Leia o texto abaixo.
APOSTA NA PREVENÇÃO
A prevenção da obesidade deve ser feita desde o nascimento e uma das ferramentas mais
eficazes é a amamentação. “Bebês amamentados no peito têm menos chances de se tornarem
adultos gordos porque, no esforço de sugar o seio, desenvolvem a percepção da saciedade,
ou seja, sentem que a fome acaba e param de mamar”, afirma o médico pediatra Fábio Ancona
Lopez. Já o leite oferecido na mamadeira, além de chegar à boca com mais facilidade, o que faz
o bebê receber mais alimento do que necessita, costuma ser muito calórico, principalmente se
for engrossado com farinhas e adoçado. Para saber se o bebê caminha para ser um adulto com
peso normal ou um obeso, basta ficar de olho na balança.
De acordo com o padrão internacional de pediatria, no primeiro ano de vida é normal que ele
triplique o peso que tinha ao nascer. A partir do segundo aniversário e até a adolescência, a criança
pode ganhar em média de 2 a 3 quilos, por ano.
Revista Crescer, ago. 2001.
(P09176SI) De
acordo com esse texto, qual o alimento que pode evitar que o bebê se torne um adulto gordo?
A) Misturas calóricas.
B) Mamadeiras.
C) Leite materno.
D) Farinhas.
E) Açúcares.
Leia o texto abaixo.
A melhor amiga do homem
Diogo Schelp
5
10
15
20
Devemos muito à vaca. Mas há quem a veja como inimiga. A vaca, aqui referida como
a parte pelo todo bovino, é acusada de contribuir para a degradação do ambiente e para
o aquecimento global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de cabeças de gado existentes
no mundo quase metade das emissões de metano, um dos gases causadores do efeito
estufa. Acusam-se as chifrudas de beber água demais e ocupar um espaço precioso para
a agricultura.
O truísmo inconveniente é que homem e vaca são unha e carne. [...] Imaginar o
mundo sem vacas é como desejar um planeta livre dos homens – uma ideia, aliás, vista
com simpatia por ambientalistas menos esperançosos quanto à nossa espécie. “Alterar
radicalmente o papel dos bovinos no nosso cotidiano, subtraindo-lhes a importância
econômica, pode levá-los à extinção e colocar em jogo um recurso que está na base da
construção da humanidade e, por que não, de seu futuro”, diz o veterinário José Fernando
Garcia, da Universidade Estadual Paulista em Araçatuba. [...]
A vaca tem um papel econômico crucial até onde é considerada animal sagrado. Na
Índia, metade da energia doméstica vem da queima de esterco. O líder indiano Mahatma
Gandhi (1869-1948), que, como todo hindu, não comia carne bovina, escreveu: “A
mãe vaca, depois de morta, é tão útil quanto viva”. Nos Estados Unidos, as bases da
superpotência foram estabelecidas quando a conquista do Oeste foi dada por encerrada,
em 1890, fazendo surgir nas Grandes Planícies americanas o maior rebanho bovino do
mundo de então. “Esse estoque permitiu que a carne se tornasse, no século seguinte, uma
fonte de proteína para as massas, principalmente na forma de hambúrguer”, escreveu
Florian Werner. [...] Comer um bom bife é uma aspiração natural e cultural. Ou seja, nem
que a vaca tussa a humanidade deixará de ser onívora.
Revista Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento. (P120482A9_SUP)
(P120482A9)
De acordo com o autor desse texto,
A) a agricultura é mais preciosa do que a pecuária.
B) a dependência entre o homem e a vaca é real.
C) a importância econômica da vaca é unanimidade.
D) o ser humano gosta de comer um bom bife.
E) os EUA hoje possuem o maior rebanho bovino.
Leia o texto abaixo.
Brincadeira retrô
5
10
Me lembro bem de quando era pequena e do quanto minha imaginação era fértil. Eu fui
daquelas crianças que davam arrepios nos pais por conta das brincadeiras mirabolantes: a
cama de casal que virava navio pirata, o sofá da sala que virava palco de teatro com direito a
cortina de lençol e tudo mais... Toda vez que começava a me animar minha avó dizia: “Lá vem
essa menina inventando moda”. Hoje vejo que esse era o jeito de brincar das crianças de
antigamente. Não havia toda essa parafernália eletrônica, que toca música, anda, fala e não
deixa nenhum espaço para a imaginação. Precisávamos inventar as nossas brincadeiras.
Criança moderna não sabe brincar sozinha, tem sempre a babá, o computador, o DVD...
Hoje tento incentivar meu filho a brincar assim também. Não é que eu vá jogar todos os
brinquedos dele fora, mas com certeza ele vai aprender a se divertir com muito menos. Dá
mais trabalho, faz mais bagunça, mas é infinitamente mais divertido.
POMÁRICO, Veri. Revista Gol. Editora Trip: s/l. s/d. ( P090441A9_SUP)
No trecho “Eu fui daquelas crianças que davam arrepios nos pais por conta das brincadeiras
mirabolantes” ( 1-2), a expressão destacada significa que as brincadeiras causavam
(P090442A9)
A) admiração.
B) curiosidade.
C) indignação.
D) preocupação.
Leia o texto abaixo.
Laerte. http://www2.uol.com.br/laerte/personagens/condominio/
(P09094SI)
A frase “pensei que era outra coisa” indica que o porteiro supôs que se tratava de
A) um assalto.
B) um telefonema.
C) uma brincadeira.
D) um incêndio.
E) uma visita.
Observe o mapa meteorológico de Minas Gerais e responda à questão.
(P09001CD)
De acordo com o mapa pode-se concluir que
A) vai chover em todo o estado de Minas, durante a semana.
B) todo o estado estará sujeito a pancadas violentas de chuva.
C) na maior parte do estado predomina tempo aberto com sol.
D) na maior parte do estado predomina tempo semi-nublado.
E) vai chover apenas na região Sul e Zona da Mata.
Leia o texto abaixo.
A cadeira do dentista
5
10
15
Fazia dois anos que não me sentava numa cadeira de dentista. Não que meus dentes
estivessem por todo esse tempo sem reclamar um tratamento. Cheguei a marcar várias
consultas, mas começava a suar frio folheando velhas revistas na antessala e me escafedia
antes de ser atendido. Na única ocasião em que botei o pé no gabinete do odontólogo –
tem uns seis meses –, quando ele me informou o preço do serviço, a dor transferiu-se do
dente para o bolso.
– Não quero uma dentadura em ouro com incrustações em rubis e esmeraldas –
esclareci –, só preciso tratar o canal.
– É esse o preço de um tratamento de canal!
– Tem certeza? O senhor não estará confundindo o meu canal com o do Panamá?
Adiei o tratamento. Tenho pavor de dentista. O mundo avançou nos últimos 30 anos,
mas a Odontologia permanece uma atividade medieval. Para mim não faz diferença um
“pau de arara” ou uma cadeira de dentista: é tudo instrumento de tortura.
Dessa vez, porém, não tive como escapar. Os dentes do lado esquerdo já tinham
se transformado em meros figurantes dentro da boca. Ao estourar o pré-molar do lado
direito, fiquei restrito à linha de frente para mastigar maminhas e picanhas. Experiência
que poderia ter dado certo, caso tivesse algum jeito para esquilo. [...]
NOVAES, Carlos Eduardo. A cadeira do dentista e outras crônicas. São Paulo: Ática, 1999, p.48-50. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica. (P100177A9_SUP)
(P100177A9) Qual
o assunto desse texto?
A) Adiamento do tratamento.
B) Dores de dentes.
C) Instrumento de tortura.
D) Preço de tratamento.
E) Tratamento de dentes.
Leia o texto abaixo e responda.
O sábio
Havia um pai que morava com suas duas jovens filhas, meninas muito curiosas e inteligentes.
Suas filhas sempre lhe faziam muitas perguntas.
Algumas, ele sabia responder. Outras, não fazia a mínima idéia da resposta.
Como pretendia oferecer a melhor educação para as suas filhas, as enviou para passar as
férias com um velho sábio que morava no alto de uma colina. Este, por sua vez, respondia a
todas as perguntas, sem hesitar.
Já muito impacientes com essa situação, pois constataram que o tal velho era realmente
sábio, resolveram inventar uma pergunta que o sábio não saberia responder.
Passaram-se alguns dias e uma das meninas apareceu com uma linda borboleta azul e
exclamou para a sua irmã:
– Dessa vez o sábio não vai saber a resposta!
– O que você vai fazer? Perguntou a outra menina.
– Tenho uma borboleta azul em minhas mãos. Vou perguntar ao sábio se a borboleta está
viva ou está morta. Se ele disser que ela está viva, vou apertá-la rapidamente, esmagá-la e,
assim, matá-la. Como consequência, qualquer resposta que o velho nos der, vai estar errada.
As duas meninas foram, então, ao encontro do sábio que se encontrava meditando sob um
eucalipto na montanha. A menina aproximou-se e perguntou:
– Tenho aqui uma borboleta azul. Diga-me, sábio, ela está viva ou morta?
Calmamente, o sábio sorriu e respondeu:
– Depende de você... Ela está em suas mãos.
Enviado por Josefa Prieto Andres
(PALP04147MS)
O tema desse texto é a
A) curiosidade.
B) educação.
C) impaciência.
D) sabedoria.
Leia o texto abaixo.
Capa
A inspiradora reportagem sobre as crises de idade nos leva a muitas reflexões, mas acredito que
a mais importante delas diz respeito à estrutura de personalidade que cada um de nós desenvolve.
É consenso, entre pessoas maduras e bem estruturadas emocionalmente, que vivemos a vida
de acordo com nossa base psicológica. Por isso, é importante que, da infância até o início da
vida adulta, saibamos estruturar o arcabouço daquilo que seremos. Quem tem um bom alicerce,
enfrentará seguramente qualquer tipo de problema. “Reinvente-se a cada idade”.
José Elias Aiex Neto
Foz do Iguaçu – PR
ISTOÉ 2006, 24 jun. 2009. (P090474A9_SUP)
(P090474A9)
A palavra que marca a opinião do leitor em relação à reportagem é
A) consenso.
B) importante.
C) inspiradora.
D) seguramente.
Leia o texto abaixo.
Pesquisas bizarras por Robert Sommer
Acredite se quiser: estudos cada vez mais estranhos vêm sendo conduzidos por
pesquisadores sérios de algumas das universidades mais renomadas do mundo. Você sabia
que frutas e legumes têm personalidade? De acordo com uma pesquisa liderada por Robert
Sommer, da Universidade da Califórnia, em 1988, limões não parecem ser muito afáveis,
cebolas são idiotas e cogumelos são alpinistas sociais. Sommer não está sozinho em sua
fascinação pelas ideias bizarras que povoam a mente humana. A cada geração, alguns
poucos pesquisadores têm a coragem de explorar terrenos nos quais seus principais colegas
temeram colocar os pés. Uma equipe, por exemplo, investigou como suicídios poderiam estar
relacionados com a quantidade de música country tocada no rádio. Outra fez um mapa da
beleza do Reino Unido, anotando o número de pessoas bonitas que andavam pelas ruas
(Londres ficou em primeiro lugar, e Aberdeen em último, se você quiser saber).
Disponível em: <http://pt.shvoong.com/books/dictionary/1636412-ci%C3%AAncia-maluca-os-arquivos-bizarros/>. Acesso em 22/07/09.
(P090355A9_SUP)
(P090356A9) Em
relação aos estudos relatados nesse texto, há uma opinião em:
A) “...estudos cada vez mais estranhos vêm sendo conduzidos...”.
B) “...uma pesquisa liderada por Robert Sommer,...”.
C) “Sommer não está sozinho em sua fascinação...”.
D) “...a quantidade de música country tocada no rádio.”.
Leia o texto abaixo.
Encontro de ansiedades
O pai Irineu, a mãe Florinda e os filhos Lúcia, Eliana e Ronaldo (...) tiveram uma experiência
bastante inusitada. A família de índios Guarani, do Pontal do Paraná, litoral do Estado, foi
convidada para visitar os alunos da Escola Atuação em Curitiba. Foi um encontro de ansiedades:
de um lado, as crianças indígenas amedrontadas com tanta gente para recebê-las no ginásio da
escola; de outro, os alunos curiosos e inquietos com a presença de novos visitantes.
No fim das contas, tudo terminou bem: as crianças índias não falam português, mas receberam
toda a atenção dos novos amigos e voltaram para a sua aldeia com muitas cestas de frutas e
outros presentes. A turminha da escola adorou a experiência e garante que aprendeu muito com
a atividade. A troca de ansiedades acabou se tornando troca de carinhos.
Gazeta do Povo. Curitiba, 29 abr. 2000. Gazetinha, p.5.
(P090100A8)
A principal informação desse texto está expressa
A) na iniciativa de uma família de Curitiba.
B) na aceitação do convite pela família guarani.
C) no resultado do encontro dos dois grupos.
D) no grau de ansiedade dos dois grupos.

_eu queria ser
Leia o texto abaixo.
“Sempre gostei muito da
série Jornada nas Estrelas.
Desde o início, com outros
atores, até essa geração.
O que mais chama minha
atenção no CAPITÃO
PICARD, comandante da
nave Enterprise, é o fato
de ele exercer liderança de
forma pacífica, serena e
branda. Seu papel prova
que não é preciso usar a
força para se tornar um líder.
E é nisso que eu acredito e
procuro seguir como exemplo
na minha vida. É possível
passar uma ideia sem ser
na marra, sem berros, sem
derrubar ninguém.”
MTV no. 4, agosto de 2004, p. 22. (P09088SI_SUP)
(P09088SI)
Qual é a informação principal desse texto?
A) As características da nave Enterprise.
B) As características da nova série.
C) As características de um personagem.
D) As preferências de um guitarrista.
E) As preferências da nova geração.
Leia o texto abaixo.
Brincando de ontem
A casa de Rui Barbosa
convida as crianças a voltar
no tempo neste domingo. O
destino dessa viagem é a
época pré-jogos eletrônicos,
em que as principais
brincadeiras eram chicotinho
queimado, morto e vivo,
amarelinha, bola de gude,
cabo-de-guerra e muitas
outras que fazem parte do
evento “Um domingo como
antigamente”, a primeira
de uma série de atividades
gratuitas que o museu
promoverá no primeiro
domingo de cada mês até o
fim do ano.
A tarde começa com uma
dramatização para situar os
pequenos na
era das cantigas de roda e
brincadeiras de rua. Depois,
o grupo de recreadores se
divide por diversas oficinas,
cada uma voltada para uma
atividade diferente.
- As crianças poderão
aprender de jogar bola
de gude a confeccionar
seus próprios brinquedos
em tecido ou dobradura conta Aparecida Rangel,
responsável pela área
educativa do museu.
A leitura não ficará de
fora: a biblioteca infantil da
casa estará aberta durante
o evento.
A Casa de Rui
Barbosa traz de
volta a amarelinha
e a bola de gude
O Globo, 29/04/05. Rio Show. P. 35
Esse texto é uma
A) crônica.
B) fábula.
C) notícia.
D) resenha.
Leia o texto abaixo.
Art. 2º Declaração dos direitos da criança
“A criança deve beneficiar-se de proteção especial e dispor de oportunidades e serviços
assegurados por lei ou por outros meios, a fim de poder desenvolver-se física, mental, moral,
espiritual e socialmente de modo sadio e normal, em condições de liberdade e dignidade. Na
adoção de leis com este objetivo, a consideração fundamental deve ser o interesse superior da
criança.”
Declaração dos Direitos da Criança, aprovada pela Assembléia Geral da ONU, em 20 nov.1959.
(P090036PE)
Esse texto tem a finalidade de
A) explicar um artigo de lei.
B) garantir os direitos da criança.
C) informar sobre direitos da criança.
D) opinar sobre um artigo de lei.
Leia o texto abaixo e responda às questões.
Todos os dias um pescador, passeando pela beira do mar, encontrava estrelas-do-mar encalhadas na areia e as devolvia ao mar, salvando-lhes a vida. Um dia, um outro pescador
perguntou-lhe:
- Companheiro, de que adianta fazer isso, se há muitas outras estrelas-do-mar encalhadas,
muito mais do que você poderá salvar?
E o bondoso pescador, apontando para uma estrela-do mar que estava prestes a devolver ao
oceano, disse:
- Pelo menos para esta, amigo, adianta!...
Redação em Contrução, Agoatinho Dias Carneiro, pg:104.
(P08045CD) O
objetivo desse texto é
A) informar um endereço.
B) anunciar um produto.
C) narrar uma história.
D) vender peixes.
Leia o texto abaixo.
Eu não sei como começou todo esse papo de Lobo Mau, mas está completamente
errado.
Talvez seja por causa da nossa alimentação.
Olha, não é culpa minha se os lobos comem bichos engraçadinhos como coelhos
e porquinhos. É apenas nosso jeito de ser. Se os cheeseburgueres fossem uma
gracinha, todos iam achar que você é Mau.
Fragmento do livro “A verdadeira história dos três porquinhos”, de Jon Scieszka, s/p.São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1998.
(P06139SI) O
narrador da história é o
A) porquinho.
B) coelhinho.
C) homem.
D) Lobo Mau.
Leia os textos abaixo.
Vestibular
Texto 1
A reportagem “Vestibular. Vai mudar tudo, menos o mérito” (15 de abril) é muito boa.
Como educador, espero que o novo Enem possa mensurar a capacidade dos candidatos
a uma vaga nas universidades, contribuir para a necessária melhoria do ensino médio e
fazer com que os candidatos ordenem todas as informações e cheguem a uma conclusão,
com melhor capacitação intelectual e cultural.
Ruvin Ber José Singal
São Paulo, SP
Texto 2
Agradeço pelas informações claras e completas fornecidas pela revista sobre as
mudanças do vestibular. Trabalho com orientação profissional em um colégio e utilizei a
reportagem, assim como o site da publicação, nos grupos que coordeno. As mudanças
são realmente necessárias e preservarão a qualidade do ensino das escolas brasileiras,
sobretudo no ensino médio. Nossos jovens precisam ser estimulados a pensar!
Betina Andriani Felipe – Psicóloga e professora
Florianópolis, SC
Revista Veja, nº 16. São Paulo: Abril, 22 abr. 2009. p. 36. (P090546A9_SUP)
(P090546A9) A
respeito da reportagem sobre vestibular, as opiniões dos leitores são
A) antagônicas.
B) cautelosas.
C) complementares.
D) inconsistentes.
Leia o texto abaixo.
SER FELIZ
TEXTO 1
TEXTO 2
“Ser feliz é saber apreciar as coisas
lindas que a vida oferece. E é importante
ter consciência de que a nossa percepção
interna dimensiona o externo – é isso que nos
faz sentir prazer em cozinhar, compor, cantar,
partilhar as coisas boas... Isso fica mais
fácil quando percebemos nossos equívocos
e conseguimos tomar o controle do barco.
Minha felicidade não pode depender de
ninguém que não seja eu mesma e, para isso,
é fundamental me libertar do entulho e buscar
os meus próprios fluxos. As situações difíceis
nos fazem valorizar as pequenas conquistas
do cotidiano e a maturidade traz equilíbrio,
auto-estima, compaixão, muitas conquistas
pessoais importantes.”
Wanderléia, 58 anos, cantora.
“Se felicidade for ausência de
problemas, não existe. Se for um sentirse bem na própria pele, gostar da vida,
querer viver, então existe. É uma questão
de ser mais ou menos amargurado, ou
mais amoroso e esperançoso. No dia a dia
busco ser tão feliz quanto posso... fiquei
viúva pela primeira vez aos quarenta e
nove anos, pela segunda, aos 57. Cada
vez achei que tudo tinha terminado, mas
cada vez os filhos, os amigos, o trabalho
e as próprias memórias boas dos amados
que tinham partido me ajudaram a
renascer e querer, não apenas sobreviver,
mas viver.”
Lya Luft, 66 anos, escritora.
Revista Marie Claire, abril de 2005.
Qual é a opinião comum às duas autoras?
A) As pessoas dependem de si mesmas para serem felizes.
B) As pessoas podem sobreviver a períodos de infelicidade.
C) A maturidade dá condições de as pessoas serem mais felizes.
D) A felicidade depende de as pessoas reconhecerem os próprios erros.
(P08295SI)
Leia os textos abaixo.
Texto 1
Poesia
Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Carlos Drummond de Andrade: poesia e prosa. 8. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992, p.20.
Texto 2
DECLARAÇÃO DE AMOR
Clarice Lispector
Esta é uma declaração de amor. Amo a língua portuguesa. E ela não é fácil. Não é
maleável. E, como não foi profundamente trabalhada pelo pensamento, a sua tendência
é a de não ter sutilezas e de reagir às vezes com um verdadeiro pontapé contra os que
temerariamente ousam transformá-la numa linguagem de sentimento e alerteza. E de
amor. A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para
quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialidade.
Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado. Às vezes se assusta
com o imprevisível de uma frase.[...]
Disponível em: <http://recantodasletras.uol.com.br/prosapoetica/305163>
(P090065CE)
Esses dois textos
A) apresentam o tema usando a mesma estrutura.
B) têm uma visão poética sobre o ato de escrever.
C) o Texto 1 refere-se a qualquer forma de escrita.
D) o Texto 2 apresenta o tema com objetividade.
Leia os textos abaixo.
Texto I
A distribuição da água no mundo, no
Brasil e na Amazônia
(Fragmento)
O volume total de água na Terra não
aumenta nem diminui: é sempre o mesmo.
Hoje somos mais de 5 bilhões de pessoas
que, com outros seres vivos, repartem
essa água. O desenvolvimento do ser
humano está em grande parte relacionado
à quantidade e à qualidade da água.
Cada pessoa gasta por dia, em média,
40 litros de água: bebendo, tomando banho,
escovando os dentes, lavando as mãos antes
das refeições etc.
Apenas 0,7% do volume total de água
da Terra é formado por água potável, isto
é, pronta para o consumo humano. Hoje
em dia, quase 2 bilhões de pessoas não
dispõem de água potável.
Hoje, 54% da água disponível
anualmente está sendo consumida, dos
quais 2/3 na agricultura. Em 2025, 70%
será consumida, apenas considerando o
aumento da população. Caso os padrões de
consumo dos países desenvolvidos forem
estendidos à população mundial, estaremos
consumindo 90% da água disponível.
www.iepa.ap.gov.br/ . Acesso 22/07/2007
(P08314SI)
Esses dois textos falam da
A) água das indústrias.
B) água da população.
C) água no mundo.
D) água no banho.
Texto II
Planeta água
Água que nasce na fonte serena do
mundo
E que abre um profundo grotão
Água que faz inocente riacho e deságua
na corrente do ribeirão
Águas escuras dos rios que levam a
fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias e matam a
sede da população
Águas que caem das pedras no véu
das cascatas, ronco de trovão
E depois dormem tranqüilas no leito
dos lagos, no leito dos lagos
Água dos igarapés, onde Iara, a mãe
d’água e misteriosa canção
Água que o sol evapora, pro céu vai
embora, virar nuvem de algodão
Gotas de água da chuva, alegre arco–
íris sobre a plantação
Gotas de água da chuva, tão triste, são
lágrimas na inundação
Águas que movem moinhos são as
mesmas águas que encharcam o chão
E sempre voltam humildes pro fundo
da terra, pro fundo da terra
Terra, planeta água...
www.vagalume.com.br/guilherme–arantes/
planeta–agua.html
Leia o texto abaixo.
Sondagem
5
10
15
20
25
O carteiro, conversador amável, não gosta de livros. Tornam pesada a carga matinal,
que na sua opinião, e dado seu nome burocrático, devia constituir-se apenas de cartas.
No máximo algum jornalzinho leve, mas esses pacotes e mais pacotes que o senhor
recebe, ler tudo isso deve ser de morte!
Explico-lhe que não é preciso ler tudo isso, e ele muito se admira:
– Então o senhor guarda sem ler? E como é que sabe o que tem no miolo?
– Em primeiro lugar, Teodorico, nem sempre eu guardo. Às vezes dou aos amigos,
quando há alguma coisa que possa interessar a eles.
– Mas como sabe que pode interessar, se não leu?
Esclareço a Teodorico que não leio de ponta a ponta, mas sempre abro ao acaso, leio
uma página ou umas linhas, passo os olhos no índice, e concluo.
Meu crédito diminui sensivelmente a seus olhos. Não lhe passaria pela cabeça receber
qualquer coisa do correio sem ler inteirinha.
– Mas, Teodorico, quando você compra um jornal se sente obrigado a ler tudo que está
nele?
– Aí é diferente. Eu compro o jornal para ver os crimes, o resultado do seu-talão-vale-um-milhão
etc. Leio aquilo que me interessa.
– Eu também leio aquilo que me interessa.
[...]
Ficou pensativo, à procura de argumento? Enquanto isso, eu meditava a curiosidade
de um carteiro que se queixa de entregar muitos livros e ao mesmo tempo reprova que
outros não os leiam integralmente.
– Tem razão. Não adianta mesmo escrever.
– Como não adianta? Lava o espírito.
– No meu fraco raciocínio, tudo é encadeado neste mundo. Ou devia ser. Uma coisa
nunca acontece sozinha nem acaba sozinha. Se uma pessoa, vamos dizer, eu, só para
armar um exemplo, se eu escrevo um livro, deve existir um outro – o senhor, numa hipótese
– para receber e ler esse livro. Mas se o senhor não liga a mínima, foi besteira eu fazer
esse esforço, e isso é o que acontece com a maioria, estou vendo.
ANDRADE, Carlos Drumond. In: WERNECK, Humberto. Boa companhia: crônicas. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. p.31-33.
(P090457A9_SUP)
(P090458A9) No
trecho “... isso é o que acontece com a maioria, estou vendo.” ( . 29), o pronome destacado
refere-se ao fato de o narrador
A) ter diminuído o crédito com o carteiro.
B) presentear sempre os amigos com livros.
C) ler apenas uma página ou umas linhas.
D) dar pouca importância a um livro recebido.
Leia o texto abaixo.
O rio
O homem viu o rio e se entusiasmou pela sua beleza. O rio corria pela planície, contornando
árvores e molhando grandes pedras. Refletia o sol e era margeado por grama verde e macia.
O homem pegou o rio e o levou para casa, esperando que, lá, ele desse a mesma beleza.
Mas o que aconteceu foi sua casa ser inundada e suas coisas levadas pela água.
O homem devolveu o rio à planície. Agora quando lhe falam das belezas que antes admirava,
ele diz que não se lembra. Não se lembra das planícies, das grandes pedras, dos reflexos do sol
e da grama verde e macia. Lembra-se apenas de sua casa alagada e de suas coisas perdidas
pela corrente.
FRANÇA JUNIOR, Oswaldo. As laranjas iguais. São Paulo: Nova Fronteira, 1985, p.13. (P100193A9_SUP)
(P100193A9) No
A) árvores.
B) pedras.
C) planície.
D) rio.
E) sol.
trecho “... e se entusiasmou pela sua beleza.”, o termo destacado refere-se à palavra
Leia o texto abaixo.
Sonho de menino
Paulinho Pedra Azul
Quando eu era menino
Eu via a lua saindo,
Pensava assim comigo:
“Um dia eu vou lá”.
De jeep ou caminhão
De barco ou de avião
Se eu não puder voar.
Cresceu meu coração
Me trouxe outra emoção
E o sonho de menino
Voou,voou...
CD Paulinho Pedra Azul, 15 anos. Clave de Sol Produções Culturais.
(P061331SI)
No verso “um dia eu vou lá”, a palavra sublinhada indica
A) comparação.
B) tempo.
C) lugar.
D) oposição.
Leia o texto abaixo.
No “Sossego”
5
10
15
Não era feio o lugar, mas não era belo. Tinha, entretanto, o aspecto tranquilo e satisfeito
de quem se julga bem com a sua sorte.
A casa erguia sobre um solvaco, uma espécie de degrau, formando a subida para a
maior altura de uma pequena colina que lhe corria nos fundos. Em frente, entre os bambus
da cerca, olhava uma planície a morrer nas montanhas que se viam ao longe; um regato
de águas paradas e sujas cortava-a paralelamente à testada da casa; mais adiante, o
trem passava vincando a planície com a fita clara de linha capinada; um carreiro, com
casas, de um e de outro lado, saía da esquerda e ia ter à estação, atravessando o regato
e serpenteando pelo plaino.
A habitação de Quaresma tinha assim um amplo horizonte, olhando para o levante,
a “Noruega”, e era também risonha e graciosa nos seus muros caiados. Edificada com
desoladora indigência arquitetônica das nossas casas de campo, possuía, porém, vastas
salas, amplos quartos, todos com janelas, e uma varanda com colunata heterodoxa. Além
desta principal, o sítio do “Sossego”, como se chamava, tinha outras construções: a velha
casa de farinha, que ainda tinha o forno intacto e a roda desmontada, e uma estrebaria
coberta de sapê.
BARRETO, Lima. No “Sossego”. In: Triste fim de Policarpo Quaresma. SP: Ática, 1996. p . 73. Fragmento.
*Adaptado: Reforma Ortográfica. (P090482A9_SUP)
No trecho “Em frente, por entre os bambus da cerca, olhava uma planície...” ( . 4-5), a
expressão destacada indica uma circunstância de
(P090484A9)
A) causa.
B) lugar.
C) modo.
D) tempo.
Leia os textos abaixo.
É o boi
Texto 1
Senti que o texto “Como um boi vira bife” (Supernovas, junho, pág.44), camuflado por
“figurinhas” e por uma descrição quase infantil das etapas do abate do gado, subestimou a
minha inteligência. Será que é realmente razoável obrigar que uma fêmea fique prenhe em todo
cio? Será mesmo compensador ser colocado em confinamento por 3 meses “mas ter ração
da melhor qualidade?” Creio que nenhum animal trocaria um pasto verde e farto por uma baia
cheia de seja-lá-o-que-for!
CAROLINA DI BIASI, SÃO PAULO, SP
Texto 2
Excelente matéria! Mostra, passo a passo, desde a produção da matéria prima até o fluxograma
de abate e dos subprodutos. Parabéns!
MÁRIO SEGADILHA, BELÉM, PR
Supernovas, jul 2007.
(P120027A8)
No Texto 1, a expressão seja-lá-o-que-for sugere que o conteúdo da baia é
A) apropriado.
B) caríssimo.
C) indiferente.
D) insubstituível.
E) valorizadíssimo.
Leia o texto abaixo.
“A gente vive dizendo que qualidade e popularidade andam juntas. Neste caso,
também tocam e cantam juntas.”
Época, 28 de outubro, de 2002, p. 66.
(P08D23I01FJS) O
autor, ao utilizar a expressão “A gente”, quis
A) transmitir informações por meio da linguagem padrão.
B) destacar a linguagem da região do jornalista.
C) aproximar a linguagem do texto à linguagem do século passado.
D) aproximar a linguagem do texto à linguagem cotidiana.
Leia o texto abaixo.
Receitas da vovó
Lembra aquela receita que só sua mãe ou sua avó sabem fazer? Pois saiba que, além
de gostoso, esse prato é parte importante da cultura brasileira. E verdade. Os cadernos de
receita são registros culturais. Primeiro, porque resgatam antigas tradições, seja familiares
ou étnicas. Além disso, mostram como se fala ou se falava em determinada região. E ainda
servem como passagens do tempo, chaves para alcançarmos memórias emocionais que a
gente nem sabia que tinha (se você se lembrou do prato que sua avó ou sua mãe fazia, você
sabe do que eu estou falando).
http://vidasimples.abril.com.br/
Na frase final do texto “(se você se lembrou do prato que sua avó ou sua mãe fazia, você sabe
do que eu estou falando)”, o uso dos parênteses indica
(P09083SI)
A) um comentário do narrador.
B) um conselho do narrador.
C) uma crítica do narrador.
D) uma explicação do narrador.
E) uma ironia do narrador.
Leia o texto abaixo.
Poeminha do Contra
Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão,
Eu passarinho!
QUINTANA, Mário. Antologia poética. Rio de Janeiro: Ediouro, 1998.
(P090048CE)
O uso do substantivo “passarinho” como se fosse verbo sugere
A) lamento.
B) orgulho.
C) permanência.
D) tristeza.
Leia o texto abaixo.
Brincando de ontem
A casa de Rui Barbosa convida
as crianças a voltar no tempo neste
domingo. O destino dessa viagem
é a época pré-jogos eletrônicos, em
que as principais brincadeiras eram
chicotinho queimado, morto e vivo,
amarelinha, bola de gude, cabo-deguerra e muitas outras que fazem
parte do evento “Um domingo como
antigamente”, a primeira de uma série
de atividades gratuitas que o museu
promoverá no primeiro domingo de
cada mês até o fim do ano.
A tarde começa com uma
dramatização para situar os
pequenos na
era das cantigas de roda e
brincadeiras de rua. Depois, o
grupo de recreadores se divide
por diversas oficinas, cada uma
voltada para uma atividade
diferente.
- As crianças poderão
aprender de jogar bola de gude
a confeccionar seus próprios
brinquedos em tecido ou
dobradura - conta Aparecida
Rangel, responsável pela área
educativa do museu.
A leitura não ficará de fora: a
biblioteca infantil da casa estará
aberta durante o evento.
A Casa de Rui
Barbosa traz de
volta a amarelinha
e a bola de gude
O Globo, 29/04/05. Rio Show. P. 35
(P09099SI) Na frase “O destino dessa viagem é a época pré-jogos eletrônicos”, o termo sublinhado indica
que essa foi uma época
A) anterior à criação de jogos eletrônicos.
B) em que se criaram os jogos eletrônicos.
C) em que se evitavam os jogos eletrônicos.
D) em que se proibiam os jogos eletrônicos.
E) concomitante à criação de jogos eletrônicos.
Leia o texto abaixo.
Disponível em: <http://tiras-hagar.blogspot.com/>. Acesso em 04/07/09. (P090646_SUP)
(P090647A9) O
que gera humor nesse texto?
A) O cumprimento do personagem.
B) O personagem fazer várias perguntas.
C) A ambiguidade da palavra trono.
D) A ambiguidade da palavra plebeu.
Leia o texto abaixo.
Com a cara dos Simpsons
Site de filme tem jogos e aplicativos, para criar avatares pessoais com traços
dos personagens
Estado de Minas
Já se foi o tempo em que os sites de filmes se restringiam apenas à sinopse, algumas
fotos, trailer e informações burocráticas sobre as produções cinematográficas. O novo
site de Os Simpsons – o filme, com estréia nos cinemas marcada para 17 de agosto, é
uma prova disso. Recheado de atrações dinâmicas, o endereço eletrônico tem até um
aplicativo para criação de avatares (aqueles bonequinhos caricaturais que representam
as pessoas), jogos que não são excepcionais, mas garantem alguma diversão e, é claro,
as clássicas informações sobre a produção, dispostas, porém, de uma maneira nada
convencional.
O aplicativo é a grande atração do site. É ideal para provocar sogras, cunhados e
outros desafetos, já que reúne ferramentas para criar versões divertidas das pessoas,
sempre com aspecto dos personagens do desenho. A caricatura, a exemplo de outros
programas similares e gratuitos em sites de downloads, é criada passo a passo: primeiro
se define se é um homem ou mulher, depois a estrutura física (baixos, magros e gordos
não ficam de fora da brincadeira), os tipos e cores de cabelos, olhos, narizes e bocas,
e por fim, os tons (e até estampas!) das roupas. A cor da pele parte sempre de tons
amarelados, como é de praxe no seriado criado por Matt Groenning para a TV americana,
nos anos 80. Depois de pronto o cartum, é possível salvar um arquivo de imagem no
formato JPG ou então enviar o desenho para um amigo, por e-mail (nessa opção, o
usuário ainda escolhe um cenário para ambientar o cartão).
Jornal Estado de Minas. Com a cara dos Simpsons. 26/07/2007. www.estaminas.com.br/
(P08301SI) Há
efeito de humor em
A) “É ideal para provocar sogras, cunhados e outros desafetos,”...
B) “Já se foi o tempo em que os sites de filmes se restringiam apenas à sinopse”...
C) “Recheado de atrações dinâmicas, o endereço eletrônico tem até um aplicativo”...
D) “A cor da pele parte sempre de tons amarelados, como é de praxe no seriado”...
Leia o texto abaixo.
OSÓRIO. Revista Imprensa, ago. 1997, p.40.
(P090044A8)
No trecho “Tá bom, mamãe!”, a expressão destacada revela que a linguagem de Gabi é
A) desrespeitosa.
B) desafiadora.
C) informal.
D) regional.
Leia o texto abaixo.
Por que milho não vira pipoca?
Não importa a maneira de fazer
a pipoca. Sempre que se chega
ao final do saquinho, lá estão os
duros e ruidosos grãos de milho que
não estouraram. Essas bolinhas
irritantes, que já deixaram muitos
dentistas ocupados, estão com os
dias contados. Cientistas norteamericanos dizem que agora sabem
por que alguns grãos de milho de
pipoca resistem ao estouro.
Há algum tempo já se sabe que o
milho de pipoca precisa de umidade
no seu núcleo de amido, cerca de 15%
para explodir. Mas pesquisadores da
Universidade Purdue descobriram
que a chave para um bem sucedido
estouro do milho está na casca.
“
Se muita umidade
escapar, o milho
perde a habilidade
de estourar e
apenas fica ali
”
É indispensável uma
excelente
estrutura
da
casca para que o milho
estoure. Cascas danificadas
impedem que a umidade
faça a pressão necessária
para que o milho vire pipoca.
“Se muita umidade escapar,
o milho perde a habilidade de
estourar e apenas fica ali”,
explica Bruce Hamacker,
um professor de química
alimentar da Purdue.
Bruce Hamaker,
professor de química alimentar.
Estado de Minas. 25 de abril de 2005.
Para o milho estourar e virar pipoca é preciso que
A) a casca seja mais úmida que o núcleo.
B) a casca evite perda de umidade do núcleo.
C) o núcleo de amido estoure bem devagar.
D) o núcleo seja mais transparente que a casca.
E) a casca seja mais amarela que o núcleo.
(P09107SI)
Leia o texto abaixo.
A melhor amiga do homem
5
10
15
20
Diogo Schelp
Devemos muito à vaca. Mas há quem a veja como inimiga. A vaca, aqui referida como
a parte pelo todo bovino, é acusada de contribuir para a degradação do ambiente e para
o aquecimento global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de cabeças de gado existentes
no mundo quase metade das emissões de metano, um dos gases causadores do efeito
estufa. Acusam-se as chifrudas de beber água demais e ocupar um espaço precioso para
a agricultura.
O truísmo inconveniente é que homem e vaca são unha e carne. [...] Imaginar o
mundo sem vacas é como desejar um planeta livre dos homens – uma ideia, aliás, vista
com simpatia por ambientalistas menos esperançosos quanto à nossa espécie. “Alterar
radicalmente o papel dos bovinos no nosso cotidiano, subtraindo-lhes a importância
econômica, pode levá-los à extinção e colocar em jogo um recurso que está na base da
construção da humanidade e, por que não, de seu futuro”, diz o veterinário José Fernando
Garcia, da Universidade Estadual Paulista em Araçatuba. [...]
A vaca tem um papel econômico crucial até onde é considerada animal sagrado. Na
Índia, metade da energia doméstica vem da queima de esterco. O líder indiano Mahatma
Gandhi (1869-1948), que, como todo hindu, não comia carne bovina, escreveu: “A
mãe vaca, depois de morta, é tão útil quanto viva”. Nos Estados Unidos, as bases da
superpotência foram estabelecidas quando a conquista do Oeste foi dada por encerrada,
em 1890, fazendo surgir nas Grandes Planícies americanas o maior rebanho bovino do
mundo de então. “Esse estoque permitiu que a carne se tornasse, no século seguinte, uma
fonte de proteína para as massas, principalmente na forma de hambúrguer”, escreveu
Florian Werner. [...] Comer um bom bife é uma aspiração natural e cultural. Ou seja, nem
que a vaca tussa a humanidade deixará de ser onívora.
Revista Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento. (P120482A9_SUP)
(P120482A9)
De acordo com o autor desse texto,
A) a agricultura é mais preciosa do que a pecuária.
B) a dependência entre o homem e a vaca é real.
C) a importância econômica da vaca é unanimidade.
D) o ser humano gosta de comer um bom bife.
E) os EUA hoje possuem o maior rebanho bovino.
Leia o texto abaixo.
Morte e vida severina
(Fragmento)
– O meu nome é Severino,
como não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
deram então de me chamar
Severino de Maria;
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o da Maria
do finado Zacarias.
Mas isso ainda diz pouco:
há muitos na freguesia,
por causa de um coronel
que se chamou Zacarias
e que foi o mais antigo
senhor desta sesmaria.
Como então dizer quem fala
ora a Vossas Senhorias?
Vejamos: é o Severino
da Maria do Zacarias,
lá da serra da Costela,
limites da Paraíba.
MELO NETO, João Cabral de. Morte e vida Severina e outros poemas em voz alta. 34a ed, Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1994.
(P11523SI)
Com base nesse fragmento do poema, pode-se afirmar que o narrador
A) fala de sua mãe.
B) explica ao leitor quem é.
C) indica para onde quer ir.
D) fala sobre todos os bens.
E) diz o nome de batismo.
Leia o texto abaixo.
Brincadeira retrô
5
10
Me lembro bem de quando era pequena e do quanto minha imaginação era fértil. Eu fui
daquelas crianças que davam arrepios nos pais por conta das brincadeiras mirabolantes: a
cama de casal que virava navio pirata, o sofá da sala que virava palco de teatro com direito a
cortina de lençol e tudo mais... Toda vez que começava a me animar minha avó dizia: “Lá vem
essa menina inventando moda”. Hoje vejo que esse era o jeito de brincar das crianças de
antigamente. Não havia toda essa parafernália eletrônica, que toca música, anda, fala e não
deixa nenhum espaço para a imaginação. Precisávamos inventar as nossas brincadeiras.
Criança moderna não sabe brincar sozinha, tem sempre a babá, o computador, o DVD...
Hoje tento incentivar meu filho a brincar assim também. Não é que eu vá jogar todos os
brinquedos dele fora, mas com certeza ele vai aprender a se divertir com muito menos. Dá
mais trabalho, faz mais bagunça, mas é infinitamente mais divertido.
POMÁRICO, Veri. Revista Gol. Editora Trip: s/l. s/d. ( P090441A9_SUP)
trecho “Eu fui daquelas crianças que davam arrepios nos pais por conta das brincadeiras
mirabolantes” ( 1-2), a expressão destacada significa que as brincadeiras causavam
(P090442A9) No
A) admiração.
B) curiosidade.
C) indignação.
D) preocupação.
Leia o texto abaixo.
Ladrão se passa por manequim para fugir da polícia
Um ladrão tentou fugir da polícia ficando imóvel em uma vitrine de loja
fingindo ser um manequim. O criminoso, de 21 anos, acionou o alarme ao
entrar em uma loja de departamentos de Vigevano, norte da Itália.
Policiais revistaram a loja, mas em um primeiro momento não acharam
nada. Depois, eles notaram que um dos manequins da vitrine tinha roupas e
cabelo diferentes dos demais. O intruso foi preso.
TERRA Online, www.terra.com.br/popular. Consultado em 21/05/02.
(P11007SI) Em
“O intruso foi preso.”, a palavra ‘intruso’ significa
A) intrometido.
B) curioso.
C) invasor.
D) atrevido.
E) confuso.
Observe o mapa meteorológico de Minas Gerais e responda à questão.
(P09001CD)
De acordo com o mapa pode-se concluir que
A) vai chover em todo o estado de Minas, durante a semana.
B) todo o estado estará sujeito a pancadas violentas de chuva.
C) na maior parte do estado predomina tempo aberto com sol.
D) na maior parte do estado predomina tempo semi-nublado.
E) vai chover apenas na região Sul e Zona da Mata.
Leia o texto abaixo.
A cadeira do dentista
5
10
15
Fazia dois anos que não me sentava numa cadeira de dentista. Não que meus dentes
estivessem por todo esse tempo sem reclamar um tratamento. Cheguei a marcar várias
consultas, mas começava a suar frio folheando velhas revistas na antessala e me escafedia
antes de ser atendido. Na única ocasião em que botei o pé no gabinete do odontólogo –
tem uns seis meses –, quando ele me informou o preço do serviço, a dor transferiu-se do
dente para o bolso.
– Não quero uma dentadura em ouro com incrustações em rubis e esmeraldas –
esclareci –, só preciso tratar o canal.
– É esse o preço de um tratamento de canal!
– Tem certeza? O senhor não estará confundindo o meu canal com o do Panamá?
Adiei o tratamento. Tenho pavor de dentista. O mundo avançou nos últimos 30 anos,
mas a Odontologia permanece uma atividade medieval. Para mim não faz diferença um
“pau de arara” ou uma cadeira de dentista: é tudo instrumento de tortura.
Dessa vez, porém, não tive como escapar. Os dentes do lado esquerdo já tinham
se transformado em meros figurantes dentro da boca. Ao estourar o pré-molar do lado
direito, fiquei restrito à linha de frente para mastigar maminhas e picanhas. Experiência
que poderia ter dado certo, caso tivesse algum jeito para esquilo. [...]
NOVAES, Carlos Eduardo. A cadeira do dentista e outras crônicas. São Paulo: Ática, 1999, p.48-50. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica. (P100177A9_SUP)
(P100177A9) Qual
o assunto desse texto?
A) Adiamento do tratamento.
B) Dores de dentes.
C) Instrumento de tortura.
D) Preço de tratamento.
E) Tratamento de dentes.
Leia o texto abaixo.
PARE DE FUMAR
O hábito de fumar pode ser considerado uma toxicomania? Se definirmos a toxicomania
como “uma tendência irresistível de consumir uma substância tóxica”, o fumante inveterado
deve ser classificado como um toxicômano.
Foram os espanhóis, no século XV, que introduziram o tabaco na Europa, a princípio
consumido por soldados e marinheiros, que mascavam a erva ou fumavam em cachimbo. No
início do século XX, o hábito de fumar difundiu-se por todos os países, em todos os níveis
sociais, tornando-se autêntica toxicomania, apesar das advertências dos males que seu uso
poderia provocar. É uma droga que mata.
A diferença entre as toxicomanias clássicas (cocaína, heroína, morfina, maconha,
anfetaminas, álcool) está no fato de que o tabaco não modifica a personalidade do usuário e,
embora possa produzir efeitos estimulantes ou relaxantes, jamais afeta o equilíbrio mental. O
uso continuado causa efeitos orgânicos irreversíveis, que são letais, e o índice de mortalidade
é proporcional ao número de cigarros consumidos, sobretudo na faixa etária entre os 45 e 50
anos de idade.
A sociedade tem pago um tributo elevadíssimo pelo hábito de fumar: mortes prematuras,
doenças crônicas incapacitantes, diminuição de rendimento no trabalho.
Nelson Senise, JB, 8/9/92, 1*caderno,p. 11.
(P11198SI)
Esse texto tem como tema
A) as doenças crônicas.
B) as vantagens do fumo.
C) o fumo como toxicomania.
D) a história do fumo.
E) as toxicomanias clássicas.
Leia o texto abaixo.
Capa
A inspiradora reportagem sobre as crises de idade nos leva a muitas reflexões, mas acredito que
a mais importante delas diz respeito à estrutura de personalidade que cada um de nós desenvolve.
É consenso, entre pessoas maduras e bem estruturadas emocionalmente, que vivemos a vida
de acordo com nossa base psicológica. Por isso, é importante que, da infância até o início da
vida adulta, saibamos estruturar o arcabouço daquilo que seremos. Quem tem um bom alicerce,
enfrentará seguramente qualquer tipo de problema. “Reinvente-se a cada idade”.
José Elias Aiex Neto
Foz do Iguaçu – PR
ISTOÉ 2006, 24 jun. 2009. (P090474A9_SUP)
(P090474A9)
A palavra que marca a opinião do leitor em relação à reportagem é
A) consenso.
B) importante.
C) inspiradora.
D) seguramente.
Leia o texto abaixo.
Deitada na calçada, Dona Belarmina, 71 anos, parece até serena, quase adormecida embaixo do
cobertor quadriculado, a cabeça apoiada em pedaços dobrados de papelão, que lhe servem também
de colchão. Ainda é cedo, oito da noite, e o movimento de carros e pessoas é intenso. Ninguém presta
atenção.
“Já perdi tudo, até a vergonha”, diz, a voz quase inaudível. Perdeu a família, que lhe virou as
costas quando se tornou um peso difícil de sustentar. Perdeu as condições de trabalhar “Eu era uma
mulher trabalhadeira.” Perdeu o interesse pela vida. Não sabe quem é o presidente da República,
nem o Governador, nem o Prefeito. “E eles sabem que eu existo? Ninguém sabe nem que eu estou
viva!”
Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 4 jun. 2000. p.4.
(P11325SI)
Em qual das citações abaixo está expressa uma opinião do jornalista, autor desse texto?
A) “Dona Belarmina, 71 anos,...”
B) “Ainda é cedo, oito da noite,...”
C) “...parece até serena, quase adormecida...”
D) “a cabeça apoiada em pedaços de papelão,...”
E) “...o movimento de carros e pessoas é intenso.”
Leia o texto abaixo.
Encontro de ansiedades
O pai Irineu, a mãe Florinda e os filhos Lúcia, Eliana e Ronaldo (...) tiveram uma experiência
bastante inusitada. A família de índios Guarani, do Pontal do Paraná, litoral do Estado, foi
convidada para visitar os alunos da Escola Atuação em Curitiba. Foi um encontro de ansiedades:
de um lado, as crianças indígenas amedrontadas com tanta gente para recebê-las no ginásio da
escola; de outro, os alunos curiosos e inquietos com a presença de novos visitantes.
No fim das contas, tudo terminou bem: as crianças índias não falam português, mas receberam
toda a atenção dos novos amigos e voltaram para a sua aldeia com muitas cestas de frutas e
outros presentes. A turminha da escola adorou a experiência e garante que aprendeu muito com
a atividade. A troca de ansiedades acabou se tornando troca de carinhos.
Gazeta do Povo. Curitiba, 29 abr. 2000. Gazetinha, p.5.
(P090100A8)
A principal informação desse texto está expressa
A) na iniciativa de uma família de Curitiba.
B) na aceitação do convite pela família guarani.
C) no resultado do encontro dos dois grupos.
D) no grau de ansiedade dos dois grupos.
Leia o texto abaixo.
A porcentagem de tipos sanguíneos varia em diferentes grupos populacionais. Muitos
povos indígenas, como várias tribos da América, não possuem o tipo B. No Brasil, os tipos O
e A respondem, juntos, por quase 90% dos habitantes. Uma provável explicação para esse
fenômeno está em pesquisas ainda não-conclusivas: elas indicam que algumas doenças
são mais comuns em determinados tipos sanguíneos. O câncer de estômago, por exemplo,
seria mais freqüente em pessoas com sangue tipo A; a pneumonia e certos tipos de anemia,
no tipo B. Conforme certas epidemias se tornam mais freqüentes, elas matam mais pessoas
de certo tipo sanguíneo – e sobra mais gente dos outros.
O que determina os diferentes tipos de sangue?, Revista Super Interessante. n° 195, dezembro de 2003, p. 50.
(P11289SI)
É fundamental no texto a idéia de que
A) as epidemias se espalharam por causa dos grupos sanguíneos.
B) os tipos sanguíneos variam de grupo para grupo populacional.
C) os povos indígenas não possuem sangue tipo B.
D) os tipos sanguíneos A e B são menos propícios a doenças.
E) os brasileiros possuem mais sangue do tipo O e A.
Leia o texto abaixo.
Brincando de ontem
A casa de Rui Barbosa
convida as crianças a voltar
no tempo neste domingo. O
destino dessa viagem é a
época pré-jogos eletrônicos,
em que as principais
brincadeiras eram chicotinho
queimado, morto e vivo,
amarelinha, bola de gude,
cabo-de-guerra e muitas
outras que fazem parte do
evento “Um domingo como
antigamente”, a primeira
de uma série de atividades
gratuitas que o museu
promoverá no primeiro
domingo de cada mês até o
fim do ano.
A tarde começa com uma
dramatização para situar os
pequenos na
era das cantigas de roda e
brincadeiras de rua. Depois,
o grupo de recreadores se
divide por diversas oficinas,
cada uma voltada para uma
atividade diferente.
- As crianças poderão
aprender de jogar bola
de gude a confeccionar
seus próprios brinquedos
em tecido ou dobradura conta Aparecida Rangel,
responsável pela área
educativa do museu.
A leitura não ficará de
fora: a biblioteca infantil da
casa estará aberta durante
o evento.
A Casa de Rui
Barbosa traz de
volta a amarelinha
e a bola de gude
O Globo, 29/04/05. Rio Show. P. 35
Esse texto é uma
A) crônica.
B) fábula.
C) notícia.
D) resenha.
Leia o texto abaixo.
É normal ter dependência do cigarro?
A senhora sabe que sou fumante há quase dois anos, como
conversamos na última consulta. Há cerca de três semanas, tenho
começado a sentir tremores quando estou tenso e estressado e não
tenho como sair do trabalho para fumar. Os tremores passam logo
que fumo um cigarro. É normal? (Rodrigo, 38 anos)
http://saude.terra.com.br/interna
(P11341SI)
A função desse texto é
A) debater o tabagismo.
B) orientar os fumantes.
C) impor uma opinião.
D) dar uma informação.
E) esclarecer uma dúvida.
Leia o texto abaixo.
Art. 2º Declaração dos direitos da criança
“A criança deve beneficiar-se de proteção especial e dispor de oportunidades e serviços
assegurados por lei ou por outros meios, a fim de poder desenvolver-se física, mental, moral,
espiritual e socialmente de modo sadio e normal, em condições de liberdade e dignidade. Na
adoção de leis com este objetivo, a consideração fundamental deve ser o interesse superior da
criança.”
Declaração dos Direitos da Criança, aprovada pela Assembléia Geral da ONU, em 20 nov.1959.
(P090036PE)
Esse texto tem a finalidade de
A) explicar um artigo de lei.
B) garantir os direitos da criança.
C) informar sobre direitos da criança.
D) opinar sobre um artigo de lei.
Leia o texto abaixo.
A
reunião se estendeu pela tarde inteira. Amontoados no quarto de Cris, os meninos não
chegavam a um acordo sobre quem faria o quê na peça. Foi preciso muita conversa (e
até alguns beliscões) para que a maioria se conformasse com a distribuição dos papéis. Júnior
era o mais forte do grupo e por isso ganhou o direito de segurar o esqueleto. A Ique caberia a
tarefa de mover os ossos do braço, fazendo os gestos necessários para acompanhar a fala de
Valfrido. E a voz, rouca e tenebrosa, Biel treinou durante toda a manhã.
Apesar dos protestos, as meninas se sujeitaram a permanecer na retaguarda, de olho na
casa do Bola e nas esquinas da rua, prontas a avisar os garotos caso surgisse um imprevisto.
– E eu? E eu? – Cisco perguntou, após assoar ferozmente o nariz. – Dão tem babel bra bim?
KLEIN, Sérgio. Tremendo de Coragem. São Paulo: Fundamento Educacional, 2001. p. 57.
(P11272SI)
A história tem como ponto de partida
A) o protesto das meninas.
B) a montagem de uma peça.
C) a redação de uma peça.
D) a conversa das crianças.
E) o estudo dos meninos.
Leia o texto e responda.
O AVENTUREIRO ULISSES
(Ulisses Serapião Rodrigues)
Ainda tinha duzentos réis. E como eram sua única fortuna meteu a mão no bolso e
segurou a moeda. Ficou com ela na mão fechada.
Nesse instante estava na Avenida Celso Garcia. E sentia no peito todo o frio da manhã.
Duzentão. Quer dizer: dois sorvetes de casquinha. Pouco.
Ah! muito sofre quem padece. Muito sofre quem padece? É uma canção de Sorocaba.
Não. Não é. Então que é? Mui-to so-fre quem pa-de-ce. Alguém dizia isto sempre. Etelvina?
Seu Cosme? Com certeza Etelvina que vivia amando toda a gente. Até ele. Sujeitinha
impossível. Só vendo o jeito de olhar dela.
Bobagens. O melhor é ir andando.
Foi.
Pé no chão é bom só na roça. Na cidade é uma porcaria. Toda a gente estranha. É verdade.
Agora é que ele reparava direito: ninguém andava descalço. Sentiu um mal-estar horrível.
As mãos a gente ainda escondia nos bolsos. Mas os pés? Cousa horrorosa. Desafogou a
cintura. Puxou as calças para baixo. Encolheu os artelhos. Deu dez passos assim. Pipocas.
Não dava jeito mesmo. Pipocas. A gente da cidade que vá bugiar no inferno. Ajustou a cintura.
Levantou as calças acima dos tornozelos. Acintosamente. E muito vermelho foi jogando os
pés na calçada. Andando duro como se estivesse calçado.
MACHADO, Antônio de A. O aventureiro Ulisses. Contos reunidos. São Paulo: Ática, 2002. p.122.
(P11297SI) O enredo se desenvolve a partir da
A) elegância do personagem.
B) alegria do personagem.
C) fome do personagem.
D) cor do personagem.
E) penúria do personagem.
Leia os textos abaixo.
Vestibular
Texto 1
A reportagem “Vestibular. Vai mudar tudo, menos o mérito” (15 de abril) é muito boa.
Como educador, espero que o novo Enem possa mensurar a capacidade dos candidatos
a uma vaga nas universidades, contribuir para a necessária melhoria do ensino médio e
fazer com que os candidatos ordenem todas as informações e cheguem a uma conclusão,
com melhor capacitação intelectual e cultural.
Ruvin Ber José Singal
São Paulo, SP
Texto 2
Agradeço pelas informações claras e completas fornecidas pela revista sobre as
mudanças do vestibular. Trabalho com orientação profissional em um colégio e utilizei a
reportagem, assim como o site da publicação, nos grupos que coordeno. As mudanças
são realmente necessárias e preservarão a qualidade do ensino das escolas brasileiras,
sobretudo no ensino médio. Nossos jovens precisam ser estimulados a pensar!
Betina Andriani Felipe – Psicóloga e professora
Florianópolis, SC
Revista Veja, nº 16. São Paulo: Abril, 22 abr. 2009. p. 36. (P090546A9_SUP)
(P090546A9) A
respeito da reportagem sobre vestibular, as opiniões dos leitores são
A) antagônicas.
B) cautelosas.
C) complementares.
D) inconsistentes.
Leia os textos abaixo.
Texto 1
Poesia
Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Carlos Drummond de Andrade: poesia e prosa. 8. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992, p.20.
Texto 2
DECLARAÇÃO DE AMOR
Clarice Lispector
Esta é uma declaração de amor. Amo a língua portuguesa. E ela não é fácil. Não é
maleável. E, como não foi profundamente trabalhada pelo pensamento, a sua tendência
é a de não ter sutilezas e de reagir às vezes com um verdadeiro pontapé contra os que
temerariamente ousam transformá-la numa linguagem de sentimento e alerteza. E de
amor. A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para
quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialidade.
Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado. Às vezes se assusta
com o imprevisível de uma frase.[...]
Disponível em: <http://recantodasletras.uol.com.br/prosapoetica/305163>
(P090065CE)
Esses dois textos
A) apresentam o tema usando a mesma estrutura.
B) têm uma visão poética sobre o ato de escrever.
C) o Texto 1 refere-se a qualquer forma de escrita.
D) o Texto 2 apresenta o tema com objetividade.
Leia o texto abaixo.
“A nossa constituição não inveja as leis dos nossos vizinhos. (...) Não imitamos os outros.
Pelo contrário, servimos de modelo a alguns. Esse modelo, próprio de Atenas, recebeu o
nome de democracia, porque sua direção não está na mão de um pequeno grupo, mas
sim da maioria. (...) Um temor salutar impede-nos de faltar ao cumprimento dos nossos
deveres no que toca à pátria. Respeitamos sempre os magistrados e as leis. Perante elas,
todos os atenienses são iguais, iguais na vida privada, iguais na solução dos diferendos
entre particulares, iguais na obtenção das honras as quais são devidas aos méritos e não
à classe.”
PÉRICLES, cit por Prelot. As doutrinas políticas. In.: ARANHA e MARTINS. Filosofando. Introdução à Filosofia. p.227
(P11016SI) Na
frase “Perante elas, todos os atenienses são iguais, iguais na vida privada, iguais na solução
dos diferendos entre particulares, iguais na obtenção das honras as quais são devidas aos méritos e não
à classe.” a expressão sublinhada refere-se a:
A) solução.
B) elas.
C) iguais.
D) obtenção.
E) honras.
Leia o texto abaixo.
A melhor amiga do homem
5
10
15
20
Diogo Schelp
Devemos muito à vaca. Mas há quem a veja como inimiga. A vaca, aqui referida como
a parte pelo todo bovino, é acusada de contribuir para a degradação do ambiente e para
o aquecimento global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de cabeças de gado existentes
no mundo quase metade das emissões de metano, um dos gases causadores do efeito
estufa. Acusam-se as chifrudas de beber água demais e ocupar um espaço precioso para
a agricultura.
O truísmo inconveniente é que homem e vaca são unha e carne. [...] Imaginar o
mundo sem vacas é como desejar um planeta livre dos homens – uma ideia, aliás, vista
com simpatia por ambientalistas menos esperançosos quanto à nossa espécie. “Alterar
radicalmente o papel dos bovinos no nosso cotidiano, subtraindo-lhes a importância
econômica, pode levá-los à extinção e colocar em jogo um recurso que está na base da
construção da humanidade e, por que não, de seu futuro”, diz o veterinário José Fernando
Garcia, da Universidade Estadual Paulista em Araçatuba. [...]
A vaca tem um papel econômico crucial até onde é considerada animal sagrado. Na
Índia, metade da energia doméstica vem da queima de esterco. O líder indiano Mahatma
Gandhi (1869-1948), que, como todo hindu, não comia carne bovina, escreveu: “A
mãe vaca, depois de morta, é tão útil quanto viva”. Nos Estados Unidos, as bases da
superpotência foram estabelecidas quando a conquista do Oeste foi dada por encerrada,
em 1890, fazendo surgir nas Grandes Planícies americanas o maior rebanho bovino do
mundo de então. “Esse estoque permitiu que a carne se tornasse, no século seguinte, uma
fonte de proteína para as massas, principalmente na forma de hambúrguer”, escreveu
Florian Werner. [...] Comer um bom bife é uma aspiração natural e cultural. Ou seja, nem
que a vaca tussa a humanidade deixará de ser onívora.
Revista Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento. (P120482A9_SUP)
(P120485A9)
No trecho “...subtraindo-lhes a importância...” ( . 10), o pronome destacado retoma o termo
A) ambientalistas.
B) bovinos.
C) cientistas.
D) homens.
E) rebanhos.
Leia o texto abaixo.
Formular perguntas sobre o cotidiano
5
10
Entender não significa apenas reconhecer o assunto, mas desenvolver uma relação
entre os seus saberes e as informações externas ao próprio assunto.
Ler o mundo, decifrá-lo e reconstruí-lo, é ideal para o desenvolvimento não só de
textos, mas também da vida. O ser humano deveria ter um olhar atento para o que o
rodeia, de forma a comparar, relacionar e inferir sobre suas leituras, filmes, papos entre
amigos, revistas de qualidade e trazer tudo isso para seu universo pessoal.
Infelizmente, a fase dos porquês ficou isolada em nossa infância e deixamos de indagar
sobre os mistérios da vida. Questionar é o início da aprendizagem. [...]
Se o mundo onde nos encontramos não nos dá respostas, procuramos em outros
mundos, em outros meios, mas, se nos calamos, tornamo-nos mudos intelectualmente.
Formular perguntas sobre os vários fatos de nosso cotidiano e buscar respostas
nas mais diversas fontes ideológicas, culturais e filosóficas é crucial, pois são essas
informações que irão fundamentar o texto.
Língua Portuguesa – Especial Redação. São Paulo: Editora Segmento, 2008. p. 43. (P090327A9_SUP)
(P090329A9) O
autor desse texto defende a ideia
A) da busca de informações diariamente.
B) da necessidade de questionamento constante.
C) de atentar para o conhecimento que há nos filmes.
D) de discutir com amigos assuntos variados.
Leia o texto abaixo.
APOSTA NA PREVENÇÃO
A prevenção da obesidade deve ser feita desde o nascimento e uma das ferramentas mais eficazes
é a amamentação. “Bebês amamentados no peito têm menos chances de se tornarem adultos gordos
porque, no esforço de sugar o seio, desenvolvem a percepção da saciedade, ou seja, sentem que a
fome acaba e param de mamar”, afirma o médico pediatra Fábio Ancona Lopez. Já o leite oferecido
na mamadeira, além de chegar à boca com mais facilidade, o que faz o bebê receber mais alimento
do que necessita, costuma ser muito calórico, principalmente se for engrossado com farinhas e
adoçado. Para saber se o bebê caminha para ser um adulto com peso normal ou um obeso, basta
ficar de olho na balança.
De acordo com o padrão internacional de pediatria, no primeiro ano de vida é normal que ele
triplique o peso que tinha ao nascer. A partir do segundo aniversário e até a adolescência, a criança
pode ganhar em média de 2 a 3 quilos, por ano.
Revista Crescer, ago. 2001.
A tese defendida nesse texto é a de que
A) a amamentação no peito previne a obesidade.
B) os bebês percebem quando estão saciados.
C) as mamadeiras fazem os bebês comerem mais.
D) os alimentos muito calóricos engordam os bebês.
E) os bebês, até um ano de vida, triplicam de peso.
(P09180SI)
Leia o texto abaixo.
GATO PORTÁTIL
Bichanos de apartamento não estão condenados a viver confinados. “Embora seja comum
os gatos ficarem nervosos e terem medo de sair de casa nas primeiras vezes, é possível
acostumá-los a ser sociáveis, a passear e até a viajar com seus donos numa boa”, afirma
Hannelore Fuchs, veterinária especialista em comportamento, de São Paulo. “Basta começar
cedo o treinamento e fazê-lo aos poucos.” Hannelore conta que tem um gato que adora passear
de carro e que vira e mexe vai para a praia com ela. “Isso promove o enriquecimento do cotidiano
do bicho, o que é sempre extremamente positivo”, assegura. “Na Europa e nos Estados Unidos,
onde os gatos estão cada vez mais populares, essa já é uma prática bastante difundida.”
Revista Cláudia, novembro de 2006.
(P08367SI_PUB)
Nesse texto, qual é o argumento que apoia a tese defendida pelo autor?
A) Basta começar cedo o treinamento e fazê-lo aos poucos.
B) Os gatos ficam nervosos e têm medo de sair de casa.
C) Na Europa e nos Estados Unidos os gatos são populares.
D) Hannelore é veterinária especialista em comportamento.
Leia o texto abaixo.
No “Sossego”
5
10
15
Não era feio o lugar, mas não era belo. Tinha, entretanto, o aspecto tranquilo e satisfeito
de quem se julga bem com a sua sorte.
A casa erguia sobre um solvaco, uma espécie de degrau, formando a subida para a
maior altura de uma pequena colina que lhe corria nos fundos. Em frente, entre os bambus
da cerca, olhava uma planície a morrer nas montanhas que se viam ao longe; um regato
de águas paradas e sujas cortava-a paralelamente à testada da casa; mais adiante, o
trem passava vincando a planície com a fita clara de linha capinada; um carreiro, com
casas, de um e de outro lado, saía da esquerda e ia ter à estação, atravessando o regato
e serpenteando pelo plaino.
A habitação de Quaresma tinha assim um amplo horizonte, olhando para o levante,
a “Noruega”, e era também risonha e graciosa nos seus muros caiados. Edificada com
desoladora indigência arquitetônica das nossas casas de campo, possuía, porém, vastas
salas, amplos quartos, todos com janelas, e uma varanda com colunata heterodoxa. Além
desta principal, o sítio do “Sossego”, como se chamava, tinha outras construções: a velha
casa de farinha, que ainda tinha o forno intacto e a roda desmontada, e uma estrebaria
coberta de sapê.
BARRETO, Lima. No “Sossego”. In: Triste fim de Policarpo Quaresma. SP: Ática, 1996. p . 73. Fragmento.
*Adaptado: Reforma Ortográfica. (P090482A9_SUP)
No trecho “Em frente, por entre os bambus da cerca, olhava uma planície...” ( . 4-5), a
expressão destacada indica uma circunstância de
(P090484A9)
A) causa.
B) lugar.
C) modo.
D) tempo.
Leia o texto abaixo.
Entrelinhas
Os quinze anos de Carol
Carol é uma menina do Rio de
Janeiro, tem 15 anos e problemas
típicos de sua idade. O livro relata
as dúvidas e descobertas da garota
sobre sexo, amor, menstruação,
amizade e muitas outras coisas,
além do drama que ela sofre por
nunca ter namorado ninguém. Da
Editora RGB: (0xx21) 2628-7148.
Preço médio: R$ 15,50.
TODATEEN, junho de 2002. p. 14.
,(P11110SI) A expressão “além do”, que aparece em “... além do drama que ela sofre por nunca ter
namorado ninguém.” introduz uma informação
A) nova.
B) contraditória.
C) errada.
D) negativa.
E) inútil.
Leia o texto abaixo.
A melhor amiga do homem
5
10
15
20
Diogo Schelp
Devemos muito à vaca. Mas há quem a veja como inimiga. A vaca, aqui referida como
a parte pelo todo bovino, é acusada de contribuir para a degradação do ambiente e para
o aquecimento global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de cabeças de gado existentes
no mundo quase metade das emissões de metano, um dos gases causadores do efeito
estufa. Acusam-se as chifrudas de beber água demais e ocupar um espaço precioso para
a agricultura.
O truísmo inconveniente é que homem e vaca são unha e carne. [...] Imaginar o
mundo sem vacas é como desejar um planeta livre dos homens – uma ideia, aliás, vista
com simpatia por ambientalistas menos esperançosos quanto à nossa espécie. “Alterar
radicalmente o papel dos bovinos no nosso cotidiano, subtraindo-lhes a importância
econômica, pode levá-los à extinção e colocar em jogo um recurso que está na base da
construção da humanidade e, por que não, de seu futuro”, diz o veterinário José Fernando
Garcia, da Universidade Estadual Paulista em Araçatuba. [...]
A vaca tem um papel econômico crucial até onde é considerada animal sagrado. Na
Índia, metade da energia doméstica vem da queima de esterco. O líder indiano Mahatma
Gandhi (1869-1948), que, como todo hindu, não comia carne bovina, escreveu: “A
mãe vaca, depois de morta, é tão útil quanto viva”. Nos Estados Unidos, as bases da
superpotência foram estabelecidas quando a conquista do Oeste foi dada por encerrada,
em 1890, fazendo surgir nas Grandes Planícies americanas o maior rebanho bovino do
mundo de então. “Esse estoque permitiu que a carne se tornasse, no século seguinte, uma
fonte de proteína para as massas, principalmente na forma de hambúrguer”, escreveu
Florian Werner. [...] Comer um bom bife é uma aspiração natural e cultural. Ou seja, nem
que a vaca tussa a humanidade deixará de ser onívora.
Revista Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento. (P120482A9_SUP)
(P120484A9) No trecho, “Ou seja, nem que a vaca tussa a humanidade deixará de ser onívora.” ( . 22-23), a
expressão destacada tem o sentido de um fato
A) absurdo.
B) admissível.
C) estimado.
D) impossível.
E) possível.
Leia o texto abaixo.
O Bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1967, p. 332.
(P08342SI) No
último verso, a expressão “meu Deus” sugere
A) desigualdade.
B) encanto.
C) espanto.
D) voracidade.
Leia o texto abaixo.
Sua memória vale ouro
Atire a primeira pedra quem nunca sofreu constrangimento ou aflição por esquecer um nome, uma
data ou um assunto. O problema, que parece simples, agrava-se de forma preocupante, principalmente
entre os mais jovens. Uma pesquisa revelou que pessoas, mesmo de pouca idade, ao serem obrigadas
a exercitar várias tarefas em pouco espaço de tempo, sofreram danos na memória. São os famosos
“brancos”.
É frequente o caso dos que se preparam arduamente para concursos ou provas e, no dia dos
exames, estão tão nervosos que não conseguem um bom desempenho. Segundo o professor titular de
Neurobiologia da Memória da Universidade de Brasília, Carlos Tomaz, algumas experiências podem ser
tão traumáticas que chegam a provocar uma espécie de amnesia (incapacidade de reter informação).
“É a chamada síndrome do estresse pós-traumático, que ocorre após atos de violência. A mente se
defende, fazendo a memória não registrar o fato que ocasionou o trauma”, explica o professor.
Mais turismo & qualidade de vida p 40. Dez 2004 / Jan / Fev. 2005. Adaptado.
(P11392SI) Na frase “É a chamada síndrome do estresse pós-traumático, que ocorre após atos de violência...”,
o uso das aspas indica a
A) introdução de um diálogo.
B) reprodução de uma citação.
C) existência de uma crítica.
D) crítica a uma opinião.
E) presença de gíria.
Leia o texto abaixo.
Agendar a vida
A vida há de rolar por cima da gente, reduzindo a poeirinha inútil quem se esquecer de
às vezes parar para pensar....
[...]
E escutar: a música do universo, o canto do sabiá (que tem começado às 3 da madrugada
fria, atarantado neste clima estranho); a risada da criança no andar de cima;enfim,o chamado
da vida que nos convoca de mil formas; anda, sai do marasmo, viveeeeeeeeeee!!
LUFT, Lya. Pensar é Transgredir. Rio de Janeiro: Record, 2005. p.17. Fragmento.
(P090018CE_PUB)
Nesse texto, a repetição da vogal “E” em “viveeeeeeeeee!!” produz efeito de
A) gradação.
B) harmonia.
C) intensidade.
D) musicalidade.
Leia o texto abaixo.
A melhor amiga do homem
5
10
15
20
Diogo Schelp
Devemos muito à vaca. Mas há quem a veja como inimiga. A vaca, aqui referida como
a parte pelo todo bovino, é acusada de contribuir para a degradação do ambiente e para
o aquecimento global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de cabeças de gado existentes
no mundo quase metade das emissões de metano, um dos gases causadores do efeito
estufa. Acusam-se as chifrudas de beber água demais e ocupar um espaço precioso para
a agricultura.
O truísmo inconveniente é que homem e vaca são unha e carne. [...] Imaginar o
mundo sem vacas é como desejar um planeta livre dos homens – uma ideia, aliás, vista
com simpatia por ambientalistas menos esperançosos quanto à nossa espécie. “Alterar
radicalmente o papel dos bovinos no nosso cotidiano, subtraindo-lhes a importância
econômica, pode levá-los à extinção e colocar em jogo um recurso que está na base da
construção da humanidade e, por que não, de seu futuro”, diz o veterinário José Fernando
Garcia, da Universidade Estadual Paulista em Araçatuba. [...]
A vaca tem um papel econômico crucial até onde é considerada animal sagrado. Na
Índia, metade da energia doméstica vem da queima de esterco. O líder indiano Mahatma
Gandhi (1869-1948), que, como todo hindu, não comia carne bovina, escreveu: “A
mãe vaca, depois de morta, é tão útil quanto viva”. Nos Estados Unidos, as bases da
superpotência foram estabelecidas quando a conquista do Oeste foi dada por encerrada,
em 1890, fazendo surgir nas Grandes Planícies americanas o maior rebanho bovino do
mundo de então. “Esse estoque permitiu que a carne se tornasse, no século seguinte, uma
fonte de proteína para as massas, principalmente na forma de hambúrguer”, escreveu
Florian Werner. [...] Comer um bom bife é uma aspiração natural e cultural. Ou seja, nem
que a vaca tussa a humanidade deixará de ser onívora.
Revista Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento. (P120482A9_SUP)
(P120483A9)
O autor usa a parte pelo todo para se referir à vaca em:
A) “Acusam-se as chifrudas...”. ( . 5)
B) “...homem e vaca são unha e carne”. ( . 7)
C) “...o papel dos bovinos...”. ( . 10)
D) “...animal sagrado.”. ( . 14)
E) “...nem que a vaca tussa...”. ( . 22-23)
Leia o texto abaixo.
Disponível em: <http://tiras-hagar.blogspot.com/>. Acesso em 04/07/09. (P090646_SUP)
(P090647A9) O
que gera humor nesse texto?
A) O cumprimento do personagem.
B) O personagem fazer várias perguntas.
C) A ambiguidade da palavra trono.
D) A ambiguidade da palavra plebeu.
Leia o texto abaixo.
Dik Browne. Hagar, o horrível. Sâo Paulo: Dealer, 1990. p. 15.
(P11546SI_PUB)
O efeito de humor desse texto está
A) na ordem que o Hagar deu ao amigo.
B) na expressão de espanto do amigo.
C) na obediência à ordem do Hagar.
D) no alívio que o amigo sentiu ao sair.
E) no duplo sentido do verbo “pescar”.
Leia o texto abaixo.
OSÓRIO. Revista Imprensa, ago. 1997, p.40.
(P090044A8)
No trecho “Tá bom, mamãe!”, a expressão destacada revela que a linguagem de Gabi é
A) desrespeitosa.
B) desafiadora.
C) informal.
D) regional.
Leia o texto e responda.
É normal ter dependência do cigarro?
A senhora sabe que sou fumante há quase dois anos, como conversamos na última
consulta. Há cerca de três semanas, tenho começado a sentir tremores quando estou
tenso e estressado e não tenho como sair do trabalho para fumar. Os tremores passam
logo que fumo um cigarro. É normal? (Rodrigo, 38 anos)
http://saude.terra.com.br/interna
(P11342SI) Nesse
texto, os interlocutores são os seguintes:
A) professora e aluno.
B) médica e paciente.
C) esposa e marido.
D) patroa e empregado.
E) mãe e filho.
Leia o texto abaixo.
Por que milho não vira pipoca?
Não importa a maneira de fazer
a pipoca. Sempre que se chega
ao final do saquinho, lá estão os
duros e ruidosos grãos de milho que
não estouraram. Essas bolinhas
irritantes, que já deixaram muitos
dentistas ocupados, estão com os
dias contados. Cientistas norteamericanos dizem que agora sabem
por que alguns grãos de milho de
pipoca resistem ao estouro.
Há algum tempo já se sabe que o
milho de pipoca precisa de umidade
no seu núcleo de amido, cerca de 15%
para explodir. Mas pesquisadores da
Universidade Purdue descobriram
que a chave para um bem sucedido
estouro do milho está na casca.
“
Se muita umidade
escapar, o milho
perde a habilidade
de estourar e
apenas fica ali
”
É indispensável uma
excelente
estrutura
da
casca para que o milho
estoure. Cascas danificadas
impedem que a umidade
faça a pressão necessária
para que o milho vire pipoca.
“Se muita umidade escapar,
o milho perde a habilidade de
estourar e apenas fica ali”,
explica Bruce Hamacker,
um professor de química
alimentar da Purdue.
Bruce Hamaker,
professor de química alimentar.
Estado de Minas. 25 de abril de 2005.
Para o milho estourar e virar pipoca é preciso que
A) a casca seja mais úmida que o núcleo.
B) a casca evite perda de umidade do núcleo.
C) o núcleo de amido estoure bem devagar.
D) o núcleo seja mais transparente que a casca.
E) a casca seja mais amarela que o núcleo.
(P09107SI)
Leia o texto abaixo.
A melhor amiga do homem
5
10
15
20
Diogo Schelp
Devemos muito à vaca. Mas há quem a veja como inimiga. A vaca, aqui referida como
a parte pelo todo bovino, é acusada de contribuir para a degradação do ambiente e para
o aquecimento global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de cabeças de gado existentes
no mundo quase metade das emissões de metano, um dos gases causadores do efeito
estufa. Acusam-se as chifrudas de beber água demais e ocupar um espaço precioso para
a agricultura.
O truísmo inconveniente é que homem e vaca são unha e carne. [...] Imaginar o
mundo sem vacas é como desejar um planeta livre dos homens – uma ideia, aliás, vista
com simpatia por ambientalistas menos esperançosos quanto à nossa espécie. “Alterar
radicalmente o papel dos bovinos no nosso cotidiano, subtraindo-lhes a importância
econômica, pode levá-los à extinção e colocar em jogo um recurso que está na base da
construção da humanidade e, por que não, de seu futuro”, diz o veterinário José Fernando
Garcia, da Universidade Estadual Paulista em Araçatuba. [...]
A vaca tem um papel econômico crucial até onde é considerada animal sagrado. Na
Índia, metade da energia doméstica vem da queima de esterco. O líder indiano Mahatma
Gandhi (1869-1948), que, como todo hindu, não comia carne bovina, escreveu: “A
mãe vaca, depois de morta, é tão útil quanto viva”. Nos Estados Unidos, as bases da
superpotência foram estabelecidas quando a conquista do Oeste foi dada por encerrada,
em 1890, fazendo surgir nas Grandes Planícies americanas o maior rebanho bovino do
mundo de então. “Esse estoque permitiu que a carne se tornasse, no século seguinte, uma
fonte de proteína para as massas, principalmente na forma de hambúrguer”, escreveu
Florian Werner. [...] Comer um bom bife é uma aspiração natural e cultural. Ou seja, nem
que a vaca tussa a humanidade deixará de ser onívora.
Revista Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento. (P120482A9_SUP)
(P120482A9)
De acordo com o autor desse texto,
A) a agricultura é mais preciosa do que a pecuária.
B) a dependência entre o homem e a vaca é real.
C) a importância econômica da vaca é unanimidade.
D) o ser humano gosta de comer um bom bife.
E) os EUA hoje possuem o maior rebanho bovino.
Leia o texto abaixo.
Morte e vida severina
(Fragmento)
– O meu nome é Severino,
como não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
deram então de me chamar
Severino de Maria;
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o da Maria
do finado Zacarias.
Mas isso ainda diz pouco:
há muitos na freguesia,
por causa de um coronel
que se chamou Zacarias
e que foi o mais antigo
senhor desta sesmaria.
Como então dizer quem fala
ora a Vossas Senhorias?
Vejamos: é o Severino
da Maria do Zacarias,
lá da serra da Costela,
limites da Paraíba.
MELO NETO, João Cabral de. Morte e vida Severina e outros poemas em voz alta. 34a ed, Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1994.
(P11523SI)
Com base nesse fragmento do poema, pode-se afirmar que o narrador
A) fala de sua mãe.
B) explica ao leitor quem é.
C) indica para onde quer ir.
D) fala sobre todos os bens.
E) diz o nome de batismo.
Leia o texto abaixo.
Brincadeira retrô
5
10
Me lembro bem de quando era pequena e do quanto minha imaginação era fértil. Eu fui
daquelas crianças que davam arrepios nos pais por conta das brincadeiras mirabolantes: a
cama de casal que virava navio pirata, o sofá da sala que virava palco de teatro com direito a
cortina de lençol e tudo mais... Toda vez que começava a me animar minha avó dizia: “Lá vem
essa menina inventando moda”. Hoje vejo que esse era o jeito de brincar das crianças de
antigamente. Não havia toda essa parafernália eletrônica, que toca música, anda, fala e não
deixa nenhum espaço para a imaginação. Precisávamos inventar as nossas brincadeiras.
Criança moderna não sabe brincar sozinha, tem sempre a babá, o computador, o DVD...
Hoje tento incentivar meu filho a brincar assim também. Não é que eu vá jogar todos os
brinquedos dele fora, mas com certeza ele vai aprender a se divertir com muito menos. Dá
mais trabalho, faz mais bagunça, mas é infinitamente mais divertido.
POMÁRICO, Veri. Revista Gol. Editora Trip: s/l. s/d. ( P090441A9_SUP)
trecho “Eu fui daquelas crianças que davam arrepios nos pais por conta das brincadeiras
mirabolantes” ( 1-2), a expressão destacada significa que as brincadeiras causavam
(P090442A9) No
A) admiração.
B) curiosidade.
C) indignação.
D) preocupação.
Leia o texto abaixo.
Ladrão se passa por manequim para fugir da polícia
Um ladrão tentou fugir da polícia ficando imóvel em uma vitrine de loja
fingindo ser um manequim. O criminoso, de 21 anos, acionou o alarme ao
entrar em uma loja de departamentos de Vigevano, norte da Itália.
Policiais revistaram a loja, mas em um primeiro momento não acharam
nada. Depois, eles notaram que um dos manequins da vitrine tinha roupas e
cabelo diferentes dos demais. O intruso foi preso.
TERRA Online, www.terra.com.br/popular. Consultado em 21/05/02.
(P11007SI) Em
“O intruso foi preso.”, a palavra ‘intruso’ significa
A) intrometido.
B) curioso.
C) invasor.
D) atrevido.
E) confuso.
Observe o mapa meteorológico de Minas Gerais e responda à questão.
(P09001CD)
De acordo com o mapa pode-se concluir que
A) vai chover em todo o estado de Minas, durante a semana.
B) todo o estado estará sujeito a pancadas violentas de chuva.
C) na maior parte do estado predomina tempo aberto com sol.
D) na maior parte do estado predomina tempo semi-nublado.
E) vai chover apenas na região Sul e Zona da Mata.
Leia o texto abaixo.
A cadeira do dentista
5
10
15
Fazia dois anos que não me sentava numa cadeira de dentista. Não que meus dentes
estivessem por todo esse tempo sem reclamar um tratamento. Cheguei a marcar várias
consultas, mas começava a suar frio folheando velhas revistas na antessala e me escafedia
antes de ser atendido. Na única ocasião em que botei o pé no gabinete do odontólogo –
tem uns seis meses –, quando ele me informou o preço do serviço, a dor transferiu-se do
dente para o bolso.
– Não quero uma dentadura em ouro com incrustações em rubis e esmeraldas –
esclareci –, só preciso tratar o canal.
– É esse o preço de um tratamento de canal!
– Tem certeza? O senhor não estará confundindo o meu canal com o do Panamá?
Adiei o tratamento. Tenho pavor de dentista. O mundo avançou nos últimos 30 anos,
mas a Odontologia permanece uma atividade medieval. Para mim não faz diferença um
“pau de arara” ou uma cadeira de dentista: é tudo instrumento de tortura.
Dessa vez, porém, não tive como escapar. Os dentes do lado esquerdo já tinham
se transformado em meros figurantes dentro da boca. Ao estourar o pré-molar do lado
direito, fiquei restrito à linha de frente para mastigar maminhas e picanhas. Experiência
que poderia ter dado certo, caso tivesse algum jeito para esquilo. [...]
NOVAES, Carlos Eduardo. A cadeira do dentista e outras crônicas. São Paulo: Ática, 1999, p.48-50. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica. (P100177A9_SUP)
(P100177A9) Qual
o assunto desse texto?
A) Adiamento do tratamento.
B) Dores de dentes.
C) Instrumento de tortura.
D) Preço de tratamento.
E) Tratamento de dentes.
Leia o texto abaixo.
PARE DE FUMAR
O hábito de fumar pode ser considerado uma toxicomania? Se definirmos a toxicomania
como “uma tendência irresistível de consumir uma substância tóxica”, o fumante inveterado
deve ser classificado como um toxicômano.
Foram os espanhóis, no século XV, que introduziram o tabaco na Europa, a princípio
consumido por soldados e marinheiros, que mascavam a erva ou fumavam em cachimbo. No
início do século XX, o hábito de fumar difundiu-se por todos os países, em todos os níveis
sociais, tornando-se autêntica toxicomania, apesar das advertências dos males que seu uso
poderia provocar. É uma droga que mata.
A diferença entre as toxicomanias clássicas (cocaína, heroína, morfina, maconha,
anfetaminas, álcool) está no fato de que o tabaco não modifica a personalidade do usuário e,
embora possa produzir efeitos estimulantes ou relaxantes, jamais afeta o equilíbrio mental. O
uso continuado causa efeitos orgânicos irreversíveis, que são letais, e o índice de mortalidade
é proporcional ao número de cigarros consumidos, sobretudo na faixa etária entre os 45 e 50
anos de idade.
A sociedade tem pago um tributo elevadíssimo pelo hábito de fumar: mortes prematuras,
doenças crônicas incapacitantes, diminuição de rendimento no trabalho.
Nelson Senise, JB, 8/9/92, 1*caderno,p. 11.
(P11198SI)
Esse texto tem como tema
A) as doenças crônicas.
B) as vantagens do fumo.
C) o fumo como toxicomania.
D) a história do fumo.
E) as toxicomanias clássicas.
Leia o texto abaixo.
Capa
A inspiradora reportagem sobre as crises de idade nos leva a muitas reflexões, mas acredito que
a mais importante delas diz respeito à estrutura de personalidade que cada um de nós desenvolve.
É consenso, entre pessoas maduras e bem estruturadas emocionalmente, que vivemos a vida
de acordo com nossa base psicológica. Por isso, é importante que, da infância até o início da
vida adulta, saibamos estruturar o arcabouço daquilo que seremos. Quem tem um bom alicerce,
enfrentará seguramente qualquer tipo de problema. “Reinvente-se a cada idade”.
José Elias Aiex Neto
Foz do Iguaçu – PR
ISTOÉ 2006, 24 jun. 2009. (P090474A9_SUP)
(P090474A9)
A palavra que marca a opinião do leitor em relação à reportagem é
A) consenso.
B) importante.
C) inspiradora.
D) seguramente.
Leia o texto abaixo.
Deitada na calçada, Dona Belarmina, 71 anos, parece até serena, quase adormecida embaixo do
cobertor quadriculado, a cabeça apoiada em pedaços dobrados de papelão, que lhe servem também
de colchão. Ainda é cedo, oito da noite, e o movimento de carros e pessoas é intenso. Ninguém presta
atenção.
“Já perdi tudo, até a vergonha”, diz, a voz quase inaudível. Perdeu a família, que lhe virou as
costas quando se tornou um peso difícil de sustentar. Perdeu as condições de trabalhar “Eu era uma
mulher trabalhadeira.” Perdeu o interesse pela vida. Não sabe quem é o presidente da República,
nem o Governador, nem o Prefeito. “E eles sabem que eu existo? Ninguém sabe nem que eu estou
viva!”
Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 4 jun. 2000. p.4.
(P11325SI)
Em qual das citações abaixo está expressa uma opinião do jornalista, autor desse texto?
A) “Dona Belarmina, 71 anos,...”
B) “Ainda é cedo, oito da noite,...”
C) “...parece até serena, quase adormecida...”
D) “a cabeça apoiada em pedaços de papelão,...”
E) “...o movimento de carros e pessoas é intenso.”
Leia o texto abaixo.
Encontro de ansiedades
O pai Irineu, a mãe Florinda e os filhos Lúcia, Eliana e Ronaldo (...) tiveram uma experiência
bastante inusitada. A família de índios Guarani, do Pontal do Paraná, litoral do Estado, foi
convidada para visitar os alunos da Escola Atuação em Curitiba. Foi um encontro de ansiedades:
de um lado, as crianças indígenas amedrontadas com tanta gente para recebê-las no ginásio da
escola; de outro, os alunos curiosos e inquietos com a presença de novos visitantes.
No fim das contas, tudo terminou bem: as crianças índias não falam português, mas receberam
toda a atenção dos novos amigos e voltaram para a sua aldeia com muitas cestas de frutas e
outros presentes. A turminha da escola adorou a experiência e garante que aprendeu muito com
a atividade. A troca de ansiedades acabou se tornando troca de carinhos.
Gazeta do Povo. Curitiba, 29 abr. 2000. Gazetinha, p.5.
(P090100A8)
A principal informação desse texto está expressa
A) na iniciativa de uma família de Curitiba.
B) na aceitação do convite pela família guarani.
C) no resultado do encontro dos dois grupos.
D) no grau de ansiedade dos dois grupos.
Leia o texto abaixo.
A porcentagem de tipos sanguíneos varia em diferentes grupos populacionais. Muitos
povos indígenas, como várias tribos da América, não possuem o tipo B. No Brasil, os tipos O
e A respondem, juntos, por quase 90% dos habitantes. Uma provável explicação para esse
fenômeno está em pesquisas ainda não-conclusivas: elas indicam que algumas doenças
são mais comuns em determinados tipos sanguíneos. O câncer de estômago, por exemplo,
seria mais freqüente em pessoas com sangue tipo A; a pneumonia e certos tipos de anemia,
no tipo B. Conforme certas epidemias se tornam mais freqüentes, elas matam mais pessoas
de certo tipo sanguíneo – e sobra mais gente dos outros.
O que determina os diferentes tipos de sangue?, Revista Super Interessante. n° 195, dezembro de 2003, p. 50.
(P11289SI)
É fundamental no texto a idéia de que
A) as epidemias se espalharam por causa dos grupos sanguíneos.
B) os tipos sanguíneos variam de grupo para grupo populacional.
C) os povos indígenas não possuem sangue tipo B.
D) os tipos sanguíneos A e B são menos propícios a doenças.
E) os brasileiros possuem mais sangue do tipo O e A.
Leia o texto abaixo.
Brincando de ontem
A casa de Rui Barbosa
convida as crianças a voltar
no tempo neste domingo. O
destino dessa viagem é a
época pré-jogos eletrônicos,
em que as principais
brincadeiras eram chicotinho
queimado, morto e vivo,
amarelinha, bola de gude,
cabo-de-guerra e muitas
outras que fazem parte do
evento “Um domingo como
antigamente”, a primeira
de uma série de atividades
gratuitas que o museu
promoverá no primeiro
domingo de cada mês até o
fim do ano.
A tarde começa com uma
dramatização para situar os
pequenos na
era das cantigas de roda e
brincadeiras de rua. Depois,
o grupo de recreadores se
divide por diversas oficinas,
cada uma voltada para uma
atividade diferente.
- As crianças poderão
aprender de jogar bola
de gude a confeccionar
seus próprios brinquedos
em tecido ou dobradura conta Aparecida Rangel,
responsável pela área
educativa do museu.
A leitura não ficará de
fora: a biblioteca infantil da
casa estará aberta durante
o evento.
A Casa de Rui
Barbosa traz de
volta a amarelinha
e a bola de gude
O Globo, 29/04/05. Rio Show. P. 35
Esse texto é uma
A) crônica.
B) fábula.
C) notícia.
D) resenha.
Leia o texto abaixo.
É normal ter dependência do cigarro?
A senhora sabe que sou fumante há quase dois anos, como
conversamos na última consulta. Há cerca de três semanas, tenho
começado a sentir tremores quando estou tenso e estressado e não
tenho como sair do trabalho para fumar. Os tremores passam logo
que fumo um cigarro. É normal? (Rodrigo, 38 anos)
http://saude.terra.com.br/interna
(P11341SI)
A função desse texto é
A) debater o tabagismo.
B) orientar os fumantes.
C) impor uma opinião.
D) dar uma informação.
E) esclarecer uma dúvida.
Leia o texto abaixo.
Art. 2º Declaração dos direitos da criança
“A criança deve beneficiar-se de proteção especial e dispor de oportunidades e serviços
assegurados por lei ou por outros meios, a fim de poder desenvolver-se física, mental, moral,
espiritual e socialmente de modo sadio e normal, em condições de liberdade e dignidade. Na
adoção de leis com este objetivo, a consideração fundamental deve ser o interesse superior da
criança.”
Declaração dos Direitos da Criança, aprovada pela Assembléia Geral da ONU, em 20 nov.1959.
(P090036PE)
Esse texto tem a finalidade de
A) explicar um artigo de lei.
B) garantir os direitos da criança.
C) informar sobre direitos da criança.
D) opinar sobre um artigo de lei.
Leia o texto abaixo.
A
reunião se estendeu pela tarde inteira. Amontoados no quarto de Cris, os meninos não
chegavam a um acordo sobre quem faria o quê na peça. Foi preciso muita conversa (e
até alguns beliscões) para que a maioria se conformasse com a distribuição dos papéis. Júnior
era o mais forte do grupo e por isso ganhou o direito de segurar o esqueleto. A Ique caberia a
tarefa de mover os ossos do braço, fazendo os gestos necessários para acompanhar a fala de
Valfrido. E a voz, rouca e tenebrosa, Biel treinou durante toda a manhã.
Apesar dos protestos, as meninas se sujeitaram a permanecer na retaguarda, de olho na
casa do Bola e nas esquinas da rua, prontas a avisar os garotos caso surgisse um imprevisto.
– E eu? E eu? – Cisco perguntou, após assoar ferozmente o nariz. – Dão tem babel bra bim?
KLEIN, Sérgio. Tremendo de Coragem. São Paulo: Fundamento Educacional, 2001. p. 57.
(P11272SI)
A história tem como ponto de partida
A) o protesto das meninas.
B) a montagem de uma peça.
C) a redação de uma peça.
D) a conversa das crianças.
E) o estudo dos meninos.
Leia o texto e responda.
O AVENTUREIRO ULISSES
(Ulisses Serapião Rodrigues)
Ainda tinha duzentos réis. E como eram sua única fortuna meteu a mão no bolso e
segurou a moeda. Ficou com ela na mão fechada.
Nesse instante estava na Avenida Celso Garcia. E sentia no peito todo o frio da manhã.
Duzentão. Quer dizer: dois sorvetes de casquinha. Pouco.
Ah! muito sofre quem padece. Muito sofre quem padece? É uma canção de Sorocaba.
Não. Não é. Então que é? Mui-to so-fre quem pa-de-ce. Alguém dizia isto sempre. Etelvina?
Seu Cosme? Com certeza Etelvina que vivia amando toda a gente. Até ele. Sujeitinha
impossível. Só vendo o jeito de olhar dela.
Bobagens. O melhor é ir andando.
Foi.
Pé no chão é bom só na roça. Na cidade é uma porcaria. Toda a gente estranha. É verdade.
Agora é que ele reparava direito: ninguém andava descalço. Sentiu um mal-estar horrível.
As mãos a gente ainda escondia nos bolsos. Mas os pés? Cousa horrorosa. Desafogou a
cintura. Puxou as calças para baixo. Encolheu os artelhos. Deu dez passos assim. Pipocas.
Não dava jeito mesmo. Pipocas. A gente da cidade que vá bugiar no inferno. Ajustou a cintura.
Levantou as calças acima dos tornozelos. Acintosamente. E muito vermelho foi jogando os
pés na calçada. Andando duro como se estivesse calçado.
MACHADO, Antônio de A. O aventureiro Ulisses. Contos reunidos. São Paulo: Ática, 2002. p.122.
(P11297SI) O enredo se desenvolve a partir da
A) elegância do personagem.
B) alegria do personagem.
C) fome do personagem.
D) cor do personagem.
E) penúria do personagem.
Leia os textos abaixo.
Vestibular
Texto 1
A reportagem “Vestibular. Vai mudar tudo, menos o mérito” (15 de abril) é muito boa.
Como educador, espero que o novo Enem possa mensurar a capacidade dos candidatos
a uma vaga nas universidades, contribuir para a necessária melhoria do ensino médio e
fazer com que os candidatos ordenem todas as informações e cheguem a uma conclusão,
com melhor capacitação intelectual e cultural.
Ruvin Ber José Singal
São Paulo, SP
Texto 2
Agradeço pelas informações claras e completas fornecidas pela revista sobre as
mudanças do vestibular. Trabalho com orientação profissional em um colégio e utilizei a
reportagem, assim como o site da publicação, nos grupos que coordeno. As mudanças
são realmente necessárias e preservarão a qualidade do ensino das escolas brasileiras,
sobretudo no ensino médio. Nossos jovens precisam ser estimulados a pensar!
Betina Andriani Felipe – Psicóloga e professora
Florianópolis, SC
Revista Veja, nº 16. São Paulo: Abril, 22 abr. 2009. p. 36. (P090546A9_SUP)
(P090546A9) A
respeito da reportagem sobre vestibular, as opiniões dos leitores são
A) antagônicas.
B) cautelosas.
C) complementares.
D) inconsistentes.
Leia os textos abaixo.
Texto 1
Poesia
Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Carlos Drummond de Andrade: poesia e prosa. 8. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992, p.20.
Texto 2
DECLARAÇÃO DE AMOR
Clarice Lispector
Esta é uma declaração de amor. Amo a língua portuguesa. E ela não é fácil. Não é
maleável. E, como não foi profundamente trabalhada pelo pensamento, a sua tendência
é a de não ter sutilezas e de reagir às vezes com um verdadeiro pontapé contra os que
temerariamente ousam transformá-la numa linguagem de sentimento e alerteza. E de
amor. A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para
quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialidade.
Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado. Às vezes se assusta
com o imprevisível de uma frase.[...]
Disponível em: <http://recantodasletras.uol.com.br/prosapoetica/305163>
(P090065CE)
Esses dois textos
A) apresentam o tema usando a mesma estrutura.
B) têm uma visão poética sobre o ato de escrever.
C) o Texto 1 refere-se a qualquer forma de escrita.
D) o Texto 2 apresenta o tema com objetividade.
Leia o texto abaixo.
“A nossa constituição não inveja as leis dos nossos vizinhos. (...) Não imitamos os outros.
Pelo contrário, servimos de modelo a alguns. Esse modelo, próprio de Atenas, recebeu o
nome de democracia, porque sua direção não está na mão de um pequeno grupo, mas
sim da maioria. (...) Um temor salutar impede-nos de faltar ao cumprimento dos nossos
deveres no que toca à pátria. Respeitamos sempre os magistrados e as leis. Perante elas,
todos os atenienses são iguais, iguais na vida privada, iguais na solução dos diferendos
entre particulares, iguais na obtenção das honras as quais são devidas aos méritos e não
à classe.”
PÉRICLES, cit por Prelot. As doutrinas políticas. In.: ARANHA e MARTINS. Filosofando. Introdução à Filosofia. p.227
(P11016SI) Na
frase “Perante elas, todos os atenienses são iguais, iguais na vida privada, iguais na solução
dos diferendos entre particulares, iguais na obtenção das honras as quais são devidas aos méritos e não
à classe.” a expressão sublinhada refere-se a:
A) solução.
B) elas.
C) iguais.
D) obtenção.
E) honras.
Leia o texto abaixo.
A melhor amiga do homem
5
10
15
20
Diogo Schelp
Devemos muito à vaca. Mas há quem a veja como inimiga. A vaca, aqui referida como
a parte pelo todo bovino, é acusada de contribuir para a degradação do ambiente e para
o aquecimento global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de cabeças de gado existentes
no mundo quase metade das emissões de metano, um dos gases causadores do efeito
estufa. Acusam-se as chifrudas de beber água demais e ocupar um espaço precioso para
a agricultura.
O truísmo inconveniente é que homem e vaca são unha e carne. [...] Imaginar o
mundo sem vacas é como desejar um planeta livre dos homens – uma ideia, aliás, vista
com simpatia por ambientalistas menos esperançosos quanto à nossa espécie. “Alterar
radicalmente o papel dos bovinos no nosso cotidiano, subtraindo-lhes a importância
econômica, pode levá-los à extinção e colocar em jogo um recurso que está na base da
construção da humanidade e, por que não, de seu futuro”, diz o veterinário José Fernando
Garcia, da Universidade Estadual Paulista em Araçatuba. [...]
A vaca tem um papel econômico crucial até onde é considerada animal sagrado. Na
Índia, metade da energia doméstica vem da queima de esterco. O líder indiano Mahatma
Gandhi (1869-1948), que, como todo hindu, não comia carne bovina, escreveu: “A
mãe vaca, depois de morta, é tão útil quanto viva”. Nos Estados Unidos, as bases da
superpotência foram estabelecidas quando a conquista do Oeste foi dada por encerrada,
em 1890, fazendo surgir nas Grandes Planícies americanas o maior rebanho bovino do
mundo de então. “Esse estoque permitiu que a carne se tornasse, no século seguinte, uma
fonte de proteína para as massas, principalmente na forma de hambúrguer”, escreveu
Florian Werner. [...] Comer um bom bife é uma aspiração natural e cultural. Ou seja, nem
que a vaca tussa a humanidade deixará de ser onívora.
Revista Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento. (P120482A9_SUP)
(P120485A9)
No trecho “...subtraindo-lhes a importância...” ( . 10), o pronome destacado retoma o termo
A) ambientalistas.
B) bovinos.
C) cientistas.
D) homens.
E) rebanhos.
Leia o texto abaixo.
Formular perguntas sobre o cotidiano
5
10
Entender não significa apenas reconhecer o assunto, mas desenvolver uma relação
entre os seus saberes e as informações externas ao próprio assunto.
Ler o mundo, decifrá-lo e reconstruí-lo, é ideal para o desenvolvimento não só de
textos, mas também da vida. O ser humano deveria ter um olhar atento para o que o
rodeia, de forma a comparar, relacionar e inferir sobre suas leituras, filmes, papos entre
amigos, revistas de qualidade e trazer tudo isso para seu universo pessoal.
Infelizmente, a fase dos porquês ficou isolada em nossa infância e deixamos de indagar
sobre os mistérios da vida. Questionar é o início da aprendizagem. [...]
Se o mundo onde nos encontramos não nos dá respostas, procuramos em outros
mundos, em outros meios, mas, se nos calamos, tornamo-nos mudos intelectualmente.
Formular perguntas sobre os vários fatos de nosso cotidiano e buscar respostas
nas mais diversas fontes ideológicas, culturais e filosóficas é crucial, pois são essas
informações que irão fundamentar o texto.
Língua Portuguesa – Especial Redação. São Paulo: Editora Segmento, 2008. p. 43. (P090327A9_SUP)
(P090329A9) O
autor desse texto defende a ideia
A) da busca de informações diariamente.
B) da necessidade de questionamento constante.
C) de atentar para o conhecimento que há nos filmes.
D) de discutir com amigos assuntos variados.
Leia o texto abaixo.
APOSTA NA PREVENÇÃO
A prevenção da obesidade deve ser feita desde o nascimento e uma das ferramentas mais eficazes
é a amamentação. “Bebês amamentados no peito têm menos chances de se tornarem adultos gordos
porque, no esforço de sugar o seio, desenvolvem a percepção da saciedade, ou seja, sentem que a
fome acaba e param de mamar”, afirma o médico pediatra Fábio Ancona Lopez. Já o leite oferecido
na mamadeira, além de chegar à boca com mais facilidade, o que faz o bebê receber mais alimento
do que necessita, costuma ser muito calórico, principalmente se for engrossado com farinhas e
adoçado. Para saber se o bebê caminha para ser um adulto com peso normal ou um obeso, basta
ficar de olho na balança.
De acordo com o padrão internacional de pediatria, no primeiro ano de vida é normal que ele
triplique o peso que tinha ao nascer. A partir do segundo aniversário e até a adolescência, a criança
pode ganhar em média de 2 a 3 quilos, por ano.
Revista Crescer, ago. 2001.
A tese defendida nesse texto é a de que
A) a amamentação no peito previne a obesidade.
B) os bebês percebem quando estão saciados.
C) as mamadeiras fazem os bebês comerem mais.
D) os alimentos muito calóricos engordam os bebês.
E) os bebês, até um ano de vida, triplicam de peso.
(P09180SI)
Leia o texto abaixo.
GATO PORTÁTIL
Bichanos de apartamento não estão condenados a viver confinados. “Embora seja comum
os gatos ficarem nervosos e terem medo de sair de casa nas primeiras vezes, é possível
acostumá-los a ser sociáveis, a passear e até a viajar com seus donos numa boa”, afirma
Hannelore Fuchs, veterinária especialista em comportamento, de São Paulo. “Basta começar
cedo o treinamento e fazê-lo aos poucos.” Hannelore conta que tem um gato que adora passear
de carro e que vira e mexe vai para a praia com ela. “Isso promove o enriquecimento do cotidiano
do bicho, o que é sempre extremamente positivo”, assegura. “Na Europa e nos Estados Unidos,
onde os gatos estão cada vez mais populares, essa já é uma prática bastante difundida.”
Revista Cláudia, novembro de 2006.
(P08367SI_PUB)
Nesse texto, qual é o argumento que apoia a tese defendida pelo autor?
A) Basta começar cedo o treinamento e fazê-lo aos poucos.
B) Os gatos ficam nervosos e têm medo de sair de casa.
C) Na Europa e nos Estados Unidos os gatos são populares.
D) Hannelore é veterinária especialista em comportamento.
Leia o texto abaixo.
No “Sossego”
5
10
15
Não era feio o lugar, mas não era belo. Tinha, entretanto, o aspecto tranquilo e satisfeito
de quem se julga bem com a sua sorte.
A casa erguia sobre um solvaco, uma espécie de degrau, formando a subida para a
maior altura de uma pequena colina que lhe corria nos fundos. Em frente, entre os bambus
da cerca, olhava uma planície a morrer nas montanhas que se viam ao longe; um regato
de águas paradas e sujas cortava-a paralelamente à testada da casa; mais adiante, o
trem passava vincando a planície com a fita clara de linha capinada; um carreiro, com
casas, de um e de outro lado, saía da esquerda e ia ter à estação, atravessando o regato
e serpenteando pelo plaino.
A habitação de Quaresma tinha assim um amplo horizonte, olhando para o levante,
a “Noruega”, e era também risonha e graciosa nos seus muros caiados. Edificada com
desoladora indigência arquitetônica das nossas casas de campo, possuía, porém, vastas
salas, amplos quartos, todos com janelas, e uma varanda com colunata heterodoxa. Além
desta principal, o sítio do “Sossego”, como se chamava, tinha outras construções: a velha
casa de farinha, que ainda tinha o forno intacto e a roda desmontada, e uma estrebaria
coberta de sapê.
BARRETO, Lima. No “Sossego”. In: Triste fim de Policarpo Quaresma. SP: Ática, 1996. p . 73. Fragmento.
*Adaptado: Reforma Ortográfica. (P090482A9_SUP)
No trecho “Em frente, por entre os bambus da cerca, olhava uma planície...” ( . 4-5), a
expressão destacada indica uma circunstância de
(P090484A9)
A) causa.
B) lugar.
C) modo.
D) tempo.
Leia o texto abaixo.
Entrelinhas
Os quinze anos de Carol
Carol é uma menina do Rio de
Janeiro, tem 15 anos e problemas
típicos de sua idade. O livro relata
as dúvidas e descobertas da garota
sobre sexo, amor, menstruação,
amizade e muitas outras coisas,
além do drama que ela sofre por
nunca ter namorado ninguém. Da
Editora RGB: (0xx21) 2628-7148.
Preço médio: R$ 15,50.
TODATEEN, junho de 2002. p. 14.
,(P11110SI) A expressão “além do”, que aparece em “... além do drama que ela sofre por nunca ter
namorado ninguém.” introduz uma informação
A) nova.
B) contraditória.
C) errada.
D) negativa.
E) inútil.
Leia o texto abaixo.
Sondagem
5
10
15
20
25
O carteiro, conversador amável, não gosta de livros. Tornam pesada a carga matinal,
que na sua opinião, e dado seu nome burocrático, devia constituir-se apenas de cartas.
No máximo algum jornalzinho leve, mas esses pacotes e mais pacotes que o senhor
recebe, ler tudo isso deve ser de morte!
Explico-lhe que não é preciso ler tudo isso, e ele muito se admira:
– Então o senhor guarda sem ler? E como é que sabe o que tem no miolo?
– Em primeiro lugar, Teodorico, nem sempre eu guardo. Às vezes dou aos amigos,
quando há alguma coisa que possa interessar a eles.
– Mas como sabe que pode interessar, se não leu?
Esclareço a Teodorico que não leio de ponta a ponta, mas sempre abro ao acaso, leio
uma página ou umas linhas, passo os olhos no índice, e concluo.
Meu crédito diminui sensivelmente a seus olhos. Não lhe passaria pela cabeça receber
qualquer coisa do correio sem ler inteirinha.
– Mas, Teodorico, quando você compra um jornal se sente obrigado a ler tudo que está
nele?
– Aí é diferente. Eu compro o jornal para ver os crimes, o resultado do seu-talão-vale-um-milhão
etc. Leio aquilo que me interessa.
– Eu também leio aquilo que me interessa.
[...]
Ficou pensativo, à procura de argumento? Enquanto isso, eu meditava a curiosidade
de um carteiro que se queixa de entregar muitos livros e ao mesmo tempo reprova que
outros não os leiam integralmente.
– Tem razão. Não adianta mesmo escrever.
– Como não adianta? Lava o espírito.
– No meu fraco raciocínio, tudo é encadeado neste mundo. Ou devia ser. Uma coisa
nunca acontece sozinha nem acaba sozinha. Se uma pessoa, vamos dizer, eu, só para
armar um exemplo, se eu escrevo um livro, deve existir um outro – o senhor, numa hipótese
– para receber e ler esse livro. Mas se o senhor não liga a mínima, foi besteira eu fazer
esse esforço, e isso é o que acontece com a maioria, estou vendo.
ANDRADE, Carlos Drumond. In: WERNECK, Humberto. Boa companhia: crônicas. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. p.31-33.
(P090457A9_SUP)
(P090457A9) O
carteiro questionou o narrador sobre o fato de esse não ler todos os livros que recebe, porque
A) se admirava da capacidade de leitura do narrador.
B) se queixava de ter que carregar o peso dos livros.
C) queria convencer o narrador a ler o seu livro.
D) queria saber se alguém lia tantos livros.
Leia o texto abaixo.
Israelense cria frango sem penas
JERUSALÉM – Um frango transgênico, sem penas, com a pele vermelha e a carne menos gordurosa foi
criado nos laboratórios da Universidade Hebraica de Jerusalém. O geneticista Avigdor Cahaner cruzou um
pequeno pássaro sem penas com uma ave de granja e obteve o frango careca, maior e mais saudável.
“As aves consomem muita energia para crescer, mas no processo geram muito calor, do qual têm de
se livrar, impedindo que a temperatura do corpo se eleve tanto que as mate”, explicou Avigdor. Por isso, o
crescimento das aves de granja é mais lento no verão e nos países quentes. Se não tiverem penas, as aves
podem redirecionar a energia para se desenvolverem, e não mais para manter a temperatura suportável.
“As penas são um desperdício, exceto nos climas mais frios, nos quais protegem as aves”, concluiu.
JBonline, 21 maio 2002.
(P11005SI)
As penas são um desperdício para os frangos porque
A) superaquecem as aves em todos os climas.
B) refrescam as aves em climas quentes.
C) impedem que as aves produzam energia.
D) limitam o crescimento das aves.
E) atrapalham o movimento das aves.
Leia o texto abaixo.
A melhor amiga do homem
5
10
15
20
Diogo Schelp
Devemos muito à vaca. Mas há quem a veja como inimiga. A vaca, aqui referida como
a parte pelo todo bovino, é acusada de contribuir para a degradação do ambiente e para
o aquecimento global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de cabeças de gado existentes
no mundo quase metade das emissões de metano, um dos gases causadores do efeito
estufa. Acusam-se as chifrudas de beber água demais e ocupar um espaço precioso para
a agricultura.
O truísmo inconveniente é que homem e vaca são unha e carne. [...] Imaginar o
mundo sem vacas é como desejar um planeta livre dos homens – uma ideia, aliás, vista
com simpatia por ambientalistas menos esperançosos quanto à nossa espécie. “Alterar
radicalmente o papel dos bovinos no nosso cotidiano, subtraindo-lhes a importância
econômica, pode levá-los à extinção e colocar em jogo um recurso que está na base da
construção da humanidade e, por que não, de seu futuro”, diz o veterinário José Fernando
Garcia, da Universidade Estadual Paulista em Araçatuba. [...]
A vaca tem um papel econômico crucial até onde é considerada animal sagrado. Na
Índia, metade da energia doméstica vem da queima de esterco. O líder indiano Mahatma
Gandhi (1869-1948), que, como todo hindu, não comia carne bovina, escreveu: “A
mãe vaca, depois de morta, é tão útil quanto viva”. Nos Estados Unidos, as bases da
superpotência foram estabelecidas quando a conquista do Oeste foi dada por encerrada,
em 1890, fazendo surgir nas Grandes Planícies americanas o maior rebanho bovino do
mundo de então. “Esse estoque permitiu que a carne se tornasse, no século seguinte, uma
fonte de proteína para as massas, principalmente na forma de hambúrguer”, escreveu
Florian Werner. [...] Comer um bom bife é uma aspiração natural e cultural. Ou seja, nem
que a vaca tussa a humanidade deixará de ser onívora.
Revista Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento. (P120482A9_SUP)
(P120484A9) No trecho, “Ou seja, nem que a vaca tussa a humanidade deixará de ser onívora.” ( . 22-23), a
expressão destacada tem o sentido de um fato
A) absurdo.
B) admissível.
C) estimado.
D) impossível.
E) possível.
Leia o texto abaixo.
O Bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1967, p. 332.
(P08342SI) No
último verso, a expressão “meu Deus” sugere
A) desigualdade.
B) encanto.
C) espanto.
D) voracidade.
Leia o texto abaixo.
Sua memória vale ouro
Atire a primeira pedra quem nunca sofreu constrangimento ou aflição por esquecer um nome, uma
data ou um assunto. O problema, que parece simples, agrava-se de forma preocupante, principalmente
entre os mais jovens. Uma pesquisa revelou que pessoas, mesmo de pouca idade, ao serem obrigadas
a exercitar várias tarefas em pouco espaço de tempo, sofreram danos na memória. São os famosos
“brancos”.
É frequente o caso dos que se preparam arduamente para concursos ou provas e, no dia dos
exames, estão tão nervosos que não conseguem um bom desempenho. Segundo o professor titular de
Neurobiologia da Memória da Universidade de Brasília, Carlos Tomaz, algumas experiências podem ser
tão traumáticas que chegam a provocar uma espécie de amnesia (incapacidade de reter informação).
“É a chamada síndrome do estresse pós-traumático, que ocorre após atos de violência. A mente se
defende, fazendo a memória não registrar o fato que ocasionou o trauma”, explica o professor.
Mais turismo & qualidade de vida p 40. Dez 2004 / Jan / Fev. 2005. Adaptado.
(P11392SI) Na frase “É a chamada síndrome do estresse pós-traumático, que ocorre após atos de violência...”,
o uso das aspas indica a
A) introdução de um diálogo.
B) reprodução de uma citação.
C) existência de uma crítica.
D) crítica a uma opinião.
E) presença de gíria.
Leia o texto abaixo.
Agendar a vida
A vida há de rolar por cima da gente, reduzindo a poeirinha inútil quem se esquecer de
às vezes parar para pensar....
[...]
E escutar: a música do universo, o canto do sabiá (que tem começado às 3 da madrugada
fria, atarantado neste clima estranho); a risada da criança no andar de cima;enfim,o chamado
da vida que nos convoca de mil formas; anda, sai do marasmo, viveeeeeeeeeee!!
LUFT, Lya. Pensar é Transgredir. Rio de Janeiro: Record, 2005. p.17. Fragmento.
(P090018CE_PUB)
Nesse texto, a repetição da vogal “E” em “viveeeeeeeeee!!” produz efeito de
A) gradação.
B) harmonia.
C) intensidade.
D) musicalidade.
Leia o texto abaixo.
A melhor amiga do homem
5
10
15
20
Diogo Schelp
Devemos muito à vaca. Mas há quem a veja como inimiga. A vaca, aqui referida como
a parte pelo todo bovino, é acusada de contribuir para a degradação do ambiente e para
o aquecimento global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de cabeças de gado existentes
no mundo quase metade das emissões de metano, um dos gases causadores do efeito
estufa. Acusam-se as chifrudas de beber água demais e ocupar um espaço precioso para
a agricultura.
O truísmo inconveniente é que homem e vaca são unha e carne. [...] Imaginar o
mundo sem vacas é como desejar um planeta livre dos homens – uma ideia, aliás, vista
com simpatia por ambientalistas menos esperançosos quanto à nossa espécie. “Alterar
radicalmente o papel dos bovinos no nosso cotidiano, subtraindo-lhes a importância
econômica, pode levá-los à extinção e colocar em jogo um recurso que está na base da
construção da humanidade e, por que não, de seu futuro”, diz o veterinário José Fernando
Garcia, da Universidade Estadual Paulista em Araçatuba. [...]
A vaca tem um papel econômico crucial até onde é considerada animal sagrado. Na
Índia, metade da energia doméstica vem da queima de esterco. O líder indiano Mahatma
Gandhi (1869-1948), que, como todo hindu, não comia carne bovina, escreveu: “A
mãe vaca, depois de morta, é tão útil quanto viva”. Nos Estados Unidos, as bases da
superpotência foram estabelecidas quando a conquista do Oeste foi dada por encerrada,
em 1890, fazendo surgir nas Grandes Planícies americanas o maior rebanho bovino do
mundo de então. “Esse estoque permitiu que a carne se tornasse, no século seguinte, uma
fonte de proteína para as massas, principalmente na forma de hambúrguer”, escreveu
Florian Werner. [...] Comer um bom bife é uma aspiração natural e cultural. Ou seja, nem
que a vaca tussa a humanidade deixará de ser onívora.
Revista Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento. (P120482A9_SUP)
(P120483A9)
O autor usa a parte pelo todo para se referir à vaca em:
A) “Acusam-se as chifrudas...”. ( . 5)
B) “...homem e vaca são unha e carne”. ( . 7)
C) “...o papel dos bovinos...”. ( . 10)
D) “...animal sagrado.”. ( . 14)
E) “...nem que a vaca tussa...”. ( . 22-23)
Leia o texto abaixo.
Disponível em: <http://tiras-hagar.blogspot.com/>. Acesso em 04/07/09. (P090646_SUP)
(P090647A9) O
que gera humor nesse texto?
A) O cumprimento do personagem.
B) O personagem fazer várias perguntas.
C) A ambiguidade da palavra trono.
D) A ambiguidade da palavra plebeu.
Leia o texto abaixo.
Dik Browne. Hagar, o horrível. Sâo Paulo: Dealer, 1990. p. 15.
(P11546SI_PUB)
O efeito de humor desse texto está
A) na ordem que o Hagar deu ao amigo.
B) na expressão de espanto do amigo.
C) na obediência à ordem do Hagar.
D) no alívio que o amigo sentiu ao sair.
E) no duplo sentido do verbo “pescar”.
Leia o texto abaixo.
OSÓRIO. Revista Imprensa, ago. 1997, p.40.
(P090044A8)
No trecho “Tá bom, mamãe!”, a expressão destacada revela que a linguagem de Gabi é
A) desrespeitosa.
B) desafiadora.
C) informal.
D) regional.
Leia o texto e responda.
É normal ter dependência do cigarro?
A senhora sabe que sou fumante há quase dois anos, como conversamos na última
consulta. Há cerca de três semanas, tenho começado a sentir tremores quando estou
tenso e estressado e não tenho como sair do trabalho para fumar. Os tremores passam
logo que fumo um cigarro. É normal? (Rodrigo, 38 anos)
http://saude.terra.com.br/interna
(P11342SI) Nesse
texto, os interlocutores são os seguintes:
A) professora e aluno.
B) médica e paciente.
C) esposa e marido.
D) patroa e empregado.
E) mãe e filho.
Download

ITENS LINGUA PORTUGUESA - 1EM.indd