pode ser guardada
debaixo da cama. Há que mostrá-la no
testemunho de vida: “Vós sois a luz do
mundo”.
•
•
•
•
7ª Reflexão
Espiritualidade e Mandamentos dos
Missionários
Toda verdadeira espiritualidade é, também,
missionária: é voltada para a missão.
O Missionário/a procura inspirar-se na mesma
espiritualidade missionária d Jesus, mas
encarnada e atualizada na realidade em que
ele vive.
Traços da espiritualidade missionária:
Antes de tudo, o missionário não esquece sua
situação concreta
• Não se pertence, e sim pertence à mesma
missão de Jesus
• Anda no meio das massas... procura conhecer
as pessoas
• Procura viver a serviço do Reino de Deus
• Fala de Jesus na hora certa, para as pessoas
certas
• O missionário rompe barreiras, quebra
preconceitos
• Procura compreensão critica da realidade
• Sonha com uma vida plena para todos
• Tem o coração aquecido de profunda
convicção; coloca os pés na caminhada
• Marca presença positiva e ativa na
comunidade
• Tem grande carinho pela CEBs, pela Igreja
Católica e respeita as outras
• Realmente, a vocação do missionário/a é ser:
• profeta/profetisa, que desmascara e denuncia
todo tipo de corrupção, de desonestidade, de
injustiça, de mentira, de agressão à dignidade
da vida
• pastor/pastora, que dá a vida pelos mais
necessitados, sem voz e sem vez, carregando
com carinho suas dores e preocupações
• conselheiros/a, que ajuda as pessoas a
discernir, a dar sentido autentico à vida, a
viver os valores do Evangelho de Jesus no
cotidiano da vida
• Os missionários, são:
• O coração das SMP. Animam, amam o povo,
criam laços, ajudam as pessoas a se abrirem
ao sopro do Espírito Santo.
• A cabeça das SMP. Olham para frente, sem
perder tempo em discussões inúteis. Ajudam
a ficar no caminho certo, a ser fiel aos
objetivos, com criatividade. Sabem abrir
caminhos novos
• Os pés das SMP. São bem realistas, agem,
caminham, atuam.
Atividades dos Meses
• Primeiro Bloco
• Segundo Bloco
• Terceiro Bloco
FIM
Secretariado Diocesano de Pastoral
Pe. Hideraldo Verissimo Vieira
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1º – RETIRO MISSIONÁRIO TEMA: PESSOA DE JESUS E SUA