Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 1 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais PROPOSTA CURRICULAR – ANOS INICIAIS Versão Preliminar - Ensino Fundamental Primeiro ao Quinto Ano Dezembro/2011 2 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais Prefeito Luis Tadeu Leite Vice-Prefeita Tereza Cristina Pereira Secretária Municipal de Educação Mariléia de Souza Secretária adjunta Municipal de Educação Martha Aurora Mota e Aquino Secretária Adjunta Municipal de Educação Telma Veloso Santos Costa Diretora Técnico-Pedagógica Elisangela Mesquita Silva Diretoria Técnico- Administrativo Bernadete Alves Aguiar Santos Coordenadora de Ensino Fundamental Nailde Dorisday Pereira de Queiroz Coordenador de Avaliação Sistêmica e Monitoramento Curricular Herbertz Ferreira 3 Colaboradores Edmara Moreira Cerqueira Eliária Silvana Evangelista Magna Leite Pereira Shirley Patricia Nogueira de Almeida e Castro Elaboradores: Equipe Técnica da Seção Anos Iniciais: Ana Paula Rodrigues Fonseca Ruas Josiene Dias Soares Márcia Antônia Alves Maria Jaqueline de Almeida Thais Lopes Vieira Zenilca Damásio Silva Tófani Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais MATEMÁTICA ........................................................................ 68 SUMÁRIO • PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA– VERSÃO PRELIMINAR - 1º, 2º E 3º ANOS DO APRESENTAÇÃO ...................................................................... 6 INTRODUÇÃO ........................................................................... 7 OBJETIVOS ................................................................................ 9 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO ....................................10 PERFIL DO EDUCADOR ........................................................ 11 ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE ALFABETIZADOR ........ 13 A ROTINA EM SALA DE AULA ............................................ 14 AVALIAÇÃO ............................................................................ 16 AVALIAÇÕES EXTERNAS .................................................... 18 LÍNGUA PORTUGUESA ......................................................... 24 • PROPOSTA CURRICULAR DE PORTUGUÊS – VERSÃO PRELIMINAR – 1º, 2º E 3º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL ......................................... 28 • PROPOSTA CURRICULAR DE PORTUGUÊS – VERSÃO PRELIMINAR - 4º E 5º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL ......................................................... 51 4 ENSINO FUNDAMENTAL ......................................... 75 • PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA – VERSÃO PRELIMINAR - 4º E 5º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL ......................................................... 85 HISTÓRIA ................................................................................ 95 • PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA– VERSÃO PRELIMINAR - 1º, 2º E 3º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL ........................................................ 98 • PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA – VERSÃO PRELIMINAR - 4º E 5º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL........................................................ 104 GEOGRAFIA .......................................................................... 118 • PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA – VERSÃO PRELIMINAR - 1º, 2º E 3º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL ....................................... 122 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais • PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA – • PROPOSTA CURRICULAR FÍSICA/JOGOS FUNDAMENTAL ....................................................... 127 PRELIMINAR - 1º, 2º E 3º ANOS DO ENSINO CIÊNCIAS ............................................................................... 137 FUNDAMENTAL ....................................................... 192 CURRICULAR DE – FÍSICA/JOGOS E RECREAÇÃO – FUNDAMENTAL ...................................................... 142 PRELIMINAR - 4º E 5º ANOS DO PRELIMINAR - 4º E 5º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL ...................................................... 148 ARTES .................................................................................... 172 VERSÃO EDUCAÇÃO PRELIMINAR - 1º, 2º E 3º ANOS DO ENSINO • PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS – VERSÃO VERSÃO ENSINO FUNDAMENTAL ....................................................... 195 EDUCAÇÃO RELIGIOSA ..................................................... 200 • PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO RELIGIOSA – VERSÃO PRELIMINAR - 1º AO 5º ANO • PROPOSTA CURRICULAR DE ARTES– VERSÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL ................................ 203 PRELIMINAR - 1º, 2º E 3º ANOS DO ENSINO REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ......................................... 210 FUNDAMENTAL ....................................................... 175 • PROPOSTA CURRICULAR DE ARTES – VERSÃO PRELIMINAR - 4º E 5º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL ....................................................... 181 EDUCAÇÃO FÍSICA .............................................................. 189 5 • PROPOSTA RECREAÇÃO EDUCAÇÃO VERSÃO PRELIMINAR- 4º E 5º ANOS DO ENSINO • PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS– VERSÃO E DE Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais APRESENTAÇÃO Aos Educadores, seus próprios conhecimentos com a realidade local que deverá ser contemplada em seus planejamentos diários, levando em consideração o nível de aprendizagem dos alunos. Com esta Versão Preliminar da Proposta Curricular para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental, a Secretaria Municipal de Educação de Montes Claros oferece aos profissionais do Sistema Municipal de Ensino orientações e sugestões que possam contribuir para a prática em sala de aula. Pretende-se, desta forma, imprimir um parâmetro de trabalho comum às escolas do Sistema Municipal de Ensino. Não esquecendo que esse processo de construção coletiva exigiu o envolvimento amplo de todos os educadores que atuam no Sistema Municipal e a participação ativa das diretoras e supervisoras de ensino das unidades escolares, que atuaram como coordenadoras do debate e mediadoras das discussões, bem como das tomadas de decisões acerca desta versão preliminar apresentada. Mediante tal ação, entendemos que os professores saberão recriar e adaptar as ideias aqui abordadas, conjugando os Considerando as especificidades da Alfabetização e do Letramento presentes nos anos iniciais, em cada escola e no interior da sala de aula, optamos por organizar os conhecimentos em dois ciclos, sendo que o primeiro contempla os três primeiros anos do Ensino Fundamental – Anos Iniciais (1º, 2º e 3º anos de escolaridade) e o segundo, os dois últimos - Anos Complementares da Alfabetização (4º e 5º anos de escolaridade), exceto para disciplina de Educação Religiosa que contempla todas as abordagens do 1º ao 5º ano de escolaridade. Assim, caberá aos professores observarem as capacidades e conteúdos segundo as necessidades e potencialidades dos alunos, definindo o que será mais adequado a cada ano de escolaridade. Importante ressaltar que por ser uma versão preliminar este documento continuará a ser analisado durante a sua aplicação a partir de Fevereiro de 2012, e deverá ser submetido à leitura crítica nos momentos de planejamento e formação continuada 6 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais pelos profissionais das unidades escolares. Esta versão preliminar de ensino condizentes com às necessidades de aprendizagem dos para os Anos Iniciais é um convite a uma reflexão e possíveis alunos. diálogos, bem como futuras reformulações, que refinarão cada INTRODUÇÃO vez mais este instrumento. O que se pretende é transformá-lo num A versão preliminar da Proposta Curricular para os Anos parâmetro eficaz na orientação do trabalho dos profissionais das Iniciais do Ensino Fundamental no Sistema Municipal de escolas no planejamento pedagógico. É necessário assegurar que ao final dos anos iniciais e Educação de Montes Claros contempla os direcionamentos complementares do Ensino Fundamental, todos os alunos tenham teóricos do ensino organizado em ciclos. Assim, os conteúdos adquirido as noções básicas pertinentes a cada disciplina contidas deverão ser planejados em função da criança e de seu direito de neste documento, pois sem estas capacidades introduzidas, viver situações de aprendizagem e formação. Nesse processo trabalhadas, visa-se a continuidade de experiências formadoras e não a retomadas e consolidadas, os alunos terão dificuldades de prosseguir os estudos com segurança e fragmentação do processo de ensino-aprendizagem. Como nos cadernos do Centro de Alfabetização e competência. Outrossim, destacamos a necessidade da articulação deste Letramento/UFMG - CEALE (2005) – os quais tomamos como documento com os resultados das avaliações externas como: referência para os processos de alfabetização e letramento nos Provinha Brasil, Programa de Avaliação da Alfabetização - Anos Iniciais e Complementares do Ensino Fundamental1 - a PROALFA, Programa de Avaliação da Rede Pública de opção pelo termo capacidade justifica-se pelo fato de ser amplo Educação Básica - PROEB, Prova Brasil e Sistema de Avaliação 1 Municipal de Ensino – SAME, de modo a elaborar planejamentos 7 Proposições Curriculares – Ensino Fundamental – 1º ciclo – Rede Municipal de Belo Horizonte – Texto Preliminar, 2009, p. 10-13 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais e, aqui, sendo utilizado como norte, dando conta de denominar: em sala de aula, por serem importantes no desenvolvimento de os atos motores, as operações mentais, as atitudes que favorecem outras. Não devemos esquecer que Retomar não é o mesmo que a autonomia e os valores. revisar, e sim que, o estudante já está aprendendo algo novo que, o para tanto, há uma nova abordagem. Possibilita-se, assim, uma desenvolvimento das capacidades deve ser previsto dentro de uma ampliação das capacidades e novas oportunidades para aqueles lógica e organização que introduz, retoma, trabalha e consolida estudantes que não a desenvolveram completamente. os T – Trabalhar – Abordagem que explora sistematicamente as Esta Proposta conhecimentos Curricular, escolares, pressupõe visando que favorecer o desenvolvimento das capacidades e habilidades. Para tanto, apresentamos a definição destes tipos de diversas situações de aprendizagem e que promove o desenvolvimento das capacidades e habilidades enfocadas pelo abordagem: professor. Requer um planejamento cuidadoso das atividades, que I – Introduzir – Em uma abordagem inicial, levar os estudantes a deverão ser variadas, de modo a explorar as várias dimensões dos se familiarizarem com conceitos e procedimentos escolares, não conhecimentos perdendo de vista as capacidades que já desenvolveram em seu determinada capacidade e também as inter-relações com outras cotidiano ou na própria escola. capacidades e habilidades. Esse tipo de abordagem necessita de R – Retomar – Em meio ao trabalho pedagógico haverá a uma atenção redobrada do professor no que diz respeito aos necessidade de retomar capacidades já consolidadas, sendo processos avaliativos, que apontarão as intervenções a serem ampliados na medida em que se trabalha sistematicamente. feitas no processo de ensino-aprendizagem, de modo a ter clareza Assim, teremos a oportunidade de trabalhar capacidades que, sobre o que efetivamente poderá ser consolidado pelos estudantes mesmo após serem consolidadas, deverão ainda estar presentes ao final desse processo. 8 disciplinares que se relacionam a uma Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais C – Consolidar – consolidar as aprendizagens dos alunos estão ligados às capacidades, de modo que, o seu trabalho sedimentando os avanços em seus conhecimentos e capacidades. sistemático favorece o desenvolvimento do educando na direção Assim determinados conceitos, procedimentos e comportamentos apontada pela Proposta Curricular. As orientações didáticas, que que foram trabalhados sistematicamente pelo professor devem ser ajudam na aplicação dos conteúdos, estão no detalhamento de colocados como objeto de reflexão na sala de aula, de modo a cada área curricular. A abordagem servirá para direcionar o verificar se o trabalho pedagógico realizado foi claramente momento e a intensidade do ensino dos conteúdos em uma lógica concluído. Aqui também o aspecto avaliativo da aprendizagem é de planejamento que determina o que a criança deverá ser capaz fundamental, esse pode ser formalizado através de resumos, de realizar a cada etapa do Ciclo. Assim, busca-se subsidiar o sínteses, produções e outros registros. trabalho docente dando uma visualização mais clara dos objetivos Este documento preliminar organiza-se em eixos, de seu trabalho e das metas a serem atingidas. capacidades, conteúdos, detalhamento e abordagem2, que orientarão os planejamentos pedagógicos nas unidades escolares, bem como, a seleção e estruturação dos conhecimentos, as OBJETIVOS Objetivo Geral: metodologias e também a avaliação, levando em consideração as condições do estudante. As disciplinas possuem eixos que Propor à comunidade escolar do Sistema Municipal de organizam as capacidades a serem trabalhadas. Os conteúdos Ensino de Montes Claros um parâmetro curricular para os Anos Iniciais e Complementares da Alfabetização, que auxilie no 2 Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010. 9 planejamento, execução e avaliação do processo da alfabetização e letramento. Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais Nessa perspectiva, a alfabetização e o letramento surgem Objetivos Específicos: • Contribuir para instrumentalização do trabalho docente no campo da alfabetização e letramento; • Propiciar aos professores um referencial de orientação didática que sirva como proposta norteadora no planejamento e avaliação escolar; • como dois processos indissociáveis e interdependentes, sendo o conjunto de conhecimentos, atitudes e capacidades envolvidos no uso da língua em práticas sociais e necessárias para uma participação ativa e competente na cultura escrita. (CEALE, 2005:50). Conforme Soares (2003), alfabetização é a apropriação do Oferecer aos educandos e educadores uma proposta processo de decodificação e codificação da linguagem oral em pedagógica adequada a sua realidade e em conformidade linguagem escrita, ou seja, é um saber funcional que ao ser com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e com adquirido não pode estar desvinculado de seu uso social. Para a Proposta Curricular do Estado de Minas Gerais. tanto, é necessário não só o domínio das letras e fonemas, mas, saber usar socialmente a leitura e a escrita nas práticas cotidianas. ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO Neste sentido, o letramento é considerado como o processo de inserção na cultura escrita. Uma condição para o Numa sociedade caracteristicamente grafocêntrica exige- aprendiz cultivar e exercitar práticas sociais de leitura e escrita. se a utilização da linguagem escrita em diversas situações Portanto, a alfabetização e o letramento se dão cotidianas. Pois, vivenciamos práticas de leitura e escrita em simultaneamente de modo a não dicotomizar o processo ensino- diversos modos e espaços com funções diversificadas. aprendizagem. Tendo ciência que um não vem após o outro, nem 10 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais se deve privilegiar um em detrimento ao outro, mas eles se complementam e se coadunam para um fim em si mesmo. Devem ser consideradas as características, a seguir relacionadas: a) PERFIL DO EDUCADOR3 O professor alfabetizador tem uma identidade própria que precisa ser reconhecida pela importância do seu trabalho. Devido à especificidade do momento no qual a Devido às especificidades do trabalho a ser desenvolvido trajetória do aluno delineia-se, o trabalho do professor nos anos Iniciais de Alfabetização torna-se necessário que a alfabetizador, deve incluir saberes sistematizados das disciplinas escola adote critérios para a escolha ou indicação de professores ou áreas de conhecimento, saberes pedagógicos e saberes alfabetizadores, assim como dos demais profissionais que atuarão práticos. Essa última dimensão representa um grande diferencial na coordenação do projeto de alfabetização da escola, tais como no perfil de professores alfabetizadores de sucesso, que supervisor pedagógico. Esses profissionais deverão apresentar acumulam um “saber fazer” digno de atenção no processo conhecimentos reflexivo e nas escolhas da escola. prévios sobre as atividades a serem desempenhadas, além de uma competência aliada ao perfil b) necessário que possibilite o êxito do processo ensino- complexo quanto os demais conteúdos trabalhados em aprendizagem. outros ciclos e níveis de ensino. O professor alfabetizador O conteúdo de alfabetização é tão elaborado e precisa dominar o conhecimento em relação a: 3 Texto publicado na Matriz Curricular – Ciclo Alfabetização – Secretaria Municipal de Educação de Montes Claros, 2008.p.15-16. • Pressupostos e implicações político-pedagógicos dos processos de alfabetização e letramento; 11 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais • • • • Capacidades dos alunos e como eles valorizam e atividade física em expansão, as modalidades de linguagem compreendem a escrita e a própria escolarização utilizadas, as possibilidades de relacionamento sócio-afetivos e (aspectos sócio-culturais, cognitivos e atitudinais); de compreensão de regras. Conteúdos e conhecimentos lingüísticos que devem ser d) enfatizados no Ciclo; entre a diversidade e a diferença. Essa pluralidade desdobra- Possibilidades metodológicas mais pertinentes aos se em dimensões sócio-econômicas, ético-raciais ou, ainda, de objetivos do ensino (a didática da alfabetização); gênero. As diferenças, também, dizem respeito aos ritmos de Instrumentos de avaliação mais adequados ao processo aprendizagem. É importante que o alfabetizador saiba criar um (diagnóstico e intervenções). ambiente de parceria, de troca e de intervenção na sala de aula, O professor deve promover o convívio e o trabalho de modo e permitir a cada aluno avançar em relação ao nível em c) O profissional que atua no Ciclo Inicial de que se encontra. Alfabetização deve possuir competências e sensibilidade e) para o trabalho com alunos na faixa etária de seis anos a expectativas de sucesso e estimular a autonomia dos alunos. oito anos. O professor alfabetizador deve se identificar com Este alunos da faixa etária própria ao ciclo, entendendo o momento aprendizagem de todos os seus alunos, independente de sua que vivem no processo de escolarização e as experiências extra- origem social, cultural ou de outras diferenças apontadas no escolares que trazem. Essa faixa etária define um momento tópico anterior. A motivação para estudar e a disponibilidade psicológico e cultural da infância que marcará os temas para aprender são resultantes da valorização que o aluno recebe preferidos por essas crianças, as brincadeiras vivenciadas, a quando está aprendendo a ler e escrever, das expectativas 12 O professor profissional alfabetizador precisa acreditar deve nas desenvolver capacidades de Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais afirmativas em relação às suas possibilidades e da auto estima demonstrar interesse e compromisso em participar de cursos de positiva que poderá se consolidar nesse processo. formação, grupos de estudos, além de relacionar aos f) O profissional da alfabetização desenvolve uma atitude pressupostos teóricos inovadores na busca de compreensão da de pesquisa em relação à sua atividade e investe na alfabetização em suas dimensões políticas e sócio-culturais, socialização de conhecimentos produzidos na área. O mediante ações e intervenções intencionais e sistematizadas profissional que atua na área de alfabetização deve se dispor a ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE ALFABETIZADOR4 elaborar registros de sua prática, refletindo sobre seus avanços e dificuldades na escolha de contextos, de estratégias, de materiais para ensinar a ler e a escrever. Aliado a relevância de traçar o perfil do alfabetizador, a encontra-se o planejamento do trabalho em sala de aula, cuja perspectiva do trabalho coletivo e compartilhado. A importância é fundamental para a organização, definição de perspectiva do trabalho coletivo ou parceria é a de que as rotinas, pensando tempos e espaços adequados às necessidades do aprendizagens do professor sejam compartilhadas, contribui momento. g) O profissional da alfabetização desenvolve Nessa direção, é imprescindível que seja oferecido à para maior consistência de seu desempenho em sala de aula, propiciam reflexões sobre experiências, conquistas e criança, ao ingressar no espaço escolar, um ambiente frustrações, espelhadas nas práticas e nos sentimentos dos seus 4 Texto publicado na Matriz Curricular – Ciclo Alfabetização – Secretaria Municipal de Educação de Montes Claros, 2008.p. 16-17. pares. h) O profissional responsável pela alfabetização participa de processos de formação continuada. O professor deve 13 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais alfabetizador que possibilite vivenciar situações estimuladoras escolaridade. Ao exercitar esse fazer, por meio de orientações, através da interação com variados materiais portadores de textos e desenvolvendo atividades individuais ou coletivas, debates, o a utilização do mesmo em prática de letramento. Daí, a aluno busca por estratégias, a construção de hipóteses para a necessidade de uma rotina de trabalho entendida como uma resolução de situações problematizadas, ao mesmo tempo em que cadência alicerçada na geografia do espaço, nas atividades, o que se organiza para apresentar, de forma clara, suas conclusões e possibilita articular o tempo de construção democrática à sínteses. construção do conhecimento. Por intermédio desse processo, as É, também, por meio do planejamento que a escola crianças desenvolvem normas, ampliam expectativas, definem constrói seus passos, sua identidade buscando transformar papéis estabelecem relações, respeitando ritmos. Este processo intenções em ações concretas. pedagógico propicia aos professores e a escola, ricos e preciosos momentos de reflexão coletiva, nos quais têm a oportunidade de A ROTINA EM SALA DE AULA exercer sua autonomia propiciada pelos preciosos, visualizados através da reflexão coletiva. Planejar e estabelecer uma dinâmica diária de trabalho Ao planejar, executar e avaliar, tanto a escola quanto pressupõe promover rotinas para a sala de aula. Organizar as professores contextualizam e ampliam saberes possibilitando o atividades e trabalhar de forma sistematizada possibilita a aprofundamento de estudo, a elaboração de novas estratégias, a racionalidade do tempo e tranqüilidade ao professor para seguir o análise e reflexão sobre problemas identificados. Isso demanda, ritmo preestabelecido, sem por parte dos profissionais, uma atuação mediadora que propicie, planejamento seguem juntos na busca da efetiva qualidade da também, a construção da autonomia pelos alunos ao longo da sua aprendizagem. 14 improvisos. Assim, rotina e Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais organização da sala de aula, o aluno terá condições de Conforme Barbosa (2006, p. 122) no que concerne ao ato educativo, os psicanalistas afirmam que a delimitação de tempos e espaços é essencial, pois oferecer tudo é como nada dar. Assim, reafirma-se a legitimidade e a necessidade de uma rotina. adaptar-se e reconhecer-se, apropriando-se desse espaço com autonomia. • O uso do tempo – o tempo é primordial na demarcação das dinâmicas diárias, de modo a possibilitar o controle de A dinâmica de trabalho deve transformar o processo ensino-aprendizagem em algo intencional e execução das ações num período e espaço determinados sistemático, para atingir os objetivos propostos. ganhando sentido e contando com a participação ativa de cada estudante. Isso possibilita que ele faça relações com seus • A seleção e as propostas de atividades – é necessário conhecimentos prévios. Além disso, encerrar o dia informando o que a seleção das atividades propostas seja exposta na sala aluno sobre o que será estudado no dia seguinte é uma estratégia de aula, construída e reconstruída diariamente junto com que gera uma expectativa positiva fazendo com que perceba a os alunos. Fornecendo-os subsídios para avaliar o que foi continuidade do processo educativo. e como foi trabalhado, bem como o que precisa ser Alguns elementos definem, segundo Barbosa (2006, retomado. • A seleção e a oferta de materiais – quanto à seleção e p.117), os modos de pensar e prescrever uma rotina: • A organização do ambiente – é preciso que o ambiente oferta de materiais, o educador deve previamente múltiplas organizar os materiais didáticos de modo que eles habilidades e sensações, a partir da riqueza e diversidades atendam eficazmente aos objetivos. Uma vez que os oportunizadas dentro do espaço físico. Pois, através da recursos, conteúdos e objetivos devem estar imbricados no seja favorável ao desenvolvimento de fazer pedagógico. 15 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais Não existe certo ou errado quando se fala em rotina. Cada também pensada e planejada pelos membros da comunidade professor descobrirá, no decorrer da prática pedagógica diária, as escolar. Dessa forma, ela se torna um valioso meio de apuração ferramentas que melhor se encaixam ao contexto de sua turma e de informações relevantes ao processo de ensino-aprendizagem e ao seu estilo de trabalho. também um veículo de comunicação mais claro e objetivo para todos os agentes escolares (incluindo, principalmente, os alunos e AVALIAÇÃO seus familiares). Nessa perspectiva, a avaliação ocorre nos tempos e modos do projeto educativo, provocando uma unidade A avaliação nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental deve exercer uma função formativa e não classificatória. Ela no processo avaliativo que permite a leitura e aproximação de toda a comunidade escolar. serve para planejar, intervir e replanejar a prática pedagógica. Todo o processo avaliativo evidenciado no projeto Quando realizada de maneira eficiente, contemplando todos os educacional não avalia somente as aprendizagens dos alunos, seus objetivos, exerce um valor fundamental na sala de aula e na mas, também, a atuação do professor, a eficiência da escola e de escola, pois valoriza o processo educativo, trazendo mudanças e seus gestores. Dá pistas e material para a construção e revalidação melhorias à prática docente e ao desenvolvimento das crianças. das próximas ações educativas. Impulsiona a escola às inovações A unidade de ensino em seu Projeto Político Pedagógico, educacionais e dá suporte à importantes decisões pedagógicas ou Plano de Ação, precisa ter bem claro para todos os seus (como agrupamentos ou reagrupamentos temporários, projetos e agentes um projeto educativo em que a avaliação é um programas especiais de ensino, etc.). componente pensado, estruturado de forma clara e realizável para Três importantes momentos avaliativos na sala de aula todos. Assim, a avaliação, instrumento de planejamento, deve ser são: a avaliação inicial (diagnóstica), a avaliação formativa 16 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais (durante todo o processo) e a avaliação somativa (que comunica aonde se chegou). A avaliação somativa realiza-se no encerramento do processo de ensino-aprendizagem e seu objetivo é verificar as A avaliação inicial, importante aliado ao planejamento do aprendizagens desenvolvidas pelos alunos em relação aos professor, é realizada num determinado momento, o início da conteúdos trabalhados. Ela acontece não para classificar alunos, etapa educativa. Ela dá pistas a respeito do que a criança já sabe, mas para valorizar seus progressos, suas conquistas. Possibilita o que ela ainda não construiu e as possibilidades mais próximas um importante momento de reflexão sobre a prática pedagógica. dela. Informa, ainda, “sobre o conhecimento e as capacidades dos Por fim, é importante ressaltar o papel do professor como alunos em relação aos novos conteúdos de aprendizagem” o principal instrumento avaliador na sala de aula. Ele tem sua (BASSEDAS, 2006). maneira própria de realizar sua avaliação com a qual dialoga com A avaliação formativa, não possui um momento concreto seus alunos e seus contextos, seus resultados e suas para a sua realização. Ela acontece de maneira contínua e paralela potencialidades. Investigar estes elementos e os processos de ao processo de ensino-aprendizagem. Ajuda o aluno a progredir aprendizagem (como a criança aprende) com olhar apurado e em seu desenvolvimento. Permite ao professor agir em tempo sensível, registrar e organizar as observações, analisar seus hábil, a intervir e redirecionar as aprendizagens mais eficazmente. resultados, comparar as atividades, comunicar a análise e A avaliação formativa leva o professor a observar mais metodicamente os alunos, a compreender melhor seus funcionamentos, de modo a ajustar de maneira mais sistemática e individualizada suas intervenções pedagógicas e as situações didáticas que propõe, tudo isso na expectativa de otimizar as aprendizagens [...]. (PERRENOUD, 1999). replanejar a proposta pedagógica, são ações imprescindíveis para 17 um processo de avaliação que se quer formativo e coerente com uma prática educativa comprometida com o desenvolvimento dos educandos. Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais aos AVALIAÇÕES EXTERNAS docentes educacionais caminhos a seguir pontuais, ações em estudos e significativas práticas para o redirecionamento das questões pedagógicas em sala de aula, Avaliação Externa Municipal sobretudo, com vistas a melhorar os índices de desempenho dos O Sistema de Avaliação Municipal de Ensino alunos e seus níveis de conhecimento. O resultado do SAME de (SAME) é um instrumento pedagógico da Secretaria Municipal 2010 será publicado como Revista digital, com ISSN: 2236-6075 de Educação para diagnosticar os níveis de aprendizagem dos e passou a ser aplicado 2 (duas) vezes ao ano, como instrumento discentes das escolas municipais. Foi criado pela Secretaria comparativo semestral. Municipal de Educação de Montes Claros, em 2006 e trata-se de • No início do ano letivo, para que o professor tenha um uma avaliação sistêmica censitária aplicada a todos os alunos do diagnóstico preciso do nível de proficiência de seus 3º, 5º, 7º e 9º ano do Ensino Fundamental e do 5º e 6º períodos alunos e conhecimento dos descritores e habilidades que da EJA. precisam ser enfatizados nos conteúdos de Língua O SAME foi idealizado para fornecer dados que sejam Portuguesa, Matemática e Produção de Texto, capazes de revelar a realidade de cada turma e das Unidades de contextualizados com os demais conteúdos escolares. Ensino, proporcionando aos docentes, aos gestores e à • No final do ano letivo, a aplicação do SAME permite comunidade escolar acompanhar, sistematicamente, o desempenho de seus alunos. O SAME representa um progresso na realizada pelo professor e compará-la com o resultado pesquisa educacional da SME, e seus resultados indicam principalmente 18 verificar a aprendizagem da turma a partir da intervenção anterior, apontando novas perspectivas na construção de uma educação melhor para todos. Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais Após a aplicação das avaliações, os dados são entregues 1. Recomendável – 80% a 100% - Configura a aquisição digitalizados para cada unidade escolar a fim de que diretores e satisfatória de capacidades para o nível de escolaridade. supervisores divulguem amplamente para os professores os 2. Intermediário – 50% a 79% - Configura a aquisição resultados da avaliação censitária aplicada aos alunos. Por meio parcial de capacidades básicas para o nível de de relatórios detalhados apresentam-se dados quantitativos de escolaridade. forma clara, em planilhas e gráficos para que toda comunidade 3. Baixo Desempenho – 0 a 49% - Configura pouca ou escolar possa conhecê-los e analisá-los, para se destacar a nenhuma aquisição de capacidades básicas para o nível aprendizagem de cada aluno, bem como ser utilizado como de escolaridade. instrumento para nortear os trabalhos pedagógicos em novas práticas de intervenção. Avaliações Externas Estaduais e Federais sob Para uma melhor compreensão dos resultados do SAME são utilizados descritores de proficiência que orientam Responsabilidade Logística da Divisão de Avaliação Sistêmica a elaboração das avaliações. Esses descritores têm como base a 1. Avaliações estaduais: Matriz de referência do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita – CEALE, do Sistema de Avaliação da Educação Básica – SIMAVE (PROEB): É uma avaliação que contempla SAEB e Matriz de referência da Secretaria Municipal de alunos da rede pública (estadual e municipal) de ensino de Minas Educação de Montes Claros – SME. Gerais, cujo objetivo é avaliar competências e conhecimentos dos A escala de proficiência utilizada pela SME vai de 0 a 100 divididas em três níveis: 19 alunos para produzir informações criteriosas, que possibilitem aos gestores identificar problemas e tomar decisões fundamentadas, Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais destinadas à melhoria da qualidade dos serviços educacionais. diagnosticar possíveis insuficiências das habilidades de leitura e Essa avaliação acontece uma vez por ano para os alunos do 5º e escrita. Essa avaliação acontece em dois momentos do ano letivo, 9º anos do ensino fundamental. sendo no início e no final de cada ano para os alunos do 2º ano de PROALFA: É uma avaliação que contempla alunos da alfabetização do ensino fundamental. rede pública (estadual e municipal) de ensino de Minas Gerais. Prova Brasil: É uma avaliação para diagnóstico em larga Ela tem como objetivo determinar o nível de leitura e escrita escala, desenvolvida pelo INEP/MEC, com o objetivo de avaliar a alcançado, para que sejam realizadas intervenções pedagógicas qualidade do ensino oferecido pelo Sistema Educacional com alunos de oito anos de idade, a fim de que possam ler e Brasileiro a partir de testes padronizados e questionários escrever plenamente. Essa avaliação também acontece uma vez socioeconômicos. Essa avaliação ocorre de dois em dois anos por ano para o 3º ano do ensino fundamental, sob a forma para os alunos dos 5º e 9º anos do ensino fundamental da rede censitária e amostral com alunos de baixo desempenho. pública e urbana de ensino. Sua aplicação, bem como todo o processo de correção e divulgação dos resultados é de inteira 2. Avaliações Federais Provinha Brasil: É um instrumento pedagógico, sem finalidades classificatórias, que fornece informações sobre o processo de alfabetização aos professores e gestores das redes de ensino. Tem o objetivo de avaliar o nível de alfabetização dos alunos/turma nos anos iniciais do ensino fundamental, bem como 20 responsabilidade do MEC. Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais Matriz de Referência e os Descritores5 habilidades são decompostas em descritores, que têm a função de avaliar as unidades mínimas de cada habilidade. Matriz de referência é um documento que se organiza em subconjuntos de habilidades correspondentes ao nível da série ou ano de escolaridade dos alunos a serem avaliados. Também leva em conta as concepções de ensino e aprendizagem da área, mas é composta apenas por um conjunto delimitado de habilidades e competências definidas em unidades denominadas descritores, agrupadas em tópicos (Língua Portuguesa) e Temas (Matemática) que compõem a matriz de uma dada disciplina em avaliações dos tipos Prova Brasil e SAEB. Assim o descritor é uma associação entre conteúdos curriculares e operações mentais desenvolvidas pelo aluno, que traduzem certas competências e habilidades. Os descritores indicam habilidades gerais que se esperam dos alunos e constituem a referência para seleção de itens que devem compor uma prova de avaliação. 5 As Adaptado do Material Língua Portuguesa e Matemática – SAEB/PROVA BRASIL – INEP. 21 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 22 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais operacionalização e instrumentalização do trabalho docente, LÍNGUA PORTUGUESA visando à organização do processo de alfabetização de forma que O ensino da Língua Portuguesa destina-se a preparar o não haja rupturas durante o processo de aprendizagem. aluno para lidar com as linguagens em suas diversas situações O ensino da Língua Portuguesa nos Anos Iniciais requer sociais, tendo em vista, seu uso e manifestações. O domínio da muito dinamismo, as aulas devem ser inovadoras e dinâmicas, língua materna revela-se de fundamental importância para o com o objetivo de favorecer o aprendizado, proporcionando aos acesso às demais áreas do conhecimento. Ela media o processo de educandos o prazer de aprender. ensino-aprendizagem dotando o aluno de determinadas Segundo Soares (2003), “a alfabetização consiste na ação de ensinar a ler e a escrever, já o letramento pressupõe o estado habilidades importantes para o seu desenvolvimento. O trabalho com a Língua Portuguesa deve ser planejado ou condição que assume aquele que aprende a ler e a escrever”. com finalidades definidas, para que o aluno adquira novos É imprescindível que as atividades sejam significativas, conhecimentos e venha a progredir na apropriação do saber já que valorize os conhecimentos dos alunos e suas vivências, uma construído. vez que, as oportunidades precisam ser adequadas para que os A partir das concepções tratadas pelo Centro de alunos descubram a leitura e a escrita como uma forma de prazer Alfabetização Leitura e Escrita - CEALE, o Ciclo Inicial de e interação social. Além disso, deve-se favorecer o contato Alfabetização do Ensino Fundamental redirecionou o trabalho sistematizado com diferentes tipos e gêneros textuais com pedagógico com a leitura e a escrita, tendo em vista os objetivos e práticas que incentivem o aprendizado e o interesse da criança. capacidades que se pretende avaliar e alcançar. Um dos principais objetivos 23 propostos pelo CEALE é contribuir para a Essa versão preliminar da Proposta Curricular de Língua Portuguesa está organizada em Eixos, Capacidades/Habilidades, Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais Conteúdos/Conceitos, Detalhamento por ciclo, e, a Abordagem, 1 - Os Eixos da Proposta Curricular de Língua Portuguesa por ano de escolaridade. No que diz respeito à abordagem, é importante salientar que sua função é facilitar o planejamento não devendo com isso, descartar as características da escola, da turma ou do contexto social da qual fazem parte. Nessa concepção, propõe-se o trabalho considerando os seguintes eixos norteadores: “Compreensão e valorização da cultura escrita, Apropriação do sistema de escrita, Leitura, Produção escrita, Desenvolvimento da oralidade e Conhecimentos ortográficos e lingüísticos”. Este trabalho toma por base a concepção de ensino pautado na cultura da alfabetização e letramento propostos pelo CEALE que privilegia um contato organizado, sistematizado e constante com os diferentes tipos de manifestação escrita. De acordo com o CEALE (2003), alfabetização e letramento são processos diferentes, cada um com suas especificidades, mas complementares, inseparáveis e ambos são indispensáveis no processo de aprendizagem. Não se trata de escolher ou de valorizar um ou outro, mas de se alfabetizar letrando, ou seja, esta é uma maneira articulada e simultânea. 24 O eixo “Compreensão e valorização da cultura escrita” compreende o processo de alfabetização aliado ao letramento, ou seja, um depende do outro para a inserção da criança no mundo letrado. Para isso é necessário que o aluno assimile os usos sociais da escrita, dominando de fato, as capacidades necessárias para o seu entendimento ao longo do ciclo de alfabetização. Já o eixo “Apropriação do sistema de escrita” trata dos conhecimentos que os alunos necessitam assimilar para compreender as regras que orientam a leitura e a escrita no sistema alfabético, bem como, a ortografia na Língua Portuguesa. Por isso, o trabalho realizado pelo professor deve voltar-se para a diversidade e ao mesmo tempo, ser sistemático, articulado e sequencial. Essa forma de trabalho possibilitará aos alunos experiências de leitura e escrita diferenciadas, contribuindo para a ampliação de seus conhecimentos. O bom desempenho escolar depende do aprendizado da “Leitura”, pois a criança que adquire as capacidades propostas Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais nesse eixo irá desenvolver competências cognitivas necessárias às deve possuir um demais áreas do conhecimento. O ato de ler ativa uma série de (CAVALCANTE, 1997). A competência leitora do aluno também ações na mente do leitor. Por meio delas, ele extrai informações, é definida pela sua familiaridade em relação aos textos propostos, faz inferências e amplia o vocabulário. o que por sua vez, é construído ao longo das oportunidades que As estratégias de leitura são importantes para o momento especial em nossa rotina”. lhes são oferecidas no ambiente escolar e em outros contextos. desenvolvimento de uma mente leitora na criança. Este período é Quanto à “Produção escrita” esta, pode ser considerada o momento mais propício para provocar situações que despertem como uma representação da linguagem ou como um código de a criança ao entusiasmo pela leitura, motivando-a para que transcrição gráfica das unidades sonoras. “A invenção da escrita adquira o fascínio pelo mundo letrado. foi um processo histórico de construção de um sistema de Seguindo a definição de Cegalla, a leitura consiste na representação, não um processo de codificação”. (FERREIRO 2001). arte de ler: a leitura permite uma viagem no tempo e no espaço. [...] Já o ato de ler consiste em percorrer com a vista os sinais gráficos de uma língua, decifrando e interpretando, em silêncio ou em voz alta. (CEGALLA, 2008, p. 535-536). A produção escrita deve ser contextualizada ao conhecimento da utilidade da escrita na vida individual e coletiva, além da apropriação de seus usos, de forma gradativa, sempre com vistas a sua ampliação e atualização. A leitura diária é importante para que as crianças possam O “Desenvolvimento da oralidade” é iniciado antes da construir um repertório próprio de histórias, em uma linguagem chegada dos alunos no âmbito escolar, através da vivência e das diferente da fala cotidiana e da língua que se escreve. “A leitura experiências que adquiriram anteriormente. A linguagem é um entra na sala de aula como fato comum, mas tão importante que elemento bastante relevante no cotidiano, pois se trata do 25 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais principal instrumento de comunicação entre as pessoas. Para o aluno a reflexão e a compreensão. As atividades devem promover desenvolvimento da linguagem oral, podem ser desenvolvidas em a observação e formulação de hipóteses para que os alunos sala de aula: produções coletivas de texto, organização da rotina confrontem suas descobertas. De acordo com os Parâmetros diária com os alunos, decisões coletivas sobre assuntos de Curriculares Nacionais (1997), ainda que tenha um forte apelo à interesses comuns, planejamento de festas, torneios esportivos e memória, a aprendizagem da ortografia não é um processo outros. passivo: trata-se de uma construção individual, para a qual a O papel da escola consiste em oportunizar ao educando, o intervenção pedagógica tem muito a contribuir. acesso às variedades lingüísticas socialmente privilegiadas e que configuram a chamada “língua padrão”. Porém a escola não deve 2 - Gêneros Textuais desprezar e nem desvalorizar os conhecimentos prévios ou a comunicação oral trazidos pelos alunos, pois se constituem em sua identidade e foram adquiridos ao longo das suas interações em família e em sociedade. No que diz respeito aos “Conhecimentos ortográficos e lingüísticos”, o professor deve promover um clima de aprendizagem em que o aluno tenha um motivo para escrever corretamente. Conforme Moraes (1998), as distintas dificuldades ortográficas exigem diferentes estratégias de ensino, que levem o 26 Nas diferentes situações comunicativas que a escola oferece, o aluno defronta-se com a necessidade de lidar com diversos gêneros de discursos que podem circular em forma de linguagem escrita ou oral. Cada gênero textual tem características próprias e específicas e assim pode ser identificado. Isso acontece porque a situação de produção desses gêneros de texto é marcada por elementos próprios, pois apresentam distintas finalidades. Quando entram na escola, os textos que circulam socialmente Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais cumprem um papel referencial, servindo de repertório textual e suporte de atividade intertextual. Os Parâmetros Curriculares Neste trabalho o que se pretende é que o aluno seja progressivamente produtor e leitor do próprio texto. Nacionais de Língua A diversidade textual que existe fora da escola pode e Portuguesa (1997) propõem o trabalho com os gêneros textuais deve estar a serviço da expansão do conhecimento letrado, com o objetivo de inserir os alunos no mundo letrado e na vida fazendo parte da vida do aluno. social, tendo em vista sua emancipação e crescimento intelectual. brasileiras, principalmente as que são atendidas pelo sistema Cabe a escola, portanto viabilizar o acesso do aluno ao universo público de ensino, em sua experiência pré e extra-escolar, tem de textos que circulam socialmente, ensinando-os a produzi-los e acesso restrito à escrita e desconhece muitas de suas a interpretá-los, porém, isso não impede o trabalho com textos em manifestações e utilidades. Em razão disso, é importante que a outras disciplinas, ao contrário, todas as disciplinas têm a escola propicie aos alunos acesso aos diferentes gêneros e responsabilidade de ensinar a utilizar os textos de que fazem uso, suportes de textos escritos e lhes possibilite a vivência e o mas é o ensino da Língua Portuguesa que deve tomar para si o conhecimento de diversos espaços de produção. papel de fazê-lo de modo mais sistemático. Segundo Naspolini, A maioria das crianças A convivência com a riqueza de recursos pedagógicos fará com que o aluno tenha mais prontidão para o processo de ensino aprendizagem, uma vez que, os aspectos diferenciados dos textos a organização e distribuição dos diversos gêneros textuais nas aulas semanais e ao longo do ano depende das características dos alunos, do momento de sua inclusão no planejamento, do nível de aprofundamento desejado. (NASPOLINI, 2008). 27 e das aulas instigarão a curiosidade do educando. Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais PROPOSTA CURRICULAR DE PORTUGUÊS - VERSÃO PRELIMINAR - 1º, 2º e 3º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL 1. Compreensão e Valorização da cultura escrita EIXOS 28 CAPACIDADES 1.1- Conhecer, utilizar e valorizar os modos de produção e circulação da escrita na sociedade. CONTEÚDOS/ CONCEITOS • Vivência e conhecimento de ações, valores, procedimentos e instrumentos que constituem o mundo letrado. • Participação ativa na cultura escrita pela ampliação da convivência e do conhecimento da língua escrita. DETALHAMENTO A compreensão da cultura escrita, pelos alunos, vem de um processo de integração no ambiente letrado, seja através da vivência numa sociedade que faz uso generalizado da escrita, seja através da apropriação de conhecimentos da cultura escrita especificamente trabalhados na escola. Esse processo possibilita aos alunos compreenderem os usos sociais da escrita e, pedagogicamente, pode gerar práticas e necessidades que darão significado às aprendizagens escolares e aos momentos de sistematização propostos pelo professor. Estar ativamente inserido na cultura escrita significa ter comportamentos letrados, atitudes e disposições frente ao mundo da escrita (como o gosto pela leitura), saberes específicos relacionados à leitura e à escrita que possibilitam usufruir de seus benefícios. A compreensão do funcionamento da escrita e a inserção nas práticas do mundo letrado incluem as capacidades de ler e escrever autonomamente, mas não dependem exclusivamente dessas capacidades. A compreensão geral do mundo da escrita é tanto um fator que favorece o progresso da alfabetização dos alunos como, uma conseqüência da aprendizagem da língua escrita na escola. Por isso é um dos eixos a serem trabalhados desde os primeiros momentos do percurso de alfabetização. Isso significa promover simultaneamente a alfabetização e o letramento. Para tanto, é importante que a escola, pela mediação do professor, proporcione aos alunos o contato com diferentes gêneros e suportes de textos escritos e lhes possibilite vivência e conhecimento: • Dos espaços de circulação dos textos (no meio doméstico, dos espaços institucionais de manutenção, preservação, distribuição e venda de material escrito - bibliotecas, livrarias, bancas, etc.) • Das formas de aquisição e acesso aos textos (compra, empréstimo e troca de livros, revistas, cadernos de receita, etc.) • Dos diversos suportes da escrita (cartazes, outdoors, livros, revistas, ABORDAGEM POR ANO 1º 2º 3º I/T T/C R Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais • 1.2- Conhecer os usos e funções sociais da escrita. 1.3Reconhecer as funções de diferentes formas de acesso à informação e ao conhecimento através da língua escrita, bem como as suas funções específicas (bibliotecas, bancas de revista, livrarias, Internet, etc.) e saber utilizá- las. 29 Suporte textual tipos, formato, características, finalidade/função. Gêneros textuais: • Finalidades e funções dos gêneros textuais. • Características dos gêneros textuais (elementos comuns em todos os textos do mesmo gênero. • Tipos de linguagem, locutor e interlocutor. • Formatação de gêneros textuais diversos. folhetos publicitários, murais escolares, livros escolares, etc.) Dos instrumentos e tecnologias utilizados para o registro escrito (lápis, caneta, cadernos, máquinas de escrever, computadores, etc.) No dia-a-dia dos cidadãos, as práticas de leitura e escrita estão presentes em todos os espaços, a todo momento, cumprindo diferentes funções. Há escritas públicas que funcionam como documentos (o dinheiro, o cheque, as contas a pagar, o vale-transporte, a carteira de identidade), outras que servem como formas de divulgação de informações (o letreiro dos ônibus, os rótulos dos produtos, as embalagens de defensivos agrícolas, os avisos, as bulas de remédio, os manuais de instrução), outras permitem o registro de compromissos assumidos entre as pessoas (os contratos, o caderno de fiado), outras viabilizam a comunicação à distância (nos jornais, nas revistas, na televisão), outras regulam a convivência social (as leis, os regimentos, as propostas curriculares oficiais); outras, ainda, possibilitam a preservação e a socialização da ciência, da filosofia, da religião, dos bens culturais (nos livros, nas enciclopédias, na Bíblia). O trabalho com esta capacidade deve possibilitar ao aluno ser capaz de fazer escolhas adequadas, ao participar das práticas sociais de leitura-escrita, porque o interesse e a própria disposição positiva para o aprendizado tendem a se acentuar com a compreensão da utilidade e relevância daquilo que se aprende. Trabalhar os conhecimentos e capacidades envolvidos na compreensão dos usos e funções sociais da escrita implica, em primeiro lugar, trazer para a sala de aula e disponibilizar para observação e manuseio pelos alunos, muitos textos, pertencentes a gêneros diversificados, presentes em diferentes suportes. Mas implica também, ao lado disso, orientar a exploração desses materiais, valorizando os conhecimentos prévios do aluno, possibilitando a ele deduções e descobertas, explicitando informações desconhecidas. Para trabalhar esse aspecto da capacidade o professor pode: • Introduzir o gênero, possibilitando o manuseio, pelo aluno, de exemplares que circulam socialmente, possibilitando sua familiarização. (ex.: gênero a ser trabalhado – convite – levar e pedir que os alunos levem para a sala de aula, convite de casamento, aniversário, missa de 7º dia, formatura, I/T T/C C/R I/T T/C C/R Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 30 1.4- Conhecer os usos da escrita na cultura escolar. - suportes textuais 1.5- Compreender a escrita no contexto escolar em suportes como quadro de giz, cartaz, aviso, livro, revista, gibi e saber usar instrumentos como caderno, folha de papel, tela do computador, etc. - redatores de textos (computador, papel e caneta, etc) chá de panela, chá de bebê, etc. para serem manipulados pela turma sob a orientação do professor). • Trabalhar sistematicamente identificando, sob orientação do professor, a característica de formatação e linguagem de cada gênero, considerando sua finalidade e o destinatário. • Refletir também sobre o que é comum em todos os textos do mesmo gênero independentemente de sua finalidade e destinatário, o que é diferente e as causas dessa diferença. Para consolidar, o professor poderá criar situações de: • Elaboração e uso do gênero estudado; • Comparação de gêneros textuais diversos para a compreensão de suas funções, suportes e características; • Conhecimento e classificação, pelo formato, de diversos suportes da escrita, tais como livros, revistas, jornais, folhetos; • Identificação das finalidades e funções da leitura de alguns textos a partir do exame de seus suportes; • Relacionamento entre suporte e possibilidades de significação do texto. O desenvolvimento dessa capacidade implica: • Conhecer para que servem e como são usados os suportes e instrumentos de escrita (livro didático, livros de histórias, caderno, bloco de escrever, papel ofício, cartaz, lápis, borracha, computador) no cotidiano da escola. • Identificar suas peculiaridades físicas (tamanho, formato, disposição e organização do texto escrito, tipo de letra, recursos de formatação do texto, interação entre linguagem verbal e as linguagens visuais). • O professor pode utilizar-se de atividades que possibilitem a exploração sistemática, em sala de aula, das especificidades dos suportes e instrumentos de escrita usuais na escola, tais como: nos livros e nos cadernos, como se faz a sequenciação do texto nas páginas (frente e verso, página da esquerda e página da direita, numeração); como se dispõe o escrito na página (margens, parágrafos, espaçamento entre as partes, títulos, cabeçalhos); como se relacionam os escritos e as ilustrações; I/T T/C C/R I/T T/C C/R Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 1.6Desenvolver as capacidades necessárias para o uso da escrita no contexto escolar. - Observação, análise e utilização dos instrumentos de escrita no cotidiano escolar. 2-Apropriação do Sistema de Escrita 1.7- Saber usar os objetos de escrita presentes na cultura escolar. 31 como se sabe o nome de um livro e quem o escreveu, qual a sua editora e sua data de publicação; como se faz para localizar, no livro didático ou no livro de histórias, uma informação desejada, como se consulta o índice, o sumário; como a sequenciação do texto, sua disposição na página, sua relação com as imagens e ilustrações funcionam no computador; qual a melhor maneira de dispor um texto num cartaz, que tipo de letra e que recursos gráficos devem ser usados (lápis de escrever, lápis de cor, caneta esferográfica, tinta guache); Saber manusear os livros didáticos e de literatura infantil, usar de maneira adequada os cadernos, saber segurar e manipular o lápis de escrever, os lápis de colorir, a borracha, a régua, o apontador, a caneta, sentar corretamente na carteira para ler e escrever, cuidar dos materiais escolares, lidar com a tela, o “mouse” e o teclado do computador, são algumas das aprendizagens que os alunos precisam desenvolver logo que entram na escola. 1.8Desenvolver capacidades específicas para escrever. - Disposição da escrita no papel - Utilização de letra legível. - Utilização dos diversos tipos de letra. O desenvolvimento dessa capacidade supõe possibilitar ao aluno ser capaz traçar corretamente as letras, fazendo uso dos tipos de letras, inclusive da letra cursiva. Organizando o texto no papel conforme padrão textual e estético. 2.1Compreender diferenças entre a escrita alfabética e outras formas gráficas. Identificação e diferenciação entre a escrita alfabética e outras formas gráficas: letras e desenhos; letras e rabiscos; letras e símbolos gráficos (asteriscos, sinais matemáticos, sinais de trânsito, etc.). O aluno precisa diferenciar letras de números e de outros símbolos. Deve reconhecer, por exemplo, um texto que circula socialmente ou um sequência que apresenta somente letras, ou que apresenta letras e números e outros símbolos. É o contato com essas tantas situações comunicativas que propiciará ao aluno o desenvolvimento dessa capacidade. E o professor deve estar atento para isso, oportunizando aos alunos o contato com textos que se componham dos diversos símbolos gráficos, de maneira que eles compreendam o seu significado no contexto. Quanto à distinção entre letras e outros símbolos significativos, é possível I/T T/C C/R I/T T/C C/R I/T T/C C/R I/T/C R R Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 2.2- Dominar convenções gráficas. - Orientação e alinhamento da escrita na Língua Portuguesa -Delimitação de palavras e frases. 32 propor aos alunos que procurem saber ou levantar hipóteses sobre a presença dos símbolos, como, por exemplo, o que representam os números, os ícones, as figuras, em calendário, listas telefônicas, folhetos com preços de mercadorias, etc. Nos textos essa capacidade pode se desenvolver com atividades como: • Leitura de textos em que haja grande quantidade de números. • Leitura de textos que contenham letras, números, desenhos: carta enigmática, cartões de visitas, etc., mostrando as diferenças entre eles, inclusive dos sinais de pontuação. Dois tipos de convenção gráfica fundamentais no sistema de escrita do português precisam ser compreendidos pelos alfabetizandos logo no início do aprendizado: • Nossa escrita se orienta de cima para baixo e da esquerda para a direita; • Há convenções para indicar a segmentação de palavras (espaços em branco) e frases (pontuação). Por isso se recomenda que sejam introduzidos e trabalhados sistematicamente no 1º ano do Ciclo, objetivando-se a sua consolidação. Distribuição espacial do texto no suporte. • Frente e verso da folha; • Escrita dentro das margens, a partir da margem esquerda. É bom que os alunos comecem por perceber e aprender a direção convencional e que, aos poucos, possam analisar outras disposições da escrita, em diferentes materiais. A exploração dos gêneros textuais que subvertem o alinhamento e/ou a direção mais freqüentes deve ser feita tomando-se como ponto de referência a orientação convencional. Num momento posterior do processo, um objetivo a alcançar será, por exemplo, ensinar aos alunos os princípios direcionais da leitura de gráficos e tabela. No início do processo, uma atividade que contribui para o aprendizado da orientação e do alinhamento convencionais é o professor assinalar com o dedo as linhas dos textos que lê, para que os alunos observem a direção da leitura. Nesse caso, o professor atua como modelo e, ao mesmo tempo, cria I/T/C R R Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 2.3- Compreender a função de segmentação dos espaços em branco e da pontuação de final de frase. - Segmentação dos espaços em branco e a pontuação de final de frase. 2.4- Reconhecer unidades fonológicas. Reconhecimento de unidades fonológicas: fonemas, sílabas, rimas, terminações de palavras. -Identificação fonema/grafema em conjunto de palavras. 33 de um oportunidade para os alunos observarem a relação existente entre o que ele lê e os signos escritos presentes no texto. Progressivamente, os alunos deverão ganhar autonomia, lendo por conta própria textos que ocupam linhas inteiras ou que se organizam em colunas, além de poemas de diferentes configurações. Um outro aspecto importante da organização do sistema alfabético está relacionado com o fato de que a linearidade da escrita tem características diferentes da linearidade da fala. Para quem já sabe ler, esse conhecimento parece muito simples e é acionado quase que de forma automática. No entanto, para um aprendiz iniciante, as questões decorrentes desse fato podem não ter sido ainda percebidas e representar grande dificuldade. O professor precisa ficar atento para orientar seus alunos para o significado dos espaços em branco entre as palavras (segmentação) e a importância da pontuação no final de frase. Tanto a fala quanto a escrita são produzidas em seqüência linear, isto é, "som" depois de "som", ou letra depois de letra, palavra depois de palavra, frase depois de frase. Mas um dos pontos fundamentais no início da alfabetização é compreender que essa linearidade acontece de maneira diferente na fala e na escrita. As marcas que usamos na escrita para distinguir palavras, frases e seqüências de frases não são "óbvias" nem "naturais", são convenções sociais que precisam ser ensinadas e aprendidas na escola. Uma maneira de chamar a atenção dos alunos para as marcas de segmentação da escrita é, ao fazer a leitura oral em sala de aula, solicitar que eles próprios identifiquem os diferentes marcadores de espaço (espaçamentos entre as palavras, pontuação, parágrafos). Um recurso muito interessante é o trabalho com textos fatiados em parágrafos, frases, palavras. Esta capacidade desenvolve-se utilizando atividades orais e o professor deve envolver os alunos em brincadeiras como cantigas de roda, jogos, travalínguas e a criação de nova. Desenvolver a consciência fonológica significa: identificar e discriminar os diferentes sons da língua. Ela é fundamental para que o aluno perceba a correspondência entre sons e letras (fonemas/grafemas). O professor deve utilizar-se de atividades como: • Exploração oral de sílabas, rimas, aliterações (repetição de um I/T/C R R I/T/C R R Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais - Composição de palavras a partir de sílabas. -Decomposição e recomposição de palavras em sílabas. 34 2.5- Conhecer o alfabeto. - Alfabeto (identificação das letras e reconhecimento da ordem alfabética). 2.6- Compreender a categorização gráfica e funcional das letras. - Função social da ordem alfabética. fonema numa frase ou numa palavra. Ex. Quem com o ferro fere, com o ferro será ferido), terminações semelhantes de palavras em jogos, desafios e parlendas. • Associação de palavras ao nome do objeto; • Imitação de sons; • Identificação, ao ouvir uma palavra, do número de sílabas (consciência silábica); • Identificação da sonoridade de sílaba consoante/vogal em princípio ou final de palavras. • Decomposição oral de palavras em sílabas. • Recomposição oral de palavras a partir das sílabas. O alfabetizando precisa identificar, oralmente, o número de sílabas que compõe uma palavra ao ouvir a pronúncia de palavras (monossílabas, dissílabas, trissílabas, polissílabas; com diferentes estruturas. Isso significa que o professor deve apresentar aos alunos o alfabeto e promover situações que possibilitem a eles a descoberta de que se trata de um conjunto estável de símbolos “as letras” cujo nome foi criado para indicar um dos fonemas que cada uma delas pode representar na escrita. Isso permite uma visão do conjunto, que facilita a compreensão do todo e a distinção de cada unidade, além de dar condição aos alunos de ampliarem sua compreensão da cultura escrita, familiarizando-se com um conhecimento de grande utilidade social, visto que muitos dos nossos escritos se organizam pela ordem alfabética. É importante que todas as letras estejam visíveis na sala de aula, para que os alunos, sempre que for necessário, tenham um modelo para consultar. Conhecer o alfabeto implica, ainda, que o aluno compreenda que as letras variam na forma gráfica e no valor funcional. Cabe ao professor possibilitar ao aluno compreender que as variações gráficas seguem padrões estéticos, mas são também controladas pelo valor funcional que as letras têm. As letras desempenham uma determinada função no sistema, que é a de preencher um determinado lugar na escrita das palavras. Portanto, é preciso conhecer a categorização das letras, tanto no seu aspecto gráfico, quanto no seu aspecto funcional (quais letras devem ser usadas para escrever determinadas palavras I/T T/C R I/T T/C R Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 2.7Compreender natureza alfabética sistema de escrita a do - Valor da posição das letras nas palavras, com vista à compreensão da natureza alfabética do sistema de escrita. - Quantidade, variação e posição das letras nas palavras. 35 e em que ordem). Apesar das diferentes formas gráficas das letras em nosso alfabeto (maiúsculas, minúsculas, imprensa, cursiva), uma letra permanece a mesma porque exerce a mesma função no sistema de escrita, ou seja, é sempre usada da maneira exigida pela ortografia das palavras ( uma letra, apesar de ter grafias diferentes, representa o mesmo fonema) O aluno precisa aprender que não pode escrever uma letra em qualquer posição numa palavra, porque as letras representam fonemas, os quais aparecem em posições determinadas nas palavras. Essa capacidade pode se desenvolver com atividades que utilizem, por exemplo, nomes de alunos que tenham uma letra com sons diferentes e fazer a análise, juntamente com eles. Para trabalhar a função social da ordem alfabética, o professor deve apresentar para os alunos instrumentos como enciclopédias, dicionários, catálogos, diários de classe, agendas. É importante que os alunos manuseiem esses materiais e exercitem o seu uso em atividades como: onde colocar o seu nome na agenda; onde encontrar uma palavra nova surgida em um texto para ver o seu significado (no dicionário), entre outras; construir a agenda de endereços da turma; organizar os times em ordem alfabética; procurar, no catálogo, o telefone do pai de um colega; procurar, na enciclopédia, a biografia de um poeta ou escritor. Todas essas atividades devem ser sempre junto com o professor, uma vez que os alunos estão em processo de alfabetização. É importante que haja compromisso real nessas atividades. Não apenas colocar em ordem alfabética uma série de palavras. Um sistema de escrita é alfabético quando seu princípio básico é o de que cada som é representado por uma letra. A compreensão disso se dá quando o aluno entende que a escrita é a correspondência letra (grafema) e som (fonema). Muitas crianças chegam à escola desconhecendo a representação da escrita. Elaboram hipóteses variadas: uns acham que se escreve representando as palavras através de desenhos, outros acreditam que se usam letras ou símbolos para representar o que se quer escrever e acreditam, ainda, que objetos grandes se escrevem com muitas letras, outros pensam que cada letra representa uma sílaba, hipóteses já descritas nos estudos da psicogênese da I/T T/C R Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 2.8- Dominar as relações entre grafemas e fonemas. 2.9 - Dominar regularidades ortográficas 36 Reconhecimento das relações entre fonemas e grafemas, com vista ao domínio das regularidades ortográficas. língua escrita. É muito importante que o professor saiba reconhecer e valorizar essas etapas que são fundamentais na aquisição do sistema de escrita pelo aluno. Um conhecimento básico que os alunos precisam adquirir, no seu processo de alfabetização, diz respeito à natureza da relação entre a escrita e a cadeia sonora das palavras que eles tentam escrever ou ler. É necessário que o professor saiba identificar e compreender o raciocínio feito pelos alunos, para conseguir orientá-los com sucesso na superação das hipóteses e na descoberta da explicação do sistema de escrita do português. Essa capacidade pode se desenvolver com atividades como: bingo, textos com lacunas, colocação de palavras em ordem alfabética, confronto entre a escrita produzida pelo/a alfabetizando/a e a escrita padrão. Apropriar-se do sistema de escrita depende fundamentalmente de compreender um princípio básico que o rege: os fonemas, unidades de som, são representados por grafemas na escrita. Grafemas são letras ou grupos de letras, entidades visíveis e isoláveis. Exemplos: a, b, c, são grafemas; qu, rr, ss, ch, lh, nh também são grafemas. Os fonemas são as entidades elementares da estrutura fonológica da língua, que se manifestam nas unidades sonoras mínimas da fala. É preciso, então, que o aluno aprenda as regras de correspondência entre fonemas e grafemas, a partir do tratamento explícito e sistemático encaminhado pelo professor na sala de aula. Compreender as relações entre grafemas e fonemas é decisivo para que o aluno se aproprie, além do sistema de escrita, da ortografia das palavras. É no processo de alfabetização que o aluno começa a perceber que a fala é tão diferente da escrita, não só no aspecto ortográfico. É importante que o aluno aprenda as regras de correspondência entre fonemas e grafemas, a partir da intervenção sistemática encaminhada pelo professor em sala de aula. As regras de correspondência são variadas, ocorrendo algumas relações mais simples e regulares e outras mais complexas, que dependem da posição do fonema-grafema na palavra, ou dos fonemas/grafemas que vem antes ou depois. Essa capacidade pode se desenvolver com atividades como: • Observar, discutir as regras através de jogos ortográficos, palavras cruzadas, charadas, caça-palavras, correção orientada de textos. I I T/C T/C T/C T/C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais • Trabalhar os nomes dos alunos de forma a possibilitar aos mesmos compreender que as letras obedecem a uma sequência e que não são escolhidas e escritas aleatoriamente. • Trabalhar palavras que tenham sentido para o aluno a partir dos textos lidos e/ou aproveitando os temas transversais trabalhados na escola e deixá-las expostas nas salas. • Se a escola trabalha com o método de silabação a partir de uma palavra chave, é interessante que, o professor trabalhe essas palavras com os alunos de forma a assegurar que eles as reconheçam em qualquer contexto e saibam ortografá-las. As relações entre grafemas e fonemas, na maior parte dos casos, não são biunívocas (isto é, não há um só grafema para representar determinado fonema, o qual, por sua vez, só pode ser representado por aquele grafema) e, além disso, elas envolvem diferentes graus de dificuldade. Por isso é particularmente recomendável que, nesse momento do ensino da escrita, a sistematização em sala de aula se oriente pelo critério da progressão, indo do mais simples para o mais complexo: dos casos nos quais os valores atribuídos aos grafemas independem do contexto para os casos nos quais os valores dos grafemas dependem do contexto. São exemplos de grafemas que não dependem do contexto das letras: p, b, t, d, f, v. E também, grupos de letras, como o dígrafo nh, que representa sempre o mesmo fonema e é a única possibilidade de grafar esse fonema em português. 37 3 - Leitura Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 38 2.10- Dominar irregularidades ortográficas - Irregularidades ortográficas Ao trabalhar essa capacidade é preciso que o professor analise o nível de competência de escrita dos alunos e suas dificuldades com base nos textos produzidos por eles e as utilize para ensinar os princípios ortográficos corretos. As maiores dificuldades para o aprendiz dominar o sistema ortográfico do português se devem ao fato de haver, por um lado, fonemas que, mesmo quando em contextos idênticos, podem ser representados por diferentes grafemas, e, por outro lado, casos em que um mesmo grafema, também em contextos idênticos, pode corresponder a diferentes fonemas. Para o primeiro tipo (um fonema/vários grafemas) é preciso trabalhar os casos que envolvem o fonema /S/ que pode ser grafado pelas letras s, c, ss ,ç, sc, xc; para o segundo tipo temos o grafema x representando vários fonemas, como /z/ e /s/ (ver caderno 2 SEE/MG/CEALE p. 39 a 41) A saída nesses casos é consultar modelos – locais onde sabemos que determinada palavra está escrita da maneira correta – e usar o dicionário (que envolve conhecer a forma como as palavras estão nele organizadas e como procurar um termo flexionado, por exemplo). O professor pode também combinar com a turma a produção de uma pequena lista de palavras de uso frequente que eles devem memorizar para não mais errar. I I/T TC 3.1- Desenvolver atitudes e disposições favoráveis à leitura -- Comportamentos sociais próprios de leitor. Manuseio de livros e outros materiais impressos, através de visitas a bibliotecas, livrarias, bancas de revistas, etc. Incentivar a utilização de livrarias e bancas e bibliotecas como locais de acesso a livros, jornais, revistas, etc. Incentivar a leitura dos escritos urbanos e materiais escritos que circulam na escola (cartazes, avisos, bilhetes aos pais, murais, etc.) Pesquisa na internet e uso de e-mails. Leitura de histórias, poemas, contos, notícias, instruções de jogos, parlendas, piadas, etc. pelo professor e/ou aluno. Criação e organização do canto de leitura, biblioteca de classe, jornal, mural, saraus de leitura, etc. I/T/C C/R R - Formação de um gosto estético. - Conhecimento e utilização de espaços de leituras. Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 3.2- Saber decodificar palavras e textos escritos. 3.3Saber ler reconhecendo globalmente as palavras. 3.4Desenvolver capacidades necessárias à leitura com fluência e compreensão. 39 - Relação entre grafemas (letra) e fonemas (som). - Identificação de unidades fonológicas. - Decodificação de palavras. - Decodificação de pequenos textos Reconhecimento de palavras sem análise de fonemas e sílabas - Compreensão linear do texto. (informação explícita). - Produção de inferência (informação implícita) O professor deve oferecer aos alunos pequenos textos, tais como: parlendas, piadas, tirinhas, pequenas histórias em quadrinhos, etc. para serem decodificados por eles. Observação: Nos casos em que o professor trabalhe silabação, ele poderá selecionar textos que contenham muitas palavras formadas por sílabas já trabalhadas, estando, atentos, porém, para a qualidade destes textos. I/T/C C/R R A criança reconhece palavras ou textos que fazem parte de seu universo e aparecem em suas leituras com bastante frequência (nome próprio, palavras utilizadas para organização da classe, palavras de parlendas que já foram trabalhadas, rótulos de produtos a que elas tenham acesso frequente, parlendas que decoram letras de músicas, pequenas poesias, etc.) A compreensão dos textos pela criança é a meta principal no ensino da leitura e as estratégias de decifração e reconhecimento são caminhos e procedimentos para se chegar a esse ponto. Ler com compreensão inclui, entre outros, três componentes básicos: a compreensão linear, a produção de inferências, a compreensão global. A compreensão linear do texto diz respeito à capacidade de reconhecer informações "visíveis" no corpo do texto e construir, com elas, o "fio da meada" que unifica e inter-relaciona os conteúdos lidos. A capacidade de compreensão não vem automaticamente, precisa ser exercitada e ampliada em diversas atividades com os alunos, durante toda a trajetória escolar. Textos narrativos: ao acabar de ler o aluno deve saber dizer: • quem fez o que • quando • como • onde • por quê. No caso de Textos argumentativos: ao acabar de ler o texto o aluno deve saber dizer: • de que fala o texto • que posição defende I/T T/C R T/C C/R I/T Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais • • • • 3.5– Identificar a finalidade e funções da leitura, reconhecimento do suporte, do gênero e sua contextualização 40 - Identificação do gênero; da finalidade; do suporte; da contextualização do texto. que argumentos apresenta para convencer o leitor a que conclusão chega ler nas entrelinhas, compreender os subentendidos, os não-ditos, Utilização de conhecimentos prévios para compreensão dos não ditos. • Compreender o sentido de palavras a partir do texto. • Exemplos de gêneros textuais que podem ser trabalhados na inferência: charge, piadas, tirinhas, fábulas, propagandas, etc. O trabalho deve ser iniciado com textos de temas, complexidade de estrutura e de linguagem bastante simples, e ir dificultando gradualmente. Além disso, a proposta destas atividades deve considerar, também, o progresso da autonomia da criança. O trabalho com a compreensão pode e deve ser começado antes mesmo que as crianças tenham aprendido a decodificar e a reconhecer globalmente as palavras. Essas duas capacidades fazem parte da capacidade mais importante, que é "ler com compreensão", mas não são pré-requisitos para se chegar a ela. Quando o professor lê em voz alta e comenta ou discute com seus alunos os conteúdos e usos dos textos lidos, está contribuindo para o desenvolvimento da capacidade de compreensão. Este é um procedimento que pode e deve ocorrer desde os primeiros dias de aula, utilizando contos infantis, poemas, notícias interessantes às crianças, artigos publicados nos suplementos infantis de vários jornais e/ou revistas e demais gêneros Para contribuir com o desenvolvimento da capacidade dos alunos de ler com compreensão, é importante que o professor lhes proporcione a familiaridade com gêneros textuais diversos lendo para eles em voz alta ou pedindo-lhes leitura autônoma. Além disso, é desejável abordar as características gerais desses gêneros (do que eles costumam tratar, como costumam se organizar, que recursos lingüísticos costumam usar, para que servem). A capacidade de reconhecer diferentes gêneros textuais e identificar suas características gerais favorece bastante o trabalho de compreensão, porque orienta adequadamente as expectativas do leitor diante do texto. Assim, antes da leitura feita em voz alta pelo professor, ou em grupos, ou individualmente pelos alunos, é bom propor às crianças perguntas como: o texto que vamos ler I/T/C T/C C/R Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 41 3.6- Antecipar conteúdos de textos a serem lidos em função de seu suporte, seu gênero e sua contextualização - Elaboração de hipótese, identificação do suporte do gênero e funções. 3.7- Levantar e confirmar hipótese relativa ao conteúdo do texto que está sendo lido. Levantamento e confirmação de hipóteses. Identificação compreensão do título. e - Previsões relativas ao texto baseadas em informações, estilo do narrador ou personagem, insinuações do vem num jornal, num livro, num folheto, numa caixa de brinquedo? Que espécie (gênero) de texto será esse? Para que ele serve? Quem é que conhece outros textos parecidos com esse? Onde? Outro tipo de procedimento para desenvolver a capacidade de compreensão é buscar informações sobre o autor do texto, a época em que ele foi publicado, com que objetivos foi escrito. Esses dados permitem situar o texto no contexto em que foi produzido e ampliam as possibilidades de compreensão e de fruição do que vai ser lido, além de contribuir para a formação de um leitor cada vez mais bem informado e interessado, mais capaz de tirar proveito do que lê. Antes de começar a leitura são também válidos alguns procedimentos ligados à antecipação de conteúdos, como a elaboração de hipóteses (Este texto trata de que assunto? É uma história? É uma notícia? É triste? É engraçado?). Até o leitor iniciante pode tentar adivinhar o que o texto diz, pela suposição de que alguma coisa está escrita, pelo conhecimento do seu suporte (livro de história, jornal, revista, folheto, quadro de avisos, etc.) e de seu gênero, pelo conhecimento de suas funções (informar, divertir, etc.), pelo título, pelas ilustrações. A contextualização do texto é um procedimento importante nesse momento, que favorece a produção de sentido e contribui para a formação do aluno como leitor. Essa é uma prática que deve estar presente desde os primeiros dias do Ciclo Inicial de Alfabetização, quando o professor lê em voz alta para os alunos, até depois da conclusão da trajetória escolar. Quando se começa a leitura sabendo quem escreveu o texto, quando escreveu, com que objetivos e funções, para circular em que suporte e atingir que público, já se definem as linhas que vão orientar e facilitar o trabalho de interpretação e compreensão do texto. Um dos componentes da capacidade de ler com compreensão é a estratégia de ler com envolvimento, prevendo o que texto ainda vai dizer e verificando se as previsões se confirmam ou não. O leitor interessado e cuidadoso não levanta qualquer hipótese, a troco de nada. Suas previsões se baseiam em elementos do texto - informações, modo de dizer do narrador ou dos personagens, insinuações do autor, sinais de pontuação, etc. - ou se baseiam em interrelações que ele (leitor) estabelece entre esse texto e outros que conhece, ou I/T/C T/C C/R I/T/C T/C C/R Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais autor, sinais de pontuação, interpretações com outros textos ou situações vivenciadas. 3.8- Buscar pistas textuais, intertextuais e contextuais para ler nas entrelinhas (fazer inferências), ampliando a compreensão. 3.9Construir a compreensão global do texto, unificando e interrelacionando informações explícitas e implícitas, produzindo inferências. 3.10- Avaliar efetivamente o texto fazendo extrapolações. 42 - Estrutura composicional (organização em partes) Recursos linguísticos (discurso direto e indireto, tempo dos verbos, linguagem coloquial e linguagem formal, frases curtas e longas). - Recursos expressivos e literários (rimas, linguagem figurada e jogos de palavras). - Inferências - Intertextualidade - Estabelecimento de relações entre informações. Resumir, recontar, reescrever textos lidos. - Explicar e discutir o texto lido. - Avaliação, comentário e extrapolação de textos lidos. entre esse texto e situações que já vivenciou. Esse jogo de levantar e confirmar hipóteses pode começar antes da leitura e em geral percorre todo o processo - mesmo sem que o leitor perceba que o está fazendo. Assim, levantando e checando hipóteses interpretativas, a classe vai produzindo o indispensável fio da meada, que permite ao leitor compreender o texto. Propor atividades desafiadoras que permitam aos alunos: - Identificar o princípio, meio e fim do texto lido; - Identificar quem está com a palavra no texto; - O tempo onde o texto se desenrola; - Identificar tipos de linguagem (gírias, linguagem coloquial, linguagem formal); - Identificar rimas, linguagem figurada, jogos de palavras; - Ir além do que está dito, ler nas entrelinhas; - Interligar conhecimento prévio; - Identificar e compreender palavras em destaque, formatos gráficos (caixa alta, aspas, negrito, etc.) e ilustrações; - Fazer leituras orais para os alunos, com muita expressividade, dirigindo o foco para alguns elementos chave para a compreensão. Propor atividades significativas e desafiadoras que possibilitem ao aluno construir uma visão global do texto, de modo que, ao final da leitura, o aluno saiba do que o texto fala, por onde ele começa, que caminhos ele percorre, como ele se conclui. Instigar os alunos a prestar atenção e explicar os não-ditos no texto, a descobrir e explicar os porquês. A identificar e a explicitar as relações entre o texto e seu título. Depois da leitura, que pode ter sido feita em voz alta pelo professor, os alunos podem partilhar sua emoção e sua compreensão com os colegas, avaliando e comentando afetivamente o que leram, fazendo extrapolações (isto é, projetando o sentido do texto para outras vivências, outras realidades), I/T/C T/C C/R I/T T/C C/R I/T T/C C/R Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 3.11- Ler oralmente com fluência e expressivamente. - Leitura silenciosa com rapidez, objetividade e compreensão. - Leitura oral com fluência, ritmos e expressividade, compreensão. 4-Produção Escrita 4.1Compreender e valorizar o uso da escrita com diferentes funções, em diferentes gêneros. 43 Reconhecimento da utilização da escrita na vida individual e coletiva. - Reconhecimento sobre a finalidade/função de textos de diferentes gêneros adequados a cada idade e etapa escolar (listas, crachás, etiquetas, cartazes, avisos, bilhetes, convites, histórias, poesias, notícias, propagandas, histórias em quadrinhos e outros). buscando outros textos do mesmo autor, ou sobre o mesmo tema. Ser capaz de fazer extrapolações pertinentes - sem perder o texto de vista - é importante para o aprendizado afetivo e atitudinal de descobrir que as coisas que se lêem nos textos podem fazer parte da nossa vida, podem ter utilidade e relevância para nós. Para contribuir com o desenvolvimento da capacidade de compreensão global, o professor pode orientar os alunos com mais independência a fazer uma leitura silenciosa do texto todo, com certa rapidez, sem se perder em detalhes. Outras vezes, pode convidá-los a ler em voz alta, com fluência, ritmo e expressividade, pelo prazer de sentir-se participante do texto - como um narrador, como um repórter que trabalha na rádio ou na televisão. Só quem compreende é capaz de fazer uma leitura oral de qualidade. É importante trabalhar essa capacidade desde os primeiros dias da Etapa de Alfabetização, para que os alunos compreendam e valorizem os diferentes usos e funções da escrita, em diferentes gêneros e suportes. Pode-se criar situações em que os alunos possam observar o valor, o uso e a função da escrita, na sociedade, tais como: • Procurar o telefone e o endereço de alguém ( catálogo telefônico); • Localizar ruas, bairros, cidades, estados e países em mapas . • Ler histórias, parlendas, poesias, etc. para os alunos; • Levar jornais e revistas para, ler alguma notícia ou reportagem interessante para os alunos; • Verificar, na secretaria da escola, como a vida escolar dos alunos é registrada; • Pesquisar em casa como a família usa a escrita; • Realizar debate para socialização da pesquisa; Fazer o registro das conclusões (texto coletivo, escrito em cartaz, pela professora para ficar exposto na sala). I/T T/C C/R I/T/C T/C C/R Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 4- Produção Escrita 4.2Produzir textos escritos de gêneros diversos, adequados aos objetivos, ao destinatário e ao contexto de circulação. 44 Consideração das condições de produção (definidas na atividade) - Para quem escrever, para que escrever, onde o texto vai circular; -Planejamento, da produção e revisão do texto escrito. Uma palavra qualquer, um nome próprio podem ser um texto, se forem usados numa determinada situação para produzir um sentido. Com essa compreensão do que seja texto, pode-se afirmar que as crianças de seis anos, que põem pela primeira vez os pés na escola, podem produzir textos escritos(Tendo o professor como escriba) desde os primeiros dias de aula. Possibilitar aos alunos a percepção de que ao escrever deve-se ter em mente qual é o objetivo da escrita, quem vai ler o texto, em que situação o texto vai ser lido e, em razão desses fatores, qual gênero e qual estilo de linguagem são mais adequados e devem ser adotados. Para isso, o professor pode utilizar atividades como: • Produção coletiva de recontos escritos de histórias lidas pelo professor. • Recriação de histórias lidas, acrescentando informações coerentes com a temática (traços das personagens, descrição do ambiente, criação de diálogos entre personagens, criação de novos desfechos, etc.). • Produção de textos escritos mais usados nas atividades de sala de aula, como: cartão, convites, bilhete, aviso, cartaz, carta informal, receita culinária, regras de jogo, combinados de convivência, diários, histórias e outros. I/T T/C C/R Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 4.3- Dispor, ordenar e organizar o próprio texto de acordo com as convenções gráficas apropriadas. 45 Organização do texto, buscando legibilidade , alinhamento e direção da escrita, espaçamento entre palavras. traçado da letra, espaçamento entre títulos e corpo do texto, emprego da letra no formato adequado, dentre outros aspectos. Emprego da letra maiúscula nos nomes próprios e início de frase. - Utilização de regras ortográficas básicas de escrita e de regras de pontuação (interrogação, exclamação, ponto final, vírgula nas enumerações, dois pontos e travessão nos diálogos). - Organização do próprio texto de acordo com as convenções de escrita (parágrafo, margem, título, noções básicas de pontuação). O professor deve focalizar o uso das convenções gráficas (alinhamento, direção, espaços em branco, pontuação no final de frase). E, deve ficar atento para que os exercícios de escrita estejam voltados para o domínio do princípio alfabético, isto é, a representação correta do fonema na escrita: escrever o próprio nome, confeccionar crachá, organizar em ordem alfabética os nomes dos colegas para construir a agenda do telefone da turma, para o caderno de controle de empréstimo e devolução de livros, brinquedos e objetos, listas de grupos de trabalho e outros. As escritas dirigidas de textos significativos para o aluno devem possibilitar a aprendizagem do traço das letras (a princípio caixa alta e depois cursiva), chamando a atenção para a organização do texto no papel (margem, da esquerda para a direita, ir até o final da linha, etc.). I/T T T/C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 4.4- Planejar a escrita do texto considerando o tema central e seus desdobramentos. - Planejamento da própria escrita: sobre o que falar, como usar a língua, as palavras, considerando o destinatário, o ambiente de circulação, o modo como o texto (a ideia) vai se apresentar (o gênero), como começar, como desenvolver e como terminar, considerando o gênero. 4.5- Organizar os próprios textos segundo os padrões de composição usuais na sociedade. Exploração das características físicas e estruturais de gêneros mais usuais: aviso, cartão, bilhete, carta, convite, receita culinária, propaganda, histórias, notícias e outros. - Produção escrita de textos em situação coletiva e individualmente. 46 Essa capacidade diz respeito à organização dos conteúdos do texto de modo que pareça, aos leitores, sensato, lógico e bem encadeado e sem contradição. Para as crianças que ainda não sabem escrever, o professor deve proceder a produção coletiva,e tentar conduzir de maneira simples o planejamento, fazendo ver o quanto ele é útil e produtivo. As crianças precisam aprender que, no planejamento da produção do texto, é sempre necessário levar em conta para que e para quem se está escrevendo e em que situação o texto será lido: o que se vai dizer, por onde começar, como continuar, como terminar, será que não falta nada, o leitor vai entender do jeito que se quer que ele entenda? Esses elementos é que orientam o processo de escrita e é bom que os alunos aprendam a lidar com eles desde cedo, para que a coerência se estabeleça e não se perca o tema proposto. Esta capacidade diz respeito ao modo de organização do texto em partes. Os diferentes gêneros textuais costumam se compor de acordo com um padrão estabelecido nas práticas sociais e que tem certa estabilidade. Esses padrões não são formas fixas, obrigatórias e imutáveis; eles comportam alguma flexibilidade, podem se adaptar às circunstâncias específicas de uso e mudam com o tempo. Eles são como pontos de referência, que, no caso da língua escrita, facilitam a leitura e a produção, porque orientam o trabalho de compreensão e de redação. Para o desenvolvimento desta capacidade, o professor deve partir sempre de gêneros textuais já conhecidos e trabalhados sistematicamente com os alunos, pois não podemos construir um texto seguindo os padrões de composição usuais da sociedade, se não conhecemos seu gênero, sua estrutura, sua forma e nem seu contexto de circulação. O professor deve se utilizar de várias situações reais para promover o conhecimento do gênero e proceder a construção coletiva de textos como, convites, cartazes, reportagens, relatórios. Por exemplo, uma carta geralmente se compõe de localidade e data, vocativo, abertura, corpo, fechamento e assinatura. I/T T/C C/R I/T T/C R/C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 4.6- Usar a variedade linguística apropriada à situação de produção e de circulação, fazendo escolhas adequadas quanto ao vocabulário e à gramática. 4.7Usar recursos expressivos (estilísticos e literários) adequados ao gênero e aos objetivos do texto 4.8- Revisar e reelaborar a própria escrita, segundo critérios adequados aos objetivos, ao destinatário e ao contexto de circulação previsto. 47 -Reconhecimento das variantes linguísticas usadas nos ambientes com que se tem contato - Produção de textos de diferentes gêneros considerando : linguagem , destinatário, situação comunicativa e objetivos. Reconhecimento e emprego de recursos como linguagem figurada, efeitos de humor, duplicidade de sentido, rimas, aliterações. - Emprego de estratégias de revisão dos próprios textos: o que escrever; para que escrever; para quem escrever; como escrever (gênero, vocabulário, linguagem, recursos de pontuação, ortografia). Essa capacidade diz respeito à possibilidade de se escrever utilizando palavras coerentes com o estilo do texto que está sendo escrito, sabendo escolher os recursos adequados aos objetivos que seu texto deve cumprir junto aos leitores a que se destina. I T C O professor deve apresentar textos para que a partir de sua leitura e interpretação, os alunos percebam os efeitos de humor e comicidade, os jogos de palavras e as manobras utilizadas para surpreender o leitor. Interpretar e apreciar a linguagem figurada e a recriação poética da realidade, nos textos lidos em sala de aula, possibilita ao aluno aprender e utilizar esses efeitos, nos textos escritos com o professor e por ele mesmo. Essa capacidade pode começar a ser desenvolvida na escola desde os primeiros e mais simples textos que as crianças produzem. A escrita do próprio nome num crachá, por exemplo, vai requerer critérios específicos de revisão e reelaboração: o nome está grafado corretamente? Com letra legível, de tamanho e cor que facilitam a visualização? Está disposto adequadamente no papel? Planejar, escrever, revisar, avaliar e reelaborar os próprios textos, são práticas essenciais para o aluno se tornar um usuário da escrita eficiente e independente. O aluno dever ser capaz de fazer uma avaliação do seu texto, ao revisar (reler cuidadosamente), avaliar (julgar se está bom ou não) e reelaborar (alterar, reescrever) os próprios textos, adequando-os aos objetivos e ao destinatário, ao modo e ao contexto de circulação. O professor deve oportunizar ao aluno essa prática, como rotina, oportunizando, inclusive, uma atitude reflexiva ou individual, uma vez que o exercício de reavaliar o próprio texto torna o aluno mais crítico e atento enquanto produtor de textos. I T C I/T T/C R/C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 5- Conhecimentos lingüísticos 5.1- Conhecer as classes de palavras. 48 - Separação silábica; - Classificação da palavra quanto ao número de sílabas: monossílaba, dissílaba, trissílaba, polissílaba; - Sílaba átona e tônica; - Posição das palavras quanto a posição da sílaba tônica: oxítona, paroxítona, proparoxítona. -Substantivo masculino/feminino; primitivo/ derivado; singular/plural; diminutivo/aumentativo; Substantivo concreto e abstrato Substantivo simples e composto. Substantivo coletivo. - Adjetivo; -Artigo: feminino/masculino; singular/plural. Artigo: definido e indefinido. -Pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos. - Verbos e a noção de presente, passado e futuro. - modo indicativo e subjuntivo dos verbos É importante o professor ter a consciência de que o trabalho com as classes de palavras deve ser sempre de forma contextualizada, articulando os conteúdos com a fala e com a produção de textos. Dessa forma os conteúdos trabalhados terão sentido para as crianças, além de possibilitar a ampliação de suas formas de expressão. Também, vale lembrar que o trabalho com as classes de palavras varia de escola para escola, assim como sua abordagem varia de acordo com o ano de escolaridade e com o nível de cada turma e, não se pode esquecer de que os conteúdos são revisados de ano para ano. I T C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 6- Desenvolvimento da Oralidade - Advérbio de tempo, de modo e de lugar. - Numeral (conceito, identificação); - Interjeição (conceito e identificação) 49 6.1Participar das interações cotidianas em sala de aula: - Escutando com atenção e compreensão; - Respondendo às questões propostas pelo professor. - Expondo opiniões nos debates com os colegas e com o professor. - Oralidade, argumentação. 6.2Respeitar a diversidade das formas de expressão oral manifestas por colegas, professores e funcionários da escola, bem como por pessoas da comunidade. 6.3- Usar a língua falada em diferentes situações escolares, buscando empregar a variedade -Atitudes e procedimentos éticos em relação à variedade lingüística. -Combinados de convivência escolar e social. - Adequação do modo de falar às circunstâncias da interlocução verbal. Formar cidadãos aptos a participar plenamente da sociedade em que vivem começa por possibilitar-lhes a participação na sala de aula desde seus primeiros dias na escola. O professor deve desenvolver atividades como: - Elaborar junto com os alunos regras de convivência e interações orais (falar um de cada vez, esperar a vez de falar, etc.). - Criar, com a turma, o hábito de ouvir quem fala, com atenção. - Estimular os alunos a emitir opiniões e defender suas ideias, principalmente os mais tímidos. - Incentivar os alunos a dar respostas, opiniões e sugestões nas discussões de sala de aula, falando de modo a ser entendido, respeitando professor e colegas. - Proporcionar a participação oral dos alunos na organização de rotinas das aulas na produção coletiva de textos, nas decisões coletivas de assuntos de interesse comum, nos planejamentos coletivos de atividades de recreação ou de aprendizagem. - Reconhecer a existência das diversas variedades da língua. - Respeitar a sua própria maneira de falar e a dos outros (professor, colegas, funcionários da escola, enfim, de toda a comunidade escolar). - Desenvolver o respeito mútuo. I/T/C R R I/T/C R R O trabalho pedagógico deve possibilitar ao aluno o uso de variedades linguísticas de modo que, em algumas atividades, como narrar casos e histórias da cultura popular, será adequado o uso da variedade coloquial cotidiana; em outras, como expor oralmente o resultado de trabalhos individuais ou feitos em grupo, será necessário adotar uma linguagem mais cuidada. I T T/C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 6.4- Vivenciar a fala em situações formais. 6.5Realizar com pertinência tarefas cujo desenvolvimento dependa da escuta atenta e da compreensão. - Planejamento da fala considerando o objetivo de quem fala, expectativa e disposições de quem ouve, ambiente em que a fala acontecerá. - Ouvir com atenção e compreensão. Um procedimento relativamente usual e que pode ser útil para o desenvolvimento da fluência e adequação da língua falada das crianças é solicitar-lhes que dêem avisos ou recados para o professor ou os alunos de outras turmas. Para desenvolver essa capacidade, o professor deve criar situações em que os alunos precisem preparar-se para falar adequadamente em situações públicas e formais. Para isso pode-se oferecer atividades como simulação de jornais falados, entrevistas e debates na TV e no rádio, apresentação em eventos escolares, campanhas públicas a serem efetivadas pelos alunos dentro e fora da escola. Planejar a fala de forma concisa e organizada a partir de situações lúdicas, interessantes e envolventes: jornal falado, entrevistas, debates, eventos, campanhas, etc.. Quando o aluno acompanha a aula e compreende o que o professor e os colegas falam já está exercitando essa capacidade. Mas, há possibilidades de orientá-la e desenvolvê-la especificamente em sala de aula, por exemplo, lendo em voz alta textos diversos, de cuja compreensão dependerá a realização de tarefas como fazer um resumo, responder um questionário, jogar determinado jogo, superar determinado obstáculo numa gincana, montar ou fazer funcionar um aparelho, etc.. I T T/C I/T/C T/C R/C *Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010. 50 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais PROPOSTA CURRICULAR DE PORTUGUÊS – VERSÃO PRELIMINAR – 4º e 5º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL 1. Compreensão e Valorização da Cultura Escrita EIXO 51 CAPACIDADE 1.1- Conhecer e valorizar os usos e as funções sociais da escrita, reconhecer e saber utilizá-las. CONTEUDOS/CONCEITOS DETALHAMENTO ABORDAGEM POR ANO 4º 5º - Espaços de circulação no meio doméstico, urbano e escolar; - espaços institucionais: bancos, bibliotecas, livrarias; - Formas de aquisição e acesso aos textos: compras, empréstimos, trocas; - Suportes da escrita: cartazes, outdoor, folhetos publicitários, murais; - Instrumentos e tecnologias utilizados para o registro escrito: lápis, cadernos, computadores, etc. - No dia-a-dia dos cidadãos, as práticas de leitura e escrita estão presentes em todos os espaços, cumprindo diferentes funções. Há escritas públicas que funcionam como documentos, outras como divulgação de informações, registro de compromissos, os que regulam a convivência social, e outros ainda que possibilitam a preservação da cultura. Esta capacidade diz respeito também ao saber onde e como a escrita é usada no universo social, sua importância na vida das pessoas, quem produz textos escritos e quando são produzidos, como e onde esses textos circulam. - Os professores dos anos complementares da Alfabetização devem consolidar os portadores de textos abordados no 1º ao 3º anos e trabalhar sistematicamente os textos mais complexos. R R 1.2 -Conhecer e desenvolver - Suporte e instrumento de habilidades necessárias para escritas usuais na escola: o uso da escrita no contexto • sequenciação do texto nas escolar. paginas, • disposição do texto escrito na página (margens, parágrafos, espaçamentos entre as partes, títulos, cabeçalho); • relação entre texto escrito e as ilustrações; Entre os suportes e instrumentos de escrita do cotidiano escolar nos dias de hoje podemos listar o livro didático, livro de histórias, cadernos, cartaz, computador. Conhecer esses objetos de escrita, significa saber para que servem e como são usados identificando suas particularidades (tamanho, formato, disposição, tipo de letra, linguagem verbal e linguagem visual). Na escola, esse conhecimento deve tornar-se um dos objetivos do processo inicial de ensino-aprendizagem da língua escrita, envolvendo uma abordagem didática com apresentação, observação e exploração dos suportes e instrumentos escolares de escrita e suas características materiais. T/C R Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 2 - Leitura • exploração do livro: título, autor, editora, data da publicação; • localização, no livro didático, no livro literário, no dicionário, na enciclopédia, na internet, de uma informação desejada; • consultas a índice, sumário; • como funcionam no computador: seqüência de texto, disposição na página, relação com imagens e ilustrações; • Cartaz: tipos de letra, disposição e recursos gráficos; • histórias em quadrinhos, tirinhas, jornais, revistas, propagandas, entre outros. 52 2.1- Desenvolver atitudes e - Os escritos urbanos e escolares, disposições favoráveis a uso do computador na busca de leitura. informações na internet, uso de email, etc. - Prática de leitura de jornal, livros, revistas, etc. - O sujeito demonstra conhecimentos de leitura quando sabe a função de um jornal, quando se informa sobre o que tem sido publicado, quando localiza pontos de acesso público e privado aos textos impressos, quando identifica pontos de compra de livros, ou seja, depois que um leitor realiza a leitura, os textos que leu vão determinar suas futuras escolhas de leitura e servirão de ponto de partida para outras leituras. T/C R 2.2- Ler com compreensão diferentes gêneros textuais, considerando sua função social, seu suporte, seu contexto de circulação e suas características lingüístico-discursivas. - Há que se considerar, nesta etapa escolar, a introdução de gêneros ainda não trabalhados, ou a escolha de textos de gêneros já trabalhados. É importante que o professor evidencie “para que” se lêem esses textos, o que se busca neles quando são lidos, possibilitando ao aluno adotar atitudes diferentes de leitura ao se colocar diante de um texto. Além disso, o professor deve também, adotar procedimentos de leitura adequados aos interesses e objetivos, desenvolvendo estratégias de leitura como: folhear um livro, buscar informações em jornais, folhetos de supermercados, rótulos, catálogos, sites de buscas da internet, ler T/C R - textos: instrucionais, manchetes, reportagens, legendas, artigos de divulgação científica, verbetes de dicionário e enciclopédia, informativos, cartas de leitor, tiras de jornal, entrevistas, tabelas, diagramas, textos nãoverbais, entre outros. Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais - Exploração de gêneros já cuidadosamente palavras ou trechos para recuperação futura de informações, etc. trabalhados: cartas, bilhetes, avisos, contos, tirinhas, notícias, cartilha educativa, instruções de usos, poemas, mapas gráficos, outros. - Exploração de imagens, títulos, autor dos textos lidos, fonte, data de publicação, suporte, etc. - Exploração da perigrafia do livro (capa, folha de rosto, sumário, orelhas, prefácio, etc.) - Para trabalhar esta capacidade é preciso criar expectativa para leitura, questionando de onde vem o texto (se vem de jornal, se acompanha um produto); quanto ao formato (se parece com algum texto já lido, etc). Essas hipóteses levantadas, entretanto, precisam ser confirmadas ou descartadas, durante a leitura, considerando os elementos do texto que garantam isso. É preciso também levar em conta os conhecimentos prévios dos alunos sobre aquele assunto, levantar hipóteses sobre o ambiente em que texto circulará e para quem foi escrito. Dessa forma, se incentivará o gosto pela leitura e criará um ambiente propício à sua compreensão. T/C R 2.4- Ler e compreender - História, quadrinhos, tirinhas, - Ler outras linguagens constitui uma prática de leitura porque, implica na textos expressos em pinturas, fotografias, mapas, atribuição de significados. Não constitui uma atividade isolada, permeia outras linguagem visual. placas, etc. leituras e outras atividades da língua. Muito antes de ser capaz de ler, no sentido convencional, a criança tenta interpretar os diversos recursos visuais que estão ao seu redor. Nos atos de desenhar, pintar, interpretar imagens, a pessoa articula e estrutura o sentir e o pensar. Neste sentido, o trabalho com a linguagem visual permite a organização e a ordenação do pensamento, e a expressão da história pessoal e social do sujeito. T/C R 2.3- Antecipar conteúdos de textos a serem lidos a partir do suporte, do gênero, do contexto de circulação, das características gráficas e de conhecimentos prévios sobre o tema. 53 - Procedimentos de leitura: recuperação de informações, de sequências, assuntos, de temas, de vocabulário, estratégias de antecipação, de decifração, seleção, inferência e verificação; - Levantamento e confirmação de hipóteses, antes e no decorrer da leitura; - Finalidades e usos sociais de textos e seus portadores; - reconhecimento das condições de produção e leitura de textos. Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 2.5 - Relacionar o texto que está sendo lido a outros textos, orais ou escritos, reconhecendo e promovendo relações intertextuais pertinentes. - Jornais, revistas, internet, campanhas publicitárias, entre outras. - Relações intertextuais. - O trabalho com essa capacidade possibilita ao aluno reconhecer as diferenças e proximidades entre textos que tratam do mesmo tema, do mesmo assunto, em função do leitor-alvo, da ideologia, da época em que foi produzido e das intenções comunicativas. Como exemplo disso, encontram-se histórias infantis utilizadas nos textos publicitários, links da internet que conectam um texto ao outro, fazendo integração também a imagens. I/T T/C 2.6-Compreender globalmente os textos lidos, identificando o tema central, sendo capaz de localizar informações explicitas e de inferir informações implícitas, interrelacionando essas informações no processo de compreensão. - Gêneros diversos: • Estratégias básicas para a produção de respostas pertinentes. • Argumentação, explicação, justificação. • Relação título/texto na construção da coerência do texto; • Informações explícitas e implícitas e a relação entre elas para a produção de sentidos. - Ler com compreensão inclui, entre outros, três componentes básicos: a compreensão linear, a produção de inferência, a compreensão global. A compreensão linear: supõe ler o que está escrito e saber, ao final da leitura, se for um texto narrativo, o que acontece, onde, quando, quem fez o que, com quem, como e porque. A produção de inferências: diz respeito à compreensão do que está sugerido no texto, mas não está explicitado em palavras, valendo-se dos conhecimentos prévios do leitor e das pistas que o próprio texto oferece. A compreensão global: não se dá apenas pelo processamento de informações explícitas, mas pela integração das informações expressas com os conhecimentos prévios do leitor e/ou com elementos pressupostos no texto. T/C T/C I/T/C C T T 2.7 – Inferir pelo contexto o Palavras ou expressões - A capacidade de inferir o significado de palavras - compreensão do que está nas sentido das palavras ou desconhecidas apresentadas nos entrelinhas do texto – evita sério problema que se constitui quando o leitor se expressões. textos lidos depara com um grande número de palavras cujo significado desconhece, o que interfere na leitura fluente do texto. - Efeitos de sentido produzidos As palavras são polissêmicas, isto é, podem assumir sentidos diferentes em no texto pelo uso intencional de contextos diferentes. É preciso que o professor trabalhe com os alunos essa palavras, expressões, recursos capacidade de forma que sejam capazes de realizar esse tipo de inferência, gráficos visuais, pontuação. percebendo o sentido que a palavra assume dentro do texto. Os textos poéticos, literários, publicitários são especialmente úteis para o trabalho com os diferentes sentidos das palavras e das expressões dentro do contexto. 2.8 – Reconhecer e Variantes linguísticas identificar variedades contextuais; linguísticas presentes nos textos, compreendendo que - Reconhecimento das variantes 54 - Identificar marcas linguísticas significa reconhecer as variações que uma língua apresenta, de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada. As variações linguísticas, manifestam-se por formas, marcas, estruturas que Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais concorrem para a linguísticas presentes no texto em revelam características do locutor e , por vezes, do interlocutor. O professor pode construção do sentido do articulação com a identificação trabalhar a variação linguistica em gravações de áudio e vídeo de textos orais, texto. do locutor e do interlocutor no dramatização de textos de vários gêneros e em atividades com músicas. processo de comunicação. - Conhecer variedades regionais. 2.9 – Reconhecer a presença de diferentes vozes nos textos lidos (narrador, personagens, diálogos, etc) identificando as marcas linguísticas que sinalizam esses enunciadores (aspas, dois pontos, travessão, discurso indireto, etc) - Recursos linguísticos e gráficos utilizados nos textos como marcadores de enunciação. - Gêneros textuais como: contos, histórias em quadrinhos, anedotas, piadas, etc. - Identificação de recursos usados em entrevistas, falas de personagens em diálogos; - Explorar os efeitos de sentido provocados pelo uso de verbos que introduzem falas (murmúrio), contestar, resmungar, protestar, etc. - Reconhecimento da utilização de regras básicas de concordância verbal e nominal em textos escritos na norma padrão. 2.10 – Distinguir um fato da - Explorar notícias, reportagens, opinião relativa a este fato. resenhas publicadas em cadernos de jornais voltados para o público infantil, identificando palavras ou expressões que introduzem opiniões. - O professor, em sala, deve trabalhar com textos que contenham muitas variantes linguísticas, como expressões informais, expressões regionais, expressões características de uma faixa etária ou de uma época, etc. - È importante que o aluno perceba as marcas de coloquialidade ou de formalidade de uma modalidade linguística e identifique o locutor por meio das marcas linguísticas e gráficas que sinalizam suas vozes. - O fato é aquilo que aconteceu, enquanto que a opinião é o que alguém pensa que ocorreu, uma interpretação dos fatos. É importante um trabalho bem elaborado a este respeito para que o aluno saiba diferenciar fato de opinião e utilizar no seu dia-a-dia, pois, vivemos num mundo em que tomamos decisões a partir de informações o tempo todo. Estas nos chegam por meio de relatos de fatos e expressões de opiniões; fatos usualmente podem ser submetidos à prova: por números, documentos, registros; opiniões, por - Trabalhar os articuladores outro lado, refletem juízos, valores, interpretações. Muitas pessoas confundem usados para introduzir opiniões fatos e opiniões, e quando isso ocorre temos de ter cuidado com as informações 55 T/C R I/T T Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 56 ou contra-opiniões (no entanto, apesar disso, embora, etc.) e recursos de modalização (verbos, advérbios, etc). que vêm delas; igualmente temos de estar atentos às nossas próprias opiniões, pois elas podem ser tomadas como fatos por outros. Nossas decisões devem ser baseadas em fatos, mas podem levar em conta as opiniões de gente qualificada sobre tais fatos. 2.11Reconhecer e - Explorar textos de humor como interpretar efeitos de ironia anedotas, tirinhas, charges, entre e de humor em textos outras; variados. - Recursos que provocam humor ou ironia como: caricaturas, ambigüidades, exageros, imagens, recursos gráficos, etc. Para trabalhar e alcançar esta capacidade é importante que o professor selecione textos de gêneros diferentes (tirinhas, piadas, pequenas crônicas engraçadas) e proponha aos alunos que reconheçam os efeitos de ironia ou humor causados por expressões diferenciadas (que podem ou não estar assinaladas), utilizadas no texto pelo autor, ou, ainda, pelo uso de pontuação e notações. A ideia é avaliar o grau de consciência do aluno em relação às estratégias linguísticas - jogos de linguagem, a falta de lógica, o inusitado, os desvios e as distorções do padrão, o duplo sentido, as amplificações - que geram o efeito cômico ou irônico. E, ainda refletir como as expressões ou os sinais de pontuação podem distorcer a ponto de gerar ironias. É interessante que o estudante perceba a função do sinal de pontuação para a compreensão do texto. T T 2.12– Identificar os elementos que constroem a narrativa, bem como reconhecer o que deu origem à história ou ao fato narrado, ou seja, o conflito gerador do enredo. Histórias são narrativas, isto é, contam uma série de ações que se passam em diferentes lugares e em diferentes épocas. Existem várias maneiras de se fazer uma narrativa. Algumas são feitas na forma de poemas, em versos, outras em prosa. Há narrativas longas, como romances, ou curtinhas, como piadas. Algumas têm muitos diálogos, outras são contadas de uma vez só, como num diário de viagem. Algumas são construídas para parecerem verdadeiras como as notícias de jornal, outras já mostram, desde o começo, que são inventadas, como as que começam assim: era uma vez num reino muito distante... Como é possível perceber existe uma gama de textos e situações em que se pode trabalhar em sala de aula os elementos de uma narrativa, por isso, o professor deverá explorar onde?, quando?, como?, com quem?, e ainda, o fato que deu origem à história e como esta acabou. Esses elementos dizem respeito tanto às narrativas literárias como as não-literárias (noticias de jornais). T T - Narrativa: contos infantis, histórias de aventuras, blogs (diários), notícias de jornais, poemas. Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 57 2.13– Compreender e reconhecer a organização dos conteúdos dos textos identificando relações de tempo, espaço, causa, finalidade, oposição, conclusão, comparação, outras - Gêneros diversos; Expressões conectoras (conjunções, preposições, advérbios e suas locuções) O aluno precisa entender a sequência dos conteúdos apresentados pelo texto, como eles se organizam, ou seja, que todo texto se constrói a partir de múltiplas relações de sentido que se estabelecem entre os seus enunciados. - Essa organização tem a ver com o tipo de texto: . Narrativo: as informações se organizam por relação tempo e espaço – quando e - Flexões de modo e de tempo onde os fatos aconteceram; como recursos lingüísticos em . Expositivo e argumentativo: predominam as relações lógicas – causa, favor da coerência e da coesão consequência, condição, implicação, finalidade, etc; textual. . Descritivo: orientação espacial. As informações são ordenadas a partir de um ponto; . Coesão sequencial: Para que as idéias estejam bem relacionadas, também é preciso que estejam bem interligadas, bem “unidas” por meio de conectivos: . Conjunções e locuções conjuntivas: porque, quando, se, portanto, entretanto, etc); . Os advérbios e locuções adverbiais: aqui, ali, naquele lugar, ontem, antes, depois, etc; . Algumas expressões ou orações criadas especialmente no texto para efeito de conexão. 2.14 – Compreender o processo de introdução e retomada de informações nos textos. Pronomes pessoais, demonstrativos, possessivos e relativos. - sinônimos ou expressões do mesmo campo semântico. -Todo texto se refere a uma ou a algumas coisas e, na medida em que vai se desenvolvendo, vai introduzindo referentes novos ou retomando os que já foram apresentados. - Para compreender um texto, é indispensável saber, a cada passagem, qual é o referente, ou seja, saber do que cada passagem esta falando, a que cada uma se refere. O referente pode ser retomado, no texto, por meio de vários recursos e estratégias: • repetição; pronomes; sinônimos; expressões que possam ser semanticamente associadas ao antecedente (viagem: mala, ônibus, estrada); expressões que possam ter relação metafórica com o antecedente (mulher malvada: bruxa); • expressões que possam ter relação metonímica com o antecedente (a parte pelo todo ou o todo pela parte, o indivíduo pela espécie ou a espécie pelo indivíduo – ônibus = veículo). Ex.: em um texto é importante o aluno entender a que informação se refere um pronome como ele, ou expressões como naquele dia, seu brinquedo ou palavras e expressões de significado próximo como filha do rei/princesa, mendigo/pobre homem). T T I/T T Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 2.15 – Ler oralmente com - Leitura expressiva de poemas, Só quem exercita a leitura compreende o que lê e é capaz de fazer uma leitura fluência e expressividade textos teatrais, jogral, músicas, oral competente. Portanto, o professor deve criar situações em que o aluno se levando-se em consideração etc. sinta como participante do texto na função de narrador, de repórter, de ator numa ritmo e entonação adequada. encenação. E, o aluno, deve ser incentivado a se preparar lendo silenciosamente, depois lendo em voz alta, com expressividade e ritmo, tanto na escola quanto em casa para os pais ou outras pessoas. Como exemplo sempre que o professor for fazer alguma leitura de texto para os alunos deve fazê-lo com bastante expressividade, realçando a pontuação. É importante também que incentive os alunos a assistirem os jornais da televisão para observarem como os apresentadores agem: postura corporal, entonação, se lê as notícias ou se falam decorados, etc. Posteriormente, conversar com os alunos e anotar as conclusões a que chegaram sobre a apresentação dos jornais televisivos, em relação à fluência e expressividade na leitura e o que é necessário para serem capazes de fazer o mesmo: ler com fluência e expressividade. T/C R 2.16 Posicionar-se - Reflexão e crítica sobre textos Trabalhar esta capacidade faz-se necessário para a formação de leitores críticos e cidadãos conscientes tendo em vista um trabalho voltado para a educação do criticamente diante de um lidos. gosto, da sensibilidade, da percepção (saber escolher o texto a ser lido); para que texto, fazendo apreciações o aluno aprenda a ir além do texto, extrapolá-lo, relacioná-lo com outros textos, estéticas, éticas, políticas e com a vivência pessoal, com a própria observação da realidade; aprender a ideológicas. avaliar o texto e a julgar a pertinência e a justeza de seus pontos de vista éticos, políticos e ideológicos; Todos os dias o professor deve levar um texto para ser lido para os alunos: notícia interessante, previsão do tempo, histórias, fábulas, etc e após a leitura dos mesmos incentivar os alunos a o avaliarem afetivamente: vocês gostaram do texto? Porque? Vocês já viveram algo parecido com o que o texto fala? Como foi? Vocês já ouviram outros textos parecidos com este? Em que eles eram parecidos? Onde vocês encontraram esse texto? Etc. T T 3.1Compreender e valorizar a presença e o uso da escrita na sociedade contemporânea. 58 Diversos gêneros: lista telefônica, jornais, revistas, parlendas, poesias, livros de registros, etc. As funções da escrita se realizam por meio de diferentes formas – os diversos gêneros textuais, que circulam em diferentes grupos e ambientes sociais, em diferentes suportes (ou portadores de texto). Acredita-se que um processo eficiente de ensino-aprendizagem da escrita deve tomar como ponto de partida e como eixo organizador a compreensão de que cada tipo de situação social demanda um uso da escrita relativamente padronizado. Na escola, o professor deve criar situações onde os alunos possam observar o T/C R Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 3 - Produção Escrita valor, o uso e a função da escrita na sociedade, tais como: - procurar o endereço e o telefone de alguém (uso do catálogo telefônico); - localizar ruas, bairros, cidades, estado e país em mapas; - ler histórias, parlendas, poesias, etc. para os alunos; - levar jornal e revistas para ler alguma notícia ou reportagem interessante para os alunos; - Verificar, na secretaria da escola, como a vida escolar dos alunos é registrada; - pesquisar em casa como a família usa a escrita; - seminário para socialização da pesquisa; - registro das conclusões (texto coletivo, escrito em cartaz, pela professora para ficar exposto na sala). 59 3.2- Produzir textos escritos de gêneros diversos, considerando seu suporte, seu contexto de circulação, sua estrutura, suas características lingüísticas e discursivas. - diversos gêneros: e-mail, avisos, noticias, anúncios, lendas, fábulas, poemas, receitas, relatórios, etc. A escrita na escola, assim como nas práticas sociais fora da escola, se realiza situada num contexto, se orienta por algum objetivo, tem alguma função e se dirige a algum leitor. O objetivo geral do ensino de redação é proporcionar aos alunos o desenvolvimento da capacidade de produzir textos escritos de gêneros diversos, adequados aos objetivos, ao destinatário e ao contexto de circulação. O - suportes: mural, cartaz, jornal, trabalho nesse sentido pode ser feito na sala de aula mesmo antes que as crianças livro, revista, folheto, etc. tenham aprendido a escrever, porque o professor estará orientando seus alunos para a compreensão e a valorização dos diferentes usos e funções da escrita, em contexto de circulação: diferentes gêneros e suportes. imprensa, internet, ciência, O professor deve considerar a produção dos gêneros previstos para as etapas religião, literatura, etc. anteriores, exercitando-a, e trabalhar os sugeridos para essa etapa para ampliar gradativamente a competência do aluno na produção dos próprios textos. - estrutura: as partes que compõem um texto e como elas se organizam. -características ligüísticodiscursivas: Era uma vez, para os contos de fadas; senhores pais ou responsáveis, nos avisos da escola, entre outras. R/T/C R/T/C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 60 3.3– Dispor, ordenar e organizar o próprio texto de acordo com as convenções gráficas apropriadas. - Tipos de letras; formas de apresentação; margens; espaçamento; alinhamento de parágrafos, linguagem verbal e não-verbal, etc. - Regras de pontuação de final de frase, de sinalização de diálogos, incluindo o emprego de vírgulas, no aposto, vocativo e nas enumerações. O professor deve apresentar o texto, seja de forma manuscrita ou digitalizada, demonstrando que ele precisa atender aos princípios que regem a escrita. Cabe ao professor orientar seus alunos para a estrutura física de cada gênero e suas características internas, para que, ao produzir seus textos, os alunos obedeçam ao padrão.Ao apresentar qualquer texto para os alunos inclusive durante as excursões pela escola, pela rua, pelo bairro, o professor deve questionar sempre: - para que esse texto foi escrito? - o que o texto diz? - como é o início do texto? - como o autor deu continuidade ao texto? (o que mais ele falou?) - como ele terminou o texto? - o que entendemos do texto? - Qual é o título do texto? - se você fosse escrevê-lo, ele seria diferente? Por quê?ou Como? T T/C 3.4 – Escrever textos grafando as palavras de acordo com o princípio alfabético e ortográfico, e segundo as regras de pontuação. Regras ortográficas e princípio alfabético (descritas no eixo Conhecimentos Lingüísticos e Ortográficos). O professor deve chamar a atenção dos alunos para a importância da escrita correta das palavras, pois quando escrevemos é para alguém ler. Principalmente no 4º e 5º anos do Ensino Fundamental, a capacidade de dominar o sistema ortográfico pode ser associada à produção de textos escritos com função social bem definida. Por exemplo, cartazes, avisos, murais são gêneros textuais que, em razão de seus objetivos e de sua circulação pública, devem apresentar a ortografia padrão. Assim, se as crianças se envolverem na produção, individual ou coletiva, de textos como esses, tendo em mente as circunstâncias em que serão lidos, compreenderão que, nesses casos, é justificável dedicar atenção especial à grafia das palavras e aos sinais de pontuação bem colocados. T T/C 3.5 – Planejar e produzir a - Estruturação de diferentes escrita de texto gêneros. considerando os objetivos - Termos de coesão e coerência. comunicativos, o tema, o leitor previsto, as condições de leitura e o gênero adequados à situação. - Cada texto tem sua função e essas funções precisam ser trabalhadas. Escrever um bilhete é diferente de um poema. O conteúdo de um texto deve sempre se relacionar com o contexto social, com as circunstâncias de vida do aluno, sempre revelando uma situação social real. O professor deve orientar os alunos a produzirem textos coerentes e coesos, sem o excessivo apoio em conhecimento de mundo e com o uso adequado de conectores. Um bom exercício para esta capacidade é o professor incentivar as anotações de aulas, filmes, palestras, para produzir resumos escritos e relatórios. T T Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 3.6 – Usar a variedade linguistica apropriada ao gênero textual, à situação de produção e de circulação, ao destinatário, fazendo escolhas adequadas quanto ao vocabulário e à gramática. - Regras de concordância verbal e nominal adequados ao gênero e à intenção comunicativa. - Expressões de tratamento utilizados em cada gênero. - Recursos de linguagem - Explorar formas de registros e dialetos. - O trabalho com esta capacidade deve favorecer a compreensão de que a língua não é fixa, mas está em constante mudanças; e que há formas diferentes de uso da linguagem que devem ser igualmente valorizadas, que variam de acordo com as características dos diversos grupos sociais (idade, região, época); saber escolher com adequação a variante de língua utilizada em cada situação de comunicação escrita: falas de personagens, interferência do narrador, etc. É importante que o aluno desenvolva atitudes não preconceituosas e respeitosa frente a variantes linguísticas que se distinguem da variante culta. T T/C 3.7 - Revisar e reelaborar os próprios textos, considerando sua adequação ao gênero e à situação comunicativa (destinatário, objetivos, contexto social e suporte de circulação). - Estratégia para revisão de texto (adequação da linguagem, pontuação, ortografia, coerência e coesão textuais, outros). - O domínio das operações de revisão, auto-avaliação e reelaboração de textos escritos começa com a orientação dada pelo professor ou pela professora e depois vai gradativamente, se interiorizando e se tornando uma capacidade autônoma. Isso envolve bem mais que conhecimentos e procedimentos, mais do que saber fazer porque requer a atitude reflexiva de voltar-se para os próprios conhecimentos e habilidades para avaliá-los e reformulá-los. Os alunos devem aprender a considerar diferentes dimensões de seus textos, levando em conta a adequação aos objetivos, ao destinatário, ao modo e ao contexto de circulação. T T/C 3.8 – Organizar os conteúdos dos próprios textos, considerando as relações de tempo, espaço, causa, finalidade, oposição, conclusão, comparação, ordenação, entre outras, utilizando os recursos linguísticos adequados. - Recursos linguísticos que sinalizam relações de temporalidade, espacialidade, causalidade e outros, na produção de textos narrativos. - Para desenvolver essa capacidade, o professor pode se valer de textos de gêneros variados para trabalhar as relações lógico-discursivas, mostrando aos alunos que todo texto se constrói a partir de múltiplas relações de sentido que se estabelecem entre os enunciados, as frases que compõem o texto. Os textos argumentativos e os textos informativos, como as noticias dos jornais, possibilitam trabalhar essa capacidade. É lendo e analisando, com a orientação do - Conjunções, preposições, dos professor que o aluno se torna capaz de fazer os usos desses elementos em seu advérbios e suas locuções, próprio texto. compreendendo seu significado e importância na construção das relações de sentido. I T T T 3.9 – Produzir resumos - Produção de textos escritos, pertinentes aos textos lidos. resumos, narrativas com autoria; - Segmentação de palavras; - Ortografia; - Acentuação de palavras; - Uso de letra maiúscula; - Pontuação; 61 Ao fazer um resumo de texto, o aluno terá sempre a vantagem de, além de fixar melhor o aprendizado, atualizar continuamente seu modelo de escrita.Os resumos devem ser sempre operacionais, além de conter as indicações bibliográficas necessárias para a recuperação imediata da obra resumida.O resumo tem por objetivo apresentar com fidelidade idéias ou fatos essenciais contidos num texto. Sua elaboração é bastante complexa, já que envolve habilidades como leitura Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 4- Conhecimentos Ortográficos e Linguísticos - Segmentação do texto; competente, análise detalhada das idéias do autor, discriminação e hierarquização - Coerência e coesão; dessas idéias e redação clara e objetiva do texto final. Em contrapartida, dominar - Concordância verbal e nominal. a técnica de fazer resumos é de grande utilidade para qualquer atividade intelectual que envolva seleção e apresentação de fatos, processos, idéias, etc. O professor poderá ajudar seus alunos na elaboração de um resumo, seguindo os seguintes passos: - ler atentamente o texto a ser resumido, assinalando nele as idéias que forem parecendo significativas à primeira leitura; - identificar o gênero a que pertence o texto; identificar a ideia principal do texto - identificar a organização - articulações e movimento - do texto (o modo como as idéias secundárias se ligam logicamente à principal); - identificar as idéias secundárias e agrupá-las em subconjuntos (por exemplo: segundo sua ligação com a principal, quando houver diferentes níveis de importância; segundo pontos em comum, quando se perceberem subtemas); - identificar os principais recursos utilizados (exemplos, comparações e outras vozes que ajudam a entender o texto, mas que não devem constar no resumo formal, apenas no livre, quando necessário). 62 4.1. Ler e escrever palavras e textos em letra cursiva, utilizando adequadamente maiúsculas e minúsculas e observando a caligrafia e a legibilidade. - Alfabeto (emprego de letras É preciso conhecer a categorização das letras, tanto no seu aspecto gráfico, maiúsculas em início de frases e quanto no seu aspecto funcional (quais letras devem ser usadas para escrever de parágrafos) determinadas palavras e em que ordem). Apesar das diferentes formas gráficas das letras em nosso alfabeto (maiúsculas, minúsculas, imprensa, cursiva), uma - Tipos de letra letra permanece a mesma porque exerce a mesma função no sistema de escrita. O emprego das letras maiúsculas e minúsculas, nessa etapa da vida escolar, já se - Nomes próprios. supõe ser um conhecimento consolidado. De acordo com a regra ortográfica – letras maiúsculas para nomes próprios e para início de frase e minúsculas para as demais palavras – esse aprendizado deve ser sempre retomado tão logo se verifique o não uso da norma. Em discussões coletivas, sobre adequação ortográfica de textos produzidos pelos alunos, bem como, individualmente, em orientação para autocorreção e a reescrita do texto, a intervenção do professor deve sempre ocorrer. O professor deve promover, por exemplo, atividades em que as letras sejam T/C R Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais situadas em sílabas, em palavras e em textos. Diante de textos lidos - mesmo que pelo professor - os alunos podem se deter no reconhecimento das letras e de sua posição, distribuição e função nas palavras. Do mesmo modo, na tentativa de escrever textos simples, os alunos poderão operar direta e produtivamente com a categorização gráfica e funcional das letras. 4.2. Compreender e aplicar na grafia a segmentação da cadeia sonora, entendendo que se fala de uma maneira e se escreve de outra. - Diferença entre fonemas e Essa é uma capacidade que deve estar praticamente consolidada, entretanto o grafemas professor precisa estar atento, porque pode ser que os alunos já se tenham conscientizado de que o i e o u átonos de final de palavras sejam escritos com e - Domínio da grafia de palavras e o respectivamente, mas há situações, como o –r final dos infinitivos verbais, o que sofrem interferência da fala. –ndo dos gerúndios, os ditongos não pronunciados, que requerem uma atenção especial do professor, como por exemplo na fala coloquial “Vô trabalhá/Tô escreveno... T T/C - As consoantes homorgânicas são aquelas cuja pronúncia se dá no mesmo ponto de articulação. A diferença entre os pares está na sonoridade (f/v; p/b;t/d; q/g; qu/gu.). É preciso que a sílaba se constitua, porque os sons desses fonemas são definidos sempre a partir do apoio da vogal. Nem todos os alunos têm dificuldades com os fonemas consonantais homorgânicos, mas o professor precisa estar atento para as situações em que a dificuldade ocorrer e trabalhar com seus alunos os casos em pares – guerra diferente de quero, vez diferente de fez, bata diferente de pata. Além de trabalhar palavras isoladas, é importante que o professor trabalhe também textos em que estes pares de palavras apareçam. T T/C 4.4. Conhecer e aplicar as - Regras de ortografia relativas à - A criança quando escreve cãpo ao invés de campo, demonstra um grande regras ortográficas relativas sinalização da nasalidade. avanço fonético. Percebe a inexistência do fonema, mas não resolve a exigência da letra. Ao comparar a sua escrita com outro material de consulta descobre a à sinalização de nasalização - Banco de palavras. (m, n e til), bem como o uso presença da letra m ou n nasalizando o a. Trabalhando com palavras nasalizadas da letra m antes de p e b, e por til, a criança percebe a equivalência dos sinais m, n, ou til, podendo ocorrer da letra n antes das demais nessa fase, erros de hipercorreção (cãpo, amanham, etc). Quanto ao emprego de consoantes. M antes de P e B, e N antes das demais consoantes há regularidade, o que facilita para os alunos a sistematização. Este trabalho de sistematização pode ser realizado com a observação das palavras nos textos, com jogos, como caçapalavras, cruzadinhas e outros. T T/C 4.3. Aplicar regras - Consoantes homorgânicas ortográficas referentes aos pares de letras b/p, t/d, f/v, e aos dígrafos qu/gu, não trocando p e b, t e d, f e v, qu e gu. 63 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 4.5. Aplicar regras - Banco de palavras ortográficas contextuais, isto é, aquelas que dependem da - Grafemas e fonemas posição que fonema / grafema ocupam na palavra. - No 4º e 5º anos do Ensino Fundamental as situações de desafio devem persistir. Os conceitos construídos farão surgir novas hipóteses para construção de novos conceitos. Em certas variantes dialetais, os falantes trocam o L de final de sílaba pelo R, e vice-versa (carma-calma/galfo-garfo). Tal especificidade deve ser respeitada na leitura e na linguagem oral. A medida que o aluno se familiariza com a variedade padrão, a tendência é essa troca desaparecer. Outra dificuldade aparece no registro do fonema /u/ (saldade, fugio, cauma, no lugar de saudade, fugiu e calma). T T/C 4.6. Memorizar a escrita - Regras ortográficas - Quanto às grafias que não permitem sistematização, por serem escritas ortográfica de palavras em arbitrárias, não tendo apoio nem na posição da palavra, nem no contexto, sendo que as relações fonema / - Grafia arbitrária (palavras de situações específicas, a aprendizagem se faz por meio da visualização e da grafema são arbitrárias, isto uso mais comum) memorização. É na freqüência de usos, nas situações de leitura e de escrita, na é, não obedecem a compreensão de seu significado (dimensão semântica) dentro dos textos, na princípios fonéticoobservação de família de palavras, que se dará o aprendizado delas. fonológicos. O professor poderá estimular a observação e, consequentemente, a memorização, com atividades de uso de dicionário, com jogos de ortografia, como palavras cruzadas, caça-palavras, entre outros, em que as palavras cujas grafias apresentem dificuldades, sejam o alvo da “brincadeira de aprender”. O professor pode também utilizar-se das aulas de informática para o trato final aos textos produzidos. T T 4.7. Usar o dicionário - Ortografia autonomamente para sanar as dúvidas quanto à grafia - Funções gramaticais das palavras. - Sinônimos, antônimos T T/C - Prefixo/sufixo 64 Tanto na fala quanto na escrita, quem usa uma língua enfrenta cotidianamente situações em que seu domínio e mesmo seu conhecimento sobre as palavras pode ser decisivo para a eficácia de uma ação, por isso o dicionário deverá ser um instrumento permanente na escola, pois, seja como for, após uma consulta a um dicionário bem elaborado, consciente de suas possibilidades e limites, o usuário sai enriquecido da experiência. E um desses enriquecimentos será a sua progressiva familiaridade com a organização própria do dicionário, ou seja, o conhecimento que adquire sobre os tipos de informação que ali se encontram, ou mesmo a rapidez crescente com que localizará uma informação. Nesse sentido, o uso consciente, crítico e autônomo de um dicionário acaba desenvolvendo uma proficiência específica para a busca, o processamento e a compreensão das palavras. Conhecimento esse que, por sua vez, será uma excelente ferramenta para o desenvolvimento da competência leitora e domínio do mundo da escrita. É exatamente por esse motivo que o uso do dicionário, nas mais diferentes Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais situações sociais, indiciam um alto grau de letramento, seja da sociedade, seja do usuário proficiente. A partir do trabalho com o dicionário o professor poderá explorar vários tipos de informações contidas nele, como por exemplo: • Tirar dúvidas sobre a escrita de uma palavra (ortografia); • Esclarecer os significados de termos desconhecidos (definições); • Desvendar relações de forma e de conteúdo entre palavras (sinonímia, antonímia, homonímia etc.); • Dar informações sobre as funções gramaticais da palavra, como sua classificação e características morfossintáticas (descriçãogramatical); entre outras informações. 65 4.8 - Utilizar a pontuação de Pontuação: Interrogação, final de frase e de exclamação, reticências, sinalização de diálogos. travessão, dois pontos, vírgula (nas enumerações, aposto e vocativo). - Aprender a pontuar um texto é um aprendizado para a vida inteira. São tantas possibilidades de jogos discursivos de pontuação que dificilmente teremos compreensão de sua totalidade. Além disso, pontuar exige esforço de análise e síntese integrado, difícil, mas, não impossível de ser realizado pelos jogos produtores de texto. Por isso, é imprescindível que o professor crie situações para uma tomada de consciência das escolhas de pontuações que estão fazendo para rever possíveis conceitos errados ou ampliar conceitos só parcialmente compreendidos. Nessa etapa, o aluno precisa desenvolver a capacidade de empregar a pontuação em final de frase, imprimindo aqui a intenção do emprego desses sinais associada à intencionalidade contida no texto, ou seja, se é declarar, perguntar, admirar-se ou deixar em suspense o pensamento não acabado. Quanto à pontuação dos diálogos, o aluno deverá consolidar o emprego da sinalização clássica do discurso direto: dois pontos para anunciar a fala da personagem, parágrafo com travessão para indicar a fala e o emprego do ponto final, exclamação e outros. T T 4.9 Utilizar com - Classes de palavras: compreensão os diversos • Substantivo: próprio/comum, masculino/feminino, elementos que compõem as primitivo/ derivado, classes de palavras. simples/composto, coletivo. • Adjetivo: gênero e número; • Numeral; • Artigo: gênero/número; O estudo da gramática deve desenvolver a capacidade expressiva dos alunos como usuários da língua, para poderem empregá-la na mais variadas situações de uso. Portanto, é necessário que o professor evite os estudos de estruturas gramaticais como uma habilidade isolada, adotando atividades contextualizadas em que os conteúdos estejam articulados sempre com a fala e com a produção de textos. Dessa forma os conteúdos trabalhados farão sentido para as crianças, além de possibilitar a ampliação de suas formas de expressão. Também, vale lembrar que o trabalho com as classes de palavras varia de escola para escola, assim como T T Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais • • • • • • definido e indefinido; Advérbio: de modo, de tempo e de lugar; Pronome: pessoais, possessivos e demonstrativos. Preposição; Conjunção; Interjeição; Verbo: modos indicativo, sua abordagem varia de acordo com o ano de escolaridade e com o nível de cada turma e, não se pode esquecer de que os conteúdos são revisados de ano para ano. Uma estratégia bastante eficaz é ensinar os alunos a interrogar os textos, sejam de outros autores ou escritos por eles. A exploração de textos pode ser realizada mediante atividades de interrogação: como avança um texto, como ele progride, como as estruturas da língua estão ligadas à sua estrutura? Que aspectos gramaticais estruturam estes textos? E, a partir destas interrogações, pode-se chegar a sistematização dos conteúdos. subjuntivo e imperativo; flexão: número e pessoa. 5.1- Ouvir com respeito falas expressas em diferentes variedades linguísticas, em situações escolares e não escolares; - Gêneros como: poemas, parlendas, músicas, histórias, adivinhações, bulas, receitas, debates, juri simulado, etc. 5 - Oralidade - Variações linguísticas – o modo de falar do brasileiro. - Marcas típicas da oralidade, adequando o padrão de linguagem às situações cotidianas. 5.2Participar das atividades cotidianas em sala de aula; interagindo com os colegas e o professor. Ouvir e respeitar opiniões alheias, concordando ou discordando delas. - Ouvir: cartas, mensagens, avisos, notícias, instruções de jogos; - Recursos paralinguisticos de sustentação da fala (gestos, tonalidade da voz, expressões faciais) de acordo com os objetivos do ato de interlocução - O papel do professor é ensinar a adequação da fala ao contexto das situações. Não existe superioridade, do ponto de vista linguístico, de uma sobre a outra. Não há o certo ou errado linguisticamente, há o diferente. Todas as variedades são boas e funcionam segundo regras rígidas. A língua é uma forma de interação, e uma interlocução de falantes, sujeitos, de sua própria história. Ex.: relatar fatos vividos na vida escolar, passeios, eventos locais e regionais, realizar atividades de livre expressão. Além disto, o professor por meio de exposições e estímulo à tolerância poderá ajudar no aprendizado desta capacidade que envolve atitudes e valores éticos. - Valer-se da linguagem para melhorar a qualidade de suas relações pessoais, sendo capazes de expressar seus sentimentos, experiências, ideias e opiniões. T/C R - Da interação com o outro e com o mundo é que o aluno se apropria da linguagem. O professor deve propiciar espaço para o aluno ouvir o outro num clima de respeito em que opiniões e sentimentos surjam espontaneamente. Ex.: Trocar ideias sobre fatos narrados, histórias ou notícias fazendo comentários e indagações de acordo com sua curiosidade e necessidade. - ouvir histórias lidas e contadas pelo professor e/ou colegas, dando opiniões. - Realizar trabalhos escolares para apresentar aos pais, turma e escola, em forma de auditórios e teatros, levando em conta a adequação da linguagem e do conteúdo e o público definido. T/C R T T 5.3 – Ouvir e compreender a - Gêneros orais como: juri - O desenvolvimento da oralidade inclui, além da capacidade de falar, a de ouvir leitura de textos de simulado, debate, jornal falado, com compreensão. É uma capacidade necessária para o exercício da cidadania. É 66 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais diferentes gêneros, seminário, apresentação de preciso saber ouvir e entender os jornais da TV e do rádio, entrevistas e relacionando-os às situações pesquisa, de experiências declarações de políticos. em que são usados. científicas e entrevistas. O primeiro contato da criança com a leitura de texto de gêneros diversos se dá através da leitura feita por alguém. No ato de ouvir, a criança atribui sentido ao texto lido, apropriando-se de ideias, relacionando-as com o conhecimento já adquiridos, entendendo pelo contexto palavras fáceis e difíceis. 5.4 – Produzir textos de - História, caso, piada, rap, aviso, diferentes gêneros orais, exposição de trabalho escolar. empregando a variedade linguística, ritmo, entonação e postura adequados à situação comunicativa e na produção de textos orais. - O próprio convívio social proporciona às crianças boas intuições sobre como organizar as ideias para produzir textos que os ouvintes considerem coerentes. Possibilitar ao aluno ser ainda mais competente enquanto falante, considerando a intenção comunicativa, o gênero escolhido, o conteúdo do texto, o interlocutor, ao produzir textos orais é tarefa da escola. É importante compreender que a fala diverge da escrita, admitindo repetições, retomadas no decorrer da fala para maior compreensão do ouvinte. Ex.: O professor deve trabalhar os gêneros utilizando recursos como esquemas, cartazes para suporte nas apresentações orais. 5.5 – Recontar oralmente - Histórias, notícias, contos, etc. histórias lidas ou ouvidas, expressando-se com clareza e desenvoltura. - Contar e inventar histórias são aspectos importantes de um programa de linguagem oral. Constitui uma das melhores oportunidades para a expressão criadora. As crianças ouvem, reproduzem e enriquecem suas experiências, sua linguagem, seu pensamento lógico e desenvolvem sua imaginação. Para que o aluno conquiste essa competência, o professor precisa começar com a leitura de histórias menores como as fábulas, as lendas, trechos de filmes, chegando ao reconto de textos mais ricos e mais complexos. 5.6 – Planejar trabalhos escolares e apresentar para pais, turma, escola levando em conta a adequação da linguagem e do conteúdo ao público definido. - O professor deve orientar os alunos para o exercício da linguagem falada, com o caráter mais formal em termos técnicos que possam ser utilizados nos trabalhos escolares , em explicações e em linguagem que os colegas de turmas mais jovens, os pais e a comunidade possam compreender. - Planejamento de apresentação de trabalhos (relatos de experiências e viagens, conclusões de observações, de pesquisa de campo, auditórios, apresentação de teatros, gincanas, etc.) T/C T/C T/C *Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010. 67 T/C R T/C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 68 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais MATEMÁTICA É consensual a ideia de que não existe um caminho que possa ser identificado como único e melhor para o ensino de qualquer disciplina, em particular, da Matemática. No entanto, conhecer possibilidades de trabalho em sala de aula é fundamental para que o professor construa sua prática. (PCN, 1997, p.42). Infantil, trazem consigo uma bagagem de noções informais sobre aspectos da Matemática que foram construídas em sua vivência cotidiana. E, o professor deve utilizar essas noções como referência na organização da sua proposta de trabalho investigando qual é o domínio que cada criança possui sobre o assunto que irá explorar. Para tanto, é de suma importância que o processo de ensino- O ensino da Matemática tem passado, ao longo dos anos, por aprendizagem da Matemática esteja articulado à alfabetização e à sucessivas reformas. Muitas práticas pedagógicas foram aperfeiçoadas socialização, a fim de que se efetive num ambiente propício ao diálogo, com vista à melhoria do ensino-aprendizagem desta área de à troca de informações, a negociação e ao respeito mútuo. E, como o conhecimento. Mesmo assim, o fracasso escolar matemático continua. individualismo é característica marcante aos alunos desta fase, é Os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs apontam para a necessidade de mudanças urgentes no que ensinar e de como organizar fundamental a intervenção do professor para promover a socialização e ensinar os alunos a compartilhar os conhecimentos. as situações de ensino e de aprendizagem, colocando o papel da O trabalho com os diversos tipos de textos que envolvem o Matemática como facilitador do desenvolvimento do pensamento do conhecimento matemático, também é de muita importância nas séries educando e como instrumento de formação de sua cidadania. “Falar em iniciais, pois o aluno irá aprender a contrapor as estratégias de escrita, formação básica para a cidadania significa falar em inserção das de representação e de leitura que estes textos demandam, dessa forma pessoas no mundo do trabalho, das relações sociais e da cultura, no se apropriará do vocabulário matemático. âmbito da sociedade brasileira.” (PCN, 1997, p.29) As crianças que ingressam nos primeiros anos do Ensino Fundamental, mesmo aquelas que não frequentaram a Educação 69 Além disso, é imprescindível que o professor utilize as diversas práticas pedagógicas citadas no PCN, tais como: resolução de Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais problemas, história da matemática, tecnologia da informação e os • jogos. o problema certamente não é um exercício em que o aluno aplica, de forma quase mecânica, uma fórmula ou um processo A resolução de problemas sempre foi um recurso utilizado operatório. Só há problema se o aluno for levado a interpretar o apenas como forma de aplicação de conhecimentos já adquiridos pelos enunciado da questão que lhe é proposta e a estruturar a situação alunos, ou seja, como forma de avaliar se os alunos são capazes de que lhe é apresentada; empregar o que lhes foi ensinado. O professor explora apenas os • aproximações sucessivas ao conceito são construídas para resultados, as definições, as técnicas e demonstrações e não a atividade resolver um certo tipo de problema: num outro momento, o em si. aluno utiliza o que aprendeu para resolver outros problemas, o É por isso que o PCN defende uma proposta de resolução de que exige transferências, retificações, rupturas, segundo um 6 problemas fundamentada nos seguintes princípios : processo análogo ao que se pode observar na história da Matemática. • “o ponto de partida da atividade matemática não é a definição, o aluno não constrói um conceito em resposta a um problema, mas o problema. No processo de ensino e aprendizagem, mas constrói um campo de conceitos que tomam sentido num conceitos, ideias e métodos matemáticos devem ser abordados campo de problemas. Um conceito matemático se constrói mediante a exploração de problemas, ou seja, de situações em articulado com outros conceitos, por meio de uma série de que os alunos precisem desenvolver algum tipo de estratégia retificações e generalizações; para resolvê-las; 6 • Princípios retirados do PCN vol.3 – Matemática, 1997 p.43 e 44. • a resolução de problemas não é uma atividade para ser desenvolvida em paralelo ou como aplicação da aprendizagem, pois proporciona o contexto em que se pode apreender conceito, procedimentos e atitudes matemáticas”. 70 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais Na resolução de problemas o professor deve estimular o aluno a computador. Embora esses recursos ainda não estejam altamente elaborar um ou vários procedimentos de resolução fazendo comparação disponíveis para a maioria das escolas, eles já integram muitas das diversas estratégias usadas na obtenção dos resultados, validando experiências educacionais. E isso exige a incorporação de estudos nessa seus procedimentos, questionando sua própria resposta e o problema. área, seja na formação inicial como na formação continuada dos Essa forma de trabalhar evidencia uma concepção de ensino e professores. aprendizagem voltada para a ação reflexiva que constrói conhecimentos. O computador pode ser usado como apoio ao ensino, como fonte de aprendizagem e como ferramenta para o desenvolvimento de Quanto à História da Matemática o professor, ao mostrá-la habilidades. O trabalho com o computador pode ensinar o aluno a como uma criação humana, desenvolve atitudes e valores no aluno aprender com seus erros e a aprender junto com seus colegas, trocando diante do conhecimento matemático. Em muitas situações, esse suas produções e comparando-as. conhecimento ajuda o aluno a construir ideias matemáticas, a dar Para o desenvolvimento dos processos psicológicos básicos, respostas aos “porquês” e, com isso, favorecem o criticidade sobre os outro recurso que pode ser utilizado é o jogo que, além de ser um objeto objetos de conhecimento. sociocultural, o autoconhecimento e a interação com outros. Os recursos tecnológicos são um dos principais agentes Para os alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, os transformadores da sociedade atual devido às influências exercidas no jogos geram satisfação e formam hábitos. Por isso devem estar cotidiano das pessoas. E é um desafio para a escola incorporá-los ao seu presentes nas atividades escolares. Por meio dos jogos as crianças trabalho. aprendem a lidar com símbolos e a criarem analogias, produzem A calculadora é um instrumento tecnológico que pode ser usado pela escola podendo contribuir para o ensino da Matemática. Outro recurso que está se tornando cada dia mais indispensável é o 71 linguagens, criam convenções, tornam-se capazes de se submeterem a regras e dar explicações. Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais O jogo torna-se uma estratégia didática quando as situações são Conservar é a habilidade de concluir que uma quantidade, seja planejadas e orientadas pelo professor visando uma finalidade de objetos, massa ou líquido, mesmo estando em lugares ou recipientes aprendizagem, isto é, de proporcionar à criança algum tipo de diferentes, sempre permanece a mesma. Piaget (1971), diz que para conhecimento, alguma relação ou atitude. Para o aluno é visto como um conservar as quantidades a criança precisa de uma condição mental desafio, além de gerar interesse e prazer, por isso sempre deve fazer chamada reversibilidade, que é a capacidade de fazer e desfazer parte da cultura escolar. A participação em grupos de jogos permite o mentalmente uma ação, sendo que essa construção se efetiva aos sete desenvolvimento das áreas cognitivas, emocional, moral e social da ou oito anos. Joseph e Kamii afirmam que criança e um estímulo para o avanço do seu raciocínio lógico. Eixos da Proposta Curricular (...) quem sabe conservar, o faz porque já construiu esse conhecimento lógico-matemático. Quem não conserva, não o faz porque seu conhecimento lógico-matemático não é ainda forte o bastante para superar a aparência empírica dos objetos. (JOSEPH e KAMII 2005, P.17). Números e Operações Um fator que merece atenção do professor é a construção do Classificar é uma operação lógico-matemática que supõe as número. Ele deve estar atento se os seus alunos dominam ou apenas relações de pertinência e de inclusão de classes. Quando uma subclasse possuem noção das atividades pré-numéricas, pois antes que eles se encaixa numa classe maior, haverá uma relação de inclusão de construam o conceito de número, é indispensável que desenvolvam classes estabelecendo uma relação entre a parte e o todo. atitudes como: conservar quantidades, líquido e massa, classificar, Portanto, o professor deve saber que, ao oferecer as crianças seriar, ordenar mentalmente, pensar de forma reversível, contar e situações em que elas possam desenvolver o pensamento através de incluir hierarquicamente e em classe. atitudes de conservação, ordenação, contagem, classificação, seriação, estará favorecendo a construção do raciocínio lógico-matemático. 72 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais O professor deve mostrar às crianças as diferentes situações em usada como recurso para verificação e análise de resultados. Os alunos que os números são utilizados. Em seu aspecto cardinal, o número vão ampliar seus procedimentos de cálculo mental, à medida que indica uma quantidade de elementos e permite que se imagine essa conheçam mais as regras do sistema de numeração decimal. Deverão quantidade sem que eles estejam presentes. Em seu aspecto ordinal, o desenvolver a análise e resolver também problemas com números número indica posição. Já nos racionais, o professor deverá apresentá- racionais (frações e decimais). los sempre mostrando a utilização desse número no cotidiano. Uma vez construído o conceito de número, os alunos do 1º ao 3º Espaço e Forma anos de escolaridade devem aprender a calcular adições e subtrações Para compreender, descrever e representar o mundo em que básicas, cabendo ao professor graduar as dificuldades. É importante vive, o aluno precisa, por exemplo, saber localizar-se no espaço, também, nesta etapa de escolarização, o trabalho com a multiplicação e movimentar-se sobre ele, dimensionar sua ocupação, perceber a forma e a divisão de forma mais simples. tamanho de objetos e a relação disso com seu uso. As atividades devem Apesar da habilidade de resolver as quatro operações ser suporte estimular nos alunos a capacidade de estabelecer pontos de referência a para o cálculo mental e escrito, nunca se deve apresentar listas seu redor, situar-se no espaço, deslocar-se nele, dando e recebendo intermináveis de contas para serem resolvidas e sim propor exercícios comandos e compreendendo termos como direita, esquerda, distância, sempre na forma de situações-problemas. Os alunos devem recorrer deslocamento, acima, abaixo, ao lado, atrás, perto, etc. Deve também inicialmente a estratégias próprias de resolução, com o uso de material saber reconhecer formas geométricas planas ou espaciais presentes em concreto, e serem estimulados sempre a troca de ideias e a explicação objetos naturais e criados pelo homem, além de saber identificar as em voz alta ou por escrito de como cada um resolveu. diferenças entre eles. Já no 4º e 5º anos, as operações com números naturais são ampliadas para desenvolver o cálculo mental e escrito. A calculadora é 73 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais Grandezas e Medidas Avaliação O trabalho com grandezas e medidas deve ser desenvolvido com atividades que leve o aluno a compreender o procedimento de medir As mudanças no processo de ensino e aprendizagem da usando instrumentos usuais ou utilizando estratégias pessoais (palmo, Matemática requerem uma maior reflexão sobre as finalidades da pés, etc.). Também as unidades de tempo (dia, mês, minutos, hora, avaliação, sobre o que e como se avalia, levando em conta as diversas etc.), de medidas (metro, centímetro, quilograma, litro, etc.) e de situações de aprendizagem, como a resolução de problemas, os jogos, o temperatura, devem ser abordadas através de situações e simulações do uso de recursos tecnológicos, entre outros. dia-a-dia, bem como, o uso do dinheiro no nosso cotidiano e as formas de representá-lo graficamente. Os resultados expressos nos instrumentos de avaliação utilizados pela escola, sejam eles trabalhos, provas, posturas em sala, são indícios de competências adquiridas pelas crianças. Cabe ao Tratamento da Informação O trabalho com este eixo deve despertar o espírito de investigação e organização de informações. O assunto deve ser tratado Professor, interpretar estes resultados e reorganizar a sua proposta de trabalho. O erro deve ser sempre interpretado como um caminho para em função da utilização cada vez maior de informação desse tipo em buscar o acerto. E é através do diálogo que o professor consegue nossa sociedade. O professor deve trabalhar com a leitura e descobrir o que o aluno não está compreendendo, e assim poder interpretação de informações contidas em imagens, pedir que os alunos planejar a intervenção adequada para auxiliá-lo a avaliar o caminho coletem e organizem as informações, interpretem e elaborem tabelas e percorrido. gráficos (de acordo com o nível de cada ano de escolaridade). 74 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA – VERSÃO PRELIMINAR - 1º, 2º e 3º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL EIXOS CAPACIDADES 1- Números e Operações 1.1 - Utilizar critérios de classificação, seriação e conservação de quantidades. 75 CONTEÚDOS/CONCEITOS - Conceitos pré-numéricos: - Comparação, seriação, inclusão e conservação de quantidades DETALHAMENTO - Atividades pré-numéricas - Antes de partir para os números propriamente ditos e em suas relações de quantidade, é preciso que as crianças tenham noções de seriação, classificação, quantidade, diferenciação, cores, noções de distância, de tempo e de localização. Esses pré-conceitos são a base para trabalhar mais a frente questões propriamente numéricas. Para a construção do conceito de número natural, destacam-se quatro noções básicas: classificação, seriação, correspondência biunívoca e conservação da quantidade. - Classificar é agrupar segundo um critério. Podemos classificar figuras geométricas (cor, forma, tamanho), livros de história (gênero), animais (espécie), figurinhas, materiais escolares, enfim, tudo aquilo que for da vivência da criança. - Seriar significa colocar em série, em ordem, ordenar. Podemos seriar com materiais diversos, tais como: blocos lógicos, botões, palitos, tampinhas e com os próprios alunos, estabelecendo relações do tipo: maior que, menor que, mais pesado que, entre outras. Seriar conforme a cor, do mais claro ao mais escuro, fazer seqüência lógicas em cartões (histórias), seqüência de posições e de atividades. - Correspondência biunívoca é a correspondência também chamada um a um, ou seja, cada elemento do primeiro conjunto deverá corresponder a somente um elemento do segundo conjunto que também será esgotado. - Conservação de quantidade: a criança conserva a quantidade no momento em que ela reconhece que o número de elementos de um conjunto não varia quaisquer que sejam as maneiras como se agrupam esses elementos. ABORDAGEM POR ANO 1º 2º 3º T C R Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 1.2- Utilizar, em situaçõesproblema, diferentes estratégias para quantificar elementos de uma coleção: contagem, pareamento, estimativa e correspondência de agrupamentos. 1.3Reconhecer em diferentes contextos – cotidianos e históricos, os números naturais, racionais na forma decimal e racionais na forma fracionária. 76 - Quantificações discretas: correspondência biunívoca, seqüência oral numérica, zoneamento (os elementos contados e a contar) e nomeação de coleções por uma quantidade de objetos ou por figuras, tomando como referência o último elemento contado. - História da matemática - A construção do número - Números no dia-a-dia - Identificar a localização de números naturais na reta numérica. É importante que os alunos: reconheçam as diferentes estratégias para quantificar elementos de uma coleção para estabelecer a correspondência um a um; mantenham a ordem das palavras numéricas; saibam etiquetar cada objeto uma só vez sem omitir nenhum; numerem todos os objetos. Ao explorarem as situações-problema, os alunos deste ciclo precisam do apoio de recursos como materiais de contagem (fichas, palitos, reprodução de cédulas e moedas entre outros.). O objetivo dessa abordagem é resgatar a história do homem como sujeito criador ao longo do tempo e compartilhar com os alunos o fato de que as ideias e os conceitos atualmente ensinados e aprendidos na escola são, na realidade, frutos da construção do conhecimento matemático em épocas passadas e atuais. É por meio de brincadeiras, do convívio com os familiares e outras pessoas que a criança vai descobrindo o número e seus mais variados usos: servem para indicar quantidades, para numerar as coisas, para contar, para indicar preços, idades, alturas, comprimentos, além de outros usos. Como código, indica números de telefones, de ônibus, placas de carros, etc. Com os números e os sistemas de numeração, o contato e a utilização desses conhecimentos podem ocorrer em problemas cotidianos, no ambiente familiar, em brincadeiras, nas informações que lhes chegam pelos meios de comunicação. Na contagem podem ser usados os jogos, brincadeiras e cantigas que incluem diferentes formas de contagem. Na notação e escrita numéricas, os números podem ser lidos, comparados e ordenados, através de histórias, quando a leitura do índice e da numeração das páginas é incluída. Histórias em capítulos, coletâneas e enciclopédias são muito interessantes nesse processo. Em álbuns de figurinhas, pode ser pedido que antecipem a localização da figurinha no álbum ou, se abrindo em determinada página, que folheem o álbum para frente ou para trás. O uso de calendários, marcando os dias ou escrevendo a data na lousa; fazer contagem para datas importantes como aniversário das crianças, data de passeio, etc. Pesquisa das informações numéricas de cada membro do grupo, como idade, número de sapato e roupa, peso, altura, etc. I T T/C I T T Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais Nas operações pode ocorrer a realização de estimativas, propiciando que as crianças comparem, juntem, separem, combinem grandezas ou transformem dados numéricos. 1.4Ler, escrever, comparar e ordenar números naturais pela formulação de hipóteses sobre a grandeza numérica, pela compreensão das características do sistema de numeração decimal. 77 - Sistema de Numeração Decimal: . registro, leitura e escrita numérica de quantidades até 1000 . contar até 100 ou mais de 2 em 2, de 3 em 3, de 5 em 5, de 10 em 10, de 25 em 25, de 50 em 50 e de 100 em 100 .agrupamentos e desagrupamentos até 100 . valor posicional dos números . composição e decomposição de números por parcelas, fatores, ordens e classes . agrupamento na base 10 . número par e impar . antecessor e sucessor . números ordinais: função, leitura e representação .representação escrita por extenso dos numerais . séries numéricas em ordem crescente e decrescente . o milhar . sinais convencionais para registrar adição e subtração . cálculo mental em situações de atividade matemática oral . relações entre os números: maior que, menor que, estar No desenvolvimento dessa capacidade esperamos que o aluno compreenda: - que a base do nosso sistema de numeração é decimal (base 10). As trocas são realizadas a cada agrupamento de dez unidades; -que existem dez algarismos para registrar qualquer quantidade (0 a 9); - que existe um símbolo – 0 (zero) – para indicar ausência de quantidades; - que o valor de um algarismo é determinado pela posição que ele ocupa em um número. - o principio aditivo do nosso sistema pode ser escrito através da decomposição do número – por exemplo o número 342 pode ser escrito como 300 + 40 + 2; - o princípio multiplicativo – por exemplo, o número 342 pode ser escrito como 3 x 100 + 4 x 10 + 2 x 1. - No desenvolvimento dessa capacidade esperamos que o professor utilize em sua prática de ensino: . situações-problema; . desafios; . jogos; . material concreto (manipulativo). O trabalho com contagens, quantidades, posições, etc., deverá ser dosado de acordo com o ano de escolaridade, o planejamento e a realidade de cada turma. I T T/C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 1.5 - Interpretar e resolver situações-problema, compreendendo diferentes significados das operações envolvendo números naturais. 1.6 -Reconhecer e representar o número 78 entre . estimativa . dobro, triplo, quádruplo . dúzia, meia dúzia . valorização das mãos como ferramenta na realização de contagem e cálculos . situações de partilha com registro pictórico (através de desenhos). Noções de adição: juntar e acrescentar - Noções de subtração: tirar, comparar e completar - Adição e subtração de dois ou mais algarismos sem recurso (empréstimo) e sem reagrupamento - Adição e subtração de dois ou mais algarismos com recurso (reserva) e com reagrupamento - As propriedades da adição e da subtração -Situações-problema com números naturais, envolvendo diferentes significados da adição e subtração. - Noções de multiplicação: possibilidades - Noção de divisão: ideia de repartir Fatos fundamentais e operações simples. - Frações comuns: metades, terços, quartos, quintos, sextos e - O professor deve levar o aluno à apropriação de habilidades para elaborar situações que lhe permita estabelecer estratégias para resolver problemas diversos, ligados ou não a cálculos numéricos. I T T/C I T T/C - O trabalho na sala de aula com estas capacidades deverá contemplar primeiramente o concreto e o pictórico, construindo as noções matemáticas a respeito desta capacidade. O trabalho com estes conteúdos deverá ser dosado de acordo com o ano de escolaridade, o planejamento e a realidade de cada turma. - Trabalhar essa capacidade implica em explorar o conceito de fração recorrendo a situações em que está implícita a relação parte-todo – é o caso Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 2 – Espaço e Forma fracionário em situações significativas e concretas. 79 oitavos. 1.7 - Reconhecer a função da vírgula na escrita e leitura de números decimais em situações envolvendo valores monetários por meio de preços, trocos, orçamentos. 2.1- Conhecer os conceitos de linhas, curvas abertas e fechadas, de pontos interiores e exteriores a uma curva fechada simples - Sistema monetário brasileiro e suas unidades de medida. 2.2- Descrever, interpretar, identificar e representar a movimentação de uma pessoa ou objeto no espaço e construir itinerários 2.3- Representar a posição de uma pessoa ou objeto utilizando malhas quadriculadas. 2.4- Identificar pontos de referência para situar-se no espaço e deslocar pessoas/objetos no espaço. - Noção de direção e sentido: percursos. . deslocamento nos espaços próximos ou em trajetórias familiares; . relato de orientação e deslocamento no espaço; . representação de deslocamento por meio de desenhos, mapas e plantas (para o reconhecimento do espaço e localização nele); - Descrição de uma posição por meio do uso de expressões de - Pontos, Linhas, Curvas abertas e fechadas. das tradicionais divisões de um chocolate ou de uma pizza em partes iguais. O conteúdo deve ser desenvolvido utilizando materiais concretos. O trabalho com as frações deverá ser dosado de acordo com o ano de escolaridade, o planejamento e a realidade de cada turma. - Nessa capacidade, é importante salientar que a função da vírgula é indicar a ordem da unidade e, em decorrência, separar a parte inteira (reais) da parte fracionária (centavos). - O aluno poderá diferenciar as formas das linhas e seus diferentes traçados. .Observar as formas das curvas abertas e fechadas. .O desenvolvimento desta capacidade ajuda na construção de trajetos feitos de um lugar para o outro. - O professor pode pedir a seus alunos que pesquisem em revistas, livros ou jornais algumas figuras que contenham curvas abertas e fechadas. A partir destas figuras, propor a eles que tentem explicar o que são curvas abertas e fechadas, sempre guiando-os a observar o contorno das figuras e fazendo com que eles percebam que muitas imagens desenham curvas. -Exercitar essas capacidades implica em desenvolver a percepção de relações de objetos no espaço, a identificação e descrição de uma localização ou deslocamento, compreendendo termos como esquerda, direita, distância, deslocamento, acima, abaixo, ao lado, na frente, atrás, perto, longe, para descrever a posição, construindo itinerários. -O professor poderá realizar atividades como: passeio no entorno da escola, excursão pelas ruas do bairro, elaboração de maquete do caminho percorrido etc. Trabalhar frente e verso, bem como apresentar desafios que dizem respeito às relações habituais das crianças com o espaço, como construir, deslocar-se, desenhar, etc. .Observação de pontos de referência que as crianças adotam, a sua noção de distancia, de tempo, propor jogos em que precisem se movimentar ou movimentar um objeto no espaço. I T T I T/C R I T T - I T I T C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 80 2.5- Representar o espaço por meio de maquetes, croquis e outras representações gráficas. referência: à frente, à esquerda de, à direita de, atrás de, etc. 2.6- Identificar, descrever e comparar padrões (blocos lógicos usando uma grande variedade de atributos como tamanho, forma, espessura e cor). 2.7- Identificar triângulos e quadriláteros ( quadrado, retângulo, trapézio, paralelogramo, losango) observando as posições relativas entre seus lados. 2.8Identificar propriedades comuns e diferenças entre figuras planas (triângulo, quadrilátero e pentágono ) de acordo com o número de lados. 2.9- Identificar elementos de figuras geométricas, como faces, vértices, arestas e lados. 2.10 - Identificar linhas de simetria em figuras geométricas, objetos, imagens, letras e no ambiente - Dimensionamento de espaços: relação de tamanho e forma. - As formas geométricas presentes no cotidiano (escola, objetos, natureza, etc.) - Construção e representação de formas geométricas. - Figuras Planas: quadrado, triângulo e retângulo. - Triângulos e quadriláteros. - Semelhanças e diferenças entre as formas geométricas espaciais e planas. Eixo de simetria: linha que divide uma figura em duas partes simétricas - Figuras simétricas. - Simetria de reflexão. -Desenhar objetos a partir de diferentes ângulos de visão, como visto de cima, de baixo, de lado, e propor representações tridimensionais, como construções com blocos de madeira, maquetes, painéis. O uso de figuras, desenhos, fotos e certos tipos de mapas para a descrição e representação de caminhos, itinerários, lugares, localizações, etc. -Para desenvolver essas capacidades é importante que os alunos observem semelhanças e diferenças entre a forma e o tamanho de objetos e a relação disso com seu uso. Também é importante que observem semelhanças e diferenças entre formas tridimensionais e bidimensionais (cubos/quadrados, paralelepípedos/ retângulos, pirâmides/triângulos, esferas/ círculos), figuras planas e não planas, que construam e representem objetos de diferentes formas. Paro trabalho com triângulos e quadriláteros indica-se o Tangran. I T T I T T/C I T T - I T - I T O trabalho com os quadriláteros e suas posições deverá ser dosado de acordo com o ano de escolaridade, o planejamento e a realidade de cada turma. Trabalho de formas geométricas por meio da observação de obras de arte, de artesanato de construções de arquitetura, pisos, mosaicos, vitrais de igrejas, ou ainda formas da natureza, como flores, folhas, casas de abelha, teias de aranha, etc. - Formas geométricas espaciais e planas nos mais diferentes contextos. - Composição e análise de figuras em malhas quadriculadas e sua relação com a medida de perímetro. - Caracterização dos elementos das figuras espaciais: superfícies, bases, construções, número de faces, vértices e arestas. -No ensino de matemática as simetrias das figuras serão estudadas para proporcionar a conceituação de congruência e de semelhança, procurando desenvolver a capacidade de perceber se duas figuras têm ou não a mesma forma e o mesmo tamanho independente da posição que elas ocupam no espaço. É importante lembrar que nas séries iniciais este deve ser um trabalho lúdico, fortemente marcado pelo prazer das cores e pela oportunidade de criação de belas formas através do desenho. É, portanto, um trabalho I T T Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 2.11 – Identificar semelhanças e diferenças entre poliedros (cubo, prisma, pirâmide e outros) e não-poliedros (esfera, cone, cilindro e outros). 3.1 - Comparar, através de estratégias pessoais, grandezas de massa, comprimento e capacidade, tendo como referência unidades de medidas não 81 - Elementos das figuras espaciais: cilindros, cones, pirâmides, paralelepípedos, cubos. - Poliedros e corpos redondos. - Noções de distância, espessura e tamanho (conceitos básicos). - Medidas não convencionais e medidas convencionais: .Instrumentos de medida não convencionais: passos, palmos, marcado pelo exercício das habilidades de observação, concepção e representação. Podemos observar a simetria segundo três movimentos: translação, rotação e reflexão. Translação: Na simetria de translação a figura desliza sobre uma reta, mantendo-se inalterada. Rotação: Na simetria de rotação a figura toda gira em torno de um ponto que pode estar na figura ou fora dela, e cada ponto da figura percorre um ângulo com vértice neste ponto. Reflexão: Na simetria de reflexão observamos um eixo, que poderá estar na figura ou fora dela, e que servirá como um espelho refletindo a imagem da figura desenhada. As simetrias de translação e a de rotação são as mais simples de serem trabalhadas, pois visualmente as duas figuras são muito “parecidas”, no entanto, na reflexão há uma modificação na “aparência” da figura, o que a torna mais complexa de ser reconhecida. -As atividades de simetria colaboram no desenvolvimento de habilidades espaciais, como a discriminação visual, a percepção de posição e a constância de forma e tamanho (percepção de que a forma de uma figura não depende de seu tamanho ou de sua posição). Essas habilidades são importantes não apenas para o aprendizado de Geometria, mas também para o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita. O trabalho com dobradura e com figuras de papel recortado contribui para melhor compreensão do significado de simetria. -Os alunos devem diferenciar os poliedros dos corpos redondos pela observação de suas características (faces, vértices, arestas). É importante que o aluno faça os dois movimentos: planificação e construção do sólido, pois, dessa forma, a habilidade ganha significado. -Levar a criança a compreender o procedimento de medir, explorando, para isso estratégias pessoais e o uso de alguns instrumentos, como balança, fita métricas e recipientes de uso frequente. Exemplo: medir e pesar os alunos, medir as carteiras, a sala, o pátio, etc. As medidas podem ser feitas pelos meios convencionais, como balança, fita métrica, régua, ou por meios não convencionais, como passos, pedaços de - I T I/T T T 3- Medidas e Grandezas Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 82 convencionais ou convencionais. 3.2 – Utilizar instrumentos de medidas conhecidas para medir grandezas relacionadas a tempo, comprimento e massa. 3.3 - Reconhecer e utilizar, em situações-problema, modelos concretos e pictóricos (através de desenhos), as unidades usuais de medida: tempo, sistema monetário, comprimento, massa, capacidade e temperatura. 3.4- Identificar, estabelecer relações e fazer conversões em situações-problema, entre unidades usuais de medidas de comprimento e massa. 3.5- Estimar e medir o decorrer do tempo usando “antes ou depois”; “ontem, hoje ou amanhã”; “dia ou noite”; “manhã, tarde ou noite”; “hora ou meia hora”. 3.6-Identificar instrumentos apropriados (relógios e calendários) para medir tempo (incluindo dias, semanas, meses, semestre e ano). barbante, etc. . Uso da régua e da fita métrica. - Medidas de capacidades: litro, meio litro e mililitro. Medidas de massa: quilograma, grama, tonelada; . Uso de balanças. barbante, palmos ou palitos. I T T I T T I T T - O tempo: antes ou depois; ontem, hoje ou amanhã; dia ou noite; manhã, tarde ou noite; hora ou meia hora. -O aluno deve estabelecer relações entre fatos e ações que levem à distinção de noções temporais: . antes/entre/depois; . ontem/hoje/amanhã; . manhã/tarde/noite; entre outros. I T C - Instrumentos de medida de tempo: calendário, relógio. -O aluno deve conhecer os instrumentos de medida convencionais e sua utilização na vida prática. O calendário e o relógio são convenções sociais que se integram à vida e nos permite interpretar o seu ritmo, a seqüência de fatos que vivenciamos e que acontecem em nosso entorno, perceber, controlar e prever a periodicidade dos eventos. -O professor deve criar um ambiente para explorar o tempo: I/T T C 4- Tratamento da Informação Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 83 3.7-Usar relógios, calendários e calcular o tempo decorrido em intervalos de hora para solucionar problemas do cotidiano 3.8 - Identificar e escrever medidas de tempo marcadas em relógios digitais e analógicos. 3.9 - Identificar medidas de temperaturas em termômetros. 3.10Identificar e comparar quantidade de dinheiro em cédulas e moedas. - Medidas de tempo: segundos, minutos, horas, dia, semana, mês, bimestre, trimestre, semestre, ano, década. 4.1- Coletar, organizar e registrar dados e informações (usando figuras, materiais concretos ou unidades de contagem). 4.2Criar registros pessoais para comunicação das informações coletadas. 4.3- Ler e interpretar informações e dados - Noções de registro de dados. - Tempo: hora / meia hora - Medida de temperatura: termômetro -Sistema Monetário: .reconhecimento e utilização de cédulas e moedas; . leitura e escrita por extenso de valores; - Organização de dados. - Registro de dados em tabelas simples. - Leitura e interpretação de dados em listas, tabelas, mapas, · É bastante útil providenciar um relógio grande de parede para a sala de aula. - Preparar uma receita e medir o tempo gasto no preparo, registrar o horário de início e término da aula, etc. · Ter um calendário na classe em lugar visível e explorar os tempos que ele marca. · Ter na classe a lista dos nomes de todos os meses do ano e aniversariantes. -Para desenvolver essa capacidade o professor deve levar para a classe vários tipos de relógios, digitais e analógicos (de ponteiros), e colocar em evidência as características de cada um, comparando-os. -Explorar o significado de indicadores de temperatura, com os quais o aluno tem contato pelos meios de comunicação e sua vivência. Isso pode ser feito a partir de um trabalho com termômetros. -O estudo do Sistema Monetário favorece a compreensão das regras do sistema de numeração decimal devido às possibilidade de troca entre notas e moedas considerando seus valores e à comparação e ordenação de quantidades expressas por valores; a familiarização do aluno com a escrita de números com vírgula; e o desenvolvimento de habilidades relacionadas ao senso numérico. O professor deve mostrar ao aluno que o dinheiro é uma grandeza de medida. Ele possui várias finalidades didáticas, como fazer trocas, comparar valores, fazer operações, resolver problemas e visualizar características da representação dos números naturais e dos números decimais. -A consolidação dessas capacidades supõe saber ler e interpretar dados apresentados de maneira organizada e construir representações para formular e resolver situações-problema que impliquem o recolhimento de dados e análise de informações. (Situações-problema são aquelas que desafiam o aluno, oportunizam a aplicação de conhecimentos já adquiridos e permitem o emprego de vários procedimentos e estratégias). -O desenvolvimento das atividades deve estar relacionado a assuntos de interesse das crianças. Exemplo: construir uma lista com as datas dos aniversários dos alunos, organizando-a em ordem alfabética, meninos e meninas, etc. I T T I T C - I T I T T I/T T C I T C I T T/C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais apresentados de maneira organizada por meio de listas, tabelas, mapas e gráficos, e em situaçõesproblema; 4.4- Transformar listas e tabelas em gráficos pictóricos, de barra ou de colunas e vice-versa; gráficos. - Construção de gráficos pictóricos, de barra ou de colunas. Obs.: Gráficos Pictóricos são aqueles representados por figuras. Devem ser usados para comparações e não para afirmações isoladas. -O trabalho com gráficos permite a representação de dados sobre diversos conteúdos uma vez que não se esgota como conteúdo, mas favorece uma articulação da matemática com as outras áreas do conhecimento. Quando as crianças já são capazes de analisar e avaliar informações em listas e tabelas, orientadas pelo professor poderão construir gráficos, interpretá-los e resolver situações-problema. Exemplo: construir um gráfico, usando desenhos ou figuras, comparando as quantidades das diferentes frutas trazidas pelos alunos para a preparação de uma salada ou construir gráficos a partir dos resultados dos jogos trabalhados em “Números e Operações”, pois trabalhar a produção de registros e a sua interpretação depende, antes de mais nada, de que os alunos compreendam a sua utilidade. Assim, realizar registros que ajudem a chegar ao resultado de um problema matemático é um aprendizado importante para as crianças das séries iniciais. Esse conteúdo de ensino pertence ao bloco Tratamento da informação, uma área do conhecimento na Matemática que se articula com todos os outros campos da disciplina no Ensino Fundamental I - Números e Operações, Espaço e Forma e Grandezas e Medidas -, mas que tem especificidades a serem desenvolvidas desde cedo. I *Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010. 84 T T Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA – VERSÃO PRELIMINAR– 4º e 5º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL 1-Números e operações EIXO 85 CAPACIDADES CONTEÚDOS/ CONCEITOS DETALHAMENTO 1.1- Relacionar a história da matemática na construção do conceito de número e sua importância no contexto social -História da Matemática: • Sistema de numeração indo – arábico • Sistema de Numeração Romano - Significado e composição dos números. 1.2Reconhecer o agrupamento em base 10 e sua relação com o Sistema de Numeração Decimal: ordens, classes e valor posicional, construindo terminologias a partir da compreensão do significado dos mesmos. 1.3- Escrever, comparar e ordenar números naturais de qualquer grandeza. 1.4Identificar a localização de números naturais na reta numérica. -Sistema de numeração decimal: -Agrupamento em base 10: ordens, classes e valor posicional. -Ordens e classes dos números maiores que 100. -Leitura, escrita, comparação e ordenação de números naturais maiores que 1000. -6º ordem em diante. - A História da matemática é uma importante construção social ao longo da história da humanidade. Tendo em vista, as diversas formas em que foi criada, principalmente, quanto à concepção de número. - A história do desenvolvimento dos conhecimentos matemáticos pode contribuir para a compreensão de certos conceitos. Além disso, entender a Matemática como uma criação humana, com seu corpo de conceitos e procedimentos em constante transformação e evolução, pode contribuir para que os estudantes se sintam mais próximos desta área de ensino. - Por meio do reconhecimento e utilização de características do sistema de numeração decimal, pode-se avaliar a habilidade de explorar situações em que o aluno perceba cada agrupamento de 10 unidades, 10 dezenas, 10 centenas etc., respectivamente. Além disso, o aluno pode analisar , interpretar, resolver e formular situações-problema, compreendendo alguns dos significados das operações de adição e subtração de números naturais. Portanto, o entendimento dos números e de suas funções como: identificação, medição, quantificação, localização e ordenação, favorecerão a compreensão das relações numéricas, o entendimento das ordens de grandeza dos números, a percepção dos números fora do contexto matemático. Além disso, desenvolve habilidades de estimativa, de procedimentos de contagem e interpretação dos resultados de cálculos considerando uma situação ou contexto. - Esta capacidade desenvolve a habilidade de compreender a representação geométrica dos números naturais em uma reta numerada, e também a representação como um conjunto de elementos ordenados, organizados em uma sequência crescente que possui primeiro elemento, mas não tem ultimo elemento. -Essa habilidade é avaliada por meio de problemas contextualizados, que requerem do aluno completar na reta numérica uma sequência de números naturais, com quantidade variada de algarismos, utilizando números com zeros intercalados e no final, números com os mesmos algarismos em diferentes posições. -Representação e localização de números naturais na reta numérica. - Classes e ordens, sucessor e antecessor. - Interpretação de sequências numéricas. ABORDAGEM POR ANO 4º 5º T T/ C T T/ C T T/ C T/ C R Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 1.5– Utilizar estratégias pessoais e técnicas convencionais para resolver situaçãoproblema envolvendo, adição, subtração, multiplicação e divisão. 1.6- Resolver problema com números naturais, envolvendo diferentes significados da multiplicação ou divisão: multiplicação comparativa, idéia de proporcionalidade, configuração retangular e combinatória. 1.7– Reconhecer números naturais e racionais em diversas situações sociais. 1.8- Escrever, comparar e ordenar números naturais de qualquer grandeza. 1.9 - Representar números racionais nas formas fracionárias, decimal e de porcentagem. 86 -Adição e Subtração, Multiplicação e Divisão com números naturais; -Composição e decomposição de números por parcelas, fatores, ordens e classes; -Compreensão das quatro operações e seus significados; -Propriedades das operações; -Cálculos aproximados; -Resolução de situaçõesproblema envolvendo as quatro operações; -Expressões numéricas simples com os números naturais envolvendo as quatro operações. -Na parte de operações, alguns descritores se referem à elaboração de questões que envolvem situações-problema e outras que checam conhecimentos de nível técnico, com enunciados curtos do tipo calcule ou efetue. Construir o significado de uma operação implica conhecer as diferentes situações em que essa operação se aplica e outras tantas em que ela não se aplica; isto é, estabelecer os contextos de uso de cada operação, conhecendo suas ideias e propriedades. Nesta fase (4º e 5º anos), são exploradas as ideias da multiplicação (adição de parcelas iguais, combinatórias) e da divisão (repartir, medir), embora o trabalho com a adição e subtração continue sendo frequente. -Podem ser apresentados aos alunos diferentes formas de resolver uma multiplicação, o algoritmo convencional permite que o aluno faça comparações com os outros procedimentos apresentados. É importante estimular o aluno a perceber outras formas de cálculo diferentes do convencional, caso contrário, estará sendo negada a riqueza de ideias presente no processo de descoberta de um caminho próprio de resolução. - Números naturais e racionais no cotidiano. - É importante que o aluno perceba os usos sociais dos números em seu cotidiano, ampliando o seu significado, explorando situações-problema com contagens, medidas, códigos e como indicador de ordem, tendo em vista, as diferentes funções que eles assumem. -Para explorar as ordens de um número, pode-se utilizar recursos como o material dourado, o ábaco ou modelos de cédulas e moedas, sempre procurando utilizar situações variadas do dia-a-dia, para que os alunos não se apoiem exclusivamente nesses recursos. -Leitura, escrita, comparação e ordenação de números até a ordem da dezena de milhar, por meio do Sistema de Numeração Decimal. -Utilização do número em contagens, como código, indicador de ordem e para expressar uma medida. - Conceito de fração; -Frações equivalentes, -Simplificação de frações; -Comparação de frações; -A busca por representações para indicar números não naturais sempre ocorreu na história da humanidade, devido ao fato de haver problemas que não podiam ser resolvidos utilizando-se os números naturais, sendo as representações decimais e fracionárias dos números racionais a versão mais atualizada dessa T/C C/R T/C T/C T C C R I/ T T/ C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 1.10 – Resolver problemas, utilizando a escrita decimal de cédulas e moedas do sistema monetário brasileiro. 1.11 – Comparar e ordenar números racionais na forma decimal. 1.12 – Localizar na reta numérica a posição de números racionais. 1.13 – Analisar e resolver situações-problema com o uso de números racionais. 1.14 – Estabelecer relações entre as diferentes representações de um número racional. 1.15– Reconhecer quando se dá o uso de porcentagem no cotidiano. -Adição, Subtração com frações; -Situações-problema envolvendo fração. -Localização de números racionais na reta numérica. *Sistema decimal: de numeração -Inteiros, décimos, centésimos e milésimos; -Significado, representação, leitura, escrita, comparação. -Operações (adição, subtração, multiplicação e divisão); -Situações-problema envolvendo números decimais. -Ordens e classes; -Arredondamentos; -A classe dos milhares, milhões e bilhões. -*Sistema Monetário Brasileiro -Reconhecimento de cédulas e moedas; -Compra, venda, orçamento, lucro e prejuízo; *Situações-problema simples envolvendo ideia de porcentagem e probabilidade. -Situações-problema envolvendo o Sistema Monetário. *Utilização da calculadora para 87 busca. -É importante que o aluno perceba que existem várias maneiras de representar uma mesma quantidade: usando palavras, números naturais, números decimais, frações e outros. A ênfase será dada ao estabelecimento de relações entre a escrita fracionária e a decimal. Além disso, é relevante relativizar a noção de inteiro, proporcionando ao aluno a possibilidade de realizar diferentes partições, utilizando tanto o todo contínuo quanto o todo discreto, ou seja, é preciso trabalhar de maneira que o aluno perceba que uma unidade nem sempre é um objeto ou uma figura e que, portanto, qualquer conjunto de elementos discretos pode ser considerado uma unidade. -O trabalho com números racionais na escola envolve a exploração de uma grande variedade de problemas que os números naturais não são suficientes para resolver. O trabalho com os números racionais (nas formas fracionárias, percentual e decimal) explora seus significados em diversos contextos e as articulações com os conteúdos do bloco Grandezas e Medidas. Assim, os problemas propostos aos alunos podem envolver a utilização de representações decimais e racionais, além de suas respectivas localizações na reta numérica e resolução de problemas que envolvam o uso da porcentagem no contexto diário tais como 10%, 20%, 50%, 25%, etc. -A calculadora não substitui o raciocínio dos estudantes. Com o uso bem orientado, ela se torna uma ótima aliada e um recurso valioso para trabalhar com as características de nosso sistema de numeração. A calculadora também serve como um instrumento auxiliar para os momentos em que a classe precisa trabalhar com problemas mais complexos, que exigem a realização de várias operações e envolvem muitos dados ou números grandes. Ao facilitar o trabalho, ela deixa o foco no principal, que é a reflexão sobre estratégias e caminhos para solucionar os problemas propostos. -Já o trabalho com medidas de valor no Ensino Fundamental se desenvolve sob um duplo enfoque. O primeiro, matemático, visa desenvolver habilidades de lidar com dinheiro, dar e receber troco, realizar operações matemáticas com reais e centavos, ler e escrever quantias, efetuar cálculos sem uso de lápis e papel, interpretar tabelas de preço, preencher cheques e recibos. O segundo enfoque, social, está relacionado à formação de atitudes. As atividades envolvendo dinheiro, além de sua conotação prática, oportunizam a abordagem de problemas sociais (emprego, moradia, custo de vida, benefícios, etc); dependendo da idade e do interesse dos alunos, a discussão desses problemas T T I/T T/ C I I/ T I T I T I T Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais produzir e comparar escritas numéricas. *Porcentagem -Significado, leitura. -Relações entre porcentagens e frações. Capital, juro e montante. 2- Espaço e Forma 2.1 Descrever, -Orientação Espacial interpretar, identificar e Localização, descrição, representar a interpretação, representação e movimentação de uma movimentação de corpos no pessoa ou objeto no espaço espaço sob diferentes pontos de e construir itinerários. vista, além da construção de itinerários. 88 2.2 – Representar a posição de uma pessoa ou objeto utilizando malhas quadriculadas. -Utilização de malha quadriculada para representar, no plano da posição , uma pessoa ou objeto. -Ampliação e redução em malha quadriculada. -Ampliação e redução de figuras em malha triangular. 2.3 – Identificar pontos de referência para situar e deslocar pessoas/ objetos no espaço. -Descrição, interpretação e representação do movimento. podem levar inclusive à mudança de postura ou à formação de atitudes mais compatíveis com a cidadania responsável. -De modo geral, por meio de vivências pessoais e da escolaridade nos primeiros ciclos, o aluno já traz um conhecimento sobre a relação entre produção e comercialização, entre trabalho e remuneração, sobre o sistema de compra-venda e trocas monetárias, conseguindo recompor determinadas cadeias produtivas e visualizando a relação entre estas fazendo aproximações ao conceito de sistema produtivo. Portanto, a abordagem didática deve considerar os conhecimentos, procedimentos e valores dos educadores e alunos, de forma a favorecer a capacidade de pensar compreensivamente sobre eles, criando espaços de trabalho pedagógico na sala de aula, na escola, interagindo com organizações preocupadas com a temática existente na localidade, fomentando a troca de pontos de vista sobre experiências que devem ser problematizadas explicitamente. -É importante que o aluno desenvolva a habilidade de perceber elementos usando termos do cotidiano – como em cima , embaixo, na frente, atrás e entre, em cenas simples, tomando como referência a própria posição – e de identificar posição ou movimentação de elementos em malha quadriculada percebendo a necessidade de duas informações para observar a posição de um objeto na malha. Pode-se também fazer o uso de malhas para ampliação e redução de figuras. A realização de tarefas tais como – desenhar a planta da sala de aula, medir a altura de uma árvore, traçar um mapa de um percurso, fazer composições decorativas à base de figuras semelhantes, etc., serão boas oportunidades para trabalhos de grupo. Enfim, a construção do espaço pela criança envolve inicialmente o conhecimento, o domínio e a organização de seu esquema corporal. Os gestos e movimentos com o próprio corpo auxiliam no desenvolvimento da percepção, orientação, movimentação e representação do espaço. T T/C T C T C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 2.4 – Representar o espaço por meio de maquetes, croquis e outras representações gráficas. -Construção e interpretação de maquetes, croquis e outras representações gráficas. -As habilidades que podem ser avaliadas referem-se ao reconhecimento, pelo aluno, da localização e movimentação de uma pessoa ou objeto no espaço, sob diferentes pontos de vista. -Cabe lembrar que o espaço em que vivemos pode ser representado em três dimensões (tridimensional), e as questões da avaliação são propostas no espaço de duas dimensões (bidimensional) como, por exemplo, ao serem representadas formas tridimensionais por meio de desenhos em folha de papel, é recomendável que a criança realize percursos, depois desenhe, e compare seus desenhos (espaço bidimensional) com os caminhos percorridos. I/ T T/C paralelas e 2.5 – Identificar e *Retas conceituar paralelismo e perpendiculares. perpendicularismo entre retas. -Segmento de reta, reta e semireta; -Relações de paralelismo e perpendicularismo. -A familiarização com figuras e características geométricas tem como objetivo despertar a atenção do aluno para identificação de figuras geométricas por meio do desenvolvimento de habilidades de percepção, construção, representação e concepção. -Por meio da observação o aluno desenvolve a habilidade de percepção de figuras geométricas e suas propriedades. Já a confecção de figuras a partir de moldes, por exemplo, os alunos desenvolvem a habilidade de construção. Portanto, as atividades permitem ao aluno a criação de uma imagem mental sobre o objeto ou o desenho e assim desenvolve a habilidade de representação. E por fim, o momento e a possibilidade de criar e conceber idéias sobre formas e modelos indica o desenvolvimento da concepção. -Portanto, por meio de situações-problema contextualizadas, o aluno poderá identificar características próprias das figuras geométricas quadriláteras, de acordo com a posição dos lados: lados paralelos, perpendiculares e concorrentes e também podem ser realizadas ampliações, reduções e deformações em figuras desenhadas sobre malhas quadriculadas, onde a utilização das artes plásticas para estudar as formas geométricas, os mosaicos, as simetrias (reflexão, rotação, translação), o Tangram etc., favorecem o desenvolvimento da criatividade, da sensibilidade, da intuição, da percepção geométrica e do pensamento espacial. -O trabalho inicial com figuras geométricas deve ser iniciado de forma lúdica, utilizando materiais concretos e depois com o pictórico para que o aluno construa suas idéias em torno da geometria. -Quanto a ampliação e a redução de figuras geométricas seria conveniente que o aluno observasse e descobrisse exemplos diversos de figuras semelhantes, procurando o que têm em comum. Uma atividade significativa é a ampliação e a I I/T I T *Ângulo: reto, obtuso, agudo. 2.6 – Identificar triângulos e quadriláteros (quadrado, retângulo, trapézio, paralelogramo, losango) observando as posições relativas entre seus lados (paralelos, concorrentes, perpendiculares). 89 *Figuras bidimensionais: -Formas geométricas planas e seu contorno. *Polígonos; -Classificação dos polígonos em quadriláteros, triângulos e círculos; -Ângulos em polígonos; -Ponto, Linhas simples, abertas e fechadas; -Perímetro e área; Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais * Figuras tridimensionais: 2.7-Identificar propriedades comuns e diferenças entre poliedros e corpos redondos, relacionando figuras tridimensionais (cubo e bloco retangular) com suas planificações. *Poliedros -Classificação; -Elementos de um poliedro; -Propriedades comuns e diferenças; -Planificação (composição e decomposição) de figuras tridimensionais (cubos e paralelepípedos): construção de sólidos e embalagens. -Ampliação e redução de figuras geométricas. 2.8-Identificar propriedades comuns e *Circunferência e Círculo diferenças entre figuras bidimensionais (triângulo, *Mosaicos quadrilátero e pentágono) pelo número de lados e *Tangram pelos tipos de ângulos. *Simetria -Figura simétrica -Eixo de Simetria 90 redução de figuras usando papel quadriculado, ou a partir de um ponto dada uma constante. Ao ampliar ou reduzir figuras geométricas, o aluno verificará experimentalmente que os ângulos se mantêm e os comprimentos são proporcionais. Será então dada a definição de polígonos semelhantes a partir dos lados e dos ângulos. -Os poliedros são sólidos geométricos formados apenas por polígonos. A esfera, o cone e o cilindro não são poliedros, são corpos redondos, já o cubo, a pirâmide e os prismas, são poliedros . É importante que os alunos saibam identificar as suas especificidades, diferenciando os poliedros dos polígonos. -Para tanto, os alunos poderão encontrar diversos poliedros na forma de: latas, embalagens, etc . Podem também ,junto com o professor , providenciar objetos que lembrem prismas com bases diferenciadas, na forma de: hexágonos, pentágonos, triângulos etc., para que os alunos possam manuseá-los e diferenciá-los, além de poderem confeccioná-los. -Com relação ao uso do tangram o professor pode trabalhar: • identificação, comparação, descrição, classificação, desenho de formas geométricas planas, visualização e representação de figuras planas, exploração de transformações geométricas através de decomposição e composição de figuras, compreensão das propriedades das figuras geométricas planas, representação e resolução de problemas usando modelos geométricos noções de áreas e frações. -Esse trabalho permitirá o desenvolvimento de algumas habilidades importantes para a aquisição de conhecimentos em outras áreas, tais como: • visualização / diferenciação, percepção espacial, análise / síntese, desenho, relação espacial, escrita e construção. -Uma das primeiras características geométricas com que deparamos é a simetria que pode ser encontrada na natureza sob as mais diversas formas e em diferentes locais. *A simetria na Natureza é um fenômeno único e fascinante. Esta ideia surge naturalmente ao espírito humano, remetendo-o para um equilíbrio e proporção, padrão e regularidade, harmonia e beleza, ordem e perfeição. Estes são alguns dos vocábulos que resumem reações que temos inerentes às simetrias que existem na Natureza, nas formas vivas e inanimadas. *Já uma figura geométrica plana, diz-se simétrica se for possível dividi-la por uma reta, de forma que as duas partes obtidas possam sobrepor por dobragem. I T I T Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 3– Grandezas e Medidas 3.1 – Comparar grandezas de massa, comprimento, capacidade e tempo, tendo como referência unidades de medidas não convencionais ou convencionais. 91 3.2 – Resolver problemas significativos utilizando unidades de medida padronizadas como km/m/cm/mm, kg/ g/ mg, l/ml. 3.3 – Estabelecer relações entre unidades de medida de tempo, isto é, hora/ minuto, minuto, minuto/ segundo, dia/ mês, dia/ semana, outros e compreender as transformações do tempo cronológico em situações do cotidiano. -Unidades de medidas (comprimento, massa, capacidade, superfície, temperatura, tempo). -Duração, seqüência temporal e periodicidade -Velocidade, distância e simultaneidade . -Medidas de massa e capacidade. -Situações-problema envolvendo as medidas de tempo, superfície, massa e capacidade. -Situações-problema significativas que requeiram conversão (transformação): km/m; m/dm; m/cm; cm/mm; m/mm; m²/dm²; dm²/cm²; kg; g/mg; l/kg; etc. -Situações envolvendo unidades de tempo: hora, minuto, dia, semana, mês, ano; -Utilização de instrumentos de medida de tempo: relógios, agendas e calendário. As retas que levam a esse tipo de divisão chamam-se eixos de simetria da figura. Um perfeito exemplo de simetria encontrada na natureza é o caso da borboleta, a qual apresenta um único eixo de simetria. -O aluno pode usar medidas não-convencionais, como por exemplo, usar um lápis como unidade de comprimento, ou um azulejo, como unidade de área, e para lidar com medidas adotadas como convencionais como metro, quilo, litro, etc. Porém não se deve descartar a contextualização por meio de situaçõesproblema, que requeiram do aluno identificar grandezas mensuráveis que ocorrem no seu dia-a-dia, convencionais ou não, relacionadas a comprimento, massa, capacidade, superfície, etc. Para isso, a utilização dos instrumentos de medidas presentes no cotidiano: régua, trena, fita métrica, metro, balança, recipientes graduados (para comparar quantidade de líquido), termômetro, velocímetro, relógios e cronômetros são extremamente importantes. -Nestas capacidades avalia-se a habilidade de o aluno compreender, relacionar e utilizar as medidas de tempo realizando conversões simples, como por exemplo, horas em minutos e minutos para segundos, podendo também ser contextualizadas, através de situações-problema que requeiram do aluno utilizar medidas de tempo constantes nos calendários como milênio, século, década, ano, mês, quinzena, semana, dia, hora, minuto e segundo. T C T T T T/C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 3.4 – Reconhecer e interpretar datas e horas em relógio analógico e digital. 3.5 - Estabelecer relações entre o horário de início e término e /ou o intervalo da duração de um evento ou acontecimento. 4-Tratamento da Informação 3.6 – Resolver problema envolvendo o cálculo do perímetro ou estimativa de áreas de figuras planas, desenhadas em malhas quadriculadas. 92 - Medida de comprimento e superfície: cálculo de perímetro e da área de figuras desenhadas em malhas quadriculadas; 4.1 – Coletar, organizar e registrar dados e informações. - Comparação de perímetros a áreas de duas figuras. -Pesquisa de campo (observações, questionários, levantamentos, medições). - Interpretação de dados. -Seleção e organização dos dados em tabelas simples. 4.2 – Ler informações e dados apresentados por meio de listas, tabelas, mapas e gráficos, e em situações-problema. -Leitura e interpretação de informações presentes nos meios de comunicação e no mundo, registrados por meio de tabelas e gráficos. T T/C - O uso de “folhinhas”, calendários, agendas, cartazes de aniversariantes do mês, ilustrações relacionando estações do ano, atividades cotidianas realizadas sempre em determinado horário, observação da rotina da escola ou da casa, tudo isso enriquece e amplia os conceitos relacionados ao tempo. - À medida que a criança vai progredindo na elaboração dos conceitos de tempo, o vocabulário específico cresce e termos variados se incorporam naturalmente à linguagem do aluno: bimestre, trimestre, semestre; anual, mensal, semestral; quinquênio, década, século, milênio. - A organização de linhas de tempo constitui excelente oportunidade para análise de sequência dos fatos históricos e das relações de causa e efeito. - Medir é eleger uma unidade (tanto as convencionais como também não convencionais tais como: pés, palmos etc.) e determinar quantas vezes ela cabe no objeto a ser medido. A escola deve ajudar a turma a refletir sobre os diferentes resultados obtidos e a necessidade de padronização. I/T T/C I T -O tratamento da informação é introduzido nas séries iniciais do Ensino Fundamental, por meio de atividades diretamente ligadas à vida criança. A organização de uma lista ou uma tabela, bem como as informações sobre o assunto, estimulam os alunos a observar e estabelecer comparações sobre a situação ou o fenômeno em questão e favorecem uma melhor compreensão dos fatos mostrados. Como consequência, propiciam o desenvolvimento de sua capacidade de estimativa, de emissão de opiniões e de tomada de decisão. -Avalia-se a habilidade do aluno ler, analisar e interpretar informações e dados apresentados em tabelas, listas e gráficos. Essa habilidade é avaliada por meio de situações-problema contextualizadas, em que é requerido do aluno que ele identifique características e informações indicadas pelos instrumentos apresentados aos alunos. Para isso, é necessário criar situações nas quais a criança seja instigada a pensar sobre formas de coletar, organizar e analisar dados e, para tanto, torna-se fundamental explorar temas que estejam presentes T T/ C T T/ C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 4.3 – Elaborar tabelas e gráficos a partir de situações-problema e por meio de apresentação de dados. 4.4 – Transformar listas e tabelas em gráficos e viceversa. 4.5 – Reconhecer possíveis formas de combinar elementos de uma coleção e de contabilizá-las, usando estratégias pessoais (forma de fazer de cada aluno, a partir dos conhecimentos prévios). -Interpretação e sistematização dados. no cotidiano do aluno, tais como brincadeiras preferidas, animais de estimação, características físicas, reciclagem de lixo e outros. -Elaboração de tabelas e gráficos. -Interpretação e sistematização os dados de listas, tabelas e gráficos. -Noções de combinação associada à multiplicação e tabela. *Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010. 93 T T/ C T T/ C T T/ C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 94 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais HISTÓRIA não apenas transmitir conhecimentos, mas sim, inserir em nossos educandos, segundo Gadotti (1992, p.82), a máxima de que “somos “Na dialética entre natureza e o mundo socialmente construído, o organismo humano se transforma. Nesta mesma dialética o homem produz a realidade e com isso se produz a si mesmo. (BERGER E LUCKMANN, 1974, p.241). A escola está inserida num cenário em constantes movimentos que geram a modernidade. Desta forma presenciamos muitas lutas internas e externas aos muros das escolas. agentes de nossa história”. Ainda conforme Gadotti, A escola não deve apenas transmitir conhecimentos, mas também preocupar-se com a formação global dos alunos, numa visão em que o conhecer e o intervir no real se encontrem. (GADOTTI, 1992). É o momento de deixarmos de ver nossos alunos como um recipiente a ser preenchido e sim como sujeitos críticos, participantes e No Brasil, a História tem estado presente no currículo a partir produtores de história. O trabalho com a História deve resgatar através da Constituição do Império em 1822. Naquele momento a escola de atividades diversificadas a história pessoal e do grupo de convívio destinava a ensinar uma política de forma superficial, uma história civil com os alunos, buscando assim construir a identidade do grupo e a articulada à história sagrada. Neste período a disciplina de História era compreensão das relações sociais que o cercam. optativa. Desta forma devemos trabalhar abordando as diferenças, Somente em 1837 acontece a História como disciplina reconhecendo-as, e entendendo que para conhecer a si mesmo, é autônoma, e somente em 1855 é que se introduziu a História do Brasil preciso conhecer o outro. E neste movimento a aula deverá contar com nas escolas. De lá para cá mudanças aconteceram e em 1930, passou-se diversas expressões de linguagens, onde o aluno possa desenvolver de a ensinar a História Geral, onde introduziu-se os Estudos Sociais. forma criativa a sua autonomia através de debates, oficinas, trabalhos Somente nos anos 80 é que o estudo da História volta desvinculado dos em equipes, entre outras estratégias. Estudos Sociais, e nos últimos anos, um dos nossos grandes desafios, é 95 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais É imprescindível estar atento às tradições, • as lembranças, aos sinais que vão aos poucos contribuindo para a construção cultural de um povo. Assim, é importante ressaltar um O Império e a Proclamação da República. Orienta-se o trabalho com estes eixos, segundo a perspectiva dos PCNs, onde: trabalho centrado numa prática social, e na realidade de cada local, A escolha metodológica representa a possibilidade de orientar trabalhos com a realidade presente, relacionandoa e comparando-a com momentos significativos do passado. Didaticamente, as relações e as comparações entre o presente e o passado permitem uma compreensão da realidade numa dimensão histórica, que extrapola as explicações sustentadas apenas no passado ou só no presente imediato. (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, 1997, p. 31). enfatizando o contexto histórico. Faz-se importante, não perder de vista a pluralidade social de cada um, pois é a mesma que irá contribuir com o exercício da cidadania. Sendo assim a versão preliminar da Proposta Curricular para o ensino de História abordará os seguintes eixos: 96 • Autoconhecimento • Moradia • Rua e bairro • Escola • Temporalidade histórica • O município e a cidade onde moro. • O estado de Minas Gerais • Ocupação do território brasileiro • O Brasil colonial • A Indepêndência do Brasil Para o ensino de História, o educador deve buscar estratégias que tornem a aula prazerosa, desafiadora e dinâmica através de: A- “Pesquisa7 - ‘A pesquisa escolar é uma maneira inteligente de estudar e aprender. Não é simplesmente, um trabalho que você faz para entregar ao professor. A pesquisa é como um jogo no qual formulamos perguntas e nós mesmos temos que dar as respostas. É como se brincássemos de detetives sozinhos’. (RUTH ROCHA 1996). B- Estudo do Meio - Proporciona o contato direto dos alunos com a realidade. 7 Texto publicado na Matriz Curricular - Ciclo de Alfabetização – Secretaria Municipal de Educação de Montes Claros , 2008, P.48 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais C- Filmes - Estimula os alunos a realizar observação, reflexão e análise crítica. não são semelhantes àquelas construídas pelos historiadores e nem D- Músicas - Exploram a criatividade dos alunos. devem dar conta de explicar a totalidade das questões que, E- Construção de maquete - Desenvolve noções espaciais e possivelmente, poderiam decorrer de estudos mais elaborados. cartográficas. F- Dramatização - Desenvolve a espontaneidade e a criatividade. G- Trabalho com textos e imagens - Visa enriquecer e motivar a aprendizagem. H- Trabalho coletivo - Possibilita o desenvolvimento da capacidade de argumentação, cooperação, troca, escuta e respeito pela opinião do outro. I- Jogos e brincadeiras - Possibilitam que o aluno reflita e sistematize conhecimentos. J- Entrevistas - Forma valiosa e interessante de coletar dados e informações”. 97 O professor deve ter consciência de que as produções dos alunos Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA - VERSÃO PRELIMINAR – 1º, 2º E 3º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL 1- Auto-conhecimento EIXO 98 CAPACIDADES CONTEÚDOS/ CONCEITOS 1.1 – Conceituar História. -O que é História? 1.2 – Conhecer a própria história e a origem do nome e sobrenome. - Quem sou eu? - Nomes e sobrenomes. - Eu e minhas relações sociais. - Eu e os outros. - Quem eu era e como eu sou. - Meus sentimentos. - Minhas preferências. - Regras de convivência (combinados) - Descobrindo a própria história. - Diferentes registros: orais e escritos -Os documentos que registram a história de cada um, tais como: registro de nascimento, Carteira de Identidade. DETALHAMENTO -Por que estudar História? -Diferenciar: presente, passado e futuro. -A importância do estudo da História. -Entender sua história, a escolha de seu nome e origem do seu sobrenome (relatórios orais, entrevistas com os pais e parentes, sobre seu nome e origem de seu sobrenome). O objetivo é fazer com que o aluno perceba que o nome de cada pessoa tem um significado, uma história, e que compõe a sua biografia. *Documentos Históricos: Certidão de Nascimento, Carteira de Vacinação, fotografia e outros. - No âmbito da sala de aula, seria interessante o relato de alguns depoimentos sobre o dia do próprio nascimento e saber quem contou sobre esse dia a eles, também seria relevante a troca dos registros entre os alunos e, levantamento com o grupo sobre os acontecimentos que ocorreram no Brasil e no mundo nos anos em que eles nasceram. A partir disso, poderiam ser confeccionados juntamente com os alunos, cartazes em um retângulo de cartolina, organizá-los em ordem cronológica e fazer uma linha do tempo. - Diferenciar fato pessoal (nascer no dia do aniversário da mãe), fato nacional (nascer no dia da morte de Airton Senna) e fato mundial (nascer no ano da Copa do Mundo). -Promover uma ida à Biblioteca para pesquisar poemas que tragam nomes de gente. ABORDAGEM POR ANO 1° 2° 3° I T T I/ T T C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 1.3 – Conhecer documentos, registros que fazem parte da história de vida de cada um. I/T T T/C 1.4 - Conhecer as diferentes realidades sociais e étnicoculturais, reconhecendo a si mesmo como parte de um grupo. -As diferentes realidades sociais. -Diversidade e miscigenação. -Relacionar e respeitar a diversidade social e cultural, percebendo-se parte de um grupo com especificidades importantes para a construção de uma sociedade justa e democrática. -Explorar o conhecimento prévio dos alunos sobre os hábitos e costumes do povo brasileiro, moradia, meios de transporte, vestuário, religião, brincadeiras, festas, etc. -Comentar a diversidade da nossa cultura influenciada pelos índios, negros e demais povos. I T T 1.5- Conceituar família. *Eu minha família e minha história. -O trabalho com a noção de família possibilita às crianças um aprofundamento do seu autoconhecimento e a identificação de sua realidade social mais próxima: as pessoas que com elas convivem em casa e as que cuidam delas. É importante que reconheçam que cada um faz parte de um tipo de família, pois existem diversas formas de composição familiar - Fazer a observação de fotos das famílias verificando diferenças e semelhanças. -Propor o desenho da família identificando a função de cada membro. - Entrevistar os familiares mais idosos para conhecer a história da família. - Fazer a exposição de fotos e objetos antigos que retratam a história da família. - Construir a linha do tempo da própria família. I/T T/C R -Conceito de família. • Diferentes tipos de família em várias épocas. • Relatos orais. *O meu grupo familiar: • A família de cada um. 99 -Realizar um recital com os poemas coletados. -Conversar com a turma sobre o que ela sabe a respeito de documentos. -A certidão de nascimento deve ser explorada como um dos diversos documentos que registram a história de uma pessoa. O aluno deve perceber a importância desse documento e o direito que cada um tem a ele. Além disso, é importante que o aluno tenha acesso a outros tipos de documentos históricos, pois a carteira de vacinação também é um documento que traz informações sobre a história da criança. -A carteira de vacinação, além de ser um ótimo recurso para comentar os tipos e a importância das vacinas para a prevenção das doenças, é um documento que serve para demonstrar a passagem do tempo na vida da criança. -Conhecimento e confecção da carteira de identidade da criança. -Propor a confecção de um álbum de lembranças e a construção da linha de tempo de cada um. Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais • • Meus parentes. A vida em grupo. *Memórias da família • A minha história e a História da minha família. • Retratos e objetos do passado. -Pequena “linha do tempo”. 1.6- Valorizar e reconhecer a importância da família na formação e desenvolvimento pessoal dos indivíduos. 1.7- Identificar os membros que compõe uma família. – Perceber a diversidade da composição familiar. 100 -Grupos familiares em diferentes espaços: hábitos, costumes, modos de falar. - Descrição e caracterização; diversas formas de composição do grupo família. -Os grupos familiares e suas diferentes organizações: divisão de trabalho; rotina familiar. - As crianças devem perceber que as famílias também se modificam através do tempo (na forma de se vestir, na composição família e na forma de se relacionar) e que as imagens, (fotografias) contam histórias. Para isso, pode-se trabalhar com diversos materiais que envolvam o tema em questão, em que poderá se utilizar fotografias, objetos antigos de família, brincadeiras de família, lendas, histórias dos pais quando eram crianças e outros. O aluno deve perceber que cada objeto pode contar um pouco da história da família. E que a vida da família através do tempo e das gerações apresenta permanências e mudanças - Através de fotos, gravuras verificar as diferentes organizações familiares, divisão do trabalho nas famílias antigas e atuais, nas tribos indígenas e reflexão do papel da mulher ao longo do tempo; o dever de cada um na rotina familiar atual. I T C I/T T/C T/C 3 – Rua, Bairro e Cidade 2 – Moradia Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 101 1.8- Identificar e relacionar o modo de vida de cada um ao de outros grupos sociais, em suas manifestações culturais e sociais, reconhecendo semelhanças e diferenças. 1.9- Compreender que as características pessoais e comportamentais são reflexos do grupo a que pertence o indivíduo. -As famílias brasileiras: de onde vieram nossos costumes. -Origem e características dos diversos grupos sociais. -Relacionar as diferenças e as semelhanças existentes entre os grupos sociais e suas manifestações através de brincadeiras, jogos, festas, costumes, crenças, etc. I T/C C/R -Mudanças (gostos, físicas). -Reconhecer e respeitar o modo de ser e viver de cada um: costumes, sotaques, música, comida. I T C 1.10Compreender e identificar as atividades do dia-a-dia de sua família. -O dia-a-dia da família -Identificar as atividades de cada membro da família, reconhecendo a importância da cooperação entre eles, distinguindo as atividades de trabalho, descanso e lazer. I/T T/C T/C 2.1- Reconhecer as casas, suas histórias e diferenciar os tipos de casas construídas ontem e hoje. 2.2- Compreender as várias formas de moradia das pessoas. (própria, aluguel, favelas/ aglomerado, cortiços, apartamentos, cedido (a), financiada etc.) -As casas e sua história -Casas de ontem, casas de hoje -Identificar construções antigas e modernas e verificar as mudanças que ocorrem nos locais ao longo do tempo, utilizando gravuras e fotos; bem como realizar excursões nos locais históricos da cidade. - Analisar os diferentes materiais utilizados. -Identificar os diversos tipos de casas percebendo que elas também tem seus registros históricos, podendo ser própria ou não. - Analisar a planta de uma casa e propor que cada um faça a planta de sua casa. I/ T T/C C/R I/ T T/C C/R I/ T C R 3.1- Conhecer a história da rua e do bairro onde mora, identificando os pontos de referência existentes. e permanências características -Diferentes tipos de casas. -De quem são as casas. -A rua onde moro. -A origem do nome das ruas. -A rua e o bairro: espaços de convivência. -As ruas de ontem e ruas de hoje. – Conhecer a história da rua/ bairro e identificar o seu próprio endereço apontando os pontos de referência nele existentes. Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 3.2- Reconhecer os modos de viver dos grupos sociais presentes no bairro. 3.3- Valorizar o trabalho dentro do contexto sóciocultural da comunidade local. 3.4Reconhecer a importância e o valor das diversas profissões. 3.5- Conhecer a história da sua cidade e suas principais características. 4 - Escola 4.1 – Conhecer a história da escola, sua importância e função social. 4.2 – Conhecer e entender as relações de convivência na escola. 4.3 – Conhecer e valorizar o patrimônio escolar. 102 -O bairro e a comunidade (urbana ou rural) -As transformações do bairro. -O conceito de trabalho. -Tipos de trabalhadores existentes na comunidade. -Os trabalhadores da comunidade no passado. -As profissões e suas especificidades. -O papel das profissões na sociedade. - A cidade tem sua história - A origem da cidade - A história do nome da cidade - Cidade: patrimônio do povo - (público ou privado) - Comunidade urbana e rural - Cidade: direitos e deveres dos cidadãos -A história de sua escola -As normas de convivência na escola. - Os direitos e deveres da escola e do estudante (ECA). -Conceito de patrimônio -Valorização do patrimônio escolar. -Compreender o conceito de comunidade, as diferentes comunidades existentes e o que determina uma boa qualidade de vida para os diferentes grupos (comércio, igreja, lazer, segurança etc.) -Conhecer o tipo de trabalho predominante na comunidade local, verificando se houve mudança ao longo do tempo. I T C I T C Valorizar cada profissão, reconhecendo sua importância na comunidade. I T C - Conhecer e valorizar e conservar sua cidade e sua história, seu nome, suas produções culturais e suas principais características, se sentindo sujeito participante deste universo, portador de direitos e deveres. I I/T T -Conhecer a história da escola e entender sua importância, funcionamento e organização dá oportunidade ao aluno de ampliar o seu processo de identificação enquanto parte de um grupo externo ao seu. O professor pode propiciar ao aluno atividades com visitas às dependências da escola, entrevistas com funcionários, pesquisas sobre história da escola, galeria de fotos antigas e novas e outras para fortalecer o sentimento de pertencer ao grupo. -Inserir o aluno nesse novo grupo supõe possibilitar-lhe conhecer e discutir as normas de convivência social na escola, destacando a importância do respeito nas relações professor/ aluno, aluno/ funcionários, funcionário/ funcionário, professor/ professor. - É importante que o aluno compreenda o que é patrimônio, tendo em vista a sua conservação e valorização social e cultural. I/ T I/T/C C/R I/T T/C T/C/ R I/T T/C T/C/ R Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 5 -Tecnologia 5.1 – reconhecer e utilizar de maneira consciente a tecnologia presente no nosso cotidiano. - Meios de transporte Trânsito - Meios de Comunicação Televisão Rádio Internet Telefone - Tecnologia e lazer (Videogame,Câmeras fotográficas, Brinquedos eletrônicos,Robôs - Levar a criança a reconhecer a presença da tecnologia no nosso cotidiano em casa na escola, no lazer, entendendo que ela também traz mudanças culturais e comportamentais. I/T - Como utilizar a tecnologia a nosso favor. *Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010. 103 I/T/C T/C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA - VERSÃO PRELIMINAR - 4º E 5º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL EIXO CAPACIDADES CONTEÚDOS/ CONCEITOS 1-Temporalidade Histórica 1.1 – Diferenciar os períodos de tempo relativos a dia, semana, mês, ano. 1.2 – Apropriar-se de alguns instrumentos de marcação e datação do tempo e iniciar a sistematização de conceitos, tais como: passado/ presente/ futuro, sucessão/ simultaneidade, mudanças, permanências, diferenças/ semelhanças. 1.3 – Compor calendário anual. um 1.4 – Diferenciar o relógio analógico e ampulheta como instrumentos de contagem de tempo utilizados pelos egípcios da antiguidade. 1.5 – Comparar acontecimentos no tempo, tendo como referência os 104 -Noções de cronologia. - Ordenação cronológica -Noções básicas de marcação do tempo -Instrumentos de medida de tempo. -Agenda -Calendário DETALHAMENTO -O estudo da História envolve três conceitos fundamentais: fato histórico, sujeito histórico e tempo histórico. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) “(...) os fatos históricos podem ser entendidos como ações humanas significativas, escolhidas por professores e alunos, para análises de determinados momentos históricos. Podem ser eventos que pertencem ao passado mais próximo ou mais distante, de caráter material ou mental, que destaquem mudanças ou permanências ocorridas na vida coletiva. Assim, por exemplo, dependendo das escolhas didáticas, podem se constituir em fatos históricos as ações realizadas pelos homens e pelas coletividades que envolvem diferentes níveis de vida em sociedade: criações artísticas, ritos religiosos, técnicas de produção, formas de desenho, atos de governantes, comportamentos de crianças ou mulheres, independências políticas de povos. (...) -O trabalho com a noção de tempo histórico possibilita a ampliação da compreensão formal dos alunos com relação à cronologia e ordenação de sequências temporais, onde a linha do tempo pode ser utilizada como recurso na apresentação da ordenação cronológica de acontecimentos. Assim, as unidades de tempo também podem ser ampliadas para que seja possível trabalhar com narrativas de duração mais longa, como a história de uma pessoa ou de um lugar. -O tempo nessa complexidade utiliza o tempo institucionalizado (tempo cronológico), mas também o transforma a sua maneira. Isto é, utiliza o calendário, que possibilita especificar o lugar dos momentos históricos na sucessão do tempo, mas também procura trabalhar com a sucessão do tempo. -É importante que os alunos percebam a ordem cronológica dos fatos, tendo em vista a duração dos mesmos. Aqui é possível citar os estudos que apontam o primeiro “medidor de tempo” como sendo um simples bastão, conscientemente atolado ao solo para que se acompanhasse o passar do tempo seguindo o deslocamento da sombra produzida (acreditase que isso aconteceu aproximadamente 3000 anos a.C. e, a partir dessa técnica, conseguiu-se dividir o dia em manhã e tarde). ABORDAGEM POR ANO 4º 5º I/T/C R/T/C I/T/C R/T/C I/T/C R/T/C I/T/C R/T/C I/T/C R/T/C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais conceitos de anterioridade e simultaneidade. 1.6 – Associar as diferentes preferências (musicais, expressões orais, vestuários, costumes, hábitos etc.) entre pessoas de gerações distintas como sendo um aspecto que demonstra mudanças de comportamento em termos históricos. 1.7- Perceber as diferenças entre o tempo do indivíduo, o tempo das instituições sociais (família, escola, igreja, fábrica, comunidade) e o tempo histórico mais amplo (séculos,épocas). 1.8 – Compreender que os diferentes padrões de moradia são exemplos de transformação histórica das sociedades. 105 -Além disso, pode-se estabelecer relações dos instrumentos de medida do tempo com cotidiano histórico-social em que está inserido, mostrando seu uso em diversos contextos e destacando as demandas que atendem. -A ampulheta teve diversos usos: foi freqüentemente utilizada em igrejas para controlar o tempo das missas; quando do desenvolvimento do telefone, fora usada para contar o tempo gasto nas chamadas (na parte norte de Portugal esta era uma prática corriqueira em casas de comércio); foi usado em tribunais para contar o tempo que cada advogado ou testemunha tinha para falar. Além disso, tinha relação com as crenças compartilhadas em determinados momentos históricos, chegando a ser símbolo do caráter transitório da vida. Em termos gerais, deve-se chegar à questão do deslocamento, uma vez que a ampulheta permitia seu uso em diversos espaços e era facilmente transportada de um lugar a outro. -Músicas, expressões orais, vestuários e Documentos oficiais, como procurações, certidões, despachos, leis etc., podem ser trabalhados em sala de aula, estimulando os alunos a perceberem os aspectos objetivos e subjetivos presentes no texto. Levar os alunos a perceberem a diferença entre análise de aspectos objetivos e subjetivos de documentos é uma forma de estimular a formação do senso crítico. -Assim como no caso de documentos escritos, o uso de imagens oferece inúmeras possibilidades em sala de aula. É importante lembrar que as imagens não são neutras, elas mostram o que o artista ou o fotógrafo quis mostrar . -O tempo histórico pode ser (...) considerado em toda a sua complexidade, cuja dimensão o aluno apreende paulatinamente. O tempo pode ser apreendido a partir de vivências pessoais, pela intuição, como no caso do tempo biológico (crescimento, envelhecimento) e do tempo psicológico interno dos indivíduos (idéia de sucessão, de mudança). E precisa ser entendido como um objeto de cultura, um objeto social construído pelos povos, como no caso do tempo cronológico e astronômico (sucessão de dias e noites, de meses e séculos). I/ T I/T/C I/ T I/ T/C I/ T I/ T/C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 2 – O Município e a Cidade onde Moro 2.1- Localizar o município e a cidade onde mora. 2.2- Perceber o município como lugar de vivência imediata e, simultaneamente, parte de uma realidade mais ampla: o Estado- (o município faz parte do território do Estado). 2.3- Ler e comparar mapas do município, de Minas Gerais e do Brasil. 2.4- Conhecer a história do município e história da cidade. 2.5Compreender o conceito de cidade. 2.6Identificar as principais atividades econômicas, sociais, administrativas e culturais do município. 2.7 – Compreender a organização, o papel e a atuação dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário dos interesses do município. 2.8 - Compreender que as atividades de prestação de serviços relacionadas à 106 -O município e a cidade onde moro. A localização da cidade nos mapas de Minas Gerais e do Brasil. -Leitura de mapas. -História do município e da cidade. -Conceito de cidade. -Atividades econômicas, sociais, administrativas e culturais do município e da cidade. -A organização políticoadministrativa dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário municipal. -Serviços: atividades essenciais na satisfação das necessidades humanas – saúde, educação, lazer, habitação, segurança, transporte, telecomunicações, tratamento de água e esgoto, energia elétrica, outras. -Neste eixo, o aluno já pode perceber que pertence a um espaço e tempo específicos e já compreende a importância de processos históricos na formação do meio social e atual e mais amplo em que vive. Além disso, o conhecimento histórico não se confunde com a realidade passada, pois é construído em uma determinada época, comprometido com questões de seu próprio tempo. È um conhecimento que envolve escolha de abordagem, reflexão e organização de informações, problematizações, interpretação, análise, localização espacial e ordenação temporal de uma série de acontecimentos da vida coletiva, que ficaram registrados, de algum modo por meio de escritas, desenhos, memórias individuais e coletivas, fotografias, instrumentos de trabalho, fragmentos de utensílios cotidianos e estilos arquitetônicos, entre outras possibilidades. -Portanto, todas as fontes históricas serão importantes como fontes de informações a serem analisadas e comparadas, onde os alunos poderão perceber as semelhanças e diferenças ocorridas ao longo do tempo. -O ensino de História apresenta-se como um ponto de partida para a aprendizagem histórica, pela possibilidade de trabalhar com a realidade mais próxima das relações sociais que se estabelecem entre educador/educando/sociedade e o meio em que vivem e atuam. O local é o espaço primeiro de atuação do homem, por isso, o ensino da História precisa configurar também essa proposição de oportunizar a reflexão permanente acerca das ações dos que ali vivem como sujeitos históricos e cidadãos. -Assim sendo, o ensino de História pode configurar-se como um espaço de construção da reflexão crítica da realidade social, considerando-se que o local e o presente são referentes para o processo de construção de identidade. I/ T /C __ I/ T /C __ I/ T /C __ I/ T /C __ I/ T /C __ I/ T /C __ I/ T /C __ I/ T /C __ -Problemas do município e da cidade e suas possíveis soluções. -Os impostos e suas funções. 3 – O Estado de Minas Gerais Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 107 saúde, educação, transporte, segurança, saneamento básico entre outras são atividades essenciais para satisfação das necessidades humanas. 2.9Identificar os principais problemas do município e da cidade onde mora, relacionados à educação, saúde, habitação, lazer, cultura, segurança, outros e possibilidade para minimização desses problemas. 2.10Reconhecer a importância do pagamento de impostos como garantia das atividades essenciais na satisfação das necessidades humanas. 3.1- Compreender Minas Gerais como o lugar onde vive e convive a população mineira. 3.2- Conhecer a história de Minas Gerais e suas conexões com história do Brasil. 3.3- Identificar, a partir do mapa político do Brasil e dos pontos cardeais e colaterais, os estados - A história de Minas Gerais. -Os mineiros e sua terra. -Localização do Estado de Minas no Brasil. -O Estado de Minas Gerais e os I/ T /C __ I/ T /C __ -Neste eixo, é interessante o trabalho com conceitos fundamentais para entender o contexto da formação da sociedade mineira, tendo em vista os aspectos socioculturais que marcaram a sociedade mineira, sua história, sua gente, sua localização, seus municípios e sua divisão política. I/ T/ C __ -No que diz respeito ao estado de Minas Gerais é interessante desenvolver um trabalho atrelado aos mapas, onde os alunos poderão visualizar as especificidades e compreendê-lo como uma das 27 unidades federativas do Brasil, sendo a quarta maior em extensão territorial, podendo também perceber sua localização e os estados vizinhos. I/ T/ C __ I/ T/ C __ -Em pesquisas orientadas pelo professor os alunos também poderão verificar: a população do estado, seus meios de transporte, seus aspectos históricos e geográficos e outros que forem pertinentes. Também é muito importante sob o aspecto histórico: cidades erguidas Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais vizinhos de Minas Gerais. 3.4- Entender o Estado de Minas Gerais como parte de uma realidade mais complexa – o Brasil. 3.5- Identificar no mapa do Brasil a localização de Minas Gerais e sua capital. 3.6- Reconhecer a divisão política de Minas Gerais. Municípios mineiros. -A divisão política do Estado de Minas Gerais. 3.7- Compreender que Minas Gerais é o único Estado da região sudeste que não é banhado pelo Oceano Atlântico. 3.8- Identificar a formação inicial de Minas Gerais no contexto da vida social, econômica e políticoadministrativa, no século do ouro. 3.9- Compreender que o desenvolvimento da vida urbana em Minas foi incentivado pela riqueza do ouro e dos diamantes. 3.10Identificar as primeiras vilas e povoados que se originaram na 108 -Os bandeirantes e descoberta de ouro e diamantes; -A ocupação do território mineiro; -A organização das estruturas produtivas de comercialização, de transporte e comunicação. -A Estrada Real; -O trabalho e a escravidão; -A produção e o comércio; durante o ciclo do ouro no século XVIII, que consolidaram a colonização do interior do país e estão espalhadas por todo o estado. Alguns eventos marcantes da história brasileira, como a Inconfidência Mineira. Por isso, é interessante a busca de informações em diferentes tipos de fontes (entrevistas, pesquisa bibliográfica, imagens, etc.); e análise de documentos de diferentes naturezas (comparações entre o antigo e atual e suas transformações); além de: • Troca de informações sobre objetos de estudo; • Comparação de informações e perspectivas diferentes sobre o mesmo conteúdo, fato ou tema histórico; • Formulação de hipóteses e questões a respeito dos temas estudados; • Registro e exposição de diferentes formas: textos, livros, fotos, vídeos, exposições, mapas, etc.; • Cálculo e uso de diferentes medidas do tempo; estudo, comparação e análise de calendários; • Criação de atividades de pesquisa conversa com especialistas, visitas prévias em diferentes locais; • Conhecimento e uso de diferentes medidas de tempo; • Visitas a museus, bibliotecas, centros especializados. I/ T/ C __ I/ T/ C __ I/ T/ C __ I/ T/ C __ I/ T/ C __ I/ T/ C __ I/ T/ C __ -Observação: É fundamental destacar a importância do professor não realizar comparações que depreciem qualquer cultura, orientando seus alunos também nesse sentido. -Os povoados e as vilas; Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais região de exploração do ouro. 3.11Reconhecer as crenças e valores do catolicismo como fonte de inspiração dos artistas de Minas Gerais, na época do ouro 3.12valorizar e Identificar o patrimônio histórico e cultural de Minas Gerais (igrejas, capelas, casas, imagens, edificações, mobiliários, outros). 3.13- Conhecer a vida e obra do grande desenhista, arquiteto, pintor e escultor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. 3.14- Compreender os ideais da Conjuração Mineira. 3.15Reconhecer Tiradentes como principal personagem da Inconfidência Mineira, por meio da análise histórica de fontes e documentos na historiografia atual. 3.16- Compreender e conceituar imposto, casa de fundição e quinto de ouro. 109 I/ T/ C __ - O professor poderá propor pesquisas que leve o aluno a identificar a diversidade de bens materiais e imateriais produzidos no âmbito de diferentes culturas, refletindo sobre as várias dimensões da memória social e das diversas experiências humanas no tempo. I/ T/ C __ - Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho e seus inúmeros trabalhos espalhados pelas cidades históricas de Minas Gerais. - Neste item, é possível que o aluno identifique as características da arte barroca, conhecendo a história de vida e as obras de Aleijadinho, podendo conhecer e apreciar os elementos que as constitui, e também organizar um portfólio de imagens. I/ T/ C __ -Da Inconfidência à independência. -Fatos e personagens da Inconfidência Mineira e a relação com a Independência Brasileira. -Os impostos .Casas de fundição .Quinto do Ouro -Pecuária; -Mineração; -Produções de minas, agricultura, pecuária, indústria e mineração; -A Divisão Política de Minas Gerais. -Para se dar início ao trabalho com a Inconfidência Mineira pode-se criar debates em sala de aula, em torno do tema, mas previamente a esses, pode-se pedir aos alunos que façam pesquisas, cartazes, maquetes e outros trabalhos que possam enriquecer os debates. É importante discutir com os alunos a criação das Intendências das Minas, em 1702; o pagamento do "quinto" e as variações na forma de sua arrecadação; a criação da Casa de Fundição em Vila Rica, em 1720, destacando a ação do governo português contra o contrabando do ouro, contrapondo as motivações da metrópole para austeridade fiscal e os motivos que levaram os colonos a se revoltarem. -Depois de feitas as pesquisas deve - se focar o objetivo da revolta e como os planos dos inconfidentes foram frustrados após alguns membros do grupo serem convocados à Junta da Real Fazenda. Destaque a figura de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, militar de baixa patente, que mantinha boa relação com a elite local, identificado como líder. Depois pode ser feita uma exposição, em que os alunos se organizem em grupos e elaborem um relatório com as informações colhidas sobre Tiradentes, que podem ser I/ T/ C __ I/ T/ C __ I/ T/ C __ -A religiosidade e a cultura do Barroco. -O patrimônio artístico e cultural mineiro. Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 3.17Reconhecer e respeitar a Bandeira do Estado de Minas Gerais. 3.18- Compreender o significado atribuído ao lema da Bandeira. de Minas Gerais, 3.19Destacar na formação e no desenvolvimento do Estado o papel da agricultura cafeeira e da mineração de ferro e das atividades industriais. 3.20 Identificar as mudanças sociais e econômicas em Minas Gerais, depois do século do ouro. 3.21- Reconhecer o papel e a atuação dos três poderes, em defesa dos interesses do estado mineiro. 3.22Identificar os municípios que compõem as regiões mineiras. 3.23Identificar as principais cidades 110 -A realidade social econômica de Minas Gerais: .Lavoura .Indústria .Comércio -O papel e atuação dos três Poderes na esfera estadual. -Poder Legislativo, Poder Judiciário e Poder Executivo. -Bandeira do Estado de Minas Gerais e seu lema: Libertas Quae será Tamén. -Agricultura cafeeira -Política do Café pesquisadas em livros, revistas e internet. -propor aos alunos que exponham as informações que encontraram sobre Tiradentes. Perguntar qual a imagem eles acham que melhor representa o Alferes Joaquim José da Silva Xavier: herói ou criminoso? Observar a reação e a opinião dos alunos e então trabalhar a construção do mito Tiradentes, comemorado até hoje em feriado nacional. -A Bandeira de Minas Gerais representa um marco na História de Minas, tendo em vista sua simbologia,seu significado político e seu lema : “luta permanente dos homens pela liberdade, mesmo que demorem a conquistá-lo.” -Para se dar início ao trabalho com a Agricultura cafeeira, pode-se fazer um breve histórico sobre o café, no Brasil, que chegou em 1727, pelas mãos de Francisco de Melo Palheta, sargento-mor do exército. -Durante muito tempo, o café permaneceu como o maior produto da economia brasileira e ditou os rumos políticos do país. É interessante articular este período histórico á atualidade, pois hoje, o país possui torrefadoras que estão entre as maiores e mais modernas do mundo. -Para incrementar a aula, pode-se fazer um trabalho com receitas que envolvam café e receitas que o acompanham, tais como: pães, bolo, biscoitos e outros. I/ T/ C __ I/ T/ C __ I/ T/ C __ I/ T/ C __ I/ T/ C __ I/ T/ C __ I/ T/ C __ - Os Três Poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário -A diversidade regional mineira: -No contexto da exploração mineral, pode-se indagar sobre as formas de dominação praticadas pelos bandeirantes na Colônia, bem como sua contribuição para a fixação dos Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais mineiras e a sustentabilidade das mesmas. 3.24- Reconhecer, a partir da interpretação de informações, os aspectos que caracterizam cada região mineira. 3.25- Conhecer e valorizar a língua, a cultura e as tradições de cada região mineira respeitando a diversidade étnica, social e cultural existentes nas regiões do Estado. 3.26Reconhecer a importância dos meios de comunicação para o desenvolvimento social do Estado. 3.27 Reconhecer a importância dos meios de transportes e comunicação para o desenvolvimento social do Estado. 3.28 – Identificar problemas sociais e possibilidades de superação dos mesmos, por meio do desenvolvimento de políticas públicas de educação, saúde, segurança, habitação, etc. 111 -As regiões mineiras: o Sul, a Mata, o Rio Doce, o Centro-Oeste e o Triângulo Mineiro. -Belo Horizonte:- a Capital de Minas Gerais: História, População , Localização. -Aspectos econômicos, políticos, sociais, culturais e naturais. -A sustentabilidade Econômica -O Patrimônio Natural, Histórico e Cultural -Turismo -As instâncias Hidrominerais núcleos de povoamento no interior. É importante salientar os reflexos da implantação da sociedade mineira. Tendo em vista, o seu desenvolvimento atual, podendo fazer comparações. -Conhecer a cultura mineira, seus costumes, suas tradições folclóricas e outros. Para isso, pode-se trabalhar textos e poesias de personalidades e personagens mineiros tais como: Carlos Drumond de Andrade, Darcy Ribeiro, Juscelino Kubitschek de Oliveira, Ziraldo, Fernando Sabino, Tancredo de Almeida Neves e Santos Dumont. -A História não deve ser vista como um conjunto de acontecimentos ou fatos produzidos por uma classe social isoladamente. Por isso tampouco pode ser entendida como resultado dos pequenos fatos que ocorrem no nosso cotidiano. Estes fazem parte de um conjunto maior que é nossa história de vida como em nossa casa, na nossa rua, em nosso bairro, na nossa cidade e também em nosso país. -O professor pode construir junto com os alunos linhas de tempo que demonstrem a evolução dos meios de transporte e de comunicação. -Os meios de Transporte e Comunicação. -As políticas públicas I/ T/ C __ I/ T/ C __ I/ T/ C __ I/ T/ C __ I/ T/ C __ -Propor pesquisas, debates, entrevistas e outros sobre as políticas públicas criadas para minimizar os problemas sociais. 4 – Ocupação do Território Brasileiro Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 112 4.1 – Identificar as grandes navegações e as descobertas como marcos importantes na criação do mundo moderno. 4.2 – Compreender o contexto e as motivações das grandes navegações portuguesas. -As grandes navegações: objetivos, rotas e técnicas de navegação. 4.3 – Descrever a chegada dos portugueses ao Brasil. -A chegada dos portugueses ao Brasil. 4.4 – Relacionar a chegada dos portugueses ao Brasil com o desenvolvimento das atividades comerciais do Brasil. 4.5 – Identificar quem eram, e como viviam os primeiros habitantes do Brasil. 4.6 – Perceber e valorizar a diversidade étnica e cultural do povo brasileiro. 4.7 – Compreender a contribuição de diferentes povos para a formação do povo brasileiro. 4.8 – Confrontar hábitos do cotidiano dos antepassados dos índios da atualidade. -O descobrimento do Brasil -Formação Histórico-Social do Brasil: povo indígena, povo africano e povo português. -Os primeiros habitantes do Brasil. -A diversidade de povos indígenas no Brasil. -Povos indígenas na atualidade: moradia, alimentação, relação com a natureza, o trabalho. -Nesse contexto, é interessante para o aluno, a visualização de mapas para que possa ver as rotas e leitura de textos que relatem os objetivos das grandes navegações, isso serve para que a turma observe como os aspectos geográficos - locais e globais – são modificados de acordo com os eventos históricos. Além disso, o uso de mapas de diferentes períodos e a possibilidade de compará-los criticamente auxilia na compreensão de conceitos como mudança e permanência. -É importante estudar o cenário em que um mapa foi feito e compará-lo com outros do mesmo período buscando perceber que o conceito de verdade único em História não existe. Assim, eles compreenderão melhor as temáticas abordadas nos textos estudados que falam sobre a expansão geográfica da região no período. Durante esse processo, é importante discutir constantemente com o grupo o que se manteve e o que foi alterado, na paisagem urbana. -Além disso, pode-se realizar juntamente com os alunos uma reflexão sobre as viagens portuguesas dos séculos XV e XVI que colocaram vários povos em contato com o europeu. Por isso, é importante refletir como se constrói a relação com o outro, com o diferente. Também pode ser trabalhada a relação da distância temporal, por meio de como a sociedade portuguesa organizou a exploração marítima em decorrência de sua necessidade de consumo de determinados produtos, no caso, as especiarias. Para incrementar a aula, o professor pode pedir aos alunos que levem para a sala de aula algumas especiarias, como canela, pimenta, páprica, cravo-da-índia, coentro, comentando sobre a origem de algumas delas mostrando para os alunos as origens no mapa-mundi, colocando para eles que apesar de fazerem parte da nossa culinária, não são provenientes da América. __ I/T/C __ I/T/C __ I/T/C __ I/T/C __ I/T/C __ I/T/C __ I/T/C __ I/T/C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 4.9 – Compreender as relações estabelecidas entre os grupos indígenas e os portugueses colonizadores das terras brasileiras. 4.10 – Ler interpretar mapas do Brasil que mostram a distribuição dos povos indígenas, na atualidade. 4.11 – Valorizar diferenças entre os grupos humanos, rejeitando qualquer tipo de discriminação. 4.12 – Comparar a situação do indígena e do negro na sociedade brasileira em diversas épocas da nossa história. 4.13 – Identificar os movimentos de resistência dos africanos e afrodescendentes (quilombos). 4.14 – Compreender as condições gerais de transporte e de trabalho dos escravos no Brasil. 4.15 – Descrever o fim da escravidão no Brasil. 4.16 – Identificar a entrada e as contribuições dos 113 -Escravização dos africanos no Brasil -Escravidão e sociedade escravocrata -Comércio de pessoas na África, viagem para o Brasil. -O trabalho dos escravos nos Engenhos, nas minas de ouro e de diamante, na lavoura. -Os africanos, afrodescendentes e o fim da escravidão no Brasil. -Os quilombos -Os movimentos abolicionistas, as leis contra a escravidão no Brasil. -Os imigrantes portugueses, espanhóis, italianos, outros e suas -Com relação à escravidão, pode-se realizar um trabalho bem diversificado, utilizando-se textos, poemas, leis, charges e outros. Com relação às charges, o professor pode levá-las para exercitar a leitura delas com os alunos, procurando fazer com que o aluno perceba a finalidade específica desse tipo de arte – que é fazer uso da crítica, da ironia ou da sátira – para mostrar os problemas políticos e sociais, pois esse tipo de comunicação apresenta aspectos da realidade vivida pelas pessoas. __ I/T/C __ I/T __ I/T/C __ I/T/C __ I/T/C __ I/T/C __ I/T/C __ I/ T/C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais imigrantes para o Brasil ao longo do tempo. 5 – O Brasil Colonial 4.17Identificar as semelhanças e diferenças de hábitos e costumes dos imigrantes e dos brasileiros. 4.18Reconhecer o movimento imigratório como a solução encontrada para os problemas de mãode-obra decorrentes da abolição do tráfico negreiro. 4.19 Compreender o funcionamento de uma expedição bandeirante. 114 4.20 Compreender o processo de expansão do território brasileiro durante o período colonial. 5.1 – Compreender o contexto de transferência da família real para o Brasil. 5.2 – Identificar no período colonial, os acontecimentos ocorridos entre os anos de 1500 até os anos de 1822 e os impactos causados nos aspectos político, social e econômico do Brasil. histórias. -O trabalho dos imigrantes nas fábricas, no café, nas indústrias, outros trabalhos. -Cortiços -Movimentos __ I/ T __ I/T/C __ I/T/C __ I/T/C __ I/T/C __ I/T/C -Seria interessante para o professor trabalhar as expedições, tendo em vista: como elas aconteciam, quais eram os motivos principais que levavam a esses acontecimentos, seu funcionamento e organização, além da expansão do território brasileiro durante as mesmas. -As Entradas e Bandeiras -A chegada da família real portuguesa ao Brasil. -Brasil: de Colônia a Império. -As Entradas e Bandeiras foram expedições organizadas para explorar o interior com o propósito de procurar riquezas minerais, tais como ouro, prata e pedras preciosas. Objetivavam também caçar e aprisionar índios para escravizá-los. Não era uma tarefa fácil organizá-las, e muito menos explorar o interior do território colonial. Havia a necessidade do preparo de muitas provisões, como alimentos, armas e instrumentos, que deviam ser transportados por animais e pelos próprios exploradores. -Inicialmente, deve-se situar os alunos nos acontecimentos europeus dos séculos XVIII e XIX mostrando -os aspectos da política expansionista de Napoleão Bonaparte, recorrendo ao mapa europeu e explicando os países que haviam sido invadidos pelo governante francês. -Em seguida, pode-se falar sobre a situação específica de Portugal que estava sob fogo cruzado. De um lado era pressionado por Napoleão a apoiá-lo na luta contra os ingleses e, de outro, tinha relações comerciais e políticas com a Inglaterra há muito tempo. Com isso, a exibição de um filme sobre o tema seria bem relevante para os alunos. -Ao final, pode-se solicitar que os alunos elaborem cartazes, maquetes, poemas, textos e outros relacionados ao tema trabalhado. 6 – O Brasil Império Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 115 5.3 – Contextualizar a descoberta do ouro no território brasileiro, no período colonial. 5.4 – Compreender o significado da abertura dos portos na economia do Brasil, no período colonial. 5.5 – Identificar os benefícios provocados pela abertura dos portos às nações amigas. 5.6 – Identificar o sistema de Capitanias Hereditárias como a primeira tentativa de povoamento do território brasileiro. 5.7 – Identificar as transformações que ocorreram nas capitais brasileiras (Salvador, Rio de Janeiro), as diferenças e semelhanças entre elas e suas histórias. 6.1 – Contextualizar o processo de Independência do Brasil. 6.2 – Compreender as formas de Governo do Brasil a partir de 7 de Setembro de 1822. -Cobrança de impostos durante o ciclo do ouro, contrabando, revoltas. -Capitanias Hereditárias -Implantação do Governo Geral __ I/T/C __ I/T/C __ I/T/C __ I/T/C __ I/T/C - É interessante a contextualização do processo de Independência e para isso poderiam ser feitas pesquisas, encenações teatrais, exposição de fotografias do período colonial, além de aulas expositivas e outros que possam ampliar os conhecimentos dos alunos. __ I/T/C -O estudo do processo de Independência do Brasil, que tem um importante ponto de inflexão em 1822, é uma boa oportunidade para aguçar o olhar do estudante para uma importante questão: o tamanho do Brasil. Se observarmos o mapa da América Latina atual, veremos que o território brasileiro é consideravelmente maior do que os territórios nacionais dos países de língua castelhana, por exemplo. __ I/T/C - O professor poderá explorar esse tema com seus alunos através de textos diversificados, análise de imagens e pinturas, e estabelecer comparações entre as capitais Salvador e Rio de Janeiro suas histórias e suas características no período colonial. -Cidades de Salvador e Rio de Janeiro. -Independência -A manutenção da escravidão -Criação e dissolução da Assembléia Nacional Constituinte -A Constituição de 1824 -A Revolta de Pernambuco -Abdicação de Dom Pedro I -Os Reinados 7 – O Brasil República Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 116 6.3- Identificar e valorizar os movimentos de Independência do Brasil, como fator importante para a formação da identidade e da cidadania brasileira. 7.1 – Compreender o processo de transição da forma de Governo Imperial para a forma de Governo Republicano. 7.2 – Compreender que República é uma forma de governo de um país, baseada na participação dos cidadãos. 7.3 – Identificar o período da República para se situar historicamente. 7.4 – Identificar os acontecimentos ocorridos no Brasil entre os anos de 1889 até os nossos dias, nos aspectos políticos, administrativos, sociais e econômicos. 7.5 – Compreender que na República existem três Poderes e, que cada um deles, exerce funções distintas. -O fim da Monarquia e a Proclamação da Republica -Conceito de República - Símbolos nacionais - Leis e cidadania - Regime político (voto, democracia e cidadania) - Os três poderes: Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder Judiciário. -A República e as mudanças econômicas e sociais. -É importante que o professor esclareça a diferença entre as formas de governo monárquica e republicana, podendo estabelecer uma comparação entre os dois modelos, para melhor compreensão do processo democrático brasileiro. -Neste eixo seria interessante a escolha de textos simples, com linguagem compatível com o vocabulário do aluno, e a inclusão de ilustrações e outros recursos visuais que incentivem o envolvimento dele com os conteúdos trabalhados, colaborando para desenvolver e enriquecer seu conhecimento. -Acreditamos que o trabalho de análise de imagens, tal como no caso da leitura de um texto, supõe indagar sobre o contexto de sua elaboração, sobre as intenções que orientaram o olhar do autor (pintor, fotógrafo, ilustrador,) e sobre o sentido das idéias comunicadas. -O contexto político atual veiculado pela mídia coloca as crianças desde cedo em contato com a vivência democrática. Elas têm acesso às campanhas dos candidatos e podem, junto com as suas famílias, participar das opiniões acerca dos debates que precedem as eleições. Nesse sentido, a temática república e sua instalação pode ser interessante e despertar a atenção dos alunos, pois se relaciona com seu cotidiano. Portanto, algumas ações realizadas no passado podem ser acopladas ligadas a atualidade, tendo em vista o contexto político atual. -Como os três poderes se relacionam com a temática dos direitos e deveres no âmbito da cidadania? -Nesse momento, proponha aos estudantes uma pesquisa sobre os três poderes, tendo em vista a relação entre eles e o exercício da cidadania. Além disso, é importante perceber as diferenças entre os poderes: Legislativo, Executivo ou Judiciário. __ I/T/C __ I/T/C __ I/T/C __ I/T/C __ I/T/C __ I/T/C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 7.6 – Compreender que o papel dos três Poderes é defender os interesses da Nação. 7.7 – Diferenciar os períodos monárquico e republicano. 7.8 – Compreender e definir “Constituição.” 7.9 – Reconhecer a importância da construção de Brasília para o desenvolvimento do país e sua história. 7.10 – Compreender a influência da globalização na maneira de viver de um povo (hábitos, tradições, modo de pensar, etc.) 7.11 – Identificar problemas sociais Brasil e possibilidades superação, por meio políticas públicas os do de de -A redemocratização do Brasil e as Constituições. -A Construção de Brasília A Globalização -Acontecimentos políticos do período da globalização. -As políticas Públicas (Educação, Saúde, Segurança, Habitação, entre outros). -Para se dar início ao trabalho com a Constituição, seria interessante a exploração de conceitos como liberdade, independência, leis e Constituição de forma a despertar o interesse dos alunos para esses temas, para que eles compreendam melhor os acontecimentos da época. - O professor pode propor aos alunos uma pesquisa sobre a construção de Brasília e posteriormente promover um debate sobre os possíveis motivos que levaram a transferência da capital para Brasília. -Em globalização pode-se começar a discussão com uma pergunta. Por que os produtos norte-americanos estão mais presentes na nossa vida do que os de outros países? Para se aprofundar no assunto localizando no mapa-mundi os principais atores do mercado internacional, discorrendo sobre as diferentes visões teóricas da globalização. Podendo ainda numa aula expositiva, fazer junto com os estudantes uma lista com nomes de produtos, palavras, empresas e roupas que vêm de outras nações. Além disso, pode-se separar o material por país ou bloco econômico e dividir a turma: cada grupo estudará detalhadamente um desses locais. -As equipes podem montar painéis com recortes de jornal e organizar um plebiscito sobre um acordo comercial entre o Brasil e esse possível parceiro. Vários aspectos geográficos e históricos relativos ao tema podem ser trabalhados de forma interdisciplinar. Em Matemática, indicadores estatísticos. Em Ciências Naturais, os convênios firmados entre as nações para pesquisar a cura de doenças. Em Língua Portuguesa, os estrangeirismos. -Ser cidadão é participar da vida do país, eleger os governantes com consciência, conhecer seus direitos e deveres e cumprir as leis. O momento é excelente para uma discussão sobre cidadania. O que é ser cidadão? Quais seus direitos? É suficiente haver direitos consignados na Constituição? Estimule os alunos a dar sua opinião, argumentar e concluir. *Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010 117 __ I/T/C __ I/T/C __ I/T/C __ I/T/C __ I/T/C __ I/T/C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 118 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais GEOGRAFIA enfoque de um mundo em constantes mudanças. Mudanças que a cada dia ocorrem mais velozmente. A Geografia esteve sob a forma de Estudos Sociais, juntamente A compreensão dessas dinâmicas requer movimentos constantes entre os processos sociais e os físicos e biológicos, inseridos em contextos particulares ou gerais. A preocupação básica é abranger os modos de produzir, de existir e de perceber os diferentes espaços geográficos; como os fenômenos que constituem as paisagens se relacionam com a vida que as anima. Para tanto, é preciso observar, buscar explicações para aquilo que, numa determinada paisagem, permaneceu ou foi transformado, isto é, os elementos do passado e do presente que nela convivem e que podem ser compreendidos através da análise do processo de produção/organização do espaço. (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, 1996). com a disciplina de História por um longo tempo.Dai para cá aconteceram muitas mudanças . A Geografia , hoje,através das diversas tecnologias (como o computador e a Internet),ganhou uma nova forma de representação dos fatos ,contribuindo assim para a criticidade do aluno,que se coloca diante desse espaço como um agente transformador de seu meio . Hoje a educação, inserida em um novo contexto com novos desafios, busca interdisciplinar os conhecimentos historicamente Dentro desta perspectiva, no sentido de articular estes construídos com as informações e linguagens da sociedade atual. O conhecimentos à realidade das crianças inseridas no contexto do Ensino importante é envolver o aluno em seu processo de aprendizagem como Fundamental – Anos Iniciais, a versão preliminar da Proposta sujeito também responsável por ela. Para que, assim, ele possa perceber Curricular para o ensino de Geografia, contempla em seus eixos: o espaço, a natureza, as relações sociais em uma perspectiva própria, ou • Eu e o espaço de vivência e convivência; seja, como parte integrante, sujeito consumidor, transformador, desses • A escola, suas representações e sua importância na vida das elementos. Nesse diálogo, encontramos oportunidade favorável ao estudo da Geografia, uma vez que, ela possibilita o estudo da natureza e da sociedade seus aspectos espaciais, temporais e seus fenômenos, em um 119 pessoas; • O ambiente em que vivemos: casa, rua, bairro, município: suas representações para a vida em sociedade; Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais • A natureza e sua dinâmica: paisagem natural e meio ambiente; Neste sentido, há de se aliar o trabalho da Geografia à • Linguagem Cartográfica. alfabetização através de projetos interdisciplinares que promovam a • O ambiente em que vivemos: campo e cidade/ espaço rural e articulação entre esses dois campos, onde a leitura e a escrita sejam instrumentos para pesquisar o mundo natural e social. Com isso urbano; • As regiões do Brasil: Centro-oeste, Nordeste, Sul , Sudeste e algumas atividades podem nortear os trabalhos da Geografia tais como8: Norte , A- Atividades com textos e imagens - Proporcionar o contato com • O planeta Terra. diferentes fontes de informação, visando estimular o senso crítico, baseado na observação da realidade. Esse trabalho de reconhecimento cartográfico, paisagista, ambiental temporal e espacial possibilita ao aluno a apropriação das B- Elaboração e Leitura de mapas - Elaborar e “ler” mapas simples capacidades/habilidades importantes para a alfabetização, uma vez que a partir do seu espaço de vivência: caminho da casa até a escola; instiga o seu pensamento, a sua sensibilidade, curiosidades, o seu estar a localização da casa ou da escola no bairro ou comunidade. C- Trabalho de campo - Permite ampliar o conhecimento sobre a e mover no mundo. realidade física, social e cultural dentro do espaço escolar, no Deste modo, Pérez (2004) afirma que, a geografia é um instrumento importante para a compreensão do mundo, portanto, pensar o ensino de geografia em sua função alfabetizadora é tomar as noções de espaço, território, lugar e ambiente como conteúdos alfabetizadores. Nesta perspectiva o cotidiano se constitui no eixo articulador de uma prática alfabetizadora em que a aprendizagem da letra está intimamente vinculada à aprendizagem do espaço e as experiências culturais locais da criança. (PÉREZ, 2004). 120 entorno e em pontos estratégicos da comunidade. D- Resolução de problemas - Orientar atitudes de busca de respostas para questões pessoais e coletivas. 8 Texto publicado na Matriz Curricular – Ciclo Alfabetização – Secretaria Municipal de Educação de Montes Claros, 2008.p. 4 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais E- Pesquisa - Desenvolver a autoconfiança e a autonomia, na ambiental , social e solidária, não só ao aluno, mas a toda a medida em que desenvolve habilidades como selecionar comunidade escolar. Este é um dos fins da educação, a informações e utilizar diferentes fontes de consultas. construção de uma sociedade sustentável praticante de valores F- Debate - É importante para a formação de atitudes, relacionando à construção de um conhecimento sobre um determinado tema. G- Entrevista - É uma forma interessante de coletar dados e informações sobre um tema. H- Maquete - É um modelo em miniatura usado para representação tridimensional do espaço, levando o aluno a fazer a transposição da realidade vivida para o espaço representado. I- Filmes - Criar situações de aprendizagens que poderão estimular a realização de observação, reflexão e análise crítica. J- Músicas - Recurso para enriquecer, introduzir e consolidar conteúdos. K- Dramatização - Desenvolver a aprendizagem através do lúdico, desenvolvendo a espontaneidade nos alunos, propiciando a socialização e incentivando a prática de diferentes formas de expressão. Portanto, o estudo coerente e comprometido da Geografia favorecerá a fomentação de uma consciência 121 que promovam e humanizam a vida. Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA – VERSÃO PRELIMINAR - 1º, 2º E 3º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL 1. Eu e o Espaço de Vivência e Convivência EIXO 122 CAPACIDADES CONTEÚDOS/CONCEITOS DETALHAMENTO ABORDAGEM POR ANO 1º 2º 3º I/ T/ C __ __ 1.1 Reconhecer-se como ser único e atuante na sociedade. - Quem sou eu? - Todo mundo tem um nome. - Nosso nome, nossa história Esta capacidade está relacionada à necessidade de desenvolver no aluno o sentimento de pertencer a um grupo, a uma comunidade. São pertinentes as atividades que fazem a criança refletir sobre o papel que ocupa na sociedade como ser único, que tem um nome, uma identidade. 1.2 Conscientizar-se das suas características físicas, aceitando as diferenças e constatando as semelhanças. - Eu e o outro: semelhanças e diferenças. - O jeito de cada um; características físicas comuns. - Meu corpo, minha referência. Após reconhecer-se como ser único e atuante na sociedade, podemos inserir novos elementos (o outro), levando-os a estabelecer relações de comparação. Retoma-se também o trabalho com os cuidados e higiene do corpo. I/ T/ C R R 1.3 Compreender os sentimentos envolvidos nas relações que se formam nos ambientes sociais. - O que somos e o que nos sentimos diversos ambientes sociais. - Que é o outro, o que ele sente. Esta capacidade esta relacionada à habilidade de saber conviver com diferentes pessoas em seus diversos ambientes sociais, vivendo diferentes emoções e sentimentos. I/ T/ C R R 1.4 Reconhecer os limites do próprio corpo no espaço de convivência com o grupo social e com a família. - Direitos e deveres para convivência no espaço social. a Esta capacidade esta relacionada ao reconhecimento que o aluno deve ter dos limites do corpo para que possa exercer seus direitos e deveres, ao movimentar-se no espaço de convivência, com respeito e atenção. I/ T/ C R R 1.5 Reconhecer a linguagem cartográfica como fonte de informação e representação do espaço geográfico. - Mapeamento e desenho do corpo considerando as características físicas comuns, e do ambiente social, considerando a distribuição dos objetos no espaço geográfico e dos caminhos e espaços de vivência e convivência. Pressupõe saber representar pessoas e ambientes, através do levantamento de dados, elaboração e leitura de gráficos, tabelas, escalas, mapas de trajetos e suas legendas, entre outros. I/ T/ C R R 2. A escola, suas representações e sua importância na vida das pessoas Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 123 2.1 Demonstrar atitudes de respeito e boa convivência no espaço da escola. - O direito de estudar. - Minha escola é assim - A escola como um espaço de convivência. - Direitos e deveres na escola. 2.2 Compreender a importância da função social da escola. - A importância da escola na vida das pessoas. 2.3 Reconhecer as pessoas e as funções que elas desenvolvem na escola. - As pessoas que trabalham na escola: quem são e qual a sua função. 2.4 Reconhecer o ambiente da escola e das salas de aula sob os aspectos físicos, sociais e culturais. - Os espaços da escola. - O ambiente escolar. - Cuidados com a escola. - A comunidade escolar. - A sala de aula. - Representação do espaço e os objetos da escola e da sala de aula. Um dos objetivos desse eixo é fazer com que a criança perceba a importância da escola como espaço de convivência, onde possa desenvolver práticas de cidadania, atitudes conscientes e responsáveis em relação aos hábitos de consumo, evitando o desperdício, além de atitudes de cooperação para a construção de um ambiente agradável para o estudo e outras atividades do dia-a-dia. A partir do reconhecimento do espaço escolar, saber conviver bem com os outros, demonstrando atitudes de respeito no espaço de convivência. O papel da escola na formação da sociedade, da família, do trabalho, das relações sociais deve ser abordado em sala de aula. O tema escola permite ampliar o estudo do espaço vivido pelos alunos e possibilita que eles se reconheçam integrantes de outros grupos sociais, além de sua família. Trabalhar essa capacidade significa antecipar o reconhecimento de cargos e funções em outros espaços sociais e de trabalho, ao perceber e reconhecer na escola, além do espaço familiar, que as pessoas têm funções, competências, responsabilidades individuais, mas interligadas no todo e em favor de todos. Pode-se pedir aos alunos que façam visitas em outras salas de aula, convidar vários profissionais para falarem sobre suas respectivas profissões e, em especial que sejam convidados os pais dos alunos, os professores das outras salas de aula e outros que compõe o quadro de servidores do município. Sob os aspectos físicos: saber movimentar-se com desenvoltura no ambiente escolar. Sob os aspectos sociais: saber viver e conviver com cada indivíduo, no ambiente escolar, respeitando o espaço de cada um, convivendo com as diferenças culturais e a diversidade social. Além de espaço de aprendizagem, a escola cumpre um importante papel como espaço privilegiado para a convivência entre as crianças de origens culturais e sociais diversas. Essa sociabilidade tem seu ponto alto no intervalo do recreio, já que no pátio as relações de amizade e de afetividade, que também ocorrem na sala de aula, podem se manifestar fora da presença dos adultos. As conversas e brincadeiras que ocorrem no recreio também são parte do aprendizado, na medida em que se trata de aprender a conviver. I/ T T T/ C I/ T T/ C R I/ T T/ C R I/ T T/C R 3.O ambiente em que vivemos: casa, rua, bairro, município: suas representações para a vida em sociedade. Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 124 2.5 Reconhecer o entorno da escola e a paisagem. 2.6 Reconhecer o conceito de distância entre lugares 2.7 Reconhecer a linguagem cartográfica como instrumento de representação dos espaços da escola. - O entorno da escola: paisagem, meio ambiente. - Trajetos: de casa para a escola e da escola para a casa. - Croqui, planta, tabelas e gráficos de representação do espaço e dos ambientes. 3.1 Perceber a moradia como direito de todo cidadão. - Nossa moradia. - O lugar onde eu moro: endereço, a planta da minha casa. - Como vejo minha casa. - O quarteirão da minha casa. - Como é a minha casa por dentro e por fora: organização. - Quais as pessoas que convivem comigo em minha casa. - Qual o espaço que ocupo dentro da minha casa. - Tipos de moradias. - Espaços que ocupam. - Quem constrói as moradias? - Materiais utilizados na construção de moradias. 3.2 Compreender a casa como espaço de convivência da família. 3.3 Reconhecer os diversos tipos de habitação e os espaços que ocupam. Identificar os ambientes e as paisagens que fazem parte do entorno da escola. Esta capacidade está relacionada a habilidade de formar a representação do espaço geográfico entre dois ou mais lugares distintos. - Os alunos deverão reconhecer a importância do trabalho na produção do espaço geográfico. Em relação à escola é fundamental que valorizem as ações de todos os que participam da comunidade escolar (colegas, pais, professores, funcionários etc.). Além disso, pode-se pedir aos alunos que montem a representação da escola ou da sala de aula em forma de maquete, tendo em vista que a confecção é muito importante, pois envolve vários aspectos: permite trabalhar o ponto de vista vertical, projeta o aluno (observador) fora do espaço onde ele se encontra (sala de aula), possibilita a visualização do todo e favorece o desenvolvimento de noções de proporcionalidade, localização, distância e escala. - Ao confeccionar a planta da sala de aula a partir de maquete, os alunos estarão passando de uma representação tridimensional (a maquete) para uma representação bidimensional do espaço (a planta). - O tema moradia possibilita trabalhar com um espaço significativo pra os alunos, pois, dessa forma, eles desenvolvem relações sociais e atividades do seu cotidiano. A partir do reconhecimento do local que mora e do seu entorno, esta capacidade deve levar o aluno a refletir sobre o seu direito como cidadão para garantir sua moradia e de sua família. - Discutir sobre as partes que compõe uma casa, que tipos de casas os alunos conhecem, que cuidados devemos ter com moradia. - O aluno deve aprender a conviver com seus familiares, dentro de sua casa, respeitando o espaço de convivência. - O aluno deverá ser capaz de identificar diversos tipos de moradia, como e por quem são construídas. Como modificam a paisagem natural, no ambiente que ocupam, identificando as habitações de tribos indígenas que variam conforme a cultura de cada povo. Além disso , é importante desenvolver nos alunos uma postura crítica diante da extrema desigualdade social presente em nosso país por meio da comparação entre moradias de diferentes padrões e dos moradores de rua. I/ T T/ C R I/ T T/ C R I/ T T T/ C I/ T T T/ C I/ T T/ C R I/T T/C R 4. A natureza e sua dinâmica: paisagem natural e meio ambiente Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 125 3.4 Compreender a rua como local de transito das pessoas da comunidade e de veículos. - Sinalização e transito em minha rua. - As pessoas que transitam nas ruas. - Como vejo o movimento das pessoas e de veículos em minha rua. 3.5 Reconhecer o bairro, percebendo-se como integrante das relações sociais que se formam entre os indivíduos da comunidade. - O bairro onde moro e sua localização no mapa de municípios. - O que representa meu bairro para a organização do município. - Os serviços públicos do bairro. - O trânsito em meu bairro. -Aspectos de reconhecimento do bairro/município. - Representação de dados através de gráficos, tabelas, mapas, outros. - O que é a paisagem natural: suas características. - O que é meio-ambiente: suas características. - Como o homem modifica a paisagem e o meio-ambiente. - Elementos que interferem na paisagem e no meio ambiente. - A paisagem à minha volta (de casa, da escola) - O meio-ambiente com o qual convivo na escola e na comunidade. - Outros lugares, outras paisagens, outras histórias. 3.6 Reconhecer a linguagem cartográfica como representação do espaço da comunidade/bairro. 4.1 Reconhecer a paisagem natural. 4.2 Identificar as características do ambiente e da paisagem no espaço da escola e da residência, reconhecendo diferenças e semelhanças. - No estudo dos materiais de construção, chamar a atenção para a transformação dos recursos naturais por meio do trabalho humano. - Destacar a organização da moradia em seu aspecto funcional e em sua conservação. - O professor deverá discutir com seus alunos seu papel como cidadão que faz parte de uma determinada comunidade, respeitando pedestres e motoristas que transitam pelas ruas do bairro. É importante que os alunos reconheçam a existência e a importância das principais regras de trânsito que regulam a locomoção de veículos e pedestres nas ruas e a necessidade de respeitá-las, desenvolvendo, atitudes responsáveis ao circular pelas ruas. - O aluno deverá se identificar com o ambiente e as paisagens de seu bairro e sentir-se inserido nas relações que se formam entre as pessoas. - Antes de trabalhar a localização do bairro o professor deve explorar os conceitos de lateralidade e direção. Informar sobre a existência do código de trânsito brasileiro, tendo em vista o reconhecimento das regras de trânsito como segurança para os transeuntes. - O aluno deverá ser capaz de representar através da linguagem cartográfica as informações e dados levantados durante o trabalho com este eixo. I/T T/ C R I/T T T/C I T T/ C - Reconhecer a paisagem natural significa saber conceituar os elementos que a compõem, saber identificar os fatores que atuam na modificação da paisagem e do meio ambiente e as ações do homem que interferem na qualidade do ambiente, levando em conta diferentes pontos de visão. I/T T/ C R - O aluno deverá relacionar as paisagens e os ambientes em que vive e estuda, com as pessoas que fazem parte deste ambiente, identificando diferenças e semelhanças nos espaços geográficos. I/T T/C R 5. Linguagem Cartográfica. Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 4.3 Reconhecer a linguagem cartográfica como representação do espaço natural. 5.1 Ler e compreender informações expressas em linguagem cartográfica: representação de espaço nas fotografias, plantas maquetes, croquis, mapas, entre outras. 5.2 Utilizar os mapas como meio de comunicação e leitura da realidade. 5.3 Localizar em mapas: bairros, cidades, municípios, países. 5.4 Compreender o conceito de escala, a partir da representação de plantas e mapas reduzidos. 5.5 Construir e compreender itinerários. 5.6 Comparar informações. dados e - Espaço rural e espaço urbano: diferenças de paisagens. - Paisagem do município, sua localização no estado e no país. - Meio ambiente em meu município. - Paisagem: relevo, águas, ar, terra. - As pessoas e o meio ambiente. Direitos e deveres para com o meio ambiente. - Elaboração de mapas e tabelas para representar paisagens e a sua relação com o meio ambiente. - O que é cartografia. - Linguagem cartográfica: mapas, plantas, escalas, globos, maquetes, legendas, gráficos, tabelas, entre outros. I T T O aluno deverá ser capaz de interpretar dados e informações representadas através da linguagem cartográfica. I T T - Elaboração de tabelas, gráficos e outros instrumentos de comparação de dados. - Onde estamos no mapa. Saber ler mapas para reconhecimento de espaços geográficos e para favorecimento da comunicação social. I T T Saber ler mapas para reconhecimento dos diversos espaços geográficos. I T T - Representação dos lugares através da linguagem cartográfica. O aluno deverá compreender que representa-se um objeto ou num determinado espaço geográfico através da noção de proporção (escala). I T T - Construção do caminho de um lugar para outro: de casa para a escola, da escola para casa, para o mercado, etc. - Análise dos dados, comparando informações, buscando soluções. Saber construir e compreender trajetos entre dois ou mais pontos e lugares distintos. I T T I T T *Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010. 126 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA – VERSÃO PRELIMINAR - 4º E 5º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL EIXO CAPACIDADES 1.1 - Ler, interpretar e representar o espaço usando mapas, atlas e o globo terrestre. CONTEÚDOS/CONCEITOS - Cartografia - O que os mapas representam - A Linguagem, a importância e a produção de mapas Linguagem cartográfica - Convenções cartográficas DETALHAMENTO Através da linguagem cartográfica, é possível sintetizar informações, representar temas (conteúdos) e conhecimentos. Deve-se propor situações nas quais os alunos sejam ancorados na idéia de que a linguagem cartográfica é um sistema de símbolos que envolve proporcionalidade, uso de signos ordenados e técnicas de projeção. Uma vez que, as representações cartográficas se valem de muitos símbolos para transmitir informações aos usuários, é importante salientar que “a escola deve criar oportunidades para que os alunos construam conhecimentos sobre essa linguagem nos dois sentidos: como pessoas que representam e codificam o espaço e como leitores das informações expressas por ela”. (PCN, 1991:87). É possível perceber que o estudo da linguagem cartográfica vem, cada vez mais, reafirmando sua importância desde o início da escolaridade. Ele contribui não apenas para que os alunos compreendam os mapas, mas também para desenvolver capacidades relativas à representação do espaço ABORDAGEM POR ANO 4º 5º I/ T T/ C I/T R/T/C 1. - Consideramos que a leitura do mundo é fundamental para que todos nós, que vivemos em sociedade, possamos exercitar nossa cidadania. Uma forma de fazer a leitura do mundo é por meio da leitura do espaço, o qual traz em si todas as marcas da vida dos homens. Desse modo, ler o mundo vai muito além da leitura cartográfica, cujas representações refletem as realidades territoriais, por vezes distorcidas por conta das projeções cartográficas adotadas. Fazer a leitura do mundo não é fazer uma leitura apenas do mapa, ou pelo mapa, embora ele seja muito importante. É fazer a leitura do mundo da vida, construído cotidianamente e que expressa tanto as nossas utopias, como os limites que nos são postos, sejam eles do âmbito da natureza, sejam do âmbito da sociedade (culturais, políticos, econômicos). 1.2 - Ler e compreender informações expressas em linguagem cartográfica: formas de representação de espaço nas fotografias aéreas, plantas, maquetes, entre outras. 127 - Outras representações como: Fotografias, plantas e maquetes. - O espaço não é neutro, e a noção de espaço que a criança desenvolve não é um processo natural e aleatório. A noção de espaço é construída socialmente e a criança vai ampliando e repensando o seu espaço vivido concretamente. A capacidade de percepção e a possibilidade de sua representação é um desafio que motiva a criança a desencadear a procura, a aprender a ser curiosa para entender o que acontece ao seu redor, e não ser simplesmente espectadora da vida. Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 1.3 - Descrever lugares de sua escola, casa, quarteirão, bairro, cidade, município a partir da representação em mapas, utilizando-se da legenda. 1.4 - Compreender informações a partir de fontes variadas como notícias de jornal, filmes, entrevistas, obras literárias, música, etc. 1.5 - Compreender que as plantas e os mapas são representações de um espaço, elaboradas em tamanho reduzido, a partir da visão vertical (visão de cima para baixo). 1.6 - Descrever itinerários, utilizando-se de mapas. 1.7 - Reconhecer que a partir dos mapas é possível conhecer detalhes de lugares próximos ou distantes, planejar ações, compreender o espaço geográfico e suas alterações. 1.8 - Identificar os mapas como meio de comunicação da representação gráfica do espaço geográfico. 1.9 - Representar e interpretar informações sobre diferentes paisagens, utilizando procedimentos convencionais da linguagem cartográfica. 1.10 - Produzir mapas ou roteiros simples considerando as 128 - Localização do Município, do Estado de Minas Gerais, do Brasil e do Mundo no Mapa-Mundi. - Planta, planisfério e globo geográfico. - Itinerários, estradas, guias. - “A capacidade de entender um espaço tridimensional representado de forma bidimensional, aliado à concepção de que a terra é redonda e, portanto, não há ‘em cima’ nem ‘em baixo’, poderá ser desenvolvida a partir da realização de diversas atividades de mapeamento” (Callai, 2000, p.105-106). -Essas habilidades são adquiridas a partir da exercitação continuada em desenvolver a lateralidade, a orientação, o sentido de referência em relação a si próprio e em relação aos outros, além do significado de distância e de tamanhos. Elas podem ser simplesmente exercitadas, procurando-se alcançar o seu domínio. Mas o que nos interessa não é simplesmente ter domínios, que o capacitem a viver no mundo, é claro, mas poder, por meio dessa exercitação, dar conta de aprender a ler e viver o mundo. Aprender a pensar e reconhecer o espaço vivido. Não simplesmente como espaço que pode ser neutro, ou estranho a si próprio, mas pensar um espaço no sentido de se apropriar das capacidades que lhe permitirão compreender o mundo, reconhecer a sua força, e a força do lugar em que vive. Aprender para viver, mas aprendendo a buscar a transformação capaz de tornar o espaço mais justo, pelo acesso aos bens do mundo e da vida. Aprender a construir a sua cidadania. - O uso de mapas e Atlas no ensino de Geografia permite ao aluno conhecer e investigar sobre lugares onde nunca esteve. Para tanto, é necessário que domine a linguagem cartográfica, ou seja, saiba decodificar os símbolos que estão ali representados. Os mapas representam, no plano cartográfico, os objetos geográficos que seu autor entendeu ser importante estarem presentes. Ao entender o pensar geográfico como a capacidade de integrar os diversos elementos presentes no espaço, como paisagens, hábitos e costumes e compreender sua organização, pode-se dizer que, se o aluno der conta de identificar e decodificar os componentes e variáveis que compõem um mapa, terá condições de explorar o material pensando geograficamente. De acordo com FANTIN, E. e TAUSCHECK: [...] “a alfabetização cartográfica é importante para além de seu aspecto técnico de decodificação de códigos. É fundamento para a leitura de espaços geográficos “visitados”, muitas vezes, apenas através dos Atlas. Se o mapa passa a ser um “texto” para o aluno, ele é passível de leitura e interpretação, traz informações que podem e devem ser discutidas e analisadas. E, sobretudo, deixa de ser aquele instrumento de tortura pedagógica, em que o aluno copia e pinta, por obrigação, algo que nada significa para ele.” -Além dos mapas e Atlas impressos, como os ofertados pelo Instituto Brasileiro de T/ C R/ T I/ T T I/ T T/ C I/ T T/ C I/ T T/ C I/ T T/ C I/ T T/ C T T/ C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais características da linguagem cartográfica como as relações de distância, direção, o sistema de cores e legendas. 1.11 - Reconhecer a importância da representação cartográfica para desenvolver habilidades de representar o município, a cidade, o estado de Minas Gerais, o Brasil e o Mundo. Geografia e Estatística – IBGE, e por diversas editoras, esses recursos também são disponibilizados de forma digital. O Atlas escolar do IBGE existe na versão digital disponível na web e em Compact Disc (CD); o instituto também oferece em seu sítio, na rede mundial de computadores, um rol de mapas interativos que permitem a manipulação de informações espaciais. As páginas oferecem opção de consulta na tela do computador e de impressão dos mapas que podem ser utilizados como recursos didáticos para complementação das aulas. 1.12 - Apropriar-se da linguagem cartográfica para desenvolver habilidades de representar o Município, a Cidade, o Estado de Minas Gerais, o Brasil e o Mundo. 129 1.13 - Compreender seu espaço imediato, localizar-se e localizar objetos no espaço. - Escala 1.14 - Compreender o conceito de escala e utilizá-la para representar aspectos da realidade. - Escala numérica e escala gráfica 1.15 Medir distâncias, utilizando-se de escala métrica. 1.16 Associar o tamanho real de um determinado espaço com o tamanho representado na folha de papel a partir de variados padrões de medidas (passos, pés, palmos, escala métrica, entre outros) - Construção de maquetes, plantas e legendas - Ampliação e variação da escala - Mapas temáticos -A escala é apresentada de duas formas: na forma numérica e na forma gráfica. A escala padrão é a gráfica, devido a facilidade de sua interpretação e utilização pelos alunos da faixa etária, do Ensino Fundamental. No entanto, inúmeras outras representações, com as quais eles entrarão em contato, possuem a escala numérica. Portanto, perceber que a escala apresenta a relação entre o tamanho da área na representação e o tamanho da área representada, ou seja, da área real, é extremamente importante. I/ T T/ C I/ T T/ C T T/ C T T/ C I T T T/ C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 2 – O Ambiente em que Vivemos: Campo e Cidade / Espaço Rural e o urbano 2.1 - Diferenciar paisagens de campo e de cidade. 2.2 - Distinguir as semelhanças e as diferenças entre os modos de vida na cidade e no campo, relativas ao trabalho, às expressões de lazer e de cultura. 2.3 - Observar, descrever, explicar, comparar e representar paisagens urbanas e rurais. 2.4 - Identificar alguns problemas socioambientais presentes no espaço em que se vive buscando alternativas de intervenção para preservação e correção dos rumos. 2.5 - Identificar alguns problemas socioambientais presentes no espaço em que se vive buscando alternativas de intervenção para preservação e correção dos rumos. 2.6 - Identificar as várias modalidades de poluição no ambiente urbano e as iniciativas no sentido de minimizá-las. 2.7 - Identificar a questão dos resultados urbanos e discutir prováveis soluções. 2.8 - Adotar atitude responsável em relação ao meio ambiente, reivindicando o direito de todos a uma vida plena no ambiente preservado e saudável. 2.9 - Discutir a qualidade de vida no campo e na cidade. 130 - Vida no Campo *Êxodo rural: consequências causas e - Vida na Cidade - Relação campo e cidade - Espaço rural, espaço urbano e suas paisagens - Os alunos deverão identificar e conceituar o espaço rural e espaço urbano. Para isso irão interpretar e analisar imagens e textos sobre a cidade e o campo, com suas particularidades e seus grupos sociais, percebendo a maneira como esses grupos se apropriam do espaço e de que forma essa apropriação interfere na sua vida.É importante que os alunos percebam os tipos de trabalho realizados tanto no campo quanto na cidade e as relações entre eles, para que eles comecem a compreender que os espaços urbano e rural são interdependentes. Além disso, pretende-se que eles se conscientizem das enormes desigualdades sociais que marcam esses espaços para, assim, desenvolver seu espírito crítico e participativo. I/T/C __ I/T C __ I/T/C __ I/ T __ I/T/C __ I/T/C __ I/T/C __ I/ T __ I/T/C __ - Os problemas ambientais no campo e na cidade - Os principais problemas urbanos: moradia, Saúde, transporte, saneamento básico, segurança,educação. - Qualidade de vida no campo e na cidade, direito de todos. - As questões ambientais no campo e na cidade:desmatamento, monocultura,irrigação/drenagem modernização da pecuária, uso de agrotóxicos, - Um dos objetivos desse tema é levar o aluno a refletir sobre a ação humana, realizada por meio do trabalho, nas diversas paisagens do meio em que vive e a reconhecer as transformações que dela resultam. Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 2.10 - Comparar a qualidade de vida no Campo e na Cidade. 2.11 - Comparar os meios de transportes presentes no lugar onde vive, suas implicações na organização da vida em sociedade e nas transformações da natureza. 2.12 - Compreender as funções que o transporte assume nas relações entre as cidades e o campo, observando seu papel na interdependência que existe entre ambas. 2.13 - Identificar problemas associados à agricultura, como desmatamento, monocultura, uso de transgênicos, utilização de práticas inadequadas, etc, e discutir estratégias para soluções. 2.14 Conhecer algumas conseqüências das transformações na natureza causadas pelas ações humanas, presentes em paisagens urbanas e rurais. 2.15 - Reconhecer o papel da Tecnologia, da informação, da comunicação e dos transportes na configuração de paisagens urbanas e rurais. 2.16 - Construir maquetes e croquis de paisagens rurais e urbanas. 2.17 - Identificar os processos de organização e construção de paisagens ao longo do tempo. 131 I/T/C __ I/T/C __ I/T/C __ I/T/C __ I/T/C __ I/T/C __ - Maquetes, croquis de paisagens rurais e urbanas. I/T/C __ - A população brasileira: urbana e rural I/T/C __ -Mecanização da agricultura, -Alimentos transgênicos Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 3-A natureza e sua dinâmica 2.18 - Localizar-se e orientar-se no espaço. 2.19 - Situar objetos nos espaços. 2.20 - Identificar a população urbana e a população rural do Brasil. 2.21 - Perceber a evolução da população urbana e a diminuição da população rural do país. 2.22 - Conhecer aspectos da população brasileira e como ela se distribui no território. 2.23 - Interpretar tabelas e gráficos para se informar sobre a população urbana e rural do país. 3.1 - Reconhecer elementos da natureza a partir da observação do seu entorno, das gravuras e de outros recursos. 3.2 - identificar as principais formas de relevo da superfície terrestre. 3.3 - Compreender que o relevo é modificado pela ação da natureza e dos seres humanos. 3.4 - Identificar as características do relevo brasileiro. 3.5 - Reconhecer as partes de um rio e entender a sua morfologia. 3.6 - Identificar os diferentes usos das águas dos rios. 3.7 - Discutir a importância da preservação dos cursos de água. 3.8 - Identificar as principais bacias hidrográficas do Brasil. 132 - Construção de tabelas e gráficos. - As paisagens dos lugares - O relevo terrestre - O Relevo brasileiro - A hidrografia brasileira - As bacias hidrográficas - Os rios e seu aproveitamento -Para iniciar o trabalho pode-se levar para a sala de aula fotografias de diferentes tipos de paisagens. Posteriormente, é importante que o professor faça uma pesquisa de campo para que os alunos percebam as diferentes formas de superfície que influem na organização social e econômica dos seres humanos. Como por exemplo, o fato de que as áreas próximas dos rios (mais sujeitas a alagamento) e áreas com declividade acentuada (áreas sujeitas a deslizamentos) são frequentemente ocupadas pelas classes de menor poder aquisitivo. Por outro lado, a sociedade também faz alterações no relevo para atender a suas necessidades de trabalho e ocupação do espaço. Atividades como essas são fundamentais para que os alunos internalizem e analisem as interações do ser humano com o meio. - As atividades de campo permitem trabalhar, ainda, com questões de ética, além de desenvolver um olhar sensível sobre a realidade observada, uma vez que estimula o hábito de atribuir valor aos fatos observados, favorecendo assim, uma atitude de comprometimento e não de alienação diante dos problemas diários que a sociedade enfrenta. - Quanto às bacias hidrográficas é importante que os alunos compreendam o que é uma bacia hidrográfica e quais são as principais bacias do Brasil. - Para que os alunos percebam a quantidade de água salgada e doce no Planeta Terra é importante que eles visualizem no mapa-mundi, no globo terrestre e no mapa do Brasil, podendo assim perceber os rios localizados no Estado e na região na qual se I/T/C __ I/T/C I/T/C __ __ I/T/C __ __ I/ T I/ T T/ C __ I/ T/ C __ I/ T /C __ I/ T /C __ I/ T __ I/ T /C __ I/ T /C __ I/ T /C __ I/ T Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 3.9 - Identificar os principais climas do Brasil. 3.10 - Identificar as principais paisagens vegetais brasileiras. - Climas do Brasil - Elementos e fatores climáticos - A vegetação do Brasil 4- As Regiões do Brasil: Centro-oeste, Nordeste, Sul, Norte e Sudeste. 3.11 - Conhecer os efeitos da devastação da mata atlântica e do cerrado, discutindo alternativas de preservação. 133 3.12 - Refletir sobre a ação humana em relação aos aspectos naturais. 4.1 - Conhecer aspectos da população brasileira e como ela se distribui no território. 4.2 - Identificar a população urbana e a população rural do Brasil. 4.3 - Perceber a evolução da população urbana e diminuição da população rural no país. 4.4 - Interpretar tabelas e gráficos para se informar sobre a população do Brasil. 4.5 - Interpretar as diferentes divisões regionais do Brasil, levando em conta os critérios usados nessa regionalização. 4.6 - Reconhecer, a partir da interpretação de informações, os aspectos que caracterizam cada região brasileira e suas respectivas capitais. encontram. - No que diz respeito aos rios, pode-se abordar a importância deles, seu aproveitamento para a agricultura e para os seres vivos. Também não se deve esquecer de que algumas transformações provocadas nesses rios têm prejudicado a qualidade de suas águas e a manutenção da vida nesses ambientes, portanto, seria interessante um trabalho voltado para a preservação dos rios e córregos brasileiros. __ I/ T __ I/ T __ I/ T __ I/ T - É importante que os alunos compreendam o conceito de região e de regionalização. Explicar que a regionalização de um território permite conhecer a distribuição espacial dos fenômenos estudados. Esse conhecimento facilita a administração e o estudo do território, orienta o planejamento de ações governamentais e ajuda a conhecer os dados numéricos ou estatísticos sobre um tema ou assunto. Assim a regionalização do território brasileiro permite aos governos direcionar melhor suas ações para atender às necessidades de sua população, tendo em vista suas particularidades. __ I/ T /C __ I/ T /C __ I/ T /C - É fundamental ler o mapa do Brasil com os alunos, destacando a função da legenda. Chamar a atenção para a divisão em grandes regiões e em estados. Também é importante esclarecer que a divisão política corresponde à divisão do território em unidades político-administrativas, e que a divisão regional corresponde à divisão do território em regiões. __ I/ T /C __ I/ T /C __ I/ T /C - Tipos de vegetação no Brasil: Cerrado, caatinga, pantanal Florestas - Floresta Amazônica, Mata Atlântica e Mata dos Pinhais. - As regiões brasileiras Centro-oeste, Nordeste, Sudeste, Sul e Norte. - Critérios para a regionalização das regiões brasileiras. - Os estados brasileiros e suas capitais. - Aspectos regionais do Brasil. - População - Território - Hidrografia /relevo - Clima e vegetação - Recursos vegetais e fontes de energia. - Neste eixo, os alunos terão contato com a noção de território, associando a materialidade do espaço na sociedade a eventos relacionados ao processo de urbanização e de industrialização. Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 4.7 - Identificar os estados que formam cada região brasileira e suas respectivas capitais. 4.8 - Identificar a extensão territorial e a população de cada região. 4.9 - Identificar a altitude da maior parte de cada região. 4.10 - Identificar o maior rio que banha as terras de cada região. 4.11 - Reconhecer a cobertura vegetal predominante em cada região. 4.12 - Descrever as principais atividades econômicas desenvolvidas em cada região. 4.13 - Classificar a população dos estados de cada região brasileira, do mais para o menos populoso. 4.14 - Identificar em cada região brasileira a expectativa de vida dos habitantes. 4.15 - Identificar os principais problemas enfrentados por cada região e as possíveis soluções para resolver esses problemas. 4.16Compreender particularidades relacionadas aos aspectos naturais e sociais das regiões brasileiras. 4.17 - Compreender a realidade, percebendo suas semelhanças, diferenças e desigualdades sociais e discutir propostas para sua transformação. 134 __ I/ T /C __ I/ T /C __ I/ T /C __ I/ T /C __ I/ T /C __ I/ T /C __ I/ T /C __ I/ T /C __ I/ T /C __ I/ T /C __ I/ T /C - Aspectos econômicos - Diversidade cultural e regional - Características sociais - A industrialização -Transporte e comunicação. meios de Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 5. O Planeta Terra 5.1 Conhecer algumas características do planeta Terra. 5.2 - Relacionar a inclinação do eixo de rotação da Terra à existência das diferentes zonas climáticas. 5.3 - Compreender as estações do ano e as características de cada uma e como elas influenciam as paisagens e a vida das pessoas. 5.4 - Associar o dia e a noite ao movimento de rotação, o ano, ao movimento de translação. 5.5 - Reconhecer, a partir de um mapa-mundi, os continentes, oceanos, ilhas, arquipélagos, baías e lagos. 5.6 - Identificar, a partir do mapa político do Brasil e dos pontos cardeais e colaterais os países vizinhos do Brasil. 5.7 - Localizar-se, utilizando os pontos colaterais e cardeais. - O planeta Terra - Os movimentos rotação e translação da Terra: - As estações do ano e suas características - Oceanos, continentes, ilhas, arquipélagos, baías e lagos - As imagens, os lugares e os mapas - O Brasil na América do Sul - Os pontos cardeais e colaterais -Para se iniciar o trabalho com o Planeta Terra é interessante levar para a sala de aula o Globo Terrestre, pois ele é a representação mais fiel que se conhece da Terra. Embora saibamos que o nosso planeta não é uma esfera perfeita nada há mais semelhante a ele do que um pequeno globo. Então, se um globo é a representação esferoidal da Terra, nos seus aspectos geográficos, uma carta é a representação plana da Terra. Através do Globo Terrestre pode-se localizar vários países, estados, oceanos, mares e outros. Além disso, pode se fazer um trabalho com as maquetes a serem utilizadas nas aulas de Geografia. - No que diz respeito as estações do ano, é importante que o aluno perceba as suas características. Ttambém seria interessante o uso do calendário para que o aluno saiba identificar as mudanças ocorridas. - Quanto ao movimento da Terra, é importante que o aluno perceba que a Terra gira em torno de si mesma, através do movimento que é chamado de rotação, este período de rotação é de um dia, isto é, 24 horas. Assim, o aluno irá perceber que a Terra demora 1 dia para completar uma volta em torno de si mesma, pois o movimento de rotação da Terra explica a existência dos dias e das noites. Para isso, poderão construir um modelo com uma esfera de isopor e um palito de churrasco. A esfera representará o Planeta Terra e o palito deverá ser introduzido na esfera passando aproximadamente pelo centro e ficando levemente inclinado indicando o eixo inclinado do nosso planeta. Com uma lanterna fazer uma representação do movimento de rotação da terra e a sucessão dos dias e das noites. Utilizar um planetário para verificar o movimento de translação da Terra bem como o surgimento das estações do ano. - Confeccionar a Rosa dos Ventos para verificação dos pontos cardeais e colaterais, propondo atividades concretas para os alunos se orientarem na escola e localizarem os principais pontos de referência do bairro e cidade. *Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010. 135 __ I/ T /C __ I/ T /C __ I/ T /C __ I/ T /C __ I/ T /C __ I/ T /C __ I/ T /C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 136 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais CIÊNCIAS Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre. (Paulo Freire) Para tanto, a versão preliminar da Proposta Curricular de Ciências Naturais contempla, do 1º ao 3º anos, os seguintes eixos: Vida e Ambiente, Ser Humano e Saúde, Recursos Tecnológicos; e do 4º ao 5º anos, contempla os eixos: Vida e Ambiente, Ser Humano e Saúde, Terra e Universo, Tecnologia e Sociedade. O trabalho com a área das Ciências Naturais deve oferecer Estes eixos serão abordados levando em consideração a premissa aos educandos a oportunidade de ampliação de suas curiosidades, de que as crianças, ao se ingressarem na escola, já possuem incentivo a levantar hipóteses e a construir conhecimentos sobre conhecimentos intuitivos, adquiridos pela vivência, pela cultura e os fenômenos químicos e físicos, sobre os seres vivos e sobre a senso comum dos conteúdos que serão trabalhados. E, também, relação entre o homem e a natureza e entre o homem e a pela consciência de que compete a escola contribuir para que o tecnologia, tendo em vista o favorecimento da aprendizagem aluno tenha percepção de que existem diferentes maneiras de significativa do conhecimento historicamente acumulado. O explicar o mesmo fenômeno. ensino de Ciências deve possibilitar o desenvolvimento de Neste trabalho, o professor dos anos iniciais do Ensino projetos e ações que permitam ao aluno refletir sobre os Fundamental pode fazer uso das Ciências para incentivar o conhecimentos aprendidos, tomar atitudes a fim de solucionar processo de leitura e escrita dos alunos. Pois, estes, aprendem problemas do meio em que vive. Soluções que evidenciem a listas de nomes de objetos e seres vivos, suas partes e aplicação de conhecimentos e a manifestação de comportamentos propriedades, preservacionistas, humanitários, fraternos e éticos. comunicar tudo isso aos colegas. 137 relatam observações realizadas e querem Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais E é também nesta fase, que o professor pode e deve Ao utilizar o procedimento da problematização, o incentivar o uso de desenhos para enriquecer a narração ou professor deve levar em conta os conhecimentos prévios dos descrição de um fato. O desenho é um importante instrumento alunos e o senso comum que eles trazem para a sala de aula, neste período de escolaridade, devendo ser oportunizado aos criando situações que estabeleçam os conflitos necessários para a alunos, a observação de desenhos elaborados por adultos, em aprendizagem. Coloca-se então, um problema para os alunos, livros, enciclopédias ou o desenho do próprio professor. cuja solução passa por coletar novas informações. Outro procedimento importante nesta fase é a comparação Para tanto, é necessário que os conhecimentos prévios e o senso entre fenômenos. O professor deve oferecer informações, propor comum trazidos pelos alunos sejam insuficientes para explicar o investigações, incentivar a formulação de suposições e perguntas fenômeno a ser estudado. A partir daí, o professor orienta-os a para que os alunos realizem comparações e estabeleçam elaborar um novo conhecimento mediante investigações e regularidades confrontações de ideias, usando o procedimento de busca de que permitem algumas classificações e generalizações que são muito importantes no estudo das Ciências Naturais. O educador, ao desenvolver o trabalho com os conteúdos de Ciências deve, também, levar em conta alguns procedimentos informações em fontes variadas. Este procedimento apresenta várias modalidades que são: observação, experimentação, leitura, entrevista, excursão ou estudo do meio. que, segundo os PCNs são: a problematização, a busca de A observação é uma estratégia guiada e planejada informações em fontes variadas, filmes, construção de modelos, previamente pelo professor. Existem dois modos de observação: construção de maquetes, uso de recursos tecnológicos e os direta e indireta. As observações diretas são realizadas mediante projetos. estudo do meio ou objeto. As observações indiretas são aquelas 138 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais realizadas com auxílio de materiais, como: microscópios, filmes, É importante que as salas de aula tenham um acervo com gravuras, fotos, telescópio, etc. Uma vantagem dessa observação diversas fontes que oferecem textos informativos, além do livro é possibilitar o contato com imagens distantes no espaço e no didático de Ciências, como enciclopédias, livros paradidáticos, tempo. artigos de jornais e revistas, folhetos de campanhas de saúde, A experimentação tem como principal objetivo despertar a textos da mídia informatizada, etc. curiosidade dos alunos para o entendimento dos fenômenos A entrevista é uma técnica de coleta de dados que visa a científicos, desenvolver a habilidade da observação e da transferência de informações do entrevistado para o entrevistador. realização de procedimentos práticos necessários ao trabalho Antes de preparar o questionário os alunos devem ter investigativo, promover o levantamento de hipóteses, favorecer a conhecimento prévio do tema ou do objeto de pesquisa. E as atividade em grupo, reconhecendo a natureza coletiva da perguntas do questionário devem ser objetivas a fim de coletar as construção do conhecimento científico, e enfatizar a importância informações necessárias para o estudo que a turma esteja da produção de relatórios conclusivos para o registro e a fazendo. comunicação das etapas realizadas. Para tanto, o trabalho com O Estudo do Meio é um método didático que oportuniza leitura e escrita de textos informativos deve ser realizado desde os ao educando ser o sujeito ativo no processo de construção de seu primeiros anos do ensino fundamental, pois segundo os PCNs conhecimento. Essa prática visa proporcionar ao aluno uma uma das causas do baixo índice de aprendizagem nos anos assimilação natural dos conteúdos trabalhados em sala de aula, avançados é o fato desses textos não terem sido trabalhados nos através do contato direto com o meio, despertando seu interesse e anos iniciais. sensibilidade, desenvolvendo sua capacidade de observar, sentir, 139 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais A confecção de maquetes é utilizada quando se deseja selecionar, criar, modificar, analisar, experimentar, além de favorecer a sociabilidade do grupo. representar de forma tridimensional determinado espaço físico. Outro excelente procedimento didático é a exibição de Ela estimula as habilidades motoras, a abstração e o senso de filmes em sala de aula, seja um documentário ou uma ficção. É proporção. É possível reproduzir qualquer ambiente por meio de importante que o educador analise cada filme antes de utilizá-lo a maquetes, e os materiais utilizados são muito simples. fim de aplicá-los em momentos adequados como para coletar O uso da TV e do computador em sala de aula auxilia na informações, observar ambientes de outras épocas e lugares e de construção de ideias. A TV permite a visualização de ambientes entendimentos da interação entre os seres vivos e outros próximos e distantes, no tempo e no espaço, mas não permite a fenômenos difíceis de observar no cotidiano. interação. O vídeo já amplia as possibilidades, pois permite Outro procedimento que desperta a curiosidade e o selecionar, recortar, recompor sons, textos e imagens. interesse dos alunos é a construção de modelos e de maquetes. As O computador é um recurso tecnológico, que amplia ainda duas são construídas pelas crianças junto com o professor. A mais a interatividade, pois os alunos se sentem mais motivados construção de modelos é um apoio visual que permite uma em imagem mental do objeto de estudo quando não é possível conhecimentos. buscar informações, organizá-las e reconstruir seus observar o próprio objeto. O professor deve adequar a construção O projeto é um procedimento de trabalho que não deve dos modelos de acordo com as habilidades dos alunos e os partir apenas do professor. Ele pode também, partir de indagações materiais disponíveis. São exemplos de modelos que podem ser dos alunos acerca de algum fenômeno ou dos próprios conteúdos confeccionados na sala de aula: o globo terrestre, o planetário, os a serem trabalhados. O trabalho com projetos deve ser realizado órgãos que compõem os sistemas do corpo humano, etc. em equipe de modo a favorecer a articulação entre os diferentes 140 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais conteúdos da área de Ciências Naturais e desses com os de outras relação à aprendizagem de conceito, de procedimentos e de áreas do conhecimento, na solução de um dado problema. atitudes. Envolve várias atividades e tem o propósito de produzir, com a O professor pode solicitar que os alunos interpretem participação das equipes de alunos, algo com função social real: situações relativas aos conteúdos aprendidos ou interprete uma um livro, um mural, um jornal, entre outros. história, uma figura, um texto ou trecho de texto, um problema ou Todo projeto segue uma sequência de etapas que um experimento. Podendo, também pedir que façam comparações conduzem ao produto desejado: a definição do tema; a escolha do e estabeleçam relações. Dessa forma, tanto a evolução conceitual problema quanto a aprendizagem de procedimentos e atitudes estão sendo principal que será alvo de investigação; o estabelecimento do conjunto de conteúdos necessários e avaliadas. suficientes para que o aluno realize o tratamento do problema Portanto, a avaliação não pode ser desvinculada do colocado; o estabelecimento das intenções educativas, ou objetos processo de ensino e aprendizagem, mas um momento nesse que se pretende alcançar pelo projeto; a seleção de atividades mesmo processo. Para isso, é imprescindível rever os métodos de para exploração e fechamento do tema; a previsão de modos de ensino, revisar os meios e a concepção de avaliação. avaliação dos trabalhos do aluno e do próprio projeto. Sendo assim, a avaliação não deve se restringir à verificação da aquisição de conceitos pelos alunos e, sim, considerar o desenvolvimento das capacidades dos alunos com 141 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS – VERSÃO PRELIMINAR - 1º, 2º E 3º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL 1. Ser Humano e Saúde EIXO 142 ABORDAGEM POR ANO 1º 2º 3º CAPACIDADES CONTEÚDOS/ CONCEITOS DETALHAMENTO 1.1 Valorizar o próprio corpo com atenção para o bem estar físico e social incorporando medidas de asseio corporal para a manutenção da saúde (Hábitos alimentares, de higiene corporal e práticas de esportes); - Hábitos de higiene pessoal; lavar as mãos, escovar os dentes, pentear cabelos, tomar banho, comer frutas e verduras lavadas. I/ T T T/C 1.2 Compreender que a saúde é produzida nas relações com o meio físico, econômico e sóciocultural, identificando fatores de risco à saúde pessoal e coletiva presentes no meio em que vive. - Relações entre a falta de higiene pessoal e ambiental e a aquisição e doenças por contagio de vermes e microorganismos. - Esta capacidade refere-se à compreensão do corpo humano e sua saúde como um todo integrado por dimensões psicológicas, afetivas e sociais. Deve-se garantir a construção da noção do corpo como um todo integrado e dinamicamente articulado à vida emocional e ao meio físico e social, para isso é importante descrever e vivenciar tipos de higiene como os bons hábitos diários relacionados à alimentação, ao corpo e à convivência social e sua importância para a vida. Apontar os hábitos de higiene como elementos importantes para a manutenção da saúde. - Levar o aluno a perceber que as condições culturais, sociais e afetivas refletem-se no corpo e que a saúde é um valor social, pessoal e coletivo. I T T/C 1.3 Adotar medidas de prevenção de doenças mais comuns na infância conhecendo os recursos da comunidade e os serviços de saúde; 1.4: Reconhecer as principais características do corpo humano, suas diferenças, peculiaridades e compreendê-lo com um todo integrado. - Aspectos importantes para a prevenção de Saúde: higiene ambiental, higiene pessoal, alimentação, lazer e vacinação - o aluno deve reconhecer a relação entre higiene, ambiente e saúde e conhecer os órgãos sociais que trabalham neste sentido. I/T T/ C T/ C - Características gerais do corpo humano, como sinais vitais (batimentos cardíacos, respiração, temperatura, movimentos, reflexos); peso, - Esta capacidade deverá propiciar aos alunos o conhecimento inicial sobre as dimensões biológicas e as características e partes que formam o corpo humano, bem como, reconhecer que todas as pessoas quando possuem o organismo saudável, são formados pelos mesmos órgãos, I T/C R Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais altura, cor da pele, cor dos olhos, impressão digital, etc. - Diferenças físicas, afetivas e psicológicas entre os indivíduos. 143 1.5Reconhecer as transformações que ocorrem no corpo humano durante o desenvolvimento e crescimento. - Consciência corporal e principais partes do corpo humano. -Diferenças externas do corpo humano infantil masculino e feminino. - Características físicas dos alunos e as transformações ocorridas em seu corpo até a presente data (medidas, visualização em espelhos, registros fotográficos, objetos de uso pessoal, etc) - O ciclo de vida dos seres humanos (bebê, criança, jovem, adulto, idoso). 1.6- Compreender que as partes principais do corpo são formadas por subpartes. - O corpo Humano: cabeça, tronco, membros. - Sistema locomotor (reforçar, exemplificar e vivenciar a idéia de que os ossos e os músculos são os responsáveis pelo movimento) (guardadas as diferenças sexuais). O conhecimento sobre o corpo humano para o aluno deve estar associado a um melhor conhecimento do seu próprio corpo. Essa visão favorece o desenvolvimento de atitudes de respeito pelo próprio corpo e pelas diferenças individuais. Essa capacidade deve ser desenvolvida com a realização de atividades que permitam a criança explorar o próprio corpo e as características comuns e as de cada um, e que incentivem o respeito e valores de igualdade em contra posição as formas de discriminação e desvalorização. Nesta capacidade deve-se propiciar aos alunos conhecimentos e vivências sobre a anatomia e fisiologia do organismo, como também, levar o aluno a entender as modificações que ocorrem no funcionamento do seu corpo, em função do crescimento e desenvolvimento. - Trabalhar com a criança o reconhecimento das principais partes do corpo dividindo-o em cabeça, tronco e membros, levando em conta que cada parte tem uma função que contribui para a harmonia do todo. I/T T T I/T T T Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais - Cinco sentidos (tato, olfato, visão, paladar e audição) . sua função; . órgãos responsáveis; . utilidade dos sentidos na percepção do meio em que vive; . cuidados com os órgãos dos sentidos. 1.7- Reconhecer os tipos de movimentos que as partes do corpo podem realizar, conforme as articulações. 2-Vida e Ambiente 2.1- Valorizar a vida em sua diversidade, reconhecer e adotar atitudes de preservação dos ambientes. 144 - Articulações e tipos de movimentos (movimentação do próprio corpo e do corpo do colega) -As junções corporais (lugares do corpo movimentados por serem articulados, joelhos, ombros, cotovelos, pulsos, dedos, tornozelos) - O começo da vida: desenvolvimento de ovos e sementes; desenvolvimento do bebê humano; - Definição e características do meio ambiente; - Preservação e sustentabilidade; - Seres Vivos e não vivos. - Esta capacidade refere-se à importância da movimentação do corpo ao trabalho conjunto de ossos, músculos e articulações, como também as possibilidades e respeito aos limites do corpo. O professor pode associar tipos de brincadeiras a tipos de articulações da parte do corpo que está sendo usado e solicitar descrição das partes do corpo utilizando desenhos e colegas citando o componente de cada corpo. - Valorizar os movimentos corporais nas atividades em sala de aula e fora dela. I/T T T - Para o desenvolvimento dessa capacidade, que tem por objetivo gerar o sentimento e atitude responsável quanto à preservação do meio ambiente, é preciso que as crianças compreendam o que é meio ambiente, o que há nele e quem vive nele. Devem ser desenvolvidas atividades de observação do espaço que vivemos, das plantas, animais, seres humanos, solo, água, luz e calor. A criança deve ser estimulada a questionar, identificar, relacionar, formular explicações para elementos, fenômenos e acontecimentos presentes no ambiente de seu convívio, e, sobretudo, sentir-se responsável por este ambiente. I/T T C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 2.2- Reconhecer que um ambiente é composto por seres vivos e não vivos. - As relações existentes entre os seres vivos nos diversos ambientes; 2.3- Reconhecer e registrar semelhanças e diferenças entre os diversos ambientes, identificando a presença comum de seres vivos de ar, água, luz, calor, solo e as características específicas dos diferentes ambientes e suas relações de interdependência; 2.4- compreender que os animais são seres vivos, suas diferentes características de locomoção, reprodução e alimentação, seus diferentes “habitat”, classificá-los de acordo com o meio onde vivem; 2.5Identificar animais invertebrados e vertebrados mais comuns; 2.6- compreender os vegetais como seres vivos, seus diferentes tipos, características, ciclo da vida e utilidades; - Dependência dos seres vivos em relação ao ar, água e solo; 2.7Reconhecer que os vegetais fabricam seu próprio alimento e que os animais dependem de outros seres vivos para obterem sua alimentação. 145 -Atividades que levem a criança a perceber o que diferencia os seres vivos dos não vivos. -Perceber a importância dos ciclos de vida dos seres vivos, valorizando-os e respeitando o meio ambiente. - Essa capacidade diz respeito ao reconhecimento que existem relações de dependência e interdependência entre os seres vivos (essas relações podem ser percebidas quanto à alimentação, transporte e outros) e o ambiente em que se vive, incluindo o ser humano. I T C I T T/C - Mundo animal: características, alimentação, locomoção e habitat; - Essa capacidade diz respeito à compreensão por parte das crianças de que os seres vivos podem ser diferenciados e classificados através da composição corporal, modos de alimentação, sustentação, locomoção e outras características que permitam explorar e sobreviver em seu meio específico. I R/T R/T - Classificação de vertebrados e invertebrados. - Fazer a observação de animais vertebrados invertebrados verificando as diferenças entre eles. e I R/T R/T - Mundo vegetal: • Características • Partes das plantas (raiz, caule, folha, flor, frutos) • Ciclo da vida • Utilidades Fotossíntese como transformação que produz alimento; - Essa capacidade diz respeito à compreensão por parte das crianças de que os vegetais são seres vivos e, portanto, possuem ciclo de vida. No ambiente encontramos diferentes tipos de vegetais, que possuem variadas utilidades (medicinais, alimentares, etc.). A criança deve perceber que diferentemente dos animais (que dependem de outros seres vivos para se alimentarem) os vegetais produzem o seu próprio alimento. - O professor poderá fazer questionamentos como e de que os vegetais se alimentam. Utilizar experimentos para verificar a necessidade de ar, água e luz solar pelos vegetais. I R/T T I R/ T T/ C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 2.8- Observar e comparar diferentes tipos de solos, identificando seus elementos, suas propriedades, utilização, importância para os seres vivos 2.9- Reconhecer a importância da água e os benefícios para nossa saúde e bem estar 2.10- Reconhecer que o ar existe e que ocupa lugar no espaço, identificando fatores que constem sua presença; 146 O solo: • elementos que formam o solo; • utilidades (dentre elas produção de alimentos que o solo permite) • tipos de solo • práticas de conservação do solo: irrigação, drenagem, reflorestamento, curva de nível; -Poluição - A água: • existência e importância • localização da água na natureza • estados físicos e o ciclo da água • distribuição da água na comunidade • utilidades (consumo, transporte, produção de energia e outros) • qualidade da água • poluição da água - O ar: • existência e importância • respiração • qualidade do ar respirável • os ventos suas causas e conseqüências • poluição do ar, agentes poluidores (tabagismo, emissão de partículas, etc) • - Essa capacidade refere-se ao reconhecimento da importância do solo para os seres vivos, a identificação dos elementos que o compõe, os tipos de solos existentes e as formas de conservação. As crianças devem entender como o solo pode ser poluído e os males que pode trazer ao ecossistema. I T T - Essa capacidade refere-se ao reconhecimento da importância da água para o planeta, identificando seus estados físicos, seu ciclo na natureza, sua distribuição e qualidade para o consumo. - a criança deve perceber a importância de desenvolver hábitos de preservação da água. I T T - Essa capacidade permitirá a criança reconhecer que o ar existe em todas as partes e que não há como sobreviver sem a sua presença. Identificar a importância da qualidade do ar que respiramos. I T T 3. Recursos Tecnológicos Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 2.11- Observar as variações do tempo (umidade do ar, temperatura, ventos, chuvas, luz solar) 2.12- Reconhecer as principais formas de poluição e outras agressões ao meio ambiente, especialmente da região que a escola está localizada. 2.13- Caracterizar causa e conseqüências da poluição da água, do ar e do solo. 2.14- Valorizar formas de redução do lixo doméstico pelo consumo consciente, reconhecendo modos adequados para sua deposição em casa e na escola. 3.1- Reconhecer os recursos tecnológicos utilizados no seu dia-a-dia, identificando os instrumentos que favorecem a comunicação entre as pessoas tais como: telefone, rádio, televisão, fax, computador. 3.2- Reconhecer a importância da tecnologia para o transporte, trânsito, indústria. 3.3- Reconhecer que é possível utilizar a energia encontrada na natureza Variações Climáticas; - Estações do ano - Poluição: Tipos de poluição Reciclagem do lixo Higiene ambiental Atitudes de respeito preservação Sustentabilidade. e Recursos tecnológicos utilizados no dia-a-dia - Meios de comunicação; - Meios de transporte - Semáforos - Robôs - Fontes de energia - Utilização da energia no cotidiano - Essa capacidade refere-se à observação das variações do tempo que podem ocorrer e as influências dessas variações para os seres vivos. I T T/ C - Esse conjunto de capacidades refere-se ao reconhecimento por parte das crianças das principais formas de poluição do meio ambiente e do meio em que a criança está inserida, suas causas e conseqüências para o planeta. A criança deve observar e zelar pela redução do lixo e de outros poluentes. I T T -- -- I I/T R/ T R/ T I T R/C I T R/C -- -- I - Essa capacidade diz respeito ao reconhecimento, por parte das crianças dos recursos tecnológicos presentes no seu dia a dia como: os eletrodomésticos, os brinquedos, os meios de comunicação e outros. Também devem reconhecer os recursos escolares (lápis, caderno, borracha, etc.) e os recursos utilizados na educação como TV, DVD, computador, etc. -O professor poderá propor aos alunos que pesquisem sobre os diferentes tipos de Meios de Transportes que existem , quais eram utilizados no passado, e os atuais . Pode-se destacar a importância do avanço tecnológico para o desenvolvimento da indústria , transporte e trânsito. - Essa capacidade refere-se ao reconhecimento de que podemos encontrar energia na natureza e relacionar as atividades cotidianas com o tipo de energia utilizadas para executá-las. *Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010. 147 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS – VERSÃO PRELIMINAR - 4º E 5º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL EIXO CAPACIDADES 1.1 -Estabelecer relação entre troca de calor e mudanças de estados físicos da água para fundamentar explicações acerca do seu ciclo . CONTEÚDOS/CONCEITOS ÁGUA: • Estados físicos • Mudanças de estados O trabalho sobre os estados físicos da água pode ser desenvolvido através de experimentos.As experiências na sala de aula são importantes, pois dão legitimidade ao trabalho desenvolvido, fazendo com que os alunos descubram verdadeiramente como acontecem as transformações. Por exemplo: preparo de uma receita culinária de gelatina, picolés, chupa-chupa, etc.. ABORDAGEM POR ANO 4º 5º T/ C __ 1.Vida e Ambiente Antes de partir para as experiências, é importante que o professor converse com os alunos sobre os estados físicos das matérias, o que é líquido, o que é gasoso e o que é sólido. Aos poucos, irá colher informações sobre aquilo que as crianças já dominam, já entendem. Se quiser trabalhar o estado gasoso é preciso que tenha muito cuidado. Antes de colocar a água para ferver, deve solicitar ajuda de alguém, para não correr o risco de alguma criança se queimar. Mostre o vapor que sobe da panela quando a água ferve e também que o vapor acumulado se transforma em água novamente, como na tampa da panela. 1.2 Comparar diferentes misturas na natureza identificando a presença da água, para caracterizá-la como solvente. 1.3Identificar os processos de capacitação, distribuição e armazenamento de água e os modos domésticos 148 DETALHAMENTO • Características da água. Como no trabalho com os estados físicos da água, trabalhar misturas requer colocar as teorias, também em prática. A professora pode lançar mão também das receitas culinárias, pois os alunos podem observar a solubilidade da água, além de saborear uma receita no final da aula. Ex. preparo de gelatina, saladas de frutas, sucos, bolos, etc. T • A distribuição da água doce no planeta • A água que bebemos • Processos de capacitação, distribuição e armazenamento • O problema da escassez de água potável no planeta é tão grave que se tornou imprescindível que a escola trate desse assunto com muito cuidado em todo o Ensino Fundamental. Evidentemente, são necessários recortes diversos, com aprofundamentos distintos para os níveis de escolaridade. I/ T T/ C T/ C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais de tratamento – fervura e adição de cloro relacionando-os com as condições necessárias. 1.4- Compreender a importância dos modos adequados de destinação das águas servidas para promoção e manutenção da saúde. 1.5Reconhecer a importância da água na 149 da água • Processo de tratamento da água • Processos de despoluição e reutilização da água • Conservação da água • Poluição • A água deve ser tratada dentro de uma perspectiva interdisciplinar, levando-se em conta: - os pontos de vista global e local; - a conservação dos recursos hídricos; - os cuidados com a sua qualidade; - a ocupação das áreas de mananciais; - as condições do sistema de saneamento básico; - a relação entre água e saúde. • No desenvolvimento desse tema, é interessante considerar os seguintes aspectos: - O ciclo da água faz com que a quantidade total de água do planeta permaneça sempre a mesma, apesar das contínuas transformações de estado e mudanças de localização. - Do total de água existente no planeta, somente 1% é de água doce e própria para consumo. - A água é desigualmente distribuída na superfície terrestre: existem regiões que têm água em abundância, ao passo que outras são muito secas. - No Brasil, país rico em recursos hídricos, a água existe em maior quantidade nas regiões menos habitadas. - O uso indiscriminado de água nas atividades industriais e agrícolas, mais as perdas relativas ao uso doméstico, acarretam o desperdício de grande quantidade de água, além de contribuir para a crise de abastecimento que ora vivemos. É importante que os alunos conheçam os processos de despoluição da água, principalmente os domésticos: filtração, fervura, cloração, decantação, etc., e que conheçam e adotem ações de reutilização da água em casa e na escola, elaborando cartazes e panfletos para serem distribuídos na escola e comunidade. • A escola precisa encarar essas questões e é papel do professor oferecer subsídios para que os alunos possam: I/ T T/ C T T/ C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais natureza como bem finito (preservação) - refletir sobre o grave problema da escassez de água que afeta bilhões de pessoas diariamente; - reconhecer a forma como esse problema se revela em diversos níveis de sua experiência de vida, da questão local ao problema global; - propor soluções em nível individual e coletivo, no sentido de minimizar o problema em questão, sendo capaz de avaliar diferentes soluções em diferentes contextos (levando em conta as possibilidades em um dado espaço e momento); - refletir sobre a parcela de responsabilidade do poder público e a dos cidadãos com relação à preservação e à utilização desse recurso natural; - perceber-se como sujeito capaz de atuar junto à sua comunidade, no sentido de encaminhar soluções para problemas locais, deixar de jogar lixo nas ruas porque este chegará aos rios, não desperdiçar água, cobrar das autoridades competentes (prefeitos, vereadores) condutas que minimizem ou impeçam a contaminação das águas. • Seja qual for a faixa etária com que se esteja trabalhando, é importante que a escassez da água potável seja colocada como um problema que resulta, entre outras coisas, da idéia errônea de que a natureza está aí para nos servir e de que esse recurso é inesgotável. 1.6- Comparar solos de diferentes ambientes relacionando suas características às condições desses ambientes para se aproximar da noção de solo como componente 150 SOLO: • Formação • Tipos de solo • Propriedades • Características do solo • Composição do solo • Minerais • Importa, também, que os alunos compreendam que a água é desigualmente distribuída nas diferentes regiões do nosso país. É preciso ainda que os alunos percebam que existem ações que podem minimizar esse problema, cuja implementação depende do poder público e de cada cidadão. • Promover palestra com geólogo para ampliar o estudo sobre formação dos solos. • Incentivar os alunos a falar de suas experiências e a expor os conhecimentos que possuem sobre os tipos de solo. • Mostrar os diferentes tipos de solo aos alunos para que aprendam a diferenciálos. • Trazer argila para a sala de aula para que os alunos modelem objetos. • Chamar a atenção para os alunos perceberem que os solos que vemos hoje não I/ T T Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais dos ambientes integrados aos demais. 1.7- Caracterizar técnicas de utilização do solo nos ambientes urbano e rural, identificando as conseqüências das formas inadequadas de seu uso. 151 • Técnicas de utilização do solo. são os mesmos que existiram há milhões de anos. Levá-los a perceber que, embora a rocha seja de grande dureza, ela se desgasta com o tempo, com a ação do clima e de micro-organismos. • Levar os alunos a perceber que a permeabilidade do solo está relacionada a sua composição. • Montar um minhocário em um aquário pequeno, usando terra fértil, sacos pretos de lixo e minhocas. Revestir as paredes do aquário com o plástico preto, colocar a terra e as minhocas no aquário e deixá-las escavar para penetrar no solo. Após duas semanas, retirar o plástico para que os alunos observem os canais formados. O objetivo é mostrar-lhes que solos férteis são permeáveis e permitem que a minhoca transite por eles, formando canais. • Ao estudar o desgaste e a destruição do solo, comente com os alunos as transformações naturais que o solo sofre e as ações provocadas pelo ser humano. Procure enfatizar que as transformações naturais são menos nocivas ao ambiente que a ação humana. • Verificar a opinião que os alunos têm sobre o uso das técnicas de desmatamento. É importante respeitar suas ideias, mesmo que alguma sugira prática que cause danos ao ambiente. Entretanto, conscientizá-los de que aprovar o uso desses tipos de técnica significa estar de acordo com práticas que degradam o ambiente. • Pesquisar se, na região em que o aluno mora, a técnica da queimada é usada. • Promover uma campanha de conscientização da população, com ambientalistas, sobre as graves consequências que o desmatamento provoca. • Solicitar aos alunos que tragam sementes de plantas diversas para serem plantadas em canteiros, vasos ou no entorno da escola. Estabelecer quais alunos deverão cuidar diariamente dessas plantas ou árvores, fazendo um esquema de rodízio para que todos possam participar da atividade. __ I/ T Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 1.8- Estabelecer relação entre o solo, a água e os seres vivos nos fenômenos de permeabilidade, fertilidade e erosão. 1.9 152 - Reconhecer o ar como elemento da natureza que ocupa espaço e suas propriedades. • O solo e os seres vivos AR: • Características do ar • Propriedades do ar • Propor entrevista com um agricultor para que informe como se dá a preparação do solo para o plantio de hortaliças ou outro tipo de vegetal. • Levar à escola uma pessoa que tenha a prática da adubação natural para informar os benefícios de seu uso. • Propor uma pesquisa sobre o plantio de arroz e de feijão, comparando as características do solo de que cada cultura necessita para se desenvolver. • Solicitar que entrevistem pessoas que tenham a prática do plantio de hortaliças, de plantas ornamentais ou de outras culturas e que utilizem o esterco de galinha ou de outro animal como adubo, a fim de conhecer os resultados benéficos dessa prática. . Realizar experimentos que verifiquem a permeabilidade em vários tipos de solos, a fertilidade e a erosão. • Coordenar um trabalho de produção de solo fértil a partir de solo infértil. Sugerir a coleta de uma amostra de solo e sua divisão em duas partes: uma receberá nutrientes para o plantio e outra não. Para isso, será necessária a aquisição de húmus em lojas de jardinagem ou o uso de restos de vegetais como folhas, galhos e frutos que deverão ser misturados a uma das amostras de solo pobre para a formação de uma porção de solo rico em nutrientes. Propor o plantio de algumas sementes, de crescimento rápido, no solo preparado e no solo que não recebeu nenhuma interferência. Certamente surgirá uma pequena planta no solo fértil. Assim que ela aparecer no solo preparado, perguntar aos alunos qual o motivo dessa diferença. O objetivo é que os alunos verifiquem a necessidade de um solo fértil para que o vegetal nasça e se desenvolva. Caso surja uma planta no outro solo também, avalie com os alunos se ambas têm a mesma vitalidade. Inicialmente o professor deve propor aos alunos atividades de observação, como sentir o vento nas árvores, corpo, etc. e fazer experimentações para comprovar a existência do ar. I/ T T/ C T T/ C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 1.10 Identificar os gases que compõe o ar e a importância deles para a vida do planeta. 1.11Identificar as situações de poluição do ar suas conseqüências e as medidas para a sua redução. 153 • Composição do ar O professor poderá aprofundar os conhecimentos dos alunos com textos informativos sobre os gases componentes do ar. • Poluição do ar • Conseqüências da Poluição e Medidas de redução • Ler e explicar a definição de poluentes para que os alunos compreendam as alterações que essas substâncias provocam no ar. • Conscientizar os alunos das graves interferências causadas pelos poluentes à saúde humana e ao ambiente, ocasionando a chuva ácida, a destruição da camada de ozônio e o agravamento do efeito estufa, que provoca o aquecimento global. • Informar que as doenças respiratórias causadas pela poluição do ar são um grande problema para a saúde pública, uma vez que os gastos com hospitais, prontos-socorros e postos de saúde aumentam consideravelmente. • Conscientizá-los de que a poluição do ar já se tornou um problema mundial, principalmente nos países industrializados. Informá-los de que esses países são os grandes responsáveis pela emissão de gases poluentes no ar pela grande atividade industrial que detêm. A China, os Estados Unidos, entre outros, são exemplos de países poluidores. • Mostrar a importância de se tomar medidas urgentes para combater a poluição do ar, como a melhoria e a expansão do transporte coletivo, pois esse é um meio de atrair aqueles que se utilizam de automóvel como meio de transporte. • Comentar com os alunos a necessidade de existirem leis, em grandes centros urbanos como São Paulo, para tentar diminuir a poluição do ar. • Levá-los a refletir sobre a necessidade de haver maior rigidez no controle da emissão de gases poluentes no ar. • Solicitar aos alunos que coletem notícias sobre atitudes que têm sido tomadas pelos governos para que haja melhoria na qualidade do ar. • Promover uma palestra com um médico, preferencialmente um pneumologista, a fim de orientar os alunos sobre como driblar a poluição do ar, na tentativa de minimizar os males provocados à saúde. • Solicitar aos alunos que tragam notícias de jornais e revistas que tratem do problema da chuva ácida e façam cartazes para serem afixados no mural da sala, se possível, também nos murais da escola para que mais pessoas possam tomar consciência desse fato. I/T T T/ C T Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 154 1.12Reconhecer a importância da camada de ozônio para a preservação da vida e saúde dos seres vivos e as conseqüências da emissão de gases poluentes na atmosfera. 1.13- Compreender o efeito estufa enquanto processo natural benéfico para a vida na Terra. • Camada de ozônio • Função • Conseqüência da poluição do ar na atmosfera. 1.14- Relacionar o efeito estufa com o processo contínuo de aquecimento global e suas conseqüências. • O efeito estufa aquecimento global. 1.15- Compreender o ar em movimento e seus efeitos. 1.16- Reconhecer o ar como fonte de energia e os processos para a sua utilização. • O ar em movimento. • O efeito estufa e a vida na Terra. • Ar, fonte de energia. e o • O professor deverá discutir sobre a camada de ozônio e levar os alunos a perceber sua importância para proteger o planeta dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. Explicar que, se não fosse a existência dessa camada, não seria possível existir a vida na Terra como a conhecemos, pois os raios ultravioleta matariam grande parte dos seres vivos na superfície do planeta e os demais organismos provavelmente morreriam em decorrência desse desequilíbrio. • Enfatizar a necessidade de se proteger do Sol em virtude do mal que a radiação ultravioleta pode causar à nossa saúde. • Levar os alunos a entender que o efeito estufa é um fenômeno natural e necessário para que se mantenha a temperatura da Terra. • Chamar a atenção para a importância do equilíbrio da temperatura na Terra, pois graças a isso é possível existir a diversidade de seres vivos que compõem a fauna e a flora do nosso planeta. • Explicar aos alunos que o aquecimento global é uma consequência do agravamento do efeito estufa. • Enfatizar, neste momento, que o efeito estufa só é prejudicial ao planeta quando agravado pela emissão de gases poluentes na atmosfera, decorrente das ações humanas. • Conscientizar os alunos das consequências que o aquecimento global pode trazer para o planeta. • Levantar, junto com os alunos, medidas que poderiam ser tomadas pelas autoridades competentes para frear o aquecimento global. Por exemplo, a criação de leis rígidas para penalizar pessoas ou indústrias que continuam emitindo gases poluentes na atmosfera; utilizar os meios de comunicação para fazer campanhas pela redução da emissão desses gases na atmosfera, entre outros. Definir ar em movimento, conhecê-los e diferenciá-los. • Pesquisar sobre energia eólica. •Construir cata-ventos e fazer experimentações sobre a energia oriunda do ar em movimento. T T I/ T T I/ T T I/ T/ C T T T/ C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 155 1.17Estabelecer relações de dependência entre os seres vivos em diferentes ambientes. SERES VIVOS: • Os seres vivos e a cadeia alimentar. • Comparar o modo dos animais se alimentarem (vão à caça ou recebem alimento, logo não precisam produzi-lo) como os vegetais. • Propor um passeio ao zoológico para que os alunos construam uma tabela e nela registrem informações sobre os hábitos alimentares dos animais vistos. Classificá-los em carnívoros, herbívoros ou onívoros. Se for possível, entrevistar o veterinário e/ou os tratadores de animais do zoológico para conhecer as funções que fazem parte de sua profissão. • Elaborar, com os alunos, um levantamento dos seres vivos da região em que a escola se localiza, procurando identificar as relações alimentares que existem entre eles. • Solicitar a construção de um cartaz com imagens de animais consumidores primários, secundários e terciários. • Realizar uma pesquisa com os alunos, por meio de livros ou da internet, sobre imagens ampliadas de seres decompositores. Orientá-los sobre a existência de alguns organismos macroscópicos, como certas espécies de fungos (orelha-depau, por exemplo). • Pedir que assistam ao filme O Rei Leão (1994), dos Estúdios Walt Disney, e analisem as cadeias alimentares apresentadas na animação. Mostrar aos alunos os trechos em que essas cadeias possam ser vistas e analisadas. Caso não seja possível exibir esse filme em sala de aula, indicar o trecho ou a parte em que essas informações aparecem. Propor que construam, com recortes e colagem, uma dessas cadeias alimentares. • Confeccionar cartazes que apresentem cadeias alimentares de ambientes aquáticos. • Propor uma pesquisa de imagens dos seres vivos que habitam as profundezas do mar. • Propor uma pesquisa sobre os hábitos alimentares de alguns animais, como onça-pintada, serpentes, coruja, jacaré etc., de modo que os alunos percebam os limites da representação de cadeia alimentar. Geralmente o que ocorre na natureza é que os animais podem se alimentar de várias espécies de seres vivos e não de apenas uma. Sugerir a construção de uma teia alimentar com os animais pesquisados. I/ T 1.18- • As plantas/ características • Colocar folhas picadas de uma planta verde em um copo com álcool. Depois de R/T/ C Estabelecer T/ C __ Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 156 relação de dependência entre a luz e os vegetais (fotossíntese), para compreendê-los como indicadores das cadeias alimentares. • • • • 1.19Reconhecer a diversidade de hábitos e comportamentos dos seres vivos relacionados aos períodos do dia e da noite e à disponibilidade de água. • Hábitos e comportamentos dos seres vivos • Mundo animal e vegetal • Propor uma pesquisa sobre o hábitat de alguns animais. Após a coleta das informações, sugerir a confecção de um cartaz com a tabela ANIMAL / HÁBITAT. Sugestões de animais para a pesquisa: siri-azul, boto-cor-de-rosa, tartaruga-de-pente, peixe-palhaço, lobo-guará, onça-pintada, arara-azul, micoleão-dourado etc. T T/ C 1.20- • Condições do solo, do ar e • Solicitar aos alunos que tragam para a sala de aula recortes de artigos sobre T T/ C Comparar as Partes da planta Fotossíntese Espécies Habitat algum tempo, pedir aos alunos que observem a cor do álcool e escrevam o que aconteceu. (A coloração da solução é justificada pela retirada da clorofila da folha pelo álcool. A clorofila é a responsável pela produção da glicose no vegetal.) • É interessante levar uma flor para a sala de aula e mostrar aos alunos a parte responsável pela reprodução dos vegetais. Se for possível, apresentar um exemplar com os órgãos masculino e feminino. • Comentar as formas de polinização das flores. Destacar a importância das abelhas, dos passarinhos e até mesmo de algumas espécies de morcego que participam da polinização. • Enfatizar que a água e o vento também são agentes polinizadores. • Ao ler o texto sobre a reprodução sem sementes, perguntar aos alunos quem já viu esse tipo de reprodução. Comentar que, em casa, é possível reproduzir mudas de violetas, plantando folhas em vasos. • Fazer um levantamento a respeito de formas de reprodução conhecidas pelos alunos e montar um painel com o conhecimento prévio que eles possuem. • Pedir que façam um cartaz com saquinhos de sementes, identificando-as com o nome do fruto. Exemplo: semente de melancia. • Sugerir uma pesquisa sobre a função dos perfumes nas plantas e elaborar um texto coletivo com as informações trazidas pela classe. • Fazer com os alunos um painel com fotos de vegetais, cuja reprodução não se dá por sementes. • Propor que fotografem ou recortem imagens de vegetais nas diversas fases de desenvolvimento, isto é, nas fases em que apresentam flores, sementes e frutos. Compor um painel e expor na sala de aula. Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 157 condições do solo, do ar, da água e a diversidade de seres vivos em diferentes ambientes ocupados pelo homem. da água e a diversidade de seres vivos. 1.21- Caracterizar os espaços do planeta possíveis de serem ocupados pelo homem, considerando as condições de qualidade de vida. • A vida no planeta. • Espaços ocupados homem. • Qualidade de vida. 1.22Interpretar informações de diferentes fontes sobre transformações nos ambientes provocadas pelo homem e o risco da extinção de espécies. 1.23identificar e compreender as relações • A atuação do homem na depredação ambiental e extinção das espécies. • Utilizar textos informativos, poemas, músicas que tratam da depredação do meio ambiente e extinção das espécies. • Pesquisar as espécies ameaçadas de extinção, principalmente na nossa região e o impacto disso no desequilíbrio ambiental. T • • Estudar as causas das enchentes nas grandes cidades e nos ambientes rurais, assoreamento dos rios e a erosão do solo. I/ T pelo Relação: solo, ar, água e diferentes ecossistemas. • Confeccionar um painel com legenda. • Propor a montagem de um aquário, de modo que os alunos possam observar as relações entre os seres vivos desse pequeno ecossistema. Para conhecer, em detalhes, as etapas de sua montagem, acessar o site <http://repteis.com.br/livreto/aquario/montagem.htm>. • Propor uma pesquisa sobre as características dos ambientes naturais da região onde os alunos vivem, analisando quais desses ambientes estão preservados ou não. • Confeccionar, com os alunos, um jornal de circulação interna que publique notícias relacionadas ao meio ambiente. Esse trabalho pode ser integrado com as aulas de Artes. • Solicitar uma pesquisa sobre a Amazônia, a maior floresta do mundo, e sobre o rio Amazonas, o maior rio do mundo em volume de água. Orientar os alunos para que busquem informações sobre como esses ecossistemas se encontram atualmente e como eram antes da exploração e ocupação. • Acessar o site do Ibama, <www.ibama.gov.br/>, para conhecer as leis de proteção ao meio ambiente. • Explicar sobre a biosfera – ecossistemas. • Pesquisar sobre os espaços ocupados pelo homem e as condições mínimas para a sobrevivência do ser humano nestes ambientes. I/ T T/ C T T/ C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 158 entre solo, água e seres vivos nos fenômenos de escoamento da água, erosão e fertilidade dos solos, nos ambientes urbanos e rurais. 1.24- caracterizar as causas e conseqüências da poluição da água, do solo e do ar. seres vivos. • Fenômenos 1.25- reconhecer as principais formas de poluição e outras agressões ao meio ambiente da região em que a escola está localizada, identificando as principais causas e relacionando-as aos problemas de saúde 1.26relacionar a reciclagem dos materiais com a preservação ambiental. 1.27- reconhecer o lixo como fator de degradação ambiental, Verificando o entorno: • Poluição e degradação ambiental. • A saúde nesses ambientes. • Conseqüências da poluição do solo, do ar, da água na vida no planeta. • Mostrar que a ação inconsequente dos seres humanos destrói o ambiente. • Levar os alunos a refletir sobre a intensidade da poluição do ar, uma vez que já se tem notícia de que há migração de poluentes de uma cidade para outra. • Promover uma discussão da questão de levantamento de conhecimento prévio solicitando aos alunos que defendam seu ponto de vista. • Propor aos alunos a elaboração de um texto, em duplas ou trios, focando atitudes positivas que podem ter para a preservação do ambiente. • Propor a criação de um texto teatral, com diálogos entre pessoas que se preocupam com o meio ambiente, e representá-lo. • Solicitar que coletem notícias sobre a poluição para leitura e reflexão em sala de aula. Após essa etapa, fazer um relatório dos principais aspectos que a notícia traz. • Fazer estudo do meio para verificar os tipos de poluição existentes na nossa cidade e possíveis soluções. T T/ C T/ C __ • Reciclagem e conservação ambiental. • Rever as práticas de coleta seletiva, reciclagem e reutilização de materiais, bem como prática de conservação dos ambientes. T T/ C • Lixo • Degradação ambiental • Alertar os alunos quanto o maior problema da humanidade: o lixo. • Estudar os espaços degradados criando soluções possíveis. T T/ C 2. Ser humano e saúde Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 159 suas conseqüências e possibilidades de recuperação dos espaços degradados e de reutilização dos materiais do lixo. 1.28caracterizar materiais recicláveis e processos de reciclagem do lixo. 1.29reconhecer o saneamento básico como técnica que contribui para a qualidade de vida e a preservação do meio ambiente. 1.30relacionar queimadas à morte dos seres e do solo e conseqüentemente à perda da fertilidade. 2.1- Compreender que as células são as menores unidades que formam o corpo humano. 2.2- Reconhecer cada sistema em sua particularidade, sua relação com os demais e com o corpo humano como um todo, num processo harmônico. • Recuperação degradados. de espaços • Tratamento e reciclagem • Coleta seletiva • A vida nos lixões • Catadores de lixo • Saneamento básico e qualidade de vida • Visitar o aterro sanitário, entrevistar catadores de lixo, usinas de reciclagem, etc. Propor reciclagem de papéis na escola e redução da utilização destes. T T/ C a • Reproduzir filmes e documentário que associa saneamento básico com qualidade de vida. • Ressaltar a importância do trabalho dos garis e coleta de lixo para a qualidade de vida da população. I/ T T/ C suas • Visitar locais que foram afetados pelas queimadas no nosso município para fazer o levantamento das consequências e possíveis causas. Caso não possa realizar a visita in loco, utilizar fotos, reportagens e vídeos. T T/ C • Célula: menor parte que compõe o corpo humano. • Tecidos e a formação dos órgãos. • Os órgãos e suas funções. • O corpo humano e seus sistemas • O corpo humano: um todo integrado • Aparelhos e sistemas: articular,muscular, excretor, cardiovascular, esquelético • Resgatar a importância da célula como unidade fundamental do corpo. • Inserir o conceito novo de tecido como sendo a associação de várias células semelhantes. • Explicar que os tecidos são classificados em epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso. • Explicar que os órgãos são formados pela junção de vários tecidos que realizam determinada função. • Retomar as informações de que o conjunto de células com funções iguais forma um tecido, o conjunto de tecidos forma um órgão, o conjunto de órgãos forma um sistema, e o conjunto de sistemas forma o corpo humano. • Enfatizar que os sistemas trabalham em conjunto. • Levar os alunos a conhecer os órgãos que fazem parte do sistema respiratório para que percebam o caminho do ar. • As queimadas conseqüências. e __ I/ T/ C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais respiratório, nervoso, reprodutor. 160 digestório, urinário e • Enfatizar que o sistema respiratório também tem o papel de expelir substâncias tóxicas do nosso organismo: o gás carbônico. • Aproveitar a oportunidade e conversar com os alunos sobre a importância de respirar pelo nariz, pois nele já começa a filtração, por meio dos pêlos presentes na mucosa da cavidade nasal, das partículas maiores existentes no ar. • Enfatizar o mal que o cigarro causa não só aos pulmões do fumante, mas à sua saúde em geral, bem como à saúde dos não-fumantes que convivem com ele, os chamados “fumantes passivos”. • Analisar a ilustração do sistema cardiovascular. • Levar os alunos a compreender o processo da circulação do sangue em nosso organismo, percebendo que é pelo sangue que os nutrientes chegam às células do nosso corpo. • Insistir na ideia de que os sistemas atuam em conjunto no organismo. Levar os alunos a verificar isso mostrando a integração entre os sistemas esquelético, articular e muscular, que são coordenados pelo sistema nervoso. Deixe claro que isso ocorre em todos os sistemas. • Levar para a sala imagens do esqueleto humano e afixá-las no mural da escola enquanto os alunos estiverem estudando esse assunto. • Caso haja um esqueleto humano no laboratório da escola, levar os alunos até lá para que observem o esqueleto do corpo humano em tamanho natural. • Solicitar que tragam para a sala de aula radiografias de partes ósseas do corpo humano. Sugerir que juntem todas elas e tentem formar o esqueleto humano. • Promover o “Dia da postura”. Orientar os alunos para que sentem com a coluna reta, encostada no espaldar da cadeira. Verificar se adotam essa postura no dia-adia. • Levar os alunos a refletir sobre o sistema articular que tem a função de permitir a mobilidade do corpo humano. • Levar os alunos a perceberem que o termo usado para designar a união entre os ossos e que formam o esqueleto é articulação. • Conscientizar os alunos de que existem articulações móveis, semimóveis e imóveis. • Retomar o trabalho com as radiografias para montar o sistema esquelético e pedir aos alunos que localizem as articulações. • Levar os alunos ao pátio e brincar de correr, agachar, parar e andar. Eles devem levar caderno, lápis e borracha. Orientá-los para que fiquem atentos às Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 2.3- estabelecer relações entre os diferentes aparelhos e sistemas que realizam as funções de nutrição para compreender o corpo como um todo integrado: • Transformações sofridas pelo alimento na digestão e na respiração; • Transporte de materiais pela circulação e eliminação de resíduos pela urina. 2.4- Reconhecer que a urina é produto de filtração do sangue pelos rins, processo que concorre para a eliminação de resíduos do corpo. 161 articulações que utilizam nessas brincadeiras. Em seguida, pedir que se sentem e façam um relatório indicando as articulações utilizadas enquanto brincavam. • Levar os alunos a refletir sobre o porquê dos músculos receberem os nomes de voluntários e involuntários. Se necessário, comparar com ações do dia-a-dia, como jogar futebol, vôlei, basquete, praticar natação, em que os movimentos são voluntários. Obs.: O trabalho com os sistemas do corpo humano deve ser voltado para a interdependência entre os órgãos e sistemas a fim de que os alunos percebam-no como um todo integrado. • Sugerir aos alunos para desenhar e recortar um corpo humano em papelão em seguida, desenhar, pintar e recortar os órgãos que o compõem para que possam reconstruir o corpo humano explicando a função de cada órgão e sistema. • Desenhar o contorno do corpo em tamanho natural e o caminho pelo qual o alimento passa, dando nomes às partes estudadas. Essa atividade deve ser feita coletivamente, estabelecendo uma função para cada aluno, de modo que todos participem da atividade. • Pedir que montem com massinha e sucata os órgãos do sistema digestório. Podem-se usar mangueiras para representar os intestinos e o esôfago. • Propor uma palestra com um médico ou um profissional da área da saúde para que fale sobre anorexia e sua relação com o sistema digestório e a saúde de modo geral. • Pedir que pesquisem em que regiões do Brasil há mais pessoas carentes, com fome, o motivo de estarem nessa situação, as consequências que a desnutrição pode trazer ao ser humano e o que poderia ser feito para melhorar a vida dessas pessoas. • Analisar a ilustração do sistema urinário para que os alunos conheçam os órgãos que o formam. • Enfatizar que esse sistema é responsável por expelir parte das substâncias tóxicas do nosso organismo. • Chamar a atenção para o fato de que os rins têm grande importância nesse processo, pois funcionam como filtros para o sangue, além de controlar a quantidade de sais minerais e de água presentes no organismo. • Propor uma palestra com um profissional da saúde para que fale sobre a função __ I/ T/ C __ I/ T/ C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 2.5- reconhecer que as fezes são constituídas por materiais que não foram absorvidos pelo organismo durante o processo digestivo. 2.6- identificar limites e potencialidades do próprio corpo, compreendendo-o como semelhante, mas não igual aos demais para desenvolver auto-estima e cuidado com si próprio. 2.7Comparar os principais órgãos e funções do aparelho reprodutor masculino e feminino, relacionando o seu amadurecimento às mudanças ocorridas no corpo e no comportamento de meninos e meninas durante a puberdade e respeitando as diferenças individuais. 162 do sistema urinário e comentar também as possíveis causas de uma criança urinar na cama até uma idade mais avançada e como lidar com a situação. • Propor que pesquisem o que é hemodiálise e para que é utilizada. • Propor a redação de um texto relatando a importância da água em nosso organismo e enfatizar a importância dos órgãos urinários. • Aproveitar o trabalho com o sistema digestório para explicar sobre as fezes. CUIDADOS COM O CORPO: • Higiene • Alimentação • Exercício físico • Saúde Ao trabalhar cada sistema do corpo humano, o professor deve ter o cuidado de relacionar a saúde a cuidados com o corpo. SISTEMA REPRODUTOR: • As fases da vida • Diferença no desenvolvimento de meninos e meninas. • Fazer o levantamento do conhecimento prévio dos alunos. Geralmente eles costumam ter vergonha de se expor. Uma boa solução é utilizar uma caixa na qual os alunos, sem ser identificados, devem colocar suas questões para que possam ser respondidas. Se você puder contar com um profissional da área para dar esclarecimentos, será muito interessante. • Analisar os esquemas de representação dos sistemas genitais masculino e feminino. Levar os alunos a conhecer os órgãos que fazem parte desses sistemas e os nomes dos principais. • Pedir que pesquisem a diferença entre parto normal e parto por meio de cesariana. • É importante que os alunos compreendam por que ocorre supressão da menstruação quando um óvulo é fecundado. • Explicar por meio de desenhos como se dá a fecundação. • Propor uma pesquisa para determinar o período em que ocorre a ovulação e em que momento há a possibilidade de gravidez. __ T __ I/ T/ C T/ C I/ T/ C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 2.8reconhecer a alimentação, a higiene pessoal e ambiental, os vínculos afetivos, a inserção social, o lazer e repouso adequados como conjunto de atitudes e interações com o meio de que dependem o equilíbrio físico e mental e, conseqüentemente, a saúde do ser humano. 2.9- Compreender que a saúde é produzida nas relações com o meio físico, econômico e sócio-cultural, identificando fatores de risco à saúde pessoal e coletiva presentes no meio em que se vive. 2.10estabelecer relações entre aspectos biológicos, afetivos, culturais, socioeconômicos e educacionais na preservação da saúde e do bem-estar psíquico, físico e social. 2.11Estabelecer relações entre aspectos biológicos, afetivos e culturais na compreensão 163 Corpo Humano: Saúde Física, Mental e as Interações com o Meio. • Importância da alimentação saudável, dos cuidados pessoais, da higiene pessoal e ambiental, dos vínculos afetivos, das relações familiares e sociais para o equilíbrio físico e mental. • Fatores de risco à saúde presentes no meio em que se vive e formas de combatê-los e/ou evitá-los. • Pedir para que os alunos façam um levantamento dos motivos pelos quais devemos nos alimentar, lembrando-os de que, quando dormimos, também gastamos energia, uma vez que alguns órgãos continuam funcionando. • Pedir que façam pesquisas em revistas, jornais ou na internet sobre os locais que mais sofrem com o problema da fome e da desnutrição, procurando investigar os motivos que levam a isso. Questionar o papel dos governantes desses locais no sentido de resolver ou pelo menos amenizar esses problemas. • Relacionar saúde com boa alimentação. • Elencar causas para a alimentação inadequada nos dias atuais. T T/ C I/ T T/ C • Melhoria das condições de vida e sua relação com a melhoria na saúde. I/ T I/ T T/ C T/ C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais da sexualidade e suas manifestações nas diferentes fases da vida. 2.12- Conhecer e utilizar formas de intervenção sobre fatores desfavoráveis à saúde, agindo com responsabilidade em relação à própria saúde. 2.13Estabelecer relações entre a saúde do corpo e a existência de defesas naturais (sistema imunológico) e estimuladas (vacinas) 2.14identificar as campanhas de vacinação pública como medidas preventivas em favor da saúde da população. 2.15- Identificar o uso de soros como medidas curativas de acidentes (antiofídico, outros). 2.16- Reconhecer o termômetro, o aferidor de pressão como instrumentos utilizados para cuidar da saúde. 2.17Conhecer os recursos da comunidade voltados para a promoção, proteção e 164 I/T • Cuidando da saúde • Causas de algumas doenças • Doenças infecciosas • Verminoses • Sistemas imunológicos e as vacinas. Vacinas: • Importância • Período de aplicação • Relacionar algumas doenças com o abuso de um tipo de alimento.(Ex. excesso de açúcar, pode colaborar para o aparecimento da diabetes). • Analisar o cartão de vacina de cada criança. • Relacionar doenças infecciosas e verminoses com falta de higiene. • Soros curadores • Instrumentos para os cuidados com a saúde. • Pesquisar sobre os soros utilizados contra acidentes com animais peçonhentos. • Conhecer e saber utilizar instrumentos utilizados para cuidar da saúde. • Conhecer e saber fazer o soro caseiro contra desidratação. • Políticas públicas para a saúde • Serviços • Saneamento básico voltadas • Entrevistar funcionários de PSF e Postos de Saúde sobre o serviço prestado em prol da saúde das pessoas. • Entrevistar um sanitarista que fale sobre a importância do saneamento básico para a saúde da população. T/ C T T/ C T/ C __ I/ T/ C __ __ I/ T/ C __ I/ T/ C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais recuperação da saúde, bem como os serviços ligados a ela. 2.18reconhecer o processo de alimentação como forma de obtenção de nutrientes (materiais e energia) para o funcionamento e crescimento do corpo. 2.19Estabelecer relações entre falta de higiene pessoal e ambiental e a aquisição de doenças. Contágio por vermes e microorganismos. 2.20- Reconhecer os alimentos como fonte de energia e materiais para crescimento e manutenção do corpo saudável, valorizando a máxima utilização dos recursos disponíveis na reorientação dos hábitos de alimentação. 165 • Pirâmide alimentar: como ter uma alimentação saudável. • Fazer observação e análise da pirâmide alimentar. • Construir cardápio balanceado utilizando os alimentos da pirâmide alimentar. • Fazer um levantamento entre os alunos para saber se eles têm conhecimento de alguma doença causada por falta ou excesso de alimento. I/ T T/ C • A falta de higiene pessoal e ambiental e o desenvolvimento de doenças. . • Enfatizar a importância de se ter higiene para evitar doenças. Alertá-los para ter o cuidado de lavar bem as mãos antes das refeições, de não pôr as mãos na boca, pois estas são um canal fácil de transmissão de doenças. • Alertá-los sobre a importância de consultar um médico quando se tem algum sintoma de doença, em vez de se automedicar. • Elaborar uma lista de recomendações para prevenção de doenças como parasitoses, verminoses, viroses etc. • Propor que pesquisem em algum órgão de saúde de sua cidade as estatísticas da incidência de doenças como amarelão, ascaridíase, esquistossomose e teníase. • Propor aos alunos que entrevistem um médico veterinário para obter informações sobre os animais que causam raiva. • Através de leituras de textos informativos, levar os alunos a refletir sobre seus hábitos alimentares e, quando necessário, modificá-los para garantir uma alimentação equilibrada. O intercâmbio de vivências possibilita uma abertura para a experimentação de novos alimentos. Por exemplo, um aluno que não come vegetais crus pode interessar-se por prová-los ao ouvir um colega afirmar que saboreia esse tipo de alimento. O mesmo pode ocorrer com frutas e outros tipos de alimento. • Se a escola tiver um refeitório ou uma cantina, analise os produtos oferecidos, selecionando os considerados mais saudáveis. • Estimular os alunos para que cada um obtenha pelo menos uma receita curiosa, inédita e de custo reduzido, para a turma elaborar um livro com uma alimentação variada, equilibrada e saudável. Cada receita deve ser acompanhada de breve pesquisa sobre a região ou o país de origem. Obs.: Pode-se fazer um livro de receita com partes de legumes, verduras e frutas T T/ C T T/ C • Desenvolvimento de bons hábitos alimentares para a manutenção da saúde em todas as fases da vida. 2. A Terra e o Universo Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 166 2.21Associar o amadurecimento dos órgãos genitais internos e externos à capacidade reprodutiva. 2.22identificar as formas de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis e à AIDS. • A puberdade e suas características • Doenças sexualmente transmissíveis: AIDS – contágio e prevenção. 2.23Avaliar as conseqüências do uso das drogas na vida pessoal e no convívio familiar e social. 3.1 Reconhecer as teorias que tentam explicar a origem do universo, o pensamento e as crenças do homem em diversos momentos da história da humanidade. • As drogas conseqüências. e suas UNIVERSO: ORIGEM/ CORPOS CELESTES • Teorias para a origem do universo. que são descartadas. • Fazer um levantamento entre os alunos para saber se eles têm conhecimento de alguma doença causada por falta ou excesso de alimento. • Em muitas sociedades e culturas há eventos que marcam a passagem da infância para a adolescência. São como ritos de passagem. Peça aos alunos que pesquisem os diferentes ritos de passagem para a puberdade. • Promover palestras com pessoas que possam orientar os alunos nas questões sobre doenças sexualmente transmissíveis e convidar os pais e a comunidade do bairro onde fica a escola para discutir e tirar suas dúvidas a esse respeito. • Conversar com os alunos enfatizando a necessidade de tomar cuidado para não contrair os vírus HIV e HPV. • Levar os alunos a refletir sobre a necessidade de ter cuidado e respeito com o próprio corpo. • Mostrar que uma pessoa infectada com o vírus HIV ou HPV leva uma vida normal, e que o acompanhamento médico e o apoio da família e dos amigos são muito importantes. • Promover bate-papos para falar sobre as ações de prevenção contra a Aids e o HPV, discutindo também sobre a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas infectadas. • Promover palestras com especialistas sobre as drogas lícitas e ilícitas e suas consequências na vida dos jovens. (Alertar principalmente quanto à bebidas alcoólicas e cigarro). • Incentivar a prática de esportes como meio de distanciamento das drogas. • Fazer o levantamento das hipóteses dos alunos sobre a origem da Terra, aceitando mesmo que sejam de ordem religiosa. Comentar que os cientistas dão explicações científicas de acordo com suas investigações e as conclusões a que chegam. A escola, como o lugar que promove o conhecimento, apresenta a teoria científica. • Ao tratar do assunto Pangeia, expor o mapa-mundi na sala de aula, primeiro para confirmar se todos sabem o que é continente; depois, para que visualizem e percebam as divisões que aconteceram ao longo de bilhões de anos; e, finalmente, para que possam compará-las com a divisão atual. • Propor aos alunos uma pesquisa sobre as primeiras tentativas do ser humano de explicar a origem do Universo, da Terra e dos seres vivos. __ I/ T/ C __ I/ T/ C __ I/ T/ C __ I/ T Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais • Organizar os alunos em pequenos grupos, solicitando a cada um que crie uma história em quadrinhos sobre como a vida teve início em nosso planeta, apresentando a evolução dos seres vivos. • Assistir a trechos dos filmes de animação computadorizada Dinossauro (Dinosaur, EUA: Walt Disney Pictures, 2000) e A era do gelo (Ice Age, EUA: Twentieth Century Fox Film Corporation,2002) com a classe e promover uma discussão sobre as possíveis relações entre as cenas assistidas e o estudo da unidade. • Propor aos alunos uma pesquisa sobre as eras geológicas, em especial a Era Mesozoica, que foi a era dos dinossauros. Depois pedir que pesquisem os períodos em que ela foi dividida. • Fazer um levantamento dos alunos que assistiram ao filme, O parque dos dinossauros ( Jurassic Park, EUA: Universal Pictures, 1993) e questionar as atitudes humanas na tentativa de reaver os dinossauros por procedimentos científicos. • Propor montagem de maquete representando a Terra no tempo dos dinossauros. Pedir aos alunos que confeccionem dinossauros e depois organizem uma exposição para as demais classes. É importante que pesquisem a paisagem do ambiente em que os dinossauros viviam: a vegetação, o solo e os demais seres vivos daquela época • Explorar com os alunos o surgimento do ser humano sobre diferentes pontos de vista. 3.2- Compreender o que são Corpos Celestes e como as teorias explicam a existência, o movimento, a expansão permanente do universo e de seus componentes. 3.3- identificar galáxias, estrelas, planetas, satélites naturais e artificiais. 167 • Movimento e expansão do universo • Corpos celestes __ • Orientar sobre o que é galáxia, apresentar figuras que permitam visualizar que existem diversos tipos de galáxia e, em especial, destacar a Via Láctea entre as demais. •Propor pesquisa e debates sobre o que são estrelas, planetas, satélites naturais e artificiais, identificando a lua como satélite natural da Terra e sua influência nos fenômenos naturais. I/ T I/ T T/ C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 168 3.4- identificar o sol, os planetas e seus satélites como constituintes dos sistema solar, consequentemente, da galáxia Via Láctea. • Sistema solar 3.5- Compreender que vivemos na superfície da Terra que é um planeta do sistema solar. • Planeta Terra • Explorar a observação da representação do Sistema Solar, chamando a atenção para as características de cada planeta. • Explicar que Plutão deixou de ser considerado um planeta, houve muitas controvérsias até que a decisão dos cientistas fosse tomada. Enfatizar a todo momento que Plutão já passou pela denominação de planeta-anão e que, hoje em dia, é considerado um plutoide. Para mais informações,acessar o site <http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u411587.shtml>. • Apresentar ilustrações, simulações ou filmes que lhes permitam situar o Sistema Solar no espaço dentro da Via Láctea. • Confeccionar com os alunos a representação do sistema solar. • Apresentar um globo terrestre para que os alunos visualizem um modelo tridimensional do planeta. Permitir que realizem o movimento de rotação com ele. • Caso a escola tenha laboratório de informática com acesso a internet, navegar pelo programa Google Earth, que pode ser baixado gratuitamente. Acompanhar os seguintes passos: 1. Observar o planeta, identificando os oceanos e continentes. 2. Identificar as áreas mais verdes como concentrações de florestas e as áreas brancas como formações glaciais. 3. Identificar a divisão política dos continentes em países. 4. Reconhecer que, quanto mais se aproximar a imagem, maior será o número de detalhes apresentados. 5. Aproximar-se do estado e da cidade em que a escola está localizada, tentando chegar o mais próximo possível da região ou bairro. • Comentar com os alunos que a crosta terrestre é a camada externa da Terra na qual nós vivemos. Perguntar a eles se sabem por que razão nós não caímos. Ouvir suas respostas e, se necessário, explicar que a força da gravidade da Terra é que nos mantém nela. • Verificar se entenderam o que é hidrosfera e atmosfera da Terra. Perguntarlhes em qual camada da Terra vivem os peixes e em qual camada da Terra as aves voam. • Propor aos alunos a construção de uma maquete das seguintes camadas da Terra: crosta terrestre, manto e núcleo. Para isso, peça que levem argila e três bolas plásticas cortadas ao meio, de três tamanhos diferentes, para serem utilizadas como moldes de cada uma das camadas. I/ T/ C __ I/ T/ C __ 4. Tecnologia e Sociedade Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 169 3.6- Identificar os dois movimentos simultâneos realizados pela Terra: Rotação e Translação e suas decorrências: • Calendário • Estações do ano • Dias e noites 3.7- Identificar a lua como satélite da Terra: • Fases da lua • Movimentos • Eclipses 4.1Comparar e classificar equipamentos, utensílios e ferramentas de trabalho, para posteriormente estabelecer suas características e formas de utilização. 4.2Reconhecer e nomear as fontes de energia que são utilizadas por equipamentos ou que são produtos de sua transformação. 4.3- relacionar algumas atividades humanas (iluminação pública, • Movimentos de Rotação e Translação • Propor que consultem livros, Internet e observem as camadas da Terra – hidrosfera e atmosfera – e façam uma ilustração. Sugerimos que essa atividade seja feita em duplas ou trios. • Fazer uma teatralização com três alunos: um, ao centro, é o Sol; os outros, ao seu redor, devem representar, um de cada vez, os movimentos de rotação e de translação da Terra. Fazer a relação da rotação ao surgimento do dia e da noite, e da translação a formação do ano. • Estabelecer a relação da posição inclinada da Terra, com o seu movimento de translação recebendo, devido a isso, diferentes luminosidades do sol em determinados meses originando as estações do ano. I/ T/ C __ • Lua: satélite natural da Terra. • Observar e nomear as fases da Lua e seu movimento no céu. • Fazer experiências para explicar a eclipse solar e a eclipse lunar, I/ T T/ C EQUIPAMENTOS E FONTES DE ENERGIA: • Da enxada aos computadores: as ferramentas de trabalho no campo e na cidade. • As grandes invenções. • Propor pesquisa sobre os equipamentos e ferramentas de trabalho utilizados ao longo da história da humanidade como fonte de energia. • Propor um seminário sobre as fontes de energia utilizadas atualmente oriundos do vento, da água, do sol, dos gases, do petróleo. • Realizar experimentações acerca de geração de energia. __ I/ T/ C __ I/ T/ C __ I/ T/ C Utilização das energia: • Do vento • Da água • Do sol • Dos gases • Do petróleo fontes de Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais telecomunicação, uso de eletrodoméstico, indústrias, informática) com a utilização de diferentes formas de energia. 4.4Relacionar principais instrumentos de observação astronômica (telescópios, lunetas, satélites, sondas) aos tipos de informações obtidas com seu uso. 4.5- Elaborar relatórios dos experimentos ou atividades realizadas. 4.6- elaborar perguntas, formular hipóteses durante o processo de realização das atividades. 4.7- Buscar e organizar informações por meio de observação direta e indireta, experimentação, entrevistas, visitas, leituras de imagens e textos selecionados, valorizando a diversidade de fontes. 4.8Confrontar suposições individuais e coletivas com as informações obtidas. 170 • As grandes invenções em torno da astronomia. • Utilização de textos informativos sobre as grandes invenções. __ I/ T/ C SISTEMATIZAÇÃO DOS CONHECIMENTOS CIENTÍFICOS: • Elaboração de relatórios • Elaboração de planos de trabalho • Propor a elaboração de relatórios para qualquer atividade realizada em sala de aula ou em casa, seja observação, experimentação, excursões, etc. I/ T T/ C Montar com os alunos um plano de trabalho do que vai ser estudado, para que eles se sintam motivados a pesquisarem e a confirmarem suas hipóteses, construindo o conhecimento. I/ T T/ C • Produção de textos científicos de observação e de experimentação A intenção é propor aos alunos a elaboração de textos científicos sobre os estudos realizados em sala de aula, de forma a incentivar a pesquisa propriamente dita. __ I/ T/ C • Produção de registros em outros gêneros: tabelas, maquetes, gráficos, quadros. Incentivar os alunos a estarem coletando dados utilizando tabelas, maquetes , gráficos e quadros a fim de usarem na conclusão definitiva dos seus trabalhos. __ I/ T/ C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 4.9Organizar e registrar informações por meio de desenhos, quadros, tabelas, esquemas, listas, textos, maquetes. 4.10Interpretar informações por intermédio do estabelecimento de causa e efeito; sincronicidade e sequência. 4.11Utilizar informações obtidas para justificar as idéias construídas, desenvolvendo flexibilidade para reconsiderá-las mediante fatos e provas. 4.12- Comunicar, escrita e oralmente, suposições, dados e conclusões. 4.13Realizar a divulgação dos conhecimentos elaborados na escola para a comunidade. 4.14- Tomar fatos e dados como tais e utilizálos na elaboração das próprias idéias I/ T T/ C T/ C • Utilização do laboratório para experimentos e descobertas. A experiência é uma oportunidade dos alunos investigarem e testarem suas hipóteses, sem ter como objetivo final demonstrações ou comprovações rigorosamente científicas. O objetivo é a construção do conhecimento. I/ T • Comunicação aos pais e comunidade escolar das experiências e descobertas realizadas. Ao final de cada estudo os alunos chegarão a uma conclusão que deve ser divulgada em murais na própria escola e realização de amostras e/ou feira de ciências com a presença dos pais e comunidade escolar. I/ T T/ C I/ T T/ C I/ T T/ C I/ T T/ C *Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010. 171 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 172 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais ARTES do tempo e do espaço marcando o próprio percurso histórico da humanidade. Não há separação entre vida, arte e ciência, tudo é vida e manifestação de vida. (BRASIL, 1998). No entanto, ressaltamos o valor da arte-educação em relação às demais disciplinas. Todas as habilidades trabalhadas por meio dela - como o A Arte nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental é vista como um desenvolvimento da percepção, imaginação, comunicação, reflexão, modo privilegiado de o Educador trabalhar um conjunto de capacidades. sensibilidade - favorece ao aluno atuar de forma criativa com os outros Elas levarão a criança a expandir seu olhar, sua sensibilidade e suas leituras conteúdos escolares, criando estratégias, dialogando e raciocinando de para despertar a criatividade, o pensamento, novas linguagens no sentido de forma mais ampla com os instrumentos e informações ao seu redor. descobrir diferentes caminhos para a resolução dos desafios presentes em seu cotidiano. O fazer artístico na sala de aula vai além da feitura de desenhos e O ser humano que não conhece arte tem uma experiência de aprendizagem limitada, escapa-lhe a dimensão do sonho, da força comunicativa dos objetos à sua volta, da sonoridade instigante da poesia, das criações musicais, das cores e formas, dos gestos e luzes que buscam o sentimento da vida. (BRASIL, 1997). pintura de figuras temáticas. Ele deve estar presente como um estudo planejado e direcionado à aproximação da criança com a Arte como bem social e forma de expressão do homem. Assim, ela torna-se um objeto de conhecimento em si mesma, uma importante linguagem humana presente na sociedade. Exonera-se, então, a Arte como um mero recurso didático que apenas apóia um determinado conteúdo e imputa-lhe seu real significado enquanto objeto de conhecimento que busca construir e reconstruir pensamentos, expressar e registrar experiências de distintas culturas através Os processos pelos quais a arte pode ser trabalhada na sala de aula passa pela apreciação, contextualização e produção artística. Na apreciação o educador deve apresentar a obra de arte à criança para que ela possa sentila, fazer sua leitura e adotar uma postura dialógica diante dela. Explorar sua apresentação, seus sons, movimentos, sua textura, suas cores, suas formas, etc. Na contextualização, deve-se situar a obra em seu tempo e espaço, seu autor, seu momento histórico, entre outras informações importantes para a busca da razão de ser de cada obra. Já a produção artística é o momento da 173 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais criança participar de um processo de confecção de uma obra de arte seja ela articulado com a percepção do tempo e espaço. O Teatro, sempre presente musical, teatral, arte visual ou dança. na escola em datas comemorativas, deve ser trabalhado na sala de aula, com Na versão preliminar da Proposta Curricular para os Anos Iniciais todos os seus elementos, como uma forma de arte capaz de interagir do Ensino Fundamental, Artes Visuais, Música, Dança e Teatro são os eixos simbolicamente com a realidade, produzindo conhecimento pessoal e elencados que agrupam as capacidades e os conteúdos a serem abordados na promovendo importantes habilidades valorizadas socialmente (como falar sala de aula. Todos eles trazem grandes possibilidades para o ou se apresentar em público). desenvolvimento das aulas de Artes. As Artes Visuais possuem um campo É importante o educador, além das grandes obras de arte rico em pinturas, esculturas, arquiteturas, paisagismos, fotografias, cinemas, pertencentes ao nosso patrimônio mundial, sempre valorizar e trabalhar as etc., que apresentam um mundo de cores, luzes, formas, texturas, imagens manifestações artísticas presentes no contexto social do aluno e que fazem capazes de envolver todos os sentidos da criança. A Música compreende parte de sua identidade cultural em sua comunidade, cidade ou região. um vasto repertório cultural e conta com a predisposição positiva da Para tanto, o educador poderá desenvolver atividades em grupos, criança. Ela permite aos alunos vivenciá-la como ouvintes, intérpretes, que favoreçam o trabalho com a coletividade, a interação e a socialização, compositores e improvisadores, além da exploração dos ritmos e das ou individuais, que desperta a criança para o autoconhecimento e afirmação partituras convencionais e não-convencionais. A Dança contribui da sua identidade em construção. Assim, espera-se atender a Lei de expressivamente para o desenvolvimento e compreensão do movimento, do Diretrizes e Bases da Educação 9394/96, que promulga em seu texto como equilíbrio, da expressão corporal, trabalhando assim, o conhecimento do responsabilidade da escola a promoção do crescimento integral e cultural do corpo (principal instrumento de aprendizagem e comunicação da criança) educando. 174 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais PROPOSTA CURRICULAR DE ARTES - VERSÃO PRELIMINAR – 1º, 2º, 3º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL 1-Artes Visuais EIXO 175 CAPACIDADES CONTEÚDOS/ CONCEITOS DETALHAMENTO 1.1-Reconhecer em seres e objetos, em paisagens naturais e artificiais características expressivas das artes visuais. - Características expressivas presentes em: • Pinturas;Desenhos; Esculturas; Gravuras; Paisagens naturais e artificiais; Fotografias; Produções informatizadas, outros. Elementos básicos: • Ponto;Plano;Textura;Forma; Luz;Volume;linhas. Percepção das variações de cores, texturas, formas e luminosidade. -Estudo das cores (cores primárias, secundárias, terciárias, cores frias e cores quentes), suas diversas representações presentes na natureza. -Seleção, manipulação e utilização de: *Suportes: referências bibliográficas, visuais e audiovisuais. *Técnicas artísticas: • Desenho – lápis de cera, sobre lixa e impressão de folhas. • Pintura – com rolos, peneira, barbante, papel. • Colagens – com papel, fitas, sementes, serragem, vidros, areia e outros. • Escultura – madeira, barro. • Dobraduras e recortes. -Trabalhar essa capacidade implica em estimular e desenvolver a percepção do aluno instigando-o a observar os elementos formais e expressões – cores, formas, textura, volume, proporção, ponto, linha, luz, movimento – presentes em objetos, seres e paisagens naturais e artificiais. -De acordo com a LDB, o ensino de arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos, daí percebe-se a importância do desenvolvimento de trabalhos que envolvam a arte local, tendo em vista as artes folclóricas e as festas tradicionais. 1.2-Experimentar, selecionar e utilizar diversos suportes, materiais e técnicas artísticas a fim de se expressar e se comunicar em artes visuais. -Exercitar essa capacidade significa colocar o aluno em contato com a linguagem do desenho, da pintura, da modelagem, da colagem, da fotografia e permitir-lhe a utilização de diversos instrumentos, materiais e suportes necessários para o fazer artístico. ABORDAGEM POR ANO 1º 2º 3º I T T I T T Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 1.3-Criar e recriar produções de artes visuais, a partir de estímulos diversos tais como: a ação, a emoção, a observação de modelos naturais e artificiais e a apreciação de obras de arte. 1.4-Apreciar suas produções visuais a as dos colegas por meio de observação, narração, descrição e interpretação de imagens e objetos. 2- Música 1.5-Desenvolver habilidades de elaborar registros pessoais para a sistematização das experiências vivenciadas. 176 2.1-Perceber os sons ambiente (vozes, corpos e materiais sonoros) associando-se à fonte. -Formas plásticas e visuais em espaços diversos (bidimensional – duas dimensões – largura e altura e tridimensional – três dimensões – largura, altura e volume). -Colagem de figuras sólidas (bidimensionais e tridimensionais) construindo objetos diversos (animais, formas humanas e outros). -Contato sensível com obras produzidas para identificar, através da observação, leitura e análise: • Características; • Técnicas e procedimentos artísticos presentes nelas; • Título; • Elementos utilizados como ponto, linha, forma, cor e textura; • Autor ou produtor. • Época histórica -Registro das experiências vivenciadas através dos seguintes instrumentos e recursos: - Trabalhos artísticos (desenhos, objetos, ilustrações); Fotografia; Relatos (orais e escritos); Vídeo; Portfólio;Outros. -Identificação e diferenciação dos sons (corporais e ambientais) parâmetro do som (altura, intensidade) e ritmo (ritmo do corpo e da linguagem). -Percepção da origem e da direção -Essa capacidade requer o contato do aluno com estruturas bidimensionais e tridimensionais que lhe permitam montar e desmontar, colar e justapor materiais, estimulando a imaginação, a observação e a criação de obras de arte. Requer também a convivência com produções visuais (originais e reproduzidas) a fim de buscar inspiração para suas criações e recriações. I T T -Para contribuir com o desenvolvimento dessa capacidade é importante que o professor estimule o aluno a compartilhar emoção e compreensão, apreciando afetivamente os trabalhos artísticos visuais produzidos por si e por seus colegas. Ao compreender e apreciar os trabalhos de artes visuais, o aluno percorre trajetos de aprendizagem que propiciam conhecimentos específicos sobre sua relação com a própria arte, consigo e com o mundo. I T T -O professor precisa orientar o aluno a fazer os registros para a sistematização de suas experiências. I T T - O trabalho com música precisa ser significativo para o desenvolvimento dos alunos em sua capacidade de perceber diferentes sons: sons da voz, do meio ambiente, de instrumentos conhecidos e de outros materiais. Para percebê-los e associá-los adequadamente às suas fontes, torna-se necessário exercitar a escuta e a sensibilidade do aluno. I T T Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 2.2-Reconhecer gêneros musicais. 2.3-Conhecer ritmos em repertório comunitário, nacional. diferentes diferentes músicas do familiar, regional e 3-Dança 3.1-Criar diferentes gestos a partir das danças vivenciadas compreendendo as possibilidades de transformação da expressão 177 dos sons. -Audição de músicas que exploram sons da natureza, sons de instrumentos musicais ou reciclados e de composições clássicas. -Conhecimento de várias canções: • Ninar e cirandas; • Roda e cirandas; • Populares; • Folclóricas; • Religiosas; • Cívicas; • Modernas e outras. -Conhecimento de vários ritmos musicais: • Forró; • Samba; • Hip Hop; • Maracatu; • Frevo e outros. -Formas dramáticas – movimentos corporais e expressões faciais – para representar idéias e sentimentos. -Jogos dramáticos ou não com base em histórias do repertório infantil. -Acompanhamento de diferentes ritmos com o corpo (intenso – moderado – lento) explorando todos os planos de ação do movimento (alto, médio, baixo), elaborado e explicitando diferentes interpretações diante de -A música, além do poder de encantar e proporcionar distração, pode ser utilizada para transmitir conhecimentos de naturezas diversas. As canções de ninar, os brinquedos cantados e rítmicos, as rodas e cirandas, os jogos com movimentos, as brincadeiras com palmas e gestos sonoros corporais e outras produções do acervo cultural infantil devem se constituir em conteúdos de trabalho. I T T -O ritmo é a pulsação da música. Sem ritmo não há música. Ouvir música, aprender uma canção, realizar atividades rítmicas são meios que estimulam e desenvolvem o gosto pela atividade musical, além de atenderem a necessidade de expressão que passa pela esfera afetiva, estética e cognitiva. -Brincadeiras, jogos, danças, atividades diversas de movimentos se articulam com os elementos da linguagem musical. I T T -A linguagem da dança permite ao aluno experimentar a plasticidade de seu corpo, inventar sequências de movimento, explorar sua imaginação e o espaço físico, o que contribui para o seu crescimento individual. I T T - Representar experiências como: derreter-se como um sorvete, flutuar como um floco de algodão, balançar como folhas, correr como um rio, voar como uma gaivota, cair como um raio etc., são exercícios de imaginação e criatividade que reiteram a importância do movimento para expressar e comunicar idéias e emoções. Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais diversos timbres (intensidade) de sons. -Coreografias (solo-individual ou pequenos grupos) que, expressem sentimentos e sensações (medo, coragem, amor, raiva, etc) identificando-as em ações pessoais ou em ações de outras pessoas e no contexto escolhido. -Movimentos em duplas ou grupos contrapondo qualidade de movimentos: leve e pesado, rápido e lento, direto e sinuoso, alto e baixo. 178 3.2- Elaborar formas de registros pessoais para a sistematização das danças vivenciadas em diferentes grupos socioculturais. - Diferentes características das danças pertencentes a outros grupos socioculturais: • Afro-descendentes, indígenas, imigrantes (alemão, italiano, português, japonês e outros). Descrições, fotografias, gravações, portfólios, desenhos e outros. -Produzir registros torna-se imprescindível para a sistematização das experiências vivenciadas. O professor orientará os alunos a fazê-los de forma criativa, observando se articulam uma resposta pessoal coerente com os conhecimentos trabalhados. I T T 3.3-Identificar as principais características das danças apreciadas e vivenciadas em diferentes grupos socioculturais. -Agilidade, equilíbrio e coordenação. -Características da dança: número de participantes, ritmo, significado da dança, papéis, funções e movimentos durante a prática. -As manifestações culturais devem ser valorizadas pelo professor e inseridas no repertório dos alunos, pois são partes da riqueza cultural dos povos. As cirandas, danças folclóricas e outras devem ser incorporadas por meio de atividades gestuais e coreográficas. I T T 3.4-Perceber e compreender a -Noções básicas de estrutura e -Para contribuir com o desenvolvimento dessa capacidade, é I T T 4-Teatro Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 179 estrutura e o funcionamento do corpo humano, como forma de expressão e comunicação. funcionamento do corpo. -Exploração do próprio corpo: postura, lateralidade, locomoção e respiração. -Noções de direção e movimento: horizontal, vertical, diagonal, para cima, para baixo e para os lados. -Observação das características corporais individuais: a forma, o volume e o peso. -Conhecimento dos diferentes tecidos que constituem o corpo humano (pele, músculo e ossos). importante que o professor compreenda que correr, pular e subir são necessidades naturais da criança e fazem com que ela experimente o próprio corpo e teste seus limites, compreenda também que ela possui um vocabulário gestual fluente e espressivo, necessitando ser desenvolvido como forma de expressão e comunicação. 3.5-Compreender as diferentes possibilidades de movimento do corpo na dança. -Conhecimento e experimentação das possibilidades do corpo na dança: impulsionar, flexionar, contrair, elevar, alongar, relaxar, etc., identificando-as em diferentes modalidades da dança. -Reconhecimento e realizações de movimentos do corpo e de suas partes, em diferentes posições, de acordo com as possibilidades individuais. -Desenvolver na criança o entendimento de como seu corpo funciona é criar-lhe possibilidades de usá-lo expressivamente com maior inteligência, autonomia, responsabilidade e sensibilidade. I T T 4.1-Experimentar o teatro com o corpo, identificando as habilidades necessárias ao desenvolvimento das expressões facial, gestual e sua conjugação com vocalizações e sons. -Participação em jogos teatrais (estimulam a relação com o outro, a criatividade, a expressividade do corpo, a desenvoltura e a concentração). -Jogos teatrais: • Mímica • Dito popular • Profissões -Desenvolver a capacidade expressiva corporal, facial e gestual, no plano individual e coletivo, exercita habilidades necessárias para o teatro como atenção, observação, concentração, cooperação, diálogo, respeito mútuo e flexibilidade de aceitação das diferenças. I T T -Os alunos têm de construir ligações entre a manifestação artística e o repertório pessoal. O papel do educador é fornecer elementos que provoquem questionamentos, inspirem reflexões e ampliem a visão da turma sobre o teatro em geral. Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 4.2-Compreender e apreciar as diversas possibilidades teatrais produzidas pelas diferentes culturas. • Troca de máscaras, outros. -Inter-relação de personagem: amor, ódio e outros. -Assistir às manifestações artísticas teatrais em diversas modalidades e gêneros. -Modalidades: fantoche, boneco, pantomima, etc. máscaras, sombra, -Gêneros: comédia, drama, trama, tragédia e musical. 4.3-Elaborar formas de registro pessoais para a sistematização das experiências observadas e vivenciadas. -Descrições, pequenos relatórios, fotografias, gravações, portfólios, desenhos e outros. -Mediar a vivência de experiências estéticas ricas e contextualizadas, tanto no ambiente escolar quanto em visitações e espaços de divulgação cultural, podendo se realizar por meio de pesquisas, observações e identificação da atuação cênica dos artistas. -Apreciar, uma das competências básicas a ser desenvolvida na disciplina de Arte, não pode significar simplesmente levar a turma ao teatro (tal como olhar para um quadro, no caso das artes visuais, e escutar uma composição, no caso da música). Até os sinônimos atribuídos ao termo apreciação - julgamento, avaliação, juízo apontam que se trata de algo mais reflexivo. -O foco do trabalho deve ser, fazer as crianças desenvolverem um olhar e uma escuta atentos quando assistem a espetáculos. "Elas precisam perceber significados da obra em questão: o que há por trás dos gestos dos intérpretes, e dos outros elementos. -Produzir registros torna-se imprescindível para a sistematização das experiências vivenciadas. O professor orientará os alunos a fazê-los de forma criativa, observando se eles articulam uma resposta pessoal coerente com os conhecimentos trabalhados. I T T I T T *Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010. 180 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais PROPOSTA CURRICULAR DE ARTES – VERSÃO PRELIMINAR - 4º e 5º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL EIXO CAPACIDADES 1-Artes Visuais 1.1Reconhecer nos seres, objetos e paisagens naturais e artificiais, características expressivas das Artes. CONTEÚDOS/ CONCEITOS -Desenho, pintura, colagem, escultura, gravura, modelagem, fotografia, vídeo, histórias em quadrinhos, produções informatizadas (software), bordado, máscara, outros. -Variações das características expressivas das artes visuais: cores (tons e semitons), pequenas variações de textura, formas, luminosidade. -Elementos formais e expressivos das artes visuais presentes em objetos da natureza e cultura. -Suportes: referências bibliográficas, visuais e audiovisuais. - Materiais: papéis, tecidos, madeiras, barro, pedras, vidros, metais, plásticos, pincéis, lápis, giz de cera, tintas, argila e outros. -Conhecer os principais artistas brasileiros e suas obras, analisando as características presentes em seus trabalhos. 181 DETALHAMENTO -Trabalhar essa capacidade implica em estimular e desenvolver a percepção do aluno instigando-o a observar os elementos formais e expressivos – cores, formas, textura, volume, proporção, ponto, linha, luz, movimento – presentes em objetos, seres e paisagens naturais e artificiais. -A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido à experiência humana: o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas diferentes culturas. Portanto, é importante que haja exposições dos trabalhos produzidos e reproduzidos pelos alunos, para que eles se sintam valorizados nas suas ações e se envolvam verdadeiramente nas propostas do âmbito escolar. -A cor também é importante para que possamos expressar nossas idéias e sentimentos para outras pessoas, utilizando linguagens artísticas (pintura, desenho, gravura, teatro). É um elemento que tem significados diferentes para diferentes culturas e sua análise possibilita conhecer mais sobre suas possibilidades. ABORDAGEM POR ANO 4° 5° R/ T R/ T/ C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 1.2Selecionar e utilizar diversos suportes materiais e técnicas artísticas. 1.3- Criar e recriar produções artísticas plásticas, a partir de estímulos diversos como a ação, a emoção e a observação de modelos naturais e artificiais. 182 -Técnicas artísticas: desenho com lápis de cera, textura de folhas, sobre lixa, a carvão e outros; pintura com rolos, impressão de folhas, peneira, barbante, papel dobrado, lavado; modelagens com papel machê, de serragem; colagens com fitas, papel de seda, folhas, sementes, vidros, gravuras, dobraduras e outras; escultura com madeira, barro. Outros meios: máquinas fotográficas, DVD, aparelho de som, computador. -Manipulação, exploração e transformação dos objetos em espaços variados, observando: forma, textura, temperatura, tamanho, volume e outros. -Produções visuais (originais e reproduzidas) -Criação de formas plásticas e visuais em espaços variados, observando forma, textura, temperatura, tamanho, volume e outros. -Criação de formas plásticas e visuais em espaços diversos (bidimensional – duas dimensões – largura e altura e tridimensional – três dimensões – largura, altura e volume). -Formas representativas da tridimensionalidade – cone, cubo, esfera, pirâmide, cilindro e paralelepípedo e da -Exercitar essa capacidade significa colocar o aluno em contato com a linguagem do desenho, da pintura, da modelagem, da colagem, da fotografia e permitir-lhe a utilização de diversos instrumentos, materiais e suportes necessários para o fazer artístico. R/T R/T/C I/ T R/ T -Criar e perceber formas visuais implica trabalhar frequentemente com as relações entre os elementos que as compõem, tais como ponto, linha, plano, cor, luz, movimento e ritmo. Portanto, é importante que os alunos tenham conhecimento das mais diversas técnicas, tendo em vista a criatividade e o desenvolvimento da sensibilidade artística. -As Artes Visuais expressam, comunicam e atribuem sentido a sensações, sentimentos, pensamentos e realidade por meio da organização de linhas, formas, pontos, tanto bidimensional como tridimensional, além de volume, espaço, cor, e luz na pintura, no desenho, na escultura, na gravura, na arquitetura, nos brinquedos, bordados, entalhes etc. -O movimento, o equilíbrio, o ritmo, a harmonia, o contraste, continuidade, a proximidade e a semelhança são atributos da criação artística. A integração entre os aspectos sensíveis, afetivos, intuitivos, estéticos e cognitivos, assim como a promoção de interação e comunicação social, conferem caráter significativo às Artes Visuais. -Ao compreender e apreciar os trabalhos de artes visuais, o aluno percorre trajetos de aprendizagem que propiciam conhecimentos específicos sobre sua relação com a própria arte, consigo e com o mundo. -Para contribuir com o desenvolvimento dessa capacidade é importante que o professor estimule o aluno a compartilhar emoção e compreensão, apreciando afetivamente os trabalhos por si e por seus colegas. Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais bidimensionalidade – quadrado, círculo e triângulo. 2-Dança 1.4Identificar as principais características das produções das artes visuais. 1.5Elaborar e organizar as etapas e produções dos processos (percepção, criação/ produção/ comunicação/ representação, análise e registro) vivenciando nas artes visuais. 2.1-Perceber e compreender a estrutura e funcionamento do corpo humano, como forma de expressão e comunicação. 183 -Elementos básicos da linguagem visual (relação entre ponto, linha, plano, cor, forma, volume, luz, movimento, equilíbrio). I/ T R/ T I/ T R/ T I/ T R/ T/ C -Técnicas e procedimentos artísticos presentes nas artes visuais, título. -Tecidos que constituem o corpo humano: pele, músculos, ossos. -Características corporais individuais: forma, volume, peso. -Gestos, movimentos, expressões faciais e sons que demonstrem idéias, sentimentos e sensações. -A dança é identificada por sua linguagem corporal. Considerando a conceituação dos Parâmetros Curriculares Nacionais, as expectativas de aprendizagem relacionam-se ao desenvolvimento de habilidades relativas à: 1. Produção: percepção, experimentação, criação, produção. 2. Fruição (apreciação): comunicação, leitura, compreensão, análise e interpretação. 3. Reflexão (contextualização): pesquisa, reflexão, crítica, autocrítica. -Porém alguns aspectos devem ser observados, tais como: • Princípios do movimento: respiração, equilíbrio, apoios, dinâmica postural.; • Elementos do movimento: o quê, como, onde e com que nos movemos; • Processos da dança: improvisação, composição coreográfica, repertórios; • Dimensões sócio-histórico-culturais da dança e aspectos estéticos: história, estudos étnicos, música, crítica e estética; • Relações entre o ensino de dança nas escolas e a sociedade contemporânea: conceitos de tempo, espaço, corpo e novas tecnologias, interdisciplinaridade. Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 184 2.2-Compreender as diferentes possibilidades de movimento do corpo na dança. -Movimentos do corpo na dança: impulsão, flexão, contração, elevação, alongamento, relaxamento e outros. -Diferentes ritmos com o corpo (intenso – moderado – lento), explorando todos os planos de ação do movimento (alto, médio, baixo), elaborando diferentes interpretações diante de diversos timbres (intensidade) de sons. -Movimentos criados pelos elementos básicos da dança: saltos, quedas, giros, rolamentos e deslizamentos; e outros. -Desenvolver na criança o entendimento de como seu corpo funciona é criar-lhe possibilidades de usá-lo expressivamente com maior autonomia, responsabilidade e sensibilidade. I/ T R/ T/ C 2.3-Criar diferentes gestos a partir das danças vivenciadas, compreendendo a possibilidade de transformações de expressão corporal. -Coreografia (solo – individual ou pequenos grupos) que expressem sentimentos e sensações (medo, coragem, amor, raiva, etc), identificando-os em ações pessoais ou em ações de outras pessoas e o contexto escolhido. -Movimento em duplas ou grupos opondo qualidade de movimentos: leve e pesado, rápido e lento, direto e sinuoso, alto e baixo. -A linguagem da dança permite ao aluno experimentar a plasticidade de seu corpo, inventar sequências de movimento, explorar sua imaginação e o espaço físico, o que contribui para o seu crescimento individual. Representar experiências como: derreter-se como um sorvete, flutuar como um floco de algodão, balançar como folhas, correr como um rio, voar como uma gaivota, cair como um raio etc., são exercícios de imaginação e criatividade que reiteram a importância do movimento para expressar e comunicar idéias e emoções. I/ T R/ T/ C 2.4-Identificar as principais características das danças apreciadas e vivenciadas em diferentes grupos socioculturais. -Comunicação por meio de gestos, dos movimentos, das danças folclóricas e populares: locais, regionais, nacionais. -Características da dança: ritmo, significado da dança, papéis e funções durante a prática, movimentos, outros. --As manifestações culturais devem ser valorizadas pelo professor e inseridas no repertório dos alunos, pois são partes da riqueza cultural dos povos. As cirandas, danças folclóricas e outras devem ser incorporadas por meio de atividades gestuais e coreográficas. I/ T R/ T/C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 2.5-Elaborar formas de registro pessoais para a sistematização das danças vivenciadas em diferentes grupos socioculturais. -Diferentes características das danças pertencentes a outros grupos socioculturais: afrodescendentes, indígena, imigrantes (alemão, italiano, português, japonês e outros). -Produzir registros torna-se imprescindível para a sistematização das experiências vivenciadas. O professor orientará os alunos a fazê-los de forma criativa, observando se articulam uma resposta pessoal coerente com os conhecimentos trabalhados. I/ T R/ T/ C -Descrições, fotografias, gravações, portfólios, desenhos e outros. -Percepção, criação/ produção, comunicação/ apresentação, análise e registro. -Sons ambientes, naturais e outros, de diferentes épocas e lugares e sua influência na vida das pessoas. -Sons musicais a partir de instrumentos tradicionais e alternativos (construídos com diferentes materiais) -Produção de diferentes intensidades e alturas de sons (tocado/ cantado) -A música, uma das linguagens da disciplina de Arte, está presente no nosso dia-adia, na televisão, nas ruas, nas igrejas, consultórios, no cinema, no carro e também nas escolas, e nós nos relacionamos com ela sendo músicos profissionais ou “leigos apaixonados”. Como professores, usamos a música em vários momentos, como um recurso para ensinar fórmulas, para decorar sequências numéricas. -Além disso, seria interessante a valorização da nossa cultura musical, nossas tradições folclóricas e artísticas. - A Arte na escola deve ser vista como o direito de os alunos usufruírem o patrimônio artístico da humanidade, de terem acesso a ele, valorizando as experiências estéticas como representações culturais de luta e de construção de identidades em diferentes tempos e lugares e, ao mesmo tempo, reconstruindo-as frente às suas expectativas pessoais. I/ T R/ T/ C 3.2-Reconhecer gêneros musicais. -Gêneros musicais e suas variações rítmicas: rock, funk, rap, forró, samba, valsa, hip hop, chorinho, outros. Principais características da música: título, autor, intérprete. -Elementos formais: som, silêncio, ruído. -A música, além do poder de encantar e proporcionar distração, pode ser utilizada para transmitir conhecimentos de naturezas diversas. As canções de ninar, os brinquedos cantados e rítmicos, as rodas e cirandas, os jogos com movimentos, as brincadeiras com palmas e gestos sonoros corporais e outras produções do acervo cultural infantil devem se constituir em conteúdos de trabalho. I/ T R/ T/ C 3-Música 3.1-Perceber os sons ambientes (vozes, corpos, e materiais sonoros), associando-se à fonte. 185 diferentes Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 3.3-Perceber e distinguir diferentes ritmos em musicais infantis, do repertório regional e nacional. 4-Teatro 3.4-Elaborar formas de registro para documentar as experiências sonoras vivenciadas (percepção, criação) 186 4.1-Experimentar o teatro com o corpo, identificando as habilidades necessárias ao desenvolvimento das expressões facial, gestual e sua conjugação com vocalizações e sons. -Produção de sons em diferentes fontes sonoras: sopro, cordas, percussão, outros. -Músicas pertencentes a diferentes lugares e grupos socioculturais: rural – sertaneja, toada, pantaneira, forró, outras; urbano – rap, funk, hip hop, samba, outras. -Jogos sonoro-musicais: onomatopéias, parlendas, travalínguas, paródias, histórias cantadas, cantigas de roda, acalantos, canto coral, jogral, outros. -Composição: letra, música Expressão: entonação, afinação e ritmo. -Descrições, fotografias, gravações, portfólios, desenhos e outros. -Participação em jogos teatrais (estimulam a relação com o outro, a criatividade, a expressividade do corpo, a desenvoltura e a concentração). -Jogos teatrais: • Mímica • Dito popular • Profissões • Troca de máscaras, outros. -Inter-relação de personagem: amor, ódio e outros. -O ritmo é a pulsação da música. Sem ritmo não há música. Ouvir música, aprender uma canção, realizar atividades rítmicas são meios que estimulam e desenvolvem o gosto pela atividade musical, além de atenderem a necessidade de expressão que passa pela esfera afetiva, estética e cognitiva. -Brincadeiras, jogos, danças, atividades diversas de movimentos se articulam com os elementos da linguagem musical. -Desenvolver a capacidade expressiva corporal, facial e gestual, no plano individual e coletivo, exercita habilidades necessárias para o teatro como atenção, observação, concentração, cooperação, diálogo, respeito mútuo e flexibilidade de aceitação das diferenças. -Os alunos têm de construir ligações entre a manifestação artística e o repertório pessoal. O papel do educador é fornecer elementos que provoquem questionamentos, inspirem reflexões e ampliem a visão da turma sobre o teatro em geral. I/ T R/ T/ C I/ T R/ T/ C R/ T T Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 4.2-Compreender e apreciar as diversas possibilidades teatrais produzidas pelas diferentes culturas. -Assistir às manifestações artísticas teatrais em diversas modalidades e gêneros. -Modalidades: máscaras, fantoche, boneco, sombra, pantomima, etc. -Gêneros: comédia, drama, trama, tragédia e musical. 4.3-Elaborar formas de registro pessoais para a sistematização das experiências observadas e vivenciadas. -Descrições, pequenos relatórios, fotografias, gravações, portfólios, desenhos e outros. -Mediar a vivência de experiências estéticas ricas e contextualizadas, tanto no ambiente escolar quanto em visitações e espaços de divulgação cultural, podendo se realizar por meio de pesquisas, observações e identificação da atuação cênica dos artistas. T R/ T T -Apreciar, uma das competências básicas a ser desenvolvida na disciplina de Arte, não pode significar simplesmente levar a turma ao teatro (tal como olhar para um quadro, no caso das artes visuais, e escutar uma composição, no caso da música). Até os sinônimos atribuídos ao termo apreciação - julgamento, avaliação, juízo apontam que se trata de algo mais reflexivo. -O foco do trabalho deve ser fazer as crianças desenvolverem um olhar e uma escuta atenta quando assistem a espetáculos. Elas precisam perceber significados da obra em questão: o que há por trás dos gestos dos intérpretes, e dos outros elementos. -Produzir registros torna-se imprescindível para a sistematização das experiências vivenciadas. O professor orientará os alunos a fazê-los de forma criativa, observando se eles articulam uma resposta pessoal coerente com os conhecimentos trabalhados. *Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010. 187 R/ T Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 188 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais EDUCAÇÃO FÍSICA de vivenciar. Porém, se não puderam brincar, conviver com outras crianças, explorar diversos espaços, provavelmente suas competências A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida. John Dewey. A Educação Física nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental se constitui numa prática de extrema importância para o desenvolvimento da criança, e, a escola enquanto meio educacional, deve oferecer a oportunidade de uma ótima prática motora, pois ela é essencial e determinante no processo de desenvolvimento integral da criança. É na escola que a criança terá a oportunidade de desenvolver habilidades corporais e também de participar de atividades culturais, com finalidades de lazer, expressão de sentimentos de afetos e emoções. O ensino-aprendizagem de Educação Física, conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais reconhece que as crianças ao ingressarem na escola, já possuem uma série de conhecimentos sobre movimento, corpo e cultura corporal, frutos de experiência pessoal, das vivências dentro do grupo social em que estão inseridas e das informações veiculadas pelos meios de comunicação. Assim, as diferentes competências com as quais as crianças chegam à escola, são determinadas pelas experiências corporais que tiveram a oportunidade 189 serão restritas. Entretanto, os alunos perceberão que a escola configurase como um espaço diferenciado, onde terão que ressignificar seus movimentos e atribuir-lhes novos sentidos, além de realizar novas aprendizagens. Nesse aspecto, o trabalho da Educação Física nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental é essencial, pois possibilita aos alunos terem, desde cedo, o contato com jogos e brincadeiras, que favorecem o despertar de novas experiências psicomotoras e que progressivamente se ampliam para níveis de competências cada vez mais complexas. A Educação Psicomotora é uma técnica, que através de exercícios e jogos adequados a cada faixa etária leva a criança ao desenvolvimento global de ser. Devendo estimular toda atitude relacionada ao corpo, respeitando as diferenças pessoais e levando à autonomia do indivíduo, como forma de percepção, expressão e criação em todo seu potencial. Dentro da educação psicomotora deve-se buscar o desenvolvimento da lateralidade, da orientação espacial, além da coordenação motora, do equilíbrio e da flexibilidade e ainda a concentração e o desenvolvimento de atitudes, tais como: lealdade, companheirismo e Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais solidariedade. Além disso, um dos objetivos da Educação Física é a A Educação Física é importante na medida em que trabalha este promoção da socialização e interação entre os alunos, visando o ser corpóreo, via movimento intencional, visando à formação do exercício da cidadania e a saúde. Portanto, é importante que se garanta homem como cidadão: crítico, participativo, transformador. Eis aí, a a todos a possibilidade de usufruir de jogos, esportes, danças, lutas e função social da Educação Física que deve interagir com as demais ginástica, tendo em vista a saúde e a qualidade de vida. disciplinas, num caráter interdisciplinar, em que todas as iniciativas Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, a maneira de brincar e jogar dentro do ensino da Educação física na escola sofre uma devem oportunizar a produção e a socialização do conhecimento, a partir de interesses transformadores. profunda modificação no que diz respeito à questão da sociabilidade. Nesse sentido, a música pode ser uma aliada às aulas de Ocorre uma ampliação da capacidade de brincar: além dos jogos de Educação Física favorecendo o processo de interação do aluno com as caráter simbólico, nos quais as fantasias e os interesses pessoais aulas, auxiliando na aprendizagem de vários conteúdos, ou ainda com prevalecem, as crianças começam a praticar jogos coletivos com regras, atividade de relacionamento e divertimento na escola. nos quais têm de se ajustar às restrições de movimentos e interesses A função social da Educação Física está na aprendizagem de pessoais. Portanto, a possibilidade e a necessidade de jogar junto com temas relacionados ao movimento/corporeidade, através da Dança, os outros, em função do movimento dos outros, passa pela Ginástica, Jogo e Esporte. Conhecimentos produzidos historicamente compreensão das regras e um comprometimento com elas. Isso leva pela humanidade e sistematizados nessa proposta. Levando-se em conta algum tempo para ser construído, pois, o professor deve discutir o a ludicidade que deve estar presente em todos os temas, por ser uma das sentido de tais regras, explicitando quais são suas implicações nos jogos mais importantes características da Educação Física Escolar. e brincadeiras. Nos casos em que houver desentendimentos, é Assim, esta proposta de conteúdos prevê para as aulas de importante lembrar como as regras foram estabelecidas e quais suas Educação Física nos Anos Iniciais, basicamente, a ludicidade, onde, os funções, tentando fazer com que as crianças cheguem a um acordo. jogos pré-desportivos serão introduzidos apenas nos 4º e 5º anos. 190 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais Pensando que, através do lúdico, será possível alcançar as capacidades e habilidades necessárias para futuramente introduzir os esportes propriamente ditos. Nesse sentido, à estruturação da Proposta Curricular de Educação Física consiste em: Jogos e brincadeiras, Danças e movimentos expressivos, Higiene, corpo e saúde – qualidade de vida/ nutrição para o 1º, 2º e 3º anos e para o 4º e 5º anos: Jogos prédesportivos, Jogos e brincadeiras, Danças e movimentos expressivos. Por fim, é de suma relevância nas aulas de Educação Física, diagnosticar e reconhecer a turma para que o professor saiba quando retomar ou consolidar este ou aquele conteúdo. 191 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA/ JOGOS E RECREAÇÃO – VERSÃO PRELIMINAR –1º, 2º E 3º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL 1- Jogos e Brincadeiras EIXO 192 CAPACIDADES CONTEÚDOS/ CONCEITOS DETALHAMENTO 1.1-Vivenciar e diferenciar os jogos e as brincadeiras de cada tema. -Jogos e brincadeiras e sua importância no desenvolvimento do aluno. -Jogos de salão, jogos de raquete, jogos populares, brinquedos cantados, psicomotricidade. -Jogos pedagógicos -Todo jogo por natureza desafia, encanta, traz movimento, barulho e uma certa alegria para o espaço no qual se encontra. O jogar pode ser visto como uma das bases sobre a qual se desenvolve o espírito construtivo, a imaginação, a capacidade de sistematizar e abstrair e a capacidade de interagir socialmente. Uma questão importante é o aspecto lúdico para a criança, sendo extremamente relevante para o seu desenvolvimento cognitivo, afetivo e cultural. -Os jogos e brincadeiras que estimulam a auto-expressão, a descoberta e o poder de imaginação exploram a criatividade e permitem que alunos e professores se expressem de modo global e potencializem suas habilidades e capacidades. Também ao desenvolver sua própria criatividade, o educador passa a compreendê-la e adquire parâmetros para proporcionar experiências criativas aos seus educandos. 1.2- Construir e reconstruir jogos e brincadeiras -Criação e reconstrução de jogos. 1.3- Compreender que as brincadeiras proporcionam alegria e descontração. 1.4- Utilizar as brincadeiras e os jogos para o desenvolvimento individual por equipe. -Jogos e brincadeiras: alegria e descontração. -O aluno deve ser capaz de construir novos jogos e reconstruir a partir dos jogos já existentes, como: queimada e quatro cantos. -O lúdico se relaciona com a brincadeira e com o jogo, no qual existe o desafio, acionando o corpo e a mente. Tem caráter integrador, propiciando ao aluno o desenvolvimento de habilidades que envolvem identificação, análise, síntese, comparação, ajudando-o, portanto, a conhecer suas próprias possibilidades. Além disso, permite que o aluno desenvolva a autoconfiança e autonomia -Levar a criança a perceber a alegria e a descontração que os jogos e brincadeiras proporcionam. -Jogos e brincadeiras: fonte de desenvolvimento. -A criança deverá ser capaz de verificar o seu crescimento em relação a si e ao grupo. ABORDAGEM POR ANO 1º 2º 3º I/ T T T/ C I/ T T/ C R/T/C I/ T/ C T/ C R/T/C I/ T/ C R/ T T/ C 2.1- Articular o gesto com sons e ritmos produzidos pelo corpo, por diferentes objetos e instrumentos musicais. -Articulação entre gesto e ritmo: expressão corporal. -Segundo Haetinger, a dança criativa é uma dança não coreográfica, realizada a partir de estímulos sonoros (música e/ou ruídos). Ao praticá-la, a dança cria movimentos livremente ou a partir da provocação de um mediador. Deste modo, a dança criativa parte de uma brincadeira infantil e se manifesta quando a criança usa seu próprio corpo para brincar e se movimentar ao ritmo de uma música ou som. -Nos ambientes escolares, o educador pode trabalhar a dança criativa provocando reações e interpretações por parte das crianças. Através de brincadeiras que envolvem situações e sons específicos, o professor estimula a criança a dançar e usar sua imaginação. I/ T T T/ C 2.2- Vivenciar movimentos em diferentes ritmos. -Ritmos e seus movimentos. I/ T T/ C R/T/C 2.3- Expressar sentimentos e ideias utilizando as múltiplas linguagens do corpo. 2.4- Vivenciar a dança em eventos escolares. -Sentimentos e ideias e as múltiplas linguagens do corpo. -Fazer o educando movimentar o seu corpo, se orientando ao ritmo da música. O professor pode utilizar-se de atividades como: dança de ritmos variados. -A criança deve expressar seus sentimentos e idéias através da linguagem corporal. I/ T/ C R/ T T/ C I/ T T T/ C 2.5-Reconhecer a qualidade dos -Ritmo e movimento. I T T/ C -Festival de dança na escola. 2 - Danças e Movimentos Expressivos Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 193 -A dança é uma das formas de expressão fundamental para o desenvolvimento psicomotor. Isso porque, quando alguém dança, está necessariamente controlando e coordenando seus movimentos corporais associados ao pensamento. O resultado desta atividade é o exercício físico e mental relacionado ao prazer e a alegria. -Na escola, podemos trabalhar com vários tipos de dança e entre eles, a Dança Criativa. A dança criativa está presente em muitas circunstâncias da realidade escolar. As próprias crianças, em suas brincadeiras no pátio da escola, inventam “coreografias” e dançam as músicas da moda ao seu jeito. -Conscientização dos alunos acerca dos variados tipos de dança, fazendo-os refletir sobre a dança vulgar. -Os alunos devem participar de eventos e festivais em que organizem apresentações de dança. -O aluno deve reconhecer os ritmos e expressões, levando em Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 3 - Higiene, Corpo e Saúde – Qualidade de Vida/ Nutrição. movimentos nas atividades rítmicas e expressivas quanto, ao ritmo, à velocidade, intensidade e a sua fluidez. 2.6-Compor pequenas coreografias a partir de temas materiais ou música. 3.1-Iden conta a velocidade, intensidade e fluidez. Isso pode ser trabalhado através de atividades como: dança dos ritmos, dança dos níveis, dança dos tempos. -Composição coreografias. de Cuidados com o corpo: • Higiene • Alimentação • Exercício físico • Saúde pequenas -A criança deve ser capaz de criar e executar pequenas coreografias, partindo de temas e/ ou músicas como: dança dos bichos, dança das frutas, desafio musical. - A cada trimestre o professor irá abordar um tema teórico relacionado a higiene, saúde, qualidade de vida e nutrição. -Ao trabalhar cada sistema do corpo humano, o professor deve ter o cuidado de relacionar a saúde a cuidados com o corpo. I T T/ C I T T tificar limites e potencialidades do próprio corpo, respeitando as individualidades de cada um e desenvolvendo a auto-estima e cuidado com si próprio. *Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010. 194 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA/JOGOS E RECREAÇÃO–VERSÃO PRELIMINAR– 4º e 5º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL 1– Jogos Pré-Desportivos EIXO 195 CAPACIDADE CONTEÚDOS/ CONCEITOS 1.1 –Executar os elementos básicos de cada modalidade pré-desportiva ludicamente. -Elementos básicos de modalidade pré desportiva. 1.2-Conhecer os objetivos e regras dos jogos pré-desportivos usados. -Regras e objetivos dos jogos prédesportivos. 1.3–Organizar autonomamente alguns jogos pré-desportivos. -Organização desportivos. 1.4-Compreender os jogos prédesportivos como opção de lazer. -Brincadeiras livres. -Jogos pré-desportivos na construção do respeito às diferenças. 1.5-Compreender e identificar o vestuário adequado para a prática de educação física. -Vestuário adequado: uma necessidade para prática desportiva. de jogos cada pré- DETALHAMENTO -Propiciar ao aluno oportunidades de jogar e brincar, em situação direcionada, permite que ele conheça ludicamente os movimentos básicos de cada modalidade pré-desportiva. É dessa forma que o professor vai favorecer o desenvolvimento dessa capacidade, utilizando jogos como: queimada gigante, jogo de estafeta, jogo de varal são boas estratégias. -Oportunizar as crianças conhecer os jogos e praticá-los com regras pré-estabelecidas ou construídas por elas, com a mediação do professor, colocando-as em situação que lhes permite desenvolver essa capacidade. -Os alunos devem ter oportunidade de criar jogos e elaborar regras a partir de jogos tradicionalmente conhecidos. Brincar com esses jogos e brincadeiras aparentemente novos dá aos alunos a sensação de autoria e autonomia. -Os alunos devem ter momentos em que possam brincar livremente, utilizando-se de brincadeiras conhecidas como: amarelinha, roda, pular corda, escravo de Jó, bilboquê, adoleta. -Respeitar as diferenças é uma capacidade que deve ser desenvolvida em todos os conteúdos e momentos da vida escolar, inclusive nas aulas de Educação Física. Para isso, os alunos devem se dividir em grupos para a prática dos jogos. -Conscientizar as crianças da importância do uso de vestuário adequado para a prática de atividades física também é tarefa do professor. Ele poderá utilizar-se de roda de conversa, pesquisa, trabalho interdisciplinar com Ciências, a fim de que oriente seus alunos para que venham preparados para esse momento escolar e, consequentemente, para outras práticas esportivas. ABORDAGEM POR ANO 4º 5º I/ T R/ T I/ T R/ T I/ T R/ T I/ T R/ T I/ T R/ T Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 2- Jogos e Brincadeiras 1.6-Reconhecer o potencial dos jogos pré-desportivos no desenvolvimento de atitudes e valores. 2.1-Compreender a importância dos jogos e brincadeiras na vida dos sujeitos. 2.2-Conhecer e vivenciar as regras dos jogos e brincadeiras. 2.3-Diferenciar e vivenciar jogos e brincadeiras de cada tema. 2.4-Conhecer a origem dos jogos e brincadeiras. 2.5-Compreender regras, sua funcionalidade e implicações em jogos e brincadeiras. 2.6-Valorizar a ludicidade, a inclusão e a socialização. 2.7-Identificar valores éticos nos jogos e brincadeiras. 2.8-Identificar e valorizar os jogos e as brincadeiras da comunidade local. 2.9-Ser capaz de participar dos jogos e brincadeiras e também modificá-los ou inventar outras formas diante de uma situação problema. 2.10-Construir materiais para a vivência de jogos e brincadeiras. 2.11-Organizar jogos, brincadeiras e outras atividades lúdicas. 196 -Desenvolvimento de atitudes valores na prática de jogos. -O brincar na vida dos adultos. -Jogos Cooperativos -Jogos populares -Jogos esportivos -Jogos de raquete -Jogos de salão -Capoeira e -A criança deve usar os jogos pré-desportivos para aprender e desenvolver atitudes e valores. Tais jogos consistem: futebol maluco, corre cutia, procure seu par, cada pássaro em seu ninho. --De acordo com Marcos Miranda Correia o esporte, jogo ou competição são muito mais do que representações culturais, ou sociais. Expressam concepções de mundo, de ser humano e de valores que estiverem em voga em um determinado momento. Hoje, valores como a cooperação, a solidariedade, a preocupação com a ecologia estão ganhando destaque nos discursos de diversos setores da sociedade. Assim, é possível que a educação física descubra outras práticas corporais além do esporte e que este e os jogos incorporem os novos valores eminentes. Nesse contexto e nesse momento, os jogos cooperativos tornam-se a proposta mais adequada para atender ao chamado da cooperação. Em relação à capoeira, não a definimos como luta, esporte, dança ou outro conteúdo. Aceitamos a possibilidade desta como conteúdo “isolado”, assim como Soares et al (1992), que defendem a divisão dos conteúdos da Educação Física escolar “numa ordem arbitrária: Jogo; Esporte; Capoeira; Ginástica e Dança” (p.64). Tais autores entendem que a capoeira possui características próprias, diferente de outros conteúdos e de documentos que a “classificam” como uma luta. -Pode-se privilegiar as questões em torno da linguagem do corpo, apresentando a história da capoeira e considerações em torno da sua construção social, e enfatizar, nas vivências, o elemento lúdico a partir da movimentação do corpo dos diferentes ritmos da capoeira, reconhecendo a gestualidade construída na história da capoeira, bem como abrindo espaço para a criação de novas possibilidades de movimentação, num diálogo com a diversidade de experiências corporais dos alunos. I/ T R/ T I/ T/ C R/ T I/ T/ C R/ T I/ T R/ T/ C I/ T R/ T/C I/ T R/ T/ C I/ T/ C R/ T I/ T T/ R/ C I/ T/ C R/ T I/ T R/ T/ C I/ T/ C T/ C __ T/ C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 2.12-Participar de competições, como campeonatos, olimpíadas, etc. 2.13-Conhecer jogos e brincadeiras de outras culturas. 3.1-Vivenciar o movimento em diferentes ritmos. O corpo na dança e nos movimentos expressivos Danças E Movimentos Expressivos 3.2-Articular o gesto com sons e ritmos produzidos pelo corpo, por diferentes objetos e instrumentos musicais. 3.3-Expressar sentimentos e idéias utilizando as múltiplas linguagens do corpo. 3.4-Conhecer as possibilidades do corpo na dança, impulsionar, dobrar, flexionar, contrair, elevar, alongar, relaxar, dentre outras. 3 3.5-Compor pequenas coreografias a partir de lemas, materiais ou músicas. 3.6-Vivenciar a dança em eventos escolares. 3.7-Reconhecer a pluralidade das manifestações culturais da dança em nosso país. 3.8-Vivenciar 197 diferentes -Criação e improvisação -A diversidade cultural das danças brasileiras. -Nas aulas de Educação Física escolar, a dança pode contribuir para a construção de uma relação de cooperação e respeito, desempenhando um importante papel, pois proporciona aos alunos a aquisição de elementos para que estes possam estabelecer relações corporais críticas e construtivas com diferentes maneiras de ver e sentir o corpo em movimento, relacionando-o com sua realidade, assim como compreendê-lo em diferentes épocas e culturas. I/ T/ C I/ T/ C __ I/ T/ C I/ T T/ C I/ T T/ C I/ T T/ C I/ T T/ C __ I/ T/ C I/ T T/ C __ I/ T/ C I/ T T/ C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais manifestações culturais da dança. 3.9-Compreender a dança como meio de desenvolvimento de valores e atitudes – afetividade, confiança, criatividade, sensibilidade, respeito às diferenças, inclusão. 3.10-Identificar a dança como possibilidade de superação de preconceitos. 3.11-Compreender as relações sociais entre homens e mulheres na dança. 3.12-Identificar a influência da mídia nas formas de dança. -Dança como meio do desenvolvimento de valores e atitudes. __ I/ T/ C __ I/ T __ I/ T I/ T T/ C -Dança e relações de gênero. -Dança e mídia *Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010. 198 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 199 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais EDUCAÇÃO RELIGIOSA “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar." (Nelson Mandela). O Ensino Fundamental tem por objetivo a formação básica do cidadão, da qual o Ensino Religioso é parte integral. Ele é um conteúdo essencial para a formação do cidadão. em sua vida. O diálogo nas rodas de conversa sobre as preferências, as necessidades, os desejos, os sentimentos pode gerar um trabalho de reflexão sobre as diferentes preferências e características das pessoas. O importante é que a criança perceba que as pessoas têm diferentes atitudes frente às mesmas questões e tenha oportunidade para opinar, argumentar, enfim, expressarse. Dessa forma, procuramos atender a Lei 9.475/97, que dá O trabalho com a Educação Religiosa nos Anos Iniciais do novos direcionamentos ao art. 33 da LDBEN n.º 9.394, de 20 de Ensino Fundamental não tem como objetivo defender ou dezembro de 1996, não anulando a fé nas tradições religiosas, professar determinada fé ou religião, e sim, desenvolver atitudes mas trabalhando o pluralismo e a diversidade cultural presentes de diálogo, reflexão, compreensão e tolerância, quebrando em nossa sociedade. Cabe ao sistema de ensino, regulamentar os paradigmas, preconceitos, resistências que possam estar presentes procedimentos e os conteúdos para a efetivação da Educação na sala de aula, oriundas do ambiente social do qual as crianças se Religiosa nas escolas, esta é a intenção deste documento. originam. A aplicação de conteúdos desta disciplina na sala de Na versão preliminar da Proposta Curricular de Educação aula traz a oportunidade para o educador trabalhar com as Religiosa, o educador encontrará as capacidades a serem crianças habilidades importantes que as auxiliem a perceber-se, trabalhadas agrupadas em três eixos, a saber: Identidade, conhecer-se e aceitar-se, para que elas possam, assim, perceber, Educação Religiosa e Meu mundo. Em cada uma delas, estão conhecer e aceitar os outros, adquirindo atitudes de diálogo, contempladas habilidades de autoconhecimento, saúde, valores, compreensão, bondade, compaixão, respeito, entre outros valores 200 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais cidadania, entre outros. Esses conteúdos deverão ser abordados de ação, do seu trabalho, do seu mover no mundo, transforma e maneira contextualizada com a realidade dos alunos, de forma modifica a natureza levando em conta suas necessidades de criativa e dialógica, construindo um espaço aberto e participativo, sobrevivência, suas produções culturais, bem como seus onde todos se sintam a vontade em expressar suas opiniões, comportamentos e atitudes. Por isso, a cultura é reveladora de construindo, assim, uma atitude positiva frente ao educador, à múltiplos sentidos e significados, dizendo muito da identidade de escola e aos colegas. Sugere-se que o educador lance mão de um povo. atividades educacionais que privilegiem a pesquisa, a interação, o debate, a retórica através de estratégias como seminários, júri simulado, entrevistas, enquetes, rádio-escola, mídias, campanhas públicas, etc.. É também o momento de levantar alguns questionamentos sobre importantes elementos da nossa sociedade, como fé, religião, ciência e cultura. Não é a intenção da Educação Religiosa buscar respostas a estas questões, mas promover perguntas que instigam o pensamento, a reflexão crítica e a oratória. A cultura é um importante aspecto da humanidade a ser analisado para o entendimento das práticas religiosas e da religiosidade em qualquer sociedade. O homem através de sua 201 A produção cultural humana vincula-se também à necessidade do sujeito de transcender, quer por meio das artes, da música, da literatura, do artesanato, da necessidade de aproximação de uma dimensão superior, da poesia, enfim, das muitas obras que realiza, na tentativa de dar conta de sua condição de ser inacabado. (SEDUC, 2009). A aula de Educação Religiosa é também o momento de construção de atitudes que promovam a paz. Partindo do pressuposto de que a violência não é algo natural, inerente ao ser humano, mas uma postura cultural difundida socialmente como meio de solucionar conflitos. A educação para a paz vem divulgar métodos mais saudáveis para a resolução de situações adversas. Ela consiste, portanto, na construção, junto ao educando, de novas maneiras de interagir com o mundo. Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais Na escola, o educador deve apoiar o aluno em sua atuação como sujeito do seu desenvolvimento. Orientá-lo a optar por escolhas e atitudes saudáveis à sua integridade física, emocional e social. Levá-los a reconhecer as relações com as pessoas e com o ambiente como fundamentos de garantia da qualidade de vida a ser preservada. 202 Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO RELIGIOSA - VERSÃO PRELIMINAR – 1º AO 5º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL 1- Identidade EIXO 203 CAPACIDADES CONTEÚDOS/CONCEITOS 1.1- Perceber–se como pessoa capaz de: - Sentir; - Amar; - Escolher; - Criar. - Redescoberta de si e de seus semelhantes como seres únicos; - Busca da razão de existir como alguém que é parte de um universo mais amplo onde nasce, cresce e aspira a plenitude do ser; - Busca da sua realização como pessoa atuando como sujeito do seu desenvolvimento. - Perceber sua origem. - Valorizar a sua vida e sua história. - Gostar e cuidar do corpo como um instrumento especial; - Quem sou eu; 1.2- Conhecer, respeitar e honrar a sua família. - Respeitar a família dos colegas. - Conhecer os abrigos como espaço de acolhimento e - Família; - Origem da vida; - Sentimentos e emoções DETALHAMENTO No desenvolvimento desta capacidade esperamos que o aluno perceba-se como um ser único, capaz de desenvolver-se, amando seu próximo, bem como a si mesmo. 1º I ABORDAGEM POR ANO 2º 3º 4º 5º T T/ C R/ T R/ T O professor poderá explorar através de narração, encenação e ilustração a história de sua vida: nascimento, história do nome, aniversário, entrada para a escola, e outros momentos interessantes da vida do educando.Poderá também trabalhar com os sonhos, os anseios, seus medos, os projetos de vida de cada criança. - Instituições Familiares; Nesta capacidade espera-se que as crianças observem e reconheçam o perfil das pessoas da família ou dos componentes do grupo que a substitui: - Pode-se descrever por escrito ou oralmente sobre os diferentes membros da família ou do grupo a que pertence destacando os aspectos da boa convivência em I T T/C R/ T R/ T Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais estabelecimento relacionamentos sociais. 204 de 1.3- Esforçar-se para manter como alguém integrado no grupo onde a sua individualidade é afirmada e respeitada, ao passo em que se coloca uma atitude de abertura para acolher o outro, reconhecê-lo como irmão, amigo, com quem dialoga, caminha e constrói. - Percepção da amizade, da lealdade e da boa convivência entre as pessoas, como sinal de presença de Deus. - Acolher o outro como ser humano a merecer atenção, respeito, compreensão e presença solidária; - Formar do senso de cooperação, partilha, respeito, solidariedade, interesse compreensão, gratidão, justiça, em relação às pessoas da família ou grupo que a substitui. - Valores: • Amizade • Respeito • Generosidade • Honestidade • Bondade • Paciência • Amor • Lealdade • Solidariedade • Gratidão • Fé • Esperança • Educação • Tolerância • Temperança • Justiça • Humildade • Cooperação • Polidez • Responsabilidade 1.4 -Conhecer os direitos e os deveres dos adultos, das -Direitos e deveres; família. - Trabalhar com as crianças a valorização do esforço das pessoas que trabalham para sustentar a família. - Trabalhar de forma que a criança se perceba como pessoa capaz de modificar e transformar problemas sociais e familiares. Nesta capacidade espera-se que as crianças descubram a importância de entender e praticar valores que promovem a vida, a paz e a felicidade,percebam que a atitude de cada um contribui para influenciar a atitude do colega, identifica situações onde a falta de valores determinam a ação das pessoas causando mal a si mesma e aos que estão ao seu redor. Com este trabalho espera-se que as crianças se conscientizem da importância dos estudos para melhorar a qualidade de vida. Nesta capacidade as crianças deverão: - Entender que temos direitos, mas que também temos I T T/C R/T R/T/C I T T R/T R/T/C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais crianças e dos idosos; - Entender que as leis existem para a garantia do dever e do direito de cada um. - Construir regras e respeitálas para um bom relacionamento na comunidade. 1.5- Perceber que a vida é feita de escolhas; - Conhecer o conceito de livre-arbítrio; - Reconhecer que o ser humano é um ser em construção, cheio de possibilidades, consciente de seus limites; - Saber que não existem as escolhas certas, mas que, você deve basear as suas escolhas nos valores praticados em sua vida. 1.6- Perceber seu corpo como principal instrumento de relacionamento consigo e com o mundo, cuidando da sua alimentação, tendo hábitos saudáveis; - Perceber atitudes que o levem a danificar a saúde do corpo; - Conhecer e trabalhar os conceitos de auto estima, e saúde mental. 205 -Convivência; -Sociabilidade; -Cidadania; -Escolhas -Livre arbítrio Saúde. Hábitos Auto-estima Álcool, cigarro e outras drogas deveres; - Perceber que o meu direito termina onde começa o direito do outro; - Ser capazes de criarem regras de convivência e ao mesmo tempo respeitar as regras já existentes para o bem comum; Nestas capacidades as crianças deverão: - Entender que a vida sempre encontra-se em situações de escolhas, das mais simples (como o que vestir, o que brincar) como as mais complexas (dizer a verdade e assumir as conseqüências ou mentir, revelar algum acontecimento ou omitir) I T T R/T R/T/C Nestas capacidades as crianças deverão perceber : - O corpo humano e sua saúde, como um todo integrado que possui dimensões psicológicas, afetivas e sociais. - Quando inserimos em nossa vida hábitos saudáveis estamos contribuindo positivamente para a saúde de nosso corpo e mente.É importante que o aluno compreenda também que a auto- estima elevada, é um fator de saúde para o corpo e mente, e que a mesma, parte do auto conhecimento, ou seja quem você é em relação a si mesma e em relação as pessoas com as quais você convive.Além de reconhecer que o vício do álcool, cigarro e outras drogas, afetam sua saúde física e I T T T T/ C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 2- Educação Religiosa - Reconhecer o mal causado pelo consumo de drogas, como: álcool, cigarro, maconha, entre outros. 2.1- Reconhecer a Religião como a maneira própria das pessoas se relacionarem com o divino, individual e comunitariamente, alimentando a sua esperança exercitando a sua fé, buscando nela os meios de encontrar a paz. - Identificar as diferentes formas através das quais as pessoas humanas se relacionam com o sagrado e utilizam os símbolos que comunicam e os seus significados na Religião que professam. 206 psíquica; Cultura e religiosidade. Nesta capacidade as crianças deverão entender que: - A religião faz parte da cultura de um povo, pois, conhecendo a religião de uma certa comunidade ou país pode-se encontrar pista a respeito das pessoas que ali vivem. - Reconhecer a sua volta quais manifestações culturais que são de cunho religioso; - Entender que a escolha da religião deve ser feita individualmente, de acordo com a sua convicção; - - - I T 2.2 -Saber que existem vários livros sagrados. -Perceber que a Bíblia é o livro que contém os textos sagrados dos cristãos. Livros Sagrados; Nesta capacidade as crianças deverão; - Conhecer a Bíblia enquanto livro sagrado para o Cristianismo; - Entender que a Bíblia é dividida em diversos livros, capítulos e versículos; -Os alunos poderão fazer pesquisas sobre outros livros sagrados pertencentes a outras religiões ,aprendendo a respeitar aas demais culturas religiosas I T T I T -Discernimento dos elementos construtivos que promovem a paz através da justiça na maneira de pensar, sentir e Cultura da Paz; Proporcionar situações em que o aluno seja capaz de : - Identificar o significado da palavra Paz, na prática; - Desenvolver habilidades que as auxiliem perceber seus estados interiores e dos outros, bem como expressá-los I T T R/T R/T/C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais 3- Meu Mundo atuar das pessoas que fazem parte desses grupos, em seus diferentes níveis de organização formal e não formal. 207 2.3- Conviver em paz com todos independente , de cor, raça ou religião; • Respeitar as diferenças individuais e sociais; Diversidade e Inclusão; 3.1 Compreender a função da escola como instituição organizada ,a fim de colaborar na formação de seres humanos comprometidos com o valores fundamentais para realização da pessoa como cidadão político, crítico, solidário. - Perceber as relações de ajuda que acontecem no dia- a – dia da escola entre educadores e educandos, administradores e demais funcionários; - Reconhecer a importância do papel de cada um na escola em suas respectivas funções. - Reconhecer o papel da escola como lugar onde o saber sistematizado oferece condições para a melhoria da Escola; Preconceitos. Educadores e educandos Educação e conhecimento para que adquiram atitudes de diálogo, compreensão, compaixão e respeito. Além disso, que desenvolvam atitudes que atuem como antídotos contra as emoções destrutivas. - Compreender que a maioria das situações de violência ( na escola, na cidade, jornais ou em filmes) decorrem de frustrações e das dificuldades que temos de resolver os conflitos de maneiras saudáveis e pacíficas. No desenvolvimento desta capacidade, as crianças deverão: - Perceber o outro como um ser único, diferente, e que deve ser respeitado; - Entender e conhecer os diferentes níveis sociais, respeitando os indivíduos que a eles pertencem; Nesta capacidade as crianças deverão: - Entender que ir a escola é um direito de todos. Nela as crianças fazem amizade e aprendem a ouvir e a respeitar as idéias dos outros. - Perceber que a escola não é apenas um lugar de estudo, e sim um local de convivência com pessoas diferentes; - Além dos professores e dos alunos, o diretor e os funcionários também vão todos os dias para a escola. Ela é local de trabalho de todas estas pessoas que cuidam para que as regras de convivência sejam respeitadas. Cada um deles tem sua função na escola e o trabalho de todos é muito importante. As crianças devem Conscientizarem-se da importância da organização e conservação dos materiais pessoais e do patrimônio escolar. I T T R/T R/T I T T R/T R/T/C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais qualidade de vida. 3.2 Interessar-se pela harmonia da cidade onde mora , estuda, e convive com os demais. - Entender que a cidade onde mora é construída com a participação de todos, conservada com dedicação e boa vontade pelos adultos, jovens e crianças que nela residem. -Reconhecer os lugares públicos mais freqüentados pela comunidade como lugares que estão a serviço da população. -Reconhecer dos lugares sagrados da cidade que merecem respeito, cuidado, atenção, porque se relacionam com as crenças das pessoas. -Conhecer a cultura do povo da cidade onde se vive como parte da identidade que a constitui. 3.3 Promover o sentimento de patriotismo provocando uma postura crítico-reflexiva. -Conhecer e respeitar a cultura popular e religiosa do Brasil. 208 -Cidade; -Conservação -Serviços públicos -País; -Patriotismo No desenvolvimento desta capacidade o aluno deverá: - Entender que a cidade não se constrói somente com políticos, mas com a participação de todos que nela vivem; - Perceber que todos os lugares públicos estão a serviço da população e desta forma devem ser conservados por todos; - Respeitar os diversos tipos de templos ou igrejas, mesmo aquelas que não professam a sua crença; - Perceber-se como pessoa que contribui para escrever a história da sua cidade, valorizando suas manifestações culturais . I T T T T/C No desenvolvimento desta capacidade as crianças devem: - Reconhecer o Brasil como sua Pátria, que deve ser amada e respeitada, valorizando as qualidades do país e do povo brasileiro; - Perceber e valorizar a diversidade de práticas - - - I T/C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais - Despertar a esperança para tornar o Brasil em um lugar onde as pessoas vivam em paz. 3.4 Respeitar à natureza como fundamento de garantia da vida a ser preservada; - Admirar o belo e harmonioso que a natureza é portadora como manifestação de uma presença transcendental no mundo; Perceber o conflito provocado pela destruição da natureza e ter postura crítica diante de fatos constatados. - Compreender do valor da água, do fogo, da terra, do ar como elementos fundamentais da vida, se bem utilizados e preservados. religiosas no Brasil; - Sentir-se como sujeito ativo responsável também pela construção e consolidação da paz no Brasil; -Natureza; -Preservação X Destruição; -Atitude. Espera-se que nesta capacidade seja trabalhado com a criança: - A percepção da natureza como um bem precioso dado a nós e que merece cuidado, respeito e carinho. Os seres humanos e os animais dependem da natureza para sobreviver. - Que a criança seja capaz de desvendar o olhar para admirar as coisas belas da natureza: as plantas, as flores, os animais, rios, etc. - Conduzir a turma, através de pesquisas, debates, a perceber os danos causados pelo ser humano: poluição, queimadas, desmatamento, construção de barragens em locais indevidos, sujeira, esgoto a céu aberto, uso dos rios como esgoto, etc. - Realizar campanhas e caminhadas pelas ruas em defesa do meio ambiente: fauna, flora, higiene pessoal, limpeza das ruas e dos lugares públicos. I T T R/T *Fonte: Os quadros que organizam as propostas curriculares em cada área do conhecimento foram baseados na versão preliminar da Matriz Curricular do Estado de Minas Gerais, 2010. 209 T/C Prefeitura Municipal de Montes Claros Secretaria Municipal de Educação Divisão de Ensino Fundamental Seção Anos Iniciais REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ALMEIDA, R. D.; PASSINI, E. Y. O espaço geográfico – ensino e representação. São Paulo: Contexto, 2006. __________ Ensino de 1º. e 2º. graus: Educação Física para quê? Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 13, n. 2, p. 282-7, 1992. ANASTASIA, Carla Maria Junho, PAIVA, Eduardo França. Histórias, imagens & textos 1ª a 4ª séries. Vol. 1, Belo Horizonte: Dimensão, 2001. BARBOSA, Maria Carmem Silveira. Por Amor e por Força: Rotinas na Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed, 2006. BARROS NETO, T.L. de. Início da Criança no Esporte In: Exercício, Saúde e Desempenho Físico. São Paulo: Atheneu, 1997. BASSEDAS, Eulália et al. 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