ESPAÇOS CONFINADOS
Paula Scardino
Coordenadora da Norma ABNT NBR 14787, publicada em
Dez/2000
ZELL AMBIENTAL LTDA.
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ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
CB-09 Gases Combustíveis
ESPAÇO CONFINADO - Prevenção de acidentes,
procedimentos e medidas de proteção
Os requerimentos desta norma são destinados à
proteção dos trabalhadores e do local contra os
riscos de entrada e trabalhos em espaços
confinados.
Espaço Confinado:
Qualquer área não projetada para ocupação contínua, a
qual tem meios limitados de entrada e saída, e na qual a
ventilação existente é insuficiente para remover
contaminantes perigosos e/ou deficiência/
enriquecimento de oxigênio que possam existir ou se
desenvolverem.
Identificação
Abertura de Linha:
Alívio intencional de um tubo, linha ou duto que esteja
transportando ou tenha transportado substâncias
tóxicas, corrosivas ou inflamáveis, um gás inerte ou
qualquer fluído num volume, pressão ou temperatura
capaz de causar lesão.
Aprisionamento:
Condição de retenção do trabalhador no interior do
espaço confinado que impeça sua saída do local
pelos meios normais de escape ou que possa
proporcionar lesões ou a morte do trabalhador.
Área Classificada:
Área na qual uma atmosfera explosiva de gás está
presente ou na qual é provável sua ocorrência a
ponto de exigir precauções especiais para
construção, instalação e utilização de equipamento
elétrico.
Atmosfera de risco:
Condição em que a atmosfera, em um espaço
confinado, possa oferecer riscos ao local e expor os
trabalhadores ao perigo de morte, incapacitação,
restrição da habilidade para auto–resgate, lesão ou
doença aguda causada por uma ou mais das seguintes
causas:
Atmosfera de risco:
Gás/Vapor ou névoa inflamável em concentrações
superiores a 10% do seu Limite Inferior de
Explosividade LIE ou Lower Explosive Limit LEL;
Poeira combustível viável em uma concentração que se
encontre ou exceda o Limite Inferior de Explosividade
LIE ou Lower Explosive Limit LEL);
NOTA 1 – misturas de pós combustíveis com ar somente podem
sofrer ignição dentro de suas faixas explosivas as quais são
definidas pelo limite inferior de explosividade (LIE) e o limite superior
de explosividade(LSE).
O LIE está geralmente situado entre 20 e 60 g/m3, (em condições
ambientais de pressão e temperatura) ao passo que o LSE situa-se
entre 2 e 6 kg/ m3 (nas mesmas condições ambientais de pressão e
temperatura) se as concentrações de pó podem ser mantidas fora
dos seus limites de explosividade, as explosões de pó serão
evitadas".
NOTA 2 as camadas de poeiras, diferentemente dos gases e vapores, não
são diluídas por ventilação ou difusão após o vazamento ter
cessado;
a ventilação pode aumentar o risco, criando nuvens de poeira,
resultando num aumento da extensão;
as camadas de poeira depositadas podem criar um risco
cumulativo, enquanto gases ou vapores não;
camadas de poeira podem ser objeto de turbulência inadvertida e
se espalhar, pelo movimento de veículos, pessoas, etc.
Curva de Explosividade
% Vol
MISTURA RICA
LSE
MISTURA EXPLOSIVA
100
Faixa de leitura dos
MISTURA
explosímetros
0
POBRE
LIE
Variação de temperatura
Lei de Le Chatelier
(Identificação Atmosfera Inflamável)
Quando na atmosfera se encontrar a presença de mais de um
gás inflamável.
LIE =
P1 + P2 + P3
(% Vol)
P1 + P2 + P3
LIE1 LIE2 LIE3
LSE =
P1 + P2 + P3
(% Vol)
P1 + P2 + P3
LSE1 LSE2 LSE3
Sendo:
Pn a fração
de uma mistura
Exemplo:
Caso você obtenha de uma
cromatografia os valores de:
1) Hexano 60% , LIE = 1,2
análise
por
2) Propano 20% , LIE = 2,0
3) Butano
20% , LIE = 1,5
Então, aplicando-se a fórmula, teremos o novo LIE
na atmosfera acima:
LIE = 60
+ 20 + 20
= 1,36
60/1,2 + 20/2,0 + 20/1,5
Curva de Correlação de gases
inflamáveis
300%
Metano
Acetileno
Hidrogenio
n-Hexano
250%
200%
150%
100%
50%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Medição em diferentes níveis
de altura
Devido à densidade dos gases.
CH4
= 0,55
CO
= 0,97
Ar
= 1,00
H2S
= 1,19
Gasolina
= 3,40
Ex: Interferência para sensor de monóxido de carbono
(cada fabricante deverá fornecer estes dados)
Atmosfera Deficiente de Oxigênio
Concentração de oxigênio atmosférico abaixo de 19,5 % ou
acima de 23 % em volume; IPVS = < 12,5% Volume ao nível
do mar.
Teores abaixo de 19,5% podem causar:
Alteração da respiração e estado emocional, fadiga anormal em
qualquer atividade (12 a 16%),
Aumento da respiração e pulsação, coordenação motora
prejudicada, euforia e possível dor de cabeça (10 a 11%),
Náusea e vômitos, incapacidade de realizar movimentos, possível
inconsciência, possível colapso enquanto consciente mas sem
socorro (6 a 10%),
Respiração ofegante; paradas respiratórias seguidas de parada
cardíaca; morte em minutos (< 6%).
Atmosfera Deficiente de Oxigênio
Causas da deficiência de oxigênio (1):
Consumo: ocorre tanto na combustão, quando o O2 do ar
reage com o material combustível (incêndios, por ex.), como
na oxidação de metais (nas superfícies internas de
reservatórios, em equipamentos de processo de aço-carbono
sem pintura e fechados, e que sofreram jateamento recente,
ou tratamento equivalente: paredes metálicas polidas podem
oxidar por meio de consumo de oxigênio presente e atingir
condições IPVS)
Atmosfera Deficiente de Oxigênio
Causas da deficiência de oxigênio (2):
Diluição: dá-se a diluição quando gases inertes são
utilizados na inertização de tanques ou de equipamentos que
vão sofrer manutenção.
Inertização: Procedimento de segurança num espaço
confinado que visa evitar uma atmosfera potencialmente
explosiva através do deslocamento da mesma por um fluído
inerte. Este procedimento produz uma atmosfera IPVS
deficiente de oxigênio.
Atmosfera Deficiente de Oxigênio
Causas da deficiência de oxigênio (3):
Adsorção: pode ocorrer em leitos de carvão ativo no interior
de reatores ou câmaras, tornando perigosas as operações de
inspeção, recarga ou manutenção.
Atmosfera Tóxica e IPVS
A concentração atmosférica de qualquer substância cujo
Limite de Tolerância seja publicado na NR-15 do MTE ou em
recomendação mais restritiva (ACGIH) e que possa resultar
na exposição do trabalhador acima desse Limite de
Tolerância;
Comparar LT’s da NR-15 e ACGIH e adotar o mais restritivo)
Atmosfera Tóxica e IPVS
Transformação de unidades (L.E.= limite de exposição):
mg/m3 e ppm e vice-versa, considerando pressão ambiente
de 760mm de mercúrio e temp. ambiente de 25 C
L.E. em mg/m3= (L.E. em ppm)(massa mol. da subst. em g)
24,45
L.E. em ppm=
24,45 x (L.E. em mg/m3)
(massa mol. da subst. em g)
Onde o valor 24,45 é o volume molar na pressão e
temperatura citadas. Se a temperatura ambiente for de 20 C
o volume molar é 24,04
Atmosfera Tóxica e IPVS
Qualquer outra condição atmosférica Imediatamente
Perigosa à Vida ou à Saúde - IPVS ou IDLH –
Immediately Dangerous to Health and Life);
Condição Imediatamente Perigosa à
Vida ou à Saúde (1) (Atmosfera IPVS):
Qualquer condição que cause uma ameaça imediata à
vida ou que possa causar efeitos adversos irreversíveis
à saúde (instantanea ou retardada, ou exposições
agudas aos olhos que impeçam a fuga da atmosfera
perigosa) ou que interfira com a habilidade dos
indivíduos para escapar de um espaço confinado sem
ajuda.
A concentração IPVS é o nível máximo de exposição, durante
30 minutos, na qual um trabalhador pode escapar na
eventualidade de o respirador falhar, sem perda de vida ou a
ocorrência do efeito irreversível à saúde, imediato ou
retardado
Condição Imediatamente Perigosa à
Vida ou à Saúde (2)
(Atmosfera IPVS):
NOTA: Algumas substâncias podem produzir efeitos transientes
imediatos que, apesar de severos, possam passar sem atenção
médica, mas são seguidos de repentina possibilidade de colapso
fatal após 12 – 72 horas de exposição. A vítima pode não
apresentar sintomas de mal-estar durante a recuperação de
efeitos transientes, porém está sujeita a sofrer um colapso. Tais
substâncias em concentrações perigosas são consideradas
como sendo “imediatamente” perigosas à vida ou à saúde.
Condição Imediatamente Perigosa à
Vida ou à Saúde (3)
(Formas de Exposição):
Agente Químico: poderá ser introduzido no organismo através
de uma ou mais vias:
Respiratória: inalação (gases, vapores ou aerossóis) – principal
via de penetração de sustâncias tóxicas no organismo
Cutânea: os agentes tóxicos podem atuar na pele por reação
direta ou penetrando-a
Gastrointestinal: ingestão absorção (quando o trabalhador fuma
ou come no ambiente de trabalho)
EFEITOS DA ASFIXIA BIOQUÍMICA PELO MONÓXIDO DE
CARBONO (LT=39ppm; TLV= 25ppm; IPVS 1200 ppm):
Por não possuir odor e cor este gás pode permanecer em
ambientes confinados sem que tomemos providências de
ventilar o local.
Ligeira dor de cabeça, desconforto (200 ppm x 3 horas);
Dor de cabeça, desconforto (600 ppm x 1 hora);
Confusão, dor de cabeça (1000 a 2000 ppm x 2 horas);
Tendência a cambalear (1000 a 2000 ppm x 1,5 hora);
Palpitação leve (1000 a 2000 ppm x 30 minutos);
Inconsciência (2000 a 5000 ppm);
Fatal (10000 ppm).
EFEITOS DA ASFIXIA BIOQUÍMICA PELO GÁS SULFÍDRICO
(LT=8ppm; TLV= 10ppm; IPVS 100 ppm):
Considerado um dos piores agentes ambientais agressivos
ao ser humano. Em concentrações médias, inibe o olfato.
Nenhum (8 ppm x 8 horas);
Irritação moderada nos olhos e garganta (50 a 100 ppm x 1
hora);
Forte irritação (200 a 300 ppm x 1 hora);
Inconsciência e morte por paralisia respiratória (500 a 700
ppm x 1,5 hora);
Inconsciência e morte por paralisia respiratória (Acima de
1000 ppm x minutos);
Auto-Resgate
Capacidade, desenvolvida pelo trabalhador através de
treinamento, que possibilita seu escape com segurança,
de ambiente confinado em que entrou em IPVS.
Avaliação de Local
Processo de análise onde os riscos aos quais os
trabalhadores possam estar expostos num espaço
confinado são identificados e quantificados. A
avaliação inclui a especificação dos testes que
devem ser realizados e os critérios que devem ser
utilizados.
NOTA: Os testes permitem aos responsáveis planejar e
implementar medidas de controle adequadas para proteção dos
trabalhadores autorizados e para garantir que as condições de
entrada estão aceitáveis e poderão ser mantidas durante a
execução do serviço.
Condição de Entrada
Condições ambientais que devem permitir a entrada em
um espaço confinado onde haja critérios técnicos de
proteção para riscos atmosféricos, físicos, químicos,
biológicos e/ou mecânicos que garantam a segurança
dos trabalhadores.
Atmosfera Aquecida
Os ambientes quentes representam um dos pontos mais
importantes da patologia ocupacional devido a:
Alta fadiga física ocasionada por ambientes quentes;
Perda de produtividade, motivação, velocidade,
precisão, continuidade e aumento da incidência de
acidentes causados pelo desconforto térmico em
ambientes quentes.
Riscos Elétricos -Travas e
Bloqueadores
Riscos Elétricos -Travas e
Bloqueadores
Riscos Elétricos -Travas e
Bloqueadores
Riscos Elétricos -Travas e
Bloqueadores
Riscos Elétricos -Travas e
Bloqueadores
Riscos Elétricos -Travas e
Bloqueadores
Riscos Elétricos -Travas e
Bloqueadores
Riscos Elétricos -Travas e
Bloqueadores
Riscos Biológicos
Bactérias, fungos, esgoto, tratamento de
efluentes, processos de limpeza pela ação de
solventes ou produzidos pela reação química
entre estes e outros materiais utilizados na
limpeza.
Condição Proibitiva de
Entrada:
Qualquer condição de risco que não permita a entrada
em um espaço confinado.
Emergência:
Qualquer interferência (incluindo qualquer falha nos
equipamentos de controle e monitoração de riscos) ou
evento interno ou externo, no espaço confinado, que
possa causar perigo aos trabalhadores.
Observar: CALIBRAÇÃO e VERIFICAÇÃO DE
INSTRUMENTOS/EQUIPAMENTOS - Imprescindível
..... Erros Comuns:
•Utilizar apenas explosímetro em áreas inflamáveis
onde possam ocorrer vazamentos que provoquem
atmosfera saturada..... Deve-se utilizar oxiexplosímetro.
•Fazer medição de gases tóxicos (por ex. CO monóxido de carbono) com explosímetro, com
alegação de que o CO é inflamável. Antes de haver o
risco de inflamabilidade, o risco é de gás tóxico.
..... Erros Comuns:
•Tentar fazer a medição de, por exemplo CO, com a
utilização de oxímetro, com alegação de que o CO
desloca o oxigênio.
•Não saber se o equipamento está funcionando
corretamente efetuando o teste de verificação com
gás. Não confundir com calibração.
Engolfamento/
Envolvimento:
Condição em que uma substância sólida ou líquida,
finamente dividida e flutuante na atmosfera, possa
envolver uma pessoa e no processo de inalação,
possa causar inconsciência ou morte por asfixia.
Entrada:
Ação pela qual as pessoas ingressam através de uma
abertura para o interior de um espaço confinado. Essa
ação passa a ser considerada como tendo ocorrido
logo que alguma parte do corpo do trabalhador
ultrapasse o plano de uma abertura no espaço
confinado.
Equipamentos de
Resgate:
Materiais necessários para a equipe de resgate
utilizar nas operações de salvamento em espaços
confinados.
Equipamento Intrinsecamente
Seguro (Ex-i):
Um equipamento é intrinsecamente seguro quando
não é capaz de liberar energia elétrica (faísca) ou
térmica suficiente para, em condições normais (isto é,
abrindo ou fechando o circuito) ou anormais (por
exemplo, curto-circuito ou falta à terra), causar a
ignição de uma dada atmosfera explosiva, conforme
expresso no certificado de conformidade do
equipamento.
Equipamento à Prova de
Explosão (Ex d):
• É todo equipamento que está encerrado em um
invólucro capaz de suportar a pressão de
explosão interna e não permitir que essa
explosão se propague para o meio externo.
Equipe de resgate:
Pessoal capacitado e regularmente treinado para retirar
os trabalhadores dos espaços confinados em situação
de emergência e prestar-lhes os primeiros socorros.
Espaço confinado
simulado:
É um espaço confinado representativo em tamanho de
abertura, configuração e meios de acesso para o
treinamento do trabalhador que não apresente riscos.
Isolamento:
Separação física de uma área ou espaço considerado
próprio e permitido ao adentramento, de uma área ou
espaço considerado impróprio (perigoso) e não
preparado ao adentramento.
Limite Inferior de Explosividade (LIE)
Limite Inferior de Inflamabilidade (LII)
É o ponto onde existe a mínima concentração para que
uma mistura de ar + gás/vapor se inflame
Limite Superior de Explosividade (LSE)
Limite Superior de Inflamabilidade (LSI)
É o ponto máximo onde ainda existe uma concentração
de mistura de ar + gás/vapor capaz de se inflamar.
Permissão de Entrada:
Autorização escrita que é fornecida pelo empregador,
ou seu representante com habilitação legal, para
permitir e controlar a entrada em um espaço
confinado.
Permissão para
trabalho à quente:
Autorização escrita do empregador, ou seu
representante com habilitação legal, para permitir
operações capazes de fornecer uma fonte de ignição
Procedimento de
permissão:
Documento escrito do empregador ou seu
representante com habilitação legal, para a preparação
e emissão da permissão de entrada. Assegura também,
a continuidade do serviço no espaço confinado
permitido, até sua conclusão.
Programa para entrada
em espaço confinado:
É um programa geral do empregador ou seu
representante com habilitação legal, elaborado para
controlar e proteger os trabalhadores de riscos em
espaços confinados e para regulamentar a entrada dos
trabalhadores neste espaços.
Reconhecimento:
Processo de identificação dos ambientes
confinados e seus respectivos riscos.
Supervisor de Entrada:
Pessoa com capacitação e responsabilidade pela
determinação se as condições de entrada são
aceitáveis e estão presentes numa permissão de
entrada, como determina esta Norma.
Trabalhador autorizado:
Profissional com capacitação que recebe autorização
do empregador, ou seu representante com habilitação
legal, para entrar em um espaço confinado permitido.
Vigia:
Trabalhador que se posiciona fora do espaço confinado
e monitora os trabalhadores autorizados, realizando
todos os deveres definidos no programa para entrada
em espaços confinados.
Requisitos:
Todo espaço confinado deve ser adequadamente
sinalizado, identificado e isolado para evitar que
pessoas não autorizadas adentrem a estes locais.
Se o empregador, ou seu representante com
habilitação legal, decidir que os trabalhadores
contratados e sub-contratados não devem entrar no
espaço confinado, o mesmo deverá tomar todas as
medidas efetivas para evitar que estes trabalhadores
entrem no espaço confinado
Requisitos:
Se o empregador, ou seu representante com
habilitação legal, decidir que os trabalhadores podem
entrar no espaço confinado, o empregador deverá ter
desenvolvido e implantado um programa escrito de
espaços confinados com permissão de entrada.
A coleta de dados de monitoração e inspeção darão
suporte na identificação de espaços confinados.
Requisitos:
Antes de um trabalhador entrar num espaço confinado, a
atmosfera interna deverá ser testada por trabalhador
autorizado e treinado, com um instrumento de leitura direta,
calibrado e testado antes do uso, aprovado e certificado por
um Organismo de Certificação (OCC) pelo INMETRO para
trabalho em áreas potencialmente explosivas,
intrinsecamente seguro, protegido contra emissões
eletromagnéticas ou interferências de radiofrequências,
calibrado e testado antes da utilização para as seguintes
condições:
•Concentração de oxigênio
•Gases e vapores inflamáveis
•Contaminantes do ar potencialmente tóxicos
Requisitos:
O registro de dados deve ser documentado pelo
empregador e estar disponível para os trabalhadores
que entrem no espaço confinado.
Requisitos:
As seguintes condições se aplicam a espaços
confinados:
Deverão ser eliminadas quaisquer condições que os
tornem inseguros no momento anterior à remoção de
um vêdo, tampa ou tampão de entrada.
Requisitos:
Em casos de trabalho em atmosfera IPVS ou
potencialmente capaz de atingir níveis de atmosfera
IPVS, os trabalhadores deverão estar treinados e
utilizar EPI’s (equipamentos de proteção individual) que
garantam sua saúde e integridade física.
Requisitos:
Se uma atmosfera perigosa for detectada durante a
entrada:
•O espaço deverá ser analisado para determinar como
a atmosfera perigosa se desenvolveu.
•O empregador, ou seu representante legal, deverá
verificar se o espaço confinado está seguro para
entrada e que as medidas que antecedem a entrada
tenham sido tomadas através de permissão de entrada
por escrito.
Programa de entrada em
espaço confinado:
•Manter permanentemente um procedimento de
permissão de entrada
•Implantar as medidas necessárias para prevenir
entradas não autorizadas.
•Identificar a avaliar os riscos de espaços confinados
antes da entrada dos trabalhadores.
•Providenciar treinamento periódico para trabalhadores
envolvidos sobre riscos a que estão expostos, medidas
de controle e procedimentos seguros
Programa de entrada em
espaço confinado:
•Manter, por escrito, os deveres dos supervisores de
entrada, dos vigias e dos trabalhadores autorizados
com seus nomes e assinaturas.
•Implantar o serviço de emergências e resgate
mantendo os membros sempre à disposição, treinados
e com equipamentos em perfeitas condições de uso.
•Providenciar exames médicos admissionais, periódicos
e demissionais. Abordar exames complementares,
requisitados pelo médico do trabalho, de acordo com a
avaliação do tipo de espaço confinado.
Equipamentos
a)equipamento de sondagem inicial e monitorização contínua da
atmosfera, calibrado e testado antes do uso, aprovado e certificado
por um Organismo de Certificação Credenciado (OCC) pelo
INMETRO para trabalho em áreas potencialmente explosivas. Os
equipamentos que forem utilizados no interior dos espaços
confinados com risco de explosão deverão ser instrinsecamente
seguros (Ex i) e protegidos contra interferência eletromagnética e
radiofreqüência, assim como os equipamentos posicionados na
parte externa dos espaços confinados que possam estar em áreas
classificadas;
Equipamentos
b)equipamento de ventilação mecânica para obter as condições de
entrada aceitáveis, através de insuflamento e/ou exaustão de ar. Os
ventiladores que forem instalados no interior do espaço confinado
com risco de explosão deverão ser aprovados e certificados por
Organismo de Certificação Credenciado (OCC) pelo INMETRO para
trabalho em atmosfera potencialmente explosivas, assim como os
ventiladores posicionados na parte externa dos espaços confinados
que possam estar em áreas potencialmente explosivas;
c)equipamento de comunicação, aprovados e certificados por um
Organismo de Certificação Credenciado (OCC) pelo INMETRO para
trabalho em áreas potencialmente explosivas;
d)equipamentos de proteção individual e movimentadores de
pessoas adequados ao uso em áreas potencialmente explosivas;
Equipamentos
e) equipamentos para atendimento pré-hospitalar;
f) equipamento de iluminação, aprovados e
certificados por um Organismo de Certificação
Credenciado (OCC) pelo INMETRO para trabalho
em áreas potencialmente explosivas.
Permissão de entrada
A permissão de entrada que documenta a conformidade
das condições locais e autoriza a entrada em cada
espaço confinado, conforme apresentado no anexo A,
deve identificar:
a)espaço confinado a ser adentrado;
b)objetivo da entrada;
c)data e duração da autorização da permissão de
entrada;
d)trabalhadores autorizados a entrar num espaço
confinado, que devem ser relacionados e identificados
pelo nome e pela função que irão desempenhar;
Permissão de entrada
e) assinatura e identificação do supervisor que
autorizou a entrada;
f)riscos do espaço confinado a ser adentrado;
g)medidas usadas para isolar o espaço confinado e
para eliminar ou controlar os riscos do espaço
confinado antes da entrada.
NOTA - A permissão de entrada é válida somente para
uma entrada.
Treinamento
O empregador, ou seu representante com habilitação legal, deve
certificar que o treinamento requerido tenha sido realizado. O
conteúdo mínimo programático requerido de treinamento é:
•definição de espaço confinado;
•riscos de espaço confinado;
•identificação de espaço confinado;
•avaliação de riscos;
•controle de riscos;
•calibração e/ou teste de resposta de instrumentos utilizados;
•certificado do uso correto de equipamentos utilizados;
•simulação;
•resgate;
•primeiros-socorros;
•ficha de permissão.
Atividades agravantes:
OS TRABALHOS DE SOLDA, CORTES A QUENTE, TRATAMENTO
TÉRMICO, FUNCIONAMENTO DE MOTORES A COMBUSTÃO NO
INTERIOR DE ESPAÇOS CONFINADOS, PODE CRIAR
ATMOSFERAS DE ALTO RISCO OU PERIGOSAS. A DEFICIÊNCIA
DE OXIGÊNIO É CAUSADA PELO SEU CONSUMO, NAS REAÇÕES
DE COMBUSTÃO OU NOS PROCESSOS DE OXIDAÇÃO, OU
AINDA DESLOCADO PELOS PRODUTOS DE COMBUSTÃO. OS
GASES TÓXICOS, COMO O CO, SÃO PRODUZIDOS PELA
INCOMPLETA COMBUSTÃO. OUTROS GASES PODEM SER
PRODUZIDOS PELO MATERIAL AQUECIDO; CÁDMIO, POR
EXEMPLO, VAPORES DE MERCÚRIO, CHUMBO E OUTROS
METAIS PESADOS.
Reinício dos trabalhos/Pausa:
O REINÍCIO DOS TRABALHOS, APÓS UMA PARALISAÇÃO, EM
FUNÇÃO DE ANORMALIDADES QUE COLOQUEM EM RISCO A
SEGURANÇA DO TRABALHO, DEVERÁ SER PRECEDIDO DE
UMA REAVALIAÇÃO GERAL POR TODOS OS ENVOLVIDOS, DAS
CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE FORMA A GARANTIR A
SEGURANÇA DAS ATIVIDADES E DOS SEUS EXECUTANTES.
Permita a entrada em
espaços confinados após:
IDENTIFICAR / AVALIAR OS RISCOS
CONTROLAR OS RISCOS
PROCEDIMENTO DE PERMISSÃO
INFORMAÇÕES /COMUNICAÇÃO
UTILIZAÇÃO CORRETA DE EQUIPAMENTOS
TREINAMENTO
RESGATE
PROTEÇÃO CONTRA RISCOS EXTERNOS
Abandono do Local
A saída de um espaço confinado deve ser
processada imediatamente se:
•o vigia e/ou o supervisor de entrada ordenarem
abandono;
•o trabalhador reconhecer algum sinal de perigo,
risco ou sintoma de exposição a uma situação
perigosa;
•um alarme de abandono for ativado.
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Espaço Confinado