CONFLITOS NO AMBIENTE DE TRABALHO. Quem nunca teve problemas profissionais na vida que atire a primeira pedra. A vontade é de xingar a pessoa em praça pública, reclamar com o presidente da empresa, divulgar a incompetência dos outros nos jornais/revistas/internet. Mas, pensando friamente, você acha que isso vai ser bom para você? Você acha que isso será bom para seu ambiente de trabalho? Ou pior: Você acha que isso é bom para a empresa/instituição que você trabalha/representa? Esses problemas NÃO devem ser tratados como os problemas em times de futebol. Salário atrasado? Não pagamento de bicho? Jogador faltando em treino? Nada, absolutamente NADA pode vazar, seja internamente ou, pior, para a imprensa! Isso cria um clima péssimo entre todas as partes (dirigentes, técnico, jogadores e principalmente torcida). Vejam só o caso Ronaldinho Gaúcho. O dentuço saiu com fama de irresponsável. O Flamengo saiu com fama de caloteiro. Todo mundo saiu perdendo e nada foi resolvido. Por causa disso, segue essa breve lista com 10 dicas de como resolver problemas internos. 1. Nunca, mas NUNCA suba 2 degraus de uma só vez! A primeira pessoa com quem você deve tentar resolver o problema é com a sua própria desavença. Nunca fale com superior antes mesmo de você tentar resolver o problema e, o mais importante, se esse passo já tiver sido feito mas sem a devida solução, somente ai, fale com seu superior direto! Nada de reclamar diretamente com os chefões (só se forem seus superiores diretos). Quando se tenta resolver conflitos internos pulando hierarquias, a pessoa sempre fica com um novo problema: o superior direto insatisfeito, já que ele provavelmente ficou com a imagem de incompetente para o superior dele! 2. Não existe essa coisa de tentar responder por email ou pior ainda, via Twitter! Um simples “não vi sua mensagem” da outra parte já é suficiente para você ver todos seus argumentos irem por água abaixo. Problemas devem ser resolvidos na seguinte ordem: via email ou mensagens instantâneas (se a pessoa responder), via telefone (acertos finais) e, por fim, via carta registrada (com assinatura de quem recebeu o documento). Fazendo isso, a pessoa jamais poderia usar como desculpas “Ah, eu não vi”. 3. Colete o maior número de dados possíveis. Não para servir como prova, mas sim para você ter certeza que quem está fazendo a burrada não é você mesmo! Tenha autocrítica! Leia os emails, não ouça sugestões de terceiros que não estão 100% a par da história, não deixe vazar as informações e não grave conversas pelo telefone (isso é proibido, a não ser que a outra parte saiba disso também). Reconheça que o problema pode ser seu também (falta de insistência para resolver o problema ou comunicar-se com a pessoa errada, por exemplo) . 4. Seja sempre o mais claro possível! Não adianta deixar informações nas entrelinhas! Escreva/fale tudo de maneira clara! Repita várias vezes a informação para que a outra pessoa confirme que entendeu!! “Bom, então você não vai fazer, certo?” ou “Você tem certeza dessa informação que isso não é da sua competência?” são ótimas frases a serem ditas, mas nunca com tom de ameaça! 5. Pense MUITO antes de reclamar de alguém com outras pessoas! Obviamente ela vai ficar sabendo, e segundo Murphy, “o estagiário de hoje com certeza vai ser seu chefe amanhã”. Lembre-se que o mundo é pequeno, e sua desavença de hoje pode deixar de fechar um contrato com você amanhã! 6. Evite colocar pessoas que não tem nada a ver com a história no meio da bagunça! Capaz você ouvir um “Eu não estou sabendo de nada” na frente de seu chefe ou de sua desavença! 7. “Desavenças pessoais” é completamente diferente de “desavenças profissionais”. Quando você mistura uma coisa com a outra, a tendência é sempre acabar dando m####. 8. Resolvido o problema, guarde todos os problemas em um armário e esqueça ele! Além de ser uma bola de neve, ficar alimentando conflitos só atrapalha seu trabalho. E lembre-se: Um conflito jamais é resolvido! Ele é administrado. 9. Evite ao máximo tornar o problema público. Além de você fechar muitas portas profissionais (inclusive com as pessoas/empresas que não tem nada a ver com a história), sempre existirão 2 verdades: a sua e a dos outros. Por mais que você tente mostrar que você é o correto, ninguém de fora vai ter paciência de ficar verificando o outro lado! Fora que as pessoas são passionais. Logo, na grande maioria das vezes, elas sempre tomam o lado da pessoa que tem mais afinidade, independente de ter culpa no cartório ou não. 10. Já que a vaca foi para o brejo, e tornar o problema público é inevitável, seja ético. Jamais coloque trechos de mensagens privadas! Printscreen de email, fotos de cartas ou gravação telefônica só faz o acusador ficar pior que a pessoa “denunciada”. Somente divulgar os dados caso eles sejam públicos (uma mensagem o twitter ou um comentário em algum fórum, onde seja necessária uma senha pessoal para escrever).