PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL MARINGÁ 2012 1 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 2 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EQUIPE RESPONSÁVEL Silvio Magalhães Barros II Prefeito de Maringá Carlos Roberto Pupin Vice-Prefeito de Maringá Edith Dias de Carvalho Secretária de Educação Adriana de Oliveira Chaves Palmieri Diretora de Ensino Sandra Regina Altoé dos Santos Gerente da Educação Infantil Graziela Cristina Perez Garcia Batiston (2009-2012) Márcia Regina Chioderolli Folgosi Gerente do Ensino Fundamental Lucia Catto Magalhães Campelo Gerente de Apoio Pedagógico Interdisciplinar Ana Paula Pires Gerente da Educação de Jovens e Adultos Leonides dos Reis Mamprim (2009-2012) Gisele Aurora de Assumpção Gerente do Programa Mais Educação João Luiz Gasparin Consultor Pedagógico Debora Gomes Erick Rodrigo Bucioli Assessores Pedagógicos e Coordenadores Gerais 3 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 4 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Ana Patrícia F. Turwowski Carla Lucelia Bessani Paixão Cinthia Chiqueto Rodrigues Edna Salete Radigon da Delalíbera Elenice Gonçalves Simoni Eliana Moreira Amaral de Souza Elianara Villa Nova Macedo Gisele Aurora de Assumpção Kelly Helloysi Santini Luciana Zamponi Meire Bono Soares Nilda da Silva Martins Priscila Viviane de Souza Raquel Lipe de Oliveira Marchioli Rosely Bagini Guarido Solange Cristina D'Antonio Sueli Cristina Locatelli Suely Ruy Men Valéria Cristina de Oliveira Bravim Educação Infantil Ana de Farias Pinto Bárbara Amabile Benvenutti Denise Fanny Kemmer Futlik Martinelli Sandra Maria Brendolan Ensino Fundamental - Arte Anne Elise Saara Santos Carvajal Erick Rodrigo Bucioli Graziela Cristina Perez Garcia Batiston Maria Aparecida Cavalher Ferreira Mariana Borgognoni Petrocelli Suely Ruy Men Ensino Fundamental – Ciências 5 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 6 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Andrea Gomes Cirino Debora Gomes Fernanda de Araujo Quevedo Lages Karen Cristina Chicati Ensino Fundamental – Educação Física Ana Maria Rodrigues de Vasconcelos Andréia Cristina dos Santos Elisabethe Lovato De Marchi Rosângela Brogin Rosemeire Soares Plepis Ensino Fundamental – Ensino Religioso Adriana Caldeira dos Santos Gualberto Juliana Rosa Bogo Braz Rosely Bagini Guarido Rosilene Nascimento Polizeli Ensino Fundamental – Geografia Ana Paula Rodrigues Cintya Correa Dorne de Carvalho Edilene Cunha Martinez Eliana Moreira Amaral de Souza Lúcia Catto Magalhães Sandra Mara Milak Ensino Fundamental – História Cinthia Chiqueto Rodrigues Daniele Audrey de Souza Crubelati Gláucia Maruiti Márcia Regina Chioderolli Folgosi Meire Bono Soares Raquel Lipe de Oliveira Marchioli Silvana Hoffmann Ensino Fundamental – Língua Portuguesa 7 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 8 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Elenice Gonçalves Simoni Gisele Aurora de Assumpção Patrícia Gongora Rosa Solange Cristina D'Antonio Sueli Cristina Locatelli Ensino Fundamental - Matemática Foto da Capa Assessoria de Comunicação/PMM 9 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 10 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o visitante sentou na areia da praia e disse: “Não há mais o que ver” Saiba que não era assim. O fim de uma viagem é apenas o começo de outra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na primavera o que vira no verão, ver de dia o que se viu de noite, com o sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar os passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre. José Saramago 11 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 12 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL SUMÁRIO APRESENTAÇÃO......................................................................................................................015 P ROPOSTA TEÓRICO METODOLÓGICA DA REDE MUNICIPAL DE MARINGÁ........................018 Marco histórico e teórico.........................................................................................018 Marco pedagógico e didático..................................................................................021 EDUCAÇÃO INTEGRAL............................................................................................................030 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO: A BUSCA POR UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA DE QUALIDADE ......................................................................................................................047 AMBIENTES EDUCACIONAIS INFORMATIZADOS ....................................................................069 EDUCAÇÃO INFANTIL.............................................................................................................076 INFANTIL 1..............................................................................................................................106 INFANTIL 2..............................................................................................................................111 INFANTIL 3..............................................................................................................................117 INFANTIL 4..............................................................................................................................125 INFANTIL 5..............................................................................................................................136 ENSINO FUNDAMENTAL .........................................................................................................150 A RTE........................................................................................................................................156 Arte 1º ano.................................................................................................................162 Arte 2º ano.................................................................................................................170 Arte 3º ano.................................................................................................................178 Arte 4º ano.................................................................................................................186 Arte 5º ano.................................................................................................................196 CIÊNCIAS.................................................................................................................................207 Ciências 1º ano..........................................................................................................210 Ciências 2º ano..........................................................................................................213 Ciências 3º ano..........................................................................................................215 Ciências 4º ano..........................................................................................................218 Ciências 5º ano..........................................................................................................221 EDUCAÇÃO FÍSICA..................................................................................................................225 Educação Física 1º ano.............................................................................................233 Educação Física 2º ano.............................................................................................236 Educação Física 3º ano.............................................................................................239 Educação Física 4º ano.............................................................................................242 Educação Física 5º ano.............................................................................................246 ENSINO RELIGIOSO.................................................................................................................251 Ensino Religioso 1º ano............................................................................................252 Ensino Religioso 2º ano............................................................................................255 Ensino Religioso 3º ano............................................................................................258 Ensino Religioso 4º ano............................................................................................261 13 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Ensino Religioso 5º ano............................................................................................264 GEOGRAFIA.............................................................................................................................268 Geografia 1º ano........................................................................................................271 Geografia 2º ano........................................................................................................274 Geografia 3º ano........................................................................................................276 Geografia 4º ano........................................................................................................277 Geografia 5º ano........................................................................................................280 HISTÓRIA.................................................................................................................................284 História 1º ano...........................................................................................................291 História 2º ano...........................................................................................................295 História 3º ano...........................................................................................................299 História 4º ano...........................................................................................................301 História 5º ano...........................................................................................................304 LÍNGUA PORTUGUESA............................................................................................................311 Língua Portuguesa 1º ano.......................................................................................324 Anexo I: Gêneros Textuais sugeridos para o 1º ano...........................................332 Língua Portuguesa 2º ano.......................................................................................333 Anexo II: Gêneros Textuais sugeridos para o 2º ano...........................................343 Língua Portuguesa 3º ano.......................................................................................344 Anexo III: Gêneros Textuais sugeridos para o 3º ano.........................................356 Língua Portuguesa 4º ano.......................................................................................357 Anexo IV: Gêneros Textuais sugeridos para o 4º ano..........................................370 Língua Portuguesa 5º ano.......................................................................................371 Anexo V: Gêneros Textuais sugeridos para o 5º ano...........................................385 MATEMÁTICA..........................................................................................................................388 Matemática 1º ano....................................................................................................404 Matemática 2º ano....................................................................................................410 Matemática 3º ano....................................................................................................417 Matemática 4º ano....................................................................................................423 Matemática 5º ano....................................................................................................431 14 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL APRESENTAÇÃO A Rede Municipal de Ensino de Maringá constitui uma rede de Ensino que atende em 2012, dez mil educandos, em cinquenta e sete Centros Municipais de Educação Infantil e dezessete mil educandos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, em quarenta e nove Escolas Municipais. Todos os profissionais da educação da Rede Municipal de Ensino percorreram um longo percurso no que concerne às propostas curriculares utilizadas nas unidades escolares, no entanto, destacaremos as ações realizadas a partir do ano de 2006, a partir do qual estávamos desempenhando nossas funções nesta Secretaria e foi o momento em que a Rede Municipal de Ensino debruçou-se sobre os estudos das Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, lançada primeiramente em versão preliminar. A partir de 2007 iniciaram-se os estudos sobre o Ensino Fundamental de Nove Anos, sendo organizado a partir do “Currículo Básico do Estado do Paraná”, da “Proposta Curricular existente na rede”, das “Orientações para a (re)elaboração, implementação e avaliação da Proposta Pedagógica na Educação Infantil – Secretaria de Estado da Educação do Paraná” e das “Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná”, a “Proposta Curricular para Educação Infantil e o Ensino Fundamental de Nove Anos do Município de Maringá”; nesse momento, houve ainda a atualização das Propostas Pedagógicas das Escolas Municipais, as quais delimitam além de dados institucionais, questões teóricos metodológicas pertinentes ao encaminhamento pedagógico da Rede Municipal de Ensino de Maringá. No ano de 2008, iniciou-se a utilização da nova Proposta Curricular, bem como, o estudo da “Coleção Indagações sobre Currículo: Currículo e Desenvolvimento Humano; Educandos e Educadores – seus direitos e o currículo; Currículo, conhecimento e cultura; Diversidade e currículo; Currículo e Avaliação – Ministério da Educação – Secretaria de Educação Básica. Brasília, 2007.”, enviada pelo MEC para todas as unidades escolares. Na Educação Infantil, iniciou-se a atualização dos Projetos Políticos Pedagógicos. Em 2009, houve o estudo em torno do documento “A criança de 6 anos, linguagem escrita e o Ensino Fundamental de nove anos: orientações para o trabalho com a linguagem escrita em turmas de crianças de seis anos de idade, de Francisca Izabel Pereira Maciel, Mônica Correia Baptista e Sara Mourão Monteiro (orgs.). Ministério da Educação – Secretaria de Educação Básica, Brasília, 2009”, além do “PDE : Plano de Desenvolvimento da Educação: Prova Brasil: Ensino Fundamental: matrizes de referência, tópicos e descritores. Ministério da Educação – Secretaria de Educação Básica. Brasília : MEC, SEB; Inep, 2008”. No ano de 2010, estudamos ainda o documento “Ensino Fundamental de Nove Anos – Orientações Pedagógicas para os Anos Iniciais – Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Curitiba: SEED, 2010.”, além de realizarmos a atualização de todos os Regimentos Escolares e o estudo sobre a Proposta Teórico-Metodológica da Rede com os professores recém-contratados. No início de 2011, realizamos o estudo sobre a Proposta Teórico-Metodológica 15 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL da Rede Municipal de Ensino, tendo a síntese deste estudo publicada na Revista Maringá Ensina de maio/junho/julho de 2011. No dia 01/08/2011, foi feito um encaminhamento em relação à proposta do “Fórum da Rede Municipal de Maringá: Proposta Curricular da Educação Infantil e do anos iniciais do Ensino Fundamental”, o qual foi debatido com as diretoras das unidades escolares, que repassaram as informações para suas equipes pedagógicas, debatendo-as e possibilitando a organização adequada das ações propostas em cada unidade escolar, conforme cronograma abaixo: Agosto de 2011: realização de reuniões preparatória com equipe pedagógica da SEDUC, representantes das unidades escolares, das instituições de Ensino Superior, do Núcleo Regional de Ensino de Maringá e do Conselho Municipal de Educação. Agosto, setembro e outubro de 2011: debate sobre as novas demandas, exigências e descrição dos objetivos de aprendizagem na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental; elaboração de propostas em relação a pontos para suprimir, acrescentar e/ou reescrever na atual Proposta Curricular; Outubro de 2011: indicação de delegados representando os funcionários de todas as Unidades Escolares; 04, 05, 18 e 19 de novembro de 2011: Fórum da Rede Municipal de Maringá: Proposta Curricular da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Nessa perspectiva, a Secretaria de Educação se adiantou aos estudos necessários, enviando a todas as unidades escolares as sínteses produzidas em torno dos documentos de apoio para estudos: Currículo: processo histórico e concepções de Tomaz Tadeu da Silva. 2004. Coleção Indagações sobre Currículo. MEC, 2007. Currículo Básico para Escola Pública. SEED. 1990. Orientações para a (re) elaboração, implementação e avaliação da Proposta Pedagógica na Educação Infantil. SEED, 2006. Parâmetros Nacionais de Qualidade para Educação Infantil. vol. 1 e 2. MEC, 2006. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. vol. 1, 2 e 3. MEC, 1998. Ensino Fundamental de Nove anos: orientações pedagógicas para os anos iniciais. SEED, 2010. Parâmetros Curriculares Nacionais. MEC, 1997. Provinha Brasil: matriz de referência para avaliação de Alfabetização e do letramento inicial. MEC, 2009/2011a. Provinha Brasil: matriz de referência para avaliação da Alfabetização Matemática inicial. MEC, 2009/2011b. A criança de 6 anos, a linguagem escrita e o Ensino Fundamental de nove anos: orientações para o trabalho com a linguagem escrita em turmas de 16 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL crianças de seis anos de idade, de Francisca Izabel Pereira Maciel, Mônica Correia Baptista e Sara Mourão Monteiro, 2009. PDE: Plano de desenvolvimento da educação: Prova Brasil: Ensino Fundamental: Matrizes de referência, tópicos e descritores. MEC, 2008. Além disso, ao longo da utilização da Proposta Curricular 2008-2011, observou-se que, durante os planejamentos, muitas proposições e questionamentos foram levantados e debatidos, tanto nas unidades escolares como na Secretaria de Educação. Portanto, ao iniciarmos uma programação focando as discussões em torno de novas proposições para a atual Proposta Curricular, fez-se isso com uma trajetória traçada em anos de estudos, debates e ações no interior das unidades escolares, os quais nos forneceram subsídios para sistematizarmos uma nova Proposta Curricular fixando então, um Currículo para Rede Municipal de Ensino de Maringá. Destacamos que as proposições aprovadas no Fórum Municipal por consenso ou maioria de cinquenta por cento mais um, estão presentes neste documento, no qual a equipe da Secretaria de Educação primou por garantir um “Currículo Máximo” e que venha ao encontro de uma educação de qualidade. Ressaltamos que, ao reorganizá-lo em uma nova estrutura, transformamos as expectativas de aprendizagem encaminhadas pelas unidades escolares em objetivos específicos que descrevem o que fazer (instrumentalização) e porque fazer (prática social), visando garantir o máximo de informações necessárias ao entendimento dos conteúdos a serem trabalhados, bem como o trabalho previsto pela Pedagogia Histórico-Crítica. Por fim, destacamos que este documento foi organizado após a realização do Fórum da Rede Municipal de Ensino de Maringá: “Proposta Curricular da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental”, o qual suscitou muitos debates, convergências e divergências, ações essas, inerentes, necessárias e salutares a qualquer processo em que se permite a participação democrática de todos os envolvidos, ainda mais quando estamos tratando de uma educação para todos, mas conscientes de que educação se faz de crenças e verdades internas, sentidas e vividas por cada um. Debora Gomes Erick Rodrigo Bucioli Coordenadores Gerais 17 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL PROPOSTA TEÓRICO METODOLÓGICA DA REDE MUNICIPAL DE MARINGÁ Debora Gomes João Luiz Gasparin MARCO HISTÓRICO E TEÓRICO A Rede Municipal de Ensino de Maringá não é um sistema próprio de educação, portanto encontra-se vinculada à Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED), a qual, em 1990, publicou o “Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná”, que além de ser a proposta curricular sistematizada para todas as escolas públicas, destacou-se como documento teórico-metodológico norteador e orientador do currículo de muitos municípios paranaenses. Esse documento ressalta que A educação existe para propiciar a aquisição de instrumentos que possibilitem o acesso ao saber elaborado (ciência), bem como o próprio acesso aos rendimentos desse saber (SAVIANI, 1986. p. 9). Ao apreender a escola, a partir de sua razão histórica, a questão do conhecimento, explicativo da organização da sociedade, de sua produção material e cultural, passa a ser central e direcionadora da potencialidade da escola numa sociedade como a nossa. A discussão em torno do resgate da essencialidade da escola conta hoje com a contribuição fundamental dos educadores que perseguem a construção da pedagogia histórico-crítica, sendo que a contribuição do professor Dermeval Saviani tem sido determinante nessa compreensão da tarefa escolar. Para essa compreensão pedagógica cabe à escola dosar e sequenciar o saber sistematizado, o conhecimento científico, tendo em vista o processo de sua transmissão-assimilação. A tarefa que se impõe é organizar o saber escolar, ou seja, tomar como elemento norteador das atividades da escola a socialização do conhecimento sistematizado. (SEED, 1990. p. 16, grifo nosso) O mesmo documento, ao tratar do desenvolvimento do ser humano e da aquisição de conhecimentos na escola, assinala que: O desenvolvimento é um processo integrado, que abrange todos os aspectos da vida humana (físico, emocional, cognitivo e social), no complexo, no qual diversas funções são formadas. (SEED, 1990. p. 19) Nessa perspectiva, a proposta da SEED aponta questões salutares que deverão ser analisadas e levadas em conta na elaboração do planejamento e no desenvolvimento das atividades de ensino e aprendizagem da escola. Dentre elas vale ressaltar: Desenvolvimento e aprendizagem são, como dissemos, aspectos integrantes do mesmo processo de constituição do indivíduo. A aprendizagem da criança não pode ser entendida simplesmente como aprendizagem de conhecimento formal, pois além de aprender as coisas que lhe são ensinadas na creche, na pré-escola e na escola, aprende também a 18 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL desempenhar papéis, a se relacionar afetivamente com as outras pessoas da família e da comunidade e a agir como elemento integrante do grupo. Dessa forma, o aspecto afetivo do desenvolvimento é tão importante quanto o cognitivo. [...] Na infância, a compreensão das coisas é construída a partir da ação concreta no real. A atividade da criança, dessa forma, é fundamental. Entendemos atividade como a ação da criança no meio, podendo esta ser caracterizada como os jogos e brincadeiras, exploração do ambiente, modificação dos elementos que constituem esse meio, observação, etc. Na atividade há identidade de motivo e objetivo. […] (SEED, 1990. p. 20-21, grifo nosso) Essa linha de pensamento - Pedagogia Histórico-Crítica - adotada pela Secretaria de Educação de Maringá, tem sua base teórica fundamentada na Teoria Histórico Cultural e no materialismo histórico-dialético. A teoria histórico-cultural foi criada no período de 1924 a 1934, por Vygotsky e seus colaboradores; dentre eles, os mais conhecidos são Luria e Leontiev. Apesar de não ter recebido uma educação formal em psicologia, Lev Semionovich Vygotsky é considerado um dos maiores psicólogos do século XX. De nacionalidade russa, Vygotsky nasceu em 1896 e faleceu em 1934, mas apesar de uma vida curta, produziu cerca de duzentas obras, das quais muitas se perderam. No entanto, inspirado por Marx e Engels produziu uma das teorias mais promissoras da psicologia. Segundo Palangana 2001, p. 107: […] somente por volta de 1920 é que os estudiosos da área começaram a se preocupar em estruturar a psicologia sobre as bases dialético-materialistas. Foram os trabalhos de Vygotsky e, mais tarde, os de Rubenstein que deram início a essa tarefa. Com eles tornou-se possível compreender o significado do Marxismo para a psicologia. Luria define seu mestre, Vygotsky, como o maior teórico marxista entre os psicólogos soviéticos. Segundo Luria, nas mãos de Vygotsky, o método marxista de análise desempenhou um papel vital na orientação de novas perspectivas que se desenhavam para a ciência psicológica. De acordo com Oliveira, apud Verdinelli (2007), Vygotsky teve influência de quatro ideias marxistas, que ficam evidenciadas em seus trabalhos: […] a primeira, o modo de produção de vida material condiciona a vida social, política e espiritual do homem; a segunda, o homem é um ser histórico que se constrói por meio de suas relações com o mundo material e social. Nesse sentido, o processo de trabalho, ou seja, a transformação da natureza é o processo privilegiado nas relações homem-mundo. Terceira, a sociedade humana é uma totalidade em constante transformação, portanto, é um sistema dinâmico e contraditório, que precisa ser compreendido como processo em mudança e em desenvolvimento; quarta, as transformações qualitativas ocorrem pela chamada ‘síntese dialética’, por meio de elementos presentes numa determinada situação (p. 44). No próprio tema - teoria histórico cultural - ficam destacados dois aspectos da teoria de Marx, os quais fundamentaram o desenvolvimento da psicologia de Vygotsky: o histórico que trata da vida social do homem registrada ao longo de 19 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL décadas e o cultural que está relacionado aos hábitos, costumes, conhecimentos e crenças, dos quais o homem, como ser pertencente à sociedade, se apropria ao longo de sua existência. Enfim, a psicologia do desenvolvimento para Vygotsky, está pautada “nos aportes da cultura, na interação social e na dimensão histórica do desenvolvimento mental” (IVIC, 2010. p. 10). Ivic (2010) afirma que se a teoria histórico cultural tivesse que ser definida por uma série de palavras seria “teoria sócio-histórico-cultural-do desenvolvimento das funções mentais superiores” (2010, p. 15). Teoria sócio, pois para Vygotsky o ser humano se caracteriza por ser um ser social, ou seja, o desenvolvimento infantil segundo sua teoria acontece da seguinte forma: É por meio de outros, por intermédio do adulto que a criança se envolve em suas atividades. Absolutamente, tudo no comportamento da criança está fundido, enraizado no social. Assim, as relações da criança com a realidade são, desde o início relações sociais. Nesse sentido, poder-se-ia dizer que o bebê é um ser social no mais elevado grau. (VYGOSTY, 1984. p. 281) De acordo com essa teoria, é por meio da sociabilidade que a criança irá estabelecer as interações com seu meio. Portanto, no desenvolvimento da primeira infância as interações assimétricas são muito importantes, tendo em vista que, por meio delas, a criança irá interagir tanto com outras crianças, quanto com os adultos, o que irá contribuir efetivamente no seu desenvolvimento. Segundo Ivic (2010, p. 18), Vygotsky trata a relação entre desenvolvimento e aprendizagem, entendendo que […] mesmo quando se trate de uma função que é fortemente determinada pela hereditariedade […], a contribuição do contexto social da aprendizagem é, da mesma forma, construtivo e não se reduz, nem somente ao papel de ativador, como no caso do instinto, nem somente ao papel de estimulação do desenvolvimento [...]. Observa-se que, mesmo num processo de desenvolvimento que ocorre sistematicamente pela evolução biológica do ser humano, na concepção vygotskyana, a aprendizagem poderá potencializar esse processo por meio dos instrumentos gerados pela cultura, ampliando suas possibilidades naturais. Nessa perspectiva, os conhecimentos científicos são instrumentos culturais que possuem informações profundas, portanto, quando as crianças se apropriam dos mesmos ampliam suas possibilidades de pensamento. Assim, a educação “[…] não se limita somente ao fato de influenciar o processo de desenvolvimento, mas ela reestrutura de maneira fundamental todas as funções do comportamento”. (VYGOSTKY apud IVIC, 2010, p. 24) Vygotsky entende que, para além da transmissão de informações e conhecimento científico, a educação é uma das fontes de desenvolvimento da criança, exercendo um papel fulcral nessa ação. 20 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL MARCO PEDAGÓGICO E DIDÁTICO A filosofia de Marx serviu de base para a Pedagogia Histórico-Crítica proposta por Dermeval Saviani. O estudioso, na década de 1980, diante da busca pela superação das teorias não-críticas representadas pelas tendências tradicionais, renovada progressista, renovada não-diretiva e tecnicista, bem como das teorias crítico-reprodutivistas, propõe um trabalho voltado especificamente paras as questões centradas na problemática pedagógica, porém compreendendo a educação a partir de seus condicionantes sociais. Tanto a Pedagogia Histórico-Crítica, quanto a psicologia de Vygostky têm suas bases teóricas em Marx. Para Saviani, a teoria histórico-cultural e a pedagogia histórico-crítica são distintas porque enquanto a primeira se volta para a questão psicológica, a segunda se centra na problemática pedagógica. Mas ambas as teorias mantém afinidades entre si, uma vez que se fundam na mesma concepção teórico-metodológica, isso é, o materialismo histórico-dialético, cuja matriz remete às elaborações teórico-filósoficas de Marx (SAVIANI, 2010. p. 14-15). A proposta da pedagogia histórico-crítica, ao considerar a sociedade vigente, ou seja, uma sociedade capitalista, afirma que é possível desenvolver uma educação que não vise reproduzir e fortalecer os ideais do capitalismo, mas sim fazer que as pessoas que são reféns desse sistema o compreendam e tenham acesso a conhecimentos que possam auxiliar na superação de suas condições. Saviani (1986) destaca que, para que a escola funcione bem, é necessário que se utilizem métodos de ensino eficazes, por serem eles que estimularão a atividade e iniciativa dos educandos, no entanto sem abrir mão da iniciativa do professor. O método deve favorecer o diálogo dos educandos entre si e com o professor, mas sem deixar de valorizar o diálogo com a cultura acumulada historicamente. Levar em conta os interesses dos educandos, os ritmos de aprendizagem e o desenvolvimento psicológico, sem, contudo, perder de vista a sistematização lógica dos conhecimentos, sua ordenação e gradação para efeitos do processo de transmissão-assimilação dos conteúdos cognitivos (VERDINELLI, 2007. p. 59). A proposta de Saviani visa auxiliar e orientar a ação pedagógica no interior das escolas. É uma concepção que considera as relações sociais e a história do indivíduo. Assim, todo e qualquer trabalho escolar deverá iniciar-se partindo do que os educandos já trazem consigo, ascender para as abstrações – o conhecimento científico-cultural - culminando em ações que extrapolem as salas de aula. Gasparin (2009) propõe, então, a Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica, entendendo-a como a práxis pedagógica. Essa didática estrutura-se em quatro níveis: a) A Teoria do conhecimento do materialismo histórico dialético, cuja diretriz fundamental, no processo de elaboração e apropriação do conhecimento científico-cultural, consiste em partir da prática, ascender à teoria e retornar à prática em forma de práxis. b) A Teoria histórico-cultural vygotskyana, que considera o nível de 21 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL desenvolvimento atual do educando, a zona de seu desenvolvimento próximo, a fim de alcançar o novo nível de desenvolvimento como síntese das duas fases anteriores. c) A Pedagogia histórico-crítica, proposta por Saviani, expressa-se nos cinco passos: prática social inicial, problematização, instrumentalização, catarse e prática social final. d) A Didática da pedagogia histórico-crítica busca traduzir na prática escolar, pela ação docente-discente, todo o processo didático-pedagógico na reelaboração e apropriação do conteúdo com significado e sentido individual e social para o educando A seguir são apresentados os cinco passos da nova didática que poderão orientar o trabalho do professor em suas aulas. 1. Prática social inicial: é a primeira fase, a primeira leitura da realidade, ou seja, um primeiro contato do educando com o tema a ser estudado. O professor com sua visão sintética interage com o educando que traz o saber prévio, ou seja, a visão sincrética. Nesse momento, além de mobilizar e despertar o interesse do educando pelo conteúdo que será estudado, deverá ouvi-lo de maneira que o torne sujeito do processo, ou seja, fazer que o educando, por meio dos conceitos espontâneos que detém, consiga trilhar o percurso inicial para o acesso ao conhecimento científico. Nesse momento será feita a listagem de conteúdos, que poderá ser elaborada por unidades, tópicos e objetivos. 2. Problematização: a segunda fase, para Saviani (1986, p. 74), visa “detectar que questões precisam ser resolvidas no âmbito da prática social e, em consequência, que conhecimento é necessário dominar”. Segundo Gasparin (2009), nessa fase se inicia a transição do fazer cotidiano para a cultura elaborada, ou seja, a prática social será questionada e, para isso, as questões devem ser coerentes com os objetivos propostos em relação aos conteúdos que serão trabalhados. Nessa fase, os educandos tomarão conhecimento dos motivos pelos quais o conteúdo será aprendido, isto é, em quais dimensões pretende-se aprofundar o conteúdo: conceitual, histórica, científica, cultural, ética, política, etc. Gasparin (2009), além de explicitar as dimensões, propõe que o professor elabore algumas questões que envolvam o conteúdo que será trabalhado. Ao responderem, em equipe, as questões, os educandos evidenciarão seu conhecimento prévio sobre o tema. No caso da Educação Infantil, em especial as crianças de zero a três anos, o processo de compreensão e aquisições de conceitos também ocorre, porém a resposta dada às questões previamente planejadas pelo professor, se dão na ação da criança, ou seja, o professor observa tanto o processo de compreensão, quanto de aquisição de formulação de conceitos, por meio das ações cotidianas da criança, e não somente pela oralidade, escrita, desenho... 3. Instrumentalização: a terceira fase da Pedagogia Histórico-Crítica é o momento em que as ações docentes e discentes se orientarão para a elaboração e/ou reelaboração do conhecimento, ou seja, segundo Gasparin (2009), é o momento no qual o conteúdo será sistematizado de maneira que ocorra a aprendizagem do conhecimento científico, que ocorrerá com a mediação do professor. Essa é a fase em 22 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL que se buscará responder aos problemas levantados na prática social e na problematização. Isso exigirá do professor um processo de mediação realizado com a ação intencional e atividades planejadas. Para isso acontecer, faz-se necessário que o professor conheça o nível de desenvolvimento real dos educandos. Nesse nível a criança atua sem mediação do professor; este atuará no nível de desenvolvimento proximal, no qual a criança necessita da mediação docente ou de outros educandos. Essa é a fase em que o professor irá lançar mão dos diversos recursos disponíveis, bem como, do método adequado para a aprendizagem efetiva do educando. 4. Catarse: na quarta fase da Pedagogia Histórico-Crítica, o educando irá sistematizar o que aprendeu nos momentos anteriores. Ele passará da síncrese para a síntese, demonstrando um conhecimento mais elaborado, científico, para além do empírico que trazia consigo na prática social inicial. A catarse poderá ser feita de maneira oral, escrita, desenhada ou no caso da Educação Infantil, o professor deverá descrevê-la por meio da ação que observar nos alunos. Nela, o educando fará uma síntese mental comparando o que sabia no início e o que foi aprendendo ao longo do processo. É o momento da práxis pedagógico-teórica, se assim podemos afirmar (prática inicial do educando+teoria do professor). 5. Prática Social Final: a quinta, e última fase, é o ponto de chegada do processo pedagógico na perspectiva histórico-crítica. É o retorno à prática social. Agora o educando irá realizar sozinho aquilo que antes só fazia com a mediação de outros. Segundo Gasparin (2009, p. 143), “[...] é a manifestação da nova postura prática, da nova atitude, da nova visão do conteúdo no cotidiano […] retornando à Prática Social inicial, agora modificada pela aprendizagem”, gerando uma nova prática social. É o momento da práxis prática, se essa expressão é possível. Segundo Gasparin (2011, p.17), a Pedagogia Histórico-Crítica “é uma leitura de mundo, de educação e do processo de ensino e de aprendizagem dos conteúdos científicos-culturais na escola. Nessa perspectiva, ela se torna uma maneira diferenciada de encaminhar o pensamento educacional escolar do qual resultam ações consequentes na prática do professor. Assim, ela se constitui um método, isso é, um caminho amplo, mas direcionado, por meio do qual se busca atingir um objetivo.” Diante disso, a Rede Municipal de Ensino de Maringá entende que é fundamental a escola instrumentalizar o educando, por meio do conteúdo científico e cultural produzido historicamente, a fim de que o mesmo consiga analisar as contradições sociais, tendo como objetivo a transformação, bem como, exercer sua participação social e política, conhecer seus direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia a dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito, posicionando-se de maneira crítica e responsável nas diferentes situações sociais e utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas. Ressaltamos que, ao adotarmos a Pedagogia Histórico-Crítica, atuamos em conformidade com a própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, lei n° 9.394/1996, a qual estabelece no Título I, da Educação, Artigo 1°, parágrafo 2°, que “A 23 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social”. No Capítulo II, da Educação Básica, destaca-se ainda, no artigo 27, que: Os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda, as seguintes diretrizes: I - a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática; II - consideração das condições de escolaridade dos educandos em cada estabelecimento; III - orientação para o trabalho; IV - promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas nãoformais. A Rede Municipal de Ensino de Maringá, fundamentada, conforme descrito anteriormente, na Pedagogia Histórico-Crítica, encontra-se atendendo à Educação Infantil e às séries iniciais do Ensino Fundamental de acordo com as seguintes faixas etárias: 0-3 anos: creche 4-5 anos: pré-escola 6-8 anos: alfabetização e letramento no Ensino Fundamental 9-10 anos: finalização do ciclo dos anos iniciais do Ensino Fundamental A implantação do Ensino Fundamental de 9 anos teve início em 2008 com o 1° ano, em 2009 com os 1° e 2° anos, em 2010 com os 1°, 2° e 3° anos; em 2011 com os 1°, 2°, 3° e 4° anos e agora em 2012 finalizamos o processo em que a Rede Municipal de Ensino de Maringá atenderá todos os anos iniciais (1º ao 5º ano) do Ensino Fundamental de Nove Anos. Diante dessa nova configuração, foi enviado à Secretaria de Educação do Município, um novo documento intitulado “Ensino Fundamental de Nove Anos: orientações pedagógicas para os anos inicias”, documento este elaborado pela Secretaria de Estado da Educação e publicado em sua versão definitiva no ano de 2010. Dentre as orientações trazidas, na introdução, destaca a concepção de infância que Significa reconhecer que esta condição da criança, a infância, é resultado de determinações sociais mais amplas do âmbito político, econômico, social, histórico e cultural. Significa ainda considerar, no contexto da práxis pedagógica, que a criança emite opiniões e desejos de acordo com as experiências forjadas nos diferentes grupos sociais e de classe social à qual pertence (SEED, 2010. p. 11). Nessa perspectiva, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, deve tratar o conhecimento, enquanto meio “que possibilite ao educando uma lógica de pensamento que possa dar oportunidade à elaboração de uma síntese que permita a constatação, interpretação e compreensão” do conhecimento científico e cultural acumulado ao longo da história (Coletivo de Autores apud DUCKUR, 2004.p. 61-62). A avaliação deve possibilitar que o educando demonstre em situações de aprendizagem, à partir da mediação ou não do professor, como se apropriou do 24 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL conteúdo e resolveu os questionamentos levantados, ou seja, como passou da síncrese -“sensorial concreto, o empírico, o concreto percebido”- à síntese -“o concreto pensado, um novo concreto mais elaborado, uma prática transformadora”. (Corazza apud GASPARIN, 2009. p. 5) Neste cenário, as práticas avaliativas constituem-se um suporte pedagógico da ação docente, pois é por meio delas que é possível acompanhar o que foi aprendido pela criança, como foi aprendido e, consequentemente, mobiliza reflexões sobre os procedimentos metodológicos utilizados. (Santos apud SEED, 2009. p. 75) […] a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem, quanto como instrumento de investigação da prática pedagógica, ou seja, […] o verdadeiro sentido da avaliação é de acompanhar o presente, orientar as possibilidades do futuro e mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas (SEED, 2008. p. 31). A avaliação deve contribuir para que os educandos passem a compreender criticamente o contexto social e histórico no qual estão inseridos, e ainda, que pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de se tornar cidadãos atuantes na sociedade. A avaliação, nessa perspectiva, deve ir ao encontro de tal proposta de trabalho, ou seja, deve estar articulada aos princípios de uma pedagogia crítica, os quais de acordo com Duckur (2004), são: • A discussão prévia sobre o conteúdo a ser ensinado/assimilado; deixando claro quais são os objetivos a atingir, porque e como, sem, contudo, desconsiderar as sugestões dos educandos, assim como a retomada da aula anterior buscando dar uma continuidade, o que amplia as possibilidades de uma melhor sistematização no aprendizado. • A oportunidade para auto-organização dos educandos; na medida em que deles são exigidas a organização e a apresentação de atividades que carecem da participação de todos, além da necessidade de se reorganizarem para dar continuidade à atividade. • A forma como se estabelece a relação entre a vida diária dos educandos e as situações vividas nas ações; ou seja, essa relação ocorre com base na atividade em uma discussão coletiva e não em um discurso sociológico elaborado pelo professor. • O ponto de partida é a realidade social; ou seja, valendo-se da compreensão que o educando possui a respeito dos temas, são elaboradas as ações, buscando sempre ampliar o conhecimento já existente. • O respeito à singularidade do educando; tendo em vista que em nenhum momento eles são padronizados, cada um é único. • A valorização do coletivo sem, contudo, perder a noção do indivíduo; ou seja, o coletivo é formado pelos indivíduos, portanto é importante que tenham sua individualidade preservada. • O processo de avaliação coletiva pelo qual os educandos avaliam as ações docentes assim como as dos seus colegas e se auto-avaliam, sempre buscando superar as dificuldades encontradas (p. 107-108). Enquanto parte do processo de ensino-aprendizagem, a avaliação deve ser pensada e planejada na medida em que planejamos e traçamos os objetivos a serem 25 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL alcançados, desta maneira, os critérios, as estratégias e os instrumentos de avaliação, devem estar articulados com todas as ações que permearão o trabalho com os conteúdos. Pensar em avaliar é pensar na orientação e/ou reorientação da ação pedagógica, para o professor isso deverá resultar em autoavaliação, enquanto, para o educando, a avaliação deverá torná-lo ciente dos seus progressos e/ou reorientá-los em relação às dificuldades levantadas nesse processo. Enfim, devemos organizar a avaliação, não apenas como instrumento de atribuição de nota para a documentação escolar do educando, mas sim, como ação integrante do processo de ensino-aprendizagem que possibilita ao professor visualizar a aprendizagem ou não dos educandos e, consequentemente, planejar suas próximas ações. Dessa forma, o trabalho planejado de acordo com as etapas da pedagogia histórico-crítica torna-se um instrumento em benefício do ensino do professor e da aprendizagem de cada educando, que tem a oportunidade de vivenciar atividades que estimulem e contribuam para o desenvolvimento cognitivo, físico, motor, afetivo, social e político, de maneira que possa compreender a si mesmo por meio das relações que estabelece com seu entorno físico e social. Fazendo que ele torne-se uma pessoa que não apenas saiba fazer coisas ou desenvolver ações automaticamente, mas que as realize compreendendo o sentido e o significado para sua vida e para o meio em que está inserido, assumindo a postura de cidadão que trabalha conscientemente para sua realização pessoal e transformação social. 26 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL REFERÊNCIAS BRASIL, Ministério de Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação n° 9.394. Brasília, DF: MEC, 1996. BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais- Arte. volume 6. Brasília MEC/SEF, 1997. BRASIL, Ministério da Educação. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. volumes 1, 2 e 3 – Ministério da Educação – Secretaria de Educação Básica, Brasília, 1998. BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros Nacionais de Qualidade para Educação Infantil. volumes 1 e 2 – Ministério da Educação – Secretaria de Educação Básica, Brasília, 2006. BRASIL, Ministério da Educação. Coleção Indagações sobre Currículo Secretaria de Educação Básica. Brasília, 2007. BRASIL, Ministério da Educação. PDE: Plano de Desenvolvimento da Educação: Prova Brasil: Ensino Fundamental: Matrizes de Referência, tópicos e descritores. Secretaria de Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, Inep, 2008. BRASIL, Ministério da Educação. Provinha Brasil: matriz de referência para avaliação da alfabetização e do letramento inicial. Brasília: Secretaria de Educação Básica. 2009/2011a. BRASIL, Ministério da Educação. Provinha Brasil: matriz de referência para avaliação da alfabetização matemática inicial. Brasília: Secretaria de Educação Básica. 2009/2011b. DUCKUR, Lusirene Costa Bezerra. Em busca da formação de indivíduos autônomos nas aulas de educação física. Campinas, SP: Autores Associados, 2004. p. 61; 62; 107 e 108. GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 5.ed. Campinas: Autores Associados, 2009. GASPARIN, João Luiz. Entrevista. Revista Maringá Ensina. Ano 5, nº 20, 27 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL agosto/setembro/outubro de 2011. p. 16-17. IVIC, Ivan. Lev Semionovich Vygotsky. Tradução José Eustáquio Romão. Recife: Fundação Joaquim Nabuco: Editora Massangana, 2010. MACIEL, Francisca Izabel Pereira; BAPTISTA, Mônica Correia; MONTEIRO, Sara Mourão (orgs). A criança de 6 anos, a linguagem escrita e o Ensino Fundamental de nove anos: orientações para o trabalho com a linguagem escrita em turmas de crianças de seis anos de idade. Ministério da Educação – Secretaria de Educação Básica, Brasília, 2009. PALANGANA, Isilda C. Desenvolvimento e aprendizagem em Piaget e Vygotsky: a relevância do social. 3. ed. São Paulo: Summus, 2001. SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. São Paulo: Cortez Autores Associados, 1986. SAVIANI, Dermeval. Entrevista por Debora Gomes. Revista Maringá Ensina. Ano 4. n. 13, novembro/dezembro de 2009 – janeiro 2010. p. 14-16. SEED. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: Imprensa Oficial do Estado do Paraná, 1990. SEED. Secretaria de Estado da Educação. Orientações para a (re)elaboração, implementação e avaliação da Proposta Pedagógica na Educação Infantil. Curitiba: Imprensa Oficial do Estado do Paraná, 2006. SEED. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Física. Curitiba, PR. 2008. p. 31-33, 75-78. SEED/DEB. Secretaria de Estado da Educação do Paraná/Departamento de Educação Básica. Orientações Pedagógicas para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental de Nove Anos – Versão Preliminar. Curitiba, PR. 2009. SEED. Secretaria de Estado da Educação. Ensino Fundamental de nove anos: orientações pedagógicas para os anos iniciais. Curitiba: Imprensa Oficial do Estado do Paraná, 2010. SILVA, Tomaz Tadeu da. Currículo: processo histórico e concepções. Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. 2. ed. 6ª imp. Belo Horizonte: Autêntica, 2004. VERDINELLI, Marilsa Maria. Formação Continuada de Professores do Ensino 28 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Fundamental subsidiada pela Pedagogia Histórico-Crítica e Teoria HistóricoCultural. Dissertação apresentação ao curso de Pós-Graduação em Educação: Mestrado da Universidade Estadual de Maringá, 2007. VYGOTSKY, Lev Semionovich. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984. 29 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EDUCAÇÃO INTEGRAL Ana de Farias Pinto Fernanda de Araújo Quevedo Lages Gisele Aurora Assunção Karen Cristina Chicati Rosilene Nascimento Polizeli Grupo de Trabalho 1 Com o objetivo de efetivar a Educação Integral no município de Maringá, percebemos a importância e necessidade da elaboração desse documento, como orientador para todos os profissionais envolvidos nesse novo desafio educacional que estamos construindo e efetivando em nossas escolas. Esse novo percurso iniciou-se em 2009, com a implantação gradativa da Educação Integral nas escolas, ideal de educação pública e democrática na busca de reconhecimento do ser humano em suas múltiplas dimensões, que hoje, em 2012, abrange o atendimento em 23 escolas. A nova estrutura das escolas que ofertam a Educação Integral abrangem o atendimento de 4 (quatro) horas destinados aos conteúdos das aulas regulares, 2(duas) horas destinadas ao período intermediário e outras 3 (três) horas destinados às oficinas pedagógicas, que abrangem as várias áreas do conhecimento e linguagens, por meio de atividades oferecidas em ampliação de jornada e articulada ao Projeto Político Pedagógico utilizando os diferentes espaços da escola e comunidade. Esse ideal também está amparado nas bases legais, como consta na Constituição Federal: Artigo 205 - A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Seguidamente a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (lei n°9.394/96) que estipula: Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o período de permanência na escola 1 Grupo de Trabalho: Adriana de Oliveira Chaves Palmieri, Adriana Caldeira dos Santos Gualberto, Ana de Farias Pinto, Ana Paula A. Alves Almenara, Ana Paula Rodriguez, Angela F. Baessa da Silva, Carmen Lúcia de A. Lara, Cíntia Correia Dorni de Carvalho, Cleonice Cristina da Silva, Eliandro Fernandes Vega, Fernanda de Araújo Quevedo Lages, Gisele Alessandra R. Motta, Gisele Aurora de Assumpção, Jane Mendes Candido, Karen Cristina Chicati, Lucia Catto Magalhães Campelo, Márcia Regina Chioderolli Folgosi, Maria Cristina Ribeiro, Maria de Fátima da Cruz, Marilene Aparecida Martos, Nereide Gualberto, Neuza Aparecida Gomes Cazeta, Rosilene Nascimento Polizeli, Silvana Valin Oliveira, Soraia Nunes Marques e Viviane Boa Sorte. 30 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Podemos citar também, a lei n°8.069/90, Estatuto da Criança e do Adolescente, que prevê que: Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta lei, assegurando-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. Além dessas leis, encontra-se respaldo também nas seguintes regulamentações: Lei do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) n°11.494/07; Lei do Voluntariado n°2.594; Plano Nacional de Educação e Direitos Humanos; Política Nacional de Educação Ambiental n°9.795; Portaria Interministerial n°17/2007, de 24/04/2007; Portaria Interministerial n°19/2007, de 24/04/2007; Resolução FNDE n°38, 19/08/2008; Resolução FNDE n°04, 17/03/2009. No início do ano de 2012 efetivou-se a elaboração das Diretrizes para a Educação Integral do município, contamos com a parceria do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária -CENPEC e Fundação Itaú Social que efetivou formações continuadas com gestores, supervisores, coordenadores, orientadores, professores regentes das oficinas ligados as áreas da Educação Física, Arte e Assessores Pedagógicos. Essas formações resultaram na constituição do Grupo de Trabalho da Secretaria Municipal de Educação, com representantes de cada segmento, para assegurar um processo compartilhado e democrático, na construção das Diretrizes para a Educação Integral, embasados na Pedagogia Histórico-Crítica, na Psicologia Histórico-Cultural e no materialismo Histórico-Dialético. Assim, a partir da organização e sistematização dessas Diretrizes pretende-se a efetivação de um trabalho pedagógico com qualidade, que amplie o universo de conhecimentos científicos dos alunos e a aprendizagem significativa, com a oferta de experiências capazes de desenvolver habilidades cognitivas, intelectuais, afetivas, físicas, políticas, éticas e sociais, na busca da formação de uma consciência mais elaborada e crítica. Sendo assim, esse documento é o início de um processo não linear, mas de uma construção coletiva de ações continuadas e compartilhadas que poderão sofrer mudanças e adaptações objetivando a consolidação da Educação Integral. BREVE HISTÓRICO Na busca de adequar a proposta de ensino as novas diretrizes educacionais, às 31 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL necessidades sociais existentes em nossa realidade e na perspectiva de um ensino de qualidade e diversificado, o município de Maringá por meio da plataforma de governo do Prefeito Silvio Magalhães Barros II e da iniciativa da Secretaria Municipal de Educação, iniciou-se a proposta de Educação Integral nas escolas municipais, por meio de projetos nos moldes do Programa Mais Educação do Governo Federal. Esta implantação começou no ano de 2009 onde, duas escolas mudaram sua estrutura de ensino e utilização dos espaços escolares para adotarem a proposta de Educação Integral, sendo elas: Escola Municipal Pioneira Mariana Viana Dias e Escola Municipal Professora Nadyr Maria Alegretti. No ano de 2010, objetivando essa ampliação, mais oito escolas aderiram ao sistema de Educação Integral, sendo elas: Escola Municipal Professora Benedita Natália Lima; Escola Municipal Olga Aiub Ferreira; Escola Municipal Ariovaldo Moreno; Escola Municipal Professora Odete Alcântara Rosa, Escola Municipal Odete Ribarolli Gomes de Castro; Escola Municipal Octávio Periotto; Escola Municipal Dr. João Batista Sanches e Escola Municipal Pioneiro Silvino Fernandes Dias 2. Neste mesmo ano três escolas foram cadastradas no sistema do Ministério da Educação (MEC), como participantes efetivas do Programa Mais Educação, recebendo repasse de verba específica, sendo essas escolas: Escola Municipal Pioneira Mariana Viana Dias, Escola Municipal Professora Benedita Natália Lima e Escola Municipal Olga Aiub Ferreira, seguindo critérios estabelecidos pelos MEC. No ano de 2011 a Educação Integral estendeu-se para mais oito escolas, sendo elas: Escola Municipal Deputado Dr. Ulysses Guimarães; Escola Municipal Mirian Leila Palandri; Escola Municipal Fernão Dias; Escola Municipal Paulo Freire; Escola Municipal Pioneiro Geraldo Meneguetti; Escola Municipal Professor José Darcy de Carvalho; Escola Municipal Ruy Alvino Alegretti; Escola Municipal Victor Beloti. No ano de 2012 expandiu-se para mais cinco escolas: Escola Municipal Odilon Túlio Vargas; Escola Municipal Joaquim Maria Machado de Assis; Escola Municipal Professora Agmar dos Santos; Escola Municipal Pioneira Jesuína de Jesus de Freitas; Escola Municipal Pastor João Batista Macedo. Totalizando assim o atendimento em 23 escolas da rede municipal de ensino, ou seja, 47% das escolas públicas de ensino fundamental de Maringá, já ofertam a Educação Integral. A administração ainda prevê a continuidade da inserção de outras unidades de ensino, porém essa ação só será possível por meio de planejamento administrativo e pedagógico para mapear e efetivar essa ampliação. Na implementação deste trabalho, várias foram as parcerias que colaboraram: Serviço Social do Comércio – SESC, Serviço Social da Indústria - SESI, Associação Atlética do Banco do Brasil – AABB, F.A. Comunidade e Secretaria de Assistência Social-SASC, que contribuíram na visão de formação de um indivíduo participativo, crítico e democrático, pronto para se inserir e modificar a sociedade. A Educação Integral vem ofertar além da maior permanência dos alunos nas 2 Esta unidade escolar é a única que funciona como Escola em Tempo Integral no Município, onde todos os alunos permanecem o dia todo na escola. 32 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL escolas, uma nova visão de educação, onde busca promover direitos à aprendizagem nas diferentes áreas do saber, por meio de várias linguagens. Utilizando para isso, vários espaços da comunidade que se transformam em locais de aprendizagem, ganhando dimensões educativas, onde não apenas museus, igrejas, monumentos e outros edifícios são considerados importantes, mas também, as ruas, praças, estádios, associações, lugares onde as pessoas trabalham, se divertem e convivem, que são explorados pelos educadores como oportunidades de ensinarem e transformarem significativamente a realidade. Enfim, os limites da sala de aula se expandem, para os limites de uma cidade educadora. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INTEGRAL Numa perspectiva fundamentada pelo Materialismo Histórico-Dialético e numa abordagem da Psicologia Histórico-Cultural e na Pedagogia Histórico-Crítica, as relações tecidas nas ações educativas e nas atividades escolares entre alunos e professores são condições essenciais para a ampliação da aprendizagem significativa, propiciando a formação e o desenvolvimento integral do ser humano. Assim, a consolidação da Educação Integral, enquanto política pública, é condição para a ampliação da aprendizagem nas diversas áreas e linguagens do conhecimento, criando diferentes possibilidades para que o aluno se aproprie da produção cultural universal e em face das relações estabelecidas que formam sua consciência, de forma a interferir na natureza através de conceitos formados nas diversas mediações que o indivíduo vivencia. A discussão sobre Educação Integral como resultado e processo para a formação da pessoa humana na sua totalidade, vem sendo recorrente na história da educação, pois desde a primeira metade do século XX é possível encontrarmos experiências de Educação Integral, entre tais merecem destaque as propostas de Anísio Teixeira, onde ele propunha que só haverá democracia no Brasil no dia em que se montar no país a máquina que as prepara, a escola pública. Os estudos de Paulo Freire e Darcy Ribeiro também compõem as matrizes históricas da Educação Integral que defendem uma educação ambiciosamente integrada e integradora, com o desafio da transformação social. A Educação Integral, só faz sentido se a considerarmos como uma concepção de Educação onde o tempo será promovido como ampliação de oportunidades e situações que promovam aprendizagens significativas e emancipadoras. Sendo assim, não se trata de um simples aumento do que já é ofertado, ou seja, produzir uma hiperescolarização, trabalhando com mais do mesmo que já consta no currículo básico, mas de um redimensionamento tanto quantitativo quanto qualitativo. Quantitativo porque considera uma jornada ampliando a carga horária, em que as atividades das oficinas pedagógicas possuem intencionalmente caráter educativo. Qualitativo porque os conteúdos trabalhados podem ser ressignificados revestidos de caráter exploratório, vivencial e protagonizados por todos os envolvidos na 33 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL relação de ensino e aprendizagem. O conceito de Tempo e Espaço são outros aspectos a serem redefinidos na Educação Integral, entendidos como todos os lugares em que a vida em sociedade ocorre, que podem ser potencializados como espaços e tempos educativos existentes na escola e além dela. (...) Esses lugares e tempos são determinados e determinam uns ou outros modos de ensino e aprendizagem. (...) Em síntese, o espaço e o tempo escolares não só conformam o clima e a cultura das instituições educativas, mas também educam. ( VINAO - TRAGO, p.99 apud Pessanha, Daniel e Mezegazzo, p.65, 2004). Defender o desenvolvimento de uma escola de Educação Integral implica necessariamente em um compromisso com a educação pública que cumpra sua função social, de garantir a transmissão e o acesso aos conhecimentos historicamente acumulados, permitindo que o aluno conheça o mundo em que vive e compreenda suas contradições, possibilitando assim, uma educação realmente transformadora. Vale ressaltar a importância de uma constante articulação e debates entre a Secretaria de Educação, outras Secretarias Municipais, unidades escolares e comunidade, levando em consideração as relações recíprocas e as responsabilidades específicas do poder público e das organizações sociais na efetivação da Educação Integral consideradas como “forças vivas da sociedade”- nas palavras do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova de 1932. DIRETRIZES GERAIS DE IMPLEMENTAÇÃO MUNICIPAL DE ENSINO DA EDUCAÇÃO INTEGRAL NA REDE No sentido de organizar ações para a efetivação da implementação da Educação Integral, com intencionalidade político-pedagógica, nos impulsiona a firmar rumos e caminhos para a oferta de experiências capazes de desenvolver habilidades cognitivas, intelectuais, afetivas, éticas, motoras e sociais. Nesse sentido, pontua-se a importância da elaboração das seguintes diretrizes gerais para a Educação Integral: Universalizar gradativamente a Educação Integral para toda rede pública de ensino; Construir parcerias intersetoriais; Explorar novos espaços na ação educativa, legitimando saberes da comunidade e da cidade; Desenvolver além dos saberes científicos, valores, atitudes e comportamentos; Promover a democratização do conhecimento, envolvendo a comunidade e a família nos saberes da proposta de Educação Integral; Reservar o período matutino às aulas do ensino básico fundamental; 34 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Oferecer vagas por oficinas pedagógicas, com no mínimo de 15 alunos e no máximo 30 alunos; Destinar o atendimento prioritariamente às crianças que se encontrem na área de georeferenciamento da escola que oferte a educação integral, bem como as que se encontram em situação de vulnerabilidade social; Envolver a família e a comunidade na concepção de Educação Integral e nas atividades promovidas pela escola, como feiras, exposições, reuniões e apresentações. O aluno que frequentará a escola de Educação Integral deverá ser matriculado, preferencialmente, na mesma unidade escolar no período regular. O horário de atendimento da escola de Educação Integral será das 7H30 às 16H30. O aluno matriculado na escola de Educação Integral terá sua freqüência e permanência obrigatória nos dois turnos oferecidos pela unidade escolar. CONCEPÇÃO DE MATRIZ CURRICULAR A matriz curricular da Escola Integral tem como objetivo ser um referencial teórico-metodológico que orienta a ampliação da jornada e organização curricular, na perspectiva da Educação Integral, tendo como referência a necessidade de reorganização dos espaços e dos tempos escolares, enquanto uma política de inovação e de transformação significativa na estrutura administrativa e pedagógica de cada escola, da Rede Municipal de Ensino de Maringá. Ela propõe instrumentos que permitam orientar as práticas pedagógicas mantendo o currículo básico do ensino fundamental e enriquecendo-o com procedimentos metodológicos diversificados, em forma de oficinas pedagógicas, que favoreçam a vivência de atividades dinâmicas, contextualizadas e significativas nas diversas áreas do conhecimento. Portanto, a matriz curricular orienta que tanto as disciplinas das aulas regulares como as oficinas pedagógicas componham um currículo integrado, sendo flexível, sem a perda do sentido da unidade, permitindo então, produzir uma nova dinâmica para a organização do tempo do aluno, favorecendo o equilíbrio entre as ações de caráter mais científico e lúdico. Este contexto exige um grande envolvimento da equipe pedagógica e funcionários para colocar em prática a redefinição e reorganização das ações, ou seja, vivenciar um redirecionamento de tempo, espaço, currículo e da construção coletiva de um planejamento articulado e dinâmico. 35 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DIRETRIZES PARA AS OFICINAS PEDAGÓCIAS Para o desenvolvimento das diretrizes das oficinas pedagógicas, nos remetem a necessidade da contextualização do conceito de currículo que assumimos na nossa prática educativa, já presentes na Rede Municipal de Ensino. Nessa perspectiva de Educação Integral retomamos o conceito de currículo como “processo” e entendido como um eixo dinâmico e integrador de todas as ações desenvolvidas no espaço escolar. Na ampliação da jornada de estudos o currículo deve possibilitar um conjunto de atividades de aprendizagens (oficinas pedagógicas) que contemplem a interdisciplinaridade entre os diferentes campos e linguagens. Para efetivação das oficinas pedagógicas segue as seguintes diretrizes: Trabalhar os conteúdos por meio de oficinas pedagógicas; As oficinas pedagógicas serão ministradas por profissionais da área da educação e de áreas específicas; A orientação teórico-metodológica do currículo baseia-se na Teoria Histórico-Crítica, sendo que os encaminhamentos seguirão o planejamento bimestral, podendo ser trabalhados por meio de projetos pedagógicos, na busca de integração dos saberes; O planejamento das oficinas pedagógicas é função do Coordenador da Educação Integral, juntamente com o professor, orientador e supervisor educacional, bem como o acompanhamento e a avaliação, porém a participação efetiva na construção de um planejamento articulado é de responsabilidade de toda equipe escolar; Desenvolver no aluno a capacidade de criatividade e autonomia; Oportunizar momentos de pesquisa na construção da própria aprendizagem; O processo educativo deve possibilitar momentos significativos, diversificados e planejados considerando as peculiaridades de cada aluno; Promover a articulação entre os conhecimentos prévios do aluno e os novos conhecimentos científicos que ele adquirirá, a fim de resultar em uma nova prática social; Proporcionar momentos de atividades livres, buscando promover a autonomia, organização e colaboração entre os alunos; Estimular que as atividades se expandam para além do ambiente da sala de aula, buscando explorar outros locais dentro da estrutura escolar e na comunidade; Oferecer, obrigatoriamente, aulas de acompanhamento pedagógico para os alunos que apresentarem defasagem na aprendizagem; As atividades de formação de hábitos devem acontecer no período, do almoço, do lanche, do sono, com orientações de professores e/ou monitores; 36 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Deve ser garantido o período de descanso para todos os alunos, após o horário de almoço, sendo que os alunos poderão dormir ou realizar outras atividades como leitura, assistir vídeos, desde que essas atividades favoreçam o descanso; Cada turma participará de 2(duas) oficinas pedagógicas diárias, com duração de 1h20 minutos por oficina; A tarefa será facultativa nas escolas em que todos os alunos permanecem no contra turno da escola integral; As unidades escolares que possuírem o profissional formado em Educação Física, deverão substituir nos níveis de 4° e 5° ano, a obrigatoriedade da oficina de Jogos e Brincadeiras por Jogos Pré-desportivos ou Dança, com a mesma frequência semanal; A avaliação deve buscar o olhar do aluno como um todo, nos aspectos de desenvolvimento cognitivo, motor, social e criativo, com registros diários e bimestrais. Assim, a oferta das oficinas pedagógicas nas unidades escolares devem contemplar várias áreas do conhecimento, sendo algumas obrigatórias e outras facultativas de acordo com a tabela a seguir: 37 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EIXOS Atividades de Linguagens e Matemática OFICINAS 1º ANO Matemática Obrig. 1 Obrig. 1 Obrig. 2 Obrig. 1 Obrig. 1 Língua Portuguesa Educomunicação Obrig. Opcio. 1 - Obrig. Opcio. 2 - Obrig. Opcio. 2 - Obrig. Opcio. 1 - Obrig. Opcio. 2 - Opcio. Informática Acompanhamento Pedagógico Obrig. Obrig. Jogos e Brincadeiras* Opcio. Dança* - Opcio. Obrig. - Opcio. Obrig. - Opcio. Obrig. - Opcio. Obrig. - 2 - Obrig. Opcio. 2 - Obrig. Opcio. 2 - Obrig. Opcio. 2 - Obrig. Opcio. 2 - Opcio. Obrig. 2 Opcio. Obrig. 2 Opcio. Obrig. 2 Opcio. Obrig. 2 Opcio. Obrig. 2 Opcio. Opcio. - Opcio. Opcio. - Opcio. Opcio. - Opcio. Opcio. - Opcio. Opcio. - Opcio. Opcio. - Opcio. Opcio. - Opcio. Opcio. - Opcio. Opcio. - Opcio. Opcio. - Opcio. Opcio. - Opcio. Opcio. - Opcio. Opcio. - Opcio. Opcio. - Opcio. Opcio. - Opcio. - Opcio. - Opcio. - Obrig.. 1 Obrig. 1 Obrig. Direitos Humanos e Cidadania Obrig. 1 1 Opcio. Obrig. 1 Opcio. Obrig. 1 Obrig. Obrig. 1 1 Opcio.. Obrig. 1 Jogos Pré - desportivos* Atividades Esportivas Arte Teatro Música Xadrez Capoeira Atletismo Atividades Formação Pessoal e Social Lutas Empreendedorismo Educação Ambiental Tarefa Atividades Diárias Formação de Hábitos FREQ. SEM. 2º ANO FREQ. SEM. 3º ANO FREQ. SEM. 4º ANO FREQ. SEM. 5º ANO FREQ. SEM. Acontecerá diariamente no início da 1º ou 2° oficina realizada pela turma, com duração de no máximo vinte minutos, sendo facultativo para as escolas que todos os alunos permanecem em Tempo Integral. As atividades de formação de hábitos são obrigatórias e devem acontecer no período, do almoço, do lanche, do sono, com orientações de professores e/ou monitores. * Ver diretriz nº 16 das oficinas pedagógicas 38 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS DAS OFICINAS A palavra oficina vem do latim e traz a ideia de reaproximar experiência e pensamento, esforço e interesse, jogo e trabalho. Oficina é uma maneira de aprender e ensinar baseado no princípio do aprender fazendo, valorizando os saberes das crianças. Dada sua natureza lúdica e abrangente, as oficinas pedagógicas têm sido muito utilizadas nas propostas de Educação Integral, desenvolvidas na ampliação de jornada escolar, contribuindo na oferta de oportunidades de aprendizagem ampliando o repertório cultural como garantia de direitos, proteção e inclusão social. Em consonância com tal concepção, as oficinas constituem excelente recurso metodológico, pois oferecem situações de aprendizagem com clara intencionalidade educativa, onde seu encaminhamento metodológico diferencia-se do ensino regular, como pode ser observado na instrumentalização da tabela a seguir: 39 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Prática Social Inicial Problematização Neste momento é onde serão “Identificar os principais definidos os conteúdos e problemas postos pela prática objetivos a serem trabalhados. e pelo conteúdo, seguindo-se uma discussão sobre eles, a partir daquilo que os alunos já conhecem” (GASPARIN, 2012, Vivência dos Conteúdos p.161) O que o aluno já sabe e o que ele gostaria de saber a mais. Instrumentalização Oferecer diferentes possibilidades de aprendizagem: vivências em diferentes ambientes, com recursos variados e múltiplas linguagens (verbais, sonoras, visuais, artísticas e corporais) com metodologias que venham Definição das dimensões a em encontro à perspectiva da serem trabalhadas. Educação Integral e se utilizando de diferentes propostas: pesquisas, leituras, jogos, práticas de produção e criação. 40 Catarse O momento de catarse deve ser promovido por meio de reflexão coletiva e instrumentos de avaliação variados, buscando retomar os conteúdos e ações desenvolvidos ao longo do trabalho, na busca de repensar as práticas de ensino e as expectativas de aprendizagens alcançadas. Este momento deve oportunizar ao professor a possibilidade de avaliar e repensar seu trabalho, a fim de modificá-lo de acordo com os resultados observados. PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL AVALIAÇÃO A avaliação esta presente em todos os momentos do convívio social, e o mesmo acontece na prática pedagógica escolar. Ela é embasada pelas concepções sociais humanas e pedagógicas que norteiam o currículo e a metodologia escolar, seguindo em consonância aos objetivos previamente estabelecidos, como explicado pela Orientações Pedagógicas Para os Anos Iniciais da Secretaria de Estado da Educação do Paraná –SEED: A avaliação é concebida como parte integrante e indissociável de todos os momentos do processo ensino/aprendizagem, apresenta funções diversas, como diagnosticar e orientar a intervenção pedagógica. Também apresenta função formativa e de acompanhamento do processo de construção do conhecimento (SCHLÖGL, 2010, p.94) Na Educação Integral esta perspectiva deve ser assumida como um processo diagnóstico e contínuo visando repensar a prática pedagógica para elaboração de instrumentos de observação, de registro e de reflexão constante do processo ensino e aprendizagem. Ao repensar sua ação educativa e tendo a avaliação baseada nos conteúdos, vinculados as relações sociais, o professor terá condições de analisar o nível de apropriação do conhecimento e o desenvolvimento de seu aluno. Ao avaliarmos o trabalho desenvolvido na Educação Integral deve-se promover reflexão coletiva sobre todo o trabalho desenvolvido, buscando retomar os conteúdos e ações desenvolvidas ao longo do trabalho, na busca de repensar as práticas de ensino e expectativas de aprendizagens. Este momento deve oportunizar ao professor a possibilidade de avaliar e repensar seu trabalho, a fim de modificá-lo de acordo com os resultados observados. RECURSOS HUMANOS - PERFIS E FUNÇÕES As mudanças proporcionadas pela nova organização escolar na perspectiva da Educação Integral acarretam um redimensionamento de conceitos sobre: currículo, espaços, tempos, ações e funções. Neste contexto surge a necessidade das funções de Coordenador da Educação Integral e do Educador Infantil, dentre os cargos já existentes na Rede Municipal de Ensino Fundamental, todos como agentes capazes de planejar, coordenar e articular ações. Segue a descrição de alguns cargos e suas funções em relação ao desenvolvimento da escola integral: Secretária de Educação: Viabilizar condições para implementação e permanência da Educação Integral no Município de Maringá. 41 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Diretora de Ensino: Organizar e elaborar em parceria com equipe pedagógica às ações referentes à Educação Integral. Gerente do Ensino Fundamental: Organizar e articular ações pedagógicas e administrativas na perspectiva da Educação Integral. Gerente da Educação Integral: Organizar e articular ações pedagógicas e administrativas referentes ao processo de implantação e funcionamento da Educação Integral; Assessorar a Equipe Diretiva da Educação Integral; Propiciar a atuação intersetorial de diferentes Secretarias para melhor atender as necessidades dos alunos. Gerente de Apoio Pedagógico Interdisciplinar Organizar e articular ações intersetoriais que proporcionem qualidade no atendimento ao aluno, a fim de possibilitar a estes melhores condições de inserção social; Promover a articulação entre a família e escola, por meio da orientação educacional. Assessoria Pedagógica de Núcleos: Assessorar, acompanhar, avaliar e orientar as ações pedagógicas da escola. Assessoria Pedagógica de Área (Arte, Ciências, Educação Especial/inclusão, Educação Física, Geografia, História, Informática, Língua Portuguesa e Matemática): Proporcionar formações continuadas nas áreas específicas, acompanhar, orientar e avaliar. Diretor: Garantir a articulação entre os profissionais da Educação integral; Acompanhar, organizar e orientar as ações administrativas e pedagógicas; Promover o debate na escola, entre todos os envolvidos sobre a educação integral e Projeto Político-Pedagógico; Gerenciar a escola de forma democrática e participativa, redefinir, na prática, o papel de todos envolvidos na Educação Integral, estabelecendo suas funções e importância. 42 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Coordenador da Educação Integral: Planejar bimestralmente com os regentes das oficinas pedagógicas os conteúdos a serem sistematizados; Assessorar os regentes das oficinas pedagógicas no seu planejamento diário; Articular o planejamento das oficinas pedagógicas com o das aulas regulares; Organizar os horários para realização das oficinas pedagógicas e cronograma das atividades desenvolvidas; Propiciar momentos de estudos e reflexões com todos os membros da escola na perspectiva da Educação Integral; Acompanhar, orientar e avaliar o trabalho docente desenvolvido nas oficinas pedagógicas. Manter diálogo contínuo com toda equipe pedagógica para efetivação das ações planejadas e a serem executadas; Elaborar juntamente com os regentes das oficinas pedagógicas instrumentos avaliativos bimestrais para o processo pedagógico; Participar do conselho de classe para novos encaminhamentos metodológicos. Supervisor Educacional: Articular os conteúdos trabalhados no ensino regular e nas oficinas; Contribuir junto ao Coordenador da Educação Integral com ações relacionadas ao planejamento das oficinas, visando à qualidade e integração do processo de ensino e aprendizagem; Socializar o planejamento das oficinas pedagógicas com os professores do ensino regular. Orientador Educacional: Organizar e conduzir o processo de aprendizagem dos alunos; Realizar a avaliação com os alunos que apresentem dificuldades de aprendizagem; Acompanhar a execução de ações propostas, a fim de garantir melhoria do desempenho escolar; Articular ações que vislumbrem o vínculo família - escola; Atuar nas relações sociais dentro da comunidade escolar. Professor e Educador Infantil: Elaborar os planejamentos bimestrais juntamente com o coordenador da Educação Integral; Planejar suas aulas diárias com registro; Realizar o preenchimento do livro de chamada diariamente; Articular os tempos e espaços, priorizando a qualidade do 43 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL desenvolvimento de suas aulas; Acompanhar os alunos nos momentos entre as trocas de turnos; Orientar sobre a formação de hábitos no horário do almoço, lanche e sono; Ministrar as oficinas pedagógicas de acordo com os planejamentos; Avaliar diariamente o rendimento dos alunos, resultando no preenchimento de um instrumento avaliativo bimestral; Participar ativamente das formações continuadas oferecidas pela mantenedora no seu horário de trabalho. FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS Constatamos que devido as mudanças econômicas, sociais, culturais, políticas e científicas observadas na atualidade, os profissionais da educação devem estar em contínuo processo de formação para melhor instrumentalizar o trabalho pedagógico e, assim, favorecer ainda mais a aprendizagem de todos os alunos. O termo “formação” traz em seu significado a possibilidade de verdadeiramente, educarmos o ser humano para a vida. Formação não se limita a treinamento ou a capacitação; é um processo de constante transformação a que passamos para formar outros seres humanos, no sentido de emancipá-los. A proposta de Educação Integral pressupõe que essa formação vise conhecimento científico abrangendo conteúdos relacionados à sustentabilidade ambiental, aos direitos humanos, ao respeito, à valorização das diferenças e à complexidade das relações entre a escola e a sociedade. Assim a compreensão e ressignificação dos conceitos de escola, tempos e espaços é tarefa a ser empreendida pela formação continuada, possibilitadas pela própria escola e pela Secretaria de Educação de Maringá. Nessa perspectiva a formação dos educadores visa enfrentar o desafio de realizarmos a articulação entre as atividades pedagógicas das aulas regulares e das oficinas pedagógicas levando em consideração as experiências vivenciadas na família, no bairro e na cidade. A atuação dos profissionais da educação não se deve limitar aos espaços tradicionais da escola e, nesse sentido, ganha relevância a valorização do trabalho e da cultura como princípios educativos. Uma política de Educação Integral pressupõe uma consistente valorização profissional, a ser garantida pelos gestores públicos, de modo a permitir dedicação exclusiva e qualificada à educação. Também pressupõe adequação dos espaços físicos e das condições materiais, lúdicas, científicas e tecnológicas a essa nova realidade.(MEC, 2009,37) IA P A Na prática docente os professores adaptam, recriam, refazem, ressignificam seus saberes de formação acadêmica, para o enfrentamento do cotidiano escolar que nos desafia a problematizar criticamente a realidade, assumindo o compromisso de formar seres humanos. Para que esse compromisso tenha êxito temos que formar 44 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL docentes reflexivos, críticos, investigadores, pesquisadores, despertando, assim, a permanente curiosidade diante do novo. Nesse sentido a formação continuada possui os seguintes objetivos: Proporcionar a toda a comunidade escolar o aperfeiçoamento e a atualização necessária para o bom desempenho de cada participante do processo ensino e aprendizagem, nas suas diferentes funções. Oportunizar espaços de reflexão, discussão e redirecionamento do trabalho pedagógico visando a melhoria do processo ensino e aprendizagem. Proporcionar maior entendimento dos profissionais da educação sobre temas fundamentais para a sua prática pedagógica: planejamento, avaliação, ensino e aprendizagem, evasão escolar, relacionamento humano e outros. g Entende-se que a formação continuada dos educadores possibilita à promoção do aprendizado e bem-estar dos atores escolares. Sendo assim, visando à concretização de uma formação que leve em conta o docente participativo, é garantido aos profissionais da Rede Municipal de Educação de Maringá a capacitação por meio de reuniões pedagógicas, na hora atividade, em reuniões de estudos, palestras e cursos oferecidos pela mantenedora ou outras instituições. Em continuidade a esse trabalho de formação, as equipes pedagógicas das unidades escolares juntamente com a assessoria da Secretaria de Educação, assumem o papel de acompanhar as propostas das formações continuadas, avaliando-as na prática e se necessário propondo novos encaminhamentos. CONSIDERAÇÕES FINAIS "Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.” Seguindo essa perspectiva de Paulo Freire é que nos propomos a enfrentar esse novo desafio educacional rumo à Educação Integral, ao qual essas diretrizes buscam nortear o caminho, tornando-o mais objetivo e claro. Nesse documento objetivamos consolidar a Educação Integral nas escolas municipais de Maringá, de acordo com pressupostos teórico-metodológicos estudados ao longo do ano de 2012, juntamente com a equipe do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária – CENPEC e Fundação Itaú Social e na vivência e experiências que acumulamos desde o ano de 2009. Ressaltamos que essas diretrizes resultaram de um trabalho em grupo, onde todas as questões foram debatidas e pensadas entre vários membros de todos os setores da educação em uma sistematização aos nossos objetivos educacionais, que é o início de uma proposta que poderá e deverá ser revisada e modificada de acordo com representantes do Grupo de Trabalho de estudos sobre a Educação Integral. 45 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL REFERÊNCIAS FUNDAÇÃO ITAÚ SOCIAL. Tendências para Educação Integral. São Paulo: CENPEC, 2011. GASPARIN, João Luiz. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 5ª ed. Campinas: Autores Associados, 2012. GONÇALVES, Antonio Sérgio. Reflexões sobre a Educação Integral e Escola de Tempo Integral. Caderno Cenpec. São Paulo: n. 2, 2006. Ministério da Educação. Educação integral: texto referência para o debate nacional. Brasília: Secad, 2009. 52 p. (Série Mais Educação). MOLL, Jaqueline. Contemporâneo para a Educação Integral. Revista Pátio. Porto Alegre, nº 51, p.12-15, ago/out 2009. MOTA. Silvia Maria Coelho Mota. Escola de tempo integral: da concepção à prática.UERJ – Rio de Janeiro, 2006. RABELO. Marta Klumb Oliveira. “Educação integral como política pública, a sensível arte de (re)significar os tempos e os espaços educativos.” In: MOLL, Jaqueline.(Organizadora). Caminhos da Educação Integral no Brasil. Porto Alegre, 2012. RIBEIRO, Elizete Gonçalves; CASAGRANDE, Rosangela Maria. Diretrizes para a Educação em Tempo Integral na Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel. Cascavel: Assoeste, 2010. SCHLÖGL, Emerli. “Ensino Religioso”. In: AMARAL, Arleandra C. T, CASAGRANDE, Roseli C. B, CHULEK, Viviane (Organizadores). Ensino Fundamental de Nove Anos: Orientações Pedagógicas Para os Anos Iniciais. Curitiba, PR: Secretaria de Estado da Educação 2010. Secretaria de Estado da Educação. Educação Integral: Escola de Tempo Integral – Aluno em Tempo Integral. São Paulo, 2011. THIESEN, Juares da Silva. Tempo Integral – uma outra lógica para o currículo da escola pública. Florianópolis: UFSC, 2006. VIÑAO-FRAGO apud PESSANHA, E.C.; DANIEL, M.E.B. e MENEGAZZO, M.A. Da história das disciplinas escolares à história da cultura escolar: uma trajetória de pesquisa. Revista Brasileira de Educação, São Paulo, 2004. 46 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO: A BUSCA POR UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA DE QUALIDADE Edilene Cunha Martinez Paula Edicléia França Bacaro Lúcia Catto Magalhães Campelo Diferentes momentos marcam a trajetória das pessoas com deficiência e a História da Educação Especial no Brasil e no mundo. Lembramos que é de suma importância conhecer os processos históricos desse tema para a compreensão do que está posto hoje com as Políticas Públicas nacionais e internacionais, e como elas se constituem na prática em meio social e principalmente na escola, já que é esse o nosso foco de estudo. Dissemos isso porque a princípio, faremos apenas uma retomada histórica por meio da legislação nacional e alguns documentos internacionais que norteiam tais Políticas Públicas para a Educação Especial e Inclusão Educacional. Com isso, esperase que o leitor compreenda as mudanças que ocorreram, e ainda ocorrem, nas escolas, tendo em vista a mudança na legislação educacional nas esferas federal, estadual e por consequência na municipal. Apresentaremos com maior enfoque as Políticas Públicas Educacionais, já que a Educação Inclusiva toma força maior por meio de encontros internacionais que se firmaram em acordos com metas e datas para serem efetivadas. Afirmamos que defendemos a construção de políticas públicas inclusivas, para que seja proporcionado acesso aos serviços, aos recursos pedagógicos e de acessibilidade nas escolas regulares em nosso município, o qual busca eliminar a discriminação e a segregação das pessoas com deficiência. Sendo essa a nossa perspectiva, esperamos que continuemos nos preparando e modificando a nossa organização, com o propósito de assegurar aos alunos público alvo da educação especial não apenas a sua matrícula nas classes comuns, mas também uma educação significativa e de qualidade. A oferta do Atendimento Educacional Especializado, prevista no Projeto Político Pedagógico da escola, deve atender às necessidades do aluno, para que ele receba os recursos e materiais de acessibilidade adequados as suas Necessidades Educacionais Especiais, e construa os requisitos de que precisa, para a busca da qualidade no ensino pelo professor e principalmente em sua aprendizagem. O enfoque será uma breve discussão sobre o que é e como continuar promovendo a construção de uma escola Inclusiva. Nessa discussão, apontaremos a importância do trabalho do gestor escolar e de toda a equipe pedagógica da escola, aliada a promoção de acesso e participação da comunidade escolar nas decisões e encaminhamentos da escola, tanto na elaboração do Projeto Político Pedagógico, quanto em outros eventos que fazem parte da rotina escolar. Aproximando-nos dos aspectos pedagógicos, com o objetivo de um melhor desenvolvimento global e por consequência de aprendizagem dos alunos com 47 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Necessidades Educacionais Especiais, iniciaremos a discussão sobre o tema “Intencionalidade Educativa”, Adaptações Curriculares, Planejamento e Avaliação. Lembrando que todo o conteúdo ou tema a ser trabalhado em sala de aula, não é modificado ao aluno com Necessidades Educacionais Especiais, o que muda é a forma de mediação, recursos pedagógicos e de acessibilidade ao conteúdo trabalhado no processo de ensinar, aprender e avaliar. HISTÓRICO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAL NO BRASIL DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSÃO Todo encaminhamento no espaço escolar requer mudanças políticas e administrativas. Muito se tem feito, por meio de determinações políticas em forma de leis, sobre o atendimento à pessoa deficiente, claro que isso é apenas o início de uma longa caminhada em busca da qualidade de ensino da pessoa com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades. No entanto, esse projeto de inclusão, para que se efetive realmente, depende de todos, família, escola e sociedade. Há a necessidade de planejar, experimentar, modificar, identificar, quantificar e qualificar todo e qualquer encaminhamento. É chamado de processo porque não é possível construí-lo do dia para a noite, mas necessita de algum tempo para que as pessoas compreendam o que é inclusão, o que é uma escola inclusiva, a importância de formar uma comunidade que busca e valorize a inclusão e a diversidade. É necessário que os professores e outros profissionais capacitem-se e que ainda se comprometam com a educação especial e com o efetivo aprendizado desses alunos. Para isso, é necessário conhecer como aconteceu esse processo, que modificações ocorreram nas Políticas Públicas Federais e do Estado do Paraná no decorrer da história e como têm influenciado o presente. O período de estudo será delimitado desde a LDB 4024/61 até os dias atuais. A LDBEN, Lei nº 4024/61 aponta o direito à educação dos excepcionais, preferencialmente na rede regular de ensino. A Lei nº 5692/71 altera a LDBEN de 1961 e apresenta “[...] tratamento especial para os alunos com deficiência física, mental, os que se encontram em atraso considerável e os superdotados”. (BRASIL, 2008, p. 2) Verifica-se que a Lei 5692/71 menciona os superdotados, mas como forma de tratamento e não de atendimento diferenciado. Sob essa compreensão, os alunos continuaram sendo encaminhados para classes especiais. Em busca de mudanças significativas em relação ao atendimento da pessoa deficiente, em 1973, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) criou o Centro Nacional de Educação Especial – CENESP, a atual Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) responsável da Educação Especial e Inclusão educacional no Brasil. No entanto, o CENESP apresentava uma visão integracionista por meio de 48 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL suas campanhas assistenciais. Outro ponto a ser discutido com relação à Lei 5692/71 é que ela não faz referencia à deficiência sensorial, aos indivíduos com condutas típicas, às síndromes neurológicas e psicológicas. Na década de 1980, ocorreu uma mudança gerada por movimentos de luta pelos direitos das pessoas com deficiência. Miranda (2008, p. 36) destaca que “[...] entre 1976 e 1981, houve uma acentuada mobilização para conscientizar as pessoas e os diversos segmentos de toda a sociedade para o ano Internacional das Pessoas Deficientes, em 1981”. Todo esse movimento, de certa forma, influenciou as políticas públicas e a construção de leis e decretos que favoreceram tomadas de decisão que amenizaram os problemas relacionados ao atendimento da pessoa deficiente. Vale salientar que, anterior à Constituição de 1988, prevalecia o “tratamento” como forma de atendimento, uma tendência voltada para a área médica e não pedagógica. A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 208, preconiza o atendimento aos indivíduos que apresentam deficiência “[...] preferencialmente na rede regular de ensino”. Dessa maneira, fica assegurado o direito de todos à educação (BRASIL, 2004). A LDBEN 9394/96, além dos artigos que se referem especificamente à Educação Especial, estabelece encaminhamentos de forma geral que beneficiam o atendimento do aluno com necessidades educacionais especiais. Entre eles estão: a obrigatoriedade e a gratuidade do ensino médio; o acesso aos diferentes níveis de ensino independente da escolarização anterior; diretrizes entre união, estado e município em uma parceria com responsabilidade; avaliação em prol da qualidade de ensino; escola integral; salas de recursos; e programas de educação continuada (BRASIL, 1996). Além dessas regulamentações, a LDBEN 9394/96 dedica um capítulo inteiro à Educação Especial, por meio de dois artigos, 58 e 59. Esses artigos reafirmam o atendimento da pessoa com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino, garantem o serviço de apoio às escolas e, quando não for possível o atendimento na escola regular, deverá ocorrer em escolas e serviços especializados, oferta de educação especial de zero a seis anos durante a educação infantil, recursos, métodos, currículos diferenciados e adaptados para atender às necessidades de aprendizagem dos alunos e terminalidades específicas para aqueles que, devido a suas especificidades, não conseguiram se apropriar dos conceitos específicos da série e aceleração para os superdotados (BRASIL, 1996). Miranda (2008, p. 36) afirma que, naquele contexto, “[...] os serviços especializados e o atendimento das necessidades específicas dos alunos garantidos por lei estão longe de ser alcançados”. Segundo a autora, isso ocorre devido à “[...] carência de recursos pedagógicos e a fragilidade da formação dos professores para lidar com essa clientela”. No início da década de 1990, foi aprovada a Lei 8069/90, que trata do Estatuto da Criança e do Adolescente, determina que todas as crianças sejam matriculadas na rede regular de ensino. Outros documentos também foram elaborados, como a Declaração Mundial de Educação para Todos, em 1990, e a Declaração de Salamanca, 49 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL em 1994, que influenciaram a formulação de políticas públicas em uma perspectiva de educação inclusiva (BRASIL, 2008). Em 1994, foi instituído o documento Política Nacional de Educação Especial, que orienta todo o processo de integração institucional e garante o acesso dos alunos das classes especiais ao ensino regular, possibilitando aos alunos com necessidades educacionais especiais desenvolver atividades curriculares com aqueles considerados normais. O documento destaca a importância de serem valorizados os diferentes potenciais de aprendizagem no ensino comum (BRASIL, 2008). Deve-se levar em conta que a LDBEN 9394/96 garante aos alunos com necessidades educacionais especiais atendimento diferenciado no que se refere a sua necessidade específica de aprendizagem como: métodos, técnicas, recursos, adaptação curricular entre outros. O Decreto nº 3298 regulamenta a Lei 7853/89 e define a Educação Especial como “[...] modalidade transversal a todos os níveis e modalidade de ensino” (BRASIL, 2008, p. 3). A Resolução CNE/CEB nº 2/2001 – Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica – determina que as escolas se organizem para o atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais; o Plano Nacional da Educação – PNE, Lei nº 10172/2001 destaca o avanço necessário no atendimento do aluno com necessidades educacionais especiais e a construção de uma escola inclusiva que respeite a diversidade (BRASIL, 2008). A Resolução CNE/CP nº 1/2001 – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores para a Educação Básica – promulga que as instituições de ensino superior tenham em sua matriz curricular, no que se refere à formação docente, a atenção à diversidade. A Lei nº 10436/02 reconhece a LIBRAS como primeira língua da pessoa surda, bem como a inclusão da disciplina de LIBRAS no currículo de cursos de formação de professores e fonoaudiólogos (BRASIL, 2008). Com a criação de diversas leis relacionadas ao atendimento do aluno com necessidades educacionais especiais, a Secretaria de Educação Especial organizou diversos materiais relacionados a políticas públicas e ao atendimento da pessoa com necessidades educacionais especiais, os quais estão disponíveis no site do MEC/SEESP. Vale ressaltar que muitos professores desconhecem a natureza e a importância desses materiais devido à falta de divulgação. Foram apresentados até aqui os principais decretos e leis que garantem o atendimento de pessoas com necessidades educacionais especiais. A partir deles, foram elaborados diversos encaminhamentos em forma de lei para garantir o acesso e o atendimento com qualidade. Em 2007, com o Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE, que apresenta como eixo principal, entre outros, a formação de professores para a educação especial e a implantação das salas de recursos, iniciou-se uma nova etapa no atendimento do aluno com necessidades educacionais especiais. Muitas conquistas foram alcançadas com relação às políticas públicas. Nesse sentido, Miranda (2008, p. 37) afirma: [...] precisamos garantir que essas conquistas expressas nas leis, realmente possam ser efetivadas na prática do cotidiano escolar, pois o governo não 50 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL tem conseguido garantir a democratização do ensino permitindo o acesso, a permanência e o sucesso de todos os alunos na escola. As últimas décadas vêm sendo marcadas por muitos movimentos em prol do atendimento de qualidade ao aluno com necessidades educacionais especiais. Não basta inseri-lo no ensino regular, é necessário atender às suas necessidades de aprendizagem, ou seja, direcionar as ações pedagógicas e metodológicas para o atendimento às especificidades educacionais desses alunos (JANUZZI, 1992). Nesse sentido, o Atendimento Educacional Especializado tem como finalidade não apenas garantir o acesso ao ensino regular, mas “[...] identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas” (BRASIL, 2008, p. 10). Observa-se que o direito do aluno com necessidades educacionais especiais com relação às políticas públicas tem caminhado rumo à educação de qualidade. No entanto, sabemos da dificuldade que existe em operar essas leis no contexto escolar, devido a tantas especificidades. Sabendo disso, a Secretaria Municipal de Educação tem proporcionado aos professores uma formação de qualidade, buscando atender as necessidades pedagógicas no que se refere ao processo de ensino e aprendizagem. O caminho para uma formação integral nessa área é extenso, leva tempo e nunca se esgota, já que cada aluno deve ser considerado único, com necessidades e capacidades específicas. Para além da formação oferecida, é necessário que o professor mantenha seu interesse, motivação e pesquisa contínua para alcançar os resultados esperados. Além, disso, temos uma história de exclusão, portanto, é necessário quebrar paradigmas. Aranha (2001) afirma que, para se construir uma educação inclusiva, urge a efetivação de um projeto em que todos façam parte, família, diferentes setores da vida pública e a sociedade de forma geral, e mais planejamento, compromisso e respeito à diversidade. Para que isso se efetive, destacamos o importante papel que o gestor educacional, junto de sua equipe pedagógica representa. Na sequência, apresentam-se novos encaminhamentos com relação ao atendimento de alunos com necessidades educacionais especiais, por meio da Secretaria Municipal de Educação de Maringá, garantidos pelas diretrizes que criaram o Atendimento Educacional Especializado, marcando uma nova etapa na história da Educação Especial e a possível construção de uma escola inclusiva. ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO – AEE. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE MARINGÁ: UMA PROPOSTA DE ATENDIMENTO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008) delibera a criação do Atendimento Educacional Especializado e define que as atividades desenvolvidas devem diferenciar-se das 51 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL realizadas em sala de aula comum. Elas devem suplementar e complementar a formação do aluno com vistas ao seu desenvolvimento global, autonomia e independência na escola e fora dela e ainda, acesso ao saber científico. O Atendimento Educacional Especializado em Sala de Recursos Multifuncionais ou com o Serviço de Apoio em Sala de Aula devem oferecer suporte ao aluno para que ele compreenda os conteúdos trabalhados em sala, bem como garantir a aquisição de conceitos, adaptação escolar e que seja atendido em suas necessidades de aprendizagem com material adaptado e recursos pedagógicos pertinentes. O documento apresenta a definição de deficiência e suas classificações, considerando seu desenvolvimento e promoção da aprendizagem. Consideram-se alunos com deficiência aqueles que têm impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que em interação com diversas barreiras podem ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade. Os alunos com transtornos globais do desenvolvimento são aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil. Alunos com altas habilidades/superdotação demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. Também apresentam elevada criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse. Dentre os transtornos funcionais específicos estão: dislexia, disortografia, disgrafia, discalculia, transtorno de atenção e hiperatividade, entre outros. (BRASIL, 2008, p. 9) O Atendimento Educacional Especializado em Sala de Recurso Multifuncional tem a função de “[...] identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras [...]”, e também “[...] são disponibilizados programas de enriquecimento curricular, o ensino de linguagens e códigos específicos de comunicação e sinalização e tecnologia assistiva articulados com a proposta pedagógica do ensino comum”. (BRASIL, 2008, p. 10) A Resolução nº 4, de 2 de outubro de 2009, ao instituir as diretrizes operacionais para o Atendimento Educacional Especializado, além de alguns encaminhamentos destacados anteriormente, define o seu público alvo: alunos com deficiência física, intelectual e sensorial, transtornos globais do desenvolvimento, alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motora, autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, psicoses e transtornos invasivos sem outra especificação e altas habilidades (BRASIL, 2009). O atendimento em Sala de Recursos Multifuncionais deve ocorrer em período inverso à escolarização, realizado por um profissional qualificado em educação especial. Outro atendimento da Secretaria Municipal de Educação de Maringá, baseado nas orientações e deliberações da Secretaria Estadual de Educação do Paraná e não previsto pelo Ministério da Educação, é o serviço em ambiente hospitalar e 52 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL domiciliar quando necessário, sabendo que este tem procedimentos a serem respeitados, uma organização do conteúdo de modo específico e ainda, cronograma de atendimento. Tudo devidamente estruturado e formalizado entre escola e Secretaria de Educação por meio da Gerência de Apoio Interdisciplinar e Assessoria da Educação Especial e Inclusão Educacional. Um ponto importante a ser destacado é que, com a matrícula em Sala de Recursos Multifuncional, a escola será duplamente contabilizada no âmbito do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB. O aluno pode frequentar uma escola comum e ser atendido na Sala de Recurso Multifuncional de outra escola no contraturno ou ainda em Centros de Atendimento Educacional Especializado – CAEE. (BRASIL, 2009) A parte pedagógica e metodológica é de responsabilidade dos professores que atuam nas Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) tanto na elaboração como na execução do plano de Atendimento. Cabe à escola organizar-se quanto ao “[...] espaço físico, mobiliário, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamento específico”, de modo a oportunizar o atendimento. (BRASIL, 2009, p. 4) É, ainda, responsabilidade da escola efetuar as matrículas, o cronograma e o plano de atendimento que inclui o estudo de caso das deficiências, dos recursos e atividades a serem desenvolvidas, bem como os profissionais que irão atender ao aluno. Entre os profissionais necessários estão o professor da Sala de Recursos Multifuncional, com formação específica em educação especial, tradutor e intérprete de LIBRAS, guia intérprete e outras pessoas de apoio, responsáveis pela alimentação, higiene e locomoção (BRASIL, 2009). O documento especifica ainda as atribuições ao professor do Atendimento Educacional Especializado: I - identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias considerando as necessidades específicas dos alunos público-alvo da Educação Especial; II - elaborar e executar plano de Atendimento Educacional Especializado, avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade; III - organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de recursos multifuncionais; IV - acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da escola; V - estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração de estratégias e na disponibilização de recursos de acessibilidade; VI - orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo aluno; VII - ensinar e usar a tecnologia assistiva de forma a ampliar habilidades funcionais dos alunos, promovendo autonomia e participação; VIII - estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum, visando à disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de acessibilidade e das estratégias que promovem a participação dos alunos nas 53 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL atividades escolares (BRASIL, 2009, p. 5). Desse modo, no que se referem às políticas públicas, vários encaminhamentos foram publicados para um atendimento de qualidade ao aluno com necessidades educacionais especiais. Assim temos: o Decreto nº 6949/2009, que ratifica a convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência/ONU; a Política Nacional na Perspectiva da Educação Inclusiva, que estabelece as diretrizes gerais; o Decreto nº 6571/2008, que dispõe sobre o apoio da União e a política de financiamento do AEE; a Resolução CNE/CEB nº 4/2009, que institui as diretrizes operacionais para o AEE, e a Nota Técnica – SEESP/GAB/ n. 9/2010, que apresenta as orientações da organização de CAEE. (BRASIL, 2008) Em relação à formação do professor, Glat (1998) destaca a importância da formação inicial e continuada como princípio de uma prática pedagógica inclusiva, ou seja, um atendimento diferenciado que atenda às necessidades de aprendizagem de cada aluno, avaliando sua capacidade, destacando sua habilidade e valorizando seu progresso mínimo. Nesse sentido, concordamos com a autora e consideramos que essas características devem fazer parte do perfil de todos os professores atualmente, e principalmente dos professores que atuam ou atuarão com a demanda da Educação Especial. Foi pensando nisso que foi efetivado o Concurso Público pela Secretaria de Educação de Maringá em 2012 o qual define que o professor deve ser pedagogo e especializado em Educação Especial ou em Atendimento Educacional Especializado, para trabalhar com carga horária de 40 horas semanais em Sala de Recurso Multifuncional. O Professor de Apoio em Sala de Aula, com carga horária semanal de 20 horas, sendo Itinerante se for necessário. A necessidade do Professor Especialista em Educação Especial se expressa na descrição da organização do trabalho desses serviços e nas suas atribuições. Portanto, explicamos que os Professores de Sala de Recursos Multifuncionais tem como carga horária 40 horas semanais. Sabendo que em um período de 20 horas esse professor se dedicará ao atendimento pedagógico com o aluno em Sala de Recurso Multifuncional, somado a mais 20 horas as quais o professor irá assessorar as escolas de origem nas Salas de Recurso Multifuncional que o aluno frequenta no período de ensino regular, como orienta e instrui a Secretaria Municipal de Educação por meio da Gerencia de Apoio Pedagógico lnterdisciplinar e da Assessoria da Educação Especial e Inclusão Educacional. O Conselho Nacional de Educação, por meio da Resolução CNE/CEB nº 4/2009, estabelece as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, definindo que: Art. 5º O AEE é realizado, prioritariamente, nas salas de recursos multifuncionais da própria escola ou em outra de ensino regular, no turno inverso da escolarização, não sendo substitutivo às classes comuns, podendo ser realizado, em centro de atendimento educacional especializado de instituição especializada da rede pública ou de instituição especializada comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com a secretaria de educação ou órgão equivalente dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios. 54 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Essa concepção está expressa nas Diretrizes Nacionais da Educação Básica, instituídas pela Resolução CNE/CEB nº 4/2010, conforme disposto no seu art. 1º: Portanto, todos os alunos público alvo da educação especial devem ser matriculados nas classes comuns, em uma das etapas, níveis ou modalidade da educação básica, sendo o atendimento educacional especializado – AEE ofertado no turno oposto ao do ensino regular. As Salas de Recursos Multifuncionais cumprem o propósito da organização de espaços, na própria escola comum, dotados de equipamentos, recursos de acessibilidade e materiais pedagógicos que auxiliam na promoção da escolarização, eliminando barreiras que impedem a plena participação dos alunos público alvo da educação especial, com autonomia e independência, no ambiente educacional e social. A Secretaria Municipal de Educação de Maringá, pautada na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), tem como objetivos o atendimento educacional especializado, visando o acesso e a qualidade do ensino e do seu conteúdo, a formação dos professores com qualidade, promover e manter a participação da família e da comunidade nesse processo e permitir que a articulação intersetorial das políticas públicas, garanta o acesso dos alunos da Educação Especial. Entendemos que parte dos professores não recebeu, em sua formação, conteúdos sobre a educação inclusiva, foram formados para trabalhar com um grupo homogêneo de alunos e cumprir com a matriz curricular. Porém, orientamos que o professor para atender aos alunos da Educação Especial, mesmo que não seja ele especialista da área, necessita conhecer o histórico clínico e de vida do aluno. Que estude sobre as deficiências dos mesmos, avalie o que o aluno consegue fazer com ou sem apoio para depois definir os objetivos específicos de aprendizagem, valorizando suas habilidades apontadas pela avaliação. Por meio do mesmo processo de Concurso Público, viabilizou-se o atendimento de Apoio em Sala de Aula. Tal atendimento está pautado conforme a instrução nº 009/2009 da Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Destina o professor de Apoio em Sala de Aula a alunos com deficiência física neuromotora que apresentam formas alternativas e diferenciadas de linguagem expressiva oral e escrita, decorrentes de sequelas neurológicas e neuromusculares. (PARANÁ, 2009) A instrução 010/08 da Secretaria de Educação do Estado do Paraná assegura o Professor de Apoio a alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento que apresentam: alterações qualitativas das interações sociais recíprocas, na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem se nesse grupo alunos com Autismo, Síndromes do Espectro do Autismo e Psicose Infantil, que apresentam dificuldades de adaptação escolar e de aprendizagem, associados ou não a limitações no processo do desenvolvimento biopsicossocial que requeira apoio e atendimento especializado intenso e contínuo. (PARANÁ, 2008) O Ministério da Educação, preocupando-se também com essa demanda de alunos e com suas necessidades específicas, orienta, por meio da Nota Técnica 55 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL SEESP/GAB nº19/2010, a contratação de Profissionais de Apoio para atender as necessidades específicas dos estudantes no âmbito da acessibilidade às comunicações por meio de tradutor e intérprete de LIBRAS ou comunicação alternativa e da atenção aos cuidados pessoais com higiene, locomoção, alimentação. (BRASIL, 2010) Conforme o exposto anteriormente, a Secretaria de Educação de Maringá, orientada pelas leis do Estado do Paraná e do Ministério da Educação, define o público alvo para os atendimentos da Educação Especial e Inclusão Educacional e o perfil do professor para esses atendimentos e também as suas atribuições junto da escola e Secretaria. Lembramos que esse professor tem as atribuições específicas na sua condição de professor especialista em Educação Especial e ainda as demais atribuições que dizem respeito à função de professor, tais como: cumprimento do regimento da escola, horários, calendário escolar, e outros. Abaixo destacaremos as atribuições do Professor de Apoio em Sala de Aula à Comunicação Alternativa. (PARANÁ, 2009, p. 1-2) Ter conhecimento prévio dos conteúdos trabalhados pelo professor regente. Participar do planejamento, junto ao professor regente, orientando quanto aos procedimentos didático-pedagógicos que envolvem o conteúdo, objetivo, metodologia, temporalidade e avaliação que permitem ao aluno participar do processo de ensino e de aprendizagem. Orientar quanto à acessibilidade física (rampas, banheiros adaptados, corrimãos, pisos antiderrapantes, portas alargadas), acessibilidade do mobiliário em geral presente na escola e utilizado pelo aluno (carteira e cadeira adaptadas, mesas, entre outros). Orientar quanto à acessibilidade pedagógica, o conteúdo, às avaliações diárias e formais, à sistematização de atividades e outros. Buscar diferentes formas de comunicação alternativa, aumentativa e/ou suplementar que permita ao aluno interagir no processo ensino e aprendizagem. Produzir materiais e recursos pedagógicos para comunicação alternativa oral e escrita que possibilita ao aluno expressar-se. Instrumentalizar o aluno e o professor regente na utilização da tecnologia assistiva, por meio dos softwares de acessibilidade ou outros recursos para comunicação oral e escrita. Favorecer a interação entre os alunos com e sem deficiência, viabilizando a participação efetiva nas diferentes situações de aprendizagem e interação no contexto escolar e em atividades extraclasse, promovendo a cultura e prática inclusiva. Participar de todas as atividades pedagógicas que envolvem o coletivo da Escola. O profissional de Apoio deve atuar de forma articulada, observando e orientando os professores do aluno público alvo da educação especial, 56 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL da sala de aula comum, da Sala de Recursos Multifuncionais, dentre outros profissionais no contexto escolar. Para atendimento dos alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento as atribuições do professor de Apoio em Sala de Aula são: (PARANÁ, 2008, p. 2) a) Ter conhecimento prévio e domínio dos conteúdos e temas trabalhados pelo professor da classe comum. b) Participar do planejamento, junto ao professor da classe comum, orientando quanto às adaptações que permitam ao aluno o acesso ao currículo, desde a remoção de barreiras arquitetônicas até as modificações mais significativas na organização da sala de aula, dos materiais e recursos pedagógicos utilizados pelo aluno e pelo professor. c) Promover a interação entre os alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento e os demais alunos da escola. d) Participar das atividades pedagógicas que envolvem o coletivo da Escola. e) Viabilizar a participação efetiva do aluno nas diferentes situações de aprendizagem, a interação no contexto escolar e em atividades extraclasse. f) Buscar diferentes formas que facilitem a interação do aluno no processo de ensino e aprendizagem. g) Priorizar a necessidade e/ou especificidade de cada aluno, atuando como mediador do processo ensino-aprendizagem com adoção de estratégias funcionais, adaptações curriculares, metodológicas, dos conteúdos, objetivos, de avaliação, temporalidade e espaço físico, de acordo com as peculiaridades do aluno e com vistas ao progresso global, para potencializar o cognitivo, o emocional e o social. h) Atuar como um facilitador no apoio à complementação dos conteúdos escolares. i) Oportunizar autonomia, independência e valorizar as ideias dos alunos desafiando-os a empreenderem o planejamento de suas atividades. j) Prever as ações e os acontecimentos, estruturar o uso do tempo, do espaço, dos materiais e da realização das atividades. k) Realizar contatos com os profissionais da saúde, que prestam atendimento ao aluno e dão orientações aos familiares. Os alunos com deficiência, para serem atendidos por estes serviços de Apoio em Sala de Aula e Sala de Recursos Multifuncional, necessitam de: Avaliação em seu contexto escolar pela equipe pedagógica para verificar suas habilidades e nível de apropriação de conteúdo acadêmico; 57 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Entrevista do orientador educacional com a família para conhecer o histórico de vida do aluno, solicitando o histórico clínico e diagnóstico médico. Depois dessa etapa, reúnem-se escola (supervisora e orientadora), Secretaria de Educação (Assessora da Educação Especial e Inclusão Educacional, e Assessora da Orientação Educacional, e Assessora Pedagógica, Fonoaudióloga e Psicóloga que atendem a escola) e, caso seja necessário, algum dos integrantes externos (Rede de Atendimento) que acompanham o aluno em alguma terapia e ou atendimento para realização do Estudo de Caso. Munidos de todo o processo de avaliação e documentação do mesmo, definem-se os encaminhamentos (avaliação psicológica, fonoaudiológica ou neurológica). Após realizar as avaliações, equipe da escola e Secretaria de Educação reúnem-se e formalizam os relatórios para o Atendimento Educacional Especializado que necessita, ou a outros serviços e atendimentos intersetoriais públicos e ou filantrópicos. O aluno com dificuldades significativas de aprendizagem ou que apresenta diagnóstico de Transtornos Funcionais Específicos de Aprendizagem, ao passar pelo processo de avaliação, é encaminhado para o contra turno onde receberá um serviço diferenciado que atenda suas necessidades específicas de aprendizagem. A Secretaria Municipal de Educação por meio dos profissionais da Gerência de Apoio Interdisciplinar acompanha e orienta o processo educacional desses alunos, além do processo didático pedagógico dos professores. Os serviços desenvolvidos pelo Atendimento Educacional Especializado são de extrema importância para o rendimento escolar do aluno, sendo o professor do ensino regular, o responsável pedagógico do mesmo com Necessidades Educacionais Especiais. O trabalho do professor de Apoio é entendido como instrumento de acessibilidade ao conteúdo, materiais e recursos. Aos demais professores e profissionais envolvidos na vida acadêmica do aluno, em qualquer nível de ensino, devem ter claro que a necessidade do serviço existe, mas, vale lembrar que o princípio da autonomia do aluno deve ser uma constante no trabalho de todos. Desse modo, deve haver sempre uma avaliação dos serviços de apoio, para que sejam retirados quando deles não houver mais necessidade, acontecendo de forma gradativa mediante a conversação entre os responsáveis pelo encaminhamento do aluno, a equipe pedagógica e a família. INCLUSÃO EDUCACIONAL E ESCOLA INCLUSIVA : APONTAMENTOS PARA UM ATENDIMENTO DE QUALIDADE Acreditamos que para melhor orientar professores, comunidade escolar e outros interessados na educação, este documento deve definir o que entendemos por inclusão educacional. Sendo assim é um direito do aluno, que requer mudanças na concepção e nas práticas de gestão, de sala de aula e de formação de professores, para a efetivação do direito de todos à escolarização. 58 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL A Secretaria Educação de Maringá pautada na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008) tem como objetivos: o atendimento educacional especializado, visando o acesso e qualidade do ensino e do seu conteúdo; a formação dos professores; promover e manter a participação da família e da comunidade nesse processo, permitindo que a articulação intersetorial das políticas públicas, garanta o acesso dos alunos público alvo da Educação Especial. A concepção da educação inclusiva compreende o processo educacional como um todo, pressupondo a implementação de uma política estruturante nos sistemas de ensino que altere a organização da escola, de modo a superar os modelos de integração. A escola deve cumprir sua função social, construindo uma proposta pedagógica capaz de valorizar as diferenças, com a oferta da escolarização nas classes comuns do ensino regular e do atendimento às necessidades específicas dos seus alunos. (BRASIL,2008) Uma escola preparada para uma educação inclusiva deve ser aquela que se capacita dia a dia para educar todas as crianças, jovens e adultos, sem qualquer tipo de exclusão, ou seja, o trabalho pedagógico com vistas no progresso acadêmico, social e cultural do aluno pode acontecer independente da condição do mesmo. A partir de uma conduta inclusiva, as escolas devem valorizar as diferenças dos estudantes e a diversidade humana, oferecer recursos que enriquecem o desenvolvimento de todos que convivem no meio escolar. É necessário propiciar oportunidades de participação e aprendizagem de cada aluno na escola, nesse sentido, a eliminar barreiras que afetam esse processo de mudança em direção à inclusão de modo que o aluno supere as dificuldades. Para que a prática inclusiva seja efetiva, cada um dos agentes educacionais deve trabalhar para que a cultura do respeito à diversidade e da inclusão aconteça. Assim, tal prática se tornará realidade se todos assumirem uma postura inclusiva, cada um aproveitando as oportunidades que o seu trabalho na escola oferece, agregando valor na prática inclusiva dentro da escola seja ele gestor, professor em sala de aula, alunos, outros profissionais da escola ou a comunidade. Assim, apresentaremos a importância do gestor escolar na efetivação e construção de uma escola inclusiva. GESTÃO ESCOLAR, PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E COMUNIDADE . Para o gestor ter sucesso no processo inclusivo e na efetivação dessa jornada, ele deve acreditar no potencial de sua equipe escolar e ainda facilitar e auxiliar na criação de mecanismos para que o processo continue com qualidade. É essencial que o gestor conheça bem a sua equipe e trabalhe de modo específico com cada um. Pois, a escola deve ter uma orientação única para a efetivação da inclusão, de acordo com a realidade e com as características de sua comunidade. Essa unidade na escola deve ser construída de forma coletiva, 59 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL organizada e democrática, considerando profissionais, professores, equipe pedagógica, pais e demais integrantes da comunidade escolar. Para isso, é fundamental um Projeto Político Pedagógico que contemple os atendimentos que a escola oferece e ainda deixe claro quais são as condutas, objetivos e instrumentos que a escola usará para favorecer a prática inclusiva. Para que o trabalho do gestor aconteça de modo positivo, daremos algumas orientações que podem favorecer a busca de condições para uma mudança com sucesso, em relação à inclusão com vistas na diversidade. É importante que no Projeto Político Pedagógico, nas reuniões pedagógicas, conselhos de classe e também nas decisões de rotina da escola, se estabeleça uma cultura participativa e democrática. É importante que todos tenham clareza nos objetivos a serem alcançados em cada missão e que esses objetivos sejam viáveis, que o planejamento e plano de aprendizagem dos alunos sejam flexíveis, colaborativos e complementares entre os professores, para atender às especificidades de cada aluno, independente de deficiência ou não. Que seja uma constante a motivação e o apoio mútuo entre todos da escola, que os recursos sejam proporcionados sempre que possível pela escola ou que sejam solicitados quando necessário de imediato, que a avaliação e o monitoramento aconteçam de modo positivo e colaborativo, a fim de analisar se os objetivos estão sendo alcançados, em que aspectos é preciso melhorar e a opinião dos envolvidos nos resultados alcançados para traçar novas metas. O gestor deve promover a interação participativa da comunidade em todo o processo escolar, e valorizar a sua importância em todas as oportunidades. Divulgar e promover apoio dos pais no trabalho da proposta inclusiva. É necessário fortalecer e naturalizar todos os componentes da escola, principalmente os professores, quanto ao exame crítico de suas práticas, sempre considerando que é essencial conhecer de modo detalhado as necessidades e potencialidades do aluno. Tal avaliação reflexiva precisa ocorrer cotidianamente na sua prática pedagógica. Um clima de parceria, confiança e incentivo deve ser uma constante. Nesse sentido, é preciso buscar informações, orientações, recursos e assessoramento aos professores. Espera-se que uma relação saudável e de segurança favoreça o amadurecimento e a tranquilidade no trabalho com os alunos com Necessidades Educacionais Especiais. O gestor deve fazer cumprir, conforme as orientações da Secretaria Municipal de Educação, as atribuições e organização do trabalho do professor especialista na educação especial ajudando-o a posicionar-se nesse papel de assessoramento direto que este terá na escola, conforme as formações e orientações que receberá da Secretaria. Disso dependerá o sucesso de todo o trabalho da Inclusão Educacional e Educação Especial nas escolas. Sendo assim, o gestor será elemento chave para que a parceria e colaboração entre o Serviço de Apoio em Sala de Aula, Sala de Recursos Multifuncionais e sala de aula aconteçam de modo sincronizado e complementar. Os planejamentos e planos de aula devem estar coordenados e organizados de modo que não se repitam e nem 60 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL mesmo se reforcem, mas sim complementem, elaborando um trabalho organizado e sistematizado entre os serviços e professor de sala de aula comum. Colaborar e oferecer condições para que os professores dos Serviços e de sala de aula façam uma reflexão de sua prática em parceria. Acreditamos que a parceria com os colegas especialistas ajudará o professor a adquirir experiências e desenvolver recursos para aplicar no futuro em situações de aprendizagem que envolva os demais alunos. A troca e o relato de experiências sobre um mesmo aluno pode colaborar para que o professor reelabore sua prática por meio de um planejamento mais eficiente, tendo em vista as necessidades do aluno em comum e até dos demais alunos da turma. Lembramos ainda que a coerência entre o que se fala e o que se faz é essencial para dar credibilidade ao trabalho, principalmente num processo ainda inicial, como é o da Inclusão em Maringá. O grande alicerce para o trabalho do gestor é construir um bom Projeto Político Pedagógico, e que nele fundamente e esclareça todo o trabalho que a escola oferece. Nele, deve aparecer em todos os quesitos possíveis a prática da cultura inclusiva. Pois o principal objetivo dele deve ser a melhoria da capacidade das escolas para promover a participação e a aprendizagem de todos os estudantes e o aprimoramento dos professores. Desse modo, entende-se que o Projeto Político Pedagógico que deriva da proposta curricular, ordena a aplicação das diferentes estratégias e serviços que primam pela aprendizagem e pressupõe sua adequação à totalidade dos alunos em todas as áreas curriculares, proporcionando estabelecer os objetivos e os recursos necessários. Outra tarefa do gestor, e que necessita estar contemplado no Projeto Político Pedagógico da escola, são as modificações e ou adaptações curriculares para atender as necessidades de aprendizagem dos alunos. Entende-se por adaptações de pequeno porte toda e qualquer modificação que compete ao professor realizar, por exemplo: adaptação de espaço, tempo, currículo, avaliação, materiais adaptativos de uso comum, dentre outros. Por outro lado, adaptações de grande porte são modificações de responsabilidade de instâncias técnico, política e administrativa, como construções, reparos no espaço físico, tecnologias assistivas, materiais alternativos, equipamentos e outros. (BRASIL, 2000) Fica evidente que não basta receber o aluno na escola, é necessário oferecer a ele condições favoráveis para que possa aprender. Atualmente, vivemos a política da inclusão, ou seja, estabeleceu-se legalmente que o aluno deficiente faça parte de todo o processo educacional. A inclusão passa por três fases: Inserir – o aluno deve ser inserido, matriculado em uma escola regular; Integrar – desenvolver atividades mediadas para que ele se integre ao grupo, se adapte à escola; Inclusão – que o aluno seja atendido em suas necessidades e faça parte de todo o processo de aprendizagem e escolaridade. (BRASIL, 2000) Espera-se que o gestor e equipe pedagógica garanta a flexibilização do currículo como estratégia para atender as diferentes situações de aprendizagem dos nossos alunos. Com isso, garantir-se-á a construção de estratégias de planejamento e 61 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL atuação do professor reconhecendo as dificuldades e potencialidades do seu aluno com um resultado qualitativo e significativo. O gestor com sua equipe pedagógica deve proporcionar e organizar esses momentos necessários para que o trabalho conjunto aconteça e esteja garantido. Destacamos a importância da intencionalidade educativa no processo ensino aprendizagem. Segundo Carvalho (2011), alguns professores não têm consciência da importância dessa discussão, e que ela pode influenciar diretamente na constituição do Projeto Político Pedagógico, no planejamento e no próprio plano de aula. E se desconsiderar refletir sobre a intencionalidade educativa no trabalho com os alunos, estaremos pensando e escrevendo sobre currículos, planejamento e plano de aula sem pensar efetivamente nas dificuldades e potencialidade do aluno e da turma de modo geral. Podemos definir de acordo com Carvalho (2011), que intencionalidade educativa é aquilo que pretendemos alcançar no processo educacional escolar, e devendo ser esse o ponto de partida para elaborar o Projeto Político Pedagógico da escola, pois ajuda a definir os objetivos e estratégias que podem ser utilizados com os alunos da comunidade escolar. Ou seja, definir a intencionalidade educativa poderá colaborar com estruturação de valores que estão subjacentes, permitindo que os professores possam analisar a ideologia que inspira a ação pedagógica. Refletir sobre esse assunto pode fazer que se percebam alguns mecanismos de exclusão existentes no espaço escolar, que podem prejudicar os alunos. A intencionalidade educativa que propomos aqui discutir é aquela que colabora com a aprendizagem de cada aluno. Isso quer dizer que cada conteúdo trabalhado estará organizado em condições, situações, atividades, debates e outros recursos que atenderão as necessidades e dificuldades que um ou mais alunos podem vir a enfrentar. Desse modo, estaremos permitindo que todos os alunos assumam seu papel de diálogo com o conteúdo trabalhado, podendo assim pensar sua realidade, estabelecer relações com o saber. Conforme Carvalho (2011), caso não aconteça essa educação intencional, pensada para cada aluno, aqueles com deficiência ou dificuldade de aprendizagem continuará no julgamento de muitos professores como um aluno incapaz e limitado. Essa concepção de incapaz que ainda prevalece em algumas escolas e no entendimento de alguns professores, devem ser superadas. Precisamos quebrar o paradigma de que o aluno não aprende e que por decorrência disso acontece a simplificação, redução e banalização das atividades, já que supõem-se a impossibilidade desses alunos desenvolverem-se de modo cognitivo, afetivo, emocional e social. Em seguida será apresentado o processo de avaliação dos alunos e planejamento de atividades para atender o aluno com necessidades educacionais especiais. 62 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL AVALIAÇÃO E PLANEJAMENTO: AÇÕES EDUCACIONAL ESPECIALIZADO INTERDEPENDENTES NO ATENDIMENTO Todo processo de ensino e de aprendizagem do aluno com necessidades educacionais especiais exige a organização de uma avaliação e de um planejamento diferenciado. A avaliação e o planejamento, na perspectiva da educação inclusiva são interdependentes, ou seja, para se organizar um planejamento adequado que atenda as especificidades de aprendizagem do aluno é necessário que o mesmo passe pela avaliação. Esta determinará o nível de conhecimento do aluno, sua potencialidade, suas dificuldades, as adaptações necessárias para aprendizagem dos conteúdos, suas necessidades básicas, suporte pedagógico necessário e materiais pedagógicos adaptativos. Desse modo o processo de avaliação e o planejamento são modificados a todo o momento para atender as especificidades do aluno, respeitando o seu processo de aprendizagem, ou seja, as adaptações também ocorrem na determinação do tempo que não corresponde às mesmas de um padrão normal de aprendizagem. Hadji (2001) destaca que a avaliação precede a ação de formação, pois “identifica certas características do aprendiz” (p.19). Para ele, com a avaliação é possível fazer um ajuste entre aprendiz e programa de ensino e de aprendizagem. Depois da ação, a avaliação tem a função de identificar se as aquisições ou apropriações ocorreram, farse-á uma avaliação formativa a qual apresentará informações úteis a regulação do processo de ensino e de aprendizagem. A avaliação também ocorre com o professor em uma atitude reflexiva de ensino. Os resultados de uma avaliação formativa irão demonstrar se a metodologia, se as adaptações e se os recursos utilizados pelo professor promoveram a aprendizagem do aluno. Em caso negativo é necessário realizar mudanças, refletir e utilizar outros recursos e metodologias diferenciadas. A avaliação diagnóstica antecede a avaliação formativa, porque tem a função de sinalizar para o professor o estado real do aluno e as áreas que devem ser trabalhadas, seu nível de conhecimento e suas habilidades (ALTOÉ; NUNES, 2005). Desse modo o processo de avaliação no contexto da educação inclusiva caracteriza-se por um processo de investigação em que seu ponto de início e de chegada está no processo pedagógico, nos conteúdos científicos e na atuação do professor. A avaliação pode ser quantitativa e qualitativa, na perspectiva da educação inclusiva prevalece a qualitativa, pois o aluno será avaliado respeitando seu potencial, possibilidade de aprendizagem, limitação e seu desenvolvimento comparando ele por ele mesmo. O objetivo da avaliação no Atendimento Educacional Especializado não é quantificar, mas valorizar seu processo de aprendizagem e desenvolvimento. A avaliação tem a tarefa de determinar os objetivos de aprendizagem, os resultados buscados na ação educativa. Dessa forma, a avaliação assume uma função pedagógica que possibilita ao professor identificar o que deverá ser feito para redirecionar novas ações. Portanto a avaliação permite apontar o nível de conhecimento e aprendizagem do aluno, o êxito do trabalho do professor, a 63 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL qualidade do ensino, bem como a essência da metodologia, das adaptações e dos recursos utilizados. O planejamento em uma perspectiva histórico-cultural de aprendizagem em um contexto de educação inclusiva leva em conta o processo de elaboração do conhecimento científico escolar, partindo da realidade do aluno e ao mesmo tempo atende as necessidades globais do mesmo, suas características incomuns e áreas de desenvolvimento sensorial, cognitiva, psicomotora, de linguagem e socioafetiva. Além desses, outros aspectos como: o desenvolvimento da capacidade de comunicação, a capacidade de fazer-se entender, o nível de letramento, o aumento do vocabulário e a utilização da linguagem precisa e adequada, o uso de outras fontes de informação, a disposição em ouvir seus companheiros e levar em conta outros pontos de vista. Com relação à autorregulação e desenvolvimento da motivação intrínseca perceber o controle de conduta impulsiva, o controle da agressividade, a segurança e confiança em si mesmo, a leitura espontânea de instrução antes de iniciar o trabalho, a revisão independente do trabalho, o nível de responsabilidade e nível de interesse, a curiosidade em relação à tarefa, fatos, objetos e acontecimentos, o tempo de concentração e dedicação a tarefa, a necessidade de colaborar e mostrar-se disponível, a disposição para participar das atividades, o seu nível de sensibilidade nas relações interpessoais, a disposição de enfrentar desafios com redução da ansiedade e medo do fracasso, a apropriação de conteúdos culturais e a ampliação de conceitos. Outro ponto a ser avaliado e contemplado no planejamento é a organização do pensamento, o uso espontâneo de outras áreas de estudo e as operações mentais, a utilização espontânea de conceitos de orientação espacial e temporal, comparações e associações, o uso espontâneo de vocabulário e conceitos apreendidos, o tempo de reflexão antes de dar a resposta e outros. Portanto, percebe-se que o rol de conteúdos vai depender do nível em que está o aluno, no entanto destaca-se que, primeiramente, em uma perspectiva de educação inclusiva levam-se em conta todos os aspectos relacionados ao desenvolvimento total do ser humano. A avaliação diagnóstica identificará os conhecimentos prévios e possibilitará a organização de um planejamento do que será estudado, o qual se tornará um novo ponto de partida para uma nova aprendizagem. Nesse sentido o professor deverá atuar no nível potencial do aluno para que seja criado um nova zona de desenvolvimento real e, consequentemente, uma zona de desenvolvimento proximal. (GASPARIN, 2005) Na perspectiva da educação inclusiva, levando-se em conta a avaliação e o planejamento, percebe-se que para se chegar a aprendizagem, ao domínio dos conceitos, dos conteúdos científicos previstos, o professor deve respeitar diversas etapas, com avanços, recuos e retomadas. Vale destacar que, “no planejamento, os objetivos devem ser operacionais e claramente formulados para que sejam direções seguras na definição do que avaliar e na escolha e elaboração dos instrumentos mais adequados da avaliação” (ALTOÉ; NUNES, p. 173). Sendo, assim, os objetivos são intenções e ações que se fazem reais por meio do planejamento e da avaliação. De acordo com as autoras Altoé e Nunes (2005) o planejamento possibilita três 64 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL momentos a elaboração, a execução e a avaliação, assim avaliação e planejamento são interdependentes e necessários em busca de uma educação inclusiva de qualidade. CONSIDERAÇÕES A Declaração de Salamanca (BRASIL, 1994) apresenta, em seu texto oficial, o conceito de inclusão para a educação e estabelece que o direito à educação é para todos. Deixa evidente que a educação não é apenas para o aluno considerado normal ou deficiente, mas para todos que, por algum motivo, estão fora da escola. As escolas devem acolher todas as crianças, independente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiência e crianças bem dotadas; crianças que vivem nas ruas e que trabalham; crianças de população distantes ou nômades; crianças de minoria linguística, étnica ou cultural e crianças de outros grupos ou zonas desfavorecidas ou marginalizadas. (BRASIL, 1994, p. 17-18) Entende-se que todos os alunos devem aprender juntos quando possível, independente de suas limitações e capacidades. Outro avanço que essa Declaração provocou foi alertar os governantes quanto à necessidade de aplicar mais investimentos nas escolas em busca de uma educação de qualidade para todos apesar de suas diferenças e dificuldades. Como referido anteriormente, a inclusão não é um processo fácil, as mudanças propostas nas políticas educacionais precisam se tornar efetivas, concretas, com resultados satisfatórios em relação ao atendimento. Ter uma escola inclusiva é conviver com e atender as diferenças, trabalhando com qualidade com classes heterogêneas. Conviver com a diversidade é um desafio tanto para o professor quanto para os alunos. Valorizar a diversidade, nesse momento, é construir uma sociedade em que as crianças respeitem as diferenças. Correia (1997) destaca que uma escola inclusiva respeita três níveis de desenvolvimento acadêmico, o social, o emocional e o pessoal, de forma a oferecer uma educação de qualidade. Bueno (1999, p. 9) acrescenta que a diversidade demanda [...] ousadia e coragem, mas por outro lado prudência e sensatez, quer seja na ação educativa concreta de acesso e permanência qualificada, quer seja na organização escolar e do trabalho pedagógico e da ação docente ou nos estudos e investigações que procurem descrever, explicar, equacionar, criticar e propor alternativas para a educação especial Evidencia-se que a escola inclusiva apresenta características fundamentais como consenso e tolerância, que favorecem a integração e o convívio com os colegas, e a adaptação propícia para o desenvolvimento da segurança e da autoestima e, consequentemente, a aquisição de conhecimento e o acesso aos saberes (SKLIAR, 2001). Desse modo, para se construir uma escola inclusiva de qualidade precisa-se refletir sobre tudo o que foi exposto e ter a clareza de que não se faz uma inclusão 65 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL sozinho, mas com a organização, sistematização de um trabalho conjunto entre secretaria, escola e a família. 66 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL REFERÊNCIAS ALTOÉ, Anair, NUNES, Elvira Maria Alves. A avaliação e o processo de ensino e de aprendizagem. In: Didática: processo de trabalho em sala de aula. ALTOÉ, A.; GASPARIN, J. L.; TERUYA, T. K. (Orgs). 2.ed. Maringá:Eduem, 2005. ARANHA, Maria Salete Fabio. Paradigmas da relação da sociedade com as pessoas com deficiência. Revista do Ministério Público do Trabalho, ano XI, n. 21, p. 160173, mar. 2001. BRASIL. 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Proposições, v. 2, n. 2, p. 11-21, jul./nov. 2001. 68 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL AMBIENTES EDUCACIONAIS INFORMATIZADOS Erick Rodrigo Bucioli Patrícia Gongora Rosa Sandra Mara Milak A comunicação sempre foi algo primordial para a transmissão de conteúdos. A partir do momento em que o homem se fez entender por outro ao fazer um gesto, os conhecimentos foram transmitidos de gerações para gerações. Desde os primórdios da humanidade, ela assumiu um papel crucial para o desenvolvimento, por meio da mímica, representação artística, fala e escrita, mas foi a partir da escrita que houve o início do acúmulo de informações de forma sistematizada. Muitas informações foram perdidas no decorrer da história, pois não tiveram seu registro. Com a invenção da escrita, houve uma diminuição significativa de tais perdas. Os escribas passaram a registrar todos os acontecimentos que envolviam a rotina do povo. Alguns desses acontecimentos se tornaram grandes feitos da humanidade. Porém, as informações eram ainda restritas a poucos exemplares, pois as mesmas eram grafadas a mão. Somente com a descoberta/invenção da imprensa por Gutenberg é que o conhecimento pode realmente transpor os muros dos castelos, igrejas e das poucas instituições de ensino existentes. As escolas e a educação, no sentido de ensinar, transmitir os conhecimentos sistematizados, surgem nesse ensejo, pois ao reunir algumas pessoas para ouvirem as histórias, discutirem sobre determinado assunto, concebia a escola como a temos nos dias de hoje. Muitas formas de comunicação são utilizadas nas escolas: livros, dicionários, gravuras, quadro negro, cartazes..., e após a década de 1990 vem se adotando a tecnologia da informação, que pode ser entendida como a utilização de mídias eletrônicas na sala de aula. As modificações sociais, culturais e tecnológicas que estão ocorrendo acabam pressionando a escola a se adequar às necessidades da sociedade, de tal forma a promover novos meios de conduzir o processo de ensino aprendizagem. As novas tecnologias da informação e da comunicação (TICs) estão provocando mudanças no processo de ensino, visto que proporcionam a integração de novas mídias com o ambiente educacional. Assim, sentimos a necessidade de desenvolver novas estratégias de ensino, aprendizagem e capacitação de professores, gestores e funcionários das instituições de ensino. A escola passa por mudanças constantemente, incorporando novas metodologias e tecnologias de forma a auxiliarem no processo ensino-aprendizagem. De acordo com GOMES (2002), a utilização dos novos recursos comunicacionais e informáticos não deve ser encarada como mais uma novidade, e sim como uma forma de possibilitar que alunos e professores assumam o papel de sujeitos críticos, criativos e construtores de seu próprio conhecimento. A tecnologia da informação vem adentrando a educação brasileira, segundo 69 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL SIMÃO NETO (2002), com movimentos denominados pelo autor como “ondas”. Essas ondas iniciaram-se nos anos 70 e passaram por uma evolução científica, tecnológica e social. O autor afirma que podem-se definir essas ondas da seguinte forma: Logo e programação; Informática básica; Software educativo; Internet; Aprendizagem colaborativa. A linguagem LOGO foi a primeira ferramenta utilizada como recurso pedagógico, essa é uma linguagem de programação interpretada, utilizada principalmente por crianças e aprendizes em programação. Em sua estrutura e metodologia, utiliza-se a filosofia construtivista, segundo a interpretação de Seymour Papert. Para se trabalhar com o ambiente Logo, o aluno utiliza uma tartaruga gráfica, um robô que responde aos comandos pré-estabelecidos. O resultado do comando é mostrado imediatamente após o mesmo ser digitado. A segunda onda, diz respeito a utilização dos sistemas empresariais (Windows, Office – Word, Excel, Power Point, dentre outros) dentro das escolas. As aulas tinham caráter meramente técnico, como um curso de informática básica. Porém, tal metodologia esbarrou na repetiçao, pois todos os anos os alunos acabavam estudando as mesmas coisas, realizando os mesmos cursos. Vendo a educação como um setor que gera lucros, muitas empresas passaram a desenvolver inúmeros softwares educativos, que têm a proposta de integrar as aulas nos laboratórios de informática às aulas regulares, com a finalidade de assegurar a construção do conhecimento de forma cumulativa. Muitas escolas investiram sistematicamente na aquisição dos mesmos e os usavam em campanhas publicitárias para atrairem mais alunos. Contudo, a má utilização dos mesmos por professores não preparados tecnologicamente, ou por técnicos sem nenhuma didática, nem metodologia, não surtiu o resultado esperado. A partir de então, observou-se que seria necessário capacitar os professores para o uso das novas tecnologias, pois a mesma é vista como um valioso instrumento na transformação da sociedade. Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais: A escola faz parte do mundo e para cumprir sua função de contribuir para a formação de indivíduos que possam exercer plenamente sua cidadania, participando dos processos de transformação e construção da realidade, deve estar aberta e incorporar novos hábitos, comportamentos, percepções e demandas. Com o início dessa nova fase, muitos professores passaram a utilizar com mais frequência essa tecnologia em suas aulas. Muitas empresas, ao venderem seus softwares, passaram a oferecer cursos de capacitação de tecnologia, metodologia e serviços de monitoria de forma a sanarem eventuais dúvidas e complicações na utilização dos mesmos. A partir da década de 1990, a nova onda incorporada, é a utilização da internet na educação. A internet, segundo o Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa é definida como qualquer conjunto de redes de computadores ligadas entre si por roteadores e gateways, como, por exemplo, aquela de âmbito mundial, descentralizada 70 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL e de acesso público, cujos principais serviços oferecidos são o correio eletrônico, o chat e a Web, e que é constituída por um conjunto de redes de computadores interconectadas por roteadores que utilizam o protocolo de transmissão TCP/IP. Ou de acordo com Rodrigues (2007)), conglomerados de redes em escala mundial de milhões de computadores interligados que permite o acesso a informações e todo tipo de transferência de dados. É a principal das novas tecnologias de informação e comunicação. Com a internet, inúmeras portas se abriram permitindo o máximo de exploração. Ela amplia a ação de comunicação entre aluno e professor e o intercâmbio educacional e cultural. Auxiliado pela internet, o ato de educar proporciona a quebra de barreiras, de fronteiras e acaba com o isolamento da sala de aula. Quando utilizada de forma coerente, permite que os alunos descubram e aprendam a lidar com a diversidade e com a pluralidade cultural. Ela pode ser utilizada como meio de pesquisa, pois oferece facilidade na busca, permite iniciar a pesquisa do geral para o específico, integrar com outras tecnologias. Para isso, o professor necessita sensibilizar a turma para a pesquisa, ter bom senso, gosto estético e intuição. Além da pesquisa, a internet também amplia as possibilidades de comunicação, pois ela desenvolve habilidades sensoriais, multidimensionais, não lineares, e torna os alunos responsáveis, pois são protagonistas da própria existência virtual. A ferramenta também permite a criação e a participação em fóruns e blogs, que abrem discussões sobre os mais variados assuntos. O próximo evento, nessa evolução é a aprendizagem coletiva, colaborativa e cooperativa entre sujeitos que integram e interagem, num princípio de aprender a apreender em ambientes virtuais. Nessa perspectiva surgem inúmeros cursos que utilizam de plataformas virtuais criando salas virtuais de aprendizagem, em que alunos e professores interagem constantemente de forma virtual. Essa fase amplia o número de vagas nos cursos, pois ao criar salas virtuais, cria-se a possibilidade da realização de um mesmo curso por inúmeras pessoas. Não há como negar a incorporação dos computadores à escola. Em um pouco mais de uma década, era privilégio das escolas da elite brasileira. Hoje o computador é encontrado em muitas escolas da rede particular e pública. O próprio Ministério da Educação (MEC) definiu como um dos seus objetivos, no plano de metas “Compromisso Todos pela Educação”, O Ministério da Educação (MEC) vai distribuir computadores para todas as escolas públicas até 2010. Serão gastos cerca de R$ 650 milhões nas 130 mil escolas de educação básica. Depois de equipar as escolas de ensino médio em 2007, o MEC quer ampliar o acesso à tecnologia nas instituições públicas de 5ª a 8ª séries e, posteriormente, 1ª a 4ª séries. Ainda em 2007, serão implantados cinco mil laboratórios nas escolas rurais e 8,8 mil em escolas urbanas de 5ª a 8ª séries, totalizando 101,5 mil microcomputadores. A intenção do MEC é ampliar as possibilidades de acesso à tecnologia da 71 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL informação. Como já foi discutido anteriormente, resta saber se os professores estarão aptos a utilizá-la como uma ferramenta no processo ensino-aprendizagem, ou simplesmente um instrumento deixado à vontade alheia. Muitos professores sentemse inseguros ao se depararem com o novo, sentem-se acuados, com medo de utilizar a tecnologia da informação. Tal recusa é explicável, pois essa tecnologia não fez parte de suas vidas e tampouco faz nos dias de hoje, embora o mercado ofereça inúmeras alternativas para aquisição e os preços, que antes eram exorbitantes, estejam muito mais acessíveis. O computador é uma ferramenta pedagógica que permite pesquisar, simular situações, testar conhecimentos, descobrir novos conceitos, ideias e lugares, pois apresenta uma variedade de situações de linguagens: áudio, vídeo, textos, hipertextos, fotografias, imagens entre outras que desenvolve habilidades nos alunos como: leitura com maior rapidez, raciocínio lógico, organização pessoal e acesso à informação e à comunicação. ASSIS e VASCONCELOS (2010) discutem que é necessário usar as ferramentas digitais como recursos auxiliares de aprendizagem, que elas não servem somente para recombinar informações já existentes, mas devem ser utilizadas também para criar e construir novos conhecimentos, tornando o aluno “protagonista” de sua formação, uma vez que, como a socialização dos conhecimentos, os alunos passam a obter informações em tempo real, deixam de ser apenas expectadores e passam a participar, integrar, construir e reconstruir o conhecimento de forma contínua. É impossível que ocorram mudanças na educação de forma coerente e consistente, que a levem a modernizar e inovar as metodologias sem a colaboração consciente do professor e sua participação na promoção da emancipação social. NÓVOA (1995) afirma que “não há ensino de qualidade, nem reforma educativa, nem inovação pedagógica, sem uma adequada formação de Professores”. Devem-se criar condições para que o aluno vivencie situações que promoverão sua formação epistemológica. Professores engajados na tarefa de lecionar devem saber dosar todas as metodologias e didáticas possíveis, de forma a proporcionar um ensino de qualidade. A utilização de computadores nas aulas de ciências, por exemplo, permite aos alunos explorarem inúmeras possibilidades inatingíveis anteriormente. Hoje é mais comum encontrarmos laboratórios de informática do que laboratórios de ciências, visto que laboratórios de informática podem ser utilizados por todas as disciplinas. TAJRA (2001) aponta que “o professor precisa conhecer os recursos disponíveis dos programas escolhidos para suas atividades de ensino, somente assim ele estará apto a realizar uma aula dinâmica, criativa e segura.” Ir para um ambiente de informática sem definir exatamente o que se pretende é o mesmo que ir dar uma aula sem planejamento, e sem ideia do que fazer. Alguns problemas podem surgir com o uso dessa tecnologia, como facilidade de dispersão, distração, a não procura do que foi pré-estabelecido, a navegação em sites não recomendados, o jogo visto apenas como um jogo, confusão entre informação e conhecimento, tempo, impaciência (troca contínua de endereço), 72 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL conciliar diferentes tempos dos alunos e participação desigual por parte dos professores. De acordo com VALENTE (1999) o enfoque da informática educativa não é o computador como objeto de estudo, mas como meio para adquirir conhecimentos. O ensino pelo computador implica a aquisição de conceitos sobre praticamente qualquer domínio por parte do aluno. O computador deve ser visto como uma ferramenta que auxilia na construção do conhecimento, ela por si só não oferece subsídios, metodologia, nessa construção. O professor tem papel fundamental nesse processo, da mesma forma como utiliza livros didáticos, paradidáticos, vídeo, DVD, TV, microscópio (quando tem) e outros recursos, que ele possa agregar mais essa ferramenta a sua gama de possibilidades. SCHMITT (2011, 38-41) afirma que somente a presença desses dispositivos nas escolas não assegura que eles servirão para proporcionar situações inovadoras de aprendizagem. O agente desse processo de alcance de uma situação inovadora de aprendizagem é o professor. É importante ressaltar também que o uso dessas tecnologias ajuda não apenas a aprendizagem do aluno, mas é também um instrumento de ajuda ao professor, que pode desenvolver suas atividades com maior dinamismo, rapidez e criatividade. A última “onda” ainda é uma incógnita, cabe ao professor estar preparado para quando ela chegar e estar “antenado” de forma que seja protagonista de sua própria história pessoal e social, capaz de tomar decisões conscientes em termos éticos, de forma a dar sentido a vida. E mais que isso, participar da formação dos seus alunos, possibilitando que os mesmo também o sejam. Conforme LUCENA (2012), o uso do computador na escola só faz sentido na medida em que o professor o considerar como uma ferramenta de auxílio e motivadora à sua prática pedagógica, um instrumento renovador do processo de ensino aprendizagem que lhe forneça meios para o planejamento de situações e atividades simples e criatividade que, consequentemente, lhe proporcione resultados positivos na avaliação de seus alunos e de seu trabalho. 73 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL REFERÊNCIAS ASSIS, W. F. VASCONCELOS, J. S. O uso do blog como estratégia de Ensino e como Webfólio no Ensino de Ciências em uma Perspectiva Sustentável. 2010. Disponível em: http://webartigos.com./articles/37458/1/O-uso-do-blog-como-estrategia-deensino-e-como-webfolio-no-ensino-de-ciencias-numa-perspectivasustentavel/pagina1.html. BRASIL. Compromisso Todos pela Educação. Brasília: MEC, 2007. BRASIL. 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Diferentes usos do computador na educação. disponível em: acesso em 19/03/2007 (para documento on-line) 75 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EDUCAÇÃO INFANTIL Elenice Gonçalves Simoni Elianara Villa Nova Macedo Luciana Pacheco Rigoleto Zamboni Nilda da Silva Martins Priscila Viviane de Souza Filipim Sandra Regina Altoé dos Santos Valéria Cristina de Oliveira Bravin A Educação Infantil, legalmente constituída como uma das etapas da Educação Básica, é um instrumento – um meio que assegura o usufruto à educação e aos cuidados necessários à aprendizagem e desenvolvimento das crianças de zero a cinco anos de idade. É um processo escolar que visa oportunizar na Rede de Educação Municipal de Maringá, um ambiente com as condições necessárias à aprendizagem e desenvolvimento de cada criança matriculada, nos Centros Municipais de Educação Infantil desse Município. A Educação Infantil de Maringá é universalizada, orientada pela a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacionalidade 9.394 de 1996: Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. Art. 30. A educação infantil será oferecida em: I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; II - pré-escolas, para as crianças de quatro a seis anos de idade. Art. 31. Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental. Para atender a esses pressupostos este Currículo está organizado, primeiramente, a partir das exigências postas por legislações e políticas educacionais que permeiam o processo educativo em âmbito nacional, estadual e municipal, considerando que é por meio da fundamentação legal que se faz a organização escolar e se esclarece a função sociopolítica e pedagógica da Educação Infantil, como também, a fundamentação teórico-metodológica em que se explicita a concepção do cuidar e educar, da afetividade e do papel dos mediadores do conhecimento no processo educativo inclusivo, para as crianças de zero a cinco anos de idade, independentemente de suas condições físicas, mentais, psicológicas, culturais e/ou sociais. No Município de Maringá, as instituições de Educação Infantil estão integradas à Secretaria de Educação Municipal – SEDUC, com aprovação da Secretaria de Estado da Educação, por meio do Núcleo Regional de Ensino de Maringá – SEED/NRE e, asseguram o atendimento escolar às crianças de zero a cinco anos de idade, atendendo atualmente (no ano de 2012) aproximadamente 10.550 (dez 76 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL mil quinhentos e cinquenta) crianças, distribuídas em 57 unidades escolares, sendo 5.700 (cinco mil e setecentas) de zero a três anos e 4.850 (quatro mil oitocentos e cinquenta) de quatro a cinco anos. O desenvolvimento integral da criança, conforme legisla a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, requer a construção e a manutenção de espaços físicos adequados, materiais e recursos pedagógicos que auxiliem a apropriação de conceitos básicos e de profissionais com formação específica para atender a grande demanda de matrícula das crianças dessa faixa etária. Nessa perspectiva, a Educação Infantil procura não somente cumprir a legislação vigente, como também oferecer recursos adicionais que possam possibilitar uma educação de qualidade às crianças que estão vivendo essa fase de maneira muito peculiar. O processo de apropriação da cultura é mediado pelos sujeitos sociais, o que possibilita o contato com conteúdos de diversas naturezas. Aos envolvidos com o trabalho na Educação Infantil, cabe possibilitar o acesso a esses conhecimentos, oportunizando “[...] sua ampliação, por meio das formas especificas utilizadas por essas crianças para compreenderem o mundo” (SEED, 2006. p.53). Segundo o Parecer CNE/CEB nº 20/2009 a Instituição de Educação Infantil por ser: [...] o primeiro espaço de educação coletiva fora do contexto familiar [...] implica assumir a responsabilidade de torná-la espaços privilegiados de convivência, de construção de identidades coletivas e de ampliação de saberes e conhecimentos de diferentes naturezas, por meio de práticas que atuam como recursos de promoção de equidade de oportunidades educacionais entre as crianças de diferentes classes sociais no que se refere ao acesso a bens culturais e as possibilidades de vivência da infância [...] requer oferecer as melhores condições e recursos construídos historicamente para que as crianças usufruam de seus direitos civis, humanos e sociais e possam se manifestar e ver essas manifestações acolhidas na condição de sujeito de direitos e de desejo (p. 5 - 6). As Diretrizes Nacionais para a Educação Infantil, Lei nº 05 de 2009, considera a criança como sujeito histórico e de direitos que nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, aprende, deseja, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentido sobre a natureza e a sociedade produzindo cultura (p.12). Nesse sentido, as práticas pedagógicas que embasam o trabalho desenvolvido na Educação Infantil de Maringá têm como eixos norteadores: Interações e Brincadeiras. Dependendo da maneira como as interações ocorrem no âmbito da instituição é que irão influenciar na qualidade do processo de aprendizagem e desenvolvimento, pois a coletividade, a troca de experiência, a interação com objetos, pessoas e elementos sociais e culturais contribuem significativamente para a construção de vínculos com o outro e com o conhecimento. Na Instituição de Educação Infantil quando a criança é colocada em contato 77 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL com objetos (brinquedos) sem um planejamento prévio do professor/educador, ou seja, sem a interferência intencional do adulto ela por si só não é capaz de se apropriar e transformar o saber socialmente elaborado, dessa forma as capacidades psíquicas essencialmente humanas tais como: o raciocínio, a percepção, a memória, a emoção, a linguagem, o pensamento, o controle da própria conduta entre outras não se desenvolvem. Segundo a Teoria Histórico Cultural o homem constrói o conhecimento a partir da interação mediada pela cultura e por outro sujeito, ou seja, o homem é um ser em constante construção social. Oliveira (1998) coloca que: Vygotsky atribui importância à interação social no processo de construção das funções psicológicas humanas. O desenvolvimento humano se dá em um ambiente social determinado e na relação com o outro, nas diversas esferas e níveis da atividade humana, é essencial para o processo de construção do ser psicológico individual. O ato de brincar possibilita, não só a interação entre as crianças, mas também entre crianças e adultos, além de favorecer seu desenvolvimento motor, cognitivo, afetivo e social. De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (Parecer CNE/CEB Nº 20/2009) “A brincadeira tem uma função importante que estimula a imaginação da criança. Por meio do brincar é que a criança vai significar e ressignificar o real, tornar-se sujeito e partícipe”. Ao brincar as crianças exploram e refletem sobre a realidade e a cultura na qual vivem, incorporando regras, papeis sociais e recriando cultura, as brincadeiras são repletas de hábitos, valores e conhecimento do grupo social ao qual pertencem. Vale ressaltar, que a ludicidade está associada a brincadeiras, brinquedos e jogos e que, na Educação Infantil, se constitui em um instrumento pedagógico de grande valor, que nos permite ensinar a criança demonstrar que aprendeu. Sendo assim, o brinquedo não só possibilita o desenvolvimento dos processos psíquicos por parte da criança como também serve como um instrumento para “conhecer o mundo físico e seus fenômenos, os objetos (e seus usos sociais) e, finalmente, entender os diferentes modos de comportamento humano (os papeis que desempenham, como se relacionam e os hábitos culturais)” (REGO, 1995, p 7). De acordo com os Referenciais Curriculares para a Educação Infantil (1998): Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. O fato de a criança desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde poder representar determinado papel na brincadeira faz que ela desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papeis sociais (BRASIL, p.22. V 2). 78 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Portanto, a aprendizagem está nas próprias brincadeiras, nelas, as crianças internalizam e elaboram suas emoções e sentimentos, e isso não pode ser menosprezado por professores e educadores, que tem a oportunidade de observar, intervir, propor novas situações, ensinar novas brincadeiras, potencializar as aprendizagens, ampliar as experiências e com isso construir conhecimentos. Na Educação Infantil não deveria ter tempo de brincar, a ludicidade deve fazer parte da rotina da instituição escolar, afinal o lúdico não é uma atividade, mas uma forma de estabelecer relações, de produzir conhecimentos e construir explicações. Kramer (2006) entende que: Crianças são sujeitos sociais e históricos, marcadas, portanto, pelas condições das sociedades em que estão inseridas. A criança não se resume a ser alguém que não é. Mas que se tornará (adulto, em que deixar de ser criança). Reconhecemos o que é específico da infância: seu poder de imaginação, a fantasia, a criação, a brincadeira, entendida como experiência de cultura. Crianças são cidadãs, pessoas detentoras de direitos, que produzem cultura e são nela produzidas. Esse modo de ver as crianças favorece entendê-las e também ver o mundo a partir do seu ponto de vista. A infância mais que estágio, é categoria da história: existe uma história humana porque o homem tem infância. As crianças brincam isso é o que as caracteriza (p.15). O lúdico deve estar presente nos gestos e nas diferentes formas de apresentação da palavra, nos brinquedos e brincadeiras, nos “jogos de contar”, nos modelos e exemplificações realizadas habitualmente pelo professor/educador, entre outras atividades como: no banho, na troca, na alimentação, na escovação dos dentes, na “contação” de histórias, no cantar, no relacionar entre outros. Deve ser considerado na elaboração de estratégias de ensino, independentemente da faixa etária. Segundo Girardello (2011): Mais que um jeito de aprender, brincar é o jeito de as crianças serem. Não é uma coisa que possa ser substituída, reembolsada amanhã, ou uma preparação para o futuro. As crianças precisam brincar hoje e todos os dias de sua infância. Todas as crianças, no mundo inteiro, têm o direito de aprender essas coisas e de ser plenamente assim. Se não brincarem – muito – quando crianças, não conseguirão aprender (nem ser) direito depois. E todos os adultos do mundo precisam aprender melhor o que as crianças, mesmo sem perceber, têm para nos ensinar (p. 65). Assim, a ludicidade enquanto prática pedagógica é um elemento que viabiliza a interação da criança com o mundo – um instrumento que promove a imaginação, a exploração e a descoberta. O professor/educador precisa refletir sobre a importância e o papel das brincadeiras no seu trabalho e deve fazer de todas as atividades de cuidar e educar um brincar. 79 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL O CUIDAR E EDUCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL A deliberação 003/99, do Conselho Estadual de Educação em seu art. 6º, ressalta que a educação infantil deve cumprir suas duas funções: cuidar e educar, sendo estas indispensáveis e indissociáveis, para promover o bem estar da criança, seu desenvolvimento físico, motor, intelectual, emocional, moral e social, estimulando a criança a interessar-se pelo processo do conhecimento do ser humano, da natureza e da sociedade. Isso deve ocorrer, num processo prazeroso, que valorize o lúdico, a cultura, as múltiplas formas de comunicação, diálogo e interação. As funções de cuidar e educar devem caminhar juntas, são concepções muito importantes quando se pensa e dialoga a respeito da Educação Infantil, ou seja, nas atividades do cotidiano como na hora do banho o professor/educador está também, educando, pois, explora várias questões como: o desenvolvimento da autoestima, o bem estar da criança, o contato com as diferentes linguagens, possibilitando que ela construa a sua autonomia em relação a higiene corporal e se sinta segura e acolhida Em relação ao conceito de educar o Referencial Curricular para a Educação Infantil explicita que: Educar significa propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros, em uma atitude de aceitação, respeito e confiança e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Nesse processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis. (BRASIL, 1998, p.23) O mesmo documento afirma em relação ao cuidar: O cuidador precisa considerar, principalmente, as necessidades das crianças, que quando observadas, ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes sobre a qualidade do que estão recebendo. Os procedimentos de cuidado também precisam seguir os princípios de promoção da saúde. Para se atingir os objetivos dos cuidados com a preservação da vida e com o desenvolvimento das capacidades humanas, é necessário que as atitudes e procedimentos estejam baseados em conhecimentos específicos sobre desenvolvimento biológico, emocional, e intelectual das crianças, levando em conta diferentes realidades socioculturais. (BRASIL, 1998, p. 25). Enfim, educar e cuidar na Instituição de Educação Infantil significa respeitar e garantir os direitos de todas as crianças ao bem-estar, à expressão, ao movimento, à segurança, à brincadeira, ao contato com a natureza e com o conhecimento científico, independentemente de gênero, etnia ou religião, e para isso exige-se do professor/ educador além da sensibilidade, ser possuidor de conhecimentos que o coloque em condições de discernir, no coletivo da sala de aula, as necessidades básicas de cada criança: as necessidades orgânicas, também denominadas biológicas e as necessidades sociais determinadas pelo meio em que a criança está inserida. 80 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Assim, a prática pedagógica deve se constituir em um processo de ensino aprendizagem das diferentes linguagens e pela criação de um ambiente em que a criança se sinta segura, satisfeita em suas necessidades, acolhida em sua maneira de ser, que possa trabalhar de forma adequada suas emoções e lidar com seus medos, sua raiva, seus ciúmes, sua apatia ou hiperatividade, e possa construir hipóteses sobre o mundo e elaborar sua identidade. AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL Afetividade é considerada um conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções, sentimentos e paixões, acompanhados da impressão de dor ou prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou tristeza. Na Educação Infantil, a afetividade é essencial nas relações humanas que se estabelecem no interior das instituições. Segundo Krueger (2003), a afetividade influencia a percepção, a memória, o pensamento, a vontade e as ações do indivíduo sendo, portanto, um fator fundamental na constituição do homem (p.30). Para Vygotsky, a compreensão do pensamento humano só é possível quando se considera sua base afetivo-volitiva, uma vez que as dimensões do afeto e da cognição estão desde cedo relacionadas íntima e dialeticamente. Por sua vez, a vida emocional está conectada a outros processos psicológicos e ao desenvolvimento da consciência de um modo geral (OLIVEIRA e REGO, 2003, p. 23). Vygotsky defende que são as motivações, os desejos, necessidades, emoções, interesses, impulsos e inclinações do indivíduo que dão origem ao pensamento e este por sua vez exerce influencia sobre o aspecto afetivo. Nesse sentido, destaca que “cada ideia contém uma atitude afetiva transmutada com relação ao fragmento de realidade a que se refere. Permite-nos ainda seguir a trajetória que vai das necessidades e impulsos de uma pessoa até a direção específica tomada por seus pensamentos, e o caminho inverso, a partir de seus pensamentos até o seu comportamento e a sua atividade” (VYGOTSKY, 1989, p.6-7). Diante disso, o professor deve se preocupar com o fato de que as crianças precisam sentir o que lhes é ensinado, as atividades devem ser emocionalmente estimuladas, para que atinjam níveis de aprendizagem cada vez mais elevados. Para Vygotsky (2003), [...] as reações emocionais devem constituir o fundamento do processo educativo (p.121). A afetividade é vital a todos os seres humanos. Ela está presente nas experiências vividas no relacionamento social, mas quando entra na instituição de ensino torna-se ainda mais evidente, pois a relação professor/criança, criança/criança é constante, o que possibilita a transformação da sala em um ambiente totalmente envolvente, propício à aprendizagem. Quando a criança adentra os portões das instituições de ensino, o professor/educador deve ter ciência de sua importância, não apenas como reprodutor da realidade vigente, mas como agente transformador da realidade. 81 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Perceber o indivíduo como ser que pensa e sente simultaneamente, e reconhecer a afetividade como parte integrante do processo de aprendizagem, implica um outro olhar sobre a prática pedagógica que deve ser pautada nas interrelações estabelecidas no meio em que está inserido. MEDIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Segundo a abordagem Histórico Cultural a criança nasce imersa em um mundo humano em meio a objetos e fenômenos criados pelo homem e, aos poucos, vai se apropriando dos conhecimentos produzidos historicamente por meio das relações com indivíduos mais experientes. Para Vygotsky as características especificamente humanas, que diferenciam o homem das outras espécies animais têm origem na vida em sociedade, ou seja, os modos de perceber, ser e estar no mundo são construídos nas relações com o meio cultural e social. Segundo Fontana e Cruz (1997) nessas relações, as funções psicológicas do indivíduo, que a princípio eram elementares vão sendo transformadas, se qualificam dando origem as funções mentais superiores como: o raciocínio, a memória, a atenção, a capacidade de generalização, a emoção, aprimorando o pensamento. Esse processo de desenvolvimento acontece na medida em que a criança apropria-se dos conhecimentos elaborados pelas gerações que a antecederam e isso se dá por meio da mediação entre indivíduos mais experientes e pelos instrumentos, signos, pela linguagem, enfim pela sua relação com o mundo. Vygotsky e Luria (1996) destacam que os instrumentos e os signos são elementos mediadores entre o homem e a realidade. O instrumento tem a função de regular as ações dos homens, ampliando e modificando suas formas de ação na natureza, potencializando a capacidade do seu corpo e transformando o seu próprio comportamento. Assim o instrumento é um elemento externo ao indivíduo, voltado para fora dele. O signo por sua vez controla as ações sobre o psiquismo das pessoas. De acordo com Fontana e Cruz (1997), o signo é comparado por Vygotsky a um instrumento que o denomina de instrumento psicológico. “Tudo que é utilizado pelo homem para representar, evocar ou tornar presente o que está ausente, constitui um signo, como a palavra, o desenho, os símbolos [...]” (p.59). A linguagem, um dos instrumentos fundamentais para o desenvolvimento humano, surgiu da necessidade decorrente do processo de trabalho, quando o homem teve que criar formas de comunicação para trocas de informações e planejamento coletivo de suas atividades. É o sistema de signos mediador das funções psíquicas permitindo a constituição da capacidade de simbolizar e operar racionalmente. Segundo Leontiev (2003): A aprendizagem da linguagem é a condição mais importante para o 82 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL desenvolvimento mental, porque o conteúdo da experiência histórico-social não está consolidada somente nas coisas materiais; está generalizada e reflete de forma verbal na linguagem. É precisamente nessa forma que a criança acumula o conhecimento humano, os conceitos sobre o mundo que a rodeia. (p.72 - 73) A criança, em seu processo interativo não se apropria somente da linguagem, dos instrumentos, dos signos e significados linguísticos disponíveis em seu meio, nesse movimento, ela assimila também as formas de pensar, de perceber, de raciocinar, de interpretar, implícitas no conhecimento presente nesse complexo de interrelações. De suas relações com o meio e com o outro, a criança reconstrói internamente as formas culturais de ação e de pensamento. Como afirma Oliveira (1997): [...] primeiramente, o indivíduo realiza ações externas, que serão interpretadas pelas pessoas a seu redor, de acordo com os significados culturalmente estabelecidos. A partir dessa interpretação é que será possível para o indivíduo atribuir significados para suas próprias ações e desenvolver processos psicológicos internos que podem ser interpretados por ele próprio a partir dos mecanismos estabelecidos pelo grupo cultural e compreendidos por meio dos códigos compartilhados pelos membros desse grupo. (p.10) A esse processo interno de reconstrução de uma operação externa, Vygotsky dá o nome de internalização. Vygotsky (1989, p. 64) postula que “todas as funções no desenvolvimento da criança aparecem duas vezes: primeiro, no nível social, e, depois, no nível individual; primeiro entre pessoas (interpsicológica) e, depois, no interior da criança (intrapsicológica)”. Na medida em que ocorre a interação com outras pessoas e com o conhecimento, a criança é capaz de movimentar vários processos de desenvolvimento que seriam impossíveis de ocorrer espontaneamente. Sendo assim, Vygotsky compreende a aprendizagem, o ensino e o desenvolvimento como processos distintos que interagem dialeticamente, não existindo de forma independente. O que ocorre é a conversão de um no outro, ou seja, a aprendizagem promove o desenvolvimento e este enuncia novas possibilidades de aprendizagem. Segundo Vygotsky, apud Oliveira (2010), a zona de desenvolvimento proximal é o espaço possível de intervenção da escola. É aí que reside o grande desafio daquele que ensina “só se beneficiará do auxílio de amarrar sapatos à criança que ainda não aprendeu bem a fazê-lo, mas já desencadeou o processo de desenvolvimento dessa habilidade” (p.63). A criança só tem condições de aprender a fazer sozinha num futuro próximo àquilo que ela consegue fazer hoje com a colaboração de alguém mais experiente. O que não é possível que ela faça em colaboração com o parceiro mais experiente não adianta ser compartilhado pelo professor/educador, como exemplo, pular corda com uma criança que está começando a andar. O processo de ensino e aprendizagem na escola deve ser construído, tomando como ponto de partida o nível de desenvolvimento real da criança 83 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL e como ponto de chegada os objetivos estabelecidos pela escola, supostamente adequados à faixa etária e ao nível de conhecimentos e habilidades de cada grupo de crianças. O percurso a ser seguido será balizado pelas possibilidades das crianças, isso é, pelo nível de desenvolvimento potencial que ela possui (OLIVEIRA, 2010, p.64). Ao ensinar as crianças, o adulto deverá utilizar sempre um vocabulário vasto, usar nomenclaturas corretas e dar explicações coerentes que satisfaçam seu grau de desenvolvimento. Tornando mais claro, se o professor/educador que trabalha com crianças de quatro anos fizer uso contínuo de diminutivo, certamente elas assim o farão; falarão como o modelo apresentado. Mas em outro exemplo se o professor/educador disser às crianças que a gripe é causada por um vírus e lhes der uma explicação científica para o fato, elas se apropriarão de um conhecimento mais elaborado, com um vocabulário mais rico e, certamente não falarão a outras pessoas que a gripe é causada por uns “bichinhos”. Para que a aprendizagem ocorra é preciso criar situações que problematizem o conhecimento, portanto não é qualquer interação que a promove. Toda atividade desenvolvida com a criança precisa ter uma intenção clara, ou seja, o objetivo deve estar explícito para o professor/educador e para criança. Para Vygotsky (1995): Na escola, as atividades educativas, diferentes daquelas que ocorre no cotidiano extraescolar, são sistemáticas, têm uma intencionalidade deliberada e compromisso explícito (legitimado e historicamente) em tornar acessível o conhecimento formalmente organizado. Nesse contexto, as crianças são desafiadas a entender as bases dos sistemas de concepções científicas e a tomar consciência de seus próprios processos mentais (p.104). Sendo assim, as interações sociais no âmbito escolar não devem restringir-se apenas às relações interpessoais, sujeito/sujeito, mas no objeto presente nessa relação – o conhecimento. Sforni (2004) afirma que: [...] é somente na relação sujeito/conhecimento/sujeito que a mediação se torna um conceito fundamental ao desenvolvimento humano. O entendimento dos conceitos de objetivação e apropriação dos mediadores culturais é fundamental para a compreensão da importância da atividade mediada como condição para o desenvolvimento humano (p.2). Portanto, ao planejar suas atividades cabe ao professor/educador ter clareza do conhecimento a ser ensinado e a importância desse saber mediado para a elevação da condição cognitiva da criança, isso é, o professor deve oferecer atividades significativas, permitindo a cada uma criar sua esfera de significados, num clima de afetividade e segurança, através do diálogo, do intercâmbio de ideias e de informações. 84 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EDUCAÇÃO INFANTIL: ORGANIZAÇÃO CURRICULAR Na Educação Infantil o currículo se caracteriza por um conjunto de práticas, em que as experiências e os saberes das crianças se articulam com os conhecimentos historicamente construídos: culturais, artísticos, científicos, tecnológicos e ambientais. Quanto mais as crianças se apropriam dos saberes da cultura por meio de experiências variadas, maiores serão as possibilidades de ampliarem seus conhecimentos e, consequentemente, se desenvolverem nos seus aspectos físicos, afetivos, cognitivos, linguísticos, sociais, estéticos e éticos, construindo sua identidade, autonomia e formando-se como cidadã. Portanto, selecionar conteúdos para crianças de zero a cinco anos, significa levantar amplas possibilidades de trabalho, onde todos os aspectos da formação humana sejam considerados em suas necessidades e especificidades. As práticas presentes no cotidiano das instituições de educação infantil devem ser intencionalmente planejadas e constantemente avaliadas, apontando experiências de aprendizagens que se esperam promover junto às crianças, abrindo espaço para o imprevisível. Além disso, devem considerar a criança em sua integralidade e individualidade. As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil expressam que essa concepção ampla de formação humana, do desenvolvimento integral das crianças, se dará mediante abordagem dos conteúdos básicos que consideram tanto a diversidade dos conhecimentos acumulados historicamente, quanto dos valores éticos, políticos e estéticos construídos na cultura. Asseveram ainda que: “As propostas pedagógicas das instituições de educação infantil (…) devem buscar (…) a interação entre as diversas áreas de conhecimento e dos aspectos da vida cidadã, contribuindo assim para provimento de conteúdos básicos para a constituição de conhecimentos e valores”. (Art. 3º, Inciso IV - DCNEI) A Resolução Nº 05, de 17 de dezembro de 2009, do Conselho Nacional de Educação e Câmara de Educação Básica, assegura que nas propostas curriculares da Educação Infantil, as práticas pedagógicas devem ter como pontos norteadores as interações e as brincadeiras, garantindo experiências que: I – promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem movimentação ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança; II – favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical; III – possibilitem às crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação com a linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros textuais orais e escritos; IV – recriem, em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas, medidas, formas e orientações espaço temporais; V – ampliem a confiança e a participação das crianças nas atividades 85 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL individuais e coletivas; VI – possibilitem situações de aprendizagem mediadas para a elaboração da autonomia das crianças nas ações de cuidado pessoal, auto-organização, saúde e bem estar; VII – possibilitem vivências éticas e estéticas com outras crianças e grupos culturais, que alarguem seus padrões de referência e de identidades no diálogo e no reconhecimento da diversidade; VIII – incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao tempo e a natureza; IX – promovam o relacionamento e a interação das crianças com diversificadas manifestações de músicas, artes plásticas e gráficas, cinema, fotografia, dança, teatro, poesia e literatura; X – promovam a interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da biodiversidade e da sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não desperdício dos recursos naturais; XI – propiciem a interação e o conhecimento pelas crianças das manifestações e tradições culturais brasileiras; XII – possibilitem a utilização de gravadores, projetos, computadores, máquinas fotográficas, e outros recursos tecnológicos e midiáticos. (RESOLUÇÃO Nº 05/2009, CNE/CEB). Isso requer professores/educadores com sensibilidade para entender como a criança aprende, como expressa suas emoções e seus saberes. Nesse sentido, viabilizando as ações citadas na Resolução pode-se promover aprendizagens significativas e o desenvolvimento integral das crianças, propõe-se que é importante considerar as interações das múltiplas situações sociais e lúdicas que se efetivam no processo de ensino, que a criança consolida a apropriação das diferentes linguagens. Acreditamos que a efetivação desta Proposta Curricular deve ter como premissa a superação da concepção assistencialista e de práticas pedagógicas mecanicista e/ou espontaneísta que, ainda possam estar presentes no processo de escolarização e de educação da criança de zero a cinco anos de idade. Para isso, é necessário em primeiro lugar olhar para a criança com afetividade e empatia, para que os conteúdos estruturantes e específicos sejam entendidos, pensados, planejados e executados considerando suas relações conceituais e ensinados de forma lúdica e interdisciplinar, com uma abordagem a partir do contexto social, cultural, ético, tecnológico em que o Centro de Educação Infantil está inserido. Dessa forma, entende-se por conteúdos estruturantes os saberes e conhecimentos de grande amplitude que identificam e organizam os campos de estudo de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino. A partir dele, derivam-se os conteúdos específicos, a serem trabalhados na relação de ensino e aprendizagem no cotidiano escolar. Conteúdos estruturantes e específicos trabalhados tanto em turmas de creche quanto de pré-escola: O corpo em movimento - Imagem corporal; 86 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL - Esquema corporal; - Tônus, postura e equilíbrio; - Lateralidade; - Orientação espacial; - Orientação temporal. Identidade e autonomia - Identidade pessoal; - Linguagem oral e escrita; - Linguagem matemática; - Linguagem artística. Natureza e sociedade - Organização dos grupos sociais (seu modo de ser, viver e trabalhar); - Objetos e processos de transformações; - Lugares e suas paisagens; - Seres vivos; - Fenômenos e Componentes Naturais. CONTEÚDO ESTRUTURANTE: O CORPO EM MOVIMENTO Esse conteúdo deverá ser abordado a partir da ciência Psicomotricidade, que tem como objeto de estudo o homem por meio do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo. Enquanto a ciência é sustentada por três conhecimentos básicos: o movimento, o intelecto e o afeto. Psicomotricidade, é um termo empregado para uma concepção de movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua socialização (Sociedade Brasileira de Psicomotricidade). O termo “psicomotricidade” aparece, pela primeira vez, no discurso médico, mais especificamente, no campo da Neurologia, quando, no século XIX houve uma preocupação em identificar e nomear as áreas específicas do córtex cerebral segundo as funções desempenhadas por cada uma delas. E foi no século XX que ela passou a desenvolver-se como uma prática independente e, aos poucos, transformar-se em ciência. Até conseguir ter o espaço que ocupa hoje, a Psicomotricidade começou a ser praticada no momento em que o corpo deixou de ser visto apenas como um pedaço de carne, para ser algo indissociável do sujeito. No século XVII, René Descartes ainda propunha essa dicotomia entre corpo e alma, mas já fazia colocações de que o corpo é tão unido à pessoa que ambos chegam a “misturar-se”. Henry Wallon, em 1925 começou a relacionar a motricidade com a emoção, explicando que chamou de “diálogo tônico-emocional”. E com essa teoria, temos o fim do dualismo cartesiano que separa o corpo do desenvolvimento intelectual e emocional do indivíduo. Outros pesquisadores importantes da área: 87 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Jean Lê Boulch, André Lapierre, Bernard Auconturier, Aleksander Luria, P. Vayer, Jean Bèrges, Jean-Claude Coste, Vitor Fonseca. São várias as classificações e as terminologias utilizadas para denominar as funções psicomotoras. De qualquer forma, os conceitos são basicamente os mesmos; o que muda é a forma de classificar e agrupar esses conceitos. Assim, as terminologias mais utilizadas no Brasil e seus respectivos conceitos são os seguintes: Imagem corporal – é a representação mental inconsciente que fazemos do nosso próprio corpo, formada a partir do momento em que esse corpo começa a ser desejado e, consequentemente a desejar e a ser marcado por uma história singular e pelas inscrições materna e paterna. Um exemplo de como se dá sua construção é o estágio do espelho que começa aos 6-8 meses de idade, quando a criança já se reconhece no espelho, sabendo que o que vê é sua imagem refletida. A imagem vem antes do esquema, portanto, sem imagem, não há esquema corporal. Esquema corporal – é o saber pré-consciente a respeito do seu próprio corpo e de suas partes, permitindo que o sujeito se relacione com espaços, objetos e pessoas que o circundam. As informações proprioceptivas ou cinestésicas é que constroem esse saber acerca do corpo e à medida que o corpo cresce, acontecem modificações e ajustes no esquema corporal. Exemplo: a criança sabe que a cabeça está em cima do pescoço e sabe que ambos fazem parte de um conjunto maior que é o corpo. Tônus – é a tensão fisiológica dos músculos que garante equilíbrio estático e dinâmico, coordenação e postura em qualquer posição adotada pelo corpo, esteja ele parado ou em movimento. Exemplo: a maioria das pessoas portadoras da Síndrome de Down possui uma hipotonia, ou seja, uma tonicidade ou tensão menor do que a normal, o que faz que haja um aumento da mobilidade e da flexibilidade e uma diminuição do equilíbrio, da postura e da coordenação. Postura – biologicamente, é o resultado de uma ordem ou de um movimento, é histórica e resulta também da visão de mundo que tem a sociedade em que se vive. Equilíbrio – é a noção de distribuição do peso do corpo em relação ao centro de gravidade, pode ser trabalhado estática e dinamicamente. Respiração – é a movimentação rítmica do ar para dentro (inspiração) e para fora (expiração), é um elemento para ser bem desenvolvido, fundamental na vida do ser humano. Coordenação global ou motricidade ampla – é a ação simultânea de diferentes grupos musculares na execução de movimentos voluntários, amplos e relativamente complexos. Por exemplo, para caminhar utilizamos a coordenação motora ampla em que membros superiores e inferiores se alternam coordenadamente para que haja deslocamento. Motricidade fina – é a capacidade de realizar movimentos coordenados utilizando pequenos grupos musculares das extremidades. Por exemplo, utilizamos a coordenação motora fina para recortar, rasgar, pintar, escrever, costurar e digitar. Organização espaço-temporal – é a capacidade de orientar-se adequadamente no espaço e no tempo. Para isso, é preciso ter a noção de perto, longe, em cima, embaixo, dentro, fora, ao lado de, antes, depois. 88 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Ritmo – é a ordenação constante e periódica de um ato motor. Para ter ritmo é preciso ter organização espacial. Exemplo: pular corda. Lateralidade – é a capacidade de vivenciar os movimentos utilizando-se, para isso, os dois lados do corpo, ora o lado direito, ora o lado esquerdo. Por exemplo: a criança destra, mesmo tendo sua mão direita ocupada, é capaz de abrir uma porta com a mão esquerda. É diferente da dominância lateral que é a maior habilidade desenvolvida num dos lados do corpo. É necessário também, que a lateralização esteja presente na ação pedagógica uma vez que a criança precisa se organizar e se orientar no espaço a ser percorrido em direção à direita e à esquerda. Os exercícios que colocam em ação os pequenos grupos musculares (coordenação fina) englobam a coordenação óculo-manual (os movimentos das mãos sendo coordenados pela visão), a coordenação óculo-pedal (os movimentos dos pés sendo coordenados pela visão) e a coordenação músculo-facial (movimentos dos pequenos músculos do rosto que dão expressão). CONTEÚDO ESTRUTURANTE: IDENTIDADE E AUTONOMIA É por meio das interações sociais que a criança constrói gradativamente sua identidade. As primeiras relações que se estabelecem ocorrem na família, nesse espaço ela aprende que tem um nome e percebe que tem características físicas próprias que a difere das outras pessoas. Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998): A identidade é um conceito do qual faz parte a ideia de distinção, de uma marca de diferença entre as pessoas, a começar pelo nome, seguido de todas as características físicas, de modos de agir e de pensar e da história pessoal. Sua construção é gradativa e se dá por meio de interações sociais estabelecidas pela criança, nas quais ela, alternadamente, imita e se funde com o outro para diferenciar-se dele em seguida, muitas vezes utilizando-se da oposição (p.13). Na instituição de ensino a atenção, o carinho da professora/educadora e os vínculos estabelecidos, favorecem, na criança, a construção de uma imagem positiva de si e do mundo. Por isso, o professor/educador deve proporcionar momentos e atividades em que sejam exploradas as múltiplas identidades das crianças para que possam sentirse reconhecidas e para que tenham sua história de vida valorizada. As brincadeiras representam uma ótima oportunidade de manifestação da individualidade de cada criança de sua identidade, pois se expressam de maneira singular que deve ser respeitada. É aconselhável, também, que o professor/educador reflita sobre sua própria postura, pois a mesma contribui, e muito, na formação da identidade de seus educandos. Ao rotular uma criança como “bagunceira”, “a inteligente”, “a querida”, 89 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL “a feia”, traça uma linha de competição entre a turma, impedindo o crescimento e o desenvolvimento da riqueza e do respeito entre as diferentes identidades. Assim, o conhecimento que o educando vai tendo de si mesmo está estritamente ligado à construção de sua identidade e autonomia. Cabe-nos ajudá-lo no desenvolvimento dessas definições, proporcionando um ambiente de aprendizagem conhecido e seguro para ele, em que todas as pessoas são chamadas pelo nome e, pouco a pouco, tornam-se referência umas para as outras. O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998) define autonomia como: A capacidade de se conduzir e tomar decisões por si próprio, levando em conta regras, valores, sua perspectiva pessoal, bem como a perspectiva do outro, é, nessa faixa etária mais do que um objetivo a ser alcançado com as crianças, um principio das ações educativas. Conceber uma educação em direção à autonomia significa considerar as crianças como seres com vontade própria, capazes e competentes para construir conhecimentos, e, dentro de suas possibilidades, interferir no meio em que vivem. Exercitando o autogoverno em questões situadas no plano das ações concretas, poderão gradualmente fazê-lo no plano das ideias e dos valores. Ser autônomo não significa renunciar às exigências e ao controle e sim, endereçar o educando a um contexto comunicativo, afetuoso e respeitoso. Trata-se de combinar metas e superá-las; de corrigir encorajando; de reconhecer os limites com suas possibilidades. É necessário conquistar a confiança dos mesmos e, aos poucos, incentivá-los a realizar tarefas que desenvolvam sua autonomia, como, fazer as refeições, ir ao banheiro, beber água, trocar de roupa, calçar sapatos, escolher livros, rabiscar livremente na calçada, ajudar os colegas, entre várias outras. Acredita-se que a relação com outros constitui um fator principal para qualquer tipo de desenvolvimento. O aprendiz autônomo não é independente ou dependente, mas sim, interdependente, ou seja, na convivência utiliza-se da vivência do outro para sua vida e vice-versa. Em todo esse contexto de desenvolvimento de identidade e autonomia, é primordial que o professor/educador exerça a mediação, pois sem a mesma, o educando pode não chegar ao desejado e planejado para seu nível cognitivo. Entende-se que mediar no sentido de incentivar a autonomia, não é meramente colocar um brinquedo ou outro material no ambiente de aprendizagem, seja no chão da sala de aula, no pátio ou no gramado, e deixar que brinquem livremente. Enquanto estão brincando, o educador precisa estar com eles, organizar materiais, livros, brinquedos e armários, deverá acontecer em outro momento. O objetivo da mediação é questionar, instigar, verificar e participar de todas as atividades (incluindo as brincadeiras), o que torna o momento mais prazeroso e significativo e leva os educandos ao desenvolvimento de inúmeras habilidades psicomotoras, cognitivas, afetivas, entre outras. É necessário que o professor/educador se organize, planeje seu tempo e crie regras, limites e combinados com os educandos para que haja organização no 90 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ambiente escolar para que as crianças saibam a hora de falar, de prestar atenção, de respeitar o colega, entre outras coisas. Tais posturas proporcionarão maior atenção do professor/educador com a criança, realizando assim, sua avaliação cotidiana e seu desenvolvimento, percebendo onde precisa ser mais estimulado. CONTEÚDO ESTRUTURANTE: LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL Linguagem Oral e Escrita A medida que a criança se apropria dos valores culturais presentes na sociedade, por meio da linguagem, altera significativamente o processo de formação do seu pensamento. A linguagem é o sistema de signos mediador das funções psíquicas. A produção da linguagem permite a constituição da capacidade de simbolizar e operar racionalmente. O pensamento verbal produz grandes mudanças nas crianças principalmente no modo como se relacionam com o seu meio, com outras pessoas e consigo mesmo. Ele permite ao ser humano planejar suas ações, indo além das experiências imediatas o que o torna participante do gênero humano. É pela linguagem verbal que as crianças começam a expressar seus pensamentos através das palavras, se fazer entender e assim vão adquirindo autonomia, ou seja, desde cedo, os bebês emitem sons articulados que lhes dão prazer e que revelam seu esforço para comunicar-se com os outros. Os adultos ou crianças mais velhas interpretam essa linguagem peculiar, dando sentido à comunicação dos bebês, que se baseia no choro, balbucio, gestos... Ao falar com o bebê, os adultos principalmente, utilizam uma linguagem simples, breve e repetitiva, que deve ir evoluindo conforme a faixa etária das crianças, para que ocorra o desenvolvimento da linguagem e da comunicação, e é através da estimulação sonora ofertada pela família e pela escola que as crianças vão ampliando e enriquecendo o seu repertório de palavras se tornando mais autônomos. Cabe ao professor/educador gesticular bem as palavras, os sons para que as crianças percebam as vibrações sonoras, as diferenças e semelhanças existentes entre um som e outro, através da musicalização (ouvir músicas variadas, ritmos diferentes...) cantigas de roda, parlendas, dramatização de histórias (brincar com fantoches, dedoches...), relatos vividos e brincadeiras (faz de conta...). Evitar o uso de palavras no diminutivo, gírias, abreviações e propor muitas atividades na frente do espelho, em dupla, grupo para observar a boca, a língua, as vibrações. Sabemos que as mordidas tão frequentes nessa faixa etária são decorrentes da falta de comunicação, de compreensão existente entre os pequeninos e conforme há o desenvolvimento na oralidade, essa fase dos “desentendimentos” se ameniza. Segundo Regina Scarpa (2008) da Fundação Victor Civita. “Não se admite mais a ideia de manter a sala em silêncio, com aparência que está tudo sob controle”. Na educação infantil as rodas de conversa, feitas diariamente, são uma oportunidade 91 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL de praticar a fala, comentar preferências próprias e trocar informações sobre a família. Nessa situação, há a interação com os colegas e aprende-se a escutar, discutir regras e argumentar. Quanto menor for a faixa etária do grupo, mais necessária será a interferência do professor/educador como propositor e dinamizador dos diálogos e quanto mais ele propiciar à criança o acesso às mais variadas experiências de expressão da infância, maiores serão os avanços na linguagem e, consequentemente, a ampliação do seu conhecimento. Como nos ensina Vygotsky (1987, p.08) “[...] a criança começa a perceber o mundo não somente através dos olhos, mas também através da fala [...]” Porém, a linguagem não é a única forma de representação de que a criança dispõe em seus primeiros anos de vida. Antes mesmo da escrita a criança já representa graficamente a realidade por meio do desenho. O desenho é, pois parte constitutiva do processo de desenvolvimento da criança e não deve ser entendido como uma atividade complementar, mas sim como atividade funcional. Ele é a representação do real. Ao desenhar, a criança organiza sua experiência, em seu esforço para compreendê-la. O ato de desenhar não é simplesmente uma atividade lúdica ele é ação de conhecimento. Em relação ao trabalho com a língua escrita, o Parecer nº 20/2009 do Conselho Nacional de Educação, traz que: […] não pode decididamente ser uma prática mecânica desprovida de sentido e centrada na decodificação do escrito. Sua apropriação pela criança se faz no reconhecimento, compreensão e fruição da linguagem que se usa para escrever, mediada pela professora e pelo professor, fazendo-se presente em atividades prazerosas de contato com diferentes gêneros escritos, como a leitura diária de livros pelo professor, a possibilidade da criança desde cedo manusear livros e revistas e produzir narrativas e textos, mesmo sem saber ler e escrever. (PARECER CNE/CEB N°20/2009) Trabalhando dessa forma, inicia-se o processo de letramento e o educando, gradualmente, compreende as práticas de uso social da leitura e da escrita, pois percebe que os textos são para “ler”; conhece o objeto livro, revista, gibi, jornal, entre outros portadores de textos; observa que estes são lidos da esquerda para a direita e de cima para baixo; compreende que os livros têm autor, ilustrador, tem capa, paginação, entre outros elementos, e são destinados a determinados leitores; identifica o objetivo de cada gênero, dentre outros. É importante, contudo, salientar que a fase inicial da aprendizagem da língua escrita ocorre desde o momento em que a criança realiza rabiscos, desenhos, elabora e participa de brincadeiras de faz de conta, pois atribui a essas atividades a função de signos. E o que é a escrita senão um sistema de signos? A criança constrói o conceito de língua escrita ao compreender que as palavras escritas são símbolos que comunicam pensamentos, sentimentos e intenções. Sendo assim, o contato do professor/educador com o maior número possível de propostas planejadas dentro do Conteúdo Específico: Linguagem Oral e Escrita, envolvendo a ludicidade, possibilita que ele apreenda aspectos culturais, construa 92 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL conhecimentos e participe ativamente de situações cotidianas de uso da linguagem. Linguagem Matemática A criança está, desde o nascimento, em permanente contato com questões matemáticas, interagindo de forma não intencional, mas por repetição realizam movimentos como: mostrar com os dedos a idade, brincar com o telefone, trocar os canais da televisão, entre outros. Observam e atuam também no espaço ao seu redor e, aos poucos, organizam seus deslocamentos, identificam posições e pontos de referência, comparam distâncias e descobrem caminhos. Trabalhar a construção de noções matemáticas na Educação Infantil contribui para a formação de cidadãos autônomos, capazes de pensar por conta própria, que conseguem resolver situações problemas e criar estratégias que possibilitam a compreensão e transformação da realidade social. Charnay (1994), apud Panizza (2006), explica que “o aluno deve ser capaz não somente de repetir ou de refazer, mas também de ressignificar em situações novas, de adaptar, de transferir seus conhecimentos para resolver novos problemas” (p.50). Quando chega à Educação Infantil, a criança traz consigo uma gama de conhecimentos e habilidades nos planos físico, intelectual e socioafetivo, fruto de suas experiências de vida. Identificar essa bagagem, que é diferente entre as crianças, e considerá-la, garante o respeito à individualidade e possibilita que os objetivos propostos sejam atingidos. Enfim, é preciso começar o trabalho por onde as crianças estão e não por onde gostaríamos que elas estivessem. Tecer comentários, formular perguntas, lançar desafios, estimular a verbalização, são atitudes indispensáveis do professor/educador. Representam vias a partir das quais as crianças elaboram o conhecimento em geral e o conhecimento matemático em particular. As respostas das crianças a perguntas de adultos que contenham a palavra “quantos?” podem ser aleatoriamente “três”, “cinco”, para se referir a uma suposta “quantidade”. O mesmo ocorre às perguntas que contenham “quando?”. Nesse caso, respostas como “terça-feira” para indicar um dia qualquer ou “amanhã” no lugar de “ontem” são frequentes. Da mesma forma, uma criança pequena pode perguntar “quanto eu custo?” ao subir na balança, no lugar de “quanto eu peso?”. Esses são exemplos de respostas e perguntas não muito precisas, mas que já revelam algum discernimento sobre o sentido de tempo e quantidade. São indicadores da permanente busca das crianças em construir significados, em aprender e compreender o mundo, por meio da brincadeira. Se desejarmos que as crianças construam significados, é imprescindível que, em sala de aula, o professor/educador lhes ofereça muitas e distintas situações pertencentes ao mundo de vivência de quem vai construir sua própria aprendizagem. Tais situações devem ser ainda retomadas ou reapresentadas em diferentes momentos. As crianças devem reproduzir (falando, desenhando, escrevendo, brincando, etc.) aquilo que aprenderam. Com base nos estudos de Lorenzatto (2006, p.60), a seleção e a organização dos 93 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL conteúdos matemáticos representam um passo importante no planejamento da aprendizagem e devem considerar os conhecimentos prévios e as possibilidades cognitivas das crianças para ampliá-los. Mas, em sala de aula, por onde começar as atividades, a fim de que tenhamos uma probabilidade maior de sucesso? É recomendável iniciar o trabalho explorando as noções de: grande/pequeno; maior/menor; grosso/fino; curto/comprido; alto/baixo; largo/estreito; perto/longe; leve/pesado; vazio/cheio; mais/menos; muito/pouco; igual/diferente; dentro/fora; começo/meio/fim; antes/agora/depois; cedo/tarde; dia/noite; ontem/hoje/amanhã; devagar/depressa; aberto/fechado; em cima/embaixo; direita/esquerda; primeiro/último/entre; na frente/atrás/ao lado; para frente/para trás/para o lado; para direita/para esquerda; pra cima/pra baixo; ganhar/perder; aumentar/diminuir. Essas noções devem ser introduzidas ou revisadas verbalmente por meio de brincadeiras, materiais manipuláveis, desenhos, histórias e/ou pessoas. Essa diversidade de modo no tratamento de cada noção é que facilitará a percepção do significado de cada uma delas. Quanto mais diversificadas as ações propostas, mais motivadas as crianças estarão, pois o lúdico faz parte do ciclo de interesse da criança. Seja qual for a noção e o campo matemático (espaço e forma, número e sistema de numeração, grandezas e medidas, tratamento da informação) que estiver sendo trabalhado, haverá sempre uma relação direta com um dos conceitos físicos matemáticos seguintes: tamanho - lugar - distância – forma, bidimensionalidade e tridimensionalidade; quantidade – contagem oral – notação numérica e/ou registros não convencionais – ideias de juntar, tirar, colocar, comparar, repartir e distribuir - agrupamento – relação entre quantidades - capacidade – tempo; posição - medição - direção; volume - comprimento – massa – peso – utilização de unidades convencionais e não convencionais. Tratamento da informação: Gráficos e tabelas; Gráficos pictóricos. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, p. 56) a demanda social é que leva a destacar a estatística e o tratamento da informação como um bloco de conteúdo indispensável para que o aluno aprenda a “construir procedimentos para coletar, organizar, comunicar e interpretar dados, utilizando tabelas, gráficos e representações que aparecem frequentemente em seu dia - a - dia”. No entanto, é de fundamental importância que o professor/educador compreenda claramente tais conceitos, para que possa ter segurança na condução das atividades com as crianças. E também conheça os sete processos mentais básicos para a aprendizagem da matemática, que são: correspondência, comparação, classificação, sequenciação, seriação, inclusão e conservação. Se o professor/educador não trabalhar esses processos com as crianças, elas terão grandes dificuldades para aprender número e contagem, entre outras noções. Sem esse 94 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL domínio, as crianças poderão até dar respostas corretas, segundo a expectativa e a lógica dos adultos, mas, certamente, sem significado ou compreensão para elas. Correspondência: é o ato de estabelecer a relação “um a um”. Exemplos: um prato para cada pessoa; cada pé com seu sapato; a cada aluno, uma carteira. Mais tarde a correspondência será exigida em situações do tipo: a cada quantidade, um número (cardinal); a cada número, um numeral; a cada posição (numa sequência ordenada), um número ordinal. Comparação: é o ato de estabelecer diferenças ou semelhanças. Exemplos: esta bola é maior que aquela; moro mais longe que ela; somos do mesmo tamanho? Mais tarde, virão: Quais destas figuras são retangulares? Indique as frações equivalentes. Classificação: é o ato de separar por categorias de acordo com semelhanças e diferenças. Exemplos: na escola, a distribuição de alunos por séries; arrumação de mochila ou gaveta; dada várias peças triangulares e quadriláteros, separálas conforme o total de lados que possuem. Sequenciação: é o ato de fazer suceder a cada elemento outro sem considerar a ordem entre eles. Exemplo: chegada dos alunos à escola; entrada de jogadores de futebol em campo; compra em supermercado; escolha ou apresentação dos números nos jogos de loto, sena e bingo. Seriação: é o ato de ordenar uma sequência segundo um critério. Exemplo: fila de alunos, do mais baixo para o mais alto; lista de chamada de alunos; numeração das casas nas ruas; calendário; loteria federal (a ordem dos números sorteados para o primeiro ou quinto influi nos valores a serem pagos); o modo de escrever números (por exemplo, 123 significam uma centena de unidades, mais duas dezenas de unidades, mais três unidades e, portanto, é bem diferente de 321). Inclusão: é o ato de fazer abranger um conjunto por outro. Exemplos: incluir a ideia de laranjas e de bananas, em frutas; meninas e meninos, em crianças; varredor, professor e porteiro, em trabalhadores; na escola; losangos, retângulos e trapézios, em quadriláteros. Conservação: é o ato de perceber que a quantidade não depende da arrumação, forma ou posição. Exemplo: uma roda grande ou pequena, ambas formadas com a mesma quantidade de crianças; um copo largo e outro estreito, ambos com a mesma quantidade de água; uma caixa com todas as faces retangulares, ora apoiadas sobre a face menor, ora sobre outra face, conserva a quantidade de lados ou de cantos, as medidas e, portanto, seu perímetro, área e volume. De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), os conteúdos da matemática na Educação Infantil estão organizados em quatro campos: Números e sistema de numeração, Grandezas e medidas, Espaço e formas, Tratamento da informação. A organização por campos visa oferecer visibilidade às especificidades dos conhecimentos matemáticos a serem trabalhados, embora as crianças vivenciem esses 95 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL conteúdos de maneira integrada. De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998, p. 235): As noções matemáticas abordadas correspondem a uma variedade de brincadeiras e jogos, principalmente aqueles classificados como de construção e de regras. Vários tipos de brincadeiras e jogos que possam interessar à criança pequena constituem-se rico contexto em que ideias matemáticas podem ser evidenciadas pelo adulto por meio de perguntas, observações e formulação de propostas. São exemplos disso: cantigas, brincadeiras como a dança das cadeiras, quebra-cabeça, labirintos, dominós, dados de diferentes tipos, jogos de encaixe, jogos de cartas etc. Os jogos numéricos permitem às crianças utilizarem números e suas representações, ampliarem a contagem, estabelecerem correspondência, operarem. Cartões, dados, dominós, baralhos, permitem a familiarização com pequenos números, com a contagem, comparação e adição. Os jogos com pistas ou tabuleiros numerados em que se faz deslocamento de um objeto, permitem fazer correspondência, contar de um em um, dois em dois etc. Jogos de cartas permitem a distribuição, comparação de quantidade, a reunião de coleções e a familiaridade com resultados aditivos. Os jogos espaciais permitem a observação de figuras e suas formas, identificar propriedades geométricas dos objetos, fazer representações modelando, compondo, decompondo ou desenhando. Um exemplo desse tipo de jogo é a modelagem de dois objetos em massa de modelar ou argila, em que as crianças descrevem seu processo de elaboração. Enfim, o trabalho com a matemática na Educação Infantil deve sempre ser organizado de forma integrada aos conhecimentos e experimentos dos alunos; é essa integração que possibilita o favorecimento didático para a evolução educacional da criança (LORENZATO, 2006). Simplesmente manusear peças por si só, não garante a aprendizagem. Jogos e brincadeiras podem se tornar recursos didáticos quando são organizados e planejados pelo adulto tendo em vista uma finalidade de aprendizagem, isso é, proporcionando à criança algum tipo de conhecimento e consequentemente o seu desenvolvimento. CONTEÚDO ESTRUTURANTE: LINGUAGEM ARTÍSTICA Excertos do Referencial Curricular para a Educação Infantil (V. 3) A arte está presente no cotidiano da vida infantil, por meio de diversas linguagens como a música, a dança, as artes visuais e a dramatização, nas quais as crianças percebem a si mesmas, expressam e comunicam seus sentimentos, pensamentos e sensações. As crianças têm suas próprias impressões, ideias e interpretações sobre a produção de arte e o fazer artístico. Tais construções são elaboradas a partir de suas experiências ao longo da vida, que envolvem a relação com a produção de arte, com o mundo dos objetos e com seu próprio fazer. As crianças exploram, sentem, agem, 96 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL refletem e elaboram sentidos de suas experiências. A partir daí, constroem significações sobre como se faz, o que é, para que serve e sobre outros conhecimentos a respeito da arte. O desenvolvimento da imaginação criadora, da expressão, da sensibilidade e das capacidades estéticas das crianças poderá ocorrer no fazer artístico, assim como no contato com a produção de arte presente nos museus, igrejas, livros, reproduções, revistas, gibis, vídeos, CD-ROM, ateliês de artistas e artesãos regionais, feiras de objetos, espaços urbanos etc. O desenvolvimento da capacidade artística e criativa deve estar apoiado também na prática reflexiva das crianças no aprender, que articula a ação, a percepção, a sensibilidade, a cognição e a imaginação. Para que as crianças sejam conhecedoras da arte e de todo o campo que ela abrange, é preciso estar em contato com ela de forma significativa. Linguagem visual e plástica No processo de aprendizagem em Artes Visuais a criança traça o percurso de criação e construção individual que envolve escolhas, experiências pessoais, aprendizagens, relação com a natureza, motivação interna e /ou externa. No decorrer desse processo, o prazer e o domínio do gesto e da visualidade evoluem para o prazer e o domínio do próprio fazer artístico, da simbolização e da leitura de imagens. Muito antes de saber representar graficamente o mundo visual, a criança já o reconhece e identifica nele qualidades e funções. Mais tarde, quando controla o gesto e passa a coordená-lo com o olhar, começa a registrar formas gráficas e plásticas, mais elaboradas. O desenvolvimento progressivo do desenho implica mudanças significativas que, no início, dizem respeito à passagem dos rabiscos iniciais da garatuja para construções cada vez mais ordenadas, fazendo surgir os primeiros símbolos. As crianças têm suas próprias impressões, ideias e interpretações sobre a produção de arte e do fazer artístico. Tais construções são elaboradas a partir de suas experiências ao longo da vida, que envolvem a relação com a produção de arte, com o mundo dos objetos e com seu próprio fazer. As crianças exploram, sentem, agem, refletem e elaboram sentidos de suas experiências. A partir daí constroem significações sobre como se faz, o que é, para que serve e sobre outros conhecimentos a respeito da arte. A apreciação abrange a leitura de obra de arte de terceiros e de si próprio, assistir à espetáculos de teatro, de dança, musicais, ir ao cinema, trocar conhecimentos sobre assuntos artísticos, pela vivencia das manifestações culturais da sua comunidade e do mundo social em que está inserido. Refere-se à reflexão, ao conhecimento, à emoção, à sensação e ao prazer advindo da ação que a criança realiza ao se apropriar dos sentidos e emoções gerados no contato com as produções artísticas. 97 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Linguagem Musical A linguagem musical se traduz em formas sonoras capazes de expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da organização e relacionamento expressivo entre o som e o silêncio. A música está presente em todas as culturas, nas mais diversas situações: festas e comemorações, rituais religiosos, manifestações cívicas, políticas etc. A integração entre os aspectos sensíveis, afetivos, estéticos e cognitivos, assim como a promoção de interação e comunicação social, conferem caráter significativo à linguagem musical. É uma das formas importantes de expressão humana. O fazer musical requer atitudes de concentração e envolvimento com as atividades propostas, posturas que devem estar presentes durante todo o processo educativo, em suas diferentes fases. Entender que fazer música implica organizar e relacionar expressivamente sons e silêncios de acordo com princípios de ordem é questão fundamental a ser trabalhada desde o início. Nesse sentido, deve-se distinguir entre barulho, que é uma interferência desorganizada que incomoda, e música, que é uma interferência intencional que organiza som e silêncio e que comunica. A presença do silêncio como elemento complementar ao som é essencial à organização musical. O silêncio valoriza o som, cria expectativa e é, também, música. Deve ser experimentado em diferentes situações e contextos. Importa que todos os conteúdos sejam trabalhados em situações expressivas e significativas para as crianças, tendo-se o cuidado fundamental de não tomá-los como fins em si mesmos. Um trabalho com diferentes alturas, por exemplo, só se justifica se realizado num contexto musical que pode ser uma proposta de improvisação que valorize o contraste entre sons graves ou agudos ou de interpretação de canções que enfatizem o movimento sonoro, entre outras possibilidades. Ouvir e classificar os sons quanto à altura, valendo-se das vozes dos animais, dos objetos e máquinas, dos instrumentos musicais, comparando, estabelecendo relações e, principalmente, lidando com essas informações em contextos de realizações musicais pode acrescentar, enriquecer e transformar a experiência musical das crianças. A simples discriminação auditiva de sons graves ou agudos, curtos ou longos, fracos ou fortes, em situações descontextualizadas do ponto de vista musical, pouco acrescenta à experiência das crianças. Exercícios com instruções, como, por exemplo, transformar-se em passarinhos ao ouvir sons agudos e em elefante em resposta aos sons graves ilustram o uso inadequado e sem sentido de conteúdos musicais. Em princípio, todos os instrumentos musicais podem ser utilizados no trabalho com a criança pequena, procurando valorizar aqueles presentes nas diferentes regiões, assim como aqueles construídos pelas crianças. Podem ser trabalhadas algumas noções técnicas como meio de obter qualidade sonora, o que deve ser explorado no contato com qualquer fonte produtora de sons. Assim, tocar um tambor de diferentes maneiras, por exemplo, variando força; modos de ação como tocar com diferentes baquetas, com as mãos ou pontas dos dedos, e, 98 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL especialmente, experimentando e ouvindo seus resultados é um caminho importante para o desenvolvimento da técnica aliada à percepção da qualidade dos sons produzidos. Deve-se promover o crescimento e a transformação do trabalho a partir do que as crianças podem realizar com os instrumentos. Numa atividade de imitação, por exemplo, ao perceber que o grupo ou uma criança não responde com precisão a um ritmo realizado pelo professor, este deve guiar-se pela observação das crianças em vez de repetir e insistir exaustivamente sua proposta inicial. O trabalho com a apreciação musical deverá apresentar obras que despertem o desejo de ouvir e interagir, pois para essas crianças ouvir é, também, movimentar-se, já que as crianças percebem e expressam globalmente. A dimensão subjetiva do movimento deve ser contemplada e acolhida em todas as situações do dia-a-dia na instituição de educação infantil, possibilitando que as crianças utilizem gestos, posturas e ritmos para se expressar e se comunicar. Além disso, é possível criar, intencionalmente, oportunidades para que as crianças se apropriem dos significados expressivos do movimento. A dimensão expressiva do movimento engloba, além das as expressões, a comunicação de ideias, as sensações e dos sentimentos pessoais, as manifestações corporais que estão relacionadas à cultura. O professor precisa cuidar de sua expressão e das posturas corporais ao se relacionar com as crianças. Não deve esquecer que seu corpo é um veículo expressivo, valorizando e adequando os próprios gestos, mímicas e movimentos na comunicação com as crianças, como quando as acolhe no seu colo, oferece alimentos ou as toca na hora do banho. O professor, também, é modelo para as crianças, fornecendo-lhes repertório de gestos e posturas quando, por exemplo, conta histórias pontuando ideias com gestos expressivos ou usa recursos vocais para enfatizar sua dramaticidade. Conhecer jogos e brincadeiras e refletir sobre os tipos de movimentos que envolvem são condição importante para ajudar as crianças a desenvolverem uma motricidade harmoniosa. CONTEÚDO ESTRUTURANTE: NATUREZA E SOCIEDADE Na Educação Infantil, Natureza e Sociedade corresponde ao conteúdo estruturante sobre o mundo físico e social, entende-se que o estudo da natureza e sua importância para o homem – enfoca os fenômenos naturais, sua regularidade e as questões socioambientais. É importante para o aprendizado que a criança possa construir raciocínios lógicos sobre as leis que regulam o universo dos fenômenos naturais, reconhecendo a relevância desse conhecimento, para a sua vida prática. Assim, os conteúdos devem ser trabalhados de forma contextualizada e significativa, mediando situações de interação da criança com o meio ambiente, levando-a a observar e a explorá-lo com curiosidade. O estudo da natureza e da sociedade deve ainda levar o aluno a perceber-se como ser integrante, dependente, podendo entender a existência de relações entre os seres humanos e a natureza; a utilização 99 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL dos recursos naturais desenvolvidos pelas diversas culturas; como os seres vivos, interagem com o meio físico, bem como mediar situações práticas em que a criança explore e conheça melhor o espaço físico em que vive. Sociedade deve ser entendida em várias dimensões: econômica, cultural, política, social e nas relações que ela estabelece com a natureza, assim, ocorre a distribuição espacial e a sociedade produz um intercâmbio com a natureza/ação social, de modo que a última se transforma em função dos interesses da primeira. Nessa perspectiva, o eixo Relação com o Mundo Social e Histórico-Cultural visa desenvolver, desde os primeiros anos de vida da criança, a compreensão do homem como sujeito transformador do espaço e do conhecimento, em que as relações entre o mundo social e histórico cultural formam um todo integrado, do qual a criança faz parte e necessita conhecer e gradativamente formar o senso de responsabilidade, exercendo desde já, da forma como lhe é possível na condição de criança e aperfeiçoando ao longo de novas leituras de mundo a sua plena cidadania. Vale destacar que na diretriz curricular o conteúdo estruturante está subdividido em conteúdos específicos, sendo eles: Organização dos Grupos Sociais (seu modo de ser, viver e trabalhar); Objetos e Processos de Transformações; Lugares e suas Paisagens; Seres vivos e Fenômenos e Meios Físicos. Organização dos grupos sociais (seu modo de ser, viver e trabalhar) Partindo da premissa de que o homem é um ser social, e na medida em que se relaciona com diferentes grupos e se apropria dos conhecimentos, valores e comportamentos produzidos por esse grupo mais se humaniza. A Instituição de Educação Infantil tem um importante papel nesse processo, já que a criança tem a oportunidade de interagir com adultos e com outras crianças de diferentes idades, estabelecendo relações entre o modo de vida característico do seu grupo social e de outros grupos. Segundo RNCEI (1998): [...] Na instituição de educação infantil, a criança encontra possibilidade de ampliar as experiências que traz de casa e de outros lugares, de estabelecer novas formas de relação e de contato com uma grande diversidade de costumes, hábitos e expressões culturais, cruzar histórias individuais e coletivas, compor um repertório de conhecimentos comuns àquele grupo etc. (p. 181, v.3) Para isso, o professor/educador, mediador do conhecimento produzido deve propiciar a participação da criança em atividades que envolvam histórias, brincadeiras, jogos interativos, canções entre outras que digam respeito às tradições culturais de sua comunidade e de outros. Devem favorecer o acesso a conhecimentos do modo de ser, viver e trabalhar de grupos sociais em diferentes épocas, bem como identificar papéis sociais presentes no cotidiano da criança. 100 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Lugares e suas Paisagens A descoberta do ambiente, por parte da criança, tem como objetivos o entendimento da origem/formação do espaço e do modo como as pessoas se organizam, para ocupar, construir e transformar o ambiente onde vivem. Isso evidencia o ambiente em um sentido dinâmico, pois, ao mesmo tempo em que o meio influencia o homem, propiciando seu ciclo vital e, modificando-o, o homem influencia o meio transformando-o, ou seja, é um espaço de relações. O espaço é ocupado, organizado e transformado pelos seres humanos, de acordo com a relação que mantém com a natureza, de modo coletivo e de modo individual. A percepção dos componentes da paisagem local e de outras paisagens pode se ampliar na medida em que as crianças aprendem a observá-los de forma intencional, orientada por questões que elas colocam ou que os adultos à sua volta lhes propõem. Objetos e processos de transformações No trabalho pedagógico, uma ação importante na Educação Infantil na Proposta Histórico Crítica é procurar sempre o ponto de partida, os conhecimentos que a criança já possui, pois esses são a base para a ampliação dos já existentes e permite novas aquisições e apropriações. Cabe a escola a mediação entre o saber da criança, adquirido no seu cotidiano, e a transposição educativa em relação aos objetos e sua utilidade contribuindo assim para o seu desenvolvimento cognitivo. Os objetivos mais relevantes são desenvolver habilidades, noções de espaço, a desenvoltura ao toque e a compreensão da utilidade de determinados objetos. Assim, é possível dar ao professor/educador uma leitura de como a criança está desenvolvendo sua aprendizagem por meio da prática de manuseio de objetos durante a sua mediação docente. É importante que as crianças tenham acesso a diferentes tipos de materiais e que aprendam a manuseá-los corretamente, para isso, cabe ao professor/educador demonstrar as atitudes que são necessárias para preservar certos objetos e evitar acidentes. Seres vivos, Fenômenos e Meios Físicos Quando se trata desse tema, as crianças demonstram possuir diversas hipóteses, associações e questões não respondidas. Essa motivação oferece ao professor/educador uma ótima oportunidade de ampliar a compreensão dos alunos sobre o caráter social e natural do mundo em que vivem, para que gradativamente as crianças desenvolvam iniciativas de preservação à vida, ao meio ambiente e à sua própria saúde e bem-estar. 101 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Para que a criança interaja com o meio ambiente é necessário que ela perceba que as relações dos seres humanos com a natureza não acontecem desvinculadamente. Dessa forma, é importante partir da compreensão da realidade humana, entendendo que o espaço e o tempo próximos a ela são referenciais constantes para as vivências, experiências e reflexões. Assim o trabalho do professor/educador deve ser pautado nos acontecimentos do cotidiano, investigando o ambiente da criança e os fatos que ocorrem à sua volta. É necessário, também trabalhar para que ela perceba as interferência dos seres humanos na natureza e as transformações por eles realizadas. É necessário trabalhar também a criticidade como decorrente de diferentes necessidades, mas, causadora de grandes problemas ambientais geradores de fenômenos que apontam para o desequilíbrio ambiental. É importante que as crianças tenham contato com diferentes elementos, fenômenos e acontecimentos do mundo, que sejam instigados por questões significativas para observá-los e explicá-los e que tenham acesso a modos variados de compreendê-los e representá-los. 102 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL REFERÊNCIAS BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Parecer nº 20, de 11 de novembro de 2009. Revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, 2009. BRA SIL. Con stit ui ção (1 9 8 8). Constituiçã o da R e pública Fe de rativa do Bra s il. Bra sí li a. D F: sena do Fe deral , Centro Gráf ico, 1 9 8 8 . BRASIL. Deliberação Conselho Nacional de Educação, nº 003/1999. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. BRASIL, Ministério de Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação n° 9.394. Brasília, DF: MEC, 1996. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil/Secretaria de Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, 2010. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução. 3.ed. Brasília: MEC, vol. 1, 1997. FONTANA, Roseli; Cruz. Maria Nazaré da. Psicologia e trabalho pedagógico. São Paulo: Atual, 1997. KRAMER, Sônia. A infância e sua singularidade. In: BRASIL. Ministério da Educação. 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Pensamento e linguagem. São Paulo, Martins Fontes, 1989. 105 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL INFANTIL 1 EIXOS: INTERAÇÕES E BRINCADEIRAS Conteúdos Estruturantes O Corpo em movimento Objetivo geral: Explorar as habilidades físicas, motoras e perceptivas do próprio corpo a fim de adquirir a independência nos movimentos e na expressão corporal. Identidade Autonomia e Objetivo geral: Ampliar sua capacidade de autoconhecimento Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Imagem Corporal Partes do corpo: cabeça, tronco, membros inferiores e superiores Apropriar-se da imagem global de seu corpo, conhecendo suas partes, desenvolvendo progressivamente uma consciência corporal; Experimentar movimentos corporais distinguindo seu próprio corpo do mundo e dos objetos estabelecendo a imagem do seu corpo. Órgãos dos sentidos: Perceber as sensações promovidas pelos percepção tátil, órgãos dos sentidos estabelecendo gustativa, olfativa, relações entre as informações sensoriais auditiva e visual recebidas com o meio circulante e o próprio corpo a fim de estimular a memória visual, auditiva, olfativa, tátil e gustativa. Tônus, postura e equilíbrio Equilíbrio estático: Experienciar movimentos estáticos e sentado, deitado, dinâmicos a fim de favorecer ajoelhado, em pé, gradativamente o conhecimento sobre agachado seu próprio corpo, limites e potencialidades. Equilíbrio dinâmico: rastejar, engatinhar, andar, levantar, agachar, alcançar, pegar, soltar, subir, descer, rolar lateralmente Identidade pessoal Nome (identificação da Reconhecer (oralidade) o próprio nome criança) e dos colegas em diferentes situações com intuito de familiarizar-se com os mesmos. Características físicas Perceber as características individuais a pessoais fim de valorizar e respeitar as 106 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL e, consequentemente , de se comunicar e interagir socialmente, estabelecendo Hábitos e costumes vínculos afetivos positivos com outras crianças e adultos. diferenças; Observar as características físicas a fim de perceber as semelhanças existentes entre as pessoas. Expressar suas emoções e sentimentos de modo que seus hábitos, ritmos e preferências individuais sejam respeitados no grupo em que convive; Adaptar-se gradativamente à rotina da sala de aula conhecendo a sequência dos fatos de modo a adquirir maior independência, autonomia e atuar de forma cooperativa. Linguagem verbal e não verbal Objetivo geral: Apropriar-se dos conhecimentos e dos bens culturais constituídos historicamente, utilizando as diferentes linguagens e construindo significados que lhe permitam elaborar e reelaborar essas aprendizagens. Linguagem oral e escrita Articulação Comunicar-se por meio de balbucio a fim de expressar desejos, necessidades e sentimentos. Organização de Interagir com outras pessoas por meio pensamento de situações mediadas pelo professor/educador a fim de ampliar e construir novos conhecimentos e desenvolver o pensamento. Vocabulário Ampliar seu vocabulário por meio de músicas, narrativas (poemas, histórias, contos, parlendas, conversas) e brincadeiras a fim de desenvolver sua capacidade de comunicação. Leitura não verbal Perceber que as imagens e os gestos representam ideias para relacioná-los a sua vivência. Dramatização Dramatizar situações do cotidiano no sentido de manifestar as experiências vividas e ouvidas. Atenção auditiva Selecionar os sons que lhe são dirigidos como músicas, comandos e histórias a fim de desenvolver sua atenção. Linguagem matemática Espaço e forma Localização espacial: Explorar o espaço por meio do corpo e 107 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL limite, deslocamento e dos sentidos, a fim de perceber formas e ponto de referência limites presentes em seu ambiente; Reconhecer os diferentes espaços em que convive, a fim de compreender a funcionalidade de cada ambiente em sua rotina diária; Formas. Número Contagem Grandezas e medidas Relações temporais Observar pontos de referência nos diferentes espaços, a fim de situar-se e deslocar-se com segurança. Manipular objetos de diferentes formas, a fim de observar suas características e propriedades. Perceber o uso da contagem por meio de diferentes atividades realizadas oralmente pela professora e/ou educadora, para que o educando estabeleça noções de contagem. Relacionar noções de tempo a seus ritmos biológicos, a fim de perceber a sequência temporal em sua rotina diária. Linguagem Artística Linguagem visual e plástica Cores Experimentar as diversas possibilidades de representação das cores utilizando o próprio corpo e materiais diversificados a fim de promover a sensibilização e a percepção. Texturas Manusear e explorar diferentes materiais para que se perceba sua textura. Imagens Apreciar diferentes imagens do seu cotidiano (objetos, revistas, fotografias e produções coletivas e em obras de arte), para que se construam as primeiras significações a respeito da arte. Linguagem musical Fontes sonoras Perceber sons do ambiente (na sala de aula, no pátio, na cozinha) e na 108 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL manipulação de objetos no sentido de estimular a percepção auditiva; Explorar possibilidades vocais distinguir diferentes sons; para Ouvir diferentes estilos musicais (clássicas, cancioneiro infantil e folclórica) para que se estimule a memória auditiva e musical. Linguagem gestual Expressividade Participar de brincadeiras de imitação com o intuito de promover o desenvolvimento das capacidades expressivas; Realizar atividades explorando os movimentos corporais (danças e gestos) para auxiliar o desenvolvimento das capacidades expressivas; Natureza Sociedade e Apreciar produções áudio visuais como musicais, brinquedos cantados, teatros de fantoches e marionetes a fim de estimular a sensibilização corporal. Organização dos Grupos Sociais (seu modo de ser, viver e trabalhar) Pessoas do convívio: Ampliar as interações sociais e afetivas - Família; estabelecidas com outras crianças e com - C.M.E.I. os adultos, contribuindo para o reconhecimento das diferenças entre as pessoas, valorizando-as e descobrindo suas próprias capacidades e limites. Objetivo geral: Possibilitar uma aproximação ao conhecimento das diversas formas de representação e Vivenciar situações que envolvam explicação do regras básicas de convivência, a fim de mundo social e que a criança possa, gradativamente, natural para que familiarizar-se com as diferenças as crianças individuais. possam estabelecer, Objetos e processos de transformações progressivamente, Objetos pessoais e Explorar objetos pessoais e do meio em a diferenciação coletivos que vive observando e percebendo suas entre as características e propriedades para que 109 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL explicações do possa ampliar suas representações e senso comum e do noções sobre o mundo. conhecimento Lugares e suas paisagens científico. C.M.E.I. Explorar os diferentes ambientes do seu convívio, adaptando-se aos espaços do C.M.E.I. a fim de desenvolver sua autonomia. Seres vivos Animais e plantas Explorar o ambiente relacionando-se com pessoas, estabelecendo contato com pequenos animais e plantas para perceber que existem diferentes tipos de seres vivos. Fenômenos e componentes naturais Sol – luz /sensações Vivenciar diferentes experiências no seu térmicas cotidiano: banho, alimentação, hidratação, sono, brincadeiras em Água, ar e solo diferentes espaços, que permitam, por meio dos sentidos, perceber a presença dos elementos naturais (água, sol, ar, e solo). 110 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL INFANTIL 2 EIXOS: INTERAÇÕES E BRINCADEIRAS Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Esquema Corporal Partes do corpo: cabeça, tronco, membros inferiores e superiores, especificando olho, nariz, boca, orelha, pescoço e umbigo Órgãos dos sentidos: visual, auditivo, gustativo, tátil, olfativo O Corpo em movimento Objetivo geral: Explorar as habilidades físicas, motoras e perceptivas do próprio corpo a fim de adquirir a independência nos movimentos e na expressão corporal. Apropriar-se do esquema corporal a fim de demonstrar gradativamente o controle sobre o próprio corpo utilizando-o intencionalmente como instrumento de interação com o outro e com o meio. Identificar os órgãos dos sentidos e conhecer suas funções explorando o espaço, os objetos, as texturas, os sabores, os cheiros, para reconhecer o mundo a sua volta e imprimir nele as suas marcas; Reconhecer diferentes sensações proporcionadas pelos órgãos dos sentidos a fim de favorecer o desenvolvimento da memória visual, auditiva, tátil, gustativa e olfativa em suas ações. Tônus, postura e equilíbrio Equilíbrio estático: Explorar diferentes posturas corporais, sentado, deitado, com intuito de desenvolver o equilíbrio ajoelhado, em pé, estático e dinâmico e desenvolver a agachado, decúbito orientação espaço temporal no seu ventral (deitado de cotidiano; barriga) e decúbito dorsal (deitado de costas) Explorar os movimentos estáticos e dinâmicos, desenvolvendo a Equilíbrio dinâmico: coordenação motora ampla e fina para rastejar, engatinhar, que se tenha maior domínio no seu andar, levantar, deslocamento e na atuação sobre os agachar, alcançar, objetos. pegar, puxar, soltar, subir, descer, rolar 111 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL lateralmente, amassar, rasgar, pinçar, lançar, chutar, bater, balançar, girar, pular e correr Lateralidade Um lado e outro lado Perceber que a respiração é uma função orgânica que pode ser controlada voluntariamente a fim de melhorar a resistência ao esforço físico, ter um maior controle tônico e relaxamento; Explorar as dimensões do corpo referentes à lateralidade a fim de perceber que o mesmo possui dois lados. e Identidade pessoal Nome/ Sobrenome; Reconhecer (oralidade) o próprio nome (identificação da e dos colegas em diferentes situações com intuito de identificá-los. Objetivo geral: criança) Ampliar sua capacidade de Características físicas Observar suas características físicas e do autoconhecimento outro a fim de perceber as semelhanças e, e as diferenças entre as pessoas; consequentemente , de se comunicar Hábitos e costumes Expressar suas emoções e sentimentos e de interagir de modo que seus hábitos, ritmos e socialmente, preferências individuais sejam estabelecendo respeitadas no grupo em que convive; vínculos afetivos positivos com Adotar hábitos saudáveis de higiene outras crianças e pessoal a fim de promover o cuidado adultos. com seu corpo. Linguagem oral e escrita Linguagem Articulação Comunicar-se por meio de palavras a verbal e não fim de expressar desejos, necessidades e verbal sentimentos. Objetivo geral: Organização de Interagir com objetos, outras pessoas Apropriar-se dos pensamento por meio de situações mediadas pelo conhecimentos e professor/educador a fim de ampliar e dos bens culturais construir novos conhecimentos e constituídos desenvolver o pensamento. historicamente, utilizando as Vocabulário Ampliar seu vocabulário por meio de diferentes músicas, narrativas (poemas, histórias, linguagens e contos, parlendas, conversas) e construindo brincadeiras a fim de desenvolver sua significados que capacidade de comunicação. Identidade Autonomia 112 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL lhe permitam Leitura não verbal elaborar e reelaborar essas aprendizagens. Dramatização Atenção auditiva Perceber que as imagens e os gestos representam ideias para relacioná-los a sua vivência; Observar a escrita do seu nome associado a símbolos para familiarizarse com o mesmo. Dramatizar situações do cotidiano no sentido de manifestar as experiências vividas e ouvidas. Selecionar os sons que lhe são dirigidos como músicas, comandos e histórias a fim de desenvolver sua atenção. Linguagem matemática Espaço e forma Localização espacial: Explorar o espaço por meio do corpo e limite, deslocamento e dos sentidos, a fim de reconhecer suas ponto de referência formas e limites; Reconhecer os diferentes espaços do C.M.E.I. a fim de compreender a funcionalidade de cada ambiente em sua rotina diária; Observar pontos de referência nos diferentes espaços, a fim de situar-se e deslocar-se com segurança; Formas Número Contagem Organizar objetos variados no espaço conforme orientação da professora e/ou educadora, a fim de favorecer o desenvolvimento das noções de organização. Manipular materiais variados, reconhecendo atributos como: tamanho, formato e espessura a fim de identificar as diferentes formas existentes no ambiente. Perceber o uso da contagem por meio de diferentes atividades realizadas oralmente pela professora/educadora, 113 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Classificação para que o educando estabeleça noções de contagem. Classificar objetos de acordo com critérios: tamanho, forma, cor, espessura a partir intervenções e direcionamentos da professora/educadora a fim de que perceba suas semelhanças e diferenças. Grandezas e medidas Noção de tempo: Relacionar noções de tempo a seus relações temporais ritmos biológicos, rotinas familiar e escolar (horário de sono, alimentação, Noção de tamanho: brincadeiras, banho) a fim de perceber a grande/pequeno sequência temporal em sua rotina; Noção de leve/pesado massa: Identificar no espaço e nos objetos do seu cotidiano os conceitos (grande\pequeno; leve\pesado; Noção de capacidade: cheio\vazio; quente\frio), para que a cheio/vazio criança atribua significado e os reconheça em seu dia a dia. Noção de temperatura: quente/frio Linguagem Artística Linguagem visual e plástica Cores Experimentar as diversas possibilidades de representação das cores utilizando o próprio corpo e materiais diferentes, a fim de promover a sensibilização e a percepção visual. Texturas Manipular materiais diversos para que se percebam as diferentes sensações proporcionadas pelas texturas. Imagens e formas Explorar formas variadas no ambiente, no próprio corpo e em materiais diversos, com o intuito de perceber as características das mesmas; Apreciar diferentes imagens do seu cotidiano (objetos, revistas, fotografias e produções coletivas e obras de arte), para que se construam as primeiras significações a respeito da arte. 114 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Linguagem musical Fontes sonoras Perceber e imitar sons produzidos no próprio corpo e na manipulação de objetos com o objetivo de desenvolver a percepção auditiva; Explorar possibilidades vocais a fim de que perceba diferentes sons; Apreciar diferentes estilos musicais (clássicas, cancioneiro infantil e folclórica), a fim de conhecer diferentes formas de expressão musicais. Linguagem gestual Expressividade Participar de brincadeiras de imitação com o intuito de promover o desenvolvimento das capacidades expressivas; Explorar movimentos corporais (danças, gestos e expressões faciais) para auxiliar o desenvolvimento das capacidades expressivas; Apreciar produções áudio visual como musicais, brinquedos cantados, teatros de fantoches e marionetes a fim de promover a sensibilização corporal. e Organização dos Grupos Sociais (seu modo de ser, viver e trabalhar) Pessoas do convívio: Reconhecer os membros da família, a Objetivo geral: Família e C.M.E.I fim de perceber-se como parte Possibilitar uma integrante de um grupo; aproximação ao conhecimento das Conhecer regras básicas de convivência, diversas formas de a fim de facilitar sua integração com as representação e demais pessoas de seu convívio; explicação do mundo social e Adaptar-se gradativamente à rotina da natural para que sala de aula conhecendo a sequencia dos as crianças fatos de modo a adquirir maior possam independência, autonomia e atuar de Natureza Sociedade 115 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL estabelecer, forma cooperativa. progressivamente, Objetos e processos de transformações a diferenciação Objetos pessoais e Explorar objetos pessoais e do meio em entre as coletivos que vive conhecendo suas explicações do características, propriedades e função senso comum e do social para que possa utilizá-los de conhecimento forma independente de acordo com suas científico. necessidades. Lugares e suas paisagens C.M.E.I. Observar o C.M.E.I e seu entorno, a fim de explorar outros espaços percebendo os elementos que compõem a paisagem do lugar onde vive. Seres vivos Animais e plantas Explorar o ambiente relacionando-se com pessoas, estabelecendo contato com pequenos animais e plantas para conhecer os diferentes tipos de seres vivos; Conhecer algumas plantas e animais nocivos a fim de perceber os males que podem causar, valorizando atitudes relacionadas à saúde e ao bem estar. Fenômenos e componentes naturais Sol – luz /sensações Vivenciar diferentes experiências no seu térmicas cotidiano: higiene, alimentação, hidratação, sono, brincadeiras em Água, ar e solo espaços abertos, que permitam, por meio dos sentidos, perceber a presença dos elementos naturais (água, sol, ar, e solo); Observar diferentes utilidades dos elementos naturais (sol, água, ar e solo) em seu cotidiano a fim de percebê-los como essenciais aos seres vivos. 116 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL INFANTIL 3 EIXOS: INTERAÇÕES E BRINCADEIRAS Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Esquema Corporal Partes do corpo e suas funções: cabeça, tronco, membros inferiores e superiores especificando joelho, cotovelo, olho nariz, boca, orelha, ombro, pescoço, umbigo Órgãos dos sentidos: visual, auditivo, gustativo, tátil, olfativo O Corpo em movimento Objetivo geral: Explorar as habilidades físicas, motoras e perceptivas do próprio corpo a fim de adquirir a independência nos movimentos e na expressão corporal Nomear, identificar e localizar em si as partes do corpo a fim de adquirir consciência deste enquanto realidade vivenciada. Experimentar diferentes sensações proporcionadas pelos órgãos dos sentidos a fim de discriminar as percepções estimulando a memória visual, auditiva, olfativa, tátil e gustativa. Tônus, postura e equilíbrio Equilíbrio estático: Perceber que a respiração é uma função sentado, deitado, orgânica que pode ser controlada ajoelhado, em pé, voluntariamente a fim de melhorar a agachado, decúbito resistência ao esforço físico, ter um ventral (deitado de maior controle tônico e relaxamento; barriga), decúbito dorsal (deitado de Explorar diferentes posturas corporais costas) que promovam o equilíbrio estático e dinâmico, a fim de desenvolver atitudes Equilíbrio dinâmico: de confiança nas próprias capacidades rastejar, engatinhar, motoras. andar, levantar, agachar, alcançar, pegar, soltar, subir, descer, correr, lançar, chutar, bater, balançar, girar, pular, rolar lateralmente, saltitar e arremessar Lateralidade Um lado, outro lado Conhecer as dimensões do corpo (membros inferiores e referentes à lateralidade a fim de ter 117 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL superiores) noção da existência dominante. Dominância lateral Identidade pessoal Nome/ Sobrenome lado Diferenciar os gêneros masculino e feminino para identificar a qual gênero pertence. e Objetivo geral: Ampliar sua capacidade de autoconhecimento e, Minhas necessidades: consequentemente alimentação, higiene e , de se comunicar vestuário e interagir socialmente, estabelecendo vínculos afetivos positivos com outras crianças e adultos Hábitos e costumes um Reconhecer (oralidade) o próprio nome e dos colegas em diferentes situações com intuito de identificá-los. Características físicas Identidade Autonomia de Reconhecer algumas limitações, possibilidades e singularidades próprias e do outro, a fim de interagir socialmente estabelecendo vínculos positivos. Perceber a importância da alimentação, bem como, adquirir hábitos saudáveis, a fim de promover o desenvolvimento do seu corpo; Adotar hábitos saudáveis de higiene a fim de incorporá-los sem sua prática diária; Conhecer os diferentes tipos de vestuários para utilizá-los de modo adequado no seu cotidiano. Perceber que as pessoas mesmo convivendo próximas umas das outras possuem hábitos e costumes diferentes que devem ser respeitados. Linguagem oral e escrita Linguagem verbal e não Articulação Comunicar-se por meio de palavras e verbal frases a fim de expressar desejos, ideias, necessidades e sentimentos. Objetivo geral: Organização de Interagir com objetos e outras pessoas Apropriar-se dos pensamento por meio de situações mediadas pelo conhecimentos e professor/educador a fim de ampliar e de bens culturais construir novos conhecimentos e constituídos desenvolver o pensamento; historicamente, 118 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL utilizando as diferentes linguagens e construindo significados que lhe permitam elaborar e Vocabulário reelaborar essas aprendizagens. Expressar ideias e sentimentos respondendo e formulando perguntas, comunicando suas experiências, descrevendo lugares, pessoas e objetos com mediação a fim de possibilitar a organização do pensamento. Ouvir e participar de narrativas (poemas, histórias, contos, parlendas, músicas, conversas) com o intuito de compreender o significado de novas palavras e ampliar seu vocabulário. Leitura verbal e não Conhecer a linguagem gráfica: verbal desenhos, marcas, símbolos e códigos, a fim de identificar sua representação no cotidiano; Conhecer a escrita do seu nome associado a símbolos para identificá-los em situações diversas; Simular leituras por meio de brincadeiras e faz de conta, sem preocupação de escrita real; Dramatização Atenção auditiva Realizar pseudoleitura com diversos materiais em brincadeiras de faz de conta sem a preocupação da escrita real, com o objetivo de familiarizar-se com o mundo letrado. Dramatizar situações do cotidiano e narrativas (textos literários, advinhas, informativos, trava línguas, cantigas, quadrinhas, músicas, notícias e poemas), no sentido de manifestar experiências vividas e ouvidas. Falar e escutar atentamente em situações do cotidiano a fim de interagir socialmente; Selecionar os sons que lhes são dirigidos, como músicas, comandos e histórias a fim de desenvolver sua atenção. 119 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Linguagem matemática Espaço e forma Localização espacial: - Limites; - Ponto de referência; - Deslocamento Explorar o espaço por meio dos sentidos e maior coordenação de movimentos, a fim de descobrir profundidade e analisar objetos, formas e dimensões; Explorar o espaço por meio da manipulação de objetos, a fim de descobrir características, propriedades e suas possibilidades associativas: empilhar, rolar, transvasar, encaixar, pendurar, enfileirar, sobrepor e construir. Noções de: Perceber pontos de referencia nos seus Proximidade: deslocamentos, oportunizando a (perto/longe) construção de noções de proximidade, Interioridade interioridade e direcionalidade; (dentro/fora), -Direcionalidade: Organizar objetos variados no espaço direita, esquerda, conforme orientação da professora e/ou frente, trás, em cima, educadora a fim de favorecer o embaixo desenvolvimento das noções de organização. Formas Manipular materiais variados, reconhecendo atributos como: tamanho, formato e espessura a fim de identificar as diferentes formas existentes no ambiente; Observar e manusear objetos tridimensionais a fim de perceber as figuras geométricas planas: triângulo, círculo, quadrado e retângulo. Número Contagem Classificação Realizar contagem em situações lúdicas, cotidianas e com a manipulação de objetos favorecendo gradativamente o domínio da contagem. Classificar objetos de acordo com critérios: tamanho, forma, cor, espessura a partir de intervenções e 120 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL direcionamentos do professor/educador a fim de que se percebam suas semelhanças e diferenças. Seriação Organizar objetos, utilizando critérios de ordem pré-estabelecidos, em diferentes situações a fim de desenvolver o raciocínio lógico. Representação de Reconhecer em grupos de objetos e em quantidades: situações cotidianas os conceitos muito muito/pouco, mais e pouco, mais e menos, atribuindo-lhes menos significados e reconhecendo-os em seu dia a dia. Grandezas e medidas Noção de tempo: Relacionar noções de tempo a seus relações temporais ritmos biológicos, rotinas familiar e escolar (horário de sono, alimentação, Noção de tamanho: brincadeiras, banho) a fim de perceber a grande/pequeno sequencia temporal em sua rotina; Noção de leve/pesado massa: Estabelecer relações entre conceitos (grã de\pequeno; leve\pesado; cheio\vazio; quente\frio\gelado), comparando os Noção de capacidade: espaços, objetos e os elementos naturais cheio/vazio a fim de atribuir significados e fazer uso desse vocabulário em situações do Noção de temperatura: cotidiano. quente\ frio\gelado Linguagem Artística Linguagem visual e plástica Cores Experimentar as diversas possibilidades de representação das cores, utilizando o próprio corpo e materiais diversificados a fim de promover a sensibilização e a percepção visual; Texturas e espessuras Observar as cores presentes na natureza e no cotidiano, em seguida nomeá-las com o objetivo de reconhecê-las em diferentes situações. Explorar diferentes materiais (brochas, lápis, giz de cera, massa de modelar, esponja, giz de quadro) para perceber as 121 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL diversas possibilidades utilização dos mesmos; Imagens e formas obtidas, na Experimentar e manusear materiais de diferentes espessuras e texturas (papelão, papéis, tecidos, lixas e elementos naturais) para que percebam suas características no ambiente em que vive. Explorar e relacionar formas variadas no ambiente, no próprio corpo e em materiais diversos, com o intuito de perceber as características das mesmas; Apreciar e reconhecer diferentes imagens do seu cotidiano (objetos, revistas, fotografias e produções coletivas e em obras de arte), para que se construam as primeiras significações a respeito da arte. Linguagem musical Fontes sonoras Reproduzir canções para que se amplie o desenvolvimento da memória, da concentração e atenção; Produzir sons com o próprio corpo e materiais diversos (bandinha rítmica), no sentido de desenvolver a produção musical; Explorar possibilidades vocais a fim de que perceba e produza diferentes sons; Apreciar diferentes estilos musicais (clássicas, cancioneiro infantil e folclórica) a fim de conhecer e valorizar diferentes formas de expressões musicais. Linguagem gestual Expressividade Explorar diversos movimentos corporais (danças, imitações, mímicas, gestos e expressões faciais) com o intuito de promover as capacidades expressivas; Apreciar produções áudio visual como 122 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL musicais, brinquedos cantados, teatros, a fim de promover a sensibilização corporal. Organização dos Grupos Sociais (seu modo de ser, viver e trabalhar) Pessoas do convívio: Observar as diferentes composições família e C.M.E.I. familiares, a fim de conhecer a diversidade familiar; Conhecer e praticar algumas regras de convivência para que o convívio em sociedade ocorra de maneira respeitosa; Natureza Sociedade e Objetivo geral: Possibilitar o conhecimento das diversas formas de representação e explicação do mundo social e natural para que as crianças possam estabelecer, progressivamente, a diferenciação entre as explicações do senso comum e do conhecimento científico. Adaptar-se gradativamente à rotina da sala de aula conhecendo a sequencia dos fatos de modo a adquirir maior independência, autonomia e atuar de forma cooperativa. Objetos e processos de transformações Objetos pessoais e Explorar objetos pessoais e do meio em coletivos que vive conhecendo suas características, propriedades e função social para que possa utilizá-los de forma independente de acordo com suas necessidades; Observar objetos produzidos em diferentes épocas e por diferentes grupos sociais a fim de perceber algumas características dos mesmos; Desenvolver atitudes de cuidados no uso de objetos do cotidiano a fim de prevenir acidentes bem como a conservação dos mesmos. Lugares e suas paisagens C.M.E.I. Observar o entorno do C.M.E.I. a fim de conhecer outros espaços percebendo os Moradia elementos que compõe a paisagem do lugar onde vive; Meio ambiente Estabelecer algumas relações entre casa e C.M.E.I., a fim de perceber 123 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL semelhanças espaços; e diferenças entre os Desenvolver ações referentes aos cuidados com o uso consciente da água, destinação correta do lixo, conservação do patrimônio público bem como da moradia, a fim de contribuir com a preservação do meio ambiente. Seres vivos Animais e plantas Perceber que o ser humano possui características específicas, a fim de Animais: estimação e diferenciá-los dos demais animais; nocivos Identificar que existem animais de Plantas comestíveis estimação e animais que são nocivos a fim de diferenciá-los no meio em que vive; Incentivar os cuidados com a alimentação, com a higiene e no trato dos animais a fim de valorizá-los; Identificar os animais nocivos bem como os males que podem causar aos seres vivos; Perceber que existem diferentes tipos de plantas a fim de reconhecer que algumas fazem parte da nossa alimentação. Fenômenos e componentes naturais Sol – luz /sensações Perceber diferentes utilidades dos térmicas elementos naturais (sol, água, ar e solo) em seu cotidiano a fim de reconhecê-los Água, ar e solo como essenciais aos seres vivos. 124 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL INFANTIL 4 EIXOS: INTERAÇÕES E BRINCADEIRAS Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Esquema Corporal Partes do corpo e suas Nomear, identificar e localizar as partes funções: cabeça, do corpo em si, em figuras e em membros inferiores e brinquedos a fim de adquirir superiores, joelho, consciência dos segmentos e elementos cotovelo, olho nariz, do próprio corpo desenvolvendo boca, orelha, ombro, atitudes de interesse e cuidados. pescoço, umbigo, queixo, testa, bochecha, sobrancelha, cabelo, dentes, costas, O Corpo em unhas, cílios, cintura, palma da mão movimento Órgãos dos sentidos: Experimentar diferentes sensações visual, auditivo, proporcionadas pelos órgãos dos Objetivo geral: gustativo, tátil, olfativo sentidos a fim de discriminar e nomear Explorar as as percepções estimulando a memória habilidades físicas, visual, auditiva, olfativa, tátil e motoras e gustativa. perceptivas do Tônus, postura e equilíbrio próprio corpo a Equilíbrio estático: Explorar diferentes posturas corporais fim de adquirir a sentado, deitado, que desenvolvam o equilíbrio estático e independência nos ajoelhado, em pé, dinâmico a fim de contribuir para a movimentos e na agachado, decúbito formação física e motora da criança; expressão ventral (deitado de corporal. barriga), decúbito Explorar a coordenação motora a fim de dorsal (deitado de desenvolver a visão óculo pedal e óculo costas), equilíbrio em manual; um pé só com e/ou sem apoio; aviãozinho Perceber que a respiração é uma função orgânica que pode ser controlada Equilíbrio dinâmico: voluntariamente a fim de melhorar a rastejar, engatinhar, resistência ao esforço físico, ter um levantar, agachar, maior controle tônico e relaxamento; alcançar, pegar, soltar, subir, descer, correr, Explorar diferentes qualidades e lançar, chutar, bater, dinâmicas do movimento, como força, 125 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL balançar, girar, pular, rolar lateralmente, andar (calcanhar, meia posta), receber, galopar, arremessar, rolamento para frente (cambalhota), saltar (grupado e de pernas abertas) Lateralidade Um lado, outro lado (membros inferiores e superiores) Dominância lateral: (deve saber que tem lado dominante) Orientação espacial Reconhecimento do espaço em ação: embaixo, em cima, dentro, fora, junto, separado, atrás, frente e lado Orientação temporal Antes, durante, agora, depois, duração e pausa Identidade Autonomia e Identidade pessoal Nome/ Sobrenome Objetivo geral: Ampliar sua Características físicas capacidade de autoconhecimento e, consequentemente , de se comunicar e interagir velocidade, resistência e flexibilidade, conhecendo gradativamente os limites e as potencialidades do seu corpo. Experimentar os movimentos que requerem o uso diferenciado de um lado e do outro do corpo a fim de definir a dominância lateral. Observar a relação entre seu corpo e o espaço a fim de que se movimente com destreza progressiva nos espaços percorridos. Observar os diferentes aspectos temporais a fim de favorecer a realização dos movimentos no que diz respeito à duração, sucessão dos acontecimentos, pausa, velocidade e estruturas rítmicas. Reconhecer o próprio nome e dos colegas em diferentes situações com intuito de identificá-los. Reconhecer as fases do desenvolvimento humano, a fim de observar as transformações; Reconhecer as características individuais relacionadas ao gênero, etnia, peso e estatura, a fim de respeitá- 126 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL socialmente, estabelecendo Minhas necessidades: vínculos afetivos alimentação, higiene, positivos com saúde vestuário e lazer outras crianças e adultos. las. Valorizar a alimentação saudável, a fim de compreender a sua importância para o desenvolvimento global; Adquirir bons hábitos de higiene, a fim de praticá-los cotidianamente; Reconhecer que bons hábitos alimentares, de higiene e prática de lazer contribuem para ausência de doenças e promovem o bem estar físico e mental; Hábitos e costumes Reconhecer os diferentes tipos de vestuários para utilizá-los de modo adequado no seu cotidiano e em situações diversas. Identificar que as pessoas mesmo convivendo próximas umas das outras possuem hábitos e costumes diferentes que devem ser respeitados. Linguagem oral e escrita Linguagem Organização de Interagir com objetos e outras pessoas verbal e não pensamento por meio de situações diversas a fim de verbal ampliar e construir novos conhecimentos e o desenvolvimento do Objetivo geral: pensamento; Apropriar-se dos conhecimentos e Participar de situações que envolvam a bens culturais necessidade de explicar e argumentar constituídos suas ideias e ponto de vista para historicamente, desenvolver sua habilidade utilizando as comunicativa; diferentes linguagens e Expressar ideias e sentimentos construindo respondendo e formulando perguntas, significados que comunicando suas experiências, lhe permitam descrevendo lugares, pessoas e objetos elaborar e com mediação. reelaborar essas Vocabulário Participar em situações de leitura de aprendizagens. diferentes gêneros feita pelos adultos (textos informativos, instrucionais e 127 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL narrativos) com o intuito de compreender o significado de novas palavras, tornando sua comunicação mais objetiva e estruturada. Leitura verbal e não Elaborar hipóteses pessoais sobre a verbal escrita para aproximar-se progressivamente do uso social e convencional da língua; Identificar o próprio nome e dos colegas da classe para realizar a leitura dos mesmos em situações significativas no cotidiano; Familiarizar-se com a escrita por meio do manuseio de livros, revistas e outros portadores de textos e da vivência de diversas situações nas quais seu uso se faz necessário; Participar de situações de interlocução demonstrando habilidades de ouvir para compreender e produzir textos orais; Produzir texto coletivamente tendo o professor e/ou educador como escriba a fim de perceber como as ideias se organizam bem como as convenções da língua escrita; Realizar pseudoleitura, de gêneros variados com o objetivo de ampliar sua visão do mundo letrado; Perceber a sequencia de ideias em imagens e textos ouvidos a fim de despertar para a coerência textual (início, meio e fim); Registrar ideias e sentimentos por meio de diversas atividades (exemplos: desenhos, colagens, dobraduras). 128 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Dramatização Dramatizar situações do cotidiano e narrativas (textos literários, advinhas, informativos, trava línguas, cantigas, quadrinhas, músicas, notícias e poemas) no sentido de manifestar as experiências vividas e ouvidas. Falar e escutar atentamente em situações do cotidiano, a fim de interagir socialmente; Atenção auditiva Construir postura atenta para a escuta da leitura feita por adultos, em ocasiões variadas, sobretudo nas situações de leitura de história e na diversidade textual para ampliação de seu repertório linguístico. Linguagem matemática Espaço e forma Localização espacial: - Limites; - Ponto de referência; - Deslocamento Explorar o espaço por meio da percepção e da maior coordenação de movimentos, a fim de descobrir profundidade e analisar objetos, formas e dimensões. Reconhecer pontos de referencia de acordo com as noções de proximidade, interioridade e direcionalidade, a fim de comunicar oralmente e representar com desenhos, a sua posição, a posição de pessoas e objetos no espaço utilizando vocabulário especifico. Noções de: Proximidade: perto/longe, muito perto/muito longe; Interioridade: dentro/fora; Direcionalidade: frente e trás, embaixo/ em cima, ao lado/ entre, direita / esquerda Formas geométricas: Observar e manusear objetos sólidos e figuras tridimensionais a fim de reconhecer e planas nomear as figuras geométricas planas: triângulo, círculo, quadrado e retângulo; Estabelecer relações entre os sólidos geométricos e os objetos presentes no seu ambiente. 129 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Número Contagem Classificação (comparação) Seriação Sequenciação Representação quantidades de Representação de número associado à quantidade (de 0 a 5) Noção de adição Noção de subtração Agrupamento (noção de multiplicação) Utilizar a contagem oral nas diferentes situações do cotidiano por meio de atividades lúdicas e da manipulação de objetos a fim de favorecer o reconhecimento de quantidades. Realizar classificação em diferentes situações de acordo com critérios: tamanho, forma, cor, espessura a fim de que se reconheçam semelhanças e diferenças nos objetos de seu cotidiano. Organizar objetos utilizando critérios de ordem pré-estabelecidos em diferentes situações a fim de favorecer o desenvolvimento do raciocínio lógico. Dispor objetos de acordo com uma sequência que não precisa ser determinada para organizar fatos ou acontecimentos de uma história ou do dia a dia de acordo com a ordem que aparecem Representar e comparar quantidades em contextos diversos (desenhos, objetos, brincadeiras, jogos), ampliando progressivamente a capacidade de estabelecer correspondência entre elas; Representar quantidades por meio de desenhos e da manipulação de diferentes objetos, jogos e brincadeiras, utilizando a linguagem oral, o reconhecimento da notação numérica e/ou registros convencionais e não convencionais; Resolver problemas que envolvam as ideias de adição e subtração com base em materiais concretos, ilustrações, jogos e brincadeiras para reconhecimentos dessas ações em seu cotidiano; Realizar agrupamentos utilizando como critérios a quantidade a fim de estabelecer aproximações com diferentes 130 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL possibilidades de contagem. Grandezas e medidas Comprimento: * grande/pequeno; * maior/menor; * alto/baixo; * grosso /fino; * comprido/curto; * longo/estreito. Massa: leve/pesado Utilizar instrumentos não convencionais (como palmo, pé, barbante, palitos) para comparar elementos de seu meio estabelecendo relações entre distância, tamanho, comprimento e espessura, reconhecendo a aplicabilidade desse vocabulário em seu cotidiano. Utilizar instrumentos não convencionais (como xícara, colher, sacos de areia) para comparar elementos de seu meio estabelecendo relações entre leve e pesado reconhecendo a aplicabilidade desse vocabulário em seu dia a dia. Capacidade: Utilizar instrumentos não convencionais cheio/vazio (como garrafas, xícaras, copos) para comparar elementos de seu meio estabelecendo relações entre cheio e vazio reconhecendo a aplicabilidade desse vocabulário em seu dia a dia. Temperatura: Utilizar as percepções táteis e gustativas quente/frio/gelado para realizar comparações e estabelecer relações entre quente, frio e gelado, reconhecendo a aplicabilidade desse vocabulário em seu dia a dia. Tempo: agora/depois Reconhecer em atividades de sua rotina rápido/devagar os conceitos agora e depois, rápido e devagar para que se perceba que a atividade desenvolvida por si e por seus colegas acontece num determinado Sequência temporal: tempo e duração. manhã/tarde, dia/noite Observar em atividades de sua rotina a lógica da sequência temporal: manhã/ tarde, dia/noite para que possa Uso do calendário reconhecer a estruturação da passagem do tempo. Conhecer as características e regularidades do calendário e rotina 131 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL diária, favorecendo a construção de noções temporais. Valor: caro e barato Conhecer conceitos básicos de valor, a fim de favorecer o reconhecimento desses conceitos em suas relações sociais. Tratamento da informação Gráficos e tabelas Familiarizar-se com gráficos e tabelas por meio da elaboração, leitura e interpretação desses elementos como forma de representar dados obtidos em situações de contexto da criança. Linguagem Artística Linguagem visual Cores Experimentar as diversas possibilidades de representação das cores utilizando o próprio corpo e instrumentos como brochas, lápis, giz de cera e massa de modelar, a fim de promover a sensibilização e a percepção; Texturas e espessuras Reconhecer as cores presentes na natureza e no cotidiano nomeando-as, com o objetivo de fazer a correspondência entre cores e objetos. Explorar diversos materiais (brochas, lápis, giz de cera, massa de modelar, esponja, giz de quadro) para perceber as diversas possibilidades obtidas; Experimentar e manusear materiais de diferentes espessuras e texturas (papelão, papéis, chão, madeiras, caixas, tecidos, lixas e elementos naturais) para que percebam suas características e estimulem o desenvolvimento da coordenação motora fina. Formas (ponto, linha e Explorar os elementos das artes visuais plano) (ponto, linha e plano) a fim de que sejam reconhecidos nas produções artísticas e em suas próprias produções. Imagens Conhecer obras de arte e relacionar os 132 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Composições Linguagem musical Fontes sonoras elementos presentes nela com o seu cotidiano, para que se construam as primeiras relações entre as mesmas. Produzir composições bidimensionais (desenho, colagem, origami, mosaico) e tridimensionais (maquete e escultura) com o intuito de estimular a criatividade, a criticidade, socialização e valorização do processo artístico. Interpretar canções e realizar os brinquedos cantados para que se estimule, a concentração, a atenção e a coordenação motora; Produzir sons com objetos sonoros e manipulação da bandinha rítmica, no sentido de estimular a produção musical; Explorar possibilidades vocais a fim de que perceba e produza diferentes sons; Construir objetos sonoros e ou instrumentos musicais para que desperte a curiosidade e o interesse; Elementos musicais Instrumentos musicais Apreciar diferentes estilos musicais (clássicas, cancioneiro infantil e folclórica) para que estimule a memória auditiva e musical. Conhecer as qualidades do som altura (grave ou agudo), duração (curto ou longo), intensidade(forte ou fraco) a fim de conhecer os elementos musicais; Diferenciar som de silêncio e sons de ruídos. Conhecer a origem e nomear alguns instrumentos musicais com o intuito de identificar os sons produzidos pelos mesmos e sua importância cultural. 133 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Linguagem gestual Expressividade Explorar diversos movimentos corporais (danças, imitações, mímicas, gestos, expressões faciais e jogos teatrais) com o intuito de promover as capacidades expressivas; Apreciar produções áudio visual como musicais, brinquedos cantados, teatros a fim de estimular a sensibilização corporal. Organização dos Grupos Sociais (seu modo de ser, viver e trabalhar) Convívio pessoal: Conhecer e praticar algumas regras de família e C.M.E.I. convivência para que o convívio em sociedade ocorra de maneira respeitosa; Natureza Sociedade e Observar as diferentes composições familiares, a fim valorizar a cultura existentes em cada grupo familiar; Objetivo geral: Possibilitar uma Reconhecer a si e o outro, a partir de aproximação ao características biológicas, psicológicas e conhecimento das culturais, identificando-se como único diversas formas de no grupo, ampliando sua autoconfiança; representação e explicação do Perceber as características do meio mundo social e social ao qual se insere, a fim de natural para que reconhecer os papéis desempenhados as crianças pela família e C.M.E.I. possam estabelecer, progressivamente, Objetos e processos de transformações a diferenciação Objetos pessoais e Identificar objetos pessoais e do meio entre as coletivos em que vive conhecendo suas explicações do características, propriedades e função senso comum e do social para que possa utilizá-los de conhecimento forma independente de acordo com suas científico. necessidades; Reconhecer algumas características de objetos produzidos em diferentes épocas e por diferentes grupos sociais a fim de perceber suas transformações. 134 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Lugares e suas paisagens Moradia Estabelecer algumas relações entre casa e C.M.E.I. a fim de perceber C.M.E.I. semelhanças e diferenças entre os espaços; Meio ambiente Seres vivos Ciclos de vida Animais nocivos Observar o trajeto casa /C.M.E.I. e vice versa, a fim de conhecer e relatar os elementos que compõem a paisagem do percurso e suas modificações. Desenvolver ações referentes aos cuidados com o uso consciente da água, destinação correta do lixo, conservação do patrimônio público bem como da moradia, a fim de contribuir com a preservação do meio ambiente. Perceber que os seres vivos possuem um ciclo de vida a fim de conhecer as diferentes fases da vida; Identificar os animais nocivos bem como os males que podem causar a saúde humana. Fenômenos e componentes naturais Sol – luz /sensações Perceber os elementos (sol, ar, água e térmicas solo) enquanto produtores de fenômenos da natureza a fim de Água, ar e solo conhecer sua influência na vida humana (chuva, seca,frio e calor). 135 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL INFANTIL 5 EIXOS: INTERAÇÕES E BRINCADEIRAS Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Esquema Corporal Partes do corpo e suas Nomear, identificar e localizar as partes funções: cabeça, do corpo em si, no outro, em objetos e membros inferiores e em figuras a fim de reconhecer superiores, joelho, progressivamente os segmentos e cotovelo, olho nariz, elementos do próprio corpo boca, orelha, ombro, desenvolvendo atitudes de interesse e pescoço, umbigo, cuidados. queixo, testa, bochecha, sobrancelha, cabelo, dentes, costas, O Corpo em unhas, cílios, cintura, palma da mão, movimento calcanhar, rosto Órgãos dos sentidos: Experimentar diferentes sensações Objetivo geral: visual, auditivo, proporcionadas pelos órgãos dos Explorar as gustativo, tátil, olfativo sentidos a fim de discriminar e nomear habilidades físicas, as percepções estimulando a memória motoras e visual, auditiva, olfativa, tátil e perceptivas do gustativa. próprio corpo a Tônus, postura e equilíbrio fim de adquirir a Equilíbrio estático: Explorar diferentes posturas corporais independência nos equilíbrio em um pé que desenvolvam o equilíbrio estático e movimentos e na só, aviãozinho, vela dinâmico a fim de contribuir para a expressão formação física e motora da criança; corporal. Equilíbrio dinâmico: rebater, diferentes Explorar a coordenação motora a fim de formas de andar desenvolver a visão óculo pedal e óculo (calcanhar, ponta pé, manual. meia ponta, deslizar) diferentes formas de correr (batendo o calcanhar no bumbum, levantando o joelho), pernas abertas e separadas (saltar o rio, entre 2 cordas...) 136 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Lateralidade Um lado, outro lado (membros inferiores e superiores) utilizando termo direita e esquerda (em si mesmo e no espaço direcionalidade) Dominância lateral: (deve saber que tem um lado dominante) Orientação espacial Reconhecimento do espaço em ação: embaixo, em cima, dentro, fora, junto, separado, atrás, frente, lado, plano alto – médio – baixo, proximidade, distância, filas, fileira; Orientação temporal Antes, durante, agora, depois, duração e pausa Identidade Autonomia Experimentar os movimentos que requerem o uso diferenciado de um lado e do outro do corpo a fim de definir a dominância. Conhecer a relação entre seu corpo e o espaço a fim de que se movimente com destreza progressiva nos espaços percorridos. Conhecer os diferentes aspectos temporais a fim de favorecer a realização dos movimentos no que diz respeito a duração, sucessão dos acontecimentos, pausa, velocidade e estruturas rítmicas. e Identidade pessoal Nome/ Sobrenome Objetivo geral: Ampliar sua capacidade de autoconhecimento e, consequentemente , de se comunicar e interagir socialmente, estabelecendo Reconhecer o próprio nome e dos colegas em diferentes situações com intuito de identificá-los. Características físicas Reconhecer as mudanças ocorridas nas pessoais suas características desde o nascimento, a fim de perceber as transformações. Minhas necessidades: Reconhecer a importância da alimentação, higiene, alimentação saudável para o saúde vestuário e lazer desenvolvimento global; Reconhecer bons hábitos de higiene a fim de que os incorporem e pratiquem 137 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL vínculos afetivos positivos com outras crianças e adultos. cotidianamente; Reconhecer que bons hábitos alimentares, boa higiene, prática de lazer contribuem para ausência de doenças e promovem o bem estar físico e mental; Conhecer os diferentes tipos de vestuários para utilizá-los de modo adequado; Conhecer o vestuário como necessidade básica que tem por função proteger o corpo humano de acordo com o contexto histórico, social e cultural em que o indivíduo se insere; Hábitos e costumes Perceber no uso da vestimenta uma forma de organizar determinado grupo, a fim de ser capaz de identificá-lo. Reconhecer que as pessoas mesmo convivendo próximas umas das outras possuem hábitos e costumes diferentes que devem ser respeitados. Linguagem oral e escrita Linguagem verbal e não Organização de Interagir com outras pessoas por meio verbal pensamento de situações diversas a fim de ampliar e construir novos conhecimentos e Objetivo geral: desenvolver o pensamento; Apropriar-se dos conhecimentos e Participar de situações que envolvam a bens culturais necessidade de explicar e argumentar constituídos suas ideias e pontos de vista para historicamente, desenvolver sua habilidade utilizando as comunicativa; diferentes linguagens e Expressar ideias e sentimentos construindo respondendo e formulando perguntas, significados que comunicando suas experiências, lhe permitam descrevendo lugares, pessoas e objetos. elaborar e Vocabulário Participar em situações de leitura de 138 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL reelaborar essas aprendizagens. Linguagem não verbal verbal diferentes gêneros feita pelos adultos (textos informativos, instrucionais e narrativos) com o intuito de compreender o significado de novas palavras, tornando sua comunicação mais objetiva e estruturada. e Utilizar a linguagem oral para conversar, brincar, comunicar e expressar desejos, necessidades, opiniões, ideias, preferências e sentimentos e relatar suas vivencias nas diversas situações do cotidiano a fim de desenvolver sua habilidade comunicativa; Relatar as experiências vividas com o intuito de organizar a sequencia temporal dos fatos; Elaborar perguntas e respostas a fim de explicitar suas dúvidas, compreensão e curiosidade diante das diferentes situações com as quais contata; Participar de situações que envolvam a necessidade de argumentar suas ideias e pontos de vista e de questionar as ideias e pontos de vista do outro; Conhecer, reproduzir e criar jogos verbais no intuito de perceber a sonoridade das palavras; Observar, manusear e realizar leitura hipotética de materiais impressos a fim de familiarizar-se com gêneros textuais; Valorizar a leitura como fonte de prazer, de entretenimento e de comunicação a fim de desenvolver o comportamento leitor; Participar de situações cotidianas nas 139 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL quais se faz necessário o uso da escrita, apresentando hipóteses a respeito do valor sonoro das letras iniciais de uma palavra; Escrever o próprio nome em situações de jogos e quando for necessário sua identificação pessoal, recorrendo ou não a um referencial; Reconhecer e identificar as letras do alfabeto em contexto ao valor sonoro convencional para relacionar grafema/fonema; Respeitar sua própria produção e a dos colegas, valorizando-as; Participar de situações de interlocução demonstrando habilidades de ouvir para compreender e produzir textos orais; Produzir textos coletivos, tendo o professor e/ou educador como escriba a fim de perceber como as ideias se organizam bem como perceber as convenções da língua escrita; Perceber a sequencia de ideias em imagens e textos ouvidos a fim de despertar para a coerência textual (início, meio e fim); Dramatização Registrar ideias e sentimentos por meio de diversas atividades (exemplos: desenhos, colagens, dobraduras). Dramatizar situações do cotidiano e narrativas (textos literários, advinhas, informativos, trava línguas, cantigas, quadrinhas, músicas, notícias e poemas), no sentido de manifestar experiências vividas e ouvidas. 140 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Atenção auditiva Falar e escutar atentamente em situações do cotidiano, a fim de interagir socialmente; Construir postura atenta para a escuta da leitura feita por adultos, em ocasiões variadas, sobretudo nas situações de leitura de história e na diversidade textual para ampliação de seu repertório linguístico. Linguagem matemática Espaço e forma Localização espacial: - Limites; - Ponto de referência; - Deslocamento Explorar o espaço por meio da percepção e da maior coordenação de movimentos, a fim de descobrir profundidade e analisar objetos, formas e dimensões; Percorrer rotas e trajetos a partir de dados e orientações pré- estabelecidas, a fim de melhor orientar-se no espaço e saber representá-lo. Reconhecer pontos de referência de acordo com as noções de proximidade, interioridade e direcionalidade a fim de descrever oralmente e representar com desenhos, a sua posição, a posição de pessoas e objetos no espaço utilizando vocabulário pertinentes em situação do cotidiano.. Noções de: Proximidade: perto/longe, muito perto/muito longe; Interioridade: dentro/fora; Direcionalidade: frente e trás, embaixo/ em cima, ao lado/ entre, direita / esquerda Formas geométricas: Estabelecer relações entre os sólidos sólidos e figuras geométricos e os objetos presentes no planas seu ambiente; Explorar propriedades geométricas de objetos e figuras a fim de comparar essas formas estabelecendo relações e identificando características; Representar 141 bidimensionalmente por PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL meio de desenhos, da planificação e do contorno as figuras planas e tridimensionalmente por meio da massinha de modelar, blocos de encaixe e caixas variadas, sólidos geométricos, esculturas e maquetes, a fim de potencializar o desenvolvimento do seu pensamento geométrico. Número Classificação Seriação Sequenciação Representação quantidades de Representação de número associado à quantidade (de 0 a 10) Função número social do Realizar classificação de objetos em diferentes situações de acordo com critérios: tamanho, forma, cor, espessura a fim de separá-los por categorias observando suas semelhanças e diferenças. Reconhecer a ordenação de objetos, sendo capaz de dar continuidade a uma sequência e /ou organizá-la seguindo critérios de ordenação, a fim de favorecer o desenvolvimento do raciocínio lógico. Dispor objetos de acordo com uma sequência, que não precisa ser determinada, a fim de ser capaz de organizar fatos ou acontecimentos de uma história ou do dia a dia de acordo com a ordem em que aparecem. Representar e comparar quantidades em contextos diversos (desenhos, objetos, brincadeiras, jogos), estabelecendo a correspondência “um a um” entre as quantidades. Representar quantidades por meio de desenhos e da manipulação de diferentes objetos, jogos e brincadeiras, utilizando a linguagem oral, o reconhecimento da notação numérica e/ou registros convencionais e não convencionais. Identificar a função social do número em diferentes contextos (como quadro de aniversário, calendário, painel de 142 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL pesos e medidas, número de sapatos) a fim de reconhecer as diversas utilidades do número em seu dia a dia. Noção de adição Resolver problemas que envolvam as ideias de adição e subtração com base Noção de subtração em materiais concretos, ilustrações, jogos e brincadeiras para reconhecimentos dessas ações em seu cotidiano. Agrupamento (noção Realizar agrupamentos, utilizando a de multiplicação) quantidade, a fim de estabelecer aproximações com diferentes possibilidades de contagem Noção de divisão Resolver problemas que envolvam as ideias de divisão (ideia de repartir) com base em materiais concretos, ilustrações, jogos e brincadeiras para reconhecimentos dessas ações em seu cotidiano. Grandezas e medidas Comprimento: Utilizar instrumentos convencionais * grande/pequeno; (metro, régua) e não convencionais * maior/menor; (palmo, pé, barbante, palitos) para * alto/baixo; comparar elementos de seu meio, * grosso /fino; estabelecendo relações entre distância, * comprido/curto; tamanho, comprimento e espessura, * longo/estreito. reconhecendo a aplicabilidade desse vocabulário no seu cotidiano. Massa: leve/pesado Utilizar instrumentos convencionais (balança) e não convencionais (como xícara, colher, sacos de areia) para comparar elementos de seu meio, estabelecendo relações entre leve e pesado reconhecendo a aplicabilidade desse vocabulário em seu dia a dia. Capacidade: Utilizar instrumentos convencionais cheio/vazio (litro) não convencionais (como garrafas, xícaras, copos) para comparar elementos de seu meio, estabelecendo relações entre cheio e vazio reconhecendo a aplicabilidade desse vocabulário em seu dia a dia. 143 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Temperatura: quente/frio/gelado Tempo: agora/depois, cedo/tarde, lento/rápido, depressa/devagar, primeiro/último Sequência temporal: manhã/tarde, dia/noite, ontem/hoje/amanhã Uso do calendário Valor: caro e barato Utilizar as percepções táteis e gustativas e o instrumento de medida convencional (termômetro) para realizar comparações e estabelecer relações entre quente/ frio/ gelado, reconhecendo a aplicabilidade desse vocabulário em seu dia a dia. Reconhecer em atividades de sua rotina diária os conceitos agora / depois, cedo/tarde, lento/rápido, depressa / devagar, primeiro/último, para que possa perceber que a atividade desenvolvida por si e por seus colegas acontece num determinado tempo e duração. Observar, em atividades de sua rotina, a lógica da sequência temporal: manhã/ tarde, dia/noite, ontem/hoje/amanhã, para que possa reconhecer a estruturação da passagem do tempo. Reconhecer as características e regularidades do calendário semana/mês/ano e rotina diária, favorecendo a construção de noções temporais. Conhecer conceitos básicos de valor a fim de favorecer o reconhecimento desses conceitos em suas relações sociais. Tratamento da informação Leitura e interpretação Familiarizar-se com gráficos e tabelas de gráficos e tabelas por meio da elaboração, leitura e interpretação desses elementos como forma de representar dados obtidos em situações de cotidianas e problemas propostos. Linguagem Artística Linguagem visual Cores (primárias e Experimentar as diversas possibilidades 144 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL secundárias) de representação das cores primárias e a formação das cores secundárias por meio de tintas e massa de modelar, a fim de descobrir seu processo de formação; Reconhecer as cores presentes na natureza, no cotidiano e em obras de arte classificando-as em primárias e secundárias, com o objetivo de fazer a correspondência entre cores, imagens e objetos. Formas (ponto, linha e Explorar os elementos das artes visuais plano) (ponto, linha e plano) objetivando o reconhecimento dos mesmos nas Imagem produções artísticas e em suas próprias produções; Conhecer obras de arte, seus criadores e relacionar os elementos presentes nelas com o seu cotidiano, para que se construam as primeiras relações entre as mesmas e seu contexto histórico; Composições Linguagem musical Fontes sonoras Criar desenhos, pinturas, colagens, modelagens a partir de seu próprio repertório e da utilização dos elementos da linguagem das Artes Visuais: ponto, linha, forma, cor, volume, espaço e textura. Produzir composições bidimensionais (desenho, releitura, colagem, origami, mosaico) e tridimensionais (maquete e escultura) com o intuito de estimular a criatividade, a criticidade, socialização e valorização do processo artístico. Interpretar canções e realizar os brinquedos cantados e rítmicos para estimular o desenvolvimento motor, a concentração e a atenção; Produzir sons com objetos sonoros e manipulação da bandinha rítmica, no 145 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL sentido de musical; estimular a produção Explorar possibilidades vocais a fim de que perceba e produza diferentes sons; Construir objetos sonoros e ou instrumentos musicais para que desperte a curiosidade e o interesse; Registrar a escuta sonora exercício da notação do Som; Elementos musicais para o Apreciar diferentes estilos musicais (clássicas, cancioneiro infantil e folclórica) para que estimule a memória auditiva e musical. Conhecer as qualidades do som altura (grave ou agudo), duração(curto ou longo), intensidade(forte ou fraco) a fim de conhecer os elementos musicais; Diferenciar som de silêncio e sons de ruídos; Instrumentos musicais Linguagem gestual Expressividade Natureza Nomear os sons da escala musical, a fim de perceber o seu desenvolvimento. Conhecer a origem e nomear alguns instrumentos musicais com o intuito de identificar os sons produzidos pelos mesmos e sua importância cultural. Explorar diversos movimentos corporais (danças, imitações, mímicas, gestos, expressões faciais e jogos teatrais) com o intuito de promover as capacidades expressivas; Apreciar produções áudio visual como musicais, brinquedos cantados e teatros, a fim de estimular a sensibilização corporal. e Organização dos Grupos Sociais (seu modo de ser, viver e 146 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Sociedade trabalhar) Convívio pessoal: Reconhecer e praticar algumas regras de Objetivo geral: família e C.M.E.I. convivência para que o convívio em Possibilitar uma sociedade ocorra de maneira respeitosa; aproximação ao conhecimento das Observar as diferentes composições diversas formas de familiares, a fim de valorizar a cultura representação e existentes em cada grupo familiar; explicação do mundo social e Reconhecer a si e ao outro, a partir de natural para que características biológicas, psicológicas e as crianças culturais, identificando-se como único possam no grupo, ampliando sua autoconfiança; estabelecer, progressivamente, Perceber as características do meio a diferenciação social ao qual se insere, a fim de entre as reconhecer os papéis desempenhados explicações do pela família e pelo C.M.E.I.; senso comum e do conhecimento Conhecer modos de ser, viver e científico. trabalhar de alguns grupos sociais do presente e do passado, a fim de reconhecer as relações de mudanças e permanências nos costumes; Conhecer diferentes formas de expressão cultural, a fim de valorizar o patrimônio cultural do seu grupo social. Objetos e processos de transformações Objetos Identificar objetos pessoais e do meio em que vive conhecendo suas características, propriedades e função social para que possa utilizá-los de forma independente de acordo com suas necessidades; Reconhecer algumas características de objetos produzidos em diferentes épocas e por diferentes grupos sociais, a fim de perceber suas transformações; Utilizar com cuidado os objetos do 147 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL cotidiano a fim de obter sua manutenção, mantê-lo conservado e prevenir acidentes; Conhecer as relações entre seres os humanos e a natureza, a fim de perceber as formas de transformação e utilização dos recursos naturais. Lugares e suas paisagens Moradia Estabelecer algumas relações entre casa e C.M.E.I. a fim de perceber C.M.E.I. semelhanças e diferenças entre os espaços; Observar o trajeto casa /C.M.E.I. e vice versa, a fim de conhecer e relatar os elementos que compõe a paisagem do percurso e suas modificações. Desenvolver ações referentes aos cuidados com o uso consciente da água, destinação correta do lixo, conservação do patrimônio público bem como da moradia, a fim de contribuir com a preservação do meio ambiente. Meio ambiente Seres vivos Relação de interdependência entre os seres vivos (plantas\animais) e de dependência destes com os componentes naturais (sol\ar\água\solo); -Características; -Animais nocivos; Perceber as relações de interdependência entre os seres vivos e de dependência destes com os componentes naturais, a fim de compreender o funcionamento do meio ambiente e sua participação integrante na vida em sociedade; Reconhecer as características comuns dos seres humanos em relação aos outros animais: moradia, formas de locomoção, alimentação e nascimento, a fim de perceber as semelhanças e diferenças entre eles; Identificar os animais nocivos bem como as consequências que podem causar a saúde do homem e dos alimentos. 148 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Fenômenos e componentes naturais Sol – luz /sensações Conhecer os elementos (sol, ar, água e térmicas solo) enquanto produtores de fenômenos da natureza, a fim de Água, ar e solo perceber sua influência na vida humana (chuva, seca, frio e calor); Observar os efeitos causados na paisagem (erosão, odores, arco-íris, barro, situação das ruas, plantas, árvores e casas) quando ocorrem os fenômenos naturais para que reflitam sua interferência na vida humana e suas consequências. 149 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO FUNDAMENTAL Debora Gomes Erick Rodrigo Bucioli Uma das etapas da Educação Básica, o Ensino Fundamental, constitui-se em Maringá uma educação universalizada, orientada pela a Lei de Diretrizes e Bases 9.394 de 1996: Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006) I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. § 1º É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em ciclos. § 2º Os estabelecimentos que utilizam progressão regular por série podem adotar no ensino fundamental o regime de progressão continuada, sem prejuízo da avaliação do processo de ensino-aprendizagem, observadas as normas do respectivo sistema de ensino. § 3º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem. § 4º O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino à distância utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais. § 5° O currículo do ensino fundamental incluirá, obrigatoriamente, conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes, tendo como diretriz a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente, observada a produção e distribuição de material didático adequado. (Incluído pela Lei nº 11.525, de 2007). § 6º O estudo sobre os símbolos nacionais será incluído como tema transversal nos currículos do ensino fundamental. (Incluído pela Lei nº 12.472, de 2011). Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. (Redação dada pela Lei nº 9.475, de 22.7.1997) § 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão dos professores. § 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso. 150 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o período de permanência na escola. § 1º São ressalvados os casos do ensino noturno e das formas alternativas de organização autorizadas nesta Lei. § 2º O ensino fundamental será ministrado progressivamente em tempo integral, a critério dos sistemas de ensino. Em 2012, a Rede Municipal de Ensino de 1º a 5º é composta por quarenta e seis unidades escolares que atendem aproximadamente dezesseis mil educandos, setecentos educandos na Educação de Jovens e Adultos, dois mil e quinhentos educandos no contraturno escolar “Escola Integrada”, a Rede Municipal de Maringá além de oferecer o ensino regular, conta também com alguns projetos pedagógicos extracurriculares: O Diário na Escola – uma vez por semana, trabalha-se com o jornal em sala de aula, com crianças da 4ª série do ensino fundamental. O trabalho pedagógico consiste em leitura, estudo de textos em sua diversidade de gêneros e produção textual. As professoras são capacitadas para execução do projeto. Desenvolvido em todas as escolas municipais. PROERD – Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência. Trabalhado nos 5º anos de toda a rede por policiais militares do 4º batalhão. É um programa de caráter social e preventivo, posto em prática em todos os estados do Brasil, por policiais militares devidamente selecionados e capacitados. É desenvolvido uma vez por semana em sala de aula, durante quatro meses em média. Por meio do livro do estudante PROERD, os conteúdos são desenvolvidos de forma dinâmica em grupos cooperativos. Nas aulas são realizadas atividades voltadas ao desenvolvimento das habilidades individuais para que a crianças e os jovens possam tomar suas decisões de forma consciente, segura e responsável. Televisando o Futuro – com a adesão espontânea das escolas, é um projeto de responsabilidade social que coloca a força da televisão a serviço da comunidade escolar. O objetivo é promover a reflexão e contribuir para construção da cidadania por meio de reportagens especiais exibidas no Paraná TV 1ª. Edição e no Bom Dia Paraná. Desenvolvido em parceria entre as emissoras RPCTV, Instituto RPC e Secretaria Municipal de Educação, o projeto estimula os estudantes a produzirem desenhos e textos sobre temas em discussão. Fazendo Arte com Purity (Cocamar) - idealizado pela Cocamar e realizado por meio de parceria com o Cesumar e com a Secretaria de Educação, cerca de mil crianças, pais e professores de escolas municipais de Maringá participaram e foram beneficiados com o aprendizado de algum tipo de atividade artística. Além disso, o 151 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL projeto arrecada embalagens cartonadas descartáveis, chegando em 2010 a 1,5 tonelada de embalagens, que foram destinadas para reciclagem e que levam os educandos a se conscientizarem sobre o respeito ao meio ambiente. O dinheiro arrecadado é revertido para as oficinas nas escolas e em asilos. Dentre as oficinas de artes estão as de álbum de fotografias (Scrapbook), material emborrachado, confecção de livros infantis, desenho, pintura, criação de bonecas, dobradura, máscaras, criação de brinquedos, teatro de bonecos e, ainda, street dance, percussão, teatro e dança. O objetivo é alinhar educação e responsabilidade ambiental, o que faz parte dos projetos de sustentabilidade do Instituto Cocamar. No final ocorre uma exposição para apresentar o resultado das oficinas, com apresentação dos trabalhos. A participação das escolas acontece por meio de adesão espontânea. Programa Recicla Óleo – também por livre adesão da escola, é um programa idealizado pelo Instituto São Francisco de Responsabilidade Socioambiental e desenvolvimento humano. Os objetivos são sensibilizar/mobilizar a comunidade maringaense para o descarte adequado do óleo vegetal residual de frituras; reverter todo dinheiro arrecadado para uma entidade social a ser escolhida; sensibilizar educandos do ensino fundamental para o correto descarte do óleo residual de fritura. O programa consiste no recolhimento do óleo queimado em uma garrafa pet para posterior depósito do óleo nas “bombonas” dos Supermercados Cidade Canção. Programa Agrinho – É um programa de responsabilidade social, que tem como foco os temas Meio Ambiente, Saúde, Cidadania e Trabalho e Consumo, este ano o tema é “saber e atuar para melhorar o mundo”. Ao aderir ao programa, o município recebe sem qualquer ônus, capacitação dos professores e envio de materiais para todas as crianças e adolescentes regularmente matriculados, que ao final concorrem a prêmios enviando desenhos (1º ano e educandos do Ambiente Educacional Especializado) e redações (educandos do 2º ano a 4ª série) relacionados ao tema que será trabalhado com apoio do material enviado. Empreendedorismo – Realizado por meio do SEBRAE, tem como objetivo levar o empreendedorismo como força mobilizadora de crescimento e desenvolvimento social às escolas públicas das séries iniciais. Os professores e supervisores participam de workshop de sensibilização, recebem da formação continuada à distância; acompanhamento e monitoramento, para que a criança desde cedo possa desenvolver as características do comportamento empreendedor, ressaltando nesse caso a profundidade do assunto dada a faixa etária de educandos. Está sendo aplicado nas escolas do 152 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Programa Mais Educação. Escola Aberta - criado pelo Ministério de Educação, em 2004, prioriza os estados que apresentam maior índice de vulnerabilidde social. Para viabilizar o programa, a escola do município cede o local, que fica disponível no fim de semana, orientando pessoas da comunidade para organizar e coordenar várias atividades. Na Rede Municipal de Ensino de Maringá, o programa “Escola Aberta” foi implantado com intuito de oferecer espaços alternativos para a comunidade desenvolver projetos integrados, melhorando a inclusão social e a qualidade do ensino por meio da integração entre a escola e a comunidade. Vinte e três escolas vêm atendendo aproximadamente dois mil e quinhentos educandos na Educação Integral, programa que visa implantar a educação integral, oferecendo possibilidades de participação em oficinas extracurriculares e atividades de apoio pedagógico. Vinte e cinco escolas atendem também a Educação de Jovens e Adultos, em que aproximadamente setecentos educandos que não tiveram a oportunidade de estudar os anos iniciais do Ensino Fundamental, participam das aulas na busca pelo analfabetismo zero no município de Maringá. Vale ressaltar ainda algumas ações pedagógicas- administrativas que contribuem para além da garantia de vagas, uma educação de qualidade no município de Maringá: Kit escolar composto por apontador, borracha, caderno de linguagem brochurão, caderno quadriculado, caderno de cartografia com margem, caneta esferográfica azul, caneta esferográfica vermelha, caneta esferográfica preta, caneta hidrográfica, caneta hidrográfica jumbo, cola, estojo, gizão de cera, lápis preto nº. 2, lápis grafite jumbo, lápis de cor, lápis de cor super ou jumbo, massa para modelar, pasta polionda, pincel nº. 4, pincel nº. 18, régua, cola colorida, tesoura escolar, garrafa de água squeeze, mochila escolar, dicionário, agenda escolar, além do uniforme de inverno e verão (camiseta com manga e sem manga, bermuda, calça e blusa). Conforme o ano, os educandos recebem os itens adequados, permitindo assim que todos participem efetivamente das aulas, com todos os recursos necessários. A partir de 2005, iniciou-se a aquisição das mesas alfabetos e de softwares educacionais, possibilitando dessa maneira, o acesso às novas ferramentas tecnológicas, além de contribuir efetivamente no processo de ensino e aprendizagem dos educandos da rede municipal. O acervo de literaturas e livros paradidáticos é ampliado e atualizado constantemente. Nos anos de 2006, 2010 e 2011 foram realizados concursos públicos, possibilitando com isso a contratação dos funcionários de acordo com 153 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL as necessidades. Em 2012, está sendo realizado um novo concurso visando contratar de funcionários para as vagas que não foram preenchidas anteriormente. As quadras das escolas foram reformadas e hoje contamos com 44 mini ginásios e/ou quadras cobertas. O Plano de Carreira dos Profissionais do Magistério foi implantado no ano de 2010, por meio da Lei Complementar 790, valorizando dessa forma os profissionais, bem como os estudos que eles realizam por conta própria. As escolas municipais passaram a contar com o professor de acompanhamento pedagógico em contraturno, com o objetivo de garantir a aprendizagem a todos os educandos. A secretaria de educação a partir de 2010, conta além das psicólogas, também com uma equipe de fonoaudiólogas e nutricionistas que vem desenvolvendo um trabalho junto aos educandos e profissionais da rede municipal de ensino. Os encontros de formação contínua dos professores foi outra ação intensificada nos últimos anos por meio de seminários, palestras, cursos, oficinas e grupos de estudos. Tendo além dos Seminários voltados para todos os profissionais, seminários e eventos específicos para as Diretoras, para os Professores de Arte, de Educação Física, da Educação de Jovens e Adultos e do Atendimento Educacional Especializado. Vale ressaltar que muitas conquistas e avanços, não são possíveis de mensurar, porém estão refletidas nos educandos e nas famílias que frequentam diariamente as unidades escolares da Rede Municipal de Ensino. Nessa perspectiva, os anos iniciais do Ensino Fundamental procuram não somente cumprir a legislação vigente, como também oferecer recursos adicionais que possam realmente possibilitar uma educação de qualidade aos educandos, bem como, um ambiente favorável aos profissionais. Um currículo reformulado para os anos inicias do Ensino Fundamental, configura-se em mais uma das ações que visam ampliar as possibilidades de trabalho. 154 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL REFERÊNCIAS BRASIL, Ministério de Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação n° 9.394. Brasília, DF: MEC, 1996. 155 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ARTE Ana de Farias Pinto Bárbara Amabile Benvenutti Denise Fanny Kemmer Futlik Martinelli Sandra Maria Brendolan Excertos dos Parâmetros Curriculares Nacionais e Orientações - Arte – BRASIL – 1997 e Ensino Fundamental de nove anos – Orientações Pedagógicas para os anos iniciais - Arte – SEED - 2010 A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico, que caracteriza um modo particular de dar sentido às experiências das pessoas: por meio dele, o educando amplia a sensibilidade, a percepção, a reflexão e a imaginação. Aprender arte envolve, basicamente, fazer trabalhos artísticos, apreciar e refletir sobre eles. Envolve, também, conhecer, apreciar e refletir sobre as formas da natureza e sobre as produções artísticas individuais e coletivas de distintas culturas e épocas. Desde 1996, o ensino de arte nas escolas constitui-se como componente curricular obrigatório, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) 9394/96, em seu segundo parágrafo determina que “O ensino de arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá componente curricular obrigatório nos diversos níveis de educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos educandos”. (LDB, Art. 26, reformulação em Julho de 2011) Nos documentos que norteiam o ensino de arte no Brasil e no Paraná - os Parâmetros Curriculares Nacionais para a disciplina de Arte (PCN- Arte) e as Diretrizes Curriculares de Arte do Estado do Paraná- propõem que a disciplina seja trabalhada em suas quatro linguagens: Artes-Visuais, Música, Teatro e Dança, em que cada uma delas é abordada em três eixos norteadores, que formam os conteúdos estruturantes e direcionam o trabalho de arte na escola, sendo eles os elementos formais, composições, movimentos e períodos. As Diretrizes Estaduais do Paraná esclarecem do que se tratam esses eixos formadores dos conteúdos estruturantes: Conteúdos estruturantes são conhecimentos de grande amplitude, conceitos que se constituem em fundamentos para a compreensão de cada uma das áreas de Arte. Eles são apresentados separadamente para um melhor entendimento, no entanto, metodologicamente devem ser trabalhados de forma articulada e indissociada um do outro. Nessas Diretrizes, considera-se que a disciplina de Arte deve propiciar ao educando acesso ao conhecimento sistematizado em arte. Por isso, propõe-se uma organização curricular a partir dos conteúdos estruturantes que constituem uma identidade para a disciplina de Arte e possibilitam uma prática pedagógica que articula as quatro áreas de Arte. Elementos Formais: O sentido da palavra formal está relacionado à forma propriamente dita, ou seja, aos recursos empregados em uma obra. São elementos da cultura presentes nas produções humanas e na natureza; são matérias-primas para a produção artística e para o conhecimento em arte. Esses elementos são usados para organizar todas as áreas artísticas e são diferentes em cada uma delas. Eis alguns 156 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL exemplos: o timbre em Música, a cor em Artes Visuais, a personagem em Teatro ou o movimento corporal em Dança. No processo pedagógico, o professor de Arte deve aprofundar o conhecimento dos elementos formais da sua área de habilitação e estabelecer articulação com as outras áreas por intermédio dos conteúdos estruturantes. Composição: É o processo de organização e de desdobramento dos elementos formais que constituem uma produção artística. Em um processo de composição na área de artes visuais, os elementos formais – linha, superfície, volume, luz e cor – “não têm significados pré-estabelecidos, nada representam, nada descrevem, nada assinalam, não são símbolos de nada, não definem nada – nada, antes de entrarem em um contexto formal” (OSTROWER 1983, p. 65). Ao participar de uma composição, cada elemento visual configura o espaço de modo diferente e, ao caracterizá-lo, os elementos também se caracterizam. Na área da música, todo som tem sua duração, a depender do tempo de repercussão da fonte sonora que o originou. É pela manipulação das durações, mediada pelo conhecimento, que esse som passa a constituir um ritmo ou uma composição. Com a organização dos elementos formais, por meio dos conhecimentos de composição de cada área de Arte, formulam-se todas as obras, sejam elas visuais, teatrais, musicais ou da dança, na imensa variedade de técnicas e estilos. Movimentos e períodos: Caracterizam-se pelo contexto histórico relacionado ao conhecimento em Arte. Eles revelam aspectos sociais, culturais e econômicos presentes numa composição artística e explicita as relações internas ou externas de um movimento artístico em suas especificidades, gêneros, estilos e correntes artísticas. Para facilitar a aprendizagem do educando e para que se tenha uma ampla compreensão do conhecimento em arte, esse conteúdo estruturante deve estar presente em vários momentos do ensino. Sempre que possível, o professor deve mostrar as relações que cada movimento e período que uma determinada área da arte estabelece com as outras áreas e como apresentam características em comum, coincidindo ou não com o mesmo período histórico. Os conteúdos estruturantes, apesar de terem as suas especificidades, são interdependentes e de mútua determinação. Nas aulas, o trabalho com esses conteúdos deve ser feito de modo simultâneo, pois os elementos formais, organizados por meio da técnica, do estilo e do conhecimento em arte, constituirão a composição que se materializa como obra de arte nos diferentes movimentos e períodos. A opção pelos elementos formais e de composição trabalhados pelos artistas determinam os estilos e os gêneros dos movimentos artísticos nos diferentes períodos históricos. Da mesma forma, a visão de mundo, característica dos movimentos e períodos, também determina os modos de composição e de seleção dos elementos formais que serão privilegiados. Concomitantemente, tempo e espaço não somente estão no interior dos conteúdos, como são também, elementos articuladores entre eles. 157 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ARTE Na proposta geral dos Parâmetros Curriculares Nacionais, Arte tem uma função tão importante quanto à função dos outros conhecimentos no processo de ensino e aprendizagem. A área de Arte está relacionada com as demais áreas e tem suas especificidades. A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e de dar sentido à experiência humana: o educando desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas diferentes culturas. Essa área também favorece o educando a relacionar-se de maneira criativa com as outras disciplinas do currículo. Por exemplo, o educando que conhece arte pode estabelecer relações mais amplas quando estuda um determinado período histórico. Um educando que exercita continuamente sua imaginação estará mais habilitado a construir um texto, a desenvolver estratégias pessoais para resolver um problema matemático. Conhecendo a arte de outras culturas, o educando poderá compreender a relatividade dos valores que estão enraizados nos seus modos de pensar e agir, que pode criar um campo de sentido para a valorização do que lhe é próprio e favorecer abertura à riqueza e à diversidade da imaginação humana. Além disso, torna-se capaz de perceber sua realidade cotidiana mais vivamente, reconhecendo objetos e formas que estão à sua volta, no exercício de uma observação crítica do que existe na sua cultura, podendo criar condições para uma qualidade de vida melhor. Uma função igualmente importante que o ensino da arte tem a cumprir diz respeito à dimensão social das manifestações artísticas. A arte de cada cultura revela o modo de perceber, sentir e articular significados e valores que governam os diferentes tipos de relações entre os indivíduos na sociedade. A arte solicita a visão, a escuta e os demais sentidos como portas de entrada para uma compreensão mais significativa das questões sociais. Essa forma de comunicação é rápida e eficaz, pois atinge o interlocutor por meio de uma síntese ausente na explicação dos fatos. A arte também está presente na sociedade, em profissões que são exercidas nos mais diferentes ramos de atividades; o conhecimento em artes é necessário no mundo do trabalho e faz parte do desenvolvimento profissional dos cidadãos. O conhecimento da arte abre perspectivas para que o educando tenha uma compreensão do mundo na qual a dimensão poética esteja presente: a arte ensina que é possível transformar continuamente a existência, que é preciso mudar referências a cada momento, ser flexível. Isso quer dizer que criar e conhecer são indissociáveis e a flexibilidade é condição fundamental para aprender. O ser humano que não conhece arte tem uma experiência de aprendizagem limitada, escapa-lhe a dimensão do sonho, da força comunicativa dos objetos à sua volta, da sonoridade instigante da poesia, das criações musicais, das cores e formas, dos gestos e luzes que buscam o sentido da vida. 158 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL A ARTE E A EDUCAÇÃO Desde o início da história da humanidade a arte sempre esteve presente em praticamente todas as formações culturais. O homem que desenhou um bisão numa caverna pré-histórica teve que aprender, de algum modo, seu ofício. E, da mesma maneira, ensinou para alguém o que aprendeu. Assim, o ensino e a aprendizagem da arte fazem parte, de acordo com normas e valores estabelecidos em cada ambiente cultural, do conhecimento que envolve a produção artística em todos os tempos. No entanto, a área que trata da educação escolar em artes tem um percurso relativamente recente e coincide com as transformações educacionais que caracterizaram o século XX em várias partes do mundo. A mudança radical que deslocou o foco de atenção da educação tradicional, centrado apenas na transmissão de conteúdos, para o processo de aprendizagem do educando também ocorreu no âmbito do ensino de Arte. As pesquisas desenvolvidas a partir do início do século em vários campos das ciências humanas trouxeram dados importantes sobre o desenvolvimento da criança, sobre o processo criador, sobre a arte de outras culturas. Na confluência da antropologia, da filosofia, da psicologia, da psicanálise, da crítica de arte, da psicopedagogia e das tendências estéticas da modernidade surgiram autores que formularam os princípios inovadores para o ensino de artes plásticas, música, teatro e dança. Tais princípios reconheciam a arte da criança como manifestação espontânea e autoexpressiva: valorizavam a livre expressão e a sensibilização para a experimentação artística como orientações que visavam o desenvolvimento do potencial criador, ou seja, eram propostas centradas na questão do desenvolvimento do educando. É importante salientar que tais orientações trouxeram uma contribuição inegável no sentido da valorização da produção criadora da criança, o que não ocorria na escola tradicional. Mas o princípio revolucionário que advogava a todos, independentemente de talentos especiais, a necessidade e a capacidade da expressão artística foi aos poucos sendo enquadrado em palavras de ordem, como: “o que importa é o processo criador da criança e não o produto que realiza” e “aprender a fazer, fazendo”; esses e muitos outros lemas foram aplicados mecanicamente nas escolas, gerando deformações e simplificações na ideia original, o que redundou na banalização do “deixar fazer” — ou seja, deixar a criança fazer arte, sem nenhum tipo de intervenção. Ao professor destinava-se um papel cada vez mais irrelevante e passivo. A ele não cabia ensinar nada e a arte adulta deveria ser mantida fora dos muros da escola, pelo perigo da influência que poderia macular a “genuína e espontânea expressão infantil”. O princípio da livre expressão enraizou-se e espalhou-se pelas escolas, acompanhado pelo “imprescindível” conceito de criatividade, curioso fenômeno de consenso pedagógico, presença obrigatória em qualquer planejamento, sem que parecesse necessário definir o que esse termo queria dizer. 159 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL O objetivo fundamental era o de facilitar o desenvolvimento criador da criança. No entanto, o que se desencadeou como resultado da aplicação indiscriminada de ideias vagas e imprecisas sobre a função da educação artística foi uma descaracterização progressiva da área. Tal estrutura conceitual foi perdendo o sentido, principalmente para os educandos. Além disso, muitos dos objetivos arrolados nos planejamentos dos professores de Arte poderiam também compor outras disciplinas do currículo, como, por exemplo, desenvolver a criatividade, a sensibilidade, o autocontrole, etc. Na entrada da década de 60, arte-educadores, principalmente americanos, lançaram as bases para uma nova mudança de foco dentro do ensino de Arte, questionando basicamente a ideia do desenvolvimento espontâneo da expressão artística da criança e procurando definir a contribuição específica da arte para a educação do ser humano. A reflexão que inaugurou uma nova tendência, cujo objetivo era precisar o fenômeno artístico como conteúdo curricular, articulou-se num duplo movimento: de um lado, a revisão crítica da livre expressão; de outro, a investigação da natureza da arte como forma de conhecimento. Como em todos os momentos históricos, o pensamento produzido por esses autores estava estreitamente vinculado às tendências do conhecimento da época, manifestadas principalmente na linguística estrutural, na estética, na pedagogia, na psicologia cognitivista, na própria produção artística, entre outras. Assim, a crítica à livre expressão questionava a aprendizagem artística como consequência automática do processo de maturação da criança. No início da década de 70, autores responsáveis pela mudança de rumo do ensino de Arte nos Estados Unidos afirmavam que o desenvolvimento artístico é resultado de formas complexas de aprendizagem e, portanto, não ocorre automaticamente à medida que a criança cresce; é tarefa do professor propiciar essa aprendizagem por meio da instrução. Segundo esses autores, as habilidades artísticas se desenvolvem por meio de questões que se apresentam à criança no decorrer de suas experiências de buscar meios para transformar ideias, sentimentos e imagens num objeto material. Tal experiência pode ser orientada pelo professor e nisso consiste sua contribuição para a educação da criança no campo da arte. Atualmente, professores de todos os cantos do mundo se preocupam em responder perguntas básicas que fundamentam sua atividade pedagógica: “Que tipo de conhecimento caracteriza a arte?”, “Qual a função da arte na sociedade?”, “Qual a contribuição específica que a arte traz para a educação do ser humano?”, “Como as contribuições da arte podem ser significativas e vivas dentro da escola?” e “Como se aprende a criar, experimentar e entender a arte e qual a função do professor nesse processo?” As tendências que se manifestaram no ensino de Arte a partir dessas perguntas geraram as condições para o estabelecimento de um quadro de referências conceituais solidamente fundamentado no currículo escolar, focalizando a especificidade da área e definindo seus contornos com base nas características 160 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL inerentes ao fenômeno artístico. 161 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ARTE 1° ANO EIXOS: ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS Linguagem: Artes Visuais Conteúdos Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Estruturantes Ponto Observar obras de artistas pontilhistas, como, Seraut, Paul Signac, José Escada, para percepção dos pontos utilizados na Ponto composição das obras, relacionando-os Objetivo geral: com a representação do ponto que Levar o educando encontramos na natureza, no cotidiano, a compreender a a fim de estabelecer relações entre as importância da representações artísticas e o meio onde arte e suas vivemos; linguagens, como um meio de Conhecer a estruturação do ponto, como comunicação, de elemento geométrico primitivo, o uso transformação dele nas produções artísticas e a social e de acesso à presença dele no cotidiano, para cultura, por meio compreender que é por meio do ponto do trabalho de que se formam todas as outras apreciação, estruturas geométricas; conhecimento e prática do Produzir composições utilizando o elemento formal ponto como elemento base, como das artes visuais: desenhos, pinturas, gravuras, colagem, ponto. assemblagem, a fim de materializar os conhecimentos adquiridos e estabelecer suas próprias relações entre o seu meio e a representação artística. Linha Linhas: retas e curvas Conhecer a formação estrutural das Objetivo geral: linhas retas e curvas e seu uso em Levar o educando produções artísticas, como pinturas, a compreender a esculturas e arquiteturas, com a importância da finalidade de estabelecer relações entre arte e suas as representações artísticas e o meio linguagens, como onde vivemos; um meio de comunicação, de Reconhecer as linhas em objetos, transformação construções do cotidiano, na natureza, social e de acesso à em obras artísticas, como por exemplo, cultura, por meio em produções abstracionistas formais 162 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL do trabalho de apreciação, conhecimento e prática do elemento formal das artes visuais: linha. Plano Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e suas linguagens, como um meio de comunicação, de transformação social e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática do elemento formal das artes visuais: plano. Cor Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e suas linguagens, como um meio de comunicação, de (Composição em Vermelho, Azul e Amarelo de Mondrian), buscando compreender como a arte inspira-se e representa os elementos da natureza; Produzir composições utilizando a linha como elemento base, a fim de materializar os conhecimentos adquiridos e estabelecer as suas próprias relações entre o seu meio e a representação artística. Planos: círculo, Conhecer a estruturação dos elementos triângulo, quadrado e geométricos planos (círculo, triângulo, retângulo quadrado e retângulo), relacionando-os com outros elementos geométricos aprendidos (ponto e linha), para perceber a relação entre as estruturas geométricas e a presença delas no meio onde vivemos; Observar nos objetos e em construções arquitetônicas a presença dos planos geométricos, assim como, por exemplo, em obras dos artistas Paul Klee, Volpi, Kandinsky e Lygia Clark, estabelecendo relações entre as representações artísticas e o meio onde vivemos; Produzir composições utilizando como elemento base as formas geométricas planas, a fim de materializar os conhecimentos adquiridos e estabelecer as suas próprias relações entre o seu meio e a representação artística. Cor: formação da cor e Observar as cores presentes na natureza, classificação das cores: nos objetos, construções do cotidiano e primárias e em obras de artistas, como, Gustavo secundárias Rosa, Romero Britto e Miró, a fim de estabelecer relações entre as representações artísticas e o meio onde vivemos; Compreender o processo de formação da cor e as classificações: primárias e 163 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL transformação social e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática do elemento formal das artes visuais: cor. Conteúdos Estruturantes Texto Objetivo geral: Levar o educando a compreender o teatro em suas dimensões estéticas, históricas, sociais como também conhecer variados temas para apreciação, contação e interpretação de diversos gêneros teatrais. Interpretação Objetivo geral: Levar o educando a conhecer e interpretar os diversos personagens do texto teatral, compreender os diferentes papéis sociais (em relação aos gêneros masculino e feminino). secundárias, para perceber como os elementos da natureza agem e influenciam nos processos artísticos; Produzir composições utilizando as cores primárias e secundárias como base, com a finalidade de materializar os conhecimentos adquiridos e estabelecer as suas próprias relações entre o seu meio e a representação artística. Linguagem: Teatro Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Conhecer o que é uma peça, para Peça: história, leitura e identificar suas características de contação começo, meio e fim, a fim de que perceba a ordem dos eventos em uma história. Produzir histórias a partir de leituras de paradidáticos a fim de desenvolver a imaginação e a criatividade. Personagem: dedoche Identificar tipos de personagens a fim e caracterização de criar, construir e interpretá-los; Interpretar ações do cotidiano, com intuito de se conscientizar dos movimentos e gestos que realizamos no dia a dia. 164 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Ação Objetivo geral: Levar o educando a compartilhar descobertas, ideias, sentimentos, atitudes, pontos de vista, empregar vocabulário apropriado para apreciação e caracterização do próprio trabalho. Espaço Objetivo geral: Levar o educando por meio de brincadeira ou jogos teatrais a familiarizar-se com a linguagem do palco e com os desafios da presença em cena, aprendendo a distinguir concepções de direção, estilos e interpretações, cenografia, figurinos, sonoplastia e iluminação. Comunicação Expressão : sons vocais e Conhecer os diversos tipos de sons vocais, para desenvolver adequadamente as diversas possibilidades vocais; Ser capaz de reproduzir e reconhecer os sons de animais a fim de estimular a percepção auditiva e interpretação. Expressão Corporal: Conhecer formas de expressão corporal, brincadeiras para identificar e explorar espaços teatrais cênicos, possibilidades gestuais e de movimento no espaço; Realizar dinâmicas corporais, por exemplo, brincadeiras de mão e espelho, para proporcionar a integração entre os educandos. Linguagem: Música Conteúdos Estruturantes Altura Objetivo geral: Levar o educando a perceber a frequência e a velocidade do som Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Fontes Sonoras: agudo Perceber os sons que estão em e grave ambientes como rua, casa, escola ou parque para identificar os sons graves e agudos. Conhecer as propriedades dos sons 165 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL para percepção auditiva dos sons graves e agudos, por meio da audição e manuseio de objetos sonoros ou instrumentos musicais. agudos e graves no manuseio de materiais diversos e/ ou objetos a fim de identificá-los. Conhecer a altura dos sons dos instrumentos musicais, para que se perceba o grave e agudo após o seu manuseio ou apreciação auditiva de músicas com o toque de cada instrumento. Tempo: longo, médio Manipular diferentes instrumentos ou curto musicais para perceber o tempo que o som executado soa; Duração Objetivo geral: Levar o educando a perceber o tempo de produção do Som e silêncio som, se é mais breve ou mais longo, por meio do canto ou manuseio de objetos sonoros ou instrumentos musicais. Som da voz Timbre Objetivo geral: Levar o educando a distinguir sons da mesma frequência produzidos por diferentes fontes sonoras. Intensidade Objetivo geral: Levar o educando a perceber o volume do som, se ele é mais forte ou mais fraco, por Sons e ruídos Sons: forte ou fraco Exercitar o instrumento vocal para que se percebam sons com a duração longa, média e curta; Perceber o silêncio como parte integrante da música identificando a pausa (o silêncio) diferenciando-a dos sons. Conhecer os diversos tipos de vozes para que se percebam diferentes timbres: pessoas falando, tossindo, assobiando e ou gritando; Identificar sons e ruídos produzidos por: animais, carros buzinando, papel amassado, molho de chave; Perceber os sons dos timbres e ruídos dos diferentes ambientes: rua, casa, escola, igreja, comércio a fim de diferenciá-los; Perceber os diversos sons vocais fortes ou fracos para que o ouvido seja treinado; Desenvolver atividades auditivas para que se perceba se o som mais forte ou mais fraco está perto ou longe do 166 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL meio da escuta, do manuseio dos instrumentos e do uso da voz. Densidade Objetivo geral: Levar o educando a compreender a propriedade ou característica do som por meio do manuseio de materiais diversos ou por meio da escuta de um ou mais sons tocados ou cantados simultaneamente. Movimento Corporal Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e suas linguagens como um meio de comunicação, de transformação social, de integração ao grupo, de conhecimento de seu próprio corpo e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática do elemento formal educando; Sons simultâneos. Apreciar a escuta de sons e realizar a escrita dos mesmos. Identificar o toque de um único instrumento seja de percussão ou melódico, para que se perceba o som menos denso; Conhecer as famílias dos instrumentos musicais: cordas, madeiras, sopros e percussão a fim de reconhecê-los na orquestra, na banda, em conjuntos musicais; Conhecer a diversidade do repertório musical brasileiro para que se perceba a quantidade de músicos e instrumentos que os compõe. Linguagem: Dança Corpo humano Reconhecer os diferentes tecidos que constituem o corpo (pele, músculo e ossos) e suas funções (proteção, movimentos e estrutura); Observar e analisar as características corporais individuais: a forma, o volume e o peso. 167 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL da dança: movimento corporal. Tempo Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e suas linguagens como um meio de comunicação, de transformação e integração social, de conhecimento de seu próprio corpo e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática do elemento formal da dança: tempo. Ritmo Espaço Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e suas linguagens como um meio de comunicação, de transformação social, de integração ao grupo, de conhecimento de seu próprio corpo e de acesso à cultura, por meio Reconhecimento espacial Experimentar na movimentação considerando as mudanças de velocidade, de tempo, de ritmo, e o desenho do corpo no espaço; Improvisar e movimentos. criar sequências de Reconhecer os apoios do corpo explorando-os nos planos (os próximos ao piso até a posição de pé); Observar e experimentar as relações entre peso corporal e equilíbrio. 168 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL do trabalho de apreciação, conhecimento e prática do elemento formal da dança: espaço. 169 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ARTE 2° ANO EIXOS: ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS Linguagem: Artes Visuais Conteúdos Estruturantes Linha Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e suas linguagens, como um meio de comunicação, de transformação social e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática do elemento formal das artes visuais: linha. Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Linha: quebrada, Apreciar obras artísticas, por exemplo, sinuosa, espiral do estilo rococó, pinturas, arquitetura, observando os diversos tipos de linhas quebradas, sinuosas em espiral, como nas Iluminuras, com intuito de compreender como em cada época a escrita tinha um formato diferente, com o uso de linhas diferentes, relacionando com as diversas épocas; Conhecer diversos tipos de escrita, observando a variação das linhas utilizadas, como por exemplo, o alfabeto criado por Leonardo da Vinci, os hieróglifos egípcios, escrita chinesa, a fim de perceber como a escrita está relacionada com a história de cada povo, com a época e costumes, relacionando com a escrita que utilizamos hoje; Observar fotografias de carros de várias épocas, justificando como em alguns predominam as linhas retas em seu design, e em outros as linhas quebradas e sinuosas, procurando perceber como a variação no uso de tipos de linhas, nas construções dos objetos, automóveis, está relacionada com cada época; Compreender a diferenciação dos tipos de linhas, o que define uma linha quebrada e uma linha sinuosa, onde as encontramos na natureza, no cotidiano e 170 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL na arte, com a finalidade de estabelecer relações entre as representações artísticas e o meio onde vivemos; Plano Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e suas linguagens, como um meio de comunicação, de transformação social e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática do elemento formal das artes visuais: plano. Cor Objetivo geral: Produzir composições utilizando linhas quebradas e sinuosas, para materializar os conhecimentos adquiridos e estabelecer as suas próprias relações entre o seu meio e a representação artística. Plano: losango, Apreciar produções artísticas indígenas, paralelogramo como a decoração, pintura corporal e cerâmica, por exemplo, Marajoara, Santarém, Kadiwéu, observando a presença das formas geométricas losangos e paralelogramo, a fim de estabelecer relações entre as representações artísticas, o meio, cultura e época em que foram produzidas; Conhecer as características das formas geométricas, losango e paralelogramo, para compreender as características de cada forma geométrica e relacioná-las com o meio onde vivemos; Conhecer sobre a história do grafismo indígena e sobre o uso de formas geométricas em suas composições artísticas, a fim de perceber as relações entre as produções indígenas e o nosso cotidiano; Produzir grafismos geométricos baseados nas características indígenas, e utilizá-los, por exemplo, na decoração de cadernos, roupas, mural, cartazes e cestaria, para materializar os conhecimentos adquiridos e estabelecer as suas próprias relações entre o seu meio e a representação artística. Cor: terciária, quentes Observar em experimentações com e frias tinta, a formação das cores terciárias, 171 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Levar o educando com intuito de relacioná-las com as a compreender a cores encontradas no cotidiano; importância da Compreender as características das arte e suas cores quentes e frias, para perceber a linguagens, como relação da temperatura com a um meio de classificação das mesmas; comunicação, de transformação Produzir composições utilizando cores social e de acesso à terciárias, quentes e frias, a fim de cultura, por meio perceber as diferenças estéticas obtidas, do trabalho de relacionando com a composição de cores apreciação, que encontramos em nosso cotidiano. conhecimento e prática do elemento formal das artes visuais: cor. Textura Textura: lisa, áspera Observar na natureza, em expressões Objetivo geral: artísticas, como por exemplo, a Levar o educando fotografia, pintura, arquitetura e a compreender a decoração, o uso de elementos que importância da representem a textura, seja por meio do arte e suas visual ou tátil, como grafiatos de linguagens, como parede, troncos de árvores, papéis e um meio de tecidos, a fim de experimentar as comunicação, de diferentes texturas, relacionando com as transformação texturas que encontramos na natureza e social e de acesso à no cotidiano; cultura, por meio do trabalho de Produzir composições utilizando apreciação, diferentes texturas, com a finalidade de conhecimento e de materializar os conhecimentos prática do adquiridos e estabelecer as suas elemento formal próprias relações entre o seu meio e a das artes visuais: representação artística. textura. Linguagem: Teatro Conteúdos Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Estruturantes Texto Peça: leitura e contação Conhecer o que é uma peça para Objetivo geral: identificar suas características de levar o educando a começo, meio e fim, a fim de que compreender o perceba a ordem dos eventos em uma 172 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL teatro em suas dimensões estéticas, históricas, sociais como também, conhecer temas variados para apreciação, contação e interpretação de diversos gêneros teatrais. Interpretação Objetivo geral: Levar o educando a conhecer e interpretar os diversos personagens do texto teatral e compreender os diferentes papéis sociais (em relação aos gêneros masculino e feminino). Ação Objetivo geral: Levar o educando a compartilhar descobertas, ideias, sentimentos, atitudes, pontos de vista, empregar vocabulário apropriado para apreciação e caracterização do próprio trabalho. Espaço história; Construir textos coletivos baseados em leituras de paradidáticos e/ou de criação, para habituar-se às características dos textos teatrais. Personagem: representação bonecos caracterização Identificar tipos de personagens a fim de de criar, construir e interpretá-los; e Identificar as características de cada personagem e interpretar ações do cotidiano relacionadas a essas características, com o intuito de observar e relacionar as particularidades do personagem com sua interpretação. Expressão Vocal: sons Conhecer os diversos tipos de sons vocais e técnica vocal vocais, para desenvolver adequadamente as diversas possibilidades vocais. Expressão Corporal: Conhecer formas de expressão corporal, 173 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Objetivo geral: Levar o educando por meio de brincadeira ou jogos teatrais a familiarizar-se com a linguagem do palco e com os desafios da presença em cena. Aprendendo a distinguir concepções de direção, estilos e interpretações, cenografia, figurinos, sonoplastia e iluminação. brincadeiras teatrais para identificar e explorar espaços cênicos e as possibilidades gestuais e de movimento no espaço; Realizar dinâmicas corporais, por exemplo, brincadeiras de mãos e pés, para proporcionar a integração entre os educandos. Linguagem: Música Conteúdos Estruturantes Altura Objetivo geral: Levar o educando a perceber a frequência e a velocidade da vibração sonora para percepção auditiva dos graves e agudos, por meio da audição e do manuseio de objetos sonoros ou instrumentos musicais. Duração Objetivo geral: Levar o educando Conteúdos Específicos Fontes sonoras: Objetos sonoros Objetivos Específicos Perceber os sons dos objetos sonoros para identificar os sons graves e agudos; Identificar as propriedades dos sons agudos e graves de materiais como plásticos, madeira, metal, papel para sensibilização sonora; Manipular os diferentes instrumentos musicais, tais como: teclado, flauta, violão, bandinha rítmica para exercício auditivo de grave e agudo. Tempo: longo, médio Perceber as diferentes durações dos sons ou curto; som e para o trabalho vocal e instrumental; silêncio 174 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL a perceber o tempo de produção do som, se é mais breve ou mais longo, por meio do canto ou manuseio de objetos sonoros ou instrumentos musicais. Timbre Objetivo Geral: Levar o educando a distinguir se sons da mesma frequência foram produzidos por fontes sonoras conhecidas permitindo-nos diferenciá-las. Intensidade Objetivo geral: Levar o educando a perceber o volume do som, se ele é mais forte ou mais fraco, por meio da escuta, do manuseio dos instrumentos e do uso da voz. Densidade Objetivo geral: Levar o educando a compreender a propriedade ou característica do som por meio do manuseio com Exercitar o instrumento vocal para que se treinem sons com a duração longa, média e curta; Perceber o silêncio como parte integrante da música para que se perceba a pausa (o silêncio), diferenciando-a dos sons. Dinâmica sonora: sons Conhecer os diversos tipos de vozes e ruídos para que se percebam diferentes timbres de pessoas falando; Identificar sons e ruídos tais como: brinquedos eletrônicos, carros buzinando, papel amassado, molho de chave; Perceber os sons dos timbres e ruídos dos diferentes ambientes: igreja, supermercado, shopping, boliche. Sons: Forte ou fraco Desenvolver atividades auditivas para que se perceba se o som mais forte ou mais fraco está perto ou longe do educando; Perceber sons p(piano), pp(pianíssimo), mf (meio-forte), f(forte) e ff (fortíssimo) para o trabalho de dinâmica vocal e instrumental; Sons simultâneos Exercitar o instrumento vocal para a formação de Coral. Identificar o toque de um único instrumento seja de percussão ou melódico, para que se perceba o som menos denso; Conhecer as famílias dos instrumentos musicais: cordas, sopros e percussão a fim de reconhecê-los na orquestra, na 175 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL materiais diversos ou por meio da escuta de um ou mais sons tocados ou cantados simultaneamente. Movimento Corporal Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e suas linguagens como um meio de comunicação, de transformação social, de integração ao grupo, de conhecimento de seu próprio corpo e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática do elemento formal da dança: o movimento corporal. Tempo Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e suas linguagens como um meio de comunicação, de transformação banda ou em conjuntos musicais; Conhecer a diversidade do repertório musical brasileiro para que se perceba a quantidade de músicos que compõem o grupo musical. Linguagem: Dança Corpo humano Reconhecer os diferentes tecidos que constituem o corpo (pele, músculo e ossos) e suas funções (proteção, movimentos e estrutura); Observar e analisar as características corporais individuais: a forma, o volume e o peso; Reconhecer e identificar as qualidades de movimento, observando os outros educandos, aceitando a natureza e o desempenho motriz de cada um; Selecionar gestos e movimentos observados em dança, imitando, recriando, mantendo suas características individuais. Ritmo Experimentar a movimentação, considerando as mudanças de velocidade, de tempo, de ritmo, e o desenho do corpo no espaço; Improvisar e movimentos; criar sequências de Criar movimentos em duplas ou grupos opondo qualidades de movimento (leve 176 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL social, de integração ao grupo, de conhecimento de seu próprio corpo e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática do elemento formal da dança: tempo. Espaço Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e suas linguagens como um meio de comunicação, de transformação social, de integração ao grupo, de conhecimento de seu próprio corpo e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática do elemento formal da dança: espaço. e pesado, rápido e lento, direto e sinuoso, alto e baixo). Reconhecimento espacial Reconhecer os apoios do corpo explorando-os nos planos (os próximos ao piso até a posição de pé); Observar e experimentar as relações entre peso corporal e equilíbrio; Experimentar e pesquisar as diversas formas de locomoção, deslocamento e orientação no espaço (caminhos, direções e planos). 177 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ARTE 3° ANO EIXOS: ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS Linguagem: Artes Visuais Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Linhas na composição: Observar onde se encontram linhas na movimento natureza e nas produções artísticas, como a linha do horizonte, por exemplo. O objetivo é perceber as relações entre a produção artística e a natureza; Linha Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e de suas linguagens como um meio de comunicação, de transformação social e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática do elemento formal das artes visuais: linha. Conhecer e reconhecer a linha do horizonte em obras como Edward Munch (O Sol) e J. M.W. Turner (Amanhecer depois do Naufrágio), para compreender como é representada a linha do horizonte nas produções artísticas, relacionando com a presença da linha do horizonte na natureza; Entender a importância da linha do horizonte na representação de paisagens, como uma linha de divisão de planos, a fim de perceber e demonstrar a separação do céu e terra; Produzir composições utilizando como base a linha do horizonte, a fim de materializar os conhecimentos adquiridos e estabelecer as suas próprias relações entre o seu meio e a representação artística; Analisar obras onde facilmente se reconheça a presença das linhas criando ilusão de movimento, como, a xilogravura: Céu Vermelho de Oswaldo Goeldi, procurando perceber como as posições das linhas nas representações 178 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL criam a ilusão de movimento, relacionando com o movimento observado nos objetos, no ser humano e na natureza; Planos Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e suas linguagens, como um meio de comunicação, de transformação social e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática do elemento formal das artes visuais: plano. Cor Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e suas Planos: malhas geométricas (quadriculadas e fractais*) Criar composições onde as imagens pareçam estar em movimento, a fim de materializar os conhecimentos adquiridos e estabelecer as suas próprias relações entre o seu meio e a representação artística. Conhecer as características das malhas geométricas, e reconhecer as formas geométricas que as constituem, a fim de perceber os padrões presentes, e relacionar esses padrões com os encontrados em, por exemplo, calçadas, tapetes de retalhos, pisos em geral e tecidos; * As malhas fractais citadas, se referem a malhas fractais encontradas já prontas, em livros didáticos e Observar obras de arte tecnológicas, em meios digitais como, Expansão, de Victor Vasarely e como a internet Cataract III, de Bridget Riley, reconhecendo nelas os padrões das malhas geométricas criadas, e, relacionando-as com as obras populares observadas anteriormente, como os tapetes populares a fim de estabelecer relações entre a arte popular e a arte tecnológica; Produzir composições utilizando malhas geométricas e fractais, a fim de materializar os conhecimentos adquiridos e estabelecer as suas próprias relações entre o seu meio e a representação artística. Cor: tonalidade, Conhecer o que é monocromia das monocromia e matiz cores, tonalidades e matiz, por meio de experimentações, a fim de relacionar com as cores observadas na natureza e no cotidiano; 179 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL linguagens, como um meio de comunicação, de transformação social e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática do elemento formal das artes visuais: cor. Produzir composições que utilizem somente as matizes das cores, para materializar os conhecimentos adquiridos e estabelecer as suas próprias relações entre o seu meio e a representação artística; Observar nos vestuários e nas decorações arquitetônicas, a presença da monocromia das cores e dos matizes, para perceber onde se encontram no cotidiano as variações do uso das cores. Imagem: forma Imagem Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e de suas linguagens, como um meio de comunicação, de transformação social e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, de conhecimento e de prática do objeto de estudo das artes visuais: imagem. Conteúdos Estruturantes Texto Objetivo geral: Observar o uso de ícones em diversas fontes, por exemplo, logomarcas, placas, informativos, web-ícones, a fim de perceber qual é a função e quais são as informações representadas por eles; Entender qual a importância do uso de ícones na comunicação visual, para que o educando entenda que a comunicação pode ser realizada também por meio de imagens; Conhecer e analisar como são formadas as imagens dos ícones, as relações entre a sua forma e a sua finalidade, a fim de que perceba como o uso de ícones é importante no nosso cotidiano; Criar ícones de diversas formas e com vários objetivos, por exemplo, informativos e logomarcas, para materializar os conhecimentos adquiridos e estabelecer as suas próprias relações entre o seu meio e a representação artística. Linguagem: Teatro Conteúdos Específicos Peça: leitura e criação Objetivos Específicos Conhecer o que é uma peça para identificar suas características de 180 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Levar o educando a compreender o teatro em suas dimensões estéticas, históricas, sociais como também, conhecer temas variados para apreciação, contação e interpretação de diversos gêneros teatrais. Interpretação Objetivo Geral: Levar o educando a compartilhar descobertas, ideias, sentimentos, atitudes, pontos de vista, empregar vocabulário apropriado para apreciação e caracterização do próprio trabalho. Ação Objetivo Geral: Levar o educando a compartilhar descobertas, ideias, sentimentos, atitudes, pontos de vista, empregar vocabulário apropriado para apreciação e caracterização do próprio trabalho. Espaço começo, meio e fim, a fim de que perceba a ordem dos eventos em uma história; Construir textos coletivos baseados em leituras de paradidáticos e/ou de criação, para habituar-se às características dos textos teatrais. Personagem: sombras, Identificar tipos de personagens, a fim caracterização de criar, interpretar e construí-los; Conhecer a origem do teatro de sombras, suas técnicas e características a fim de trabalhar com uma fonte luminosa para sua execução. Expressão vocal: sons Conhecer os diversos tipos de sons vocais vocais, para desenvolver adequadamente as diversas possibilidades vocais; Exercitar técnicas de aquecimento e desaquecimento vocal, para o bom uso do instrumento vocal. Expressão Corporal: Conhecer formas de expressão corporal, 181 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Objetivo Geral: Levar o educando por meio de brincadeira ou jogos teatrais a familiarizar-se com a linguagem do palco e com os desafios da presença em cena, aprendendo a distinguir concepções de direção, estilos e interpretações, cenografia, figurinos, sonoplastia e iluminação. jogos teatrais para identificar e explorar espaços cênicos, assim como conhecer as possibilidades corporais e de movimentos no espaço; Ser capaz de improvisar, para desenvolver potencialidades artísticocriativas. Linguagem: Música Conteúdos Estruturantes Altura Objetivo geral: Levar o educando a perceber a frequência do som, a velocidade da vibração sonora para percepção auditiva dos sons graves e agudos, por meio da audição e manuseio de objetos sonoros ou de instrumentos musicais. Duração Objetivo geral: Levar o educando a perceber o tempo Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Fontes sonoras: Perceber os sons das famílias dos instrumentos rítmicos diferentes instrumentos rítmicos para identificar os sons graves e agudos; Identificar as propriedades dos sons agudos e graves dos instrumentos musicais sonoros; Manipular os diferentes instrumentos musicais, tais como: teclado, flauta, violão, bandinha rítmica para exercício auditivo de grave e agudo. Tempo: longo, médio Perceber os sons e suas durações para ou curto; som e que se identifique a direção da fonte silêncio sonora; 182 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL de produção do som se é mais breve ou mais longo por meio do canto ou manuseio de objetos sonoros ou instrumentos musicais. Timbre Objetivo geral: Levar o educando a distinguir se sons da mesma frequência foram produzidos por fontes sonoras conhecidas nos permitindo diferenciá-las. Exercitar o instrumento vocal para que se treinem sons com a duração longa, média e curta; Perceber o silêncio como parte integrante da música para que se perceba a pausa, o silêncio diferenciando dos sons. Dinâmica sonora: Reconhecer os diversos sons da sala de exercícios auditivos aula para que se registre com desenhos sua escuta; Apreciar gravações de graves e agudos para exercitar a audição; Desenvolver a escrita sonora dos sons executados em sala para fixação dos mesmos. Sons: Forte ou fraco Intensidade Objetivo geral: Levar o educando a perceber o volume do som , se ele é mais forte ou mais fraco, por meio da escuta, do manuseio dos instrumentos e do uso da voz. Densidade Objetivo geral: Levar o educando a compreender a propriedade ou característica do Desenvolver atividades auditivas para que se perceba se o som mais forte ou mais fraco está perto ou longe do educando; Perceber sons p(piano), pp(pianíssimo), mf (meio-forte), f(forte) e ff (fortíssimo)para o trabalho de dinâmica vocal e instrumental; Exercitar o instrumento vocal identificando os sons e suas qualidades, para a formação de Coral; Sons simultâneos Fazer leitura da escrita musical para que se entenda a representação das sete notas musicais. Identificar o toque de um único instrumento seja de percussão ou melódico, para que se perceba o som menos denso; Conhecer as famílias dos instrumentos 183 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL som por meio do manuseio com materiais diversos ou por meio da escuta de um ou mais sons tocados ou cantados simultaneamente. musicais: cordas, sopros e percussão a fim de reconhecê-los na orquestra, na banda, ou em grupos de câmara; Conhecer a diversidade do repertório musical brasileiro para que identifiquese os músicos que compõem o grupo; Conhecer estilos de música diferenciados para desenvolver o senso rítmico. Movimento Corporal Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e suas linguagens como um meio de comunicação, de transformação social, de integração ao grupo, de conhecimento de seu próprio corpo e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática do elemento formal da dança: movimento corporal. Tempo Objetivo geral: Levar o educando a compreender a Linguagem: Dança Corpo humano, dança Reconhecer os diferentes tecidos que como comunicação constituem o corpo (pele, músculo e ossos) e suas funções (proteção, movimentos e estrutura); Observar e analisar as características corporais individuais: a forma, o volume e o peso; Reconhecer e identificar as qualidades de movimento, observando os outros educandos, aceitando a natureza e o desempenho motriz de cada um; Selecionar gestos e movimentos observados em dança, imitando, recriando, mantendo suas características individuais; Integrar e comunicar-se com os outros por meio de gestos e dos movimentos; Ritmo, coreografia Reconhecer e distinguir as diversas modalidades de movimento e suas combinações como são apresentadas nos vários estilos de dança. Experimentar na movimentação, considerando as mudanças de velocidade, de tempo, de ritmo, e o desenho do corpo no espaço; 184 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL importância da arte e suas linguagens como um meio de comunicação, de transformação social, de integração ao grupo, de conhecimento de seu próprio corpo e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática do elemento formal da dança: tempo. Espaço Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e suas linguagens como um meio de comunicação, de transformação social, de integração ao grupo, de conhecimento de seu próprio corpo e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática do elemento formal da dança: espaço. Improvisar e movimentos; criar sequências de Criar movimentos em duplas ou grupos opondo qualidades de movimento (leve e pesado, rápido e lento, direto e sinuoso, alto e baixo); Selecionar e organizar movimentos para a criação de pequenas coreografias; Identificar e reconhecer a dança e suas concepções estéticas nas diversas culturas, considerando as criações regionais, nacionais e internacionais. Reconhecimento espacial, técnicas Reconhecer os apoios do corpo explorando-os nos planos (os próximos ao piso até a posição de pé); Observar e experimentar as relações entre peso corporal e equilíbrio; Experimentar e pesquisar as diversas formas de locomoção, deslocamento e orientação no espaço (caminhos, direções e planos); Reconhecer e desenvolver a expressão em dança; Observar e reconhecer os movimentos dos corpos presentes no meio circundante, distinguindo as qualidades de movimento e as combinações das características individuais. 185 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ARTE 4° ANO EIXOS: ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS Linguagem: Artes Visuais Conteúdos Estruturantes Linhas Planos Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e de suas linguagens, como um meio de comunicação, de transformação social e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática dos elementos de análise da composição da imagem. Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Linhas e planos nas composições: ritmo, esquerda, direita, superior e inferior; horizontal, vertical, linha da terra, linha do horizonte, ponto de vista Conhecer como as linhas são utilizadas na criação artística, a fim de entender como a posição das linhas estabelecem o ritmo, os planos, as posições, a forma e o movimento nas produções, buscando representar as imagens da natureza e do cotidiano; Observar obras, como Noite Estrelada, de Van Gogh, percebendo como as linhas onduladas dão a sensação de ritmo e movimento, procurando perceber qual a relação da obra, e suas características, com o que acontece no céu estrelado durante a noite; Observar na natureza a presença de diversos planos de visão, e entender como é realizada a representação desses planos em desenhos, pinturas e em outras formas bidimensionais, a fim de perceber as diferenças entre aquilo que se vê e aquilo que representamos; Aprender as relações da representação do espaço em duas dimensões, como os planos, distância, tamanho, ponto de vista, para compreender que quando representamos o espaço com suas três dimensões em bases bidimensionais, como o papel, as imagens sofrem alterações e tomam características específicas; 186 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Observar fotografias que apresentem o mesmo objeto de diversos pontos de vista, percebendo a diferença da representação e das características do objeto, como a noção de tamanho e distância, para compreender que as formas da natureza e do nosso cotidiano, se alteram de acordo com o ponto de vista que são observadas; Apreciar pinturas, como, Marinha ao Entardecer, de Giovanni Fattori e Três Bandeiras, de Jasper Johns, analisando os planos das composições, a linha da terra e a linha do horizonte, assim como também obras, como Futebol, de Candido Portinari, e o Bananal, de Lasar Segall, analisando as características e diferenças de representação de planos, como a mudança da cor e tamanho, para perceber que em cada plano de representação, as cores e os tamanhos das imagens se alteram, buscando representar a realidade daquilo que vemos; Cor Cor: luz e sombra Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e suas linguagens, como um meio de comunicação, de transformação social e de acesso à Produzir composições utilizando dos elementos aprendidos a fim de materializar os conhecimentos adquiridos e estabelecer suas próprias relações entre o seu meio e a representação artística. Compreender como são representadas luz e sombra nas cores, e os efeitos de profundidade que essas representações proporcionam, para entender que existem várias maneiras de representar a tridimensionalidade em bases dimensionais; Observar na natureza, no cotidiano e em obras, Meninos soltando Papagaio, de Candido Portinari, verificando os efeitos 187 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática do elemento de composição da imagem: cor. Imagem Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e suas linguagens, como um meio de comunicação, de transformação social e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática do objeto de estudo das artes visuais: imagem. Formas geométricas espaciais Objetivo geral: Levar o educando a compreender a de luz e sombra, a fim de perceber como a variação dos tons das cores, mais claras ou mais escuras, alteram a impressão de tamanho e posição dos elementos; Produzir composições utilizando os conceitos do uso de luz e de sombra, a fim de materializar os conhecimentos adquiridos e estabelecer as suas próprias relações entre o seu meio e a representação artística. Imagem: crianças na Apreciar obras que apresentem a arte temática: crianças na arte, para os educandos estabelecerem relações entre as diversas culturas que outras crianças vivenciam ou vivenciaram, e a sua realidade; Conhecer brincadeiras presentes em várias produções artísticas, como, Brincadeira de criança, de Peter Brugel, Telefone de lata e Várias Brincadeiras, de Ivan Cruz, e Futebol, de Candido Portinari, a fim de conhecer várias formas de diversão em épocas diferentes, e relacioná-las com as brincadeiras da atualidade; Formas geométricas espaciais: prismas, pirâmides, cilindro, cone, esfera; malhas geométricas (isométricas) Produzir composições usando os conceitos matemáticos aprendidos durante o ano: crianças na arte, a fim de materializar os conhecimentos adquiridos e estabelecer as suas próprias relações entre o seu meio e a representação artística. Conhecer as características das formas geométricas espaciais, para relacioná-las com as formas geométricas planas aprendidas, estabelecendo paralelos entre elas; Reconhecer na natureza, no cotidiano e 188 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL importância da arte e suas linguagens, como um meio de comunicação, de transformação social e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática dos elementos geométricos tridimensionais. Conteúdos Estruturantes Texto Objetivo geral: Levar o educando a compreender o teatro em suas dimensões estéticas, históricas e sociais, além de conhecer temas variados para apreciação, contação e interpretação de diversos gêneros teatrais. Interpretação Objetivo geral: Levar o educando a compartilhar em obras artísticas, objetos que apresentem as formas geométricas espaciais estudadas, com a finalidade de relacionar a geometria ao ambiente em que se vive e às produções artísticas; Produzir composições usando os conceitos das formas geométricas espaciais, com intuito de materializar os conhecimentos adquiridos e estabelecer as suas próprias relações entre o seu meio e a representação artística; Construir em malhas isométricas, a representação de formas geométricas espaciais, procurando perceber as características que as constituem, relacionando-as com as formas geométricas espaciais presentes na natureza e no cotidiano. Linguagem: Teatro Conteúdos Específicos Peça: leitura e criação Objetivos Específicos Apreciar peças de teatro, para identificar suas fontes históricas e suas características; Construir textos baseados em leituras de paradidáticos e/ou de criação, para habituar-se às características do texto teatral. Personagem: máscaras Identificar tipos de personagens, a fim e caracterização de criar, construir e interpretá-los; Ler e interpretar imagens de diferentes 189 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL descobertas, ideias, sentimentos, atitudes, pontos de vista, empregar vocabulário apropriado para apreciação e caracterização do próprio trabalho. máscaras história; para contextualizá-las na Conhecer a origem do teatro de máscaras e confeccioná-las identificando características a fim de usá-las em interpretações; Identificar situações do cotidiano, a fim de trabalhar a representação das mesmas. Ação Objetivo geral: Levar o educando por meio de brincadeira ou jogos teatrais a familiarizar-se com a linguagem do palco e com os desafios da presença em cena, aprendendo a distinguir concepções de direção, estilos e interpretações, cenografia, figurinos, sonoplastia e iluminação. Expressão Vocal: sons Exercitar sons vocais, para desenvolver vocais suas articulações; Espaço Objetivo geral: Levar o educando por meio de brincadeira ou jogos teatrais a familiarizar-se com a linguagem do palco e com os desafios da Expressão Corporal: Conhecer formas de expressão corporal, Jogos teatrais para identificar e explorar espaços cênicos, assim como conhecer as possibilidades corporais e de movimentos no espaço; Exercitar técnicas de aquecimento e desaquecimento vocal, para o bom uso do instrumento vocal. Desenvolver regras para jogos de representação, a fim de incentivar a observação, atenção e improvisação. 190 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL presença em cena, aprendendo a distinguir concepções de direção, estilos e interpretações, cenografia, figurinos, sonoplastia e iluminação. Linguagem: Música Conteúdos Estruturantes Altura Objetivo geral: Levar o educando a perceber a frequência do som, a velocidade da vibração sonora para percepção auditiva dos sons graves e agudos, por meio da audição e manuseio de objetos sonoros ou instrumentos musicais. Duração Objetivo geral: Levar o educando a perceber o tempo de produção do som se é mais breve ou mais longo por meio do canto ou manuseio de objetos sonoros ou Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Fontes sonoras: Conhecer a escala musical (notas dó-réinstrumentos musicais mi-fa-sol-lá-si), a fim de exercitar o instrumento vocal; Trabalhar técnica vocal para emitir os sons das notas musicais com clareza; Perceber os sons das famílias dos diferentes instrumentos musicais para identificar os sons graves e agudos; Identificar as propriedades dos sons agudos e graves dos instrumentos musicais sonoros; Manipular os diferentes instrumentos musicais, tais como: teclado, flauta, violão, bandinha rítmica para exercício auditivo de grave e agudo. Tempo: longo, médio Perceber os sons e suas durações para ou curto que se identifique a direção da fonte sonora; Exercitar o instrumento vocal para que se treinem sons com longa, média e curta duração; Perceber o som como parte integrante dos ambientes sonoros; 191 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL instrumentos musicais. Timbre Objetivo geral: Levar o educando a distinguir se sons da mesma frequência foram produzidos por fontes sonoras conhecidas nos permitindo diferenciá-las. Fazer com o corpo ou objetos, jogos de ritmos para o desenvolvimento motor; Dinâmica instrumentos orquestra Trabalhar técnica vocal para emitir sons (notas musicais) com clareza. sonora: Conhecer os diversos tipos de de instrumentos de orquestra para que se percebam diferentes timbres; Identificar sons das famílias de metais, madeiras, sopros e cordas para percepção sonora da escuta em orquestra; Sons: forte ou fraco Intensidade Objetivo geral: Levar o educando a perceber o volume do som, se ele é mais forte ou mais fraco, por meio da escuta, do manuseio dos instrumentos e do uso da voz. Perceber por meio da escuta de músicas instrumentais a dinâmica sonora para acuidade auditiva. Desenvolver atividades auditivas para que se perceba se o som mais forte ou mais fraco está perto ou longe do educando; Perceber sons p(piano), pp(pianíssimo), mf(meio-forte), f(forte) e ff (fortíssimo)para o trabalho de dinâmica vocal e Sons dos instrumentos instrumental; musicais: melódicos Exercitar a flauta doce como instrumento melódico para desenvolver a acuidade musical; Fazer leitura e escrita de músicas para que se entenda a representação das sete notas musicais; Produzir instrumentos musicais para o manuseio em sala. Densidade Objetivo geral: Levar o educando a compreender a propriedade ou a Sons simultâneos: Identificar o toque de um único percussão com copos e instrumento seja de percussão ou latas melódico, para que se perceba o som menos denso; 192 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL característica do som por meio do manuseio com materiais diversos ou por meio da escuta de um ou de mais sons tocados ou cantados simultaneamente. Conhecer as famílias dos instrumentos musicais: cordas, madeiras, sopros e percussão a fim de reconhecê-los na orquestra, na banda, em conjunto; Conhecer a diversidade do repertório musical brasileiro para que se perceba a quantidade de músicos que compõem a música tocada; Apreciar estilos de música diferenciados para desenvolver o senso rítmico; Desenvolver habilidades rítmicas com brincadeiras de copos e latas. Movimento Corporal Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e de suas linguagens como um meio de comunicação, de transformação social, de integração ao grupo, de conhecimento de seu próprio corpo e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática do elemento formal da dança: movimento corporal. Linguagem: Dança Corpo humano, dança Reconhecer e identificar as qualidades como comunicação e de movimento, observando os outros expressão cultural educandos, aceitando a natureza e o desempenho motriz de cada um; Selecionar gestos e movimentos observados em dança, imitando, recriando e mantendo suas características individuais; Integrar e comunicar-se com os outros por meio de gestos e de movimentos; Reconhecer e distinguir as diversas modalidades de movimento e suas combinações como são apresentadas nos vários estilos de dança; Identificar os produtores em dança como agentes sociais em diferentes épocas e culturas. 193 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Tempo Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e suas linguagens como um meio de comunicação, de transformação social, de integração ao grupo, de conhecimento de seu próprio corpo e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática do elemento formal da dança: tempo; Espaço Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e suas linguagens como um meio de comunicação, de transformação social, de integração ao grupo, de conhecimento de seu próprio corpo e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e Ritmo, coreografia Experimentar na movimentação considerando as mudanças de velocidade, de tempo, de ritmo, e o desenho do corpo no espaço; Improvisar e movimentos; criar sequências de Criar movimentos em duplas ou grupos opondo qualidades de movimento (leve e pesado, rápido e lento, direto e sinuoso, alto e baixo); Selecionar e organizar movimentos para a criação de pequenas coreografias; Identificar e reconhecer a dança e suas concepções estéticas nas diversas culturas, considerando as criações regionais, nacionais e internacionais. Reconhecimento espacial, técnicas Reconhecer os apoios do corpo explorando-os nos planos (os próximos ao piso até a posição de pé); Observar e experimentar as relações entre peso corporal e equilíbrio; Experimentar e pesquisar as diversas formas de locomoção, deslocamento e orientação no espaço (caminhos, direções e planos); Reconhecer e desenvolver a expressão em dança; Observar e reconhecer os movimentos dos corpos presentes no meio circundante, distinguindo as qualidades de movimento e as combinações das características individuais. 194 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL prática do elemento formal da dança: espaço. 195 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ARTE 5° ANO EIXOS: ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS Linguagem: Artes Visuais Conteúdos Estruturantes Imagem Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e de suas linguagens, como um meio de comunicação, de transformação social e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática do objeto de estudo das artes visuais: imagem. Arte de rua Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e de suas linguagens, como um meio de comunicação, de transformação social e de acesso à Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Imagem: desenhos (história em quadrinhos e desenho animado); Conhecer as manifestações da arte, por meio dos desenhos das histórias em quadrinhos e desenhos animados, analisando sua história e características, para entender que a arte está presente em várias fontes, desmistificando que a arte é aquilo que está somente em museus; Apreciar diversas histórias em quadrinhos e desenhos animados, de várias regiões e épocas, observando as variações de temática e de características dos desenhos, procurando entender como a arte se altera juntamente com cada região e a cada época; Produzir histórias em quadrinhos, sendo tiras, gibis, e brinquedos ópticos, como por exemplo, o flipbook, para compreender o processo de criação, e, realizar suas próprias experimentações e criações. Arte de Rua: grafite, Conhecer as novas manifestações performance, artísticas que possuem a rua como local happening de exposição, por exemplo, os grafites, performances, happenings, a fim de entender e perceber que a arte está presente em vários locais; Compreender a importância das manifestações artísticas em locais variados, como as ruas, para que se perceba como a arte é um veículo de 196 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática das manifestações artísticas: arte de rua. Arte popular Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e de suas linguagens, como um meio de comunicação, de transformação social e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática das manifestações artísticas populares. Arte e tecnologias Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da comunicação e de transmissão de emoções, devido a isso deve estar em locais acessíveis a todas as pessoas; Produzir composições baseadas nas características da arte de rua, em locais alternativos, como, painéis para exposição nas ruas e na própria escola, a fim de materializar os conhecimentos adquiridos e estabelecer as suas próprias relações entre o seu meio e a representação artística; Entender a diferença entre a manifestação artística do grafite e a pichação das ruas, para compreender os limites de utilização do espaço público e privado. Arte popular: Conhecer as manifestações artísticas de manifestações sua região, para valorizar a arte regional regionais e sua importância na comunidade; Entender as relações entre as características da região com suas produções artísticas, para perceber que a arte é fruto das características culturais e sociais; Produzir composições utilizando as características regionais estudadas, a fim de materializar os conhecimentos adquiridos e estabelecer as suas próprias relações entre o seu meio e a representação artística. Arte contemporânea: comerciais, web-art, estampas, manipulação de imagens, outdoor, artdoor, revistas, Conhecer as novas manifestações artísticas que estão presentes em veículos de massa, como, televisão, internet, outdoors, artdoors, estampas de camisetas, revistas, jornais, autocolantes, para compreender como a 197 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL arte e suas jornais e autocolantes linguagens, como um meio de comunicação, de transformação social e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática das novas relações entre arte e tecnologias. Arte e profissões Arte e profissões Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e suas linguagens, como um meio de comunicação, de transformação social e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática embasados na relação entre arte e profissões. Conteúdos Estruturantes Texto Objetivo geral: Levar o educando a compreender o teatro em suas arte pode ser ampla e não algo restrito a locais específicos; Produzir composições que utilizem como base as manifestações artísticas estudadas, a fim de materializar os conhecimentos adquiridos e estabelecer as suas próprias relações entre o seu meio e a representação artística. Conhecer as profissões que utilizam a arte como base, como os artesãos, designs, arquitetos, decoradores, artistas, publicitários, artefinalistas e professores de arte, com intuito de perceber como a arte pode ser geradora de renda por estar presente em várias profissões; Entender como o conhecimento artístico é importante na sociedade criando novas profissões, para compreender as relações existentes entre a arte e a sociedade; Produzir exposições de profissões e composições, utilizando o conhecimento de cada profissão estudada, a fim de materializar os conhecimentos adquiridos e estabelecer as suas próprias relações entre o seu meio e a representação artística. Linguagem: Teatro Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Peça: leitura de textos e Apreciar peças de teatro, criação de histórias identificar suas fontes históricas; para Construir textos baseados em leituras de paradidáticos e/ou de criação, para 198 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL dimensões estéticas, históricas e sociais, além de conhecer temas variados para apreciação, contação e interpretação de diversos gêneros teatrais. Interpretação Objetivo geral: Levar o educando a compartilhar descobertas, ideias, sentimentos, atitudes, pontos de vista, empregar vocabulário apropriado para apreciação e caracterização do próprio trabalho. Ação Objetivo geral: Levar o educando por meio de brincadeira ou jogos teatrais a familiarizar-se com a linguagem do palco e com os desafios da presença em cena, aprendendo a distinguir concepções de direção, estilos e interpretações, cenografia, figurinos, conhecer as possibilidades do texto teatral e exercitar a capacidade criativa. Personagens caracterização e Identificar tipos de personagens, a fim de criar, construir e interpretá-los; Teatro Musical Conhecer a origem do teatro Musical, para identificar diferentes gêneros. Comunicação e Conhecer os sons vocais, para Expressão: sons vocais desenvolver as diversas possibilidades vocais; Exercitar técnicas de aquecimento e desaquecimento vocal, para o bom uso do instrumento vocal. 199 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL sonoplastia e iluminação. Espaço Objetivo geral: Levar o educando por meio de brincadeira ou jogos teatrais a familiarizar-se com a linguagem de palco e com os desafios da presença em cena, aprendendo a distinguir concepções de direção, estilos e interpretações, cenografia, figurinos, sonoplastia e iluminação. Expressão corporal: Conhecer formas de expressão corporal, jogos teatrais para identificar e explorar espaços cênicos; Desenvolver regras para jogos de representação, a fim de incentivar a observação e concentração; Conhecer as possibilidades gestuais, para movimentar o corpo no espaço; Improvisação Aprimorar a percepção sensorial, para desenvolver a imaginação e criatividade. Linguagem: Música Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Fontes sonoras: sons Exercitar a escala musical (notas dó-rédo Brasil e do mundo mi-fa-sol-lá-si) no pentagrama ou pauta, a fim de reconhecer e fazer leitura das notas musicais; Altura Objetivo geral: Levar o educando a perceber a frequência do som, a velocidade da vibração sonora, Famílias para percepção instrumentos auditiva dos sons graves e agudos, por meio da audição e manuseio de objetos sonoros ou instrumentos musicais. Trabalhar técnica vocal para emitir sons das notas musicais com clareza; de Reconhecer os sons das famílias (cordas, madeiras, metais e percussão) dos instrumentos musicais para identificar timbres; Identificar as propriedades dos sons agudos e graves das famílias de instrumentos musicais e objetos sonoros; 200 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Manipular os diferentes instrumentos musicais, tais como: teclado, flauta, violão, bandinha rítmica para exercício auditivo de grave e agudo; Apreciar músicas e sons do Brasil e do mundo para entendê-la como produto cultural e histórico. Tempo: longo, médio Perceber os sons e suas durações para ou curto que se identifique a direção da fonte sonora; Duração Objetivo geral: Levar o educando a perceber o tempo Ritmos do Brasil. de produção do som se é mais breve ou mais longo por meio do canto ou manuseio de objetos sonoros ou instrumentos musicais. Timbre Objetivo geral: Levar o educando a distinguir se sons da mesma frequência foram produzidos por fontes sonoras conhecidas nos permitindo diferenciá-los. Exercitar o instrumento vocal para que se treinem sons com longa, média e curta duração; Perceber o som como parte integrante dos ambientes sonoros; Fazer com o corpo ou objetos, jogos de ritmos para o desenvolvimento motor; Reconhecer ritmos brasileiros para que se percebam os estilos musicais; Trabalhar técnica vocal para emitir sons (notas musicais) com clareza. Sons vocais: Conhecer diversos tipos de Corais (Infantil, jovens e adultos) para que se Solo, Dueto, Trio, percebam diferentes timbres; Quarteto, Quinteto, Sexteto Identificar sons das vozes masculinas e femininas para desenvolver a acuidade Conjuntos musicais musical nos diversos grupos musicais; Coral Perceber por meio da escuta de músicas instrumentais e vocais a dinâmica sonora para fixar os conhecimentos sobre voz; Diferenciar os timbres para que se perceba a qualidade do som. 201 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Intensidade Objetivo geral: Levar o educando a perceber o volume do som, se ele é mais forte ou mais fraco, por meio da escuta e do manuseio dos instrumentos e da voz. Sons: Desenvolver atividades auditivas para que se perceba se o som mais forte ou mais fraco está perto ou longe do educando; Forte ou fraco; Perceber sons p(piano), pp(pianíssimo), mf (meio-forte), f(forte) e ff (fortíssimo) para o trabalho de dinâmica vocal e instrumental; Percussão corpo; com Exercitar batidas rítmicas corporais para desenvolver a coordenação motora; Fazer leitura e escrita musical para que se entenda a representação das sete notas musicais; Sons simultâneos: Densidade Objetivo geral: Levar o educando a compreender a propriedade ou característica do som por meio do manuseio com materiais diversos ou por meio da escuta de um ou mais sons tocados ou cantados simultaneamente. o Produzir instrumentos musicais para o manuseio em sala. Identificar o toque de um único instrumento seja de percussão ou melódico, para que se perceba o som menos denso; Família dos instrumentos musicais Conhecer as famílias dos instrumentos musicais: Cordas, Madeiras Metais e Percussão, a fim de reconhecer na orquestra, na banda ou em conjuntos musicais cada naipe; Percepção Ritmos Conhecer a diversidade do repertório Sonora: musical brasileiro para que se perceba a densidade da música; Apreciar estilos (Choro, Bossa nova, Baião, Sertanejo, Vanerão, Xote, Lambada, Samba e suas variantes) da música Popular Brasileira para desenvolver a percepção auditiva; Gêneros de Músicas Desenvolver habilidades rítmicas com brincadeiras de copos e latas; 202 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Conhecer a história da música de diferentes períodos para aprofundamento cultural. Movimento Corporal Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e suas linguagens como um meio de comunicação, de transformação social, de integração ao grupo, de conhecimento de seu próprio corpo e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática do elemento formal da dança: movimento corporal. Tempo Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e suas linguagens como um meio de comunicação, de transformação Apreciar a música clássica ou erudita para percepção sonora. Linguagem: Dança Corpo humano, dança Reconhecer e identificar as qualidades como comunicação e de movimento, observando os outros expressão cultural educandos, aceitando a natureza e o desempenho motriz de cada um; Selecionar gestos e movimentos observados em dança, imitando, recriando, mantendo suas características individuais; Integrar e comunicar-se com os outros por meio de gestos e dos movimentos; Reconhecer e distinguir as diversas modalidades de movimento e suas combinações como são apresentadas nos vários estilos de dança; Identificar os produtores em dança como agentes sociais em diferentes épocas e culturas. Ritmo, coreografia Experimentar na movimentação considerando as mudanças de velocidade, de tempo, de ritmo e o desenho do corpo no espaço; Improvisar e movimentos; criar sequências de Criar movimentos em duplas ou grupos opondo qualidades de movimento (leve 203 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL social, de integração ao grupo, de conhecimento de seu próprio corpo e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática do elemento formal da dança: tempo. Espaço Objetivo geral: Levar o educando a compreender a importância da arte e suas linguagens como um meio de comunicação, de transformação social, de integração ao grupo, de conhecimento de seu próprio corpo e de acesso à cultura, por meio do trabalho de apreciação, conhecimento e prática do elemento formal da dança: espaço. e pesado, rápido e lento, direto e sinuoso, alto e baixo); Selecionar e organizar movimentos para a criação de pequenas coreografias; Identificar e reconhecer a dança e suas concepções estéticas nas diversas culturas, considerando as criações regionais, nacionais e internacionais. Reconhecimento espacial, técnicas Experimentar e pesquisar as diversas formas de locomoção, deslocamento e orientação no espaço (caminhos, direções e planos); Reconhecer e desenvolver a expressão em dança; Observar e reconhecer os movimentos dos corpos presentes no meio circundante, distinguindo as qualidades de movimento e as combinações das características individuais. 204 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL REFERÊNCIAS BARBOSA, Ana Mae (Org). História da Arte-Educação. 1ª ed. São Paulo: Max, Limonad, 1986. BEN,Luciana del. Em Sintonia com a música, editora Moderna. BENNET, Roy. Como Ler uma Partitura, editora Jorge Zahar. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais- arte. Brasília, 1997. vol 6. BRITO, Teca Alencar. Música na Educação Infantil- Proposta para a Formação Integral da Criança, editora Peirópolis. COURTNEY, Richard. Jogo, Teatro & Pensamento. São Paulo: Perspectiva, 2003. DAYRELL, Juarez. A Música Entra em Cena, o Rap e o Funk na Socialização da Juventude, editora UFMG. DOURADO, Henrique Autran. Dicionário de Termos e Expressões da Música, editora 34. FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. De Tramas e Fios- Um Ensaio Sobre Música e Educação, editora UNESP. GRANJA, Carlos Eduardo de Souza. Musicalizando Conhecimento e Educação, editora Escrituras. a Escola: Música, GUINSBURG, J; COELHO NETO; CARDOSO (Orgs.). Semiologia do Teatro. Paulo Paulo: Perspectiva, 1988. JEANDOT, Nicole. Explorando o Universo da Música, editora Scipione. LOUREIRO, Alicia. O Ensino de Música na Escola Fundamental, editora Papirus. MELO, Zuza H. SEVERIANO, Jairo. A canção no Tempo ( dois volumes), editora 34. MONTANARI, Valdir. História da Música- Da Idade da Pedra à Idade do Rock, editora Ática. OSTROWER, Fayga. Universos da arte. Rio de Janeiro: Campus, 19. 205 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008. SCHAFER, R. Murray. O Ouvindo Pensante, editora Unesp. 206 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL CIÊNCIAS Anne Elise Saara Santos Carvajal Erick Rodrigo Bucioli Graziela Cristina Perez Garcia Batiston Maria Aparecida Cavalher Ferreira Mariana Borgognoni Petrocelli Suely Ruy Men Excertos do livro Ensino Fundamental de Nove Anos Orientações Pedagógicas para os Anos Iniciais – Ciências e Proposta Curricular da Rede Municipal de Maringá - 2008 Partindo do pressuposto de que o ser humano vem modificando o meio ambiente no decorrer dos tempos, interagindo com a natureza de acordo com suas necessidades sociais, podemos afirmar que o ensino de Ciências objetiva a socialização do conhecimento científico historicamente acumulado, criado e registrado pelos homens para transmitir de geração em geração. Devemos explicitar as necessidades que levaram os homens a compreender e apropriar-se das leis que movimentam, produzem e reagem aos fenômenos naturais e justificar os motivos que impulsionaram esses conhecimentos. No contexto da escolarização cabe-nos reafirmar que o processo de apropriação do conhecimento, se efetiva pela interação do homem com a natureza, incorporando-o à prática social, partindo sempre do conhecimento já elaborado e criando novas necessidades. Portanto, o conhecimento científico se expressa pela necessidade de entendêlo em movimento e não de forma estática, pronto e acabado. É evidente a existências da relação entre as leis da natureza e as necessidades dos homens de se aproximarem delas, em função da qualificação dos instrumentos, função atribuída pela atividade social. Os eixos norteadores propostos devem oportunizar a apropriação do conteúdo numa perspectiva de totalidade de história, ou seja, desenvolver o trabalho com noções conceituais. Os Conteúdos Estruturantes propostos nestas Diretrizes são entendidos como saberes fundamentais, capazes de organização teórico- prática, os campos de estudo da disciplina, essenciais para compreender seu objetivo de estudo e suas áreas afins. Os Conteúdos Estruturantes propostos na reelaboração da Proposta Curricular são: Sistema Solar Planeta Terra Fontes de Energia Corpo humano Seres Vivos e Ambiente A abordagem do conteúdo Sistema Solar, ao considerar tais concepções prévias, pode contribuir para o entendimento das ocorrências astronômicas como 207 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL fenômenos da natureza; dos movimentos celestes, dinâmica do sistema solar, rotação e translação dos planetas e satélites; dos astros que constituem o sistema solar e suas características; do tamanho proporcional dos planetas e sua distância relativa; dos satélites naturais, movimentos relativos da Lua; do Sol como fonte de energia para a manutenção da vida na Terra. A abordagem do conteúdo Planeta Terra, ao considerar as concepções prévias como, o entendimento de que “o planeta Terra possui mais água do que a Terra”, pode contribuir para o entendimento do conceito de matéria, da constituição e suas propriedades; da transformação dos materiais, dos ciclos dos materiais na natureza; da origem e evolução do planeta Terra; do ambiente da Terra primitiva; da estrutura interna do planeta Terra e a compreensão da superfície terrestre, conhecendo sobre os minerais, as rochas, o solo ( formação e composição, uso para cultivo, ação humana: degradação, poluição e manejo sustentável), a água ( propriedades, estados físicos e ciclo da água, ação humana: poluição e tratamento para consumo) e o ar ( composição, efeito estufa e ação humana: poluição e reflorestamento) que a compõem; da relação com os seres vivos para a manutenção dos ecossistemas. A abordagem Fontes de Energia, ao considerar as concepções prévias, como o entendimento de calor e temperatura quando geralmente se diz “Hoje está muito quente” ao invés de se dizer “A temperatura está muito alta”, ou “Vamos nos aquecer com o cobertor” ao invés de “Vamos nos proteger de um ambiente com temperatura mais baixa”, pode contribuir para o entendimento do conceito de energia nas manifestações de calor, luz, som, magnetismo, eletricidade e gravidade. O professor pode priorizar o trabalho com esses conceitos a partir da abordagem do Sol, como fonte primária de energia térmica, luminosa e gravitacional. A abordagem do Corpo Humano, ao considerar algumas concepções prévias, o entendimento de que o corpo humano pode ser dividido em cabeça, tronco e membros, ou mesmo que o ser humano pode ser encontrado em miniatura nos espermatozóides (os homúnculos) e se desenvolvem quando depositados, ou “plantados” na mulher, considerados então como “sementes”, pode contribuir para o entendimento do ser humano como uma das espécies no conjunto de seres vivos que compõem a biosfera; como organismo complexo, não como algo totalmente diferenciado dos demais seres vivos. Possibilita ainda compreender o corpo humano como um organismo que apresenta um conjunto de sistemas orgânicos que funcionam de forma integrada, e necessitando para essa compreensão conhecer as estruturas anatômicas, morfológicas e fisiológicas; da constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos como um todo integrado; da estrutura e de mecanismos de constituição da célula e das diferenças entre os tipos celulares; dos compostos orgânicos e as relações destes com a constituição dos organismos vivos; dos mecanismos celulares e como se relacionam no trato das funções celulares; da estrutura e do funcionamento dos tecidos; dos conceitos que fundamentam os sistemas digestório, cardiovascular, respiratório, excretor, urinário, nervoso, sensorial, reprodutor e endócrino; dos mecanismos da herança genética. 208 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL A abordagem dos conteúdos Seres Vivos e Ambiente, ao considerar as concepções prévias, o surgimento do bicho da goiaba dentro da fruta por meio de geração espontânea, sem que tivesse originado de um ovo a partir da postura de um inseto, pode contribuir no entendimento de que não há surgimento da vida espontaneamente, mas sim um processo evolutivo complexo envolvendo diversos fatores físicos, químicos e biológicos convergentes e limitantes para compreender a origem e a evolução da vida na Terra. Também, no entendimento sobre as diferenças e semelhanças entre os seres vivos e a organização em diferentes grupos (sistema de classificação em cinco reinos mais os vírus); aborda-se a fisiologia dos vegetais e dos animais, considerando os aspectos da anatomia e da morfologia; a distinção entre invertebrados e vertebrados; a origem e a evolução das espécies; o ser humano como espécie biológica; as formas de interação entre os seres vivos e os ecossistemas; as atividades humanas e as relações com o ambiente. 209 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL CIÊNCIAS 1º ANO EIXOS: NOÇÕES DE ASTRONOMIA A MATÉRIA E SUAS TRANSFORMAÇÕES A ENERGIA E SUAS CONVERSÕES O CORPO HUMANO E SEUS SISTEMAS A ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS NO AMBIENTE Conteúdos Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Estruturantes Sol como fonte de luz e Compreender o sol como fonte primária Sistema Solar energia térmica de luz e energia térmica, a fim de Planeta Terra Movimento de rotação entender como acontecem os dias e as Fontes de – Dia e noite noites (claro/escuro), a emissão de calor Energia Corpo Humano (movimento aparente) (quente/frio), por meio da percepção do movimento de rotação (noções de Seres Vivos e movimento/sombra). Ambiente Seres vivos e não vivos Diferenciar seres vivos e não vivos para componentes/ identificá-los no meio ambiente. Objetivos gerais: características Compreender a Ciência como um Seres vivos aquáticos e Distinguir seres vivos aquáticos e processo de terrestres - animais e terrestres para perceber que existem produção de vegetais seres vivos presentes nos diferentes conhecimento e ecossistemas; uma atividade Identificar os seres vivos aquáticos, de humana, acordo com suas características para histórica, compreender suas relações com o meio e associada a com o homem; aspectos de ordem social, econômica, Identificar os seres vivos terrestres, de política e cultural acordo com suas características para a fim de entender compreender suas relações com o meio e esse processo. com o homem. Utilizar conceitos Importância do ar Identificar a presença do ar na natureza, científicos básicos, a fim de conhecer como o homem o associados à utiliza para satisfazer suas necessidades. energia, matéria, Poluição do ar Identificar como o ar pode se tornar transformação, poluído a fim de evitar a contaminação espaço, tempo, do mesmo e a melhoria da qualidade de sistema, equilíbrio vida dos seres vivos. e vida para Água Onde é Identificar a presença da água na 210 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL utilizá-los de forma consciente no dia a dia. Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em sociedade, como agente de transformações do mundo em que vive, em relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente. encontrada composição dos seres vivos e nos diferentes ambientes, a fim de compreender sua importância para a manutenção da vida. Identificar como o homem utiliza a água para satisfazer suas necessidades, a fim de utilizá-la de forma adequada; Importância da água Relacionar a importância da conservação da água com a sobrevivência dos seres vivos aquáticos, com a finalidade de contribuir para a manutenção do equilíbrio ecológico. Poluição da água Comparar água limpa com água poluída para compreender a importância de se preservar os ambientes aquáticos; Função do solo no Entender a relação existente entre o solo, ecossistema o ar e a água, para identificar as ações do homem para preservação do mesmo. Importância do solo Conhecer a utilização do solo pelo para os vegetais homem para produção de alimentos (frescos e acessíveis), a fim de se ter uma alimentação saudável; O sol e a saúde do homem – banhos de sol O ar e a saúde do homem - respiração A água e saúde do homem: - higiene; - hidratação; Compreender a relação existente entre o solo e os vegetais, a fim de demonstrar a importância dos nutrientes para a formação dos mesmos. Distinguir os horários adequados para os banhos de sol e reconhecer sua importância para o fortalecimento dos ossos e para prevenção de doenças de pele. Comparar ambientes arejados de ambientes fechados, de forma a destacar a importância de se manter os ambientes arejados para a saúde do homem. Explicitar a importância da ingestão frequente de água a fim de evitar a desidratação e destacar a importância de se consumir água potável para saúde do 211 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL - água potável homem. Os vegetais e a saúde Entender a importância dos vegetais na do homem - alimentação do homem para alimentação manutenção da sua saúde, procurando consumir regularmente aqueles que são os mais recomendados pelos especialistas. 212 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL CIÊNCIAS 2º ANO EIXOS: NOÇÕES DE ASTRONOMIA A MATÉRIA E SUAS TRANSFORMAÇÕES A ENERGIA E SUAS CONVERSÕES O CORPO HUMANO E SEUS SISTEMAS A ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS NO AMBIENTE Conteúdos Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Estruturantes Movimento aparente Perceber as diferentes posições do sol Sistema Solar do sol - nascente e durante o dia por meio das sombras, a Planeta Terra poente fim de diferenciar as situações de Fontes de parado, em movimento, lateralidade, Energia sentido horário e anti-horário. Corpo Humano Projeção da sombra Tempo: nublado, Compreender o sol como fonte primária Seres Vivos e ensolarado e chuvoso; de emissão de energia térmica Ambiente (quente/frio), por meio da percepção das mudanças do tempo (nublado, Objetivos gerais: Arco-íris ensolarado e chuvoso), a fim de se Compreender a proteger das mudanças climáticas; Ciência como um processo de Compreender como ocorre o fenômeno produção de de formação do arco-íris. conhecimento e Seres vivos: ciclo da Reconhecer e diferenciar seres vivos e uma atividade vida elementos não vivos, observando o ciclo humana, vital, para compreender a relação deles histórica, com os demais componentes do associada a ecossistema. aspectos de ordem social, econômica, Características gerais Identificar os animais como seres vivos. política e cultural dos animais e plantas. Reconhecer as plantas como seres vivos. a fim de entender Ciclo da água Identificar as mudanças de estado físico esse processo. da água, por meio de exemplos de cada um na natureza e relacioná-las à Utilizar conceitos formação do ciclo da água e com os usos científicos básicos, que o homem faz no seu dia a dia, com associados à os estados físicos da água. energia, matéria, Tipos de água Identificar água doce, salgada e potável transformação, para compreender a proporção de água espaço, tempo, disponível na natureza para o consumo. sistema, equilíbrio Escassez de água Compreender a presença da água como e vida para componente dos seres vivos para 213 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL utilizá-los de forma consciente no dia a dia. perceber os efeitos da escassez da água no ambiente e a importância do uso racional da água. Propriedades do ar Conhecer algumas propriedades do ar a Compreender a fim de perceber sua existência. natureza como Variações climáticas e Compreender a influência do clima na um todo dinâmico a saúde saúde humana. e o ser humano, Importância do ar para Entender a importância do ar no em sociedade, os seres vivos processo da respiração e fotossíntese como agente de (noções), a fim de reconhecer o ar como transformações do recurso indispensável à vida. mundo em que Composição do solo - Identificar os componentes do solo, vive, em relação rochas e minerais enfatizando rochas e minerais de modo essencial com os a entender que o solo é elemento demais seres vivos essencial para a manutenção da vida no e outros planeta. componentes do Cultivo do solo Relacionar o cultivo do solo para a ambiente. produção de alimentos (agricultura e pecuária) com as necessidades humanas (alimentação). 214 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL CIÊNCIAS 3º ANO EIXOS: NOÇÕES DE ASTRONOMIA A MATÉRIA E SUAS TRANSFORMAÇÕES A ENERGIA E SUAS CONVERSÕES O CORPO HUMANO E SEUS SISTEMAS A ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS NO AMBIENTE Conteúdos Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Estruturantes Rotação terrestre Observar as sombras ao longo do dia Sistema Solar (duração aproximada) para perceber o movimento de rotação – Planeta Terra relógio do Sol e relacionar com a Fontes de Observação das convenção das horas. Energia Corpo Humano sombras ao longo do dia e do ano Seres Vivos e Efeitos da radiação Perceber os efeitos da radiação solar Ambiente solar – queimaduras, para entender as consequências da Objetivos gerais: câncer de pele, exposição ao sol em horários Compreender a insolação e intermação inadequados. Ciência como um Alterações ambientais Entender que o ambiente influencia os processo de – desmatamento, seres vivos, ao mesmo tempo em que é produção de represas, ocupações modificado por eles, sendo o homem o conhecimento e irregulares principal agente transformador de uma atividade forma para satisfazer suas necessidades. humana, Água – oceanos, Observar a existência da água em histórica, mares, lagos, rios, diferentes locais para perceber que ela é associada a lençóis d’água, geleiras elemento essencial no planeta Terra e aspectos de ordem para a vida. social, econômica, Estados físicos da água política e cultural Reconhecer os estados físicos da água: a fim de entender Ciclo da água líquida, sólido e gasoso, para entender esse processo. as diferentes formas em que ela se Utilizar conceitos apresenta na natureza compreendendo científicos básicos, que a água existente no planeta se associados à renova por meio de mudanças. energia, matéria, Reconhecer a importância do ciclo da transformação, água para a manutenção da espaço, tempo, potabilidade da água. sistema, equilíbrio e vida para Regime de chuva – Observar durante o ano a precipitação utilizá-los de normal, enchente e de chuva ocasionando em maior ou forma consciente seca menor volume de água a fim de no dia a dia. perceber a importância da água e os 215 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Consumo da água prejuízos causados ao homem e a natureza Destacar que, mesmo com a grande quantidade de água existente no planeta, somente uma mínima parte está disponível para o consumo dos seres vivos, o que exige de cada um, e de todos, uma mudança de atitude; Promover hábitos de preservação da água como recurso natural a fim de evitar sua escassez. Tratamento da água Ressaltar a importância de se consumir água tratada conhecendo o processo de coleta, tratamento e distribuição para dar ciência no custo operacional. Poluição da água Compreender que a poluição da água é resultado da ação desordenada dos seres vivos – homem a fim de minimizar os impactos causados por tais atos. Água como solvente Comparar diferentes misturas, a fim de universal: verificar que a água se comporta como propriedades da água solvente de inúmeros materiais em nosso cotidiano. Composição do solo Entender os componentes do solo (rochas, minerais, matéria orgânica), a fim de destacar a importância dos seres vivos decompositores na formação do húmus. Empobrecimento do Observar a importância do solo na solo regulação da infiltração da água da chuva de modo a evitar enchentes, Poluição do solo – desmoronamento; inseticidas e herbicidas Caracterizar técnicas e formas de utilização do solo nos ambientes urbano e rural, para identificar os produtos desses usos e as consequências das formas inadequadas de utilização. Saneamento básico Reconhecer o saneamento básico como técnica que contribui para a qualidade de vida e a preservação do meio 216 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ambiente. Compreender que o ar é composto por vários gases, destacando os gases oxigênio e carbônico, procurando verificar suas ações no processo respiratório. Composição do ar Características do ar Importância do ar Identificar as principais características do ar. Formação dos ventos Saber de onde vem e qual a importância do gás oxigênio para os seres vivos. Recurso energético – energia solar, Classificar os diferentes tipos de ventos hidrelétrica e eólica em relação à velocidade. Compreender a construção de barragens para a construção de hidrelétricas a fim de satisfazer as necessidades humanas – eletricidade; Reconhecer que os ventos oferecem uma alternativa para a produção de energia, buscando compreender como funciona uma usina eólica; Reconhecer o sol como fonte alternativa para a produção de energia, para satisfazer as necessidades humanas. Poluição do disseminação microorganismos Identificar os processos naturais de emissão de gases e os resultantes das atividades humanas de forma a compreender que esses afetam os seres vivos. ar: Identificar os processos naturais de de emissão de gases e os resultantes das atividades humanas de forma a compreender que esses afetam os seres vivos. 217 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL CIÊNCIAS 4º ANO EIXOS: NOÇÕES DE ASTRONOMIA A MATÉRIA E SUAS TRANSFORMAÇÕES A ENERGIA E SUAS CONVERSÕES O CORPO HUMANO E SEUS SISTEMAS A ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS NO AMBIENTE Conteúdos Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Estruturantes Sol: Fonte primária de Compreender a importância do Sol para Sistema Solar energia térmica, a manutenção da vida sendo ele a Planeta Terra luminosa e principal fonte de energia. Fontes de gravitacional Energia Identificar o sol como astro principal do Corpo Humano Sistema Solar sistema solar ao redor do qual giram os Seres Vivos e Outros corpos celestes: planetas de modo a verificar a sua Ambiente iluminados – satélites influência nos mesmos; (lua) e Objetivos gerais: naturais artificiais, planetas, Conhecer as principais características Compreender a Ciência como um asteroides e cometas - dos planetas, para reconhecer a e luminosos (estrelas) composição do sistema solar. processo de produção de Observar a existência de outros corpos conhecimento e celestes, a fim de compreender a uma atividade organização do cosmos. humana, histórica, Movimento de rotação Compreender a influência dos associada a e translação - dias e movimentos de rotação e translação de aspectos de ordem noites, anos e estações modo a perceber alterações no ciclo de social, econômica, do ano vida de animais e plantas; política e cultural a fim de entender Perceber as características tropicais esse processo. básicas a cada estação, a fim de entender a interferência na vida dos seres vivos e Utilizar conceitos principalmente sobre o comportamento científicos básicos, humano. associados à Camadas da Terra Conhecer as principais camadas da energia, matéria, (Litosfera, Hidrosfera, Terra e suas principais características a transformação, Atmosfera e Biosfera) fim de diferenciá-las e saber como o espaço, tempo, homem as utiliza. sistema, equilíbrio Camada de Ozônio Reconhecer a presença da camada de e vida para CFC – ozônio e sua função na proteção contra utilizá-los de os raios ultravioletas, bem como a sua 218 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL forma consciente no dia a dia. Caracterizar as transformações tanto naturais como induzidas pelas atividades humanas associadas aos ciclo dos materiais e ao fluxo de energia na Terra de forma a conscientizar de que a natureza não está a serviço do ser humano, a fim de perceber que ele é apenas um dos componentes do ecossistema Clorofluorcarbonetos Efeito Estufa (natural e artificial): emissão de gases poluentes destruição pela emissão de CFC, a fim de minimizar sua emissão e consequente manutenção da camada. Compreender o efeito estufa como processo natural e artificial, de forma a perceber sua interferência na vida no planeta. Compreender a organização (célula, tecidos, órgãos, sistemas) dos seres vivos de modo a reconhecer o organismo como um todo. Classificar os seres vivos de acordo com os Reinos de modo a valorizar a vida em sua diversidade. Organização dos Seres Vivos: célula tecidos órgãos sistemas organismos Classificação geral dos seres vivos (Reinos): Monera, Protista, Vírus, Vegetal e Animal Algas – grande Reconhecer as algas como grandes responsável pela responsáveis pela produção de oxigênio fotossíntese do planeta por meio do processo da fotossíntese, para desmistificar as florestas como pulmão do mundo. Grandes grupos de Compreender a importância dos vegetais e vegetais, de modo a perceber sua função características gerais: como seres produtores na cadeia órgãos vegetativos - alimentar destacando o processo de raiz, caule, folha e fotossíntese e respiração vegetal; órgãos de reprodução flor, fruto e sementes Caracterizar os vegetais de acordo com os órgãos vegetativos e de reprodução de modo a classificá-los em diferentes grupos; Valorizar as florestas a fim de perceber o controle da umidade exercida por elas sobre os seres vivos; Reconhecer os parques, bosques como forma de valorizar a biodiversidade em ambientes urbanos. Animais: – Caracterizar os animais - vertebrados e características básicas invertebrados de modo a classificá-los em diferentes grupos. 219 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Vegetais e animais relações com o meio e com o homem Cadeia alimentar e Teia Alimentar (produtores, consumidores, herbívoros, carnívoros, onívoros, larvófagos e insetívoros) Reconhecer a fauna e flora local, de modo a valorizar os seres vivos presentes em seu ambiente. Compreender o papel dos seres formadores e princípios das cadeias alimentares, a fim de reconhecer a interrelação entre os seres vivos por meio destes e suas interdependências; Diferenciar a fonte de energia dos seres vivos consumidores, para classificá-los de acordo com seu hábito alimentar. Habitat e nicho Conceituar nicho ecológico a fim de ecológico compreender o mecanismo de manutenção dos ecossistemas. Sustentabilidade Desenvolver atitudes em relação aos demais seres vivos, a fim de desenvolver a sustentabilidade. 220 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL CIÊNCIAS 5º ANO EIXOS: NOÇÕES DE ASTRONOMIA A MATÉRIA E SUAS TRANSFORMAÇÕES A ENERGIA E SUAS CONVERSÕES O CORPO HUMANO E SEUS SISTEMAS A ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS NO AMBIENTE Conteúdos Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Estruturantes Sistema Solar Teoria de formação do Compreender como se deu a formação Planeta Terra universo do universo em diferentes teorias, a fim Fontes de de reconhecer a teoria do big bang como Teoria do big-bang Energia a científica, bem como demonstrar a Origem da Terra Corpo Humano Composição atual da atual composição do Planeta Seres Vivos e (Continentes) de modo a localizar os Terra Ambiente continentes no planisfério. Gravidade Compreender o que é força da Objetivos gerais: gravidade para associá-la ao corpo, a Compreender o massa do planeta Terra e sua influência sistema solar para sobre os seres vivos. verificar sua Fases da lua Identificar as fases da Lua para influência na vida reconhecer sua influencia na natureza, no planeta Terra. na vida humana e nas marés. Eclipses Compreender como ocorrem os eclipses Compreender a – solar e lunar, para associá-los a Ciência como um alterações no comportamento dos seres processo de vivos; produção de conhecimento e Valorizar os conhecimentos de povos uma atividade antigos para verificar como explicavam humana, fenômenos celestes. histórica, Radiações Reconhecer os raios emitidos pelo Sol a associada a infravermelho e fim de identificar sua função na vida aspectos de ordem ultravioleta dos seres vivos, dentre elas a produção social, econômica, Produção de vitamina de vitamina D. política e cultural D a fim de entender Funções de Compreender o corpo humano como esse processo. conservação do um todo integrado e a saúde como bem organismo: estar físico, social e psíquico; Utilizar conceitos científicos básicos, Sistema Digestório Reconhecer o corpo humano como um associados à 221 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL energia, matéria, transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida para utiliza-los de forma consciente no dia a dia. Estrutura e funcionamento; Necessidades Nutricionais (carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e sais minerais); - Hábitos e tabus Compreender o alimentares; corpo humano e Higiene dos sua saúde como alimentos; um todo integrado - Higiene Bucal por dimensões biológicas, Sistema Respiratório afetivas e sociais, Estrutura e relacionando a funcionamento; prevenção de - Saúde doenças e a promoção de Sistema circulatório saúde das Estrutura e comunidades por funcionamento; meio de políticas - Saúde públicas adequadas. Sistema excretor Estrutura e funcionamento; - Saúde todo integrado e complexo, em que diferentes sistemas realizam funções específicas, interagindo entre si para a manutenção desse todo; Compreender a existência de defesas naturais e estimuladas – vacinas para o bem estar e saúde das pessoas; Comparar os principais órgãos e funções do sistema reprodutor masculino e feminino, relacionando seu amadurecimento às mudanças no corpo e comportamento de meninos e meninas durante a puberdade para respeitar as diferenças individuais; Valorizar atitudes e comportamentos favoráveis à saúde, higiene ambiental, asseio corporal, modo de transmissão e prevenção de doenças contagiosas, para desenvolver a responsabilidade no cuidado de si próprio; Compreender que condições externas influenciam no desenvolvimento e na preservação da saúde a fim de que tomem atitudes para uma melhor qualidade de vida; Sistema locomotor – ossos e músculos Identificar a gravidez na adolescência Estrutura e como problema físico, psíquico e social, funcionamento; para que desenvolvam atitudes de - Saúde conscientização em relação aos problemas ocasionados pela gravidez Sistema imunológico precoce. - Saúde – vacinação Sistema nervoso Estrutura funcionamento; - Saúde e 222 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Sistema endócrino Estrutura funcionamento; - Saúde e Sistema reprodutor Estrutura e funcionamento; - Higiene; - Saúde – DST e AIDS; Gravidez na adolescência 223 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Referências Ciências BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Ciências. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997. SEED. Secretaria de Estado de Educação. Ensino Fundamental de Nove Anos: Orientações pedagógicas para os anos iniciais – Ciências. Curitiba, PR: Secretaria de Educação Básica, 2010. SEED. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990. 224 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EDUCAÇÃO FÍSICA Andrea Gomes Cirino Debora Gomes Fernanda de Araujo Quevedo Lages Karen Cristina Chicati “… pensar a Educação Física no âmbito dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental é, nos dias de hoje, um desafio, devido à necessidade de abordarmos a sua articulação com os outros níveis de ensino (Educação Infantil e Anos Finais do Ensino Fundamental), para superar os distanciamentos da Educação Básica e, simultaneamente, respeitar as especificidades de cada etapa da escolarização (Garanhani, 2010, p. 69).” Compreender a Educação Física enquanto componente curricular é desmistificá-la do senso comum e da prática alienada na busca de seu entendimento pedagógico como agente do processo de ensino aprendizagem, onde o sujeito reconheça seu corpo em movimento e sua subjetividade como linguagem. Regularizada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB – Brasil, 1996), no capítulo 2 - artigo 26, no seu 3º parágrafo define: A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da Educação Básica, “ajustando às faixas etárias e as condições da população escolar” […] (GARANHANI, 2010, P. 69). É papel fundamental da Educação Física escolar garantir o acesso de qualidade dos educandos à prática crítica da cultura corporal de movimento, bem como atentar às especificidades da criança e do processo de escolarização da infância. Ao apreciar as várias abordagens metodológicas que permeiam essa área, pode-se perceber a ocorrência de mudanças, que se devem a prerrogativa de legalidade da disciplina da Educação Física, como também da legitimidade de sua prática concomitante aos acontecimentos da época de cunho político, social, econômico, educacional, entre outros. Algumas tendências rotularam o campo da Educação Física de acordo com o momento vigente, destacando-se a Higienista (1930), Militarista (1930-1945), Pedagogicista (1945-1964) e Competitivista (pós 64). A partir dessas constatações, […] é compreensível que a tradição educacional brasileira tenha situado a Educação Física como uma atividade complementar e relativamente isolada nos currículos escolares, com objetivos no mais das vezes determinados de fora para dentro: treinamento pré-militar, eugenia, nacionalismo, preparação de atletas, etc. […] a Educação Física enquanto componente curricular da Educação básica deve assumir então outra tarefa: introduzir e integrar o educando na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la , instrumentalizando-o para usufruir do jogo, do esporte das atividades rítmicas e dança, das ginásticas e práticas de aptidão física, em benefício da qualidade de vida (BETTI & 225 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ZULIANI, 2002). Nesse cenário, surgem novas abordagens teórico-metodológicas que caracterizam a Educação Física: ABORDAGENS AUTOR/ ANO CONTEÚDO Ensino aberto Hildebrandt et. al O mundo do movimento e suas relações com os outros e as coisas; os conteúdos são construídos por meio de temas geradores. 1986 Desenvolvimentista Construtivista 1988 Habilidades básicas: locomotoras, manipulativas e de estabilização. Habilidades específicas: relacionadas à prática dos esportes, do jogo e da dança. João Batista Freire Brincadeiras populares, jogo simbólico e jogo de regras. Go tani et. al 1989 Sistêmica Vivência corporal do jogo, do esporte, da dança e da ginástica. Mauro Betti 1991 Crítico-superadora Coletivo de autores 1992 Críticoemancipatória Temas que historicamente compõem a cultura corporal do indivíduo, tais como: o jogo, a ginástica, a dança, lutas e os esportes. O movimento humano por meio do esporte, da dança e das atividades lúdicas. Elenor Kunz 1994 Para Betti & Zuliani (2002) a concepção de Educação Física e seus objetivos na escola devem ser repensados, com a correspondente transformação de sua prática pedagógica, a qual deve assumir a responsabilidade de formar um cidadão capaz de posicionar-se criticamente diante das novas formas da cultura corporal de movimento. EXCERTOS ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS: ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS OS ANOS INICIAIS - EDUCAÇÃO FÍSICA – SEED/2010 PARA Atualmente, estudiosos da Educação Física na Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental estão se preocupando em discutir e apresentar elementos teóricos e metodológicos para uma concepção de educação escolar, que 226 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL valorize o movimento do corpo como uma linguagem do processo de apropriação, reflexão e construção da cultura de nossa sociedade. Dentre eles citamos Garanhani (2001-2002, 2004 e 2008); Silva (2005); Ayoub (2005); Andrade Filho (2007); Neira (2008); Freitas (2008) e seus estudos levam a seguinte compreensão: ao entender que a criança integra determinado grupo social considera-se que sua educação é mediada por relações simbólicas. Essas relações são marcadas por elementos políticos, econômicos, éticos e estéticos como: classe, gênero, etnia, raça, religião, profissão dos pais etc., os quais configuram as especificidades do grupo social a que pertence. Em síntese, no contexto sócio-histórico ao qual a criança está inserida, esta se apresenta como um sujeito que produz e é produzida pela cultura e o movimento do corpo poderá ser entendido como forma de expressão de significados da cultura a qual pertence. Sendo assim, a educação escolar se constitui o meio privilegiado para o conhecimento, ressignificação e sistematização das relações simbólicas que a criança integra. Portanto, com o intuito de contribuir para compreensão da sistematização da Educação Física nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental apresentamos proposições teóricas e metodológicas. A EDUCAÇÃO FÍSICA PROPOSIÇÕES... NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: REFLEXÕES E No contato com diferentes linguagens, a criança se insere em diversos sistemas simbólicos que se tornam apoios para aprendizagens de elementos da cultura em que vive. Portanto, desde que nasce, a criança entra em contato com o mundo simbólico da cultura, sendo que a apropriação e construção de conhecimentos e, consequentemente, o seu desenvolvimento ocorrem nas interações que ela estabelece com as pessoas e com o meio cultural em que está inserida. Segundo Sarmento (2007, p. 6) [...] como membros da sociedade, as crianças herdam a cultura dos adultos e são socializadas nessa cultura a partir das interações com seus pais e com outros familiares. Mas elas próprias produzem cultura. O modo de interpretação do mundo pelas crianças é marcado pela alteridade em relação aos adultos. A escola da infância, ao proporcionar o desenvolvimento infantil nas suas diversas dimensões, poderá realizar essa mediação: criança e o conhecimento culturalmente construído e traduzido em diferentes formas de linguagem: oral, corporal, musical, gráfico-pictórica e plástica. Ao mesmo tempo, poderá desenvolver estratégias para aprendizagens relacionadas à expressão e comunicação. Mas, para isto é necessário que as escolas assumam as crianças não como consumidoras, mas como sujeitos que produzem e são produzidos pelo contexto histórico-cultural a que pertencem (SARMENTO, 2004 e 2007). A escola lida com uma cultura que, em larga medida, está previamente 227 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL construída. Mas as crianças não são elementos meramente passivos na aquisição dessa cultura. Á medida que participam do processo de assimilação da cultura, trazem consigo as culturas comunitárias em que foram enraizadas e os elementos de suas culturas infantis. Desse modo, a escola passa a ser espaço de tradução de múltiplos códigos entre culturas propriamente escolares e as culturas de origem (SARMENTO, 2007, p.7). Nesse contexto, o corpo assume um papel fundamental no processo de constituição da criança como sujeito cultural, pois a criança necessita agir para compreender e expressar significados presentes no contexto histórico-cultural em que se encontra, ou seja, ao transformar em símbolo aquilo que pode experimentar corporalmente, a criança constrói o seu pensamento, primeiramente sob a forma de ação. Por isso, a criança necessita agir (se movimentar) para conhecer e compreender os significados presentes no seu meio sociocultural (GARANHANI, 2004 e 2006). Em síntese, “o corpo em movimento constitui a matriz básica, em que se desenvolvem as significações do aprender” (Garanhani, 2004, p.22), pois é na sua movimentação que a criança compreende, expressa e comunica ideias, entendimentos, desejos incorporados e ressignificados da cultura e, esse fato, nos faz (re)pensar uma concepção de educação escolar, que valorize e sistematize a movimentação da criança, não somente como uma necessidade físico e motora do desenvolvimento infantil, mas também uma capacidade expressiva e intencional, ou seja, uma linguagem que se constrói no contexto histórico-cultural em que ela se encontra. Assim, as características e especificidades da infância deverão nortear a prática pedagógica da Educação Física nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Para isso, propomos os seguintes eixos (GARANHANI, 2004): 1. Aprendizagens que envolvem movimentações corporais para o desenvolvimento físico e motor, proporcionando assim o conhecimento, o domínio e a consciência do corpo, uma vez que são condições necessárias para a autonomia e identidade corporal infantil. 2. Aprendizagens que levem a compreensão dos movimentos do corpo como uma linguagem utilizada na interação com o meio por meio da socialização. 3. Aprendizagens que levem a ampliação do conhecimento de práticas corporais historicamente produzidas na/e pela cultura em que a criança se encontra. Esses eixos deverão se apresentar integrados no fazer pedagógico da Educação Física dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, embora na elaboração das atividades possa ocorrer a predominância de um sobre o outro conforme as características e necessidades de cuidado/educação, presentes em cada idade da infância. 228 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL A figura, na sequência, propõe uma representação gráfica da integração desses eixos na prática pedagógica da Educação Física. Podemos traduzi-la da seguinte maneira: na busca da autonomia de movimentação do seu corpo, a criança constrói sua identidade corporal. Mas esse processo só ocorre na relação com o outro, que se encontra em um determinado contexto histórico-cultural, ou seja, ocorre na socialização. Nesse cenário, as crianças se aproximam e se apropriam de elementos da cultura que se traduzem em conhecimentos, atitudes, práticas, valores e normas. Ao ingressar na escola, independente da idade em que se encontra, a criança traz consigo conhecimentos sobre sua movimentação corporal, apropriados e construídos nos diferentes espaços e relações em que vive. A Educação Física deve sistematizar e ampliar esses conhecimentos, não se esquecendo das características e necessidades de cuidado/educação corporais que se apresentam em cada idade. A integração desses eixos, nas práticas pedagógicas da Educação Física, se faz pelo brincar, que se apresenta na educação da infância como um princípio pedagógico, pois segundo Leontiev (1988) é no brincar que a criança adapta as suas condições a do objeto e/ou às condições exigidas pela ação, com a preservação do próprio conteúdo da ação. É nesse processo que ela consegue experimentar, explorar e compreender os significados culturais presentes no meio, consequentemente, elaborar e/ou ressignificar o seu pensamento. Assim, brincando em atividades de intensa movimentação corporal, a criança desenvolverá os seus diferentes aspectos, inclusive físico e motores e, ao mesmo tempo, poderá ser levada a entender que esses movimentos têm significados, pois se manifestam com o objetivo de expressão e comunicação. Poderá entender, também, que os movimentos corporais se manifestam em diversas práticas, como: os jogos e as brincadeiras, as ginásticas, as danças, as lutas e os esportes no contexto da Educação Física Escolar. Essas práticas corporais se apresentam como conteúdos que irão organizar a disciplina Educação Física nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. A ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA FUNDAMENTAL: ALGUMAS SUGESTÕES... NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO Conforme as Diretrizes Curriculares de Educação Física para os Anos Finais 229 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio (SEED, 2008), os conteúdos estruturantes para a Educação Básica são: esporte, jogos e brincadeiras, ginástica, lutas e dança, e estes devem ser abordados em complexidade crescente e não de forma etapista, ou seja, não deve-se contemplar uma visão de ensino/ aprendizagem em que o educando aprende parte do conteúdo em cada nível de ensino. Esses conteúdos, também configuram a Educação Física nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e devem ser abordados em complexidade crescente levando em conta os objetivos propostos para cada turma do nível de ensino que estamos abordando, em consonância com as características e com as necessidades de cada idade. Destacamos que nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental não serão trabalhados os esportes e as lutas, propriamente ditos, somente elementos que configuram essas práticas, como por exemplos, os nomes dos esportes, os materiais (bolas, vestimentas, equipamentos), espaços físicos (quadras, salas, tatames), as possibilidades de movimentação, etc. Esses elementos poderão ser abordados em jogos e/ou brincadeiras adequadas ao desenvolvimento do conteúdo. Por exemplo, alguns elementos dos esportes poderão ser tratados por meio de jogos prédesportivos adequados às características de cada idade da infância e alguns elementos das lutas por meio de jogos de oposição. Em síntese elementos dos esportes e das lutas serão abordados nos conteúdos jogos e brincadeiras para que as crianças os conheçam, se apropriem deles e os ressignifiquem, de uma maneira recreativa, os elementos que configuram essas práticas. Apoiado nas considerações apresentadas, o professor iniciará a sua ação pedagógica organizando os objetivos a serem desenvolvidos em cada eixo de ensino proposto e os conteúdos a serem abordados, com base no contexto sociocultural em que a escola se encontra. Os objetivos e as atividades dos conteúdos de cada eixo de ensino deverão ser definidos conforme a idade de cada turma dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e, é importante lembrar, que um eixo de trabalho não exclui o outro durante a prática pedagógica, eles se complementam. Por exemplo: o professor irá trabalhar como conteúdo o conhecimento de uma determinada dança folclórica. Ao ensinar os movimentos para as crianças estará desenvolvendo autonomia corporal (por meio da aprendizagem e domínio da movimentação que caracteriza esta dança), além do conhecimento da identidade corporal de sujeitos de um determinado contexto sociocultural que praticam essa dança (por meio de indagações e reflexões, por exemplo: onde surgiu esta dança? por que eles se movimentam desta forma para dançar?). Essta ação pedagógica é realizada por meio da aprendizagem, domínio e ressignificação da movimentação de seus corpos infantis, consequentemente, conhecimento e construções de expressões corporais. As suas movimentações expressivas configuram-se linguagem e permite que elas se comuniquem entre pares, sendo um processo de socialização. Por exemplo, a criança terá condições de diferenciar a movimentação corporal do fandango, ao ser comparada com a movimentação do samba, e compreender o porquê dessas diferenças. Poderá dominar alguns movimentos para a identificação e prática dessa 230 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL dança, como também, condições de se integrar e/ou interagir com pessoas ou grupo que a pratica. Assim, as práticas avaliativas constituem-se um suporte pedagógico da ação docente, pois é por meio delas que é possível acompanhar o quê foi aprendido pela criança, como foi aprendido e, consequentemente, mobiliza reflexões sobre os procedimentos metodológicos utilizados (SANTOS, 2005). Portanto, o processo de avaliação constitui-se um dos elementos de organização do processo da prática docente. Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Física para os Anos Finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio (SEED, 2008), as transformações ocorridas no campo das teorizações em Educação e Educação Física, principalmente a partir dos anos 1980 e 1990, fez com que a função da avaliação na Educação Física Escolar ganhasse novos contornos, ou seja, de uma avaliação que priorizava os aspectos quantitativos de mensuração do rendimento do educando, em gestos técnicos, destrezas motoras e qualidades físicas, visando principalmente a seleção e a classificação dos educandos, para estudos que conduzem os professores a buscar novas formas de compreensão dos significados da avaliação no contexto escolar. Assim, a Educação Física nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental deverá buscar práticas avaliativas descritivas, que permitem a análise e interpretação do processo de ensino/aprendizagem da criança. O professor poderá fazer anotações frequentes sobre os limites e avanços de cada criança; das relações criança-criança, criança-professor, criança-conteúdo e, também, das aproximações e distanciamentos de cada criança com as atividades propostas (SILVA, 2005). Devido ao fato de que o professor de Educação Física é um profissional responsável por diversas (turmas) crianças na escola, é necessário que este crie estratégias docentes para realizar os registros do processo de avaliação, as quais poderão ser: registro diário ou semanal sobre o processo de aprendizagem das turmas, registro sobre o desenvolvimento dos educandos, que conseguiram ou não executar, participar e compreender as atividades propostas para a avaliação, registro diário de educandos que apresentam dificuldades na execução, compreensão e participação nas atividades, etc. Mas, é importante ressaltar que esses registros deverão ser norteados pelos objetivos definidos, na proposta pedagógica, para a Educação Física nessa fase de escolarização. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do exposto, destacamos que não é o momento para finalizar as reflexões e proposições apresentadas, sobre a Educação Física nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Mas, o momento de dar início a um processo de interlocução entre os profissionais responsáveis pela educação escolar da criança para aprofundar e, se necessário, (re)orientar as reflexões e proposições, por meio de ações que mobilizem um processo de (re)construção de uma concepção de educação escolar, 231 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL que valorize a movimentação do corpo infantil e, consequentemente, a disciplina Educação Física nesse nível de escolarização. Assim, tendo como premissa que os movimentos corporais se agrupam em diversas práticas que se traduzem em linguagens, ressaltamos que a escola tem como objetivo proporcionar à criança o conhecimento, a sistematização, a reflexão e a ressignificação das práticas de movimentação do seu corpo, por meio de conteúdos da disciplina Educação Física. Para isso, é necessário apostar em propostas de ensino e também em práticas docentes que atendam essa perspectiva educacional. 232 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EDUCAÇÃO FÍSICA – 1º ANO EIXOS Conteúdos Estruturantes O corpo como construção históricosocial/ Conhecimento do corpo Objetivo Geral: Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Esquema corporal Reconhecer, apontar e nomear em si mesmo e no outro as diversas partes do corpo a fim de tomar ciência, bem como compreender as possibilidades do movimento corporal e representar sensações, sentimentos e fatos por meio do corpo. Lateralidade Compreender que o corpo possui dois lados, a fim de conhecê-los e utilizá-los no dia a dia, tendo ciência da dominância de uma parte do corpo sobre a outra parte equivalente. Compreender seu próprio corpo e suas partes, bem Orientação espaço como a temporal organização e sistematização do conhecimento acumulado historicamente, acerca do movimento humano, para ser transformado Corpo e seus cuidados em saber escolar. Compreender a relação entre seu corpo, o tempo (agora, antes, depois, hoje, amanhã, dia, noite), o ritmo (lento, moderado e rápido), níveis (baixo, médio e alto) e o espaço (dentro, fora, atrás, frente) a fim de adquirir as noções de localização, direção, posição e disposição no espaço, bem como de sequência temporal. Conhecer hábitos saudáveis que possam vir a auxiliar em sua qualidade de vida a fim de garantir a higiene pessoal, o uso adequado de vestimenta para as aulas de Educação Física, a importância da alimentação e hidratação para a prática de atividade física bem como o respeito aos limites e às possibilidades de seu corpo e do outro. 233 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Manifestações Ginásticas Ginástica Objetivo Geral: Estimular a vivência dos movimentos e elementos ginásticos, a fim de que os educandos vivenciem, descubram e reconheçam as possibilidades e limites do próprio corpo. Jogos, Brincadeiras e Brinquedos Jogos motores brincadeiras Objetivo Geral: Vivenciar jogos, brincadeiras e brinquedos,como um conjunto de possibilidades que ampliam a Jogos de construção percepção e a interpretação da realidade, além de intensificarem a curiosidade, o Jogos populares interesse e a intervenção dos educandos. Jogos de raciocínio Vivenciar elementos ginásticos (rolamento, vela, avião e estrela), bem como a imitação de movimentos de animais e da natureza, contribuindo para a formação física e motora do educando. e Desenvolver elementos psicomotores por meio de jogos e brincadeiras com e sem materiais, com regras simplificadas para favorecer o processo de desenvolvimento quanto às condutas motoras de base (quadrupedar, sentar e levantar, rolar, andar, lançar, apanhar, pegar, levantar e transportar objetos, subir e descer) e neuromotoras (girar, galopear, correr, saltar, saltitar, pular em um só pé, com os dois pés juntos). Resgatar jogos e brincadeiras tradicionais, que pressupõem a construção ou reconstrução de um brinquedo a fim de explorar a coordenação motora fina e a criatividade. Entender os jogos populares como parte da cultura corporal, para que possam contribuir nas relações histórico-sociais, bem como associá-los com a atualidade. Estimular a concentração e a atenção por meio de jogos de raciocínio (memória, jogo da velha) para que 234 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL possam contribuir no raciocínio lógico matemático e na criação de estratégias para resolução de problemas cotidianos. Dança Objetivo Geral: Brinquedos cantados e cantigas de roda Dramatizações Expressar por meio da dança Atividades rítmicas e enquanto expressivas manifestação corporal que Expressar por meio de gestos e músicas, trata do corpo e sensações, sentimentos, situações suas expressões vividas e imaginárias a fim de ampliar o artísticas, conhecimento das práticas corporais estéticas, infantis. criativas e técnicas a fim de contribuir no desenvolvimento da expressão corporal e do ritmo do educando. 235 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EDUCAÇÃO FÍSICA – 2º ANO EIXOS Conteúdos Estruturantes O corpo como construção históricosocial/ Conhecimento do corpo Conteúdos Específicos Esquema corporal Identificar, apontar e nomear em si mesmo e nos outros as diversas parte do corpo a fim de tomar ciência, bem como descobrir as possibilidades e limitações do movimento corporal. Lateralidade Compreender a noção de esquerdadireita em relação ao seu corpo, ao corpo do outro e ao ambiente, a fim de conhecer a dominância de uma parte do corpo sobre a outra parte equivalente. Objetivo Geral: Compreender seu próprio Orientação espaço corpo e suas temporal partes, bem como a organização e sistematização do conhecimento acumulado Corpo e seus cuidados historicamente, acerca do movimento humano, para ser transformado em saber escolar. Manifestações Ginásticas Objetivos Específicos Ginástica Ter capacidade de situar-se em relação ao próprio corpo e a um ponto específico do ambiente a fim de compreender a relação entre seu corpo, tempo e espaço (localização, direção, posição e disposição). Conhecer hábitos saudáveis que possam vir a auxiliar em sua qualidade de vida a fim de garantir a higiene pessoal antes, durante e depois da prática de atividades físicas, o uso adequado de vestimenta para as aulas de Educação Física, o respeito à integridade de seu corpo e do outro, a importância da alimentação e da hidratação para a prática de atividade física bem como o respeito aos limites e possibilidades de seu corpo e do outro. Vivenciar movimentos e elementos ginásticos (alongamento, rolamento, 236 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL equilíbrio, salto, giro, lançamento e recuperação), bem como as diversas formas de andar e correr, contribuindo para a formação física e motora do educando. Objetivo Geral: Estimular a vivência dos movimentos e elementos ginásticos, a fim de que os educandos vivenciem, descubram e reconheçam as possibilidades e limites do próprio corpo. Jogos, Brincadeiras e Brinquedos Jogos motores brincadeiras Objetivo Geral: Vivenciar jogos, brincadeiras e brinquedos como um conjunto de possibilidades que ampliam a percepção e a interpretação da realidade a fim de compreender o lúdico como Jogos de construção parte integrante do ser humano e das interações sociais. Jogos populares e Vivenciar variadas atividades lúdicas a fim de compreender as diferenças entre jogo e brincadeira. Identificar e respeitar as diferentes regras existentes nos jogos (cooperativos e competitivos) com e sem materiais a fim de contribuir no desenvolvimento das condutas motoras de base (quadrupedar, sentar e levantar, rolar, andar, lançar, apanhar, pegar, levantar e transportar objetos, subir e descer) e neuromotoras (girar, galopear, correr, saltar, saltitar, pular em um só pé, com os dois pés juntos). Resgatar jogos e brincadeiras tradicionais, que pressupõem a construção ou reconstrução de um brinquedo a fim de explorar a coordenação motora fina e a criatividade. Entender os jogos populares realizados pela família como parte da cultura corporal, para que possam contribuir com as relações histórico-sociais, bem como associá-los com a atualidade. 237 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Jogos de raciocínio Dança Objetivo Geral: Estimular a necessidade da concentração e da atenção por meio de jogos de raciocínio (dominó) para que possam contribuir no raciocínio lógico matemático e na criação de estratégias para resolução de problemas cotidianos. Brinquedos cantados e Expressar por meio de gestos e músicas cantigas de roda a fim de desenvolver o senso rítmico. Dramatizações Expressar sensações, sentimentos, encenações, situações vividas e imaginárias a fim de contribuir no desenvolvimento da expressão corporal. Expressar por meio da dança enquanto Atividades rítmicas e Vivenciar atividades que levam o manifestação expressivas educando a ouvir, comparar, reproduzir corporal que e diferenciar sons a fim de desenvolver trata do corpo e o senso rítmico e a acuidade auditiva. suas expressões artísticas, estéticas, criativas e técnicas a fim de contribuir no desenvolvimento da expressão corporal e do ritmo do educando. 238 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EDUCAÇÃO FÍSICA – 3º ANO EIXOS Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos Esquema corporal O corpo como construção históricosocial/ Conhecimento do corpo Lateralidade Orientação temporal espaço Aprimorar a noção de posição e disposição no espaço a fim de orientar o próprio corpo a um ponto específico do ambiente. organização e a sistematização do conhecimento Corpo e seus cuidados acumulado historicamente, acerca do movimento humano, para ser transformado em saber escolar. Manifestações Ginásticas Ginástica Identificar as funções e alterações do nosso corpo durante o exercício físico, bem como adquirir consciência global do mesmo e de seus movimentos procurando utilizar a expressão corporal como linguagem. Estabelecer com clareza os lados direito e esquerdo, bem como proporcionar atividades utilizando o lado dominante e lado não dominante para abordar a importância dos exercícios compensatórios. Objetivo Geral: Compreender seu próprio corpo e suas partes, bem como a Objetivos Específicos Compreender hábitos saudáveis que auxiliem a qualidade de vida a fim de garantir a higiene pessoal antes, durante e após a prática de atividades físicas e a vestimenta adequada para a mesma, o respeito à integridade física dos colegas, a importância da alimentação e hidratação para a prática de atividade física bem como conhecer desvios posturais e sua prevenção. Possibilitar a vivência e o aprendizado de outras formas de movimento, como os acrobáticos e elementos ginásticos (vela, avião, parada de cabeça e parada 239 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Objetivo Geral: de mão com auxílio), bem como a combinação e sequência de movimentos com e sem materiais específicos e/ou alternativos a fim de propiciar a interação, o conhecimento, a partilha de experiências e ampliar as possibilidades de significação e representação do movimento. Estimular a vivência dos movimentos e elementos ginásticos, a fim de que os educandos vivenciem, descubram e reconheçam as possibilidades e limites do próprio corpo. Jogos, Brincadeiras e Brinquedos Jogos motores brincadeiras Objetivo Geral: Vivenciar jogos, brincadeiras e brinquedos como um conjunto de possibilidades que ampliam a percepção e a interpretação da realidade, bem Jogos de construção como o aprimoramento do desenvolviment o motor, a fim de compreender o Jogos populares lúdico como parte integrante do ser humano e das interações sociais. Jogos de raciocínio e Vivenciar variadas atividades lúdicas a fim de compreender as diferenças entre jogo e brincadeira. Identificar e respeitar as diferentes regras existentes nos jogos (cooperativos e competitivos), com e sem materiais, a fim de contribuir no desenvolvimento das condutas motoras de base (quadrupedar, sentar e levantar, rolar, andar, lançar, apanhar, pegar, levantar e transportar objetos, subir e descer) e neuromotoras (girar, galopear, correr, saltar, saltitar, pular em um só pé, com os dois pés juntos). Criar jogos e brincadeiras, que pressupõem a construção ou reconstrução de um brinquedo a fim de explorar a coordenação motora fina e a criatividade. Resgatar os jogos populares do passado realizados no bairro, vivenciando-os na atualidade e valorizando-os, para que possam contribuir nas relações histórico-sociais, como parte da cultura corporal. Aprimorar 240 a necessidade da PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL concentração e atenção por meio de jogos de raciocínio (trilha) para que possam contribuir no raciocínio lógico matemático e na criação de estratégias para resolução de problemas cotidianos. Dança Objetivo Geral: Expressar por meio da dança enquanto manifestação corporal que trata do corpo e suas expressões artísticas, estéticas, criativas e técnicas, a fim de contribuir no desenvolviment o da expressão corporal e do ritmo do educando. Brinquedos cantados e Expressar-se por meio de gestos e cantigas de roda músicas, a fim de desenvolver o senso rítmico. Dramatizações Expressar sensações, sentimentos, situações vividas e imaginárias por meio de encenações com o intuito de contribuir no desenvolvimento da expressão corporal. Atividades rítmicas e Vivenciar atividades expressivas que expressivas abordam situações cotidianas e histórias infantis que levem o educando a ouvir, comparar, reproduzir e diferenciar sons a fim de desenvolver o senso rítmico e a acuidade auditiva. 241 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EDUCAÇÃO FÍSICA – 4º ANO EIXOS Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos Coordenação motora Viso- Vivenciar por meio de jogos e brincadeiras, atividades motoras que proporcionam controle muscular, coordenação óculo-manual e óculopedal a fim de contribuir para o aprimoramento da coordenação visomotora necessária às atividades do cotidiano. O corpo como construção históricosocial/ Corpo e seus Cuidados Conhecimento do corpo Objetivo Geral: Compreender seu próprio corpo e suas partes, bem como percebê-lo como construção histórico social, a fim de conhecer o corpo em seus aspectos biológicos, físicos, motores e culturais. Corpo e Diferenças Objetivos Específicos Valorizar e ampliar os conhecimentos em torno da postura dinâmica e/ou estática, identificando as possíveis posições adequadas para sentar, deitar, caminhar, carregar objetos e praticar atividade física, a fim de prevenir desvios posturais e promover a saúde e o bem estar. suas Promover a ampliação do conhecimento sobre a diversidade nas relações sociais, para que as aulas de Educação Física promovam oportunidades de relacionamento, convívio e respeito entre as diferenças. Educação Física Convivência Social e Contribuir para socialização entre educandos, a fim de despertá-los para o desenvolvimento de ideias e de valorização humana, tendo o respeito e a coletividade como pressuposto básico de convivência social. Escola, Educação Educação e Compreender a Escola, a Educação e a Educação Física enquanto agentes de 242 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Manifestações Ginásticas Física acesso ao conhecimento produzido pela humanidade, a fim de perceber a diferença entre conhecimento científico e conhecimento empírico. Ginástica Possibilitar a vivência e o aprendizado de outras formas de movimento, como os acrobáticos e elementos ginásticos (rolamento para frente com a perna aberta, flexionada e estendida e para trás começando em pé), bem como os movimentos de construção humana e combinação/ sequência de movimentos, com e sem materiais específicos e/ou alternativos, a fim de propiciar a interação, o conhecimento, a partilha de experiências e ampliar as possibilidades de significação e representação do movimento. Objetivo Geral: Estimular a vivência dos movimentos e elementos ginásticos, a fim de contribuir na formação física e motora do educando. Jogos, Brincadeiras e Brinquedos Jogos Motores Brincadeiras Objetivo Geral: Vivenciar jogos, brincadeiras e brinquedos como um conjunto de possibilidades que ampliam a percepção e a interpretação da realidade, bem como o aprimoramento Jogos de Construção do desenvolvimento motor, a fim de compreender o lúdico como parte integrante do ser humano e das interações e Vivenciar variadas atividades lúdicas a fim de contextualizar as diferenças entre jogo e brincadeira. Identificar e respeitar as diferentes regras existentes nos jogos (cooperativos e competitivos), com e sem materiais, a fim de contribuir no aprimoramento das condutas motoras de base (quadrupedar, sentar e levantar, rolar, andar, lançar, apanhar, pegar, levantar e transportar objetos, subir e descer) e neuromotoras (girar, galopear, correr, saltar, saltitar, pular em um só pé, com os dois pés juntos). Oportunizar aos educandos a construção de regras e brinquedos, a partir de materiais alternativos, discutindo a problemática do meio ambiente por meio do reaproveitamento de sucatas e a experimentação de seus brinquedos e jogos dando outro significado e enriquecendo-os com vivências e práticas corporais. 243 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL sociais. Jogos Populares Resgatar os jogos populares do passado relacionados ao Estado do Paraná, bem como os jogos de origem afrodescendente e indígena, vivenciando-os na atualidade e valorizando-os, para que possam contribuir nas relações histórico-sociais como parte da cultura corporal. Jogos Cooperativos Propor atividades em que os educandos joguem, visando superar desafios e não os adversários, promovendo parceria ao jogar, contribuindo assim, para atingirem objetivos comuns, despertando a integração, a solidariedade, a cooperação e a organização coletiva. Jogos de Raciocínio Compreender a necessidade da concentração e atenção por meio de jogos de raciocínio (dama) para que possam contribuir no raciocínio lógico matemático e na criação de estratégias para resolução de problemas cotidianos. Dança Brinquedos Cantados e Expressar por meio de gestos e músicas Cantigas de Roda para desenvolver o senso rítmico. Objetivo Geral: Atividades Rítmicas e Vivenciar atividades expressivas que Expressivas abordam canções tradicionais com movimentos, palmas, gestos sonoros corporais que levem a criança a ouvir, comparar, reproduzir e diferenciar sons para desenvolver o senso rítmico e acuidade auditiva. Reconhecer que a dança se constitui como elemento significativo da disciplina de Educação Física no espaço escolar, pois contribui para desenvolver a criatividade, a sensibilidade, a expressão corporal e a cooperação, a fim de refletir Dança Elementar Oportunizar acerca da dança a consciência crítica e reflexiva sobre seus significados, características, conceitos, objetivos e história criando situações em que a representação simbólica, peculiar a cada modalidade de dança, seja contemplada, assim como possibilitar o conhecimento das Danças Folclóricas Brasileiras com ênfase no Estado do Paraná, a fim de ampliar o conhecimento acerca da cultura regional 244 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL criticamente sobre a realidade que nos cerca, contrapondo-se ao senso comum. e corporal. 245 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EDUCAÇÃO FÍSICA – 5º ANO EIXOS Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos Qualidade de Vida O corpo como construção históricosocial/ Conhecimento do corpo Objetivo Geral: Compreender seu próprio corpo e suas partes, bem Escola, Educação como percebê-lo Educação Física como construção histórico-social, a fim de conhecer o corpo em seus aspectos biológicos, físicos, motores e culturais. Manifestações Ginásticas Ginástica Objetivos Específicos Compreender a importância da atividade física e seus benefícios à longo prazo, bem como do uso adequado da vestimenta e do local apropriado a prática, na busca do bem estar, estilo de vida saudável e promoção da saúde. Promover hábitos saudáveis que previnam o sedentarismo, a obesidade, a bulimia, a anorexia e os desvios posturais a fim de inferir a importância da hidratação, da alimentação saudável, da postura adequada e prática de atividades físicas. e Compreender a Escola, Educação e Educação Física enquanto agentes de acesso ao conhecimento produzido pela humanidade, a fim de reconhecer o conhecimento científico necessário para a prática da Educação Física. Conhecer o conceito e a história da Educação Física na Escola e no Brasil, a fim de compreender sua importância enquanto disciplina construída historicamente. Explorar as diferentes possibilidades de movimentos acrobáticos e circenses a fim de superar seus limites corporais. 246 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Objetivo Geral: Estimular a vivência dos movimentos e elementos ginásticos a fim de contribuir na formação física e motora do educando. Jogos Motores Brincadeiras Jogos, Brincadeiras e Brinquedos Objetivo Geral: Vivenciar jogos, brincadeiras e brinquedos como um conjunto de possibilidades que ampliam a Jogos de Construção percepção e a interpretação da realidade, bem como o aprimoramento do desenvolviment o motor, a fim de compreender o lúdico como parte integrante do ser humano e Jogos Populares das interações sociais. e Aprimorar por meio de jogos e brincadeiras as condutas motoras de base (quadrupedar, sentar e levantar, rolar, andar, lançar, apanhar, pegar, levantar e transportar objetos, subir e descer) e as neuromotoras (girar, galopear, correr, saltar, saltitar, pular em um só pé, com os dois pés juntos), contextualizando-as, bem como saber identificar e respeitar as diferentes regras existentes nos jogos e brincadeiras com e sem materiais, a fim de contribuir no desenvolvimento social, simbólico, político, cognitivo e motor do educando. Oportunizar aos educandos a construção de regras e brinquedos, a partir de materiais alternativos, discutindo a problemática do meio ambiente por meio do reaproveitamento de sucatas e a experimentação de seus brinquedos e jogos dando outro significado e enriquecendo-os com vivências e práticas corporais, a fim de estimular a consciência reciclável e criativa nos educandos. Resgatar os jogos populares do passado do Brasil, bem como os jogos de origem afrodescendente e indígena, vivenciando-os na atualidade e valorizando-os, para que possam contribuir nas relações histórico-sociais 247 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL como parte da cultura corporal. Lutas Desenvolver, por meio das práticas corporais na escola, conceitos, categorias e explicações científicas reconhecendo a estrutura e a gênese da cultura corporal, bem como condições para construí-la a partir da escola. Dança Objetivo geral: Jogos Cooperativos Conhecer os elementos dos jogos cooperativos, a fim de compreender a necessidade e a importância do trabalho em equipe, da cooperação, da organização coletiva, ou seja, do atuar em conjunto a fim de alcançar um bem comum. Jogos Pré-Desportivos Conhecer jogos de características prédesportivas, evidenciando os elementos dos esportes coletivos. Jogos de Raciocínio Aperfeiçoar a concentração e atenção por meio de jogos de raciocínio (xadrez) para que possam contribuir no raciocínio lógico matemático e na criação de estratégias para resolução de problemas cotidianos. Jogos de oposição Perceber e vivenciar essa manifestação corporal de maneira crítica e consciente, procurando, sempre que possível, estabelecer relações com a sociedade em que vive, a fim de propiciar além do trabalho corporal, a aquisição de valores e princípios essenciais para a formação do ser humano, como: cooperação, solidariedade, autocontrole emocional, entendimento da filosofia que geralmente acompanha sua prática e, acima de tudo, respeito pelo outro, pois sem ele a atividade não se realizará. Atividades Rítmicas e Vivenciar atividades expressivas que Expressivas abordam canções tradicionais com movimentos, palmas, gestos sonoros e corporais que levem a criança a ouvir, 248 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Reconhecer que a dança se constitui como elemento Dança Elementar significativo da disciplina de Educação Física no espaço escolar, pois contribui para desenvolver a criatividade, a sensibilidade, a expressão corporal e a cooperação, a fim de refletir criticamente sobre a realidade que nos cerca, contrapondo-se ao senso comum. comparar, reproduzir e diferenciar sons a fim de desenvolver o senso rítmico e acuidade auditiva. Oportunizar acerca da dança a consciência crítica e reflexiva sobre seus significados, características, conceitos, objetivos e história criando situações em que a representação simbólica, peculiar a cada modalidade de dança, seja contemplada, bem como possibilitar o conhecimento das Danças Folclóricas Brasileiras, a fim de ampliar o conhecimento acerca da cultura corporal. 249 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL REFERÊNCIAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA BETTI, Mauro; ZULIANI, Luiz Roberto. Educação Física Escolar: uma Proposta de Diretrizes Pedagógicas. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte – Ano 1, Número 1, 2002. COLETIVO DE AUTORES (1994). Metodologia do Ensino da Educação Física. 2ª Edição. São Paulo: Cortez Editora. FREIRE, J. B. Educação de corpo inteiro. São Paulo Scipione, 1989. GARANHANI, Marynelma Camargo; Educação Física. In: Ensino Fundamental de nove anos: orientações pedagógicas para os anos iniciais. Curitiba, PR: Secretaria de Estado Da Educação, p. 69-81, 2010. GARANHANI, Marynelma Camargo; MORO, Vera Luiza. A escolarização do corpo infantil: uma compreensão histórica do discurso pedagógico a partir do século XVII. Educar em Revista, Curitiba, n.16, p.109-119, 2000. HILDEBRANDT, R. Concepções abertas no Ensino da Educação Física. Rio de Janeiro. Ao Livro técnico, 1986. KUNZ, E. Transformação didático pedagógica do Esporte. Ijui, Ed Inijui, 1994. SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Física para os Anos Finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba, 2008 (mimeo). SEED. Secretaria de Estado da Educação. Ensino Fundamental de nove anos: orientações pedagógicas para os anos iniciais. Curitiba: Imprensa Oficial do Estado do Paraná, 2010. TANI G...[et al.]. Educação Física Escolar: fundamentos de uma abordagem desenvolvimentista. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1988. 250 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO Ana Maria Rodrigues de Vasconcelos Andréia Cristina dos Santos Elisabethe Lovato De Marchi Rosângela Brogin Rosemeire Soares Plepis O Ensino Religioso é uma área do conhecimento que contribui para o desenvolvimento integral, abrangendo todos os componentes curriculares de forma interdisciplinar, relacionando-se com as vivências, experiências e conhecimentos dos educandos como trabalho educativo de sala de aula. Sendo uma área do conhecimento, é diferente de “aula de religião”, catequese, escola bíblica, ou ainda, de qualquer modelo de doutrinação, não pressupõe a adesão e muito menos o proselitismo ou a propagação de uma determinada crença religiosa. Sua especificidade é a decodificação ou análise das manifestações do sagrado, possibilitando ao educando o conhecimento e a compreensão do fenômeno religioso como fato cultural e social, bem como, visões globais de mundo e de pessoa, promovendo assim, a formação do cidadão multiculturalista. O Ensino Religioso objetiva socializar e construir conhecimentos acerca das deferentes manifestações do sagrado, a fim de estabelecer elementos que permitam ao educando compreender as diferentes culturas, modos de vida e diversas formas de viver o contexto religioso. Nos anos iniciais, deve-se tratar pedagogicamente o conhecimento acerca das diferentes manifestações do sagrado no coletivo, tendo como eixos norteadores a Paisagem Religiosa, o Universo Simbólico Religioso e os Textos Sagrados organizadores dos conteúdos de ensino que serão desenvolvidos em cada etapa do processo ensino/aprendizagem. O conhecimento religioso, nesse contexto, constitui-se em um caminho a mais para o saber sobre as sociedades humanas e sobre si mesmo, que não nega, em momento algum, a fé nas tradições religiosas, mas que procura visar o pluralismo e a diversidade cultural presentes em nossa sociedade. 251 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO 1° ANO EIXOS: PAISAGEM RELIGIOSA TEXTOS SAGRADOS UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO Conteúdos Estruturantes Identidade Religiosa Objetivo geral: Propiciar oportunidade de identificação, conhecimento e aprendizagem em relação as diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade para que os educandos se tornem capazes de entender os movimentos específicos das diferentes culturas religiosas na formação do sujeito. Família e Religião Objetivo geral: Identificar o papel que a religião exerce ou não nas estruturas familiares, a fim de fortalecer os Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Conhecimento de si e do outro: respeito as semelhanças e as diferenças que caracterizam cada indivíduo Abordar a história de vida dos educandos, como foi a escolha do nome, o nascimento, qual é o número de irmãos; Explorar características das famílias, da escola e da comunidade. Os valores religiosos para formação das comunidades Valores humanos: respeito, convivência, responsabilidade, autoestima e solidariedade: regra de convivência Promover atividades que favoreçam a manifestação dos valores humanos. Pesquisar as tradições religiosas da família. 252 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL vínculos familiares, respeitando as diferenças. Simbologia Religiosa Objetivo geral: Proporcionar o estudo do universo simbólico religioso e como o ser humano se relaciona com ele por meio dos tempos respeitando símbolos das diferentes tradições religiosas. Textos Sagrados Símbolos: identificação de objetos simbólicos de diferentes religiosidades Reconhecer que existem diferentes religiões, explorar os símbolos e festas religiosas das famílias dos educandos e da comunidade. Contato com sagrados textos Desenvolver atitudes de amor e de respeito ao transcendente pelo dom da vida, pela capacidade de fazer Histórias relacionadas diferentes ações, pela vida de cada um ao sagrado de nós e de nossas famílias. Objetivo geral: Apresentar os textos sagrados de diferentes religiões do mundo e suas funções para refletir nas diferentes formas de manifestações do sagrado. Locais Sagrados Identificar os locais sagrados do Objetivo geral: município, que foram Conhecer os construídos pelo diferentes locais homem (culturais) e os sagrados, os naturais construídos pelo homem ao longo dos tempos e os Identificar locais sagrados frequentados pelos educandos, abordando atitudes de preservação da natureza, da vida e do planeta. 253 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL encontrados na própria natureza. 254 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO 2° ANO EIXOS: PAISAGEM RELIGIOSA TEXTOS SAGRADOS UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO Conteúdos Estruturantes Identidade Religiosa Objetivo geral: Propiciar oportunidade de identificação, conhecimento e aprendizagem em relação às diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade, para entender os movimentos específicos das diferentes culturas religiosas na formação do sujeito. Família e Religião Objetivo geral: Identificar o papel que a religião exerce ou não nas estruturas familiares, a fim de fortalecer os vínculos familiares, Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Valorização do ser Refletir sobre os valores essenciais a humano, do meio, da vida (respeito, solidariedade, cultura e da convivência, responsabilidade, religiosidade diversidade, tolerância), nas diferentes manifestações religiosas e credos. A que grupo pertenço (família, escola, igreja, comunidade) Conhecimento de si e do outro: Respeito as semelhanças e diferenças que caracterizam cada indivíduo Eu e a importância da natureza para a vida humana e planetária Valores humanos: Conhecer os valores essenciais à vida, a respeito, convivência, partir de experiências do cotidiano, responsabilidade, histórias infantis e canções. autoestima e solidariedade: regra de convivência 255 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL respeitando as diferenças. Simbologia Religiosa Objetivo geral: Proporcionar o estudo do universo simbólico religioso e como o ser humano se relaciona com ele por meio dos tempos para aprender a admirar com respeito os símbolos das diferentes tradições religiosas. Textos Sagrados Símbolos das Aprender a respeitar os símbolos, os diferentes tradições rituais e as celebrações das diferentes religiosas: O que são? tradições religiosas. Para que servem? Celebrações e práticas religiosas Conhecimento respeito da religiosidade e outro e sua do A importância dos símbolos na vida das pessoas, da família Percepção das diversas Desenvolver atitudes de amor e de formas da respeito ao transcendente pelo dom da Objetivo geral: manifestação do vida, pela capacidade de fazer Identificar os sagrado diferentes ações, pela vida de cada um textos sagrados de de nós e de nossas famílias. diferentes religiões Ensinamentos das do mundo e suas diferentes tradições funções como religiosas formas de manifestações do Textos religiosos sagrado. Locais Sagrados Natureza: valorização Cultivar atitudes de cuidado, de e preservação respeito e de responsabilidade consigo, Objetivo geral: com a natureza e com o próximo. Reconhecer os Conhecimentos básicos diferentes locais sobre a natureza e sagrados, os sobre si mesmo, os construídos pelo outros, a diversidade e homem ao longo o transcendente dos tempos e os encontrados na Descobrindo a beleza 256 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL própria natureza, a fim de relacionar importância da natureza para continuidade da vida. do mundo O Planeta em que vivemos: Mundo que temos e mundo que queremos 257 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO 3° ANO EIXOS: PAISAGEM RELIGIOSA TEXTOS SAGRADOS UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO Conteúdos Estruturantes Diversidade Religiosa Objetivo geral: Oportunizar que os estudantes aprendam a conviver harmonicamente com outras pessoas e com o meio, respeitando as diferenças e percebendo que essa relação vivida de forma íntegra, conduz ao bem estar físico, social, mental e espiritual, a fim de garantir a compreensão ampla da diversidade cultural frente à demanda social contemporânea. Arte e Espiritualidade Objetivo geral: Compreender o sagrado nas linguagens Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Convívio escolar; Entender as diferentes manifestações do respeito, justiça, sagrado no coletivo, respeitando as solidariedade no diferentes tradições religiosas. ambiente escolar Noções básicas de identidades, alteridade e transcendência/noções de valores e contra valores Valorização da vida: somos seres que dependemos uns dos outros A importância da Reconhecer as diferentes formas de religiosidade na expressões artísticas como linguagens convivência familiar e do sagrado. social Ser família em nosso tempo (significado e 258 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL artísticas comparando as diferentes expressões de transcendentes. Culturas religiosas e as prescrições éticas Objetivo geral: Aprender a viver harmonicamente e socialmente com o grupo, respeitando o outro para compreender a própria religiosidade e a do outro. Textos Sagrados Objetivo geral: Identificar os textos sagrados de diferentes religiões do mundo e suas funções para refletir nas diferentes formas das manifestações do sagrado. Os Mitos Objetivo geral: Compreender a importância dos mitos na importância) Atitudes de respeito, de cuidado de responsabilidade por si mesmo, pelo outro e pela natureza Valorização e respeito Promover uma pratica educativa de ao ser humano, do respeito às diferentes manifestações meio, da cultura e da religiosas e credos. religiosidade, presentes numa sociedade pluralista Pluralidade religiosa: as diferentes expressões do Transcendente O valor da convivência baseado no respeito, mútuo e na aceitação do diferente como algo enriquecedor Fé: sentimento natural no ser humano que conduz a vida e o encontro com o transcendente Perceber como se manifesta o sagrado nas diferentes tradições religiosas; Compreender as diferentes manifestações do fenômeno religioso no processo histórico da humanidade. Escrito sagrados que falam da imagem do Transcendente das tradições; A paz e o diálogo nos escritos sagrados Vida: concepção e Compreender a Fé como força de existência mobilização das ações passadas e presentes tanto no campo científico Narrativas e mitos quanto nos contextos de crença dos sagrados nas histórias povos. dos povos (Mitos 259 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL construção das crenças religiosas, diferenciando-as das lendas, a fim de entender a origem do mundo. religiosos, no mínimo quatro: indígena, africano, ocidental e oriental) 260 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO 4° ANO EIXOS: PAISAGEM RELIGIOSA TEXTOS SAGRADOS UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO Conteúdos Estruturantes Culturas religiosas e as prescrições éticas Objetivo geral: Aprender a viver harmonicamente e socialmente com o grupo, respeitando o outro, a fim de entender a própria religiosidade e a do outro. Textos Sagrados Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Paz e direitos humanos em diversos grupos sociais (família, escola e comunidade) Reconhecer e respeitar as diferentes culturas e tradições religiosas, a partir das trazidas das famílias caracterizandoas. A tolerância religiosa A solidariedade e a percepção do outro como postura ética Textos transmitidos de forma oral ou de forma Objetivo geral: escrita pelas diferentes Identificar os culturas religiosas em textos sagrados de cantos, poema, diferentes religiões pinturas, livros do mundo e suas sagrados entre outros funções para entender as diferentes formas de manifestações do sagrado. Culturas As manifestações religiosas e as religiosas no Paraná prescrições Rituais Festas e rituais Religiosos e religiosos Não Religiosos Perceber como se manifesta o sagrado nas diferentes tradições religiosas; Compreender as diferentes manifestações do fenômeno religioso no processo histórico da humanidade. Socializar e valorizar as diferentes tradições religiosas vivenciadas pelos educandos, utilizando símbolos, história e ritos com referência ao sagrado. Objetivo geral: 261 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Compreender e refletir sobre a existência de rituais religiosos e não religiosos, a fim de entender seus significados e a importância que possuem na vida das pessoas. Concepções do Sagrado Feminino e do Sagrado Masculino Objetivo geral: Perceber a igualdade ou desigualdade entre homens e mulheres no desempenho de papéis na comunidade religiosa para descobrir-se enquanto ser humano, com características diferentes mais com direitos iguais. Os Mitos Objetivo geral: Compreender a importância dos mitos na O corpo enquanto espaço reservado para a morada do sagrado (alimentação, hábitos, culturas, rituais entre outros) Aprender o valor da convivência, baseada no respeito mútuo e na aceitação do diferente como algo enriquecedor; Fortalecer a convivência respeitando a diversidade. social, A convivência humana e as ações éticas Participação no universo religioso: o papel do homem e da mulher nesse contexto Divindades femininas e masculinas nas religiões (imagens e histórias de deusas como: Pacha Mama (povos andinos), Amaterasu (japoneses), Kali (céltica), Gaya (gregos), e deuses como Zeus (grego), Amon-rá (egípicio) Vida: concepção e Reconhecer valores essenciais à vida, existência por meio dos mitos herdados dos antepassados. Narrativas e mitos sagrados nas histórias dos povos (indígena, 262 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL construção das crenças religiosas, diferenciando-os das lendas, a fim de entender a origem do mundo e dos seres, no interior das religiões tratadas como um tipo especial da expressão da realidade. africano, ocidental e oriental) 263 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO 5° ANO EIXOS: PAISAGEM RELIGIOSA TEXTOS SAGRADOS UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO Conteúdos Estruturantes Culturas religiosas e as prescrições éticas Objetivo geral: Aprender a viver harmonicamente e socialmente com o grupo, respeitando o outro, a fim de entender a própria religiosidade e a do outro. Concepções do Sagrado Feminino e do Sagrado Masculino Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Grandes líderes que Reconhecer que pela experiência promoveram a paz individual e grupal, podemos contribuir mundial na edificação de uma comunidade mais justa e solidária; Importância da família e a religião: tradição Promover uma pratica educativa de passada pelas gerações respeito às diferentes manifestações religiosas e credos. Modificação no corpo e seu desenvolvimento (nas diferentes formas de manifestações culturais e religiosas dos diferentes povos. Objetivo geral: Ex: modificação do Perceber a corpo nos indígenas, igualdade ou mudança de fases – desigualdade entre criança, adulto; homens e vestimentas, mulheres no ornamentos, argolas desempenho de no pescoço, assim papéis na como os ritos de comunidade passagem) religiosa, a fim de descobrir-se enquanto ser humano, com características Aprender o valor da convivência, baseada no respeito mútuo e na aceitação do diferente como algo enriquecedor; Fortalecer a convivência respeitando a diversidade. 264 social, PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL diferentes, mas com direitos iguais. O Rito (Sacralização do Tempo) Manifestações culturais e lugares considerados sagrados no Brasil (exemplo de Objetivo geral: manifestações: festa do Conhecer e padre Cícero, boi reconhecer os bumba, Iemanjá, diversos sentidos e DançaXire, o significados candomblé, o KiKi – expressos pelos ritual fúnebre, a via rituais, símbolos e sacra, o festejo espiritualidades indígena da colheita, das tradições entre outros; exemplos religiosas para de lugares: templos e respeitar a igrejas, terreiros, multiplicidade de cemitérios indígenas, manifestações etc.) religiosas. Reencarnação, Vida: concepção e Ressurreição, existência: ser humano Ancestralidade como parte da criação e a Negação da Ideia de Conceitos sobre vida e Possibilidade morte nas diversas de Vida além da manifestações Morte religiosas Objetivo geral: Conhecer e analisar as múltiplas concepções do Transcendente, suas representações nas diversas tradições religiosas, suas crenças e doutrina como possíveis respostas Conhecer as diferentes tradições religiosas a partir do conhecimento de celebrações e rituais praticados em nossa sociedade; Aprender a respeitar os símbolos, os rituais e as celebrações das diferentes tradições religiosas. Refletir sobre a vida e a morte, desenvolvendo atitudes de gratidão amor e respeito ao transcedente pelo dom da vida. A questão da transcendência e/ou imanência como manifestação no ser humano O sentido da vida nas tradições e manifestações religiosas: a reencarnação: além da morte, ancestralidade, espíritos dos 265 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL norteadoras da vida: ressurreição, reencarnação e ancestralidade, a fim de perceber os conceitos sobre vida e morte nas diversas tradições e manifestações religiosas. antepassados que se tornam presentes e outras: ressurreição, apresentação de como cada crença encara a questão da morte e a maneira como lidam com o culto aos mortos, finados e dos dias especiais para tal relação. 266 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL REFERÊNCIAS ENSINO RELIGIOSO SEED. Secretaria de Estado da Educação. Ensino Fundamental de nove anos: orientações pedagógicas para os anos iniciais – Ensino Religioso. Curitiba: Imprensa Oficial do Estado do Paraná, 2010. 267 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL GEOGRAFIA Adriana Caldeira dos Santos Gualberto Juliana Rosa Bogo Braz Rosely Bagini Guarido Rosilene Nascimento Polizeli Tendo em vista o quanto o mundo é dinâmico e passível de transformações, consideramos a Geografia uma área do conhecimento que tem por objetivo estudar o espaço geográfico, isso é, o meio ou a realidade material onde a humanidade vive tornando-o compreensível para os educandos. A partir de suas experiências cotidianas e próximas, vivenciadas pelos educandos, que deverão adquirir atitudes procedimentos e conhecimentos que passam da dimensão do local para a compreensão do global, fazendo comparações, identificando semelhanças e diferenças. Dessa forma, valorizamos a importância de se perceberem como agentes construtores de paisagens e lugares; entendendo que essas são resultantes de múltiplas interações entre a sociedade, a cultura e a natureza. Pensando nisso, fundamentamos a seleção dos conteúdos na importância social e na formação intelectual e cidadã dos educandos, apoiados em três eixos essenciais: Lugar: O conceito de lugar diz respeito aos laços afetivos e identitários que unem as pessoas aos seus espaços de vivência. A casa, a rua, a escola, o local de trabalho, um templo ou espaço religioso, uma praça, a associação de moradores entre outros casos. Como esses lugares e o que nos une afetivamente e identitariamente a eles são questões que devem mobilizar seus estudos. Além disso, o lugar encontra-se no mundo, está ligado a ele por uma série de aspectos, sejam eles econômicos, políticos ou culturais. Isso reforça a ideia de que eles não se encontram isolados e devem ser percebidos nas suas relações. Natureza: O estudo da natureza e sua importância para o homem – enfoca os fenômenos naturais, sua regularidade e possibilidade de previsão pelo homem e as questões socioambientais. É importante para o aprendizado que o educando possa construir raciocínios lógicos sobre as leis que regulam o universo dos fenômenos naturais, reconhecendo a relevância desse conhecimento, não só para a continuidade do avanço das ciências da natureza, mas também para a sua vida prática. Sociedade: A sociedade deve ser entendida em seus aspectos sociais, econômicos, culturais e políticos e nas relações que ela estabelece com a natureza para a produção do espaço geográfico, bem como no estudo de sua distribuição espacial. A sociedade produz um intercâmbio com a natureza, de modo que a última se transforma em função dos interesses da primeira. Ao mesmo tempo, a natureza não deixa completamente de influenciar a sociedade, que produz 268 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL seus espaços geográficos nas mais diversas condições naturais. Os eixos norteadores propostos devem oportunizar a apropriação do conteúdo numa perspectiva de totalidade de história, ou seja, desenvolver o trabalho com noções conceituais. Nestas diretrizes curriculares, o conceito adotado para o objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, entendido como aquele produzido e apropriado pela sociedade, composto por objetos naturais, culturais e técnicos e ações pertinentes a relações socioculturais e político-econômicas. De acordo com a concepção teórica assumida, são apontados os Conteúdos Estruturantes da Geografia para a Educação Básica, considerando que seu objeto de estudo/ensino é o espaço geográfico. Entende-se por conteúdos estruturantes os saberes e os conhecimentos de grande amplitude que identificam e organizam os campos de estudo de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino. A partir dele, derivam-se os conteúdos específicos, a serem trabalhados na relação de ensino e aprendizagem no cotidiano escolar. Nestas Diretrizes Curriculares, os conteúdos estruturantes são: Dimensão econômica da produção do/no espaço: Para o Ensino Fundamental, a abordagem desse conteúdo estruturante enfatiza a apropriação do meio natural pelo homem, com o intuito de criar uma rede de transformação e circulação de mercadorias, pessoas, informações e capitais, o que tem causado uma intensa mudança na produção do espaço. Sob tal perspectiva, considera-se que o educando é agente da construção do espaço e, portanto, é também papel da Geografia subsidiá-los para interferir conscientemente na realidade. Dimensão socioambiental: Esse conteúdo estruturante é um subcampo da Geografia e, como tal, permite abordagem do temário geográfico, porque não se restringe ao estudo da flora e da fauna, mas abarca a interdependência das relações entre sociedade, componentes físicos, químicos, aspectos econômicos, sociais e culturais. Para Mendonça. “O termo sócio aparece, então, atrelado ao termo ambiental para enfatizar o necessário envolvimento da sociedade como sujeito, elemento, parte fundamental dos processos relativos à problemática ambiental contemporânea.” Geopolítica: Para o Ensino Fundamental a geopolítica é campo de estudo da geografia e, como conteúdo estruturante traz uma proposta pedagógica de reflexão sobre os fatos históricos que relacionam episódios passados e presentes, os quais concretizam a interrelação entre espaço e poder (território). Dinâmica cultural e demográfica: Esse conteúdo estruturante permite a análise do espaço geográfico, sob a ótica das relações sociais e culturais, bem como da constituição, distribuição e mobilidade demográfica. 269 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL A abordagem cultural do espaço geográfico é entendida como um campo de estudo da geografia. Como tal, foi e ainda é importante área de pesquisa acadêmica, embora esteja pouco presente na escola. Assim, os estudos sobre os aspectos culturais e demográficos do espaço geográfico contribuem para compreender esse momento de intensa circulação de informações, mercadorias, dinheiro, pessoas e modos de vida. Em meio a essa circulação, está a construção cultural singular e também a coletiva, que pode caracterizar-se tanto pela massificação da cultura quanto pelas manifestações culturais de resistência. Por isso, mais do que estudar particularidades, esse conteúdo estruturante se ocupa com os estudos da formação demográfica das diferentes sociedades; as migrações que imprimem novas marcas nos territórios e produzem territorialidades, e as relações político-econômicas que influenciam essa dinâmica. 270 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL GEOGRAFIA 1º ANO EIXOS: LUGAR NATUREZA SOCIEDADE Conteúdos Estruturantes O espaço geográfico de relações Objetivo geral: Conhecer e identificar os referenciais espaciais, as semelhanças e diferenças do espaço escolar a fim de localizar-se no ambiente escolar com autonomia. O espaço geográfico de relações Objetivo geral: Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Os espaços que compõem a escola e sua localização: - O pátio - As salas de aula -A secretaria e a direção Orientação e supervisão - O refeitório e a cozinha - Os sanitários -A biblioteca - A quadra - O parque -Ambiente educacional informatizado - Sala Multiuso O espaço da sala de aula: - localização - organização - representação (planta baixa) Os espaços de realização de brincadeiras: - localização - organização Espaço de moradia: - localização - tipos de moradia - espaço de relações do grupo familiar Conhecer a organização espacial do ambiente escolar a fim de constatar que os espaços possuem organizações diferentes dependendo do seu uso. Localizar a sala de aula do educando no espaço escolar, percebendo sua organização e representando-a, a fim de situar-se num espaço maior e comparálo com outros espaços. Identificar e organizar espaços da escola na realização de brincadeiras para perceber que os espaços podem ser utilizados de diferentes formas. Localizar os pontos de referência e o endereço relacionados à sua moradia para se locomover com autonomia; Identificar as diferentes formas de 271 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Reconhecer as diferenças e semelhanças entre as formas de moradia para conhecer e respeitar os diferentes modos de vida social. - representação gráfica moradia (casas de alvenaria e madeira, sobrados, sobrelojas, apartamentos, tenda, trailer, iglu, ocas, castelos, palafitas, barraca, entre outros), a fim de entender que a cultura e os recursos econômicos determinam o modo de vida e as formas de moradia de um povo; Reconhecer os vínculos afetivos que construímos nos espaços de vivência do grupo familiar para perceber que os laços afetivos unem as pessoas nos seus espaços de vivência; Espaço Geográfico (construído pelo homem) Produzir representações gráficas (maquetes ou representações espaciais) do espaço de moradia a fim de perceber que existem diferentes formas de representação do espaço geográfico. Espaço natural Conceituar espaço natural e espaço Espaço Geográfico ou geográfico a fim de diferenciá-los, no cotidiano escolar e extraescolar; Cultural Objetivo geral: Identificar os elementos naturais e culturais no espaço de vivência para compreender as razões que levaram a paisagem a ser como ela é. Transformações Matéria prima e dos elementos processo de produção naturais (matéria-prima) em produtos que tenham utilidade Classificar e comparar os elementos naturais e culturais existentes no espaço de vivência a fim de perceber a presença da natureza e das ações humanas em seu cotidiano. Conhecer alguns elementos naturais que podem ser transformados conforme as necessidades humanas, como a árvore, frutas e vegetais a fim de identificar os processos específicos de mudança da natureza em benefício do ser humano; 272 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Objetivo geral: Compreender que o homem utiliza os elementos naturais, como fonte de recursos que podem ser transformados de acordo com as necessidades humanas. Perceber que de acordo com a extração/produção da matéria prima o espaço geográfico é modificado. 273 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL GEOGRAFIA 2º ANO EIXOS: LUGAR NATUREZA SOCIEDADE Conteúdos Estruturantes As crianças e seu espaço Objetivo geral: Desenvolver o raciocínio geográfico de modo que se perceba a inserção dos espaços (escola, moradia, bairro). O espaço de sala de aula enquanto parte de um espaço maior Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Moradia: - espaço ocupado - organização - localização - inserção dos espaços Localizar o espaço da moradia e de vivência familiar a fim de oportunizar reflexões sobre a organização do ambiente em que se vive; Reconhecer que o espaço de moradia faz parte de um espaço maior, localizando os vizinhos do entorno, a fim do educando perceber a inserção dos espaços. Sala de aula: Localizar, organizar e representar o - localização espaço de vivência na escola e no bairro, - organização tendo a sala de aula como ponto de - representação (planta referência, a fim de compreender que baixa) em espaços coletivos a organização é necessária para o seu funcionamento. Elementos que Identificar os elementos físicos e compõem esse espaço: humanos que compõe a sala de aula a físicos e humanos fim de verificar que esses elementos estão presentes em diferentes espaços e cada elemento tem sua função específica. Objetivo geral: Analisar o espaço de vivência na sala de aula, na escola e no bairro identificando os elementos que compõem esse espaço a fim de diferenciá-los e relacioná-los a sua utilidade. Os espaços que Escola ocupamos - localização enquanto - organização Localizar a escola, bem como saber seu endereço, nomeando ruas e pontos de referência próximos a fim do educando 274 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL espaço de relações: escola Objetivo geral: Compreender a escola como um dos espaços que as pessoas ocupam buscando compreender as relações de convivência que nele se estabelecem. se locomover com autonomia. Localização espacial Reconhecer as características dos das diferentes diferentes espaços da escola e seus usos, atividades a fim de perceber que as atividades são desenvolvidas nas realizadas e organizadas de acordo com escolas o espaço que ocupam. Escola: Perceber a escola inserida em um espaço - inserção de espaços maior a fim de estabelecer relações de interdependência desses espaços; Reconhecer o bairro enquanto parte de um espaço maior, percebendo que vários bairros formam a cidade. Elementos naturais e Destacar as diferenças e semelhanças do culturais que fazem espaço escolar, para que os elementos parte desse espaço naturais e culturais sejam valorizados e preservados pela comunidade escolar. Representação Representar o espaço escolar, a fim de identificar a escola como parte de um espaço maior, que é o bairro. 275 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL GEOGRAFIA 3º ANO EIXOS: LUGAR NATUREZA SOCIEDADE Conteúdos Estruturantes O espaço do município e suas relações com outros espaços. Objetivo geral: Compreender que o município é formado pelos espaços urbano e rural a fim de que se perceba a organização do espaço do município e a sua relação com outros espaços. A organização do espaço do Município de Maringá: espaço rural e urbano Objetivo geral: Conhecer a organização do espaço geográfico do município de Maringá a fim de perceber que o Conteúdos Específicos Localização geográfica do município e seus limites O município e sua inclusão em outros espaços (estado, país e mundo) Objetivos Específicos Localizar geograficamente o bairro do educando e outros bairros para perceber a composição espacial do município. Identificar a inclusão do município no estado, no país e no mundo, a fim de estabelecer relações de inserção, considerando que o espaço é um componente e independente de outros. Divisão do município: Conceituar e identificar os espaços a) espaço rural: urbano e rural dentro do município para chácaras, sítios, entender que esses espaços juntos fazendas, etc. formam o espaço maior que é o b) espaço urbano: ruas, município. bairros, quarteirões, etc. O espaço do educando Localizar os limites geográficos do no município (urbano município com o intuito de perceber as e rural) relações com outros espaços e seus limites As atividades ligadas a Identificar as principais atividades Terra: agricultura, econômicas praticadas no espaço rural, criação de animais, a fim de reconhecer a importância extração de recursos dessas atividades para o fornecimento da natureza de alimentos e matéria-prima para subsistência, indústria e diversidade econômica. Problemas sócios Identificar problemas sócio-ambientais ambientais dos vividos pelas pessoas que habitam a espaços rurais: zona rural, de modo que percebam que trabalho, êxodo rural, direta ou indiretamente esses problemas uso de agrotóxicos, sócio-ambientais interferem na vida das alimentação, educação pessoas. e transportes As atividades Identificar as principais atividades 276 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL município está inserido num espaço maior em que as pessoas estabelecem relações econômicas, sociais, culturais e políticas. Serviços públicos no bairro Objetivo geral: Identificar os serviços públicos considerados essenciais no bairro a fim de reconhecer a importância e necessidade para garantir a qualidade de vida de seus habitantes. realizadas no espaço urbano: comércio, indústria e prestação de serviços (bancos, hospitais, transporte, etc.) Problemas ambientais e sociais no espaço urbano: poluição, falta de saneamento básico, moradia, desemprego, etc. Os espaços urbanos e rurais se complementam Serviços públicos realizados no bairro: saneamento básico, transportes, assistência médica, etc. Problemas sociais e ambientais no espaço do bairro: poluição, violência, trânsito, desemprego, etc. econômicas praticadas no espaço urbano, a fim de reconhecer a importância dessas atividades para a economia e para a sociedade. Reconhecer a importância e a necessidade dos serviços oferecidos à população, a fim de perceber que o poder público precisa garantir os direitos da população. Perceber que os espaços urbanos e rurais são interdependentes e se complementam, a fim de valorizar ambos em sua dimensões próprias e comuns. Conhecer os serviços públicos realizados no bairro a fim de reconhecer a importância e a necessidade dos mesmos para a qualidade de vida das pessoas. Identificar os problemas sociais e ambientais existentes no bairro para compreender que os mesmos são consequência da inexistência ou insuficiência dos serviços públicos. 277 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL GEOGRAFIA 4º ANO EIXOS: LUGAR NATUREZA SOCIEDADE Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Localização geográfica Localizar os limites geográficos do do Paraná e seus município com o intuito de perceber as limites relações com outros espaços e seus limites. O Paraná e sua Identificar a inclusão do Paraná no país inclusão em outros e no continente, a fim de estabelecer espaços (país e relações de inserção, considerando que continente) um espaço é componente e interdependente de outros. Elementos naturais Conceituar e conhecer os elementos que formam o espaço naturais que formam o espaço natural e O espaço natural e geográfico: geográfico (relevo, tempo, clima, paranaense: os hidrografia e vegetação), para que conjuntos de Relevo: entendam a interdependência desses paisagens elementos na formação do espaço naturais do *formas/descrição/imp paranaense. Paraná ortância; Objetivo Geral: *transformações Identificar as transformações da Conhecer os (natureza e homem) paisagem natural pela ação humana conjuntos de Hidrografia: para perceber que o homem é o paisagens naturais *principais rios do principal agente transformador do do Paraná para município e do Paraná; espaço geográfico. entender a *importância ocupação do espaço (fornecimento de água, paranaense. pesca, produção de energia e transporte) Vegetação: *tipos de vegetação do município e do Paraná; *desmatamento/conserva ção. Clima: *diferenciar tempo; clima e 278 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Clima do Paraná A produção do espaço Paranaense: setor primário, setor secundário e setor terciário Objetivo Geral Entender a importância das atividades econômicas realizadas no espaço paranaense visando a compreensão da sua ocupação e transformação 1)As atividades Identificar os tipos de extrativismo primárias: realizados no espaço paranaense (ontem e hoje), a fim de entender sua A)Extrativismo: ouro, importância para a economia do estado madeira, erva-mate e e formação dos sociais. recursos minerais b) Tropeirismo e Compreender como se iniciou a pecuária tradicional e pecuária no estado e como se encontra moderna hoje, a fim de entender como essa atividade econômica contribuiu para o surgimento de núcleos urbanos e desenvolvimento da economia. c) A agricultura e as Compreender a importância da transformações no agricultura, a fim de perceber sua espaço paranaense influência na ocupação e transformação do espaço paranaense. Identificar a agricultura como produtora de alimentos e matérias-primas, a fim de verificar sua importância na economia do estado. 2) O setor secundário: A industrialização e urbanização do espaço paranaense Compreender que a indústria se tornou a principal atividade econômica do estado e acelerou a exploração dos elementos da natureza, a fim de perceber sua influência no processo de transformação das paisagens e de urbanização do estado. 3) O setor terciário: comércio e prestação de serviços (escolas, hospitais, escritórios, bancos, etc.) e as transformações no espaço urbano Identificar as diferentes atividades realizadas no setor terciário, a fim de compreender sua importância na economia do estado e relacioná-las com os processos de urbanização. 279 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL GEOGRAFIA 5º ANO EIXOS: LUGAR NATUREZA SOCIEDADE Conteúdos Estruturantes O território brasileiro: localização geográfica Objetivo geral: Compreender que o Brasil é formado por estados a fim de localizar-se e orientar-se no espaço através de leitura cartográfica. Formação da população brasileira Objetivo geral: Conhecer o processo de formação da população brasileira para compreender a diversidade cultural construída pelas diferentes etnias. Atividades Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Localização geográfica e posição astronômica do território brasileiro e seus limites Conhecer a localização geográfica e astronômica do Brasil a fim de identificá-lo como um dos países do continente americano. Conhecer as principais formas de regionalização do território brasileiro a fim de compreender que as mesmas foram criadas para facilitar a organização e a administração desse espaço e passaram por mudanças no decorrer dos anos. A divisão política Identificar as unidades político administrativa do administrativas da Federação Brasileira Brasil (estados e cinco (estados) para compreender que a regiões do IBGE) Federação (Brasil) corresponde à união instituída entre as unidades independentes. Povos indígenas Identificar os diferentes povos que formaram a população brasileira para Povos africanos compreenderem que a mesma é Imigrantes resultado da miscigenação de diferentes etnias; Conhecer a influência cultural das etnias que compõem a sociedade brasileira para compreender que a diversidade cultural é resultado da convivência entre as mesmas. As atividades Identificar os tipos de extrativismo 280 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL econômicas no Paraná e no Brasil Objetivo geral: Entender as atividades primárias como uma das atividades econômicas fundamentais do estado visando a compreensão da ocupação e transformação do espaço territorial. primárias e as transformações no campo: - extrativismo -tropeirismo e pecuária tradicional e moderna - agricultura realizados no Paraná e no Brasil (ontem e hoje) a fim de entender sua importância para a economia do estado e do país; e a formação dos grupos sociais; Compreender como se iniciou a pecuária no estado e no país e como se encontra hoje a fim de entender como essa atividade econômica contribuiu para o surgimento de núcleos urbanos e desenvolvimento da economia; Compreender a importância da agricultura a fim de perceber sua influência na ocupação e na transformação do espaço; Indústria e setor de serviços: Paraná e Brasil A industrialização (setor secundário) e urbanização do espaço paranaense e brasileiro Objetivo geral: Perceber que as atividades dos setores secundário e terciário se tornaram as principais atividades econômicas na atualidade para que compreendam que as mesmas contribuíram e contribuem de forma significativa para Atividades do setor terciário e as transformações no espaço urbano: comércio e prestação de serviços Identificar a agricultura como produtora de alimentos e matérias-primas a fim de verificar sua importância na economia do estado e do país. Compreender que a industrialização acelerou a exploração dos elementos da natureza a fim de perceber sua influência no processo de urbanização e transformação do estado e do país. Identificar as diferentes atividades realizadas no setor terciário a fim de relacioná-las com os processos de urbanização. 281 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL a urbanização dos espaços. 282 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL REFERÊNCIAS BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997. SEED. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Geografia. Curitiba, PR. 2008. p. 31-33, 75-78. SEED. Secretaria de Estado da Educação. Ensino Fundamental de nove anos: orientações pedagógicas para os anos iniciais. Curitiba: Imprensa Oficial do Estado do Paraná, 2010. 283 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL HISTÓRIA Ana Paula Rodriguez Cintya Correa Dorne de Carvalho Edilene Cunha Martinez Eliana Moreira Amaral de Souza Lúcia Catto Magalhães Campelo Sandra Mara Milak O desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida está intimamente ligado às experiências advindas do convívio social, sejam elas na família ou na educação infantil institucionalizada. Essas experiências a ajudarão a compreender-se como um ser único em meio a outros seres igualmente singulares, ou seja, um ser com identidade própria. O autoconhecimento norteia a construção da identidade apontando para o fato de que os vínculos estabelecidos ainda na infância são extremamente necessários. A família é o primeiro canal de socialização, em seguida, e tão importante quanto, está o CMEI. Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, a autonomia, assim como a identidade formam um eixo do trabalho com as crianças pequenas, o mesmo referencial descreve que a autonomia é "a capacidade de se conduzir e de tomar decisões por si próprio, levando em conta regras, valores, a perspectiva pessoal, bem como a perspectiva do outro". Mais do que autocuidado, saber vestir-se, alimentar-se, escovar os dentes ou calçar os sapatos, ter autonomia significa ter vontade própria e ser competente para atuar no mundo em que vive. É na creche que a criança conquista suas primeiras aprendizagens, adquire a linguagem, aprende a andar, começa a formar o pensamento simbólico e se torna um ser sociável. Nesse trajeto, outro eixo, Natureza e Sociedade completam o trabalho na Educação Infantil, apontando que é preciso educar a criança para a curiosidade, instigar os momentos de pesquisa, com a elaboração de problemas simples, que possam ser resolvidos. As noções sobre a vida em sociedade contribuem para que as crianças possam perceber as desigualdades sociais e culturais desde cedo. E, uma das principais tarefas do professor educador nessa fase é ajudar os pequenos a se adaptar ao meio. Isso significa trabalhar tanto a relação da criança com as outras pessoas quanto com o meio físico no qual se dá o seu desenvolvimento. Quando a criança tem a possibilidade de conhecer e principalmente, atuar sobre os fenômenos, ela compreende que as pessoas vivem em espaços e tempos determinados, e seguem normas estabelecidas entre si ou impostas pela natureza. É essa criança curiosa, observadora que vem da Educação Infantil, que recebemos nas escolas públicas de Maringá no Ensino Fundamental I. E, é para o trabalho com essas crianças que estão formando seus conceitos científicos acerca da sociedade em que vivem, que destacamos: “não nos enganemos: a imagem que fazemos de outros povos, e de nós 284 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL mesmos, está associada à História que nos ensinaram quando éramos crianças. Ela nos marca para o resto da vida. Sobre essa representação, que é para cada um de nós uma descoberta do mundo e do passado das sociedades, enxertam-se depois opiniões, ideias fugazes ou duradouras, como um amor [...] mas permanecem indeléveis as marcas das nossas primeiras curiosidades, das nossas primeiras emoções”. (FERRO, 1983, p.11). Sustentados pelas palavras de Marc Ferro (1983), percebemos a grande importância da escola na apropriação do conhecimento científico pelo aluno que essa assiste. Especificamente o desenvolvimento do pensamento histórico deve ser o foco, no qual a constante relação entre o passado e o presente deve ser condição primeira para se analisar as permanências e mudanças, bem como o trabalho com as diferentes temporalidades, tendo como ponto de partida a curiosidade, a significância e o contexto social como determinantes para o ensinar e o aprender História. Nesse sentido, a disciplina de História deve ser vista no currículo como suporte científico para as demais disciplinas, que devem vê-la como uma ciência. Acerca do aprender e do ensinar História, Fonseca (2009, p.6), nos alerta que: “Os professores e alunos nos primeiros anos de escolarização aprendem, ensinam, fazem história. O ensino de História e a aprendizagem de história não ocorrem somente partir do 6º ano, mas desde os primeiros tempos de vida da criança, nas etapas de socialização e alfabetização. Logo, merecem ser discutidos, analisados, enfim, estudados por todos os que se preparam para o desafio de educar crianças. A história é uma disciplina essencialmente formativa!”. Pensando no que foi mencionado acima, podemos perceber que a formação humana é também o foco dessa disciplina. HISTÓRICO DA DISCIPLINA A história enquanto disciplina surge no século XVIII no auge da Revolução Francesa com seu diário de igualdade, liberdade e fraternidade, na luta por escola pública. No Brasil, mais precisamente no Império, a história é vista como optativa, porém com o cunho moral e cristão. Somente com a criação do Colégio Dom Pedro II, em 1837, a história se torna disciplina escolar, tendo como foco a história das civilizações, dos grandes feitos eurocêntricos. Com a ação das escolas elementares, há uma redução da história cristã e começa a aparecer estudos sobre a história regional. O caráter civilizatório presente no século XIX, como apresenta Oliveira (2010), via no campo educacional um terreno fértil para “civilizar” a população e buscou unir educação e saúde como linha de frente como pode ser visto na Reforma Francisco Campos, em 1931 quando é criado o Ministério da Educação e da Saúde Pública. Gustavo Capanema também reafirma esse propósito em 1942, quando o ensino que conhecemos passou a ser sistematizado. Na década de 1960, os Estudos Sociais passam a ser disciplina obrigatória na 285 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL escola primária e disciplina optativa no ensino médio de acordo com a LDB de 1961. Após o golpe militar de 1964, o caráter da disciplina passa a ser relacionado à formação moral e cívica e se consolida no currículo escolar dos anos iniciais como obrigatória. Nesse contexto, Estudos Sociais era o nome dado à junção feita pelas disciplinas de História e Geografia. Esse processo se torna questionável quando o governo militar entra em cena, com a lei 5692/71 a disciplina de História passa a ter como foco o caráter militar, trabalhavam os valores da ordem e da conservação na perspectiva do desenvolvimento sem fomentar reflexão a respeito da ação humana como construtora da história. E, disciplinas como OSPB, Educação Moral e Cívica, Indústria Caseira, Indústria Agrícolas surgem para firmar os propósitos elencados na lei. Se antes o trabalho desenvolvido era da história dos grandes feitos, da história universal, das civilizações, agora, nesse contexto, o trabalho passa a ser em círculos concêntricos, ou seja, parte-se da história do indivíduo, da sua família, sua escola, seu bairro, seu município, seu estado, seu país. Porém, não como proteção desse indivíduo, mas como forma de observá-lo, de saber o que este indivíduo faz. Vale lembrar que estamos retratando fatos de um período militar, portanto a intencionalidade é clara, desejam saber: quem é esse indivíduo? Como observá-lo? Com quem anda? O que ele faz? Assim, os trabalhos nesses moldes seriam os ideais. Embora ousemos dizer que estamos em um período em que a educação busca no cotidiano da criança uma forma de educar valorizando e contextualizando sua cultura primeira, é sob os círculos concêntricos que a disciplina de história sustenta ainda hoje seus pressupostos na maioria das escolas brasileiras. Em 1980, a ANPUH (Associação Nacional de História) e AGB (Associação dos Geógrafos Brasileiros), questionaram a junção das disciplinas e conseguiram autonomia para as aulas de História e Geografia, porém apenas da 5ª a 8ª séries. De 1ª a 4ª série continua o trabalho com Estudos Sociais com os professores polivalentes. Embora, no campo econômico, os anos de 1980/90 tenham sido avassaladores, no campo educacional eles foram muito produtivos. A Constituição Federal de 1988 desencadeou um processo de mudança e efetivação dos direitos das crianças. Considerada a Constituição Cidadã, já que a criança antes dela não era vista como criança e sim como menor, a Constituição Federal deu início a uma série de novas conquistas no campo educacional. Em 1990, o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, lei 8069/90 afirma o compromisso de igualdade de direito para as crianças e adolescentes. Em 1993, os RCNEI – Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, apresentam metodologicamente caminhos para desenvolver na criança identidade e a autonomia (0 a 3 anos), assim como se apropriar de conhecimentos sobre natureza e sociedade (4 a 5 anos). Esses eixos firmam a construção da criança enquanto sujeito histórico nesse processo. Com a LDB em 1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 a discussão sobre “documento de capa branca” o Currículo Básico das escolas do PR é colocada na ordem do dia. Isto porque de 1985 até 1995 esse documento é que norteava os trabalhos desenvolvidos em sala. O questionamento era acerca da metodologia, já 286 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL que essa não era marcada dentro do documento (CBPR – Currículo Básico das Escolas do Paraná). Os PCNs - Parâmetros Curriculares Nacionais, com seus temas transversais trazem como seu objetivo maior criar um indivíduo autônomo, capaz, pesquisador e tem nas fontes seu recurso de trabalho, porém esvaziada de conteúdo. Foi esse documento, mesmo esvaziado de conteúdo que norteou as Propostas Políticos Pedagógicas após 1997. A maioria do professorado buscou no CBPR associar conteúdo e a metodologia apresentada nos PCNs. Os PCNs, traziam em seu texto uma linha teórica metodológica pautada na histórico-crítica, em que se busca um aluno reflexivo que tenha no seu cotidiano a busca do conhecimento e do seu reconhecimento enquanto sujeito histórico. Vale salientar que se na ditadura o foco era o controle político, em 1986 novas reformulações curriculares aparecem ancoradas na concepção marxista, tendo como eixo central a concepção de sociedade, de educação e de homem que produz o seu espaço e faz a sua história em determinando lugar e momento. A partir desse eixo norteador, articularam-se os temas a serem estudados: o indivíduo, a família, a escola, o bairro, o município, o estado e o Brasil como realidades em construção. Atualmente, esses eixos norteadores, que se referem aos conteúdos foram ampliados, somam-se a eles o trabalho com a História Regional, a valorização e a contribuição do povo africano, dos afro-brasileiros e dos indígenas. Essa ampliação de conteúdos é amparada pelas seguintes leis: 2001 – Lei 13.381 – estipula a obrigatoriedade conteúdos da disciplina de História do Paraná para o ensino fundamental e médio. 2003 – Lei 10.639 – torna obrigatório em todos os estabelecimentos de ensino do país, o ensino de História e Cultura Afro-brasileiras. 2008 – Lei 11.645 – altera a lei 10.639, ampliando a obrigatoriedade para a História e Cultura Afro-brasileira e indígena. Frente a essa trajetória histórica marcada aqui, nos preocuparemos agora com os encaminhamentos metodológicos que nortearão nossa prática educativa em sala de aula. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Tendo em vista que o planejamento é um projeto que se lança para frente, que se constitui na previsão de todo processo didático-pedagógico que será desenvolvido pelo professor e pelos alunos, precisamos ter claro que esse mesmo planejamento também precisa levar em conta a proposta teórica que embasa o currículo, no caso da Rede Municipal de Maringá, nos pautamos nas seguintes teorias: Materialismo Histórico – Marx; Teoria Histórico Cultural – Vigotsky; Pedagogia Histórico-Crítica – Saviani; Didática para a Pedagogia Histórico Crítica – Gasparin. 287 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Essas teorias defendem a ideia de que todo ser humano é capaz de aprender em algum momento, essa aprendizagem depende diretamente da mediação intencional do professor, objetivando o processo de elaboração do conhecimento científico escolar. Diante do quadro exposto anteriormente, retomamos aqui o encaminhamento de que o planejamento, sendo nosso projeto norteador, precisa explicitar a passagem dos eixos por todos os conteúdos, pois dessa forma conseguiremos atingir os objetivos propostos na apresentação da proposta curricular de História. O objetivo é desenvolver o senso de observação do educando por meio de estudos das fontes, percebendo nestas a linguagem histórica. Cabe destacar que não se pretende transformar a criança em um pequeno historiador, mas sim propiciar situaçõe s que contribuam para com o desenvolvimento do pensamento histórico, capaz de observar a realidade local e estabelecer relações, comparações questionando e valorizando o tempo e o espaço desses acontecimentos. Nesse sentido, os eixos Temporalidade: mudanças e permanências e Fontes: linguagens históricas são os norteadores desta proposta que sustentam o ensino de História, destacando que educação, transformação social e sociedade, são conceitos, categorias de análises, campos de saberes, embebidos de significados e tem na educação escolar sua maior tarefa a o desenvolvimento do pensamento histórico em contextos determinados por marcos espaciais e temporais. Sendo assim as investigações do processo educativo implicam em uma formação humana e realidade social de mudança ao longo da história. O desenvolvimento do pensamento histórico é, sem dúvida alguma, o objetivo principal do ensino de história com crianças dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Essa proposta de trabalho tem como base a epistemologia da História, 288 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ou seja, a forma como o conhecimento histórico é construído, sua natureza, suas etapas e limites. Visto desse modo, a proposta de encaminhamento metodológico deve contemplar o trabalho com as fontes e a constante relação entre o passado e o presente, de forma que as diferentes temporalidades sejam marcadas. As fontes podem ser um ponto de partida ou de chegada de um determinado conteúdo, são fundamentais para ilustrar com riqueza de detalhes fatos ou acontecimentos históricos de um passado longínquo. Elas nos permitem ainda, analisar e posteriormente comparar “como era” e “como as coisas estão” e analisar também os porquês das permanências e mudanças, e o trabalho com as diferentes temporalidades. Essa forma de condução do trabalho com a disciplina de história é fundamental para que a criança compreenda como a História é construída. AVALIAÇÃO Tendo o desenvolvimento do pensamento histórico como finalidade no Ensino de História, devemos tomar como parâmetro de avaliação, que o aprender culmine na mudança, ou seja, não se trata de um levantamento pontual com questões de perguntas e respostas e sim a ampliação de repertório acerca do conhecimento histórico estudado pelo aluno. Esse processo de aprendizagem deve acontecer de forma paulatina, progressiva. Nesse sentido, a avaliação em História centra-se na capacidade com que o aluno formula suas inferências, tece considerações acerca do que está sendo debatido em sala, questiona os fatos a ele apresentados e busca articular seus a priores sustentando suas argumentações de forma mais apurada e eficaz. Para perceber os avanços obtidos pelo aluno no processo de construção do pensamento histórico, Oliveira (2010) elenca fazer a seguinte análise sobre o aluno e suas discussões, observando se ele: 1) Estabelece relações entre o passado e o presente? 2) Identifica em uma reflexão oral e escrita papéis divergentes atribuídos a um evento? 3) Relaciona no tempo determinados eventos históricos? 4) Utiliza noções relacionadas ao tempo como medida: calendário, décadas, séculos, semanas... 5) É capaz de realizar uma produção escrita que mostre uma interpretação e explicação comparando diversos documentos/fontes? 6) Utiliza noções relacionadas ao tempo como: datas, mudanças, permanências, sucessão, simultaneidade... 7) Consegue estruturar uma linha do tempo de um período histórico? 8) Consegue empregar vocabulários e conceitos adequados para explicar diferentes modos de vida: regimes políticos, poder, sociedade... 9) Identifica na História local momentos de inserção em um contexto mais amplo da História do Brasil. 10) Consegue colocar em relação diferentes épocas e elementos estudados (Oliveira, 2010, p. 132-3). Frente a essas possibilidades de análise, de apropriação do conhecimento do aluno acerca de seu desenvolvimento perante o conteúdo estudado, deve-se ainda pautar a intencionalidade e uma prática educativa de qualidade que norteie o 289 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL processo de ensino/aprendizagem, isso é primordial para a efetivação do trabalho. Segundo Oliveira (2010), os vários aspectos cognitivos dos alunos podem ser explorados de maneira que possibilite essa verificação do professor acerca da aquisição do desenvolvimento e consequentemente do pensamento histórico. Para tanto, a autora sugere a construção e interpretação de textos, de desenhos, de representação teatral, entre outras práticas educativas que possibilite a todas as crianças a participarem desse processo e aprender de diferentes formas. É preciso ter claro que avaliar, assim como planejar exige flexibilidade. 290 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL HISTÓRIA 1º ANO EIXOS: Temporalidade: mudanças e permanências Fontes: linguagens históricas Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos Quem sou Identificar o nome e o sobrenome como características individuais, a fim de reconhecer-se como sujeito histórico; Como sou Como fui Comparar sua história e a de sua família para compreender as relações sociais como forma de organização. Com quem vivo As relações individuais e coletivas no cotidiano da criança Objetivo geral: Participar de atividades de busca da história do nome, identificando suas características, a fim de perceber-se como sujeito coletivo na família, na escola e na comunidade. Minhas necessidades Brincar agora e brincar Identificar as diferentes brincadeiras ao antigamente longo da história, a fim de estabelecer relações entre o ontem e o hoje, percebendo as variações culturais; Brincadeiras: eu com os outros Tipos de brincadeiras: atuais e folclóricas Brinquedos: artesanais e industrializados Tempo: duração brincadeiras Moradia Objetivos Específicos A moradia das Saber que o brincar é um direito garantido por lei (Estatuto da Criança e do Adolescente), a fim de perceber se esse direito tem sido respeitado. Respeitar as regras das brincadeiras e as opiniões dos colegas, a fim de perceber as diferenças individuais. Conhecer brincadeiras atuais e folclóricas, a fim de que possam brincar e manter viva a cultura reunida em sala de aula. Propiciar situações que discutam e comparem brinquedos comprados, criados e o consumismo, a fim de que as crianças percebam tais características e como estas se manifestam e se organizam na sociedade. Realizar brincadeiras diversas com tempo variado, a fim de que percebam a duração dos acontecimentos. Compreender a importância da divisão 291 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Objetivo geral: Identificar a moradia enquanto abrigo, entendendo-a como uma necessidade básica do ser humano e que diferentes grupos em diferentes espaços também têm essa mesma necessidade. das tarefas em uma moradia, a fim de refletir sobre as diferentes atividades que podem ser feitas em uma casa; Refletir sobre a importância do respeito às regras de convivência construídas por um grupo, para verificar se as mesmas estão sendo respeitadas. Moradia de diferentes Conhecer que em diferentes tempos e grupos em diferentes espaços os indivíduos viviam em tempos e espaço moradias diferentes, a fim de perceberem mudanças e permanências. Distinguir os diferentes tipos de moradia para que se percebam as contradições sociais existentes; Compreender que o material utilizado em diferentes construções provém de recursos naturais, a fim de constatar como era e como é tal material; Perceber que a moradia é um direito de todas as pessoas, a fim de observar que nem todos têm acesso a esse bem; Alimentação Objetivo geral: Compreender a alimentação enquanto necessidade humana no cotidiano (tipo, acesso, preparo, higiene e saúde), a fim de perceber as transformações históricas da dieta Alimentação Conhecer a lei que estabelece o direito a moradia, para que se verifique se há o cumprimento da mesma. Entender que a alimentação equilibrada e saudável é uma necessidade básica, a fim de garantir a qualidade de vida; Perceber que a alimentação saudável é um direito de todo cidadão e uma necessidade básica humana, a fim de compreender que nem todos têm acesso a ela da mesma forma e com as mesmas condições. Alimentação no Conhecer a alimentação em seus cotidiano da família: aspectos culturais e históricos, como um tipo, acesso, preparo, elemento da cultura que sofre higiene e saúde transformações de acordo com as 292 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL de uma população. Vestuário Objetivo geral: Refletir sobre o significado do vestuário, a saúde, o transporte, a comunicação e a educação, a fim de percebê-los enquanto necessidades básicas do ser humano. mudanças que ocorrem na sociedade, a fim de valorizar a cultura dos antepassados; Compreender o processo da alimentação tipos, acesso, preparo e higiene, a fim de adquirir hábitos saudáveis. Vestuário Conhecer o significado do termo vestuário, a fim de compreender que o vestuário é uma necessidade básica que tem por função proteger o corpo humano de acordo com o contexto histórico, social e cultural em que o indivíduo está inserido. Evolução histórica do Conhecer a história da origem do vestuário enquanto vestuário, a fim de compreender sua necessidade do ser importância histórica; humano Vestuário do cotidiano Relacionar a diversidade cultural do das pessoas: tipo e vestuário de um povo, a fim de acesso identificar e valorizar as diferenças de costumes dos grupos sociais e étnicos. Discutir se todos têm acesso ao vestuário, a fim de percebê-lo enquanto necessidade básica do ser humano. Vestuário/Saúde Perceber nas vestimentas limpas e asseadas, uma forma de manter a saúde, a fim de buscar o bem estar e a prevenção de parasitas. Vestuário/Transporte Observar que o polo têxtil que abastece nossa cidade depende do meio de transporte, a fim de perceber que esse meio é importante para a manutenção dessa necessidade básica para o ser humano; Vestuário Perceber que o vestuário utilizado pelas pessoas no dia a dia depende dos meios de transporte para chegar ao consumidor final, observando comércio, campo e indústria. / Perceber a finalidade do uniforme como 293 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Comunicação função social, a fim de valorizar os aspectos históricos e culturais, identificando a roupa como meio de comunicar os hábitos e costumes de um povo. 294 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL HISTÓRIA 2º ANO EIXOS: Temporalidade: mudanças e permanências Fontes: linguagens históricas Conteúdos Estruturantes A história de cada um Conteúdos Específicos Objetivos Específicos A passagem do tempo Conhecer e comparar algumas formas de percepção da passagem do tempo, a fim de identificar mudanças e permanências. Linha do tempo Objetivo geral: Perceber que as formas de organização do tempo também perpassam e marcam sua história, a fim de compreender as relações sociais nos diferentes tempos e espaços. Grupo familiar Origem e cultura das Buscar, em relatos orais de seus famílias familiares, histórias que retratem a constituição de sua família, a fim de Objetivo geral: As pessoas que reconhecer-se como ser que faz história; Identificar os sujeitos históricos formam este grupo Conhecer diferentes modos de vida de envolvidos nos familiar diferentes estruturas familiares, a fim de diferentes tipos de Estrutura valorizar os vínculos de convivência. famílias, a fim de (diversidade) perceber as Cotidiano familiar Reconhecer na família um local de transformações (trabalho e lazer) convivência, para compreender que há históricas e sociais diversas formas de organização familiar; ocorridas e assim Atividades individuais compreender as e coletivas Perceber que os objetos de uso diversas formas de individual e coletivo também contam e organização Os objetos de uso representam a história de cada um e de familiar individual e coletivo cada família, a fim de compreender e 295 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL existentes. valorizar essas vivências. Conhecer a história da origem da escola, a fim de compreender a função histórica e social da escola e suas relações com a sociedade; A função da escola Origem da escola As pessoas que fazem parte da escola Perceber que em diferentes tempos e espaços indivíduos estudavam em escolas com diferentes composições, a fim de notarem as mudanças e permanências. Conhecer e valorizar a função da escola, a fim de perceber a sua importância para a aquisição do conhecimento científico e na construção da cidadania; A diversidade de relações nos grupos em que convivemos: escola Objetivo geral: Compreender a diversidade no ambiente escolar para fortalecer as relações interpessoais. Valorizar as pessoas na sua individualidade e em suas diferenças, a fim de reconhecer a importância de sua função no ambiente escolar; Regras de convivência Organização da rotina escolar Diversidade no contexto escolar Atividades individuais e coletivas desenvolvidas na escola Organização e rotina na sala de aula Ambientes: alfabetizador e Conhecer a história da origem e da função social da escola, a fim de valorizar e manter a cultura escolar. Compreender e respeitar as regras de convivência, para que sejam favorecidos a harmonia, o respeito à diversidade e a solidariedade entre os pares, propiciando a qualidade do convívio social e do processo ensino e aprendizagem. Participar de atividades individuais e coletivas na escola, promovendo a reflexão sobre a importância destes, para melhor respeitar os espaços, as pessoas, o seu tempo, na constituição de educando e cidadão. Reconhecer que a sala de aula é um espaço de convívio, a fim de buscar a aprendizagem formal. Perceber no ambiente Alfabetizador e matematizador, um local de estímulo e 296 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL matematizador aprendizagem. Diversidade na sala de Identificar as semelhanças e as aula diferenças existentes na sala de aula, a fim de desenvolver atitudes de respeito para com os indivíduos do grupo. Atividades/ Objetos de Identificar hábitos culturais das uso individual e diferentes etnias no contexto da sala de coletivo. aula, respeitando a diversidade cultural, étnica (afro-descendente, índio e imigrante/migrante), de gênero, religiosa e etária (crianças, idosos) e pessoas com necessidades especiais; Cotidiano e cidadania Objetivo geral: Conhecer as diferentes manifestações culturais da comunidade, a fim de identificar os diferentes tipos de lazer, moradia, alimentação, saúde, afeto e educação, respeitando-os enquanto direito, valores sociais e culturais presentes nos diferentes tipos de organização social. Lazer Moradia Alimentação Saúde Afeto Vestuário Educação Identificar diferentes materiais escolares e do que são feitos esses objetos, a fim de perceber suas características, uso e o respeito para com o que é seu e o que é do outro. Reconhecer o lazer como direito garantido em lei, percebendo que eles estão presentes na sociedade. Reconhecer que todos têm direito à moradia, a fim de perceber se esses direitos são respeitados. Conhecer diferentes tipos de alimentos, para valorizar os aspectos históricos e culturais. Buscar a saúde, a fim de compreender que a prevenção é a melhor forma de manter-se saudável. Tratar com afeto os colegas da turma, a fim de manter atitudes de fraternidade, respeito e amor com os convivas de toda comunidade escolar. Perceber no uso da vestimenta uma forma de organizar determinado grupo, a fim de ser capaz de identificá-los. Perceber a escola como local de conhecimento formal, a fim de prepararse também para a vida em sociedade. 297 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL HISTÓRIA 3º ANO EIXOS: Temporalidade: mudanças e permanências Fontes: linguagens históricas Conteúdos Estruturantes História do município Objetivo geral: Conhecer o processo de formação e ocupação do município, a fim de compreender a construção da cidade até a atualidade. As organizações e relações de trabalho no município Objetivo geral: Conhecer a organização e as relações de trabalho do município, a fim de compreender como esse município foi colonizado. Conteúdos Específicos Objetivos Específicos História do município de Maringá: O processo de formação e ocupação do Município. - Os diferentes grupos de imigrantes/ migrantes que contribuíram para esse processo (origem e cultura) Maringá uma cidade planejada: Companhia Melhoramentos do Norte do Paraná; - Cidades antes e hoje; - Centro, bairros, vilas, ruas, etc. Organização do trabalho local (indústria, comércio, prestação de serviços) Trabalho ao longo do tempo Compreender que o homem altera o espaço onde vive de acordo com suas necessidades e ao longo do tempo. Refletir a respeito da importância da ação humana na transformação do município. Começar a perceber noções de povoados, vilas, bairros e cidades, a fim de conhecer como se dá a vida nas cidades. Perceber na organização do trabalho (indústria, comércio, prestação de serviços), um local de relação dos grupos em que convivemos. Identificar mudanças na forma de trabalho e das profissões, a fim de perceber as transformações ocorridas ao longo do tempo. Crianças e o trabalho Reconhecer no Estatuto da Criança e do Adolescente, um documento que assegura a criança a ficar longe do trabalho infantil, a fim de percebê-lo como instrumento de proteção. As mulheres no Conhecer as conquistas das mulheres no trabalho campo do trabalho, a fim de valorizálas. 298 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Trabalho indígena) Os grupos sociais e suas diferentes atividades: espaço urbano e espaço rural Objetivo geral: Compreender a organização dos grupos sociais no espaço urbano e no espaço rural, a fim de perceber a importância das atividades e a interdependência existente entre esses espaços. (negro e Conhecer o que é trabalho negro e o indígena, a fim de diferenciá-lo dos outros modos de trabalho existentes. As relações de trabalho Perceber o extrativismo, a agricultura e nas atividades a pecuária como atividade econômica realizadas no espaço desenvolvida no espaço rural, a fim de rural: conhecer as diferentes relações de - Extrativismo trabalho que ali se organizam e sua - Agricultura interdependência com o espaço urbano; - Pecuária (assalariados, Perceber que o extrativismo, a autônomos, meeiros, agricultura e a pecuária são atividades boia-fria e MST) desenvolvidas no espaço rural, a fim de estabelecer e valorizar as diferentes relações econômicas (assalariados, autônomos, meeiros, boia-fria, pequenos e grandes proprietários) e a interdependência com o espaço urbano. Atividades realizadas Conhecer as atividades do comércio e pelas pessoas no da indústria nas relações que este espaço urbano: estabelece com a população, a fim de - Comércio compreender que ele gera emprego, - Indústria satisfaz as necessidades básicas, contribuindo com a economia do município; Compreender que o comércio e a indústria fazem parte das atividades realizadas pelas pessoas no espaço urbano, a fim de estabelecer uma relação entre trabalho assalariado e autônomo, por exemplo, diaristas, prestadores de serviços e aposentados, que compõem esse cenário. Relação de trabalho Conhecer as diferentes relações de (assalariados, trabalho presentes no comércio, a fim de autônomos, diaristas, saber como se organizam. prestadores de serviços e aposentados) A organização e a Compreender a importância da A organização e administração do legislação como garantia dos direitos e a administração município: deveres dos cidadãos, a fim de perceber 299 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL do município Objetivo geral: Compreender a organização dos grupos sociais no espaço urbano e no espaço rural, a fim de perceber a importância das atividades e a interdependência existente entre esses espaços. Poder executivo se esta acontece no município. (Prefeito, viceprefeito e Reconhecer a bandeira, o hino e o brasão secretários); como símbolos pertencente ao município, Poder legislativo para identificá-los como uma marca (vereadores); própria. Poder judiciário (fórum e juiz de direito) Símbolos municipais: Bandeira; Hino; Brasão Gestão democrática da Conhecer a gestão democrática para a cidade forma de gerenciamento do município. Produção (mercado Conhecer as diferentes relações de interno e externo) trabalho existentes no espaço rural, para compreender como este se organiza e qual é sua relação de interdependência com o espaço urbano; Conselhos municipais Associações de bairro Conhecer as atividades do comércio e da indústria nas relações que este estabelece com a população, a fim de compreender que ele gera emprego e satisfaz as necessidades básicas, contribuindo com a economia do município. Compreender a função dos conselhos e associações de bairro e sindicatos, a fim de acompanhar o gerenciamento da cidade. Sindicatos 300 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL HISTÓRIA 4º ANO EIXOS: Temporalidade: mudanças e permanências Fontes: linguagens históricas Conteúdos Estruturantes Formação histórica da colonização Objetivo geral: Compreender que a formação histórica do estado paranaense contou com o trabalho de diversas etnias/raças, entre elas os primeiros habitantes guaranis, Kaingáng, Xetá, Xokleng, portugueses, espanhóis e negros, a fim de perceber que a efetivação da identidade étnicoracial e cultural, bem como sua forma de governo, perpassa por conflitos e resistências. Formação histórica do espaço Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Formação do paranaense: povo Identificar marcos históricos deixados pelos primeiros habitantes no espaço paranaense, a fim de valorizar sua a) Os primeiros contribuição nos processos histórico e habitantes cultural. (Guaranis, Kaingáng, Xetá e Xokleng) b) Imigrantes; c) Miscigenação Mistura de povos (negro, índio, branco/europeu) A disputa pela terra entre portugueses e espanhóis: conflitos e resistências. Conhecer os conflitos e resistências que permearam a formação do espaço paranaense, a fim de compreender como se deu a ocupação do nosso Estado. As capitanias (São Vicente); As reduções; Missões; Encomiendas Os diferentes grupos Perceber a importância do trabalho e da de cultura, arte, dos negros e de outras imigrantes/migrantes, etnias, para compreender a formação da 301 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL paranaense Objetivo geral: indígenas e negros que contribuíram para o processo de formação do espaço paranaense (origem e cultura) Compreender que diferentes grupos de imigrantes Extrativismo: contribuíram com Mineração a formação do erva-mate estado madeira. paranaense, e que atividades como o extrativismo e a Pecuária: pecuária, perpassaram as Tropeirismo. relações de trabalho e poder. identidade cultural do estado do Paraná. Fazer relações entre atividades locais e acontecimentos históricos da cidade com a preservação da memória de indivíduos, grupos e classes; Perceber o extrativismo e a pecuária como atividades primordiais para a formação do espaço paranaense, a fim de perceber a relação entre os diferentes grupos de imigrantes, migrantes e suas contribuições nesse processo. Formação das cidades. Indústria As relações de trabalho e poder no território paranaense Objetivo geral: Compreender as relações que permeiam a organização do trabalho, a fim de percebê-la como a mola propulsora do desenvolvimento do Estado do Paraná. Comércio As relações de trabalho e de poder que estão implícitas nas seguintes atividades econômicas: Conhecer as relações que permeiam a organização do trabalho, a fim de percebê-la como a mola propulsora do desenvolvimento do Estado do Paraná. Agricultura, pecuária, indústria e comércio (escravidão, autônomo/boia fria, assalariamento/ comissionário, cooperativismo, meeiro, arrendamento e posse da terra) 302 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL A organização e A organização e a do a administração administração Estado do Paraná: do Estado do Paraná Poder executivo (governador, vice governador e Objetivo geral: secretários); Compreender que a organização e a administração do Estado do Paraná são fundamentais para o desenvolvimento do mesmo, a fim de contribuir para uma melhor qualidade de vida para a população. Conhecer a organização e administração do Estado, a fim de compreendê-las como facilitadora para o desenvolvimento do Estado e o bemestar da população. Reconhecer a bandeira, o hino e o brasão Poder legislativo como símbolos pertencente ao Paraná, (deputados para identificá-los como identidade estaduais); própria do estado. Poder judiciário (tribunais, desembargadores e juízes) Símbolos do Estado: Bandeira; Hino; Brasão 303 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL HISTÓRIA 5º ANO EIXOS: Temporalidade: mudanças e permanências Fontes: linguagens históricas Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos Grandes navegações Conhecer o período histórico das navegações do século XVI, para perceber e conhecer os instrumentos, as técnicas e as reais condições de viagem da época que possibilitaram as grandes navegações. Descobrir os motivos que levaram Portugal e Espanha a realizar as grandes navegações, a fim de percebê-las como estratégias de conquistas de novas terras. As grandes navegações e a colonização do Brasil Primeiros Objetivo geral: habitantes Compreender (hábitos como se deu o costumes) primeiro contato entre indígenas e portugueses, a fim de identificar e respeitar as contribuições dos indígenas, negros e imigrantes na colonização do Brasil. Objetivos Específicos e Reconhecer a existência de povos indígenas no Brasil antes da chegada dos portugueses, a fim de conhecer a importância da cultura indígena na construção da sociedade brasileira. Perceber que as heranças culturais que temos hoje foram contribuição dos povos indígenas e dos negros escravizados que formaram a identidade brasileira. Conhecer a história dos colonizadores, a fim de perceber aspectos de permanências e mudanças ao longo desse processo. Estabelecer relações entre o presente e o passado, a fim de identificar os problemas da situação atual dos indígenas e perceber que importância dos direitos dos indígenas e a 304 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL necessidade de sua garantia e seu cumprimento. Chegada dos Perceber a importância da chegada dos portugueses. portugueses no Brasil, a fim de compreender o processo de ocupação do Ocupação do território brasileiro. território pelos 1ºs imigrantes Reconhecer a importância dos indígenas portugueses e e dos africanos para a construção negros histórica e cultural do país, a fim de valorizar e respeitar sua contribuição Escravidão nesse processo. Reconhecer a importância da cultura e da arte do povo africano e indígena que com seus contos e lendas contribuíram para com a construção da identidade da sociedade brasileira, a fim de valorizálas. Vinda família real Administração da colônia Objetivo geral: Conhecer as diferentes formas de governo adotadas por Portugal, a fim de garantir a segurança das novas terras conquistadas. da Administração colônia: Tratado Tordesilhas Capitanias hereditárias Entender que a vinda da família real para o Brasil foi resultado de um processo de disputa de terras. da Identificar as etapas iniciais da administração do período colonial: o Tratado de Tordesilhas, as Capitanias de hereditárias e o Governo Geral entendendo-as como um processo de organização da colônia. Governo Geral 305 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL A independência do Brasil Objetivo geral: Conhecer o processo de independência do Brasil e suas implicações, a fim de perceber suas contribuições na Proclamação da República. A independência do Brasil: Conhecer o processo da independência do Brasil, a fim de entender como e porque o país se tornou independente de Portugal. A primeira constituição Reconhecer que com a independência do Brasil novas leis e diretrizes precisaram ser estabelecidas, para direcionarem a convivência entre as pessoas, tanto no trabalho quanto na vida civil. Reconhecer na presença dos imigrantes no Brasil como forma de contribuição para o desenvolvimento do novo país. Conhecer a história dos imigrantes, a fim de perceber que o trabalho de diferentes povos contribuiu para a construção do País. A chegada dos imigrantes Identificar mudanças e permanências no modo de vida dessas pessoas após a fixação no Brasil, a fim de perceber as influências culturais que esses imigrantes trouxeram para o Brasil. Abolição dos Identificar que o fato da abolição da escravos/Fim da escravatura foi um agravante que monarquia contribuiu para o fim da monarquia e consequentemente com a Proclamação da República. A Proclamação A Proclamação da Entender que a Proclamação da República: República inaugurou uma nova forma da República de organização e de governo e que A nova constituição consequentemente uma nova Objetivo geral: configuração nos direitos e deveres dos Conhecer o cidadãos brasileiros. processo da Proclamação da O Brasil no início do Conhecer as conquistas alcançadas pelo República e a sua século XX povo brasileiro no século XX, a fim de repercussão na constatar as mudanças e permanências vida dos cidadãos O trabalho nas desse contexto. brasileiros, a fim fábricas/a indústria e o de identificar a crescimento das nova configuração cidades; do cenário A organização e a Conhecer a organização e administração 306 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL brasileiro. administração do do País, a fim de compreendê-las como Brasil: facilitadora para o desenvolvimento do Poder executivo Estado Nacional e o bem estar da (Presidente da população. república, presidente república ministros) viceda e Reconhecer a bandeira, o hino e o brasão como símbolos pertencente ao Brasil, Poder legislativo para identificá-los como uma marca própria. (Congresso Nacional: Deputados Federais e Senadores) Poder judiciário (Tribunais superiores e ministros). Símbolos Nacionais: Bandeira Hino Brasão 307 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL REFERÊNCIAS ANTROPOLOGIA, CULTURA E EDUCAÇÃO / Valéria Soares de Assis, organizadora. 2ª Ed. – Maringá : Eduem, 2009. 200p. (Formação de professores – EAD; v. 8). BUENO, Wilma de Lara. Aprendendo a história do Paraná: 4º e 5º ano. Wilma de Lara Bueno; ilustrações Beatriz Rohring e José Luis Juhas. – 3ª Ed. – Curitiba: Positivo, 2011. BRASIL, Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília, MEC/Secad, 2005. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado, 1988. BRASIL. Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 10 jan. 2003. BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União. Brasília, 23 dez. 1996a. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: pluralidade cultural, orientação sexual. Brasília, MEC /SEF 1997. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Documento Introdutório. Brasília: MEC/SEF, 1998. v. 1. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Formação Pessoal e Social. Brasília: MEC/SEF, 1998. v. 2. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Conhecimento de Mundo. Brasília: MEC/SEF, 1998. v. 3. 308 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL BRUZAROSCHI. Thatiane Tomal Pinela, De olho no futuro. (coleção). 1ª Ed. – São Paulo: Quinteto Editorial, 2011. BURITI - HISTÓRIA : coleção : guia e recursos didáticos para o professor. – São Paulo : Moderna, 2010. CONVIVER : história, geografia, ciências naturais : 1º ano : guia e recursos didáticos para o professor. – 1. Ed. – São Paulo : Moderna, 2009. FERRO, Marc. A manipulação da História no Ensino e nos meios de comunicação. São Paulo: IBRASA, 1983. FREYRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala. 41ª edição, Rio de Janeiro, Record, 2000. FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL / Magda Sarat, organizadora. 2ª Ed. rev. e ampl. – Maringá : Eduem, 2009. 136p. (Formação de professores – EAD; v. 6). FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO / Ruth Izumi Setoguti, organizadora. 2ª Ed. rev. e ampl. – Maringá : Eduem, 2009. 166p. (Formação de professores – EAD; v. 3). GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2003. GOMES, Laurentino. 1808 – Como Uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil. 2ª reimpressão. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2007. GOMES, Laurentino. 1822 – Como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil – um país que tinha tudo pra dar errado. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010. HISTÓRIA DA INFÂNCIA NO BRASIL / Elaine Rodrigues, organizadora – Maringá : Eduem, 2010. 132p. (Formação de professores – EAD; v. 39). INTRODUÇÃO À ANTROPOLOGIA / Valéria Soares de Assis, organizadora. 2ª Ed. – Maringá : Eduem, 2009. 116p. (Formação de professores – EAD; v. 7). MARX, Karl. O Capital. Livro I, vol. 2. 10ª edição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1985. 309 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL MARX, Karl. O Capital: Crítica da economia política. Livro 3, Vol. IV, 4ª ed, São Paulo: Difel, 1985. NEMI, Ana Lúcia Lana. Ensino de história e experiências: o tempo vivido: volume único/ Ana Lúcia Lana Nemi, Diego Luiz Escanhuela, João Carlos Martins. - São Paulo: FTD, 2010. - (Coleção teoria e prática). O BRASIL SOMOS TODOS NÓS. Obra coletiva produzida pela Editora Grafset. João Pessoa, PB: Editora Grafset, 2011. O BRASIL INDÍGENA. Obra coletiva produzida pela Editora Grafset. João Pessoa, PB: Editora Grafset, 2011. OLIVEIRA, Sandra Regina Ferreira. História. IN: Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2010. ROLLEMBERG, Graziella. História regional, 4º e 5º ano : volume único. São Paulo: Ática, 2011. SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 9 ed. Campinas: Autores Associados, 2005. VESENTINI, J. Wiliam. Ápis: história / J. Wiliam Vesentini, Dora Martins, Marlene Pécora. – São Paulo : Ática, 2011. VYGOTSKI. L. S. A Formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991. 310 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL LÍNGUA PORTUGUESA Cinthia Chiqueto Rodrigues Daniele Audrey de Souza Crubelati Gláucia Maruiti Márcia Regina Chioderolli Folgosi Meire Bono Soares Raquel Lipe de Oliveira Marchioli Silvana Hoffmann Veridiana do Nascimento ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO Vários fatores contribuem para que se repense, no momento atual, a aprendizagem e o ensino da língua escrita nos anos iniciais de escolarização. Uma delas é a inclusão de crianças de seis anos no ensino fundamental, que redimensiona a prática de ensino inicial da língua escrita. Surge portanto, a emergência de estudos de novos conceitos e novas propostas teóricas e metodológicas no campo dos processos de ensino e aprendizagem da língua escrita (SOARES, 2010). O sistema de escrita e as convenções para seu uso constituem uma tecnologia inventada e aperfeiçoada pela humanidade ao longo de milênios: desde os desenhos e símbolos usados inicialmente até a extraordinária descoberta de que, em vez de desenhar ou simbolizar aquilo de que se fala, podiam ser representados os sons da fala por sinais gráficos, criando-se assim o sistema alfabético, que desde a escrita em tabletes de barro, em pedra, em papiro, em pergaminho, até a também extraordinária invenção do papel; o uso de estiletes e pincéis como instrumentos de escrita até a invenção do lápis e da caneta. Algumas convenções foram sendo criadas sobre o uso do sistema alfabético, resultando no sistema ortográfico, como por exemplo, sobre a convenção de que na escrita as palavras devem ser separadas, por um pequeno espaço em branco e que se escreve de cima para baixo e da esquerda para a direita no mundo ocidental. A essa aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico de escrita e das técnicas para seu uso é que se chama ALFABETIZAÇÃO. Cagliari (2008) pontua que, historicamente, o conceito de alfabetização se identificou ao ensino-aprendizado da “tecnologia da escrita”, quer dizer, do sistema alfabético de escrita, o que, em linhas gerais, significa, na leitura, a capacidade de decodificar os sinais gráficos, transformando-os em “sons”, e, na escrita, a capacidade de codificar os sons da fala, transformando-os em sinais gráficos. Na década de 1980, o conceito de alfabetização foi ampliado com as contribuições dos estudos sobre a psicogênese da aquisição da língua escrita, particularmente com os trabalhos de Emilia Ferreiro e Ana Teberosky. De acordo com esses estudos, o aprendizado do sistema de escrita não se reduziria ao domínio de correspondências entre grafemas e fonemas (a decodificação e a codificação), mas se 311 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL caracterizaria como um processo ativo por meio do qual a criança, desde seus primeiros contatos com a escrita, construiria e reconstruiria hipóteses sobre a natureza e o funcionamento da língua escrita, compreendida como um sistema de representação (PRÓ-LETRAMENTO, 2008). Na segunda metade da década de 1980, a alfabetização surge no discurso de especialistas das Ciências Linguísticas e da Educação, como uma tradução da palavra inglesa literacy. Sua tradução se faz na busca de ampliar o conceito de alfabetização, chamando a atenção não apenas para o domínio da tecnologia do ler e do escrever (codificar e decodificar), mas também para os usos dessas habilidades em práticas sociais em que escrever e ler são necessários. Implícita nesse conceito, está a ideia de que o domínio e o uso da língua escrita trazem consequências sociais, culturais, políticas, econômicas, cognitivas, linguísticas, quer para o grupo social em que seja introduzida, quer para o indivíduo que aprenda a usá-la. O letramento, nesse contexto, é o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever, bem como o resultado da ação de usar essas habilidades em práticas sociais. Soares (2003), afirma ainda em seus estudos, que letramento é o estado ou condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da língua escrita e de ter-se inserido num mundo organizado diferentemente: a cultura escrita. Como são muito variados os usos sociais da escrita e as competências a eles associadas (de ler um bilhete simples a escrever um romance), é importante levar em consideração os níveis de letramento, dos mais elementares aos mais complexos, tendo em vista as diferentes funções da língua escrita como: distrair, informar, posicionarse, etc.; e as formas pelas quais as pessoas têm acesso a essa língua. Com o surgimento dos termos letramento e alfabetização muitos pesquisadores começaram a distingui-los. Passaram a utilizar o termo alfabetização em seu sentido restrito, para designar o aprendizado inicial da leitura e da escrita, da natureza e do funcionamento do sistema de escrita e correspondentemente, a reservar os termos letramento para designar os usos (e as competências de uso) da língua escrita. Outros pesquisadores tendem a preferir utilizar apenas o termo alfabetização para significar tanto o domínio do sistema de escrita quanto os usos da língua escrita em práticas sociais. Soares (2010) ressalta em seus estudos que no processo de aprendizagem inicial da leitura e da escrita, a criança precisa apropriar-se da tecnologia da escrita, pelo processo de alfabetização, precisa identificar os diferentes usos e funções da escrita e vivenciar diferentes práticas de leitura e de escrita, pelo processo de letramento. Se lhe é oferecido apenas um dos processos – se apenas se alfabetiza, sem conviver com práticas reais de leitura e de escrita – formará um conceito distorcido, parcial do mundo das letras; se usa apenas o outro – ou seja, se letra, sem se apropriar plena e adequadamente da tecnologia da escrita – saberá para que serve a língua escrita, mas não saberá se servir dela. A criança, desde muito cedo, convive com práticas de letramento ela vê 312 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL pessoas lendo ou escrevendo e, por isso, vai se familiarizando com as práticas de leitura e escrita iniciando assim o processo de alfabetização. Ela observa textos escritos a sua volta e vai descobrindo o sistema, reconhecendo algumas letras e algumas palavras. A criança convive tanto com a tecnologia da escrita quanto com seu uso, porque, em seu contexto, ela está sempre presente: ora muito presente, como nas camadas economicamente mais privilegiadas e nas regiões urbanas, ora menos presente, como nas camadas populares e nas regiões rurais, mas sempre presente. A aquisição do sistema de escrita – a alfabetização – não precisa ser um ensino feito com base em frases e textos construídos artificialmente apenas para servir ao objetivo de ensinar a ler e a escrever, ao contrário esse ensino pode e deve ser feito a partir de textos reais, textos que circulam no contexto da criança, para que ela se aproprie da escrita, vivenciando-o tal como é realmente usado nas práticas sociais, que envolvem esse tipo de linguagem. Assim, para que a criança se insira de forma plena no mundo da escrita, é fundamental que alfabetização e letramento sejam processos simultâneos e indissociáveis (PRÓ-LETRAMENTO, 2008). Nesse sentido a ação pedagógica deve contemplar, simultaneamente, a alfabetização e o letramento, nos seus mais diversos campos de conhecimento e assegurar ao estudante a apropriação do sistema alfabético que envolve, especificamente, a dimensão linguística do código com seus aspectos fonéticos, fonológicos, morfológicos e sintéticos, à medida que ele se apropria do uso da língua nas práticas sociais de leitura e escrita. É necessário levar para a sala de aula toda a complexidade e a riqueza dos diversos gêneros textuais para propor aos educandos um ambiente em que palavras não apareçam descontextualizadas e isoladas, sem a preocupação com a construção de sentidos, mas sim inseridas em um contexto significativo num trabalho junto a prática social, visto que a língua materna está presente em todos os conteúdos, das mais diversas áreas do conhecimento (SOARES, 2007). O trabalho com a alfabetização e o letramento deve ser desenvolvido com o intuito de abrir às crianças, possibilidades de entrada de novos conhecimentos em sua história de vida, em seu mundo, para ver, sentir, viver, ser e ter uma perspectiva de sujeitos organizadores e partilhadores dos seus saberes significativos. Nessa etapa inicial de escolarização, é necessário respeitar os espaços e tempos individuais dos estudantes e garantir o tempo do brincar, entendendo-os como fundamental e essencial, para promover a aprendizagem de forma integral. Nesse contexto, alfabetizar letrando, considerando a ludicidade como eixo, é o caminho por onde deve perpassar todo o trabalho a ser desenvolvido. A brincadeira deve ser vista como um dos eixos que contribui para o exercício da cidadania, ou seja, a criança deve ter o direito de brincar como forma particular de expressão, do pensamento, da interação e da comunicação infantil, que se dá por meio da convivência prazerosa e da vivência significativa de experimentações, de construções e de reconstruções do real e imaginário. Nesse momento da alfabetização, as crianças aprendem corporalmente em contato com o mundo do brincar. 313 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Segundo Cagliari (2008), quanto mais ciente estivermos de como se dá o processo de aquisição do conhecimento; de como o estudante se situa em termos de desenvolvimento emocional; de como vem evoluindo seu processo de interação social, da natureza da realidade linguística envolvida na alfabetização; mais condições teremos de encaminhar de forma agradável e produtiva os processos educativos. Educar envolve respeito, crítica e ampliação de horizontes e de tradições culturais. Os conhecimentos e as experiências dos professores e dos educandos são relevantes e concorrem para formar sujeitos mais autônomos capazes de participar ativamente como cidadãos na sociedade. ORALIDADE A oralidade pode ser entendida como um evento social com finalidade comunicativa, fundado na realidade sonora e realizado sob a forma dos mais diversos gêneros textuais que são determinados pelo contexto do seu uso (CAGLIARI, 2008). Sabe-se que desde o seu nascimento, a criança depara-se com uma infinidade de práticas linguísticas que são compreendidas como importantes recursos para a sua inserção na língua e no universo humano, iniciando a assimilação de diversos gêneros orais. Os seres humanos são dotados da faculdade de linguagem, porém para que aprendam sua língua materna dependem da figura dos interlocutores e de interações recíprocas, assim, a criança vai constituindo-se e, ao mesmo tempo, constituindo sua linguagem. Os adultos com os quais a criança convive desempenham papel fundamental, pois são os responsáveis pela apresentação dos sons, do vocabulário, da gramática e dos usos e funções da escrita. À escola cabe propiciar o desenvolvimento da linguagem infantil com atividades nas quais a criança seja tratada como integrante do processo comunicativo. Para tanto, a escola deve ficar atenta às tentativas de uso da linguagem, mesmo as não verbais (olhares e gestos), criando situações para que a criança inicie a interação verbal, formule perguntas para compreender melhor o que ela tenta expressar, use uma linguagem acessível, estabeleça momentos para se efetivarem discussões sobre projetos de pesquisa e apresentação de relatos, contemplando em cada momento a pluralidade linguística (PRÓ-LETRAMENTO, 2008). Faz parte da formação linguística da criança o reconhecimento da existência das diversas variedades da língua. Isso deve fazer que elas respeitem a maneira de falar que aprenderam com sua família, respeitando também, a fala do outro. Para Cagliari (2008), é essencial promover reflexões sobre a variação 314 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL linguística, é na escola o lugar de explicitar aos educandos essas diferenças, além de, sem dúvida, favorecer as condições para que eles se apropriem das regras usadas pela variedade padrão, uma vez que nas instâncias públicas de linguagem é a ela que a sociedade confere prestígio. Essa apropriação depende, primeiramente, de o educando ter contato sistemático com a língua padrão por meio de leituras e audição. Os professores devem usar, em sala de aula uma linguagem mais cuidada que a do educando, cabe a eles também intervir no modo de os educandos se colocarem oralmente, algumas vezes essa intervenção será incidental, ou seja, o professor apenas repete a frase do educando fornecendo a variante padrão, outras vezes ensina de forma explícita, respeitando as características culturais e psicológicas dos educandos. Para muitas crianças, a escola acaba sendo o único lugar onde elas são motivadas a ampliar seu repertório linguístico, a questão não é corrigir ou não corrigir, mas sim a forma de fazê-lo, as intervenções devem ser feitas em momentos oportunos e de forma respeitosa (SOARES, 2010). O desenvolvimento da oralidade inclui não apenas a capacidade de falar, mas também a capacidade de ouvir com atenção. Para tanto, é preciso que se crie um ambiente convidativo à escuta em contextos significativos e que tenha função e sentido, e não seja apenas solicitação ou exigência do professor. As práticas de oralidade serão mais eficazes quando conseguirem oportunizar diferentes situações de escuta e de fala, de modo que a criança possa exercitar as regras para as diversas situações comunicativas: saber ouvir, respeitar o posicionamento do outro, mostrar polidez, saber analisar e interferir, selecionar informações, além de outras. Dessa maneira o educando perceberá, gradativamente, que as produções orais variam em inúmeros aspectos em decorrência da situação em que o discurso se realiza (PRÓ-LETRAMENTO, 2008). É essencial ter consciência de que dependendo do tema tratado, da intenção do texto, do interlocutor, do local onde ocorre o evento de oralidade, haverá um comportamento linguístico compatível, inclusive em relação ao volume e a velocidade da voz, postura, expressão facial e gestos. Saber adequar o modo de falar às diferentes interações é uma capacidade linguística de valor e utilidade na vida dos futuros cidadãos, por isso é que ela deve ser desenvolvida na escola. LEITURA A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado do texto, a partir dos seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a língua: características do gênero, do portador, do sistema de escrita. (PCN, 1997) Os estudos teóricos sobre a leitura avançaram muito nas últimas décadas e 315 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL podem trazer contribuições essenciais para um redirecionamento no ensino e na aprendizagem, de modo a desenvolver a capacidade leitora dos sujeitos, permitindolhes fazer uso de estratégias eficazes para alcançar seus objetivos e necessidades, nas diferentes situações sociais. A leitura é considerada uma prática social porque o sujeito leitor e o sujeito autor revelam marcas da individualidade e do lugar social de onde provêm. Então, estabeleceu-se, durante o ato de ler, uma relação de intersubjetividade entre o leitor e o texto, determinada sempre pelo contexto de sua realização. Quanto maior for a concordância entre eles, maior a probabilidade de êxito na leitura. Para Lajolo (1982), “ler” não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um texto. É, a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe significação, conseguir relacioná-lo a todos os outros textos significativos para cada um, reconhecer nele o tipo de leitura que seu autor pretendia, e, dono da própria vontade, entregar-se a essa leitura ou revelar-se contra ela, propondo outra não prevista. Nesse sentido, a leitura é uma atividade cognitiva, visto que envolve processos como percepção, memória, inferência e dedução, sobre um conjunto complexo de componentes, presentes tanto no texto como na mente do leitor. Assim, a leitura só se efetivará quando o leitor conseguir ultrapassar a mera decodificação do texto e associar à construção do significado. Segundo Geraldi (1984), a prática pedagógica da leitura deve possibilitar ao professor e aos educandos estabelecer relações significativas entre as informações do texto, entre as informações e o conteúdo a ser aprendido e de posse das informações, do conteúdo e de seus significados ter condições de relacioná-los com a realidade. Portanto, é preciso recuperar da nossa experiência concreta de leitores as seguintes posturas diante do texto: a) Leitura busca de informação: Extrair do texto uma informação: O quê? Para quê? Níveis da informação: superficial e aprofundado. Formas de orientação: com roteiro e sem roteiro. b)Leitura estudo do texto: A tese defendida no texto; Os argumentos apresentados a favor da tese; Os argumentos apresentados a teses contrárias; Coerência entre tese e argumentos; Elaboração de síntese. c) Leitura do texto pretexto: Pretexto para o educando e pretexto para o professor; Discordar-se do pretexto e não do fato do texto ter sido pretexto. d) Leitura fruição do texto: Ler pelo prazer de ler. 316 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Nessa trajetória, conhecer as estratégias de leitura é fundamental, pois auxiliará o educando a ler com propriedade e eficiência. Essas estratégias são processos cognitivos, conscientes ou inconscientes efetuados pelo leitor, que facilitam a compreensão da leitura, tornando-a mais ágil e eficaz. Segundo Naspolin (1996), “há uma relação recíproca entre usar estratégias de leitura e interpretar o texto. Emprega-se uma estratégia porque se está entendendo o texto e entende-se o texto porque se está aplicando a estratégia”. Para Solé (1999), são quatro as estratégias fundamentais para realizar a compreensão de um texto: seleção, antecipação, inferência e verificação ou autocorreção. Para entender o que significam, apresentam-se as suas definições, que explicitam seu funcionamento durante o processo de ensino e aprendizagem de língua. Seleção – Permite ao leitor ler apenas o que é do seu interesse, dispensando detalhes. Pois contrariamente ao que se pensa, durante o ato de ler o leitor não lê em monobloco tudo o que está escrito. Num processo natural, ele vai selecionar apenas os conteúdos cognitivos que lhe são relevantes naquela dada circunstância. É como se nosso cérebro tivesse um “filtro” que selecionasse apenas o que nos interessa no momento. Antecipação – Durante a leitura, o leitor prediz ou antecipa os fatos veiculados pelas informações que ele está lendo, ou seja, no momento da leitura, o leitor vai formulando hipóteses por meio das pistas fornecidas pelo próprio produtor do texto e isso torna possível adivinhar o que ainda está por vir, com base em conhecimentos prévios, informações implícitas ou suposições. O gênero, o autor, o título, o vocabulário e muitos outros índices nos informam sobre o que é possível encontrarmos num texto. Ao levantarmos hipóteses com nossos educandos sobre esses índices estaremos tornando consciente tal estratégia. Inferência – São ações que unem o conhecimento que não está explícito no texto, porém, possível de ser captado, com o conhecimento que o leitor tem sobre o assunto. Na verdade, é uma ponte de sentido que o leitor cria com o texto lido, construindo uma nova informação, que não existia antes no texto, nem no leitor. Ao ler um texto, o leitor aciona os conhecimentos prévios que tem armazenado em sua memória sobre o tema. Nesse momento, o leitor completa o texto a partir de atribuições baseadas nas pistas textuais oferecidas pelo autor que produziu o texto, considerando-se, é claro, os conhecimentos do leitor que são evocados durante a leitura. Assim, a imagem da ponte de sentido se constrói, pois ela une o texto e seus significados implícitos ao leitor, que explicita esses significados. Verificação – A confirmação ou não das antecipações e das inferências realizadas se constrói no processamento da leitura do texto. É justamente a estratégia de ficção que mais controla a eficácia das estratégias escolhidas pelo leitor. A cada confirmação das predições levantadas e das inferências realizadas, mais seguro o leitor se sente, possibilitando-lhe uma melhor construção de sentido para o texto trabalhado. Por outro lado, caso a verificação mostre que suas hipóteses de significado estão inadequadas, cabe ao leitor alterar as estratégias, possibilitando 317 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL uma escolha mais adequada ao texto trabalhado. Dessa forma, tem-se por princípio que as estratégias de leitura são ensinadas para se auxiliar na formação dos educandos leitores competentes, que saibam manipular os textos da sociedade e consigam, a partir de suas leituras e produções de sentidos, tornarem-se cidadãos, compreender, interferir e alterar a sociedade à sua volta, para a construção de uma sociedade melhor. ESCRITA Nos primeiros anos do Ensino Fundamental, o educando inicia a construção de sua autonomia como leitor e como escritor. Ao ingressar no sistema escolar, já é um falante nativo da língua, ou seja, aprendeu a entender a linguagem e suas relações sociais com a comunidade a qual pertence, pois fala, ouve, lê e escreve, sendo produtor de texto e usuário da língua. Nesse sentido, o educando já demonstra uma competência linguística, mas que precisa ser ampliada. A apropriação da escrita, não é um processo linear e cumulativo, os conhecimentos precisam ser consolidados a partir da interrelação entre a leitura, a produção textual e a reflexão sobre textos lidos e produzidos (análise linguística), a fim de que o educando formule e reformule hipóteses fazendo descobertas sobre o uso e o funcionamento da língua. A língua, portanto, é um sistema de interação verbal, ela ocorre por meio de discursos orais e escritos em um sistema que depende da interlocução – ação linguística entre sujeitos. Toda pessoa é sujeito de discurso e todo discurso é texto. A adoção da perspectiva do trabalho com produção textual escrita “... tem como finalidade formar escritores competentes e capazes de produzir textos coerentes e eficazes” (PCN, p.65). Segundo Antunes (2003), ser um escritor competente é bem mais que escrever respeitando as normas gramaticais e ortográficas. O domínio da escrita pressupõe a capacidade de adequar o discurso a cada situação sociodiscursiva, o que significa escolher o gênero textual mais apropriado; selecionar e ordenar as informações de modo coeso; avaliar o grau de formalidade da linguagem; aplicar as regras de concordância e de regência e respeitar a ortografia. Nesse contexto, o papel do professor deve ser o de mediador, suas intervenções deverão ser intencionalmente e previamente planejadas com o objetivo de promover o desenvolvimento do educando na produção escrita. O ensino da Língua Portuguesa deve voltar seu olhar para o texto e para a diversidade de gêneros discursivos, possibilitando ao educando refletir sobre suas características específicas e se apropriar delas para a produção textual. Dessa forma, o agrupamento de gêneros considerando suas respectivas capacidades de linguagem dominantes, deve ser contemplado ao longo dos níveis escolares, distribuídos nas tipologias das ordens do narrar (ex: conto, fábula, lenda, poema, adivinha); do relatar 318 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL (ex: relato de experiência, notícia, reportagem); do argumentar (ex: texto de opinião, carta do leitor, debate); do expor (ex: verbete, entrevista, propaganda, gráfico) e do instruir (ex: instruções, receitas, regras). Os conhecimentos sobre a diversidade de gêneros textuais a partir da sua utilização prática, vão sendo aprimorados ao longo dos anos escolares, possibilitando aos educandos a sua aplicação nas mais diferentes intenções e situações comunicativas nas esferas em que os textos circulam. Alguns gêneros poderão ser trabalhados em um único ano escolar, outros, por terem um nível maior de complexidade quanto ao conteúdo, tamanho e forma, deverão ser retomados nos anos seguintes de escolarização. O educando precisa ser motivado, preparado e envolvido para produzir bons textos, compreendendo e valorizando o uso da escrita com diferentes funções, em diferentes gêneros. Em nossa sociedade, escreve-se para registrar e preservar informações e conhecimentos, para documentar compromissos, para divulgar conhecimentos e informações, para partilhar sentimentos, emoções, vivências, para organizar rotinas coletivas e particulares. Essas funções da escrita se realizam por meio de diferentes formas – os diversos gêneros textuais -, que circulam em diferentes grupos e ambientes sociais, em diferentes suportes (ou portadores de texto). Acredita-se que um processo eficiente de ensino-aprendizagem da escrita deve tomar como ponto de partida e como eixo organizador a compreensão de que cada tipo de situação social demanda um uso da escrita relativamente padronizado. (PróLetramento, 2008, p. 48) Ao produzir um texto, é fundamental que o educando compreenda que o autor dirige-se a um interlocutor preconcebido (real ou virtual), o qual determina parte do que será dito, assim como o modo de dizê-lo. Aquele que escreve precisa ter o que dizer e uma razão clara para fazê-lo, ou seja, o propósito do autor deve estar no texto com o objetivo de informar, reclamar, emocionar, divertir, denunciar, seduzir, servir de auxílio à memória ou determinar algo. A produção de um texto exige que o educando tome uma série de decisões para assumir o papel de autor do texto, e para realizar tal tarefa, uma série de perguntas podem ser respondidas a fim de facilitar o planejamento da escrita como: O que vou escrever? Quem é meu destinatário? Que ponto de vista devo assumir? Que tipo de texto é mais adequado? Qual meu objetivo ao produzir o texto? Que modalidade de linguagem devo usar? Como quero parecer ao destinatário? Que imagem faço do meu destinatário? Quais ideias devo usar? Que tom dar ao meu texto? (ZAMBONI, 2004). Ao professor, cabe o papel de preparar o educando para a produção textual, auxiliando-o no planejamento da escrita. Quatro questionamentos podem ser feitos visando fornecer subsídios para uma produção de texto mais coerente e eficiente como: Para quê se escreve? (objetivo e está ligado à vontade de 319 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL escrever). Para quem se escreve? (quem é o interlocutor). O quê se escreve? (o assunto do texto é o que dá sentido a ele). Onde se escreve? (suporte textual que indicará o gênero). A organização dos conteúdos do texto deve ser feita de modo que, para seus leitores, ele pareça “lógico”, bem encadeado e sem contradições. O convívio social proporciona às crianças boas intuições sobre como organizar as ideias para produzir textos orais coerentes, porém, a organização e o encadeamento dos textos orais são diferentes do que se espera no caso de textos escritos. A coerência de um texto está relacionada mais com as relações de sentido que são estabelecidas do que com o código escrito propriamente, o que não significa que a coerência textual dependa exclusivamente do leitor, o próprio texto deve possibilitar o acesso a sua coerência interna. Quanto à coesão, é um mecanismo textual que possibilita a articulação dos elementos do texto e tem por finalidade organizar as informações, ou seja, fazer o texto progredir. Dentre outros elementos de coesão gramatical podem ser citados os artigos, pronomes, advérbios, entre outros. Durante as atividades de escrita, deve-se garantir aos educandos produção de textos coletivos e individuais. Produção de texto coletivo: nesse momento o professor assume o papel de escriba e permite que os estudantes observem a relação entre o texto oral e escrito. O professor faz o registro do texto a partir das sugestões dos educandos, direcionando a atividade de forma a possibilitar o encadeamento das ideias de cada um no texto, o que pode ser facilitado por alguns questionamentos como: O que é que vamos escrever? Por onde começamos? Depois de ter dito isso, como vamos continuar? Como terminar o texto? Será que não está faltando nada? O leitor vai compreender da forma como nós queremos que ele compreenda? Produção de texto individual: nesse momento o educando registra suas ideias no papel, seja por meio de desenho ou utilizando sinais gráficos, a escrita deve servir a algum objetivo, ter alguma função e dirigir-se a algum leitor. As produções textuais de todos os educandos da turma são fonte de informação para o professor, que fará uma análise e um levantamento dos conhecimentos dominados pela turma e os que ainda precisam ser trabalhados, pois estão em processo de sistematização. Cabe ao professor, como mediador, fazer que o educando compreenda que o autor assume três diferentes papéis na produção da escrita: o de quem planeja, o de quem escreve e o de quem lê para revisar e corrigir as falhas. Na reescrita ou reestruturação textual, as intervenções dos colegas e do professor terão um papel significativo, uma vez que podem contribuir apontando falhas, dando sugestões, de forma a possibilitar que o educando amplie suas hipóteses sobre a escrita. 320 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL De acordo com as Orientações Pedagógicas para o Ensino de Nove Anos (2010), a prática da reescrita possibilitará ao educando desenvolver a capacidade de identificar segmentos no texto em que o que está escrito não é o pretendido, utilizando os conhecimentos sobre a língua para resolver as falhas de forma a acrescentar, substituir, excluir, deslocar segmentos linguísticos, com o objetivo de adequar a produção à situação socioverbal. É importante que recursos linguísticos como vocabulário, tempos e modos verbais, elementos coesivos, entre outros, estejam adequados ao gênero discursivo pretendido, ao interlocutor e ao suporte de veiculação do texto. A instituição escolar é socialmente encarregada de possibilitar a todos os cidadãos o domínio da variedade padrão escrita da língua para as práticas de leitura e de produção de textos, por meio do estudo de diferentes gêneros textuais. Conhecimentos Linguísticos O objetivo do ensino de Língua Portuguesa é formar usuários competentes, que saibam adequar o seu discurso, por meio da fala, da leitura e da escrita à diferentes situações de uso, de forma consistente e flexível. No entanto, a escola não atingirá este objetivo se privilegiar uma única forma de análise dos fenômenos linguísticos. Logo, é preciso que nos dediquemos a entender as estruturas de uma língua e, consequentemente, as gramáticas que a sistematizam. Possenti (1999) procura simplificar a definição de gramática a partir da noção de conjunto de regras: as que devem ser seguidas, as que são seguidas e as regras que o falante domina. A partir dessas noções, o autor apresenta três tipos básicos de gramática que estão diretamente ligadas às questões pedagógicas: A gramática normativa considera a língua como uma série de regras que devem ser seguidas e obedecidas. O domínio dessas regras pode dar a ilusão de que o falante emprega a variedade padrão. Esse tipo de gramática valoriza muito a forma escrita, considerando-a a representação mais culta da língua. Por conta disso, considera que a fala precisa basear-se nas estruturas que regem a escrita. Percebemos a presença desse tipo de gramática em muitos livros didáticos. A gramática descritiva, como conjunto de regras que são seguidas, não se atém unicamente à modalidade escrita ou padrão, mas à descrição das variantes linguísticas a partir de seu uso. A oralidade é o principal objeto de estudo da gramática descritiva. Essa característica garante a essa gramática maior mobilidade, ao contrário da normativa que, presa à crítica, é mais resistente às inovações da língua. A gramática internalizada é o conjunto de regras dominado pelo falante tanto em nível fonético como sintático e semântico, possibilitando entendimento entre os falantes de uma mesma língua. Vale explicitar a noção de erro na concepção de cada uma das três 321 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL gramáticas apresentadas. Enquanto a gramática normativa toma como erro qualquer transgressão a suas regras, as outras o relativizam. O erro estaria menos relacionado à transgressão que à adequação e aceitação numa variante linguística (BAGNO, 2003). Assim, quanto maior for o contato do educando com diferentes tipos e gêneros textuais, será mais fácil apreender as regularidades que determinam o uso da norma padrão. Um texto se caracteriza a partir de elementos como organização, unidade, coerência, coesão, clareza, dentre outros elementos textuais. Cabe então, ao educando, em atividades reais do uso da língua, ampliar sua capacidade discursiva para que compreenda outras exigências de adequação da linguagem como: argumentação, situacionalidade, intertextualidade, informatividade, referenciação, concordância, regência, formalidade e informalidade. Não se questiona aqui se o professor deve ou não trabalhar a gramática normativa em sala de aula, mas até que ponto ela dá conta da complexidade do texto, visto que restringe-se aos limites da oração. A interlocução é o ponto de partida para o trabalho com o texto. Os conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir de seus aspectos funcionais na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Daí a importância de considerar não somente a gramática normativa, mas também outras, como a descritiva e a internalizada no processo de ensino de Língua Portuguesa. É papel do professor planejar e desenvolver atividades que levem o educando a refletir sobre seu próprio texto por meio de atividades de revisão, de reestruturação ou refacção de texto, de análise coletiva de um texto selecionado e sobre outros textos, de diversos gêneros que circulam dentro e fora da escola. O estudo do texto e da sua organização sintático-semântica permite ao professor explorar as características gramaticais, conforme cada texto em análise. Mas, nesse estudo, o que vale não é a categoria em si: é a função que ela desempenha para os sentidos do texto. Como afirma Antunes, “mesmo quando se está fazendo a análise linguística de categorias gramaticais, o objeto de estudo é o texto” (ANTUNES, 2003). Além do contato com diferentes textos, o professor deve propiciar ao educando a oportunidade de analisá-los, interpretá-los, atualizá-los. Centrar o trabalho pedagógico em grandes sequências de conteúdos gramaticais, não garante uma aprendizagem significativa da língua. Por outro lado, questionar, levantar hipóteses, elaborar perguntas sobre os próprios elementos gramaticais permitem ao educando avançar em seu processo de aprendizagem. É preciso que o professor entenda a escola como o espaço em que o educando possa errar. Assim, o professor poderá tomar consciência das intervenções que deverá fazer. Por meio de tentativas, acertos, inferências, comparações, deduções, o educando constrói o seu aprendizado do fato linguístico. “Valorizamos” o erro dentro da escola porque além de seus muros ele deve ser evitado e não há 322 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL perdão para quem os comete. Considerar o erro e a dúvida como elementos constitutivos do processo de trabalho em análise linguística deve ter por efeito propiciar ao educando a possibilidade de transformar conceitos, a ser afirmativo de seus valores e compreensivo dos valores do outro, concordando ou não com tais diferenças, porém, discernindo-as para que possa realizar suas próprias escolhas. 323 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL LÍNGUA PORTUGUESA – 1º ANO EIXOS: ORALIDADE – LEITURA – ESCRITA Conteúdos Estruturantes Discurso como prática social Objetivo geral Oralidade: Falar e ouvir, evidenciando a compreensão do conteúdo e do funcionamento de diferentes gêneros orais que circulam socialmente para desenvolver a competência comunicativa. Conteúdos Específicos Gêneros Textuais (verificar anexo I) Objetivos Específicos Oralidade Participar ativamente nos momentos em que o professor realiza trabalhos por meio da leitura de gêneros diversificados, para familiarizar-se com os textos que circulam socialmente; Debater temas propostos pelos textos para desenvolver as habilidades de expressão, opinião e argumentação oral; Reconhecer a função de cada gênero trabalhado pelo professor para perceber as situações em que são utilizados. Leitura Ler textos diversificados com auxílio do professor, visando compreender o seu sentido global; Objetivo geral Leitura: Desenvolver as competências de Apreciar os diversos gêneros textuais, observar, ver, trabalhados em sua diversidade, a fim analisar, de aprender a ler com prazer e sintetizar, aprimorar-se como leitor. estabelecer relações e Escrita interpretar a Participar ativamente nos momentos em partir do texto, que o professor realizar trabalhos por em um ambiente meio da leitura e escrita de gêneros cultural, diversificados, a fim de reconhecer os ampliando o textos que circulam socialmente; conhecimento de mundo e Produzir texto coletivo ou individual possibilitando o para familiarizar-se com diferentes diálogo autorgêneros textuais. leitor-texto, como fonte de ampliação Suporte e circulação do Leitura léxica. gênero em estudo Perceber que o suporte onde o texto é 324 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Objetivo geral Escrita: Desenvolver o uso funcional da História do nome linguagem escrita, a partir dos mais variados textos, objetivando a alfabetização e o letramento em um processo contínuo e indissociável. História da escrita Dramatização Memorização Descrição Consistência veiculado é importante para a sua compreensão, assim como o meio em que ele circula e o público a que é destinado. Oralidade Participar de atividades que envolvam o relato da história do nome, reconhecendo-o como uma palavratexto com grande significação. Escrita Realizar tentativa de escrita do próprio nome, dos nomes dos colegas, de familiares e de personagens de histórias lidas pelo professor, para dar maior significado à escrita. Oralidade – Leitura – Escrita Compreender a construção e a evolução do alfabeto enquanto necessidade humana e sua função social. Oralidade Dramatizar fatos e/ou histórias, demonstrando a compreensão, memorização, atenção e criatividade. Oralidade Ouvir e recontar histórias (diferentes gêneros textuais), buscando desenvolver a memorização; Transmitir recados, pedidos ou avisos aos colegas de classe ou de outras turmas, aos professores e funcionários da escola, a fim de exercitar a atenção, a memorização e a retenção de informações. Oralidade Descrever pessoas, objetos, animais e situações, a fim de desenvolver a capacidade de observação e a criatividade. Oralidade 325 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Argumentativa Coerência e Vivenciar experiências, a fim de emitir opiniões e desejos; Reproduzir e criar histórias demonstrando coerência (início, meio e fim), a fim de perceber a sequência lógica dos fatos. Oralidade Desenvolver um comportamento linguístico em relação à entonação, volume, velocidade da fala, postura, expressão facial e gestos, para se expressar. Elementos extralinguísticos Leitura Realizar leitura em voz alta, revelando sinais de fluência, entonação, volume e ritmo para adequá-la aos diferentes textos e propósitos. Oralidade Reconhecer as variações linguísticas para respeitar e valorizar os diferentes modos de fala. Variações linguísticas Turnos de fala Oralidade Comunicar-se por meio da fala, ouvindo com atenção para adequar a linguagem à situação; Participar de diferentes situações de escuta e de fala, para saber ouvir e respeitar a vez do outro. Alfabeto (fonema e grafema) Diferentes tipos de letras Traçado correto de letras, números e sinais Oralidade Identificar as letras para relacioná-las aos seus respectivos sons; Pronunciar necessárias palavras. corretamente as junções para a construção de Leitura Ler e reconhecer os diferentes tipos de 326 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL letras que compõem o alfabeto, para relacioná-las a seus respectivos sons; Identificar pelo nome as letras do alfabeto, fazendo as junções necessárias para construção da palavra; Diferenciar as letras dos outros sinais usados na escrita (acento e pontuação), para perceber a sua funcionalidade. Escrita Relacionar fonema e grafema fazendo as junções necessárias para construção de palavras; Comparar semelhanças e diferenças entre números, letras e sinais, para estimular a discriminação visual e empreender tentativas de escrita alfabética; Conhecer inicialmente o traçado das letras em caixa alta, a direção do traçado, bem como a prática do uso do caderno, para organizar a escrita; Atenção auditiva Conhecer os diferentes tipos de letras, percebendo sua funcionalidade na escrita. Oralidade Reproduzir oralmente brinquedos cantados e músicas diversas, a fim de estimular a memorização; Escutar atentamente os conteúdos expostos pelo professor para desenvolver a concentração e a compreensão, demonstrando apreender mensagens que ouve. Linguagem verbal e Oralidade – Leitura não-verbal (escrita, Compreender e interpretar textos fala, gestos, pinturas, verbais e não verbais, a fim de perceber 327 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL sinalização de trânsito que ambos possibilitam acesso e placas) conteúdos de qualquer natureza. a Escrita Produzir textos utilizando a linguagem verbal e não verbal, a fim de perceber as diferentes possibilidades de comunicação. Linguagem formal e Oralidade – Leitura informal Compreender a adequação da linguagem informal para formal, no sentido de refletir sobre o seu uso em diferentes situações. Função social da Leitura/Escrita escrita Perceber as diferentes funções desempenhadas pela escrita e sua importância para registro dos fatos e posterior leitura; Reconhecer a escrita como uma das formas de registro, percebendo que as ideias se materializam em símbolos; Reconhecer a escrita como prática de interação social. Pseudoleitura Leitura (imagem, textos de Realizar pseudoleitura de diferentes memória, logomarca, gêneros textuais, para inserir-se no rótulos) mundo letrado. Comportamento leitor Leitura Ler como busca de informação, prazer e conhecimento para perceber que é possível esclarecer dúvidas e obter novas informações. Segmentação de Leitura palavras Realizar diversas leituras para perceber a segmentação de palavras na escrita; Elementos da narrativa Identificar em palavras a representação de unidades sonoras mínimas demonstrando reconhecer fonemas. Oralidade 328 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Criar histórias e narrá-las para a turma, para desenvolver atenção, concentração, memorização e criatividade; Compreender e interpretar histórias e fatos ouvidos para identificar lugar, tempo e personagens. Caracterização gênero Leitura Identificar as partes que compõem uma história: início, meio e fim, para perceber a sequência lógica dos fatos. do Leitura Reconhecer os gêneros pelos seus usos sociais, finalidades, assuntos e formatos, no sentido de perceber seu modo particular de ser lido, compreendido e interpretado; Escrita Produzir textos coletivos de acordo com as características gráficas apropriadas, demonstrando conhecer a estrutura formal do gênero. Estratégias de leitura Leitura (seleção, antecipação, Ler pequenos textos, compreendendo inferência e seu significado e interpretando, com a verificação) mediação do professor, a temática e as situações apresentadas. Vocabulário Oralidade Perceber que um mesmo vocábulo pode apresentar significados diferentes, dependendo do contexto, a fim de compreender o texto em sua totalidade. Leitura Realizar leitura de diversos gêneros para ampliar o vocabulário. Escrita Ampliar o vocabulário a partir de diversos contextos, para adequá-lo a 329 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL situação de escrita; Reconhecer a importância do uso do dicionário para auxiliar na descoberta dos significados das palavras. Compreensão interpretação e Oralidade - Leitura Ouvir com atenção o texto lido pelo professor, a fim de compreendê-lo e interpretá-lo; Compreender globalmente um texto lido pelo professor, a fim de identificar o assunto principal. Sistematização escrita Escrita Compreender e interpretar, com registro, diferentes gêneros textuais com o auxílio do professor, para identificar informações significativas. da Escrita Realizar atividades de sistematização da escrita, com e sem a mediação do professor, a fim de adquirir ou ampliar o entendimento sobre a mesma; Identificar a existência de espaçamento entre as palavras, percebendo as unidades e o espaço intervocabular, evitando as junções. Tentativa de Escrita Escrita/Produção Realizar tentativa de escrita de palavras textual (individual e significativas que tenham sido coletiva) trabalhadas em um contexto, a fim de desenvolver uma sequência regular de Reescrita de textos hipóteses, adquirindo assim o conhecimento da língua; Produzir textos coletivos utilizando diversos gêneros textuais, vivenciados pelas crianças, tendo o professor como escriba para apreender a significação de cada palavra que o compõe, e as 330 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL significações resultantes das relações entre elas; Comparar as semelhanças e as diferenças entre a oralidade e a escrita das palavras, para construir estruturas de pensamento capaz de abstrações mais elaboradas; Modificar e criar novas palavras por meio de trocas, acréscimos e supressão de letras, para resignificação das palavras; Conhecimentos Linguísticos Objetivo Geral: Desenvolver conhecimentos linguísticos para operá-los em situações concretas na oralidade, na leitura e na escrita. Realizar reescrita de textos com a mediação do professor, a fim de perceber as regularidades da escrita. Pontuação, Perceber os sinais de pontuação, a paragrafação e paragrafação e a acentuação como acentuação elementos constituintes do código escrito. Gênero do substantivo Perceber a diferença entre masculino e feminino em situações de aprendizagem, para empregá-la na oralidade e escrita. Grau do substantivo Perceber a diferença entre aumentativo e diminutivo em situações de aprendizagem, para empregá-la na oralidade e escrita. Número do Perceber a diferença entre singular e substantivo plural, visando utilizar esse conhecimento na fala e na escrita. Adjetivo Compreender o adjetivo como uma forma de atribuir qualidades para todos os seres (pessoas, animais, objetos). Verbos isolando ações Nomear ações que são praticadas no dia-a-dia, para compreender sua função na fala e escrita. 331 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ANEXO I: Gêneros Textuais sugeridos para o 1º ano Aspectos Tipológicos NARRAR Exemplos de gêneros orais e escritos Conto de fadas, conto popular, fábula, lenda, história engraçada, adivinha, piada, poema, trava – língua, paródia, causo, verbete, quadrinha, história em quadrinhos. RELATAR Relato de experiência vivida, de viagem, anedota, bilhete, aviso, convite, diário, autobiografia, notícia, reportagem. ARGUMENTAR Diálogo argumentativo, assembleia. EXPOR Texto expositivo e explicativo, entrevista, exposição oral, comunicação oral, propaganda, tabela, gráfico, classificados, listagem, fotografia, capa de livro. INSTRUIR Instruções de montagem, receita, regulamento, regras de jogo, instruções de uso, comandos diversos, bula. 332 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL LÍNGUA PORTUGUESA – 2º ANO EIXOS: ORALIDADE – LEITURA – ESCRITA Conteúdos Estruturantes Discurso como prática social Objetivo geral Oralidade: Falar e ouvir, evidenciando a compreensão do conteúdo e do funcionamento de diferentes gêneros orais que circulam socialmente para desenvolver a competência comunicativa. Conteúdos Específicos Gêneros Textuais (verificar anexo II) Objetivos Específicos Oralidade Participar ativamente nos momentos em que o professor realiza trabalhos por meio da leitura de gêneros diversificados, a fim de familiarizar-se com os textos que circulam socialmente; Reconhecer a função de cada gênero trabalhado pelo professor para perceber as situações em que são utilizados. Leitura Apreciar os diversos gêneros textuais em suas diversidades, a fim de aprender a ler com prazer e aprimorar-se como leitor; Objetivo geral Ler com ajuda do professor, diferentes Leitura: gêneros textuais, para conhecer o tema Desenvolver as do texto, as características do gênero e o competências de sistema de escrita. observar, ver, analisar, Escrita sintetizar, Participar ativamente nos momentos em estabelecer que o professor realizar trabalhos por relações e meio da leitura e escrita de gêneros interpretar a diversificados, a fim de reconhecer os partir do texto, textos que circulam socialmente; num ambiente cultural, Produzir texto individual e/ou coletivo, ampliando o para familiarizar-se com diferentes conhecimento de gêneros textuais. mundo e Suporte e circulação do Leitura possibilitando o gênero em estudo Perceber que o suporte onde o texto é diálogo autorveiculado é importante para a sua leitor-texto, como compreensão, assim como o meio em fonte de ampliação que ele circula e o público a que é léxica. destinado. 333 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Nome Oralidade – Leitura Objetivo geral Participar de atividades que envolvam o Escrita: relato da história do nome, Desenvolver o uso reconhecendo-o como uma palavrafuncional da texto com grande significação. linguagem escrita, Escrita a partir dos mais Escrever o próprio nome, dos colegas, variados textos, de personagens de histórias narradas, a objetivando a fim de dar maior significado à escrita. alfabetização e o Dramatização Oralidade letramento em um Dramatizar fatos e/ou histórias, processo contínuo demonstrando a compreensão, e indissociável. memorização, atenção e criatividade. Alfabeto (fonema e Oralidade grafema) Identificar as letras para relacioná-las aos seus respectivos sons. Diferentes tipos de letras Leitura Diferenciar as letras dos outros sinais Traçado correto de gráficos, para perceber a funcionalidade letras, números e sinais da escrita alfabética; Identificar pelo nome as letras do alfabeto, fazendo as junções necessárias para construção da palavra; Reconhecer os diferentes tipos de grafia das letras, a fim de realizar a leitura de gêneros em suportes diversificados; Reconhecer as letras do alfabeto, para perceber que o mesmo fonema tem diferentes grafemas. Escrita Conhecer os diferentes tipos de letra, bem como o seu traçado, percebendo sua funcionalidade na escrita; Diferenciar e adequar a letra maiúscula e a minúscula, empregando-as corretamente nos textos; 334 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Refletir sobre a relação grafema/fonema, para perceber sua função e aplicação na escrita de textos; Elementos linguísticos: coesão, coerência, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito, paragrafação) Reconhecer a distinção entre variantes de registro na pronúncia, a fim de observar a sua grafia (o mesmo fonema tem diferentes grafemas). Oralidade Compreender diferentes discursos e adquirir competência para organizá-los de maneira coesa e coerente. Leitura Perceber que na construção de um texto existem palavras e recursos gráficos que contribuem para sua coerência e progressão. Escrita Reconhecer a função dos recursos gráficos do texto, identificando a estrutura formal do gênero; Elementos extralinguísticos Utilizar os recursos de coerência e coesão textual em frases e textos, para que eles adquiram unidade de sentido. Oralidade Desenvolver um comportamento linguístico em relação à entonação, fluência, volume, velocidade da fala, postura, expressão facial e gestos, para se expressar com desenvoltura em diferentes situações comunicativas. Leitura Realizar leitura em voz alta, revelando fluência, entonação, volume e velocidade adequados aos diferentes textos e propósitos. Variações linguísticas Oralidade Respeitar a diversidade das formas de expressão oral manifestas por colegas, professores, funcionários e comunidade, 335 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL para interação social; Usar a língua falada em diferentes situações escolares, com intuito de adequar o discurso à situação. Leitura Identificar em um texto lido, as características próprias de determinada região ou grupo social, a fim de refletir sobre as variações da língua. Relação oralidade/escrita Comunicação interpessoal Argumentação Turnos de fala Oralidade - Escrita Superar o fluxo contínuo da oralidade, percebendo a diferença entre a fala e a escrita. Oralidade Comunicar sentimentos, pensamentos e fatos do cotidiano, com intuito de interagir socialmente; Responder aos questionamentos propostos pelo professor, a fim de demonstrar os conhecimentos adquiridos; Expor opiniões nos debates com colegas e professor, demonstrando suas ideias; Comunicar-se por meio da fala, ouvindo com atenção, a fim de adequar a linguagem à situação; Utilizar a fala para argumentar e emitir opiniões de forma lógica; Demonstrar atitude de ouvinte atento, para ser capaz de compreender e recontar o que ouviu, preservando o sentido do texto ouvido; Participar de diferentes situações de escrita e fala para saber ouvir e respeitar a vez do outro. 336 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Linguagem verbal e Oralidade - Leitura não-verbal (escrita, Reconhecer os textos não verbais como fala, gestos, pinturas, forma de expressão e interação com sinalização de trânsito outros códigos e linguagens; e placas) Reconhecer a leitura de textos verbais como possibilidade de acesso a conteúdos de qualquer natureza. Escrita Produzir textos utilizando a linguagem verbal e não verbal, a fim de perceber as diferentes possibilidades de comunicação. Linguagem formal e Oralidade/Leitura informal Compreender a adequação da linguagem informal para a formal, a fim de ler e comunicar-se adequadamente. Pseudoleitura (imagem, textos de memória, logomarca, rótulos) Síntese das ideias de um texto (oral ou escrito) Função escrita social da Escrita Produzir texto visando adequar a linguagem escrita à situação de uso mais formal e menos formal. Leitura Realizar pseudoleituras de diferentes gêneros textuais para inserir-se no mundo letrado. Oralidade - Escrita Elaborar individual ou coletivamente a síntese de textos lidos ou ouvidos, para objetivar o discurso. Leitura/Escrita Perceber as diferentes funções desempenhadas pela escrita e sua importância para registro dos fatos e posterior leitura. Conhecer e compreender o escrita com diferentes valorizando-a como prática da social. Elementos da narrativa Oralidade Narrar fatos de forma 337 uso da funções, interação coerente, PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL demonstrando compreensão elementos da narrativa; dos Ampliar textos orais introduzindo personagens, tempo e espaço, mudando suas características e/ou alterando a estrutura narrativa (início, meio e fim), de forma a enriquecer e dar sentido ao texto. Leitura/Escrita Ler para identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa (personagem, tempo e espaço); Caracterização gênero Produzir texto aplicando os elementos que compõem a narrativa como tempo, espaço e personagem. do Leitura Reconhecer os gêneros pelos seus usos sociais, finalidades, assuntos e formatos, no sentido de perceber seu modo particular de ser lido, compreendido e interpretado; Escrita Produzir textos de acordo com as características gráficas apropriadas, demonstrando conhecer a estrutura formal do gênero. Estratégias de leitura: Leitura seleção, antecipação, Ler atribuindo sentido, coordenando inferência e verificação texto e contexto (ler nas entrelinhas e além das linhas), interpretando a mensagem do texto, identificando a ideia principal e a temática a partir da análise de personagens e situações, para compreender o texto em sua totalidade; Comparar textos, buscando semelhanças e diferenças quanto às ideias e à forma; 338 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Vocabulário Identificar finalidades e funções da leitura para o reconhecimento do suporte, do gênero e do contexto de produção. Oralidade Perceber que um mesmo vocábulo pode apresentar significados diferentes, dependendo do contexto, a fim de compreender o texto em sua totalidade. Leitura - Escrita Explorar o vocabulário da língua, percebendo os diferentes efeitos de sentido produzidos pelas escolhas que o falante/escritor faz; Compreensão interpretação Utilizar o dicionário para auxiliar na descoberta de novas palavras e seus significados. e Oralidade Ouvir com atenção o texto lido, a fim de compreender as informações explícitas no texto e produzir inferências com a mediação do professor. Leitura Compreender globalmente o texto lido, identificando o assunto principal; Ler palavras e frases dentro de um texto, a fim de compreender a coerência narrativa; Levantar hipóteses relativas ao conteúdo do texto para confirmar o que está sendo lido; Buscar, com a mediação do professor, pistas textuais, intertextuais e contextuais para ler nas entrelinhas (fazer inferências), ampliando a compreensão. 339 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Tentativa Escrita/Produção textual Escrita Compreender e interpretar diferentes gêneros textuais por meio do registro, identificando e selecionando informações significativas. de Escrita Produzir textos de diferentes gêneros adequados aos objetivos do autor/leitor, a finalidade, as características do gênero e o contexto de circulação, a fim de atender ao propósito comunicativo pretendido; Inferir regras do uso da língua (pontuação, acentuação, paragrafação) a partir da análise de regularidades para aplicá-las nas produções; Conhecimentos Linguísticos Objetivo Geral: Desenvolver conhecimentos linguísticos para operá-los em situações concretas na oralidade, leitura e escrita. Compreender a função da escrita, para percebê-la como representação de palavras e suas significações resultantes das relações entre elas. Reescrita/ Escrita reestruturação textual Realizar a reescrita ou a reestruturação textual individual e coletiva com a mediação do professor, a fim de compreender a regularidade da escrita. Pontuação, Compreender e empregar os sinais de paragrafação e pontuação, paragrafação e acentuação acentuação para dar sentido ao texto. Letra maiúscula e Entender e empregar a letra maiúscula e minúscula minúscula em situações de aprendizagem para aplicá-las adequadamente. Separação silábica Compreender a divisão silábica para mudança de linha como um processo de segmentação de um vocábulo. Substantivos próprios Compreender o uso de letras maiúsculas nas iniciais dos nomes próprios, para aplicá-las adequadamente nas produções textuais; 340 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Gênero do substantivo Número substantivo do Grau do substantivo Adjetivo Artigo Tempos (presente, futuro) verbais passado, Concordância nominal e verbal: uso contextual (relações de gênero e número necessárias para o aperfeiçoamento do texto) Estruturas silábicas canônicas (cv) e não canônicas (vc, ccv, cvc, cvv, v, c, ccvcc, cvcc) Representação dos fonemas /j/ /g/ /f/ /v/ /d/ /t/ /p/ /b/ Representações letras: Reconhecer o substantivo próprio em diversas situações, para empregá-lo corretamente na escrita. Construir conhecimento de masculino e feminino, a fim de empregá-lo em situações cotidianas, na oralidade e na escrita. Adequar o plural ou singular ao contexto de produção, para garantir a concordância mínima no texto. Empregar adequadamente o aumentativo e o diminutivo percebendo suas diferenças na função e na escrita e aplicando-as corretamente. Compreender o adjetivo como uma forma de atribuir qualidades a todos os seres (pessoas, animais, objetos), a fim de enriquecer o texto. Perceber que o artigo acompanha o substantivo e flexioná-lo quando necessário. Observar os verbos nos textos, com o objetivo de discriminar semelhanças e diferenças entre os tempos verbais, aplicando-as nas produções textuais. Observar e empregar a partir do texto a concordância nominal e verbal, para compreender o funcionamento da língua como um sistema de elementos de combinações e de relações que devem ser aplicados ao texto. Compreender palavras compostas por sílabas canônicas e não canônicas, para melhorar a competência linguística. Empregar adequadamente os fonemas /j/ /g/ /f/ /v/ /d/ /t/ /p/ /b/ em situação comunicativa, demonstrando discriminá-los, evitando trocas. das Observar e analisar o emprego das letras X, S e Z em palavras nas quais 341 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL - rr na escrita (r – rato, rr – carro) - r na escrita (r – barata) - s na escrita (s – sol, ss – assar, ç – peça, c – cebola, sc – descer, x – aproximar, xc – excêntrico) - ch na escrita (x – xale, ch – chapéu); - z na escrita (z – azedo, s – asa, x – exame) representam um mesmo som, para perceber as irregularidades da língua; Observar e analisar o emprego das letras SS, C, Ç, SC, S, X, XC em palavras nas quais representam um mesmo som, para perceber as irregularidades da língua; Perceber que a letra R representa sons diferentes, para distingui-los e aplicá-los adequadamente; Conhecer e empregar adequadamente a letra R, RR, para distingui-los e aplicálos adequadamente. Representações Compreender o emprego da letra M possíveis das letras ‘m’ antes de P e B e da letra N, empregando e ‘n’ a norma padrão em textos escritos. 342 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ANEXO II: Gêneros Textuais sugeridos para o 2º ano Aspectos Tipológicos NARRAR RELATAR ARGUMENTAR EXPOR INSTRUIR Exemplos de gêneros orais e escritos Conto de fadas, conto popular, fábula, lenda, história engraçada, adivinha, piada, poema, trava – língua, paródia, causo, verbete, quadrinha, história em quadrinhos. Relato de experiência vivida, de viagem, anedota, bilhete, aviso, convite, diário, autobiografia, notícia, reportagem. Diálogo argumentativo, assembleia. Texto expositivo e explicativo, entrevista, exposição oral, comunicação oral, propaganda, tabela, gráfico, classificados, listagem, fotografia, capa de livro. Instruções de montagem, receita, regulamento, regras de jogo, instruções de uso, comandos diversos, bula. 343 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL LÍNGUA PORTUGUESA – 3º ANO EIXOS: ORALIDADE – LEITURA – ESCRITA Conteúdos Estruturantes Discurso como prática social Conteúdos Específicos Gêneros Textuais (verificar anexo III) Objetivos Específicos Oralidade Reconhecer as características orais dos gêneros textuais para compreender que textos diferentes apresentam leituras diferentes (não se lê um poema da mesma maneira que se lê uma notícia); Objetivo geral Oralidade: Ampliar possibilidades de comunicação e expressão, utilizando a linguagem como uma atividade discursiva. Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa, com objetivo de compreender a estrutura textual do gênero; Produzir e compreender textos orais de diferentes gêneros, a fim de utilizá-los de acordo com o propósito comunicativo; Objetivo geral Leitura: Ler, compreender e interpretar textos de vários gêneros orais e escritos, significativos e funcionais, em diferentes situações sociais. Debater um assunto previamente selecionado, para desenvolver as habilidades de expressão, opinião e argumentação oral. Leitura Identificar diferentes gêneros e suportes de texto, a fim de perceber como eles se organizam. Objetivo geral Escrita: Desenvolver a função da escrita como suporte do pensamento e a Suporte e circulação do competência gênero em estudo sociocomunicativa de expressar-se por escrito. Escrita Produzir diferentes gêneros para refletir e se apropriar características. Leitura Perceber que o suporte onde texto é importante para compreensão, assim como o que ele circula e o público destinado. 344 textuais, de suas veicula o a sua meio em a que é PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Dramatização Oralidade Realizar leitura dramatizada, expondo sua sensibilidade e sua criatividade. Intenção e situação Oralidade comunicativa Recontar fatos ou histórias sendo fiel ao conteúdo, para posicionar-se criticamente e com criatividade diante dos mesmos; Utilizar o gênero oral adequado a situações comunicativas diversificadas, demonstrando clareza na exposição de ideias e consistência argumentativa na defesa de pontos de vista. Leitura Ler diferentes gêneros textuais, a fim de compreender o objetivo do autor. Escrita Produzir textos adequando-os à situação comunicativa. Oralidade Expor o tema do texto lido ou ouvido, demonstrando ser capaz de reconhecêlo. Tema Leitura Identificar a temática de um texto e reconhecer a intenção do autor ao abordá-lo; Relacionar textos com o mesmo tema, para refletir sobre as diferenças e semelhanças entre eles. Contexto produção de Escrita Produzir textos mantendo a temática ao desenvolvê-lo, enriquecendo-o com informações e argumentos. Leitura Buscar informações sobre o contexto de produção de um texto, para 345 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL compreender apresenta. Locutor interlocutor e as ideias que ele Oralidade Comunicar-se por meio da fala, ouvindo com atenção para então adequar-se à situação. Leitura Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e interlocutor, para compreender a sua intencionalidade; Compreender a organização textual a fim de perceber as intenções do autor. Escrita Reconhecer as diferentes formas de intervenção do narrador no texto, a fim de utilizar este recurso na produção escrita. Oralidade Reconhecer a importância e o efeito dos recursos coesivos e das estratégias de coerência no ato da comunicação oral; Elementos linguísticos: coesão, coerência, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito, paragrafação) Expor informações coerentes sobre assuntos referentes às áreas do conhecimento, demonstrando a apropriação dos conteúdos. Leitura Reconhecer a pontuação como fator importante para a construção dos sentidos do texto; Perceber como os elementos gramaticais se articulam para tornar o texto coeso; Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor do texto, a fim de perceber seu propósito comunicativo. 346 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Escrita Estruturar textos de acordo com os princípios de coerência e coesão, para que ele adquira unidade de sentido; Elementos extralinguísticos Variações linguísticas Observar, nos diversos gêneros, as regularidades linguísticas e ortográficas (tempos verbais nas sequências de ações; emprego dos conectivos nas relações lógico-temporais; pronomes nas reduções e repetições; concordância verbal e nominal), reconhecendo-as e utilizando-as em produções individuais e/ou coletivas. Oralidade Desenvolver um comportamento linguístico em relação à fluência, à entonação, ao volume e à velocidade da fala, postura, expressão facial e gestos, para se expressar com eficácia diante das diferentes situações. Leitura Fazer uso, na leitura, da entonação, ritmo, volume, velocidade e fluência, para atender aos diferentes textos e propósitos. Oralidade Reconhecer as marcas da oralidade, a fim de compreender que as mesmas nem sempre podem ser registradas e aceitas pela norma padrão da linguagem escrita; Participar de diferentes situações de comunicação oral, acolhendo e considerando as opiniões alheias e respeitando as diferenças linguísticas; Demonstrar respeito diante das colocações de outras pessoas, no que se refere tanto às ideias quanto ao modo de falar, no sentido de abrir-se para a 347 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL pluralidade de discursos. Leitura Identificar em um texto lido, as características próprias de determinada região ou grupo social, a fim de refletir sobre as variações da língua. Relação oralidade/escrita Turnos da fala Discurso direto e indireto Linguagem verbal e nãoverbal (escrita, fala, gestos, pinturas, sinalização de trânsito, placas) Oralidade – Escrita Compreender que, assim como na escrita, a linguagem oral varia de acordo com a situação social de uso; Perceber que na fala existe uma grande variedade de expressões e, na escrita, aceita-se apenas uma modalidade: o registro em linguagem padrão. Oralidade Participar em situações de fala e escuta em grandes e pequenos grupos, respeitando a opinião alheia; Ouvir para adequar o seu discurso ao do outro. Leitura - Escrita Observar no texto a diferença entre o discurso do narrador, o discurso, os personagens e a utilização das marcas dessa separação (travessão, aspas e dois pontos), a fim de compreender suas características e sua aplicabilidade nos textos. Leitura Reconhecer os textos não verbais como forma de expressão e interação com outros códigos e linguagem; Reconhecer a leitura de textos verbais como possibilidade de acesso a conteúdos de qualquer natureza. Escrita Produzir textos utilizando a linguagem 348 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL verbal e não verbal, a fim de perceber as diferentes possibilidades de comunicação. Oralidade – Leitura Compreender a adequação da linguagem informal para a formal, no sentido de refletir sobre o seu uso nas diferentes situações. Linguagem formal e informal Função escrita social Escrita Produzir texto visando adequar a linguagem escrita à situação de uso mais formal ou menos formal. da Leitura Compreender os propósitos de uma leitura, para entender que a linguagem é uma forma de interação entre sujeitos e construção de conhecimentos; Reconhecer a língua escrita como forma de interação humana e de construção de significados. Escrita Considerar o uso social da escrita de acordo com o processo e as condições de produção de texto; Elementos da narrativa Caracterização gênero Leitura Identificar o conflito gerador do enredo e os demais elementos que constroem a narrativa (personagens, tempo, espaço e narrador), para compreender a importância de cada elemento na construção do texto. Oralidade - Escrita Criar histórias caracterizando o enredo, os personagens, o tempo, o espaço e o narrador a partir de um tema proposto ou de um fato cotidiano. do Leitura Reconhecer os gêneros pelos seus usos 349 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL sociais, finalidades, assuntos e formatos, no sentido de perceber seu modo particular de ser lido, compreendido e interpretado; Analisar os elementos do texto: título, recursos visuais, dados essenciais respostas às perguntas: o que, de quem, quando, onde, como e por quê; com intuito de perceber as características do gênero e sua intenção comunicativa; Acionar seus conhecimentos prévios quanto ao conteúdo e a forma do texto, para perceber seu propósito. Escrita Produzir e organizar o próprio texto de acordo com as características gráficas apropriadas a cada texto, demonstrando conhecer a estrutura formal do gênero. Estratégias de leitura Leitura (seleção, antecipação, Ler atribuindo sentido, coordenando inferência e texto e contexto (ler nas entrelinhas e verificação) além das linhas), interpretando a mensagem do texto, identificando a ideia principal e a temática a partir da análise de personagens e situações, para chegar à interpretação do texto; Reconhecer os diferentes motivos que nos levam a ler, para a escolha do texto adequado à situação do momento (ler por prazer, ler para buscar conhecimentos, ler para aprender); Inferir informações implícitas e explícitas, a partir das relações entre os conhecimentos prévios e o texto lido ou ouvido; Reconhecer as ideias principais de um 350 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL texto, para construir seu verdadeiro significado; Levantar hipóteses, a fim de confirmálas ou não; Vocabulário Perceber a relação entre causa e consequência de fatos para o desenrolar de um texto. Oralidade Empregar palavras diferentes para enriquecer a interação comunicativa. Realizar a vocabulário; Leitura leitura para ampliar o Compreender o sentido de uma palavra ou expressão, visando adequar o seu significado a um determinado contexto. Escrita Utilizar o dicionário para auxiliar na descoberta dos significados de palavras utilizadas no cotidiano e em textos, da ortografia correta das palavras, dos diferentes significados de uma mesma palavra e na escolha do significado mais adequado de uma palavra em um determinado contexto; Compreensão interpretação Aprender como procurar palavras no dicionário, a fim de descobrir seus significados e ampliar o vocabulário. e Oralidade Observar e analisar textos lidos ou ouvidos e imagens, pronunciando-se sobre os mesmos, demonstrando compreendê-los e interpretá-los. Leitura Compreender e interpretar o que lê, seja qual for o propósito leitor, a fim de 351 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL refletir, organizar e ampliar os conceitos trabalhados; Desenvolver a capacidade de ler e compreender textos, localizando informações; Comparar informações, para compreender as ideias dos autores. Produção textual Escrita Identificar e selecionar informações necessárias no texto, a fim de compreendê-lo e interpretá-lo na escrita. Escrita Observar o tema, selecionar as ideias e organizá-las, para produzir texto coerente e coeso; Adequar a linguagem ao gênero produzido, com intuito de caracterizá-lo de acordo com suas especificidades; Estabelecer relações de causa e consequência no texto, para manter a coerência narrativa; Produzir o texto reconhecendo-o como meio de comunicação/diálogo entre autor e leitor; Incorporar os conhecimentos básicos sobre a língua escrita (regras ortográficas, pontuação, acentuação e paragrafação) nos textos, a fim de aprimorá-los; Socializar a produção escrita, visando sua divulgação e sua valorização, fazendo o texto cumprir com seu propósito comunicativo. Reestruturação textual Escrita Realizar autocorreção por meio do uso 352 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL de dicionário e consulta a outros suportes de informação, para avaliar os aspectos comunicativos, discursivos e formais no texto; Revisar o texto produzido a partir de uma primeira versão, a fim de redigir com auxílio, as versões necessárias até atender o seu propósito. Conhecimentos Linguísticos Objetivo Geral: Desenvolver conhecimentos linguísticos para operá-los em situações concretas na oralidade, leitura e escrita. Pontuação, paragrafação acentuação Letra maiúscula minúscula Separação silábica e e Compreender e empregar os sinais de pontuação, paragrafação e acentuação para dar sentido ao texto. Compreender e empregar a letra maiúscula e minúscula em situações de aprendizagem, para aplicá-las adequadamente ao texto. Compreender a divisão silábica como processo de segmentação de um vocábulo. Reconhecer a família de palavras a fim de perceber a grafia correta das mesmas. Formação de palavras (composição e derivação) Substantivo: próprio e Compreender o uso de letras maiúsculas comum nas iniciais dos nomes próprios, para aplicá-las adequadamente nas produções textuais; Construir o conhecimento de substantivo comum e próprio para empregá-lo corretamente na escrita. Gênero do substantivo Construir conhecimento de masculino e feminino a fim de empregá-lo na oralidade e na escrita. Número do Construir conhecimento de singular e substantivo plural, a fim de empregá-lo com competência na oralidade e na escrita. Grau do substantivo Empregar adequadamente o aumentativo e o diminutivo, percebendo suas diferenças na função e na escrita para aplicá-los corretamente. Adjetivo Reconhecer o adjetivo como elemento 353 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Artigo Pronomes pessoais (sem nomeação, uso contextual – substituir os nomes, evitar repetições) Sinônimo e antônimo Tempos (presente, futuro) verbais passado, Concordância nominal e verbal: uso contextual (relações de gênero e número necessárias para o aperfeiçoamento do texto) Estruturas silábicas canônicas (cv) e não canônicas (vc, ccv, cvc, cvv, v, c, ccvcc, cvcc) Representação dos fonemas /j/ /g/ /f/ /v/ /d/ /t/ /p/ /b/ enriquecedor do texto, empregando-o em situações de aprendizagem na oralidade e na escrita. Reconhecer a importância da concordância entre o artigo e o substantivo, visando tornar o texto coerente. Reconhecer e utilizar os pronomes nos textos individuais ou coletivos, com a mediação do professor, apropriando-se de mecanismos de coesão textual para evitar repetições. Construir conhecimento de sinônimos e antônimos para aplicá-los na oralidade e na escrita. Observar os verbos nos textos, com o intuito de discriminar semelhanças e diferenças entre os tempos verbais, aplicando-as nas produções textuais. Observar e empregar, a partir do texto, a concordância nominal e verbal, para compreender o funcionamento da língua como um sistema de elementos de combinações e de relações que devem ser aplicadas aos textos. Compreender palavras compostas por sílabas canônicas e não canônicas, para melhorar a competência linguística. Empregar adequadamente os fonemas /j/ /g/ /f/ /v/ /d/ /t/ /p/ /b/ em situação comunicativa, demonstrando discriminá-los, evitando trocas. Representações dos Observar e analisar o emprego das letras grafemas: X, S e Z em palavras nas quais - rr na escrita (r – rato, representam um mesmo som, para rr – carro) perceber as irregularidades da língua; - r na escrita (r – barata) Observar e analisar o emprego dos - s na escrita (s – sol, ss grafemas SS, C, Ç, SC, S, X e XC em – assar, ç – peça, c – palavras nas quais representam um 354 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL cebola, sc – descer, x – aproximar, xc – excêntrico); - ch na escrita (x – xale, ch – chapéu); - z na escrita (z – azedo, s – asa, x – exame) Representações possíveis das ‘m’e ‘n’ Dígrafos gua e qua geu lh e li oso e osa ez e eza/ês - esa mesmo som, para perceber irregularidades da língua; as Perceber que a letra R representa sons diferentes, para distingui-los e aplicá-los adequadamente; Conhecer e empregar adequadamente os grafemas, R, RR, para distingui-los e aplicá-los adequadamente. Compreender o uso da letra M antes de letras P e B e da letra N, empregando a norma padrão em textos escritos. Reconhecer e utilizar os dígrafos empregando-os corretamente nos textos. Empregar adequadamente gua/qua, l/u, lh/li, oso/osa, ez/eza e ês/esa, percebendo suas diferenças na função e na escrita, aplicando-as corretamente na escrita. 355 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ANEXO III: Gêneros Textuais sugeridos para o 3º ano Aspectos Tipológicos NARRAR Exemplos de gêneros orais e escritos Conto de fada, conto popular, fábula, lenda, narrativa de aventura, de ficção, de enigma, história engraçada, adivinha, piada, poema, trava – língua, paródia, causo, letra de canção, cordel, peça teatral. RELATAR Relato de experiência vivida, de viagem, anedota, bilhete, aviso, convite, diário, autobiografia, notícia, reportagem, carta. ARGUMENTAR Texto de opinião, diálogo argumentativo, carta do leitor, assembleia; artigo de opinião; EXPOR Texto expositivo, explicativo e informativo, artigo, entrevista, exposição oral, comunicação oral, propaganda, tabela, gráfico estatístico, classificados, listagem, verbete, ingresso, enquete (pesquisa de dados), fotografia, capa de livro, cartaz de filme; INSTRUIR Instruções de montagem, receita, regulamento, regras de jogo, instruções de uso, comandos diversos, bula. 356 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL LÍNGUA PORTUGUESA – 4º ANO EIXOS: ORALIDADE – LEITURA – ESCRITA Conteúdos Estruturantes Discurso como prática social Objetivo geral Oralidade: Ampliar a linguagem oral por meio do uso de diferentes gêneros orais de comunicação, para o desenvolvimento da competência comunicativa. Objetivo Geral Leitura: Ler, compreender e interpretar textos de vários gêneros orais e escritos, significativos e funcionais, em diferentes situações sociais. Objetivo Geral Escrita: Desenvolver a função da escrita como suporte do pensamento e a competência sociocomunicativa de expressar-se por escrito. Conteúdos Específicos Gêneros Textuais (verificar anexo IV) Objetivos Específicos Oralidade Debater temas propostos pelos textos, desenvolvendo as habilidades de expressão, opinião e argumentação oral; Refletir sobre os temas dos diversos gêneros, posicionando-se criticamente diante dos mesmos; Resumir oralmente textos lidos e ouvidos para adquirir capacidade de síntese; Narrar fatos expressando noções de temporalidade e causalidade, a fim de manter a coerência da narrativa; Utilizar a fala para argumentar, emitir opiniões, defender pontos de vista, comparar e concluir; Apreender, como ouvinte, as ideias básicas dos textos, para reter informações relevantes. Leitura Identificar as características básicas dos gêneros trabalhados a fim de perceber como eles se organizam; Identificar os diferentes pontos de vista em textos que tratam do mesmo tema, para verificar a relação estabelecida entre eles (intertextualidade); Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato, no intuito de preservar sua veracidade; 357 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Ler textos do cotidiano para desenvolver a competência leitora; Ler diferentes gêneros textuais, utilizando estratégias de seleção, antecipação, inferência e verificação, visando compreender o sentido global do texto. Escrita Produzir diferentes gêneros discursivos, para refletir e se apropriar de suas características. Suporte e circulação do Leitura gênero em estudo Perceber que o suporte onde veicula o texto é importante para a sua compreensão, assim como o meio em que ele circula e o público a que é destinado. Locutor e interlocutor Oralidade Comunicar-se por meio da fala, ouvindo com atenção, para então adequar-se à situação. Leitura Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor, para compreender a sua intencionalidade; Compreender a organização textual, a fim de perceber as intenções do autor; Perceber o texto como um meio para a concretização do diálogo entre autor e leitor. Escrita Reconhecer as diferentes formas de intervenção do narrador no texto, a fim de utilizar este recurso na produção escrita. 358 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Intenção e situação Oralidade comunicativa Utilizar a linguagem oral com eficácia, adequando-a as intenções e situações comunicativas que requeiram o domínio de registros formais, o planejamento prévio do discurso, a coerência na defesa de pontos de vista e na apresentação de argumentos e o uso de procedimentos de negociação de acordos. Leitura Ler diferentes gêneros textuais, a fim de compreender o objetivo do autor. Ironia e humor Tema Escrita Produzir texto adequando-o à situação comunicativa. Leitura Perceber a ironia e o humor nos textos, a fim de que no dia-a-dia consiga diferenciá-los, interpretá-los em diferentes contextos. Oralidade Expor o tema do texto lido ou ouvido, demonstrando ser capaz de reconhecêlo. Leitura Identificar o tema central do texto, a fim de perceber a intenção do autor ao abordá-lo; Ler diferentes textos com o mesmo tema, para refletir sobre as relações estabelecidas entre eles. Escrita Produzir textos mantendo a temática ao desenvolvê-lo, enriquecendo-o com informações e argumentos. Elementos linguísticos Oralidade Reconhecer a importância e o efeito dos 359 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL recursos coesivos e das estratégias de coerência no ato da comunicação oral; Expor informações coerentes sobre assuntos referentes às áreas do conhecimento, demonstrando a apropriação dos conteúdos. Leitura Reconhecer a pontuação como fator importante para a construção dos sentidos do texto; Perceber como os elementos gramaticais se articulam para tornar o texto coeso; Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor do texto, a fim de perceber seu propósito comunicativo. Escrita Estruturar textos com unidade de sentido, de acordo com os princípios de coerência e coesão estudados e visualizados em diversos textos; Elementos extralinguísticos Observar nos diversos gêneros as regularidades linguísticas e ortográficas (tempos verbais nas sequências de ações; emprego dos conectivos nas relações lógico-temporais; pronomes nas reduções e repetições; concordância verbal e nominal), reconhecendo-as e utilizando-as em produções individuais e/ou coletivas. Oralidade Desenvolver um comportamento linguístico em relação à fluência, entonação, volume e velocidade da fala, postura, expressão facial e gestos ao ler, para se expressar com eficácia diante das diferentes situações. 360 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Leitura Realizar leitura em voz alta, revelando fluência, entonação, volume e velocidade, para atender aos diferentes textos e propósitos; Variações linguísticas Reconhecer a pontuação como fator importante para a construção dos sentidos do texto. Oralidade Reconhecer as marcas da língua oral para compreender que as mesmas nem sempre podem ser registradas e aceitas pela norma padrão da linguagem escrita; Participar de diferentes situações de comunicação oral, acolhendo e considerando as opiniões alheias e respeitando as diferenças linguísticas; Empregar a língua padrão, a fim de expressar-se com fluência em situações formais; Demonstrar respeito diante das colocações de outras pessoas, no que se refere tanto às ideias quanto aos modos de falar, no sentido de abrir-se para a pluralidade de discursos. Relação escrita Leitura Identificar em um texto lido, as características próprias de determinada região, ou grupo social, a fim de refletir sobre as variações da língua. oralidade/ Oralidade Compreender que, assim como na escrita, a linguagem oral varia de acordo com a situação social de uso, a fim de adequá-la a cada circunstância comunicativa; 361 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Estabelecer relações e comparações entre fala e escrita, para evitar marcas de oralidade nas produções textuais. Escrita Ampliar a capacidade de realizar atividades conjuntas de oralidade e escrita, percebendo que não se escreve da mesma forma que se fala, observando as marcas de oralidade. Oralidade Participar em situações de fala e escuta em grandes e pequenos grupos, respeitando a opinião alheia; Turnos de fala Discurso indireto direto e Linguagem verbal e não-verbal (escrita, fala, gestos, pinturas, sinalização de trânsito, placas) Ouvir com atenção demonstrando respeito pela ideia do outro. Leitura – Escrita Observar a diferença entre o discurso do narrador, o discurso das personagens e a utilização das marcas dessa diferença (travessão, aspas e dois pontos), a fim de aplicá-los na construção de textos. Leitura Reconhecer os textos não verbais, como forma de expressão e interação com outros códigos de linguagem; Reconhecer a leitura de textos verbais como possibilidade de acesso a conteúdos de qualquer natureza. Escrita Produzir textos utilizando a linguagem verbal e não verbal, a fim de perceber as diferentes possibilidades de comunicação. Linguagem formal e Oralidade informal Compreender e adequar a linguagem informal para formal, no sentido de refletir sobre o seu uso nas diferentes situações. 362 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Leitura Identificar a linguagem utilizada nos textos, a fim de compreender os diferentes discursos. Escrita Produzir textos visando adequar a linguagem escrita a situações de uso mais formais ou menos formais; Função escrita social Reconhecer que a escola é o espaço para apropriar-se da língua padrão. da Leitura Compreender os propósitos de uma leitura, para entender que a linguagem é uma forma de interação entre sujeitos e construção de conhecimentos; Reconhecer a língua escrita como forma de interação humana e de construção de significados; Elementos da narrativa Caracterização gênero Escrita Considerar o uso social da escrita de acordo com o processo e com as condições de produção de texto. Leitura Identificar o conflito gerador do enredo e os demais elementos que constroem a narrativa (personagens, tempo, espaço e narrador), para compreender a importância de cada elemento na construção do texto). Oralidade - Escrita Criar histórias caracterizando o enredo, os personagens, o tempo, o espaço e o narrador a partir de um tema proposto ou de um fato cotidiano. do Leitura Reconhecer os gêneros pelos seus usos sociais, finalidades, assuntos e formatos, no sentido de perceber seu modo particular de ser lido, compreendido e 363 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL interpretado; Analisar os elementos do texto para perceber as características do gênero: título, recursos visuais e dados essenciais; Acionar seus conhecimentos prévios sobre o conteúdo e a forma do texto para caracterizá-lo. Escrita Produzir e organizar o próprio texto de acordo com as características gráficas apropriadas a cada gênero textual, demonstrando conhecer a estrutura formal do gênero. Estratégias de leitura: Leitura seleção, antecipação, Verificar as hipóteses durante o ato de inferência e verificação leitura (pelo sentido, pelo contexto, pela totalidade do texto), a fim de refletir e construir significados; Realizar a releitura do texto para buscar novas informações não percebidas num primeiro momento; Antecipar o assunto de um texto a partir de título, subtítulo e imagem, buscando fazer relações com conhecimentos prévios adquiridos; Produzir inferências, a fim de fazer relações entre os conhecimentos prévios e o texto propriamente dito; Comparar textos para buscar semelhanças e diferenças quanto às ideias e à forma; Reconhecer a organização das ideias do texto, para construir seu significado na totalidade; 364 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Vocabulário Identificar elementos indicadores de causa e consequência no texto a fim de estabelecer relação entre as partes do mesmo. Oralidade Empregar palavras diferentes para enriquecer a interação comunicativa. Leitura Utilizar o dicionário para auxiliar na descoberta dos significados de palavras utilizadas no cotidiano e em textos; Explorar o vocabulário da língua, a fim de perceber diferentes efeitos de sentido produzidos pelas escolhas que o falante/escritor faz. Compreensão interpretação Escrita Utilizar o dicionário para auxiliar na descoberta dos significados de palavras utilizadas no cotidiano e em textos, da ortografia correta das palavras, dos diferentes significados de uma mesma palavra e na escolha do significado mais adequado de uma palavra num determinado contexto; e Oralidade Observar e analisar textos lidos ou ouvidos e imagens, pronunciando-se sobre os mesmos, demonstrando compreendê-los e interpretá-los. Leitura Compreender e interpretar o que lê, seja qual for o propósito leitor, a fim de refletir, organizar e ampliar os conceitos trabalhados; Desenvolver a capacidade de ler e compreender textos, localizando informações; 365 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Comparar informações, para compreender as ideias dos autores. Produção textual Escrita Identificar e selecionar informações necessárias no texto, a fim de compreendê-lo e interpretá-lo na escrita. Escrita Redigir textos buscando adequá-los ao gênero, ao objetivo do texto, ao destinatário, às convenções gráficas apropriadas e ortográficas; Refletir acerca do texto produzido, observando a sua organização em parágrafos, sequência lógica de ideias, a fim de tornar-se um escritor proficiente; Refletir sobre a função da pontuação visando a sua aplicação correta no texto; Estabelecer relações de causa e consequência no texto para manter a coerência narrativa; Reestruturação textual Conhecimentos Linguísticos Objetivo Geral: Pontuação Paragrafação Socializar as produções textuais visando sua divulgação e valorização. Escrita Realizar autocorreção utilizando o dicionário e consulta a outros suportes de informação, para avaliar os aspectos comunicativos, discursivos e formais no texto; Revisar o texto produzido a partir de uma primeira versão, a fim de redigir com auxilio, as versões necessárias até atender o seu propósito. Reconhecer e aplicar os sinais de pontuação na produção textual, atribuindo-lhe significado. Compreender e empregar a 366 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Desenvolver conhecimentos linguísticos para operá-los em situações concretas na oralidade, leitura e escrita. paragrafação organizando a estrutura do texto. Acentuação Conhecer as regras de acentuação aprimorando a língua escrita. Formação de palavras Reconhecer a família de palavras, a fim (composição e de perceber a grafia correta diante da derivação) observação. Separação silábica, Compreender a divisão silábica como sílaba átona e tônica processo de segmentação de um vocábulo; Conhecer sílaba átona e tônica no intuito de pronunciar e escrever adequadamente as palavras. Substantivos próprios Reconhecer os substantivos próprios e e comuns comuns, diferenciando as palavras que dão nome a pessoas, ruas, bairros e Artigo cidades e as palavras que dão nome aos animais, objetos e lugares, para aplicálos no texto; Reconhecer a importância da concordância entre o artigo e o substantivo, visando tornar o texto coerente. Graus dos substantivos Construir o conceito de grau do e dos adjetivos substantivo e do adjetivo, a fim de (aumentativo/ operá-lo em situações concretas. diminutivo) Adjetivo Identificar o adjetivo no contexto, a fim de reconhecer sua função, principalmente como um elemento enriquecedor do texto. Pronome: pessoal (reto Reconhecer e utilizar os pronomes, e oblíquo), possessivo aplicando-os na escrita de textos; e demonstrativo Apropriar-se de mecanismos de coesão textual, como o emprego de pronomes para evitar repetições. Advérbio (tempo, Apropriar-se da função do advérbio lugar, modo, compreendendo seu papel em diferentes intensidade e negação) gêneros para aprimorar a construção do 367 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Sinônimo e Antônimo Tempos verbais (presente/ passado/futuro) Concordância nominal e verbal (uso contextual) Sinais gráficos (negrito, sublinhado, aspas, travessão) Figuras de linguagem (metáfora, ironia e humor) gej -el e –eu por que, porque, por quê e porquê mal – bem/ mau – bom mas e mais traz e trás texto. Reconhecer e aplicar sinônimo e antônimo, como possibilidade de enriquecimento do texto. Observar e reconhecer verbos em um contexto, com objetivo de discriminar semelhanças e diferenças entre os tempos verbais, aplicando-as nas produções textuais. Utilizar os mecanismos básicos de concordância nominal e verbal, para compreender o funcionamento da língua como um sistema de elementos, de combinações e de relações, que devem ser aplicados aos textos. Conhecer a funcionalidade e aplicar os sinais gráficos, a fim de reconhecê-los como elementos que também atribuem significação ao texto. Perceber e compreender a utilização das figuras de linguagem e seu efeito de sentido como forma de enriquecer o texto. Comparar discriminando semelhanças e diferenças no uso das letras g e j, empregando-as adequadamente na escrita. Empregar adequadamente as terminações –el e –eu, percebendo suas diferenças na função e na escrita, aplicando-as corretamente. Empregar adequadamente as palavras por que, porque, por quê e porquê, percebendo as suas diferenças na função e na escrita, aplicando-as corretamente. Empregar adequadamente as palavras mal - bem/ mau – bom, percebendo suas diferenças na função e na escrita e aplicando-as corretamente. Perceber a diferença entre mas e mais, para aplicá-las na escrita de texto. Observar o uso das palavras traz e trás, a 368 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL se z fim de perceber as diferenças no sentindo e na grafia, aplicando-as corretamente. Observar os diferentes sons do s relacionando-os à posição da letra na palavra; Reconhecer os sons representados pelas letras s ou z, percebendo seu uso adequado nas palavras; x e ch Identificar o uso das letras s e z na formação de substantivos ou adjetivos, visando aprimorar a língua escrita. Observar e reconhecer os diferentes sons representados pela letra x relacionandoos à posição da letra na palavra; Perceber regularidades para utilizar corretamente a letra x; Reconhecer os sons representados pelas letras x ou ch, percebendo o uso das letras adequadas às palavras; c, ç, s, ss, sc, sç e xc Dígrafos Aplicar as letras x e ch corretamente na escrita. Empregar adequadamente as letras c, ç, s, ss, sc, sç e xc, a fim de aprimorar a língua escrita. Reconhecer e utilizar os dígrafos empregando-os corretamente nos textos. 369 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ANEXO IV: Gêneros Textuais sugeridos para o 4º ano Aspectos Tipológicos NARRAR Exemplos de gêneros orais e escritos Conto de fadas, contos populares, fábula, lenda, narrativa de aventura, de ficção, narrativa de enigma, adivinha, piada, causos, história em quadrinhos, trava-línguas, poema, letra de canção, cordel, peça teatral. RELATAR Relato histórico, de experiência vivida, de viagem, anedota, diário, biografia, autobiografia, notícia, reportagem, carta. ARGUMENTAR Textos de opinião, diálogo argumentativo, carta do leitor, carta de reclamação, carta de solicitação, debate, assembleia, artigo de opinião. EXPOR Texto expositivo, informativo e explicativo, resumo, artigo, verbete, entrevista, exposição oral, comunicação oral, propaganda, seminário, tabela, gráfico estatístico, classificados, listagem, enquete (pesquisa de dados), ingresso, cartaz de filme. INSTRUIR Instruções de montagem, receita, regulamento, regras de jogo, instruções de uso, comandos diversos, bula. *Observação: EMAIL, FACEBOOK, ORKUT, MSN, SMS, são gêneros virtuais que também devem ser trabalhados considerando suas características. Dependendo do objetivo do texto, é que se definirá seu aspecto tipológico. 370 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL LÍNGUA PORTUGUESA – 5º ANO Conteúdos Estruturantes Discurso como prática social Objetivo Geral Oralidade: Aprimorar a linguagem oral por meio do uso de diferentes gêneros orais em situações reais de comunicação, para o desenvolvimento da competência comunicativa. Objetivo Geral Leitura: Ler, compreender e interpretar textos de vários gêneros orais e escritos, significativos e funcionais, em diferentes situações sociais. Objetivo geral Escrita: Desenvolver a função da escrita como suporte do pensamento e a competência sociocomunicativa de expressar-se EIXOS: ORALIDADE – LEITURA – ESCRITA Conteúdos Objetivos Específicos Específicos Gêneros textuais: Oralidade (verificar anexo V) Utilizar a fala para argumentar, emitir opiniões, criticar, defender pontos de vista, comparar e concluir; Produzir textos orais , a fim de adequálos à situação de comunicação; Opinar, tecer comentários e posicionar-se criticamente diante de temas/assuntos em evidência; Descrever oralmente personagens, objetos e situações sob diferentes pontos de vista, a fim de desenvolver a observação e a criatividade; Falar e ouvir evidenciando a compreensão do conteúdo e do funcionamento de diferentes gêneros orais que circulam na sociedade; Realizar entrevistas a partir de um planejamento, a fim de compreender a importância do mesmo na construção desse gênero textual; Narrar fatos expressando temporalidade e causalidade, com objetivo de manter a coerência da narrativa; Estabelecer relação entre textos de diferentes tipologias, mas que apresentem tema em comum, para realizar a intertextualidade. Leitura Identificar as características básicas dos 371 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL por escrito. gêneros trabalhados a fim de perceber como eles se organizam; Identificar os diferentes pontos de vista em textos que tratam do mesmo tema, para verificar a relação estabelecida entre eles (intertextualidade); Distinguir um fato da opinião relativa a este fato, no intuito de preservar sua veracidade; Ler textos do cotidiano para desenvolver a competência leitora; Ler diferentes gêneros textuais, utilizando estratégias de seleção, antecipação, inferência e verificação, visando compreender o sentido global do texto. Escrita Produzir diferentes gêneros discursivos, para refletir e se apropriar de suas características. Suporte e circulação Leitura do gênero em estudo Perceber que o suporte onde veicula o texto é importante para a sua compreensão, assim como o meio onde ele circula e o público a que é destinado. Finalidade e uso Leitura – Escrita social de diferentes Identificar elementos característicos a tipos de texto cada tipologia textual para compreender sua intenção comunicativa e aplicabilidade nos textos. Intertextualidade Leitura Perceber que um mesmo tema pode ser abordado em gêneros textuais diferentes ampliando as possibilidades de criação de novos significados. Ironia e humor Leitura Perceber a verdadeira intenção de um autor ao produzir seu texto: informar, 372 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Locutor e interlocutor emocionar, distrair ou criticar, para compreender o uso ou não dos efeitos de ironia ou humor. Oralidade Adequar o discurso à situação comunicativa para promover a interação entre sujeitos. Leitura Perceber o texto como um meio para a concretização do diálogo entre autor e leitor; Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor, para compreender a sua intencionalidade; Compreender a organização textual, a fim de perceber as intenções do autor. Escrita Reconhecer as diferentes formas de intervenção do narrador no texto, a fim de utilizar esse recurso na produção escrita; Perceber que ao escrever o locutor tem em mente seu interlocutor e para ele constrói seu texto. Síntese de ideias Oralidade – Escrita Exercitar a fala e a escrita a partir de um tema delimitado, sintetizando suas ideias para objetivar o discurso. Propósito leitor: ler Leitura para se informar, ler Reconhecer que dependendo da intenção para aprender e ler ou necessidade do leitor, há diferentes por prazer textos para atender seu propósito leitor. Tema Oralidade Expor o tema do texto lido ou ouvido, demonstrando ser capaz de reconhecê-lo. 373 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Leitura Identificar o tema central do texto, a fim de perceber a intenção do autor ao abordá-lo; Ler diferentes textos com o mesmo tema, para refletir sobre as relações estabelecidas entre eles. Escrita Produzir textos mantendo a temática ao desenvolvê-lo, enriquecendo-o com informações e argumentos. Intenção e situação Oralidade comunicativa Utilizar a oralidade para socialmente; interagir Posicionar-se criticamente diante do que se ouve ou lê, para externar sua opinião, a fim de adequá-la às intenções e situações comunicativas. Leitura Ler diferentes gêneros textuais, a fim de compreender o objetivo do autor. Escrita Produzir texto adequando-o à situação comunicativa. Elementos Oralidade linguísticos: coesão, Reconhecer a importância e o efeito dos coerência, gíria, recursos coesivos e das estratégias de repetição, recursos coerência no ato da comunicação oral, semânticos para dar ênfase às referências contextuais, tempos verbais, estratégias de referenciação e substituição. Leitura Reconhecer a pontuação como fator importante para a construção dos sentidos do texto; 374 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Perceber como os elementos gramaticais se articulam para tornar o texto coeso; Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor do texto, a fim de perceber seu propósito comunicativo. Escrita Estruturar textos de acordo com os princípios de coerência e coesão, para que ele adquira unidade de sentido; Elementos extralinguísticos Variações linguísticas Observar nos diversos gêneros as regularidades linguísticas e ortográficas (tempos verbais nas sequências de ações; emprego dos conectivos nas relações lógico-temporais; pronomes nas reduções e repetições; concordância verbal e nominal), reconhecendo-as e utilizando-as em produções individuais e/ou coletivas. Oralidade Fazer uso do ritmo, da sonoridade, da musicalidade e da expressividade com intuito de reconhecê-los como partes integrantes do texto oral. Leitura Realizar leitura em voz alta, revelando fluência, entonação, volume e velocidade, para atender aos diferentes textos e propósitos. Oralidade Reconhecer as marcas da língua oral para compreender que as mesmas nem sempre podem ser registradas e aceitas pela norma padrão da linguagem escrita; Demonstrar respeito diante das colocações de outras pessoas, no que se refere tanto às ideias quanto aos modos de falar, no sentido de abrir-se para a 375 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL pluralidade de discursos. Relação oralidade/escrita Leitura Identificar em um texto lido ou ouvido, as características próprias de determinada região, ou grupo social, a fim de conhecer as diferenças e respeitálas. Oralidade Compreender que, assim como na escrita, a linguagem oral varia de acordo com a situação social de uso, a fim de adequá-la a cada circunstância comunicativa; Estabelecer relações e comparações entre fala e escrita, para evitar marcas de oralidade nas produções textuais. Turnos de fala Escrita Ampliar a capacidade de realizar atividades conjuntas de escrita, percebendo que não se escreve da mesma forma que se fala, observando as marcas de oralidade. Oralidade Utilizar a oralidade para interagir socialmente; Escutar atentamente o que o outro diz antes de emitir opinião, a fim de produzir um discurso coerente; Discurso indireto direto Respeitar a diversidade de ideias e opiniões, a fim de conviver bem socialmente tanto respeitando como sendo respeitado. e Leitura – Escrita Observar no texto a diferença entre o discurso do narrador, o discurso direto dos personagens e a utilização das marcas que evidenciam essa separação (travessão, aspas e dois pontos), a fim de 376 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Linguagem verbal e não-verbal (escrita, fala, gestos, pinturas, sinalização de trânsito, placas) aplicá-los na construção de textos. Leitura Reconhecer os textos não verbais, como forma de expressão e interação com outros códigos de linguagem; Reconhecer a leitura de textos verbais como possibilidade de acesso a conteúdos de qualquer natureza. Escrita Produzir textos utilizando a linguagem verbal e não verbal, a fim de perceber as diferentes possibilidades de comunicação. Linguagem formal e Oralidade informal Compreender e adequar a linguagem informal para formal, no sentido de refletir sobre o seu uso nas diferentes situações. Leitura Identificar a linguagem utilizada nos textos, a fim de compreender os diferentes discursos. Escrita Produzir textos visando adequar a linguagem escrita a situações de uso mais formais ou menos formais; Função escrita Elementos narrativa social Reconhecer que a escola é o espaço para apropriar-se da língua padrão. da Leitura – Escrita Reconhecer a importância do registro dos fatos para a história da humanidade; Reconhecer a língua escrita como forma de interação humana e de construção de significados. da Leitura Identificar o conflito gerador do enredo e os demais elementos que constroem a 377 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL narrativa (personagens, tempo, espaço e narrador), para compreender a importância de cada elemento na construção do texto. Caracterização gênero Escrita Produzir textos que apresentem os elementos básicos da narrativa: enredo, personagem, tempo, espaço e narrador, caracterizando-os. do Leitura Reconhecer os gêneros pelos seus usos sociais, finalidades, assuntos e formatos, no sentido de perceber seu modo particular de ser lido, compreendido e interpretado; Analisar os elementos do texto para perceber as características do gênero: título, recursos visuais e dados essenciais. Estratégias de leitura (seleção, antecipação, produção de inferências e verificação) Escrita Produzir e organizar o próprio texto de acordo com as características gráficas apropriadas a cada gênero textual, demonstrando conhecer a estrutura formal do gênero. Leitura Acionar conhecimentos prévios para confrontá-los ou complementá-los por meio do texto em estudo; Compreender globalmente o texto, a fim de perceber sua unidade temática e seu propósito comunicativo; Localizar e comparar informações, com o intuito de realizar leitura contrastiva; Produzir inferências para ativar conhecimentos prévios relacionando o lido e o vivido; 378 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Formular e checar hipóteses, seguindo as pistas textuais; Estabelecer relação de causa e consequência entre partes do texto, para então compreendê-lo na sua totalidade. Vocabulário Oralidade Empregar palavras diferentes para enriquecer a interação comunicativa. Leitura Perceber que para compreender o texto é necessário abordar o papel do vocabulário na (re)construção dos significados, focalizando o sentido contextual das palavras e suas representações possíveis no léxico da língua. Escrita Utilizar o dicionário para auxiliar na descoberta dos significados de palavras que usamos no cotidiano e em textos, da ortografia correta das palavras, dos diferentes significados de uma mesma palavra e na escolha do significado mais adequado de uma palavra num determinado contexto; Compreensão interpretação Procurar no dicionário palavras flexionadas (plural, feminino ou verbos conjugados), para compreender o processo de pesquisa. e Leitura Compreender e interpretar texto, a fim de refletir, organizar e ampliar os conceitos trabalhados; Localizar informações no texto para compreendê-lo; 379 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Comparar informações entre diferentes textos, a fim de compreender as ideias dos autores; Compreender que várias interpretações de um texto podem ser construídas por leitores diferentes. Escrita Identificar e selecionar informações necessárias para compreensão do texto; Contexto produção Produção textual Estabelecer relações de causa e consequência no texto, para compreender o desenvolvimento dos fatos. de Leitura Perceber a importância do contexto de produção de um texto para compreender seu sentido; Reconhecer o meio onde o texto circula, seu suporte e identificar o seu gênero, a fim de perceber seu propósito comunicativo. Escrita Ampliar a habilidade de realizar várias versões do texto sobre o qual se trabalha, a fim de produzir alterações de acordo como os princípios de coerência e coesão; Produzir textos originais, criativos e consistentes de acordo com o gênero e o tema proposto; Compreender que no texto existem interligações e relações entre suas partes e entre seus elementos, estabelecidas por repetições ou substituições lexicais, a fim de aplicá-los nas próprias produções; Incorporar às próprias produções os conhecimentos básicos sobre a língua 380 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL escrita (regras ortográficas, sinais de pontuação, paragrafação e recursos gráficos), demonstrando apropriação do conteúdo; Reestruturação textual Conhecimentos Linguísticos Objetivo geral: Desenvolver conhecimentos linguísticos para operá-los em situações concretas na oralidade, leitura e escrita Reconhecer a importância das etapas de uma produção textual: planejamento, escrita, revisão e reformulação, a fim de tornar-se um escritor proficiente. Escrita Reestruturar textos com unidade de sentido, de acordo com os princípios de coerência e coesão, a fim de garantir os aspectos comunicativos, discursivos e formais; Ampliar a habilidade de realizar várias versões do texto sobre o qual se trabalha, efetuando as alterações necessárias apontadas pelo professor, no intuito de aprimorar cada vez mais a produção textual. Pontuação, Compreender e empregar os sinais de paragrafação e pontuação, paragrafação e acentuação acentuação para dar sentido ao texto. Separação silábica Compreender a divisão silábica para a (revisão), sílaba átona mudança de linha e como processo de e tônica segmentação de um vocábulo; Conhecer sílaba átona e tônica no intuito de pronunciar e escrever adequadamente as palavras. Reconhecer a família de palavras, a fim de perceber a grafia correta diante da observação. Reconhecer e utilizar os substantivos para aplicá-los corretamente na escrita. Formação de palavras (composição e derivação) Substantivo (grau, número e gênero) – próprio, comum, abstrato, concreto e coletivo Adjetivo Identificar o adjetivo no contexto, a fim de reconhecer sua função, 381 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL principalmente como um elemento enriquecedor do texto. Pronome: possessivo, Reconhecer e utilizar os pronomes, para pessoal (reto e aplicá-los na escrita de textos; oblíquo) e demonstrativo Apropriar-se de mecanismos de coesão textual, como o emprego de pronomes para evitar repetições. Sinônimo e Antônimo Reconhecer sinônimo e antônimo, como possibilidade de enriquecimento do texto; Aplicar o conhecimento sobre sinônimo e antônimo nas produções textuais, compreendendo sua função e significado. Conjunção (aditiva, Compreender as alterações que as opositiva, alternativa, conjunções podem causar dentro do conclusiva, texto, podendo, inclusive modificar o seu explicativa, temporal, sentido; condicional, consequência, Aplicar as conjunções na escrita de causalidade, textos, percebendo-as como elementos finalidade e que unem e que complementam as comparação) orações no texto. Advérbio (tempo, Apropriar-se da função do advérbio lugar, modo, compreendendo seu papel em diferentes intensidade, negação gêneros, para aprimorar a construção do e locução adverbial. texto. Interjeição Perceber o efeito de sentido provocado pelas interjeições e a sua aplicação em textos orais e escritos. Verbo (noção de Aplicar os tempos verbais na escrita de modo indicativo, textos, adequando-os a cada situação; imperativo e subjuntivo) Discriminar semelhanças e diferenças nos tempos verbais para então, aplicá-los adequadamente aos textos. Concordância Perceber a importância da concordância nominal e verbal (uso verbal e nominal para compreender o contextual) funcionamento da língua como um sistema de elementos de combinações e 382 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Siglas, abreviaturas e símbolos Figuras de linguagem (metáfora, humor e ironia) Sinais gráficos e suas funções (sublinhado, grifado, destacado, negrito...) Crase Homônimos Parônimos e Sufixo eza e esa tem/têm vem/vêm Sons representados pelas letras x e ch de relações que devem ser aplicados aos textos. Identificar siglas, abreviaturas e símbolos em diferentes textos, compreendendo a importância dos mesmos dentro do contexto social. Apropriar-se dos conceitos das figuras de linguagem e percebê-las em textos, reconhecendo o efeito de sentido que provocam. Conhecer a funcionalidade dos sinais gráficos, a fim de reconhecê-los como elementos que também atribuem significação ao texto dependendo da intenção de quem o produziu. Conhecer as regras para o uso da crase e aplicá-las em situações de escrita. Distinguir os homônimos e parônimos nos textos percebendo o seu significado, a fim de utilizá-los adequadamente em situações do dia a dia. Empregar adequadamente as terminações eza e esa para aplicá-las corretamente. Conhecer a regra para a flexão de alguns verbos no plural, a fim de aprimorar a língua escrita. Observar e reconhecer os diferentes sons representados pela letra x relacionandoos à posição da letra na palavra; Perceber regularidades corretamente a letra x; mal – bem mau – bom mas – mais c, ç, s, ss, SC, sç e xc para utilizar Aplicar as letras x e ch corretamente na escrita. Empregar adequadamente as palavras, mal/mau e mas/mais, percebendo suas diferenças na função e na escrita. Empregar adequadamente as letras c, ç, s, ss, sc, sç e xc, para aprimorar a língua escrita. 383 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL trás, atrás e traz Observar o uso das palavras traz, atrás e trás, a fim de perceber as diferenças no sentindo e na grafia, aplicando-as corretamente. por que, porque, por Empregar adequadamente as palavras quê e porquê por que, porque, por quê e porquê, percebendo a suas diferenças na função e na escrita, aplicando-as corretamente. 384 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ANEXO V: Gêneros Textuais sugeridos para o 5º ano Aspectos Tipológicos NARRAR Exemplos de gêneros orais e escritos Conto de fadas, contos populares, fábula, lenda, narrativas de aventura, de ficção, narrativa de enigma, adivinha, piada, causos, história em quadrinhos, trava-línguas, poema, letra de canção, cordel, peça teatral. RELATAR Relato histórico, de experiência vivida, de viagem, anedota, diário, biografia, autobiografia, notícia, reportagem, carta. ARGUMENTAR Textos de opinião, diálogo argumentativo, carta do leitor,carta de reclamação, carta de solicitação, debate, assembleia, artigo de opinião. EXPOR Texto expositivo, informativo e explicativo, resumo, artigo, verbete, entrevista, exposição oral, comunicação oral, propaganda, seminário, tabela, gráfico estatístico, classificados, listagem, enquete (pesquisa de dados), ingresso, cartaz de filme. INSTRUIR Instruções de montagem, receita, regulamento, regras de jogo, instruções de uso, comandos diversos, bula. *Observação: EMAIL, FACEBOOK, ORKUT, MSN, SMS, são gêneros virtuais que também devem ser trabalhados considerando suas características. Dependendo do objetivo do texto, é que se definirá seu aspecto tipológico. 385 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL REFERÊNCIAS LÍNGUA PORTUGUESA ANTUNES, I. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola, 2003. BAGNO, M. A norma culta: língua e poder na sociedade. São Paulo: Parábola, 2003. ___________, Preconceito linguístico. São Paulo: Loyola, 2003. BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, 1997. BRASIL, Ministério da Educação. Pró-Letramento : Programa de Formação Continuada de Professores dos Anos/Séries Iniciais do Ensino Fundamental : alfabetização e linguagem . – ed. rev. e ampl. incluindo SAEB/Prova Brasil matriz de referência/ Secretaria de Educação Básica – Brasília : Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008. 364 p. CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetizando sem o ba-bé-bi-bó-bu. São Paulo: Scipione, 2008. CIPRIANO, Lúcia Helena Ribeiro. Wandresen, Maria Otília Leite. Coleção Linhas & Entrelinhas. Editora Positivo. 2009. Currículo Educação Básica. Ensino Fundamental – séries anos iniciais. Governo do Distrito Federal. GERALDI, João Vanderley. O texto na sala de aula. 2 ed. Cascavel, ASSOESTE, 1984. LAJOLO, Marisa. O que é literatura. São Paulo: Brasiliense, 1989. MENEGASSI, Renilson José (org.). Formação de professores EAD; nº 19. Maringá: EDUEM, 2005. NASPOLINI, Ana Tereza. Didática de Português: Tijolo por Tijolo: leitura e produção escrita. Editora FTD. São Paulo.1996. POSSENTI, S. Por que não ensinar gramática na escola. 4 ed. Campinas: Mercado das letras, 1996. SEED. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba, PR: Secretaria de Educação Básica, 2006. 386 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL SEED. Secretaria de Estado de Educação. Ensino Fundamental de Nove Anos: Orientações pedagógicas para os anos iniciais / autores: Ângela Mari Gusso ... {et al.} / organizadores: Arleandra Cristina Talin do Amaral, Roseli Correia de Barros Casagrande, Viviane Chulek. –Curitiba, PR: Secretaria de Educação Básica, 2010. SOARES, Magda. In: Ensino fundamental de nove anos: orientações pedagógicas para os anos iniciais / autores: Angela Mari Gusso … [et al.] / organizadores: Arleandra Cristina Talin do Amaral, Roseli Correia de Barros Casagrande, Viviane Chulek. -Curitiba, PR :Secretaria de Estado da Educação 2010. 176 p. SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2003. SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artmed, 1999. ZAMBONI, Lilian Márcia Simões. A produção de textos na escola. Fascículo 3 módulo 1 Alfabetização e Linguagem. Brasília: Centro de Formação Continuada de Professores da Universidade de Brasília- CFORM/UnB: Secretaria de Educação Básica-MEC/SEB, 2004. 387 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL MATEMÁTICA Gisele Aurora de Assumpção Patrícia Gongora Rosa Solange Cristina D'Antonio Sueli Cristina Locatelli Parte histórica - excertos Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná – Matemática PRESSUPOSTOS HISTÓRICOS Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos que vieram compor a Matemática conhecida hoje. Há menções na história da Matemática de que os babilônios, por volta de 2000 a.C., acumulavam registros a respeito de ideias que se originaram das configurações físicas e geométricas, da comparação das formas, tamanhos e quantidades que hoje podemos classificar como álgebra elementar. Contudo a Matemática emergiu somente mais tarde, nos séculos VI e V a.C., com a civilização grega. Essa civilização passou a valorizar o ensino e o raciocínio abstrato e desenvolveu a sistematização da aritmética, da geometria, da álgebra e da trigonometria (RIBNIKOV, 1987). Entre os séculos IV a II a.C., a educação era ministrada de forma clássica e enciclopédica e o ensino de Matemática estava reduzido a contar números naturais, cardinais e ordinais, por meio da memorização e da repetição. Nessa época, no Egito, foi criada a biblioteca de Alexandria. Grandes sábios da época eram ligados a essa instituição, dentre eles o grego Euclides. As obras de Euclides apresentam a base do conhecimento matemático por meio dos axiomas e postulados que contemplam a geometria plana, a teoria das proporções aplicadas às grandezas em geral, a geometria de figuras semelhantes, a teoria dos números incomensuráveis e a esteriometria – que estuda as relações métricas da pirâmide, do prisma, do cone, do cilindro, dos polígonos regulares, especialmente do triângulo e do pentágono. Já do século V d.C., início da Idade Média, até o século VII, a Matemática era ensinada apenas para entender os cálculos do calendário litúrgico e determinar as datas religiosas. Entre os séculos VIII e IX, surgiram as primeiras ideias que privilegiavam o aspecto empírico da Matemática. O século XVI demarcou um novo período de sistematização desse conhecimento, denominado de matemáticas de grandezas variáveis. Isso ocorreu pela forte influência dos estudos referentes à geometria analítica e à projetiva, o cálculo diferencial e integral, à teoria das séries e a das equações diferenciais (RIBNIKOV, 1987). As descobertas matemáticas desse período contribuíram para uma fase de grande progresso científico e econômico aplicado à construção, aperfeiçoamento e uso produtivo de máquinas e equipamentos, tais como: armas de fogo, imprensa, 388 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL moinhos de vento, relógios e embarcações. O valor da técnica e a concepção mecanicista de mundo propiciaram estudos que se concentraram, principalmente, no que hoje chamamos Matemática Aplicada (STRUIK, 1997, p. 158). Nessa época, o ensino da Matemática objetivava preparar os jovens para o exercício de atividades ligadas ao comércio, arquitetura, música, geografia, astronomia, artes da navegação, da medicina e da guerra. Desde o final do século XVI ao início do século XIX, o ensino da Matemática, desdobrado em aritmética, geometria, álgebra e trigonometria. A disciplina contribuiu para formar engenheiros, geógrafos e topógrafos que trabalhariam em minas, em abertura de estradas, construções de portos, canais, pontes, fontes, calçadas e preparar jovens para a prática da guerra. O desenvolvimento matemático no século XIX foi denominado por Ribnikov [1987] como o período das matemáticas contemporâneas. O autor assinala que as relações que expressam formas e quantidades aumentaram consideravelmente. Essas mudanças ocorreram nos fundamentos da Matemática, ou seja, no sistema de teorias e problemas históricos, lógicos e filosóficos. Nesse período, houve uma reconsideração crítica do sistema de axiomas, dos métodos lógicos e demonstrações matemáticas e, também, a sistematização e hierarquização das diversas geometrias, entre elas as geometrias não-euclidianas. No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Matemática foi discutido em encontros internacionais, nos quais se elaboraram propostas pedagógicas que contribuíram para legitimar a Matemática como disciplina escolar. Os congressos internacionais ocorridos entre 1900 a 1914, trouxeram a necessidade de pensar um ensino de matemática que articulasse, numa única disciplina, a Aritmética, a Álgebra, a Geometria, a Trigonometria, etc. Essas discussões chegaram ao Brasil por intermédio de integrantes do corpo docente do Imperial Colégio Pedro II. Entre os professores de Matemática do Colégio, Euclides de Medeiros Guimarães Roxo promoveu as discussões rumo às reformas nos programas dessa disciplina ao solicitar ao Governo Federal a junção da aritmética, álgebra, geometria e trigonometria numa única, denominada Matemática. As ideias reformadoras do ensino da Matemática compactuavam discussões do movimento da Escola Nova, que propunham um ensino orientado por uma concepção empírico-ativista ao valorizar os processos de aprendizagem e o envolvimento do estudante em atividades de pesquisas, lúdicas, resolução de problemas, jogos e experimentos. A proposta básica do Escolanovismo era o desenvolvimento da criatividade, das potencialidades e dos interesses individuais. O estudante era considerado o centro do processo e o professor, o orientador da aprendizagem. No decorrer da década de 1970, o ensino da matemática passa a ter caráter mecanicista. O método de aprendizagem enfatizado era a memorização de princípios e fórmulas, o desenvolvimento e as habilidades de manipulação de algoritmos e das expressões algébricas. A partir das décadas de 1960 e 1970, a tendência construtivista surge no 389 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Brasil. Nessa concepção, a Matemática era vista como uma construção formada por estruturas e relações abstratas entre formas e grandezas. O construtivismo ressaltava mais o processo e menos o produto do conhecimento. A tendência histórico-crítica surgiu, no Brasil, em meados de 1984 com uma metodologia fundamentada no materialismo histórico-dialético, que busca a construção do conhecimento a partir da prática social. A matemática nessa tendência é vista como um saber vivo, dinâmico, construído para atender às necessidades sociais, econômicas e teóricas em um determinado período histórico. A aprendizagem, segundo a teoria histórico- crítica, consiste em criar estratégias que possibilitam ao educando atribuir sentido e construir significado às ideias matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar letrando no universo da matemática. Nessa concepção o ensino deixa de ser baseado apenas no desenvolvimento de habilidades, como calcular e resolver problemas para fixar conceitos e passa a ser um processo pedagógico, que ajuda os estudantes a compreenderem o mundo e suas opções diante da vida, da história e do cotidiano. PRESSUPOSTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS Muito se tem discutido sobre o lugar e o significado das competências e habilidades que são exigidas do educando na sociedade atual. Na aprendizagem de matemática, essa preocupação resulta em uma forte pressão a respeito da melhoria do ensino, uma vez que a formação de nossos educandos deve zelar pelo desenvolvimento de habilidades que vão muito além da simples memorização de dados e processos matemáticos. Segundo Pires (2000, p. 35): “Novos paradigmas emergem e trazem como consequência, desafios à educação e, em particular, ao ensino da matemática”. Para além da dimensão científica e tecnológica, a Matemática se consolida como fundamental componente da cultura geral do cidadão que pode ser observada na linguagem corrente, na imprensa, nas leis, na propaganda, nos jogos, nas brincadeiras e em muitas outras situações do cotidiano. De acordo com Miguel (2005, p. 378), a discussão sobre o problema da formação de conceitos matemáticos deve considerar como tese central as perspectivas de: a) Contextualização: consideração dos aportes socioculturais do alunado para criar condições de se analisar situações vivenciadas pelos educandos fora da escola, o que poderíamos chamar de matemática cultural, isto é, as diversas formas de matematização desenvolvidas pelos diversos grupos sociais, de modo a permitir a interação entre o contexto sociocultural do educando e o conhecimento matemático. b) Historicização: explorações da história matemática, a fim de mostrar aos educandos a forma como as ideias evoluem ao longo do tempo, se complementando e construindo um todo orgânico, flexível e rigorosamente articulado. c) Interdisciplinaridade: organização das ideias matemáticas em articulação 390 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL com as diversas áreas do conhecimento posto que elas não surgem do nada; pelo contrário, muitas ideias matemáticas surgem em contextos que não são exclusivamente matemáticos. Nessa perspectiva, nosso compromisso principal é pensar em uma educação matemática que promova o desenvolvimento real de nossos educandos alicerçada em metodologias que os façam avançar em seu conhecimento. Nesse sentido apresentamos a seguir algumas metodologias que devem nortear nosso trabalho em sala de aula. ETNOMATEMÁTICA A etnomatemática surgiu em meados da década de 1970, quando Ubiratan D’Ambrósio propôs que os programas educacionais enfatizassem as matemáticas produzidas pelas diferentes culturas. O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância social que produzem o conhecimento matemático, levando em conta que não existe apenas um, mas vários e distintos conhecimentos e todos são importantes (PARANÁ, p. 64, 2008). As manifestações matemáticas são percebidas por meio de diferentes teorias e práticas, das mais diversas áreas que emergem dos ambientes culturais. É no meio cultural, nas brincadeiras, no cotidiano, no supermercado, na construção civil, no artesanato, na feira e em vários outros locais que aprendemos a Matemática. Ela não é ensinada somente na "dita" Matemática Escolar. A resolução de problemas ocorre como consequência, desse dia-a-dia e assim adquire significado e sua solução faz sentido" (D'AMBRÓSIO, 1998, p.31). Essa metodologia valoriza a história dos estudantes pelo reconhecimento e pelo respeito a suas raízes culturais: “reconhecer e respeitar as raízes de um indivíduo não significa ignorar e rejeitar as raízes do outro, mas, em um processo de síntese, reforçar suas próprias raízes” (D`AMBROSIO, 2001, p. 42), tendo em vista aspectos como “memória cultural, códigos, símbolos, mitos e até maneiras específicas de raciocinar e inferir” (id. 1998, p. 18). No decorrer da prática pedagógica, é recorrente que as crianças levantem questões vinculadas à temática de seu dia-a-dia e as relacionem com a disciplina Matemática, tais como pequenos cálculos, sistema de medidas e quantidades discretas e contínuas. Uma vez que o educando é capaz de reunir situações novas com experiências anteriores, adaptando essas às novas circunstâncias e ampliando seus fazeres e saberes. (D’AMBROSIO, 2001, p. 32). O trabalho pedagógico nessa concepção deverá relacionar o conteúdo matemático com o ambiente do indivíduo, suas manifestações culturais e as relações de produção e trabalho de seu dia-a-dia (PARANÁ, p. 64, 2008). 391 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL HISTÓRIA DA MATEMÁTICA A História da Matemática pode ser um potente recurso no processo de ensino e aprendizagem, com a finalidade de manifestar de forma peculiar as ideias matemáticas, situar o educando temporalmente e espacialmente, bem como fazê-lo refletir sobre as necessidades humanas ao longo da história e suas implicações nos conceitos matemáticos. Mendes (2001) afirma que o conhecimento provém de diferentes grupos socioculturais que se organizaram e se desenvolveram intelectualmente de acordo com suas necessidades, interesses e condições de sobrevivência, levados pela mobilidade característica da sociedade humana e que a informação histórica pode contribuir para a disseminação desse conhecimento. Segundo Groenwald, Sauer e Franke (2005), a História da Matemática é considerada um tema importante na formação do educando. Ela proporciona ao estudante a noção exata dessa ciência em construção, com erros e acertos e sem verdades universais, contrariando a ideia positivista de uma ciência universal e com verdades absolutas. A História da Matemática tem o grande valor, de poder contextualizar o saber, mostrar que seus conceitos são frutos de uma época histórica, em um contexto social e político. Para Valdés (2002, p.18), Se estabelecermos um laço entre o educando, a época e o personagem relacionado com os conceitos estudados, se conhecerem as motivações e dúvidas que tiveram os sábios da época, então ele poderá compreender como foi descoberto e justificado um problema, um corpo de conceitos, etc. Essa visão da Matemática faz que ela seja vista pelo estudante como um saber significativo, que foi e é construído pelo homem para responder suas dúvidas na leitura do mundo, permitindo ao educando apropriar-se desse saber. A História da Matemática, como recurso didático, visa atingir os seguinte s objetivos: • mostrar que o processo do descobrimento matemático é algo vivo e em desenvolvimento; • aceitar o significado dos objetos matemáticos em seu triplo significado: institucional, pessoal e temporal; • estabelecer distinções entre uma prova, uma argumentação e uma demonstração dos conceitos matemáticos, bem como saber dosá-las de maneira equilibrada no currículo escolar; • destacar a importância da aplicação de “provas” para os educandos, porém provas que contribuam ao conhecimento e não somente para testar “decorebas”. (OZÁMIZ, 1993 apud GROENWALD, SAUER, FRANKE, 2005, p. 36) Diante do exposto, o conhecimento da História da Matemática deveria fazer parte do repertório de conhecimentos de qualquer matemático e do professor de qualquer nível de escolaridade. Isso, não somente, por ser um instrumento em seu 392 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ensino, mas principalmente porque a história pode proporcionar uma visão verdadeiramente humana da Matemática. Essa visão mais profunda da História da Matemática pode contribuir para a evolução da prática do professor (GUZMÁN, 1993 apud GROENWALD, SAUER, FRANKE, 2005). Em muitas situações, o recurso à História da Matemática pode elucidar conceitos matemáticos que constantemente são construídos pelos educandos, especialmente para esclarecer alguns “porquês” e, desse modo, contribuir para a constituição de um olhar mais crítico sobre os objetos do conhecimento (BRASIL, p. 142, 1997). RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS A resolução de problemas se refere a uma atividade mental superior, de alto nível e que envolve o uso de conceitos e princípios necessários para atingir possíveis soluções. O processo de resolução de problemas inicia-se quando o sujeito se depara com uma situação que o motiva a buscar uma resposta que reestrutura os elementos (conceitos previamente adquiridos, princípios, técnicas, habilidades) presentes na estrutura cognitiva de forma a chegar a uma solução. A utilização da resolução de problemas na prática educativa da matemática é uma metodologia que deve merecer atenção por parte de todos os professores. É a partir deles que se pode envolver o educando em situações da vida real, motivando-o para o desenvolvimento do modo de pensar matemático. Quando se propõe aplicar a resolução de problemas no ensino da matemática, refere-se a problemas não rotineiros e algorítmicos, onde o educando muitas vezes pergunta "a conta é de mais ou de menos?" Problemas rotineiros não avaliam, por si só, atitudes, procedimentos e a forma como os educandos administram seus conhecimentos. Dante (1988) classifica esse tipo de problema como “problemas padrões" e explica que eles são resolvidos pela aplicação direta de um ou mais algoritmos anteriormente aprendidos, não exigem estratégias para a sua solução. Esses problemas têm como objetivo recordar e fixar os fatos básicos por meio dos algoritmos das quatro operações fundamentais e reforçar as relações entre estas operações e suas aplicações nas situações do cotidiano. De um modo geral, eles não suscitam a curiosidade do educando e nem o desafiam (DANTE, 1988, p.85). O autor dá ênfase aos problemas reais denominados problemas do cotidiano ou problemas de aplicação, que podem surgir de um simples anúncio de venda de um imóvel, que contenha a planta do apartamento e sua localização. A partir dele pode-se trabalhar com escala, área, orientação espacial, perímetro, custo de materiais, confecção de maquetes, sólidos geométricos e tudo o que a criatividade e a motivação permitirem. Dante (1988), ainda destaca o uso de Problemas Processo ou Heurísticos, cuja solução envolve o uso de operações que não estão contidas no enunciado. Esse tipo 393 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL de problema exige do educando um tempo para pensar e arquitetar um plano de ação, uma estratégia que poderá levá-lo à solução e, por isso, tornam-se mais interessantes do que os problemas padrões, pois aguçam a curiosidade do educando e permitem que o mesmo desenvolva sua criatividade, sua iniciativa e seu espírito explorador. O autor ainda dá ênfase aos Problemas de quebra-cabeça que envolvem e desafiam grande parte dos educandos e geralmente constituem a chamada Matemática recreativa, pois sua solução depende, quase sempre, de um golpe de sorte ou da facilidade em perceber algum truque, que é a chave de sua solução. O autor em sua tese de Livre Docência propõe a resolução de problemas como metodologia para as séries iniciais. Para ele os objetivos na resolução de problemas são: 1. Fazer o educando pensar produtivamente; 2. Desenvolver o raciocínio do educando; 3. Preparar o educando para enfrentar situações novas; 4. Dar oportunidade aos educandos de se envolverem com aplicações da matemática; 5. Tornar as aulas de matemática mais interessantes e desafiadoras; 6. Equipar os educandos com estratégias e procedimentos que auxiliam na análise e na solução de situações onde se procura um ou mais elementos desconhecidos; 7. Dar uma boa alfabetização matemática ao cidadão comum. Diante de um problema, o levantamento de hipóteses, o teste dessas hipóteses e a análise dos resultados obtidos são procedimentos que devem ser enfatizados com os educandos. Só assim é possível garantir o desenvolvimento da autonomia frente a situações com as quais eles terão de lidar dentro e fora da escola. Polya (1978 apud DANTE 1988) destaca ainda as quatro principais etapas que a criança deve estabelecer para a resolução de um problema: 1. Compreender o problema; 2. Elaborar um plano; 3. Executar o plano; 4. Fazer o retrospecto ou verificação. Para Zuffi & Onuchic (2007), a clareza dessa metodologia pode colaborar para que haja alguma mudança na perspectiva da ação docente. Afinal sua utilização merece atenção por parte de todos os professores. Outro autor também tem ganhado destaque na concepção de resolução de problemas. Vergnaud (1990) define “problema” como toda situação para a qual é preciso descobrir relações, desenvolver atividades de exploração ou levantar hipóteses para verificação, a fim de encontrar uma solução. A Teoria dos Campos Conceituais é “uma teoria psicológica do conceito, ou 394 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL melhor, da conceitualização do real que permite situar e estudar as filiações e rupturas entre conhecimentos, do ponto de vista do seu conteúdo conceitual” e pode ser aplicada a qualquer área do conhecimento (VERGNAUD, 1990, p.1). Diante dessa perspectiva, o autor considera que é sobretudo por meio de situações-problema que um conceito adquire sentido para a criança e distingue duas classes de situações com as quais ela entra em contato. A primeira constitui a classe de situações nas quais a criança dispõe das competências necessárias para o tratamento da situação, e outra, em que a criança, por não deter todas as competências necessárias, precisa de um tempo maior para refletir, explorar e fazer tentativas que poderão conduzi-la ou não ao sucesso (KOCH, 2002). A forma como a criança procura fazer frente a essas diferentes situações depende dos esquemas que ela possui. O conceito de esquema mantém, portanto, estreita relação com as duas classes de situações, porém funciona de maneira diferente em cada uma delas. Na primeira classe o comportamento é amplamente automatizado, organizado por um só esquema e na segunda existe a utilização sucessiva de vários esquemas, “que podem entrar em competição e que para atingir a solução desejada, devem ser acomodados, descombinados e recombinados. Esse processo é necessariamente acompanhado por descobertas” (VERGNAUD, 1990, p.2). Em síntese, um conceito envolve muitas situações, muitas variantes e simbolizações possíveis, sendo que são as primeiras que dão sentido ao conceito. É mediante essa estreita relação entre o conceito e as situações que Vergnaud (1985) justifica a necessidade de estudar campos conceituais. Dessa forma, o campo conceitual das estruturas aditivas, é entendido como “o conjunto das situações, cujo tratamento implica uma ou várias adições ou subtrações ou uma combinação dessas operações, e também como o conjunto dos conceitos, teoremas e representações simbólicas que permitem analisar tais situações como tarefas matemáticas”. Os problemas de estrutura aditiva classificam-se conforme sua característica em: problemas de transformação, de comparação e de composição (VERGNAUD, 1990, p.9). Nessa perspectiva, não se pode atribuir uma separação entre o que é um problema de mais, ou o que é um problema de menos. Cada problema de estrutura aditiva é classificado segundo o tipo de raciocínio empregado em sua resolução e a representação matemática desse resultado depende de como o problema foi interpretado. Assim, o papel determinante do ensino da matemática é procurar meios para estabelecer a relação entre os conceitos matemáticos e a resolução de problemas, os quais dependem da estrutura, do contexto, da característica numérica dos dados, e da apresentação. Já o campo conceitual das estruturas multiplicativas envolve situações que necessitam da multiplicação, da divisão ou da combinação entre elas. Vergnaud (1982) reconhece que, embora as estruturas multiplicativas não independam das estruturas aditivas, elas compõem um campo específico que envolve o campo da proporcionalidade, o da configuração retangular, o da comparação, o da combinação, 395 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL e o de medida. Vergnaud (1991) enfatiza a importância do trabalho realizado pelo professor em sala de aula para a não separação entre as operações, uma vez que cada educando tem a liberdade de levantar hipóteses e estabelecer caminhos distintos que o levem a solução do problema. Nesse sentido, o professor deve ter em mente os objetivos que deseja alcançar para que possa fazer o uso adequado da resolução de problemas, seja para aplicar alguma técnica ou conceito desenvolvido, para trabalhar com problemas abertos nos quais há mais de uma solução possível, para suscitar o debate e a argumentação em defesa de cada resolução, para trabalhar com problemas gerados a partir de situações de jogos ou trabalhar com problemas gerados a partir da interpretação de dados estatísticos. A seleção do problema deverá ser decorrente dos objetivos a serem alcançados. JOGOS O jogo em sala de aula pode ser eficaz para aumentar a concentração e a atividade mental, e assim, contribuir com o envolvimento das crianças em atividades matemáticas. Além disso, o fato de possuir regras próprias, às quais os participantes devem obedecer, gera ordem, pois a desobediência de qualquer regra “estraga o jogo”. Da mesma forma, no aprendizado da Matemática, a percepção da existência de regras gerais e de propriedades é de fundamental importância. Se planejados, os jogos são um recurso metodológico eficaz para a construção do conhecimento. Eles requerem um plano de ação que permita a aprendizagem de conceitos matemáticos. É necessário que o professor explore todo o potencial dos jogos, processos de solução, registros e discussões sobre possíveis caminhos que poderão surgir. Segundo Malba Tahan (1984), para que os jogos produzam os efeitos desejados é preciso que sejam, de certa forma, conduzidos pelos educadores. É necessário que os professores acompanhem a maneira como as crianças jogam, sendo observadores atentos, interferindo para colocar questões interessantes (sem perturbar a dinâmica dos grupos), para, a partir disso, auxiliá-las a construir regras e a pensar de modo que elas entendam. O jogo aproxima-se da Matemática via desenvolvimento de habilidades de resoluções de problemas. Para Corbalán (1996), os jogos de estratégia são os mais próximos da metodologia de resolução de problemas, na medida em que as estratégias utilizadas no processo de resolução de um problema podem ser analogamente definidas como estratégias de jogo. Além disso, citando Krulik, o autor estabelece um paralelo entre as quatro etapas definidas por Polya para a resolução de problemas definindo também quatro etapas para elaboração de estratégias de um jogo: 396 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL - Familiarização com o jogo; - Exploração inicial: procura de estratégias de resolução; - Aplicação da estratégia: seleção de posições ganhadoras, validação das conjecturas, etc.; - Reflexão sobre o processo desencadeado. É no desenvolvimento de cada uma dessas etapas que o educando tem a oportunidade de investigar, descobrir a melhor jogada, refletir, analisar as regras, estabelecendo relações entre os elementos do jogo e os conceitos matemáticos. Podese dizer que o jogo possibilita uma situação de prazer e uma aprendizagem significativa nas aulas de matemática (SMOLE; DINIZ; MILANI, 2007). Um aspecto importante observado ao se trabalhar com jogos é a oportunidade de se trabalhar com os erros. Borin (1998) enfatiza que é importante que o professor peça a seus educandos que façam o registro das jogadas para uma posterior análise do jogo, e também para evitar que se esqueçam dos lances efetuados. Assim, os registros matemáticos têm um papel relevante na aprendizagem, pois permitem que o educando relate o que aprendeu no momento do jogo e passe aos demais essas ideias. Escrever pode ajudá-lo a aprimorar suas percepções e levá-lo a uma reflexão acerca dos conhecimentos adquiridos. “Temos observado que os registros sobre matemática ajudam na aprendizagem dos educandos de muitas formas, encorajando a reflexão, clareando as ideias e agindo como um catalisador para as discussões em grupo” (SMOLE; DINIZ; MILANI, 2007, p.12). Smole, Diniz e Milani (2007) ainda sugerem formas de utilização dos jogos: Realizar o mesmo jogo várias vezes, para que o educando tenha tempo de aprender as regras e obter conhecimentos matemáticos com esse jogo; Incentivar os educandos na leitura, interpretação e discussão das regras do jogo; Propor o registro das jogadas ou estratégias utilizadas no jogo; Propor que os educandos criem novos jogos, utilizando os conteúdos estudados nos jogos que ele participou. A introdução dos jogos nas aulas de matemática é a possibilidade de diminuir os bloqueios apresentados por muitos dos educandos que temem a matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. Essa metodologia se coloca como o fio condutor no desenvolvimento das aulas de matemática, pois, por meio dela, o educando se apropria de conhecimentos obtidos pela observação e vivência dos fatos, adquirindo as competências e habilidades esperadas (SMOLE; DINIZ; MILANI, 2007). Um aspecto importante para o uso dos jogos está na forma como eles desafiam os educandos, gerando prazer e interesse. Para tanto, é fundamental que façam parte do ambiente escolar, “cabendo ao professor analisar e avaliar a 397 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL potencialidade educativa dos diferentes jogos e o aspecto curricular que se deseja desenvolver” (BRASIL, 1997, p.36). USO DE NOVAS TECNOLOGIAS A presença das tecnologias requer das instituições de ensino e do professor novas posturas frente ao processo de ensino e de aprendizagem. Levy (1995) afirma que a informática é um campo de novas tecnologias intelectuais, aberto, conflituoso e parcialmente indeterminado. Nesse contexto, a questão do uso desses recursos, particularmente na educação, ocupa posição central e, por isso, é importante refletir sobre as mudanças educacionais provocadas por essas tecnologias, propondo novas práticas docentes e buscando proporcionar experiências de aprendizagem significativas para os educandos. Segundo Valente (1999), o uso do computador na educação, objetiva a integração deste no processo de aprendizagem dos conceitos curriculares em todas as modalidades e níveis de ensino, podendo desempenhar papel de facilitador entre o educando e a construção do seu conhecimento. Para o autor, o processo de construção do conhecimento nos ambientes virtuais está intimamente ligado à abordagem pedagógica utilizada, e é a abordagem de “estar junto virtual” que oferece as melhores condições para o desenvolvimento de situações de aprendizagem. Nela pressupõem-se a participação constante de todos os educandos e também o acompanhamento e assessoramento do professor; privilegia-se a construção colaborativa do conhecimento, dada a facilidade para trocas de informações e pesquisa pela internet. O computador pode ser usado como elemento de apoio para o ensino (banco de dados, elementos visuais), mas também como fonte de aprendizagem e como ferramenta para o desenvolvimento de habilidades. O trabalho com o computador pode fazer que o educando aprenda com seus erros e aprenda junto com seus colegas, trocando suas produções e comparando-as. Ele é apontado como um instrumento que traz versáteis possibilidades ao processo de ensino e aprendizagem de Matemática, seja pela sua destacada presença na sociedade moderna, seja pelas possibilidades de sua aplicação nesse processo. O seu caráter lógico-matemático pode ser um grande aliado do desenvolvimento cognitivo dos educandos, principalmente na medida em que ele permite um trabalho que obedece a distintos ritmos de aprendizagem. Estudos e experiências evidenciam que a calculadora também é um instrumento que pode contribuir para a melhoria do ensino da Matemática. A justificativa para essa visão é o fato de que ela pode ser usada como um instrumento motivador na realização de tarefas exploratórias e de investigação. Além disso, ela abre novas possibilidades educativas, como a de levar o educando a perceber a importância do uso dos meios tecnológicos disponíveis na sociedade contemporânea. A calculadora é também um recurso para verificação de 398 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL resultados, correção de erros, podendo ser um valioso instrumento de autoavaliação. Quanto aos softwares educacionais, é fundamental que o professor aprenda a escolhê-los em função dos objetivos que pretende atingir e de sua própria concepção de conhecimento e de aprendizagem, distinguindo os que se prestam mais a um trabalho dirigido para testar conhecimentos dos que procuram levar o educando a interagir com o programa de forma a construir conhecimento. Dessa maneira oportunizar uma aprendizagem significativa aos educandos, é mostrar como acontece seu crescimento mental por meio da vivencia matemática com os processos interativos e os instrumentos tecnológicos procurando estabelecer relação entre o conhecimento e a utilização desses instrumentos no cotidiano escolar. AVALIAÇÃO MATEMÁTICA Uma avaliação adequada deve ser focalizada no educando como indivíduo, analisando seus erros, com muito cuidado para evitar sua humilhação perante os colegas e o seu desencanto a aprendizagem da matemática. A avaliação é o grande auxiliar do professor em sua ação pedagógica. Permite motivar adequadamente os educandos e definir quais os conteúdos que melhor se adaptam aos interesses deles. Mas isso exige que o professor deixe de cobrar retenção de conteúdos e se liberte da ideia falsa de que o programa deve ser cumprido em uma ordem pré-estabelecida. O que queremos afirmar é que não é necessário completar o estudo de números naturais para só então começar a falar de frações, uma vez que assim como os números naturais a fração também esta presente no contexto social do educando. O mesmo pode-se afirmar a respeito da aritmética e da geometria, ao observar formas, o educando estima suas medidas, faz comparações, calcula o espaço ocupado por elas, levanta hipóteses na busca de atribuir sentido a matemática. Como podemos perceber, a matemática não pode ser distribuída em gavetas de conhecimento cuja ordem dos conteúdos apresentados deve ser seguida. Não há razão para ênfase no ensino de operações, pois as crianças não aprendem primeiro a operar para depois entender fração, geometria, grandezas e medidas, o tratamento da informação. Os conhecimentos matemáticos devem ser explorados de forma conjunta. Essa é a primeira visão que devemos ter antes de pensar em avaliar os conhecimentos de nosso educando. Outro ponto a ser discutido diz respeito à forma de realizar a avaliação de nossos educandos. O educador, ao lidar com a avaliação da aprendizagem escolar, deve ter em mente a necessidade de colocar em sua prática diária, novas propostas que visem à melhoria do ensino, pois a avaliação é parte de um processo e não um fim em si e deve ser utilizada como um instrumento para investigação da aprendizagem. Hoffmann (2005, p. 40) nos fala que a avaliação, enquanto mediação significa encontro, abertura ao diálogo, interação. Uma trajetória de conhecimento percorrida 399 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL num mesmo tempo e cenário por educandos e educadores, são trajetos que se desencontram por vezes, e se cruzam por outras, mas seguem em frente, na mesma direção. A avaliação constitui-se em um momento dialético de reflexão sobre teoriaprática no processo ensino aprendizagem. Nessa perspectiva, além dos aspectos cognitivos, os aspectos de natureza não cognitiva (afetividade, participação, compromisso, responsabilidade, interesse, habilidades e competências) têm que ser considerados. Para Nérici (1977), a avaliação é uma etapa de um procedimento maior que incluiria uma verificação prévia. A avaliação, para esse autor, é o processo de ajuizamento, apreciação, julgamento ou valorização do que o educando revelou ter aprendido durante um período de estudo ou de desenvolvimento do processo ensino/aprendizagem. Segundo Bloom, Hastings e Madaus (1975), a avaliação pode ser considerada como um método de adquirir e processar evidências necessárias para melhorar o ensino e a aprendizagem, incluindo uma grande variedade de evidências que vão além do exame usual de ‘papel e lápis’. É ainda um auxílio para classificar os objetivos significativos e as metas educacionais, um processo para determinar em que medida os educandos estão se desenvolvendo de modo desejado, um sistema de controle da qualidade, pelo qual pode ser determinada etapa por etapa do processo ensino/aprendizagem, a efetividade ou não do processo e, em caso negativo, que mudanças devem ser feitas para garantir sua efetividade. EIXOS DA MATEMÁTICA NÚMEROS E OPERAÇÕES Acreditamos que o ensino de Números e Operações nos anos iniciais do Ensino Fundamental deve abordar as propriedades que estão subjacentes aos diferentes conceitos, por meio de atividades que levem os educandos à construção do conhecimento, e não apenas um conjunto de técnicas e procedimentos a serem executados pelos educandos. Os objetivos curriculares do bloco Números e operações são: •a compreensão global dos números e das operações e a sua utilização de maneira flexível para fazer julgamentos matemáticos e desenvolver estratégias úteis de manipulação dos números e das operações; •o reconhecimento e a utilização de diferentes formas de representação dos elementos dos conjuntos numéricos, assim como das propriedades das operações nesses conjuntos; •a compreensão do sistema de numeração de posição e do modo como este se relaciona com os algoritmos das quatro operações; •a aptidão para efetuar cálculos com os algoritmos de papel e lápis, mentalmente ou usando a calculadora, bem como para decidir qual dos métodos é apropriado à situação; 400 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL •o reconhecimento dos números inteiros e decimais e de formas diferentes de representa-los e relaciona-los, bem como a aptidão para usar as propriedades das operações em situações concretas, nomeadamente, para facilitar a realização de cálculos; •a sensibilidade para a ordem de grandezas de números, assim como a aptidão para estimar valores aproximados de resultados de operações e decidir da razoabilidade de resultados por qualquer processo de cálculo ou por aproximação; •a predisposição para procurar e explorar padrões numéricos em situações matemáticas e não matemáticas e o gosto por investigar relações numéricas, nomeadamente, em problemas envolvendo divisores e múltiplos de números ou implicando processos organizados de contagem; •a aptidão para dar sentido a problemas numéricos e para reconhecer as operações que são necessárias à sua resolução, assim com o para explicar os métodos e o raciocínio que foram usados (ABRANTES; SERRAZINA; OLIVEIRA, 1999, p. 64-65). Sendo assim, o professor deve saber que existem várias categorias numéricas criadas a partir das necessidades da humanidade, como, números naturais, números inteiros positivos e negativos, números racionais (com representações (fracionárias e decimais)) e números irracionais. Ainda que os números inteiros negativos e os irracionais não sejam abordados nos anos iniciais do Ensino Fundamental, são essenciais para a compreensão do conceito de número. Ao fazer referência às quatro operações, é imprescindível que o professor ensine ao educando quando e porque é necessário utilizar uma determinada operação matemática, além de ensinar os algoritmos. Nesse sentido, é necessário ressaltar os diferentes significados das operações, pois assim, os cálculos aritméticos podem ser feitos de maneira mais rápida e segura (D`AMBROSIO, 2001). GRANDEZAS E MEDIDAS O Bloco Grandezas e Medidas tem grande relevância social, pelo caráter utilitário e prático que possui e por contribuir com a construção do conceito de número, principalmente os chamados números decimais, muito presentes no dia-adia. Na vida em sociedade, as grandezas e as medidas estão presentes em quase todas as atividades realizadas. Desse modo, desempenham um papel importante no currículo, pois mostram claramente ao educando a utilidade do conhecimento matemático no cotidiano (BRASIL, 1997, p. 39-40). Nesse sentido, para compreender os sistemas de medidas e selecionar medidas adequadamente é fundamental que os conteúdos desse bloco sejam trabalhados desde os anos iniciais do Ensino Fundamental. Os objetivos curriculares do bloco grandezas e medidas são: 401 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL • a compreensão do processo de medição e dos sistemas de medidas e a aptidão para fazer as medições em situações adversas do cotidiano utilizando instrumentos apropriados; •a compreensão de conceitos como os de tempo, comprimento, área, volume, massa, capacidade e temperatura e a aptidão para utilizar conhecimentos sobre esses conceitos na resolução de problemas; •a aptidão para efetuar medições em situações adversas e fazer estimativas, bem como a compreensão do sistema métrico (ABRANTES; SERRAZINA, OLIVEIRA, 1999, p. 90-91). O professor, ao trabalhar atividades que contemplem noções de grandezas e medidas, proporciona aos educandos uma melhor compreensão de conceitos relativos ao espaço e às formas que “são um contexto muito rico para o trabalho com os significados dos números e das operações, da ideia de proporcionalidade e escala, e um campo fértil para uma abordagem histórica” (BRASIL, 1997, p. 40). ESPAÇO E FORMA Em relação ao bloco Espaço e Forma, os PCNs ressaltam que os conceitos geométricos são importantes no currículo de Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental, uma vez que é, por meio deles, que o educando é capaz de desenvolver um pensamento especial que lhe permita compreender, descrever e representar, de forma organizada, o mundo em que vive. A Geometria é um campo fértil para se trabalhar com situações-problema e é um tema pelo qual os educandos costumam se interessar naturalmente. O trabalho com noções geométricas contribui para a aprendizagem de números e medidas, pois estimula a criança a observar, perceber semelhanças e diferenças, identificar regularidades e vice-versa (PCN, 1997, p. 39). Para o ensino da Geometria nos anos iniciais do Ensino Fundamental é imprescindível que o professor explore os objetos do mundo físico, de obras de arte, da pintura, dos desenhos, das esculturas e do artesanato de uma forma lúdica, dinâmica e colorida, pois dessa forma, ele permitirá ao educando estabelecer conexões entre a Matemática e outras áreas do conhecimento (BRASIL, 1997). Sendo assim, o ensino da Geometria nesse nível de escolaridade deve basearse em experiências informais, as quais se tornarão base para um ensino mais formal. Os objetivos do currículo para o ensino de Geometria nos anos iniciais do Ensino Fundamental são: •o reconhecimento de formas geométricas simples, bem como a aptidão para descrever as figuras geométricas e para complementar e inventar padrões; •a aptidão para realizar construções geométricas e para reconhecer e analisar propriedades de figuras geométricas, nomeadamente recorrendo a materiais manipuláveis e a softwares específicos; 402 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL •a aptidão para utilizar a visualização e o raciocínio espacial na análise de situações e na resolução de problemas em Geometria e outras áreas da Matemática; •a predisposição para procurar e explorar padrões geométricos no espaço e o gosto por investigar propriedades e relações geométricas; •a aptidão para formular argumentos válidos recorrendo à visualização do espaço e ao raciocínio espacial, explicando-os em linguagem corrente; •o reconhecimento e a utilização de ideias geométricas em diversas situações, nomeadamente, na comunicação e a sensibilidade para apreciar a Geometria no mundo real (ABRANTES; SERRAZINA; OLIVEIRA 1999, p. 90-91). TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Finalmente, ao bloco de conteúdos Tratamento da Informação estão vinculadas as noções de estatística. No entanto, é imprescindível que o professor não desenvolva um trabalho desvinculado do contexto social do educando. A estatística se refere em especial à organização e análise de dados e constitui um importante instrumento de interpretação do meio físico social. O seu domínio é indispensável para a compreensão de muitos problemas e para um efetivo exercício da cidadania. O professor deve levar o educando “a construir procedimentos para coletar, organizar, comunicar e interpretar dados, utilizando tabelas, gráficos e representações que aparecem frequentemente em seu dia-a-dia” (BRASIL, 1997, p.40). Os objetivos curriculares, para o bloco Tratamento da Informação são: •A predisposição para organizar dados relativos a uma situação ou a um fenômeno e para representá-lo de modos adequados, nomeadamente recorrendo a tabelas e gráficos; •A aptidão para ler e interpretar tabelas e gráficos e para comunicar os resultados das interpretações feitas; •A tendência para dar repostas a problemas com base na análise de dados recolhidos e de experiências planejadas para o efeito; •O desenvolvimento do sentido crítico face ao modo como a informação é apresentada. (ABRANTES; SERRAZINA; OLIVEIRA, 1999, p. 107). Esse bloco de conteúdos pode ser abordado a partir do desenvolvimento de projetos que envolvam questões de interesse dos educandos como: música, gastronomia e esportes favoritos; questões do seu meio social, como população e transporte; questões sobre a escola, como população escolar e recursos; ou questões sobre os próprios educandos, como alturas e pesos. Nesses projetos, os professores devem estimular seus educandos a participarem de forma ativa da formulação das questões, representação de dados, interpretação e elaboração das respectivas conclusões. 403 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL MATEMÁTICA – 1º ANO EIXOS: NÚMEROS E OPERAÇÕES, GRANDEZAS E MEDIDAS, GEOMETRIA, TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Conteúdos Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Estruturantes Relação biunívoca Estabelecer a correspondência “um a entre número e um”, a fim de que a criança se torne quantidade capaz de comparar quantidades. Classificação Identificar as características dos objetos como cor, forma, tamanho, espessura e outros, para reconhecer e organizar esses objetos de acordo com suas semelhanças e diferenças. O conceito de Seriação Reconhecer a ordenação de objetos, número e as dando continuidade a uma sequência, operações percebendo que em algumas situações da vida devemos respeitar uma ordem Objetivo geral: determinada e segui-la (filas, receitas, Compreender a classificação de campeonato, etc.). construção Sequenciação Dispor objetos de acordo com uma histórica do sequência, para organizar fatos, número como acontecimentos de uma história ou fazer necessidade suceder a cada outro elemento sem humana, a fim de considerar a ordem entre eles. saber como os Conservação de Comparar ou ordenar quantidades de homens quantidade objetos organizados e/ou apresentados controlavam seus desordenadamente pela contagem para objetos em um identificar igualdades ou desigualdades determinado numéricas, em situações do dia-a-dia. momento e como Inclusão de classes Identificar que um conjunto de objetos representamos e distintos pode ter qualidades que o utilizamos os incluam em um conjunto maior, para números nos dias fazer relações entre diversos objetos de atuais. seu cotidiano. Interseção de classes Identificar que dado dois ou mais conjuntos de objetos, existem propriedades que são comuns a apenas alguns objetos desses conjuntos, a fim de reconhecer que essas propriedades os fazem pertencer a uma mesma classe. Uso social do número Identificar o uso dos numerais no 404 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL cotidiano a fim de reconhecer os diversos contextos de sua utilização (número como código, medida, quantidade, e ordem). Conhecer a história do número como uma construção histórica decorrente da necessidade humana. Compreender a ideia de dezena utilizando diferentes composições para que perceba as possibilidades de construção do número; História do número Dezena e meia dezena Realizar atividades envolvendo a ação de repartir para compreender o conceito de metade (meia dezena). Contagem de 1 em 1, 2 Identificar conhecimentos prévios sobre em 2,..., no mínimo até a contagem de 2 em 2, 3 em 3, 4 em 4, o número 20 …, a fim de estimular a realização de contagens de forma mais rápida. Registro de Associar a denominação do número à quantidades de 0 a 20 sua respectiva representação simbólica, para compreender a regularidade da sequência numérica em sua vida. Composição e decomposição de números de 0 a 20 (ordem das unidades e dezenas) Representação e localização de números naturais na reta numérica Compor e decompor quantidades para facilitar suas estratégias de cálculo. Cálculo mental Desenvolver habilidades de cálculo mental com base no conhecimento da estrutura do nosso sistema de numeração. Representar e localizar números naturais na reta numérica, a fim de perceber a necessidade de uma padronização na escrita dos algarismos. 405 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Medidas de tempo/ massa/ comprimento/ capacidade/ valor Objetivo geral: Reconhecer as medidas e realizar estimativas e medições com objetos padronizados e Relações entre quantificadores: um nenhum, alguns, todos, muitos, o que tem um a menos (antecessor), o que tem um a mais (sucessor), o que tem a mesma quantidade; o que tem menos e o que tem mais Uso de símbolos = e ≠ Identificar a relação entre os quantificadores a fim de utilizar essas noções em atividades de seu dia-a-dia; representando esses conceitos por meio da escrita, da oralidade e do desenho. Adição (ideia de juntar e acrescentar) e Subtração (ideia de retirar, completar e comparar) Multiplicação (ideia de adição de parcelas iguais, o raciocínio combinatório e a noção de dobro) e Divisão (ideia repartitiva, de medida e a noção de metade) Medida de tempo Intervalos de tempo: (mais cedo/mais tarde, antes /depois/agora, dia e noite, ontem /hoje /amanhã, manhã /tarde/noite) Calendário: dia, mês e ano Resolver problemas que envolvam as ideias de adição e subtração com base em ilustrações e materiais concretos, a fim de compreender e aplicar as ações envolvidas em atividades reais. Resolver problemas que envolvam as ideias de multiplicação e divisão com base em ilustrações e materiais concretos, a fim de compreender e aplicar as ações envolvidas em atividades reais. Comparar as quantidades para identificar a igualdade ou desigualdade numérica de elementos de seu cotidiano, por meio dos símbolos. Compreender os intervalos de tempo, para utilizá-los na realização de diversas atividades diárias. Consultar e construir o calendário para estabelecer relações entre os dias da semana, meses e anos. Instrumentos de Conhecer os diversos instrumentos de medidas de tempo não medida de tempo utilizados ao longo da padronizados e história (sombra, ampulheta, relógio 406 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL não padronizados, padronizados a fim de utilizar as medidas em diversas situações de seu dia-a-dia. Hora exata e meia hora digital, analógico e calendário), procurando reconhecer as estratégias utilizadas pelo homem para marcar o tempo. Conhecer hora exata e meia hora em relógio digital e ponteiro para compreender como está organizada sua rotina diária. Medida de comprimento Conceitos de tamanho, Medir comprimentos com unidades de distância, altura medida não padronizadas e (maior/ menor/ igual, padronizadas, a fim de perceber as mais alto/ mais baixo, diferenças entre objetos e a necessidade mais comprido/ mais do uso social de medidas precisas. curto, mais grosso/ mais fino, mais estreito/ mais largo, grande/ pequeno, perto / longe) Medida de massa Conceitos de leve e Utilizar instrumentos de medidas não pesado padronizados e padronizados para comparação de medidas (mais leve, Noção de quilo mais pesado) e reconhecer o uso do quilo como vocabulário em situações significativas. Medida de capacidade Conceitos de cheio e Utilizar instrumentos de medida como vazio copos, garrafas, xícaras para comparar e reconhecer características e o uso do Noção de litro litro como vocabulário em situações significativas. Medida de temperatura Conceito de quente, Identificar os conceitos de medidas de frio, gelado e morno temperatura, por meio de instrumentos padronizados (termômetro) ou não padronizados (percepção tátil e gustativa) a fim de compreender em 407 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL quais situações do cotidiano podemos encontrar e perceber essas medidas. Medida de valor Cédulas e moedas Formas geométricas e localização espacial. Identificar cédulas e moedas de nosso sistema monetário e compreender que ter mais cédulas ou moedas não implica ter mais dinheiro, utilizando esses conhecimentos em situações de compras. Formas geométricas Sólidos geométricos Objetivo geral: Identificar formas Sólidos geométricos geométricas por de acordo com sua meio de suas superfície plana (não características e rolam) e curva (rolam) caminhos por meio Figuras planas: de desenhos, quadrados, esquemas de retângulos, triângulos, representação e círculos oralidade, a fim de utilizar esses conhecimentos para reconhecer objetos no espaço e Localização espacial se localizar no Relações topológicas: meio onde vive. (dentro, fora, vizinho de, ao lado de, entre, no meio) e relações projetivas (esquerda, direita, frente, atrás, embaixo, em cima, etc.) com o uso do espaço Representação de trajetos Identificar semelhanças e diferenças entre figuras geométricas para reconhecê-las em desenhos de objetos, construções ou imagens encontradas dentro e fora da escola. Classificar os sólidos que rolam e que não rolam, a fim de reconhecê-los em seu meio social (catedrais, prédios, casas, produtos do mercado, etc.). Reconhecer nos sólidos geométricos presentes em nosso cotidiano, por meio da observação das vistas (superior, frontal e lateral), as figuras planas que o compõe, para identificar as características dessas figuras e representá-las. Identificar, compreender e utilizar instruções de deslocamento para locomover-se em diversos lugares. Representar trajetórias, reconhecer e encontrar pontos ou lugares para localizar objetos e pessoas no espaço em que vive, a fim de localizar-se em 408 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Gráficos, tabelas e listas Objetivo geral: Identificar informações contidas em listas, gráficos e tabelas, a fim de saber representar essas informações em seu dia-a-dia e realizar a leitura dessas informações presentes em diversos textos veiculados em seu contexto social. Leitura de vistas: superior, frontal e lateral Identificação de informações contidas em textos com imagens gráficos de colunas e tabelas ambientes variados e/ou desconhecidos. Observar objetos presentes em sua volta, para representá-los de acordo com suas vistas frontais e laterais. 1) Ler, interpretar dados disponíveis em textos, tabelas e gráficos de colunas para compreensão de informações presentes em seu dia-a-dia. 2) Comparar quantidades por meio da sua representação gráfica, a fim de interpretar de forma lógica um texto associado a uma imagem. 409 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL MATEMÁTICA – 2º ANO EIXOS: NÚMEROS E OPERAÇÕES, GRANDEZAS E MEDIDAS, GEOMETRIA, TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Conteúdos Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Estruturantes Relação biunívoca Fazer a correspondência “um a um” entre número e estabelecendo relação entre números e quantidade quantidades. Função social do Perceber a presença de elementos número matemáticos em diferentes situações cotidianas, reconhecendo o uso social dos números (código, medida, quantidade e ordem). O conceito de História do número Compreender a construção histórica número e as do número como necessidade humana, operações a fim de saber como os homens controlavam seus objetos em um Objetivo geral: determinado momento e como Compreender a representamos e utilizamos os construção números nos dias atuais. histórica do Seriação numérica Associar a contagem de coleções a sua número como (contagem de 1 em 1, 2 representação numérica. necessidade em 2, e 10 em 10) humana, a fim de Compreender as diferentes saber como os possibilidades de construção de um homens número de nosso sistema de controlavam seus numeração decimal. objetos em um Relações entre Utilizar situações de comparação, determinado quantificadores: um, ordenação e composição de momento e como nenhum, alguns, quantidades, efetuando registros representamos e todos, muito, o que dessas ações para construir a utilizamos os tem menos, que tem a linguagem matemática. números nos dias mesma quantidade, o atuais. que tem mais e a noção de antecessor, sucessor, igualdade, desigualdade, pares e ímpares, ordem crescente e decrescente Uso de símbolos = e ≠ Comparar e ordenar quantidades para identificar igualdade e desigualdade 410 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL numérica. Conceito de dezena e Compreender o significado de dezena centena e centena por meio de agrupamentos e trocas; Entender a importância do zero com ausência de quantidade e valor posicional; Conceito de dúzia e meia dúzia Composição e decomposição de números de 0 a 100 Valor posicional: ordens e classes Leitura e escrita de números de 0 a 100 Números ordinais de 1º ao 20º Cálculo mental Adição e subtração Identificar em agrupamentos numéricos a noção de meia dezena e meia centena. Reconhecer o conceito de dúzia e meia dúzia e representar esse conceito em agrupamentos numéricos, em situações cotidianas. Realizar composição e decomposição de números, percebendo as diferentes formas de representá-lo. Realizar trocas como forma de facilitar a compreensão do valor posicional dos números, identificando que seu valor muda dependendo da ordem ou classe que ocupa. Identificar a regularidade da escrita numérica por meio da representação e localização de números naturais em objetos de seu meio social como a régua, o metro, o relógio, o calendário e outros. Reconhecer o aspecto ordinal dos números naturais, a fim de perceber a necessidade de estabelecer a ordenação em situações de seu meio social. Desenvolver habilidades de cálculo mental como estratégia para o raciocínio lógico- matemático. Relacionar o conceito de adição com as ideias de “juntar e acrescentar quantidades”, a fim de ampliar o repertório de cálculo dos alunos; 411 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Relacionar o conceito de subtração às ideias de “retirar, comparar e completar” a fim de estimular diferentes maneiras de cálculo; Identificar e resolver situações problemas envolvendo a adição e a subtração com apoio de imagens. Multiplicação e divisão Relacionar o conceito de multiplicação com as ideias de “adição de parcelas iguais”, disposição retangular, combinação de possibilidades, proporcionalidade e dobro, a fim de ampliar o repertório de cálculo dos alunos; Relacionar o conceito de divisão com as ideias de “repartir em partes iguais e de metade” a fim de estimular diferentes estratégias de cálculo; Identificar e resolver situações problema envolvendo a multiplicação e a divisão com apoio de imagens. Operações de adição e Construir algoritmos habituais usados subtração sem em nosso dia-a-dia, entendendo a reagrupamento finalidade das técnicas de cálculo como forma de exercitar o raciocínio lógico e compreender as propriedades do nosso sistema de numeração (noções de trocas). Resolver situaçõesproblema e construir os significados das operações, a fim de reconhecer que uma mesma operação está relacionada a diferentes problemas. Medidas de tempo/ massa/ comprimento/ capacidade/ valor Medida de tempo Divisão do tempo: Identificar situações que envolvem manhã, tarde e noite intervalos de tempo e comparação de períodos: manhã, tarde, noite para conseguir organizar-se na rotina diária. Duração e sequência Identificar, comparar, relacionar e 412 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Objetivo geral: Reconhecer as medidas e realizar estimativas e medições com objetos padronizados e não padronizados, a fim de utilizar as medidas em diversas situações de seu dia-a-dia. temporal, antes, durante, depois, rápido, lento, logo após, muito depois, muito antes, um pouco antes, agora, ontem, hoje e amanhã Calendário: dia, semana, mês, ano ordenar o tempo em diferentes sistemas de medida (relógio analógico, digital, calendário), percebendo que o tempo é mensurável. Consultar e construir o calendário estabelecendo relações entre os dias da semana, meses e anos, para compreender sequência temporal. Hora inteira e meia Compreender que o dia é dividido por hora horas e que as horas são divididas em minutos, a fim de entender a organização temporal. Ler, identificar e registrar hora inteira e meia hora em relógios analógicos e digitais. Medida de comprimento Conceito de tamanho, Medir comprimentos com unidades de altura e distância: medida não padronizadas como maior, menor, igual, palmos, passos e pé, a fim de perceber mais alto, mais baixo, a necessidade do uso social de mais comprido, mais medidas precisas. curto, mais grosso, situações problema mais fino, mais Resolver envolvendo medidas não estreito, mais largo padronizadas para estabelecer comparação entre elas. Medidas Identificar e utilizar a fita métrica e a padronizadas: metro régua como instrumentos de medidas (m) e centímetro (cm) padronizadas para de obter medidas precisas. Comparar e ordenar comprimentos presentes no cotidiano percebendo o uso social da medida de comprimento como uma necessidade humana. Medida de massa Conceitos de leve e Identificar os conceitos de medidas de pesado massa por meio da utilização de instrumentos de medidas arbitrárias 413 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL para perceber e comparar pesos que aparecem em situações do cotidiano. Medidas: quilo (KG) e Identificar o uso da balança como grama (G) medida padronizada de massa, reconhecendo o uso do quilograma (kg) e do grama(g) em produtos utilizados no contexto social. Medida de capacidade Conceitos de cheio e Identificar as de medidas de vazio capacidade utilizando instrumentos não padronizados para reconhecer os conceitos de cheio e vazio. Medidas Utilizar o litro e mililitro como padronizadas: litro (L) medidas padronizadas de capacidade, e mililitro (ML) reconhecendo essas medidas em produtos do seu dia-a-dia. Medida de temperatura Conceito de quente, Identificar medidas de temperatura frio, gelado e morno por meio da percepção total e gustativa, a fim de distinguir diferenças entre os conceitos quente/ frio/ gelado e morno. Medida padronizada: Utilizar o termômetro como medida grau Celsius (Cº) padrão de temperatura reconhecendo a importância desse instrumento em seu meio social. Medida de valor Cédulas e moedas Reconhecer as cédulas e moedas do Sistema Monetário Nacional para utilizá-las em situações reais; Reconhecer que podemos fazer agrupamentos e trocas de diferentes cédulas ou moedas, para representar um valor dado; Expressar quantias com cédulas e moedas de nosso sistema monetário, a fim de adquirir noções sobre preços de mercadorias. Formas geométricas e localização Formas geométricas Formas geométricas Identificar as semelhanças e diferenças entre as formas geométricas 414 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL espacial. Objetivo geral: Identificar formas geométricas por meio de suas características e caminhos por meio de desenhos, esquemas de representação e oralidade, a fim de utilizar esses conhecimentos para reconhecer objetos no espaço e se localizar no meio onde vive. Sólidos geométricos Classificação das figuras planas: quadrados, retângulos, triângulos, círculos Composição e decomposição de figuras planas: quadrado, retângulo, triângulo Reprodução, Ampliação e redução de figuras planas Localização espacial Localização, posição e itinerários: direita, esquerda, na frente, atrás, em cima, embaixo, sobre, longe e perto Vistas e mapas: superior, frontal e lateral Gráficos, tabelas e listas Objetivo geral: Identificar informações Listas, gráficos tabelas encontradas na natureza e nos objetos construídos pelos homens. Classificar os sólidos geométricos encontrados na natureza, a fim de reconhecer as semelhanças e as diferenças dessas figuras. Identificar e nomear as figuras geométricas planas, encontradas nos sólidos geométricos, a fim de reconhecê-las nos objetos encontrados no cotidiano. Compor e decompor figuras planas, a fim de verificar que o quadrado e o retângulo podem ser compostos por triângulos, que o retângulo pode ser composto por quadrados, etc. Utilizar a malha quadriculada para ampliação e redução de figuras planas, a fim de estabelecer comparação entre os espaços preenchidos. Representar e identificar os deslocamentos e/ou trajetórias, demonstrando noções de orientação espacial, para orientar-se e localizar-se no espaço em que vive. Utilizar as noções direita, esquerda, na frente, atrás, em cima, embaixo, entre e no meio, para se localizar em diversos ambientes de seu dia-a-dia. Identificar vistas lateral, frontal e superior de um objeto para desenvolver a percepção espacial. Relacionar um objeto às representações de suas vistas. e Ler e interpretar gráficos, tabelas e listas, a fim de identificar informações presentes em diferentes portadores textuais. Organizar e elaborar listas, tabelas 415 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL contidas em listas, gráficos e tabelas, a fim de saber representar essas informações em seu dia-a-dia e realizar a leitura dessas informações presentes em diversos textos veiculados em seu contexto social. simples e gráficos de colunas (com imagens) a fim de registrar observações realizadas e compreender a funcionalidade desses registros em situações de pesquisa, jogos e brincadeiras. 416 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL MATEMÁTICA – 3º ANO EIXOS: NÚMEROS E OPERAÇÕES, GRANDEZAS E MEDIDAS, GEOMETRIA, TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Conteúdos Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Estruturantes Função social do Perceber a presença de elementos número matemáticos em diferentes situações cotidianas, reconhecendo os diferentes usos sociais dos números: código, medida, quantidade e ordem. Seriação numérica, Compreender as diferentes contagens de 2 em 2, possibilidades de construção de uma até 10 em 10 sequência numérica percebendo suas regularidades. Número e Conceito de dezena e Compreender o significado de dezena, operações meia dezena, centena e centena, e unidade de milhar, por meio meia centena, milhar e de agrupamentos e trocas, a fim de Objetivo geral: compreender a organização do sistema Compreender a meio milhar decimal. construção histórica do Identificar em agrupamentos número como numéricos a noção de meia dezena, necessidade meia centena e meia milhar. humana, a fim de saber como os Agrupamentos e Reconhecer e interpretar a forma homens trocas: formação de decomposta em centenas, dezenas e controlavam seus centena e unidade de unidades de números menores de objetos em um milhar 1000, para reconhecer o valor determinado posicional dos algarismos. momento e como Composição e Entender a composição e representamos e decomposição de decomposição de um número até uma utilizamos os números de 0 a 1000 unidade de milhar, por meio da números nos dias realização de trocas, a fim de atuais. representá-los numericamente em situações-problema. Valor posicional. Identificar o valor posicional de um (ordem e classes) algarismo e decompor os números em classes e ordens, a fim de reconhecer esses valores na leitura de informações veiculadas nos diversos meios de comunicação de nossa sociedade. Leitura e escrita de Realizar a leitura e escrita de números 417 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL números de 0 a 1000 Símbolos <, >, =, ≠ Representação localização números naturais e de Cálculo mental Números ordinais Antecessor, sucessor, igualdade, desigualdade, pares e ímpares, ordem crescente e decrescente Operações de Adição e Subtração com e sem reagrupamento Operações de Multiplicação (ideia de adição de parcelas iguais, o raciocínio combinatório e a noção nas suas diversas formas de representação, possibilitando o entendimento de informações veiculadas nos diversos meios de comunicação de seu dia-a-dia. Reconhecer a utilização dos símbolos matemáticos para resolução de situações matemáticas reais. Localizar e registrar os números de uma sequência na reta numérica para observar propriedades e regularidades matemáticas que o auxiliem a realizar diversos cálculos. Desenvolver habilidades de cálculo mental e estimativas identificar a estratégia mais adequada para resolver situações problemas de seu cotidiano. Reconhecer os números ordinais e utilizá-los em seu meio social. Compreender os conceitos de antecessor, sucessor, igualdade, desigualdade, números pares e ímpares, ordem crescente e decrescente, a fim de entender as regularidades presentes em nosso sistema de numeração decimal. Realizar cálculos de adição e subtração com e sem reagrupamento, estabelecendo relação entre as duas operações e utilizando diferentes estratégias de cálculo. Resolver problemas que envolvam as ideias de juntar, acrescentar, retirar, completar e comparar, a fim de possibilitar o aperfeiçoamento de estratégias de cálculo. Realizar cálculos de multiplicação e divisão estabelecendo relações entre as duas operações, utilizando diferentes estratégias de cálculo; 418 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL de dobro) e Divisão exata e não exata (ideia repartitiva, de medida e a noção de metade). Nomenclatura operações das Cálculo de metade, terça parte, dobro e triplo Tabuada do 1 e do 2 , do 4 e 8; do 3 e 6 e do 9 , do 5 e 10 ; e do 7 utilizando a noção de dobro, triplo e metade Resolver problemas que envolvam as ideias de adição de parcelas iguais, o raciocínio combinatório, a noção de dobro, a ideia repartitiva, de media e a noção de metade, a fim de ampliar estratégias pessoais de cálculo. Identificar as nomenclaturas das operações, procurando reconhecer essas palavras no contexto em que aparecem. Compreender o conceito de metade, terça parte, dobro e triplo, a fim de utilizar diferentes estratégias de cálculo e para resolver operações e situações problema. Utilizar situações de proporcionalidade, a fim de reconhecer as noções de dobro, triplo, metade e terça parte na construção da tabuada; Construir a tabuada na malha quadriculada, reconhecendo na configuração retangular os agrupamentos que a compõe. Medidas de tempo/ massa/ comprimento/ capacidade/ valor Medida de tempo Calendário: dia, mês, Identificar e relacionar dia, mês, ano, bimestre, semestre, bimestre, semestre, século e década, a ano, década e século fim de se localizar temporalmente em diversas situações que envolvam a leitura desses dados. Objetivo geral: Hora, meia hora, Ler e registrar horas em relógio de Reconhecer as minuto, segundo ponteiro e relógio digital, medidas e realizar reconhecendo-as em diversas situações estimativas e e compreendendo que a hora é medições com dividida em minutos e segundos. objetos Medida de comprimento padronizados e Metro, meio metro e Identificar, ler e registrar diferentes não padronizados, centímetro medidas padronizadas de a fim de utilizar as comprimento para compreender em medidas em quais situações do cotidiano podemos diversas situações encontrá-las. de seu dia-a-dia. Medida de massa Quilo, meio quilo e Identificar, ler e registrar diferentes 419 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL grama medidas padronizadas de massa para compreender em quais situações do cotidiano podemos utilizá-las. Medida de capacidade Litro, meio litro e Identificar, ler e registrar diferentes mililitro medidas padronizadas de capacidade para compreender em quais situações do cotidiano podemos encontrá-las. Medida de temperatura Graus célsius Identificar diferentes medidas padronizadas de temperatura para compreender em quais situações do cotidiano podemos encontrar e perceber essa medida. Medida de valor Cédulas e moedas Identificar cédulas e moedas de nosso sistema monetário e compreender que ter mais cédulas ou moedas não implica ter mais dinheiro, utilizando esse conhecimento em situações de compra. Realizar a composição e a decomposição de valores de cédulas e moedas, para verificar esses procedimentos em nossa vida. Realizar trocas envolvendo a base 10: 1 real como unidade, 10 reais como dezena e 100 reais como centena para sua utilização em situações reais de compra. Formas geométricas Classificação dos sólidos geométricos: prismas, pirâmides, cone, esfera e cilindro Objetivo geral: Classificação das Identificar formas figuras planas: geométricas por quadrados, meio de suas retângulos, triângulos, características e círculos, pentágonos, caminhos por meio hexágonos, losango, Formas geométricas e localização espacial. Identificar as características dos sólidos geométricos encontrados em nosso meio, para reconhecer suas semelhanças e diferenças. Classificar e identificar figuras planas contidas nos sólidos geométricos. Compor figuras geométricas planas a partir da justaposição de outras figuras para reconhecer essa composição no 420 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL de desenhos, esquemas de representação e oralidade, a fim de utilizar esses conhecimentos para reconhecer objetos no espaço e se localizar no meio onde vive. trapézio Vértices, arestas faces e Reprodução, Ampliação e redução de figuras planas Simetria espaço que vive. Classificar os sólidos geométricos de acordo com suas faces, vértices e arestas fazendo a relação desses elementos com figuras de nosso dia a dia (prédios, casas, catedrais, etc.). Utilizar a malha quadriculada para percepção de ampliação e redução de figuras planas, estabelecendo a comparação entre os espaços preenchidos. Observar e identificar a simetria de objetos de nosso meio (frutas, animais, revestimentos e outros), a fim de desenvolver habilidades espaciais, como discriminação visual, percepção de posição e de forma de uma figura. Diferenciar linhas e curvas, a fim de reconhecer sua utilização em obras de arte, móveis e objetos do espaço. Linhas: abertas, fechadas e linhas curvas Localização espacial Localização, posição, Representar a localização de pessoas e itinerários e objetos no espaço, por meio de deslocamento desenhos, mapas, plantas e coordenadas para identificar e descrever sua posição e a de outras pessoas e objetos em seu dia-a-dia. Vistas: superior, frontal e lateral Gráficos, tabelas e listas Objetivo geral: Identificar Gráficos de barras e de colunas, listas, tabelas simples e de dupla entrada Identificar, interpretar, descrever e localizar pontos e lugares em mapas, plantas, desenhos e coordenadas, para se localizar ou localizar objetos e detalhes presentes no espaço. Representar e identificar vistas lateral, frontal e superior de objetos e ambientes, a fim de reconhecer a perspectiva de acordo com a vista solicitada. Identificar informações contidas em gráficos, tabelas e listas que circulam no cotidiano; Construir listas, gráficos e tabelas, a 421 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL informações contidas em listas, gráficos e tabelas, a fim de saber representar essas informações em seu dia-a-dia e realizar a leitura dessas informações presentes em diversos textos veiculados presentes em seu contexto social. fim de representar e entender informações de seu contexto; Ler, interpretar e utilizar dados apresentados em diversos tipos de texto, buscando informações relevantes de seu cotidiano, bem como, solucionar situações problema. 422 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL MATEMÁTICA – 4º ANO EIXOS: NÚMEROS E OPERAÇÕES, GRANDEZAS E MEDIDAS, GEOMETRIA, TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Conteúdos Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Estruturantes História dos números Reconhecer os símbolos dos diversos (hindus, romanos, sistemas de numeração, a fim de maias, arábicos) perceber como os homens representavam quantidades e a importância dessas representações ao longo do tempo. Composição e Compor e decompor números, a fim de decomposição de adquirir estratégias que facilitem o Número e números de 0 a 100.000 cálculo e a resolução de problemas. operações Leitura e escrita de Realizar a leitura e escrita de números números de 0 a 100.000 até 100.000 nas suas diversas formas de Objetivo geral: representação para identificá-las e Compreender a utilizá-los em seu dia-a-dia. construção Agrupamentos e trocas Explorar as diversas formas de histórica do com diferentes agrupamentos, a fim de perceber as número como contagens: dois, três, regularidades numéricas de nosso necessidade quatro, cinco, dez, sistema de numeração e facilitar assim humana, a fim de doze e outras suas estratégias de cálculo. saber como os Agrupamentos e Compreender o significado de milhar, homens trocas: formação de centena, dezena e unidade, por meio das controlavam seus dezenas, centenas e trocas, a fim de estimular o cálculo objetos em um milhares mental e a compreensão da organização determinado do sistema decimal. momento e como Valor posicional, valor Reconhecer os conceitos de valor representamos e absoluto e valor posicional, valor relativo e valor utilizamos os relativo absoluto, para compreender os valores números nos dias dos algarismos nos números presentes atuais. em seu meio e utilizá-los de maneira correta. Representação e Localizar e registrar os números na reta localização de numérica, observando as propriedades e números naturais na regularidades matemáticas, que o reta numérica auxiliem a realizar diversos cálculos. Cálculo mental e Realizar o cálculo mental e as estimativas estimativas, para efetuar operações e identificar a estratégia mais adequadas 423 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Antecessor, sucessor, igualdade, desigualdade, pares e ímpares, ordem crescente e decrescente Números ordinais Operações de Adição (ideia de juntar e acrescentar) e Subtração (ideia de retirar, completar e comparar) Operações de Multiplicação: com um e com dois algarismos no multiplicador (ideia de adição de parcelas iguais, o raciocínio combinatório e a noção de dobro) Operações de Divisão exata e não exata com um e com dois algarismos no divisor (ideia repartitiva, de medida e a noção de metade) para resolução de situação problema. Identificar os conceitos de antecessor, sucessor, igualdade, desigualdade, números pares e números ímpares, a fim de entender as regularidades de nosso sistema de numeração decimal. Reconhecer os números ordinais e utilizá-los em seu meio social. Calcular o resultado de adições e subtrações por meio de cálculo mental, estimativa, decomposição e arredondamento e o algoritmo usual, a fim de ampliar suas estratégias de cálculo; Resolver problemas que envolvam as ideias de transformação, composição e comparação, a fim de ampliar suas estratégias de cálculo. Calcular o resultado de uma multiplicação por meio da decomposição, e do algoritmo usual, a fim de desenvolver estratégias pessoais e reconhecer diferentes procedimentos para obter resultados matemáticos; Calcular o quociente de uma divisão por meio de estimativas, da ideia subtrativa, do uso de agrupamentos e de seu algoritmo usual, a fim de perceber os diversos métodos de cálculo de uma divisão; Resolver problemas que envolvam as ideias de raciocínio combinatório, proporcionalidade, configuração retangular, de comparação, medida e, ideia repartitiva, a fim de ampliar suas estratégias de cálculo. Nomenclatura das Identificar a nomenclatura das operações operações, reconhecendo essas palavras em diversas situações. Operações inversas Compreender a utilização das 424 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL operações, a fim de empregar corretamente a linguagem matemática. Construção da tabuada Construir a tabuada na malha do 1 ao 10 quadriculada reconhecendo na configuração retangular e os agrupamentos que a compõe; Cálculo de metade (½), dobro, terça (1/3) parte e triplo Números racionais História da fração Conceito de fração Representação e localização de números racionais na reta numérica Frações equivalentes Relações entre frações do inteiro: parte menor, parte maior, partes iguais Registro de frações do inteiro e maiores que o Utilizar situações de proporcionalidade, a fim de reconhecer as noções de dobro, triplo, metade e terça parte na construção da tabuada. Compreender o conceito de metade, terça parte, dobro e triplo, a fim de utilizar diferentes estratégias de cálculo. Reconhecer a aplicabilidade dos números racionais, para compreender sua importância em atividades desenvolvidas pelas pessoas. Compreender a necessidade histórica do surgimento dos números racionais, a fim de entender sua importância nas relações em seu contexto. Identificar diferentes significados dos números racionais (parte/todo, quociente, número e medida), para explorar sua utilização em diferentes situações do cotidiano. Representar e localizar os números racionais na reta numérica, reconhecendo-os em atividades cotidianas. Identificar frações equivalentes, reconhecendo que diferentes frações podem representar a mesma parte de um todo em situações do cotidiano (medidas, receitas, etc.). Comparar frações reconhecendo os conceitos maior, menor e igual, a fim de estabelecer relações no uso dos números racionais em seu cotidiano. Realizar a leitura e escrita dos números racionais, reconhecendo suas diversas 425 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL inteiro maneiras de representação. Adição e subtração de Calcular situações problema que frações homogêneas envolvam subtrações de frações com mesmo denominador. Utilizando materiais concretos, para reconhecer a aplicabilidade dessas operações em situações de seu dia-a-dia. Noções de números Compreender a ideia de décimo e decimais: leitura e centésimo, a fim de que reconheça a registro extensão do sistema de numeração decimal; Representar os números racionais por meio da sua escrita decimal, a fim de reconhecer em seu contexto as diversas formas de escrita desse número. Vivenciar situações problema por meio de atividades de compra e venda, que envolvam a adição e a subtração de números decimais, para aplicar esses conceitos em seu dia-a-dia. Adição e subtração de números decimais (uma ou duas casas decimais) por um número natural Medidas de Medida de tempo tempo/ massa/ Calendário: ano, Identificar e relacionar milênio, século, comprimento/ década, século e década e ano, a fim de se localizar capacidade/ milênio temporalmente em diversas situações valor que envolvam a leitura desses dados. Hora inteira, meia hora Ler e registrar horas (em relógio de Objetivo geral: minutos e segundos ponteiro e relógio digital), bem como Reconhecer as resolver situações-problema medidas e realizar significativas envolvendo o intervalo e estimativas e fracionamento de tempo para medições com reconhecer seu uso social. objetos Medida de comprimento padronizados e Metro, meio metro, Reconhecer o decímetro, centímetro e não padronizados, decímetro, centímetro, milímetro como uma fração do metro a fim de utilizar as milímetro e km para perceber a importância desse medidas em fracionamento em diversas situações diversas situações diárias; de seu dia-a-dia. Identificar o Km como um múltiplo do metro, a fim de fazer a relação entre essas medidas. 426 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Medida de capacidade Litro, meio litro, Reconhecer o mililitro como uma fração mililitro do litro em atividades de transvasamento (composição e decomposição do litro), a fim de compreender a importância desse fracionamento, em diversas situações de nosso cotidiano. Medida de massa Quilo, meio quilo e Reconhecer o grama como uma fração grama do quilo em atividades de comparação de peso, a fim de entender a importância desse fracionamento, em diversas situações de nosso dia-a-dia. Medida de superfície Área e perímetro Reconhecer as noções de área, como medida de superfície e perímetro como medida de contorno, compreendendo a ideia de área como multiplicação e a de perímetro como adição, a fim de que consiga realizar o cálculo dessas medidas. Comparação de Comparar a área e o perímetro de duas perímetro e áreas de ou mais figuras reconhecendo as duas figuras relações que se estabelecem entre elas quando ampliamos, ou reduzimos essas figuras. Medida de tempo, comprimento, massa, capacidade, temperatura, velocidade e superfície Instrumentos de Reconhecer e utilizar os diversos Medidas instrumentos de medida existentes em nosso cotidiano, a fim de entender a função de cada um para realização de atividades de seu contexto. Medida de valor Cédulas e moedas Identificar cédulas e moedas de nosso sistema monetário e compreender que ter mais cédulas ou moedas não implica ter mais dinheiro, utilizando esses conhecimentos em situações de compra; Realizar a composição e decomposição 427 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL de cédulas e moedas, a fim de verificar o uso desses procedimentos em nossa vida; Resolver situações que demandem o uso de cédulas e moedas, identificando as estratégias utilizadas pelo mercado que são vantajosas ou não para os consumidores. Formas geométricas e localização espacial. Formas geométricas Classificação dos sólidos geométricos: prisma, pirâmide, esfera, cone e cilindro Vértices, faces e arestas Identificar e classificar sólidos geométricos de acordo com suas características a fim de reconhecer essas figuras no meio em que está inserido. Objetivo geral: Classificar os sólidos geométricos de Identificar formas acordo com suas faces, vértices e geométricas por arestas, a fim de estabelecer relações meio de suas com figuras de nosso dia-a-dia (prédios, características e casas, catedrais, etc.). caminhos por meio Corpos redondos, Classificar polígonos, poliedros e corpos de desenhos, poliedros e polígonos redondos quanto a sua forma e o esquemas de número de lados, para reconhecer as representação e características dessas figuras no espaço oralidade, a fim de em que vive. utilizar esses Localização espacial conhecimentos Vistas frontal, lateral e Representar as vistas lateral, frontal e para reconhecer superior superior de sólidos geométricos, objetos no espaço e reconhecendo a perspectiva de acordo se localizar no com a vista solicitada sabendo expressámeio onde vive. la por meio de desenho e oralmente. Noção de ângulo Utilizar a noção de giro (uma volta 360º, meia volta 180º, um quarto de volta 90º) para se localizar e localizar objetos no espaço. Classificação de Reconhecer as figuras planas contidas figuras planas nos sólidos geométricos em diversas quadriláteros: atividades de composição, a fim de quadrado, retângulo, identificar as características comuns losango e dessas figuras em seu dia-a-dia. paralelogramo; triângulos; pentágonos e hexágonos 428 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Círculo circunferência e Linhas e curvas: linhas abertas e fechadas Simetria de figuras Noção de paralelismo e perpendicularismo (Retas paralelas, perpendiculares e concorrentes) Localização, posição e itinerários: leitura de mapas e croquis Compreender a diferença entre círculo e circunferência, para reconhecer essas diferenças em objetos de seu cotidiano. Diferenciar linhas e curvas, para reconhecer a utilização de linhas abertas e fechadas em obras de arte, móveis e objetos do espaço. Observar e identificar a simetria de objetos de nosso meio (frutas, animais, revestimentos e outros), a fim de desenvolver habilidades espaciais e o senso estético. Desenvolver a noção de paralelismo e perpendicularismo, a fim de reconhecer essa diferença em seu meio, observando ruas, avenidas, objetos, e entender a importância desses conceitos no espaço. Identificar, interpretar, descrever e localizar pontos e lugares em mapas, plantas, desenhos e coordenadas, para se localizar e/ou localizar objetos e detalhes presentes no espaço; Representar a localização de pessoas e objetos no espaço por meio de desenhos, a fim de identificar e descrever sua posição e a posição de pessoas e objetos em seu dia-a-dia; Gráficos, tabelas e listas Objetivo geral: Identificar informações contidas em listas, gráficos e tabelas, a fim de saber Utilizar o centímetro para construir plantas baixa e maquetes, a fim de reconhecer os padrões utilizados em nosso dia-a-dia na construção de casas, prédios, etc. Gráficos de coluna e de Ler, interpretar e utilizar informações de setor, listas e tabelas gráficos, listas e tabelas encontrados em (simples e de dupla diversos meios de comunicação de entrada) nosso cotidiano; Refletir sobre os dados apresentados em diversos tipos de texto buscando informações relevantes para solucionar situações problema, a fim de representar 429 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL representar essas informações em seu dia-a-dia e realizar a leitura dessas informações presentes em diversos textos presentes em seu contexto social. e entender essas em seu contexto diário; Construir tabelas simples e de dupla entrada, gráficos de coluna, barra, setor e listas, a fim de organizar informações e dados de seu cotidiano. 430 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL MATEMÁTICA – 5º ANO EIXOS: NÚMEROS E OPERAÇÕES, GRANDEZAS E MEDIDAS, GEOMETRIA, TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Conteúdos Conteúdos Específicos Objetivos Específicos Estruturantes História dos números Reconhecer os símbolos dos diversos (hindus, romanos, sistemas de numeração, a fim de maias, arábicos e perceber como os homens outros) representavam quantidades e a importância dessas representações ao longo do tempo. Composição e Compor e decompor obedecendo a de ordem de nosso sistema de numeração, Construção do decomposição números naturais a fim de adquirir estratégias que conceito de facilitem o cálculo e a resolução de números e as problemas. operações Leitura e escrita de Realizar a leitura e escrita de números números nas suas diversas formas de Objetivo geral: representação para identificá-las e Compreender a utilizá-las em seu dia-a-dia. construção Agrupamentos Explorar as diversas formas de histórica do relacionados à tabuada agrupamentos relacionados à tabuada, a número como uma necessidade e a ideia comutativa e fim de perceber as regularidades da numéricas que a compõe e facilitar humana, a fim de distributiva multiplicação assim suas estratégias de cálculo. saber como os homens Agrupamentos e Compreender o significado de milhão, controlavam seus trocas: formação de milhar, centena, dezena e unidade, por objetos em um dezenas, centenas, meio das trocas, a fim de estimular o determinado milhar e milhão cálculo mental e a compreensão da momento e como organização do sistema decimal. representamos e Valor posicional - Reconhecer os conceitos de valor utilizamos os ordens e classes, valor posicional, valor relativo e valor números nos dias absoluto e valor absoluto, para compreender o valor dos atuais. relativo algarismos nos números presentes em seu meio e utilizá-los de maneira correta. Representação e Localizar e registrar os números na reta localização de numérica, observando propriedades e números naturais na regularidades matemáticas que o reta numérica auxiliem a realizar diversos cálculos. Cálculo mental e Realizar o cálculo mental e as 431 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL estimativas Antecessor, sucessor, igualdade, desigualdade, pares e ímpares, ordem crescente e decrescente Números ordinais Operações de Adição (ideia de juntar e acrescentar) e Subtração (ideia de retirar, completar e comparar) Operações de Multiplicação com um e com dois algarismos no multiplicador (ideia de adição de parcelas iguais, o raciocínio combinatório e a noção de dobro) Operações de Divisão exata e não exata com um e com dois algarismos no divisor (ideia repartitiva, de medida e a noção de metade) Nomenclatura estimativas para efetuar operações e identificar estratégias mais adequadas para resolução de problemas. Identificar os conceitos de antecessor, sucessor, igualdade, desigualdade, números pares e números ímpares, a fim de compreender as regularidades de nosso sistema de numeração decimal. Reconhecer os números ordinais, a fim de utilizá-los em seu meio social. Calcular o resultado de adições e subtrações por meio de cálculo mental, estimativas, decomposição, arredondamento e do algoritmo usual, a fim de ampliar suas estratégias de cálculo. Resolver problemas que envolvam as ideias de transformação, comparação e composição, a fim de ampliar suas estratégias de resolução. Calcular o resultado de uma multiplicação por meio da decomposição e do algoritmo usual, a fim de desenvolver estratégias pessoais e reconhecer de diferentes procedimentos para obter resultados matemáticos. Calcular o quociente de uma divisão por meio de estimativas, da ideia subtrativa, do uso de agrupamentos e do seu algoritmo usual, a fim de perceber os diversos métodos de cálculo de uma divisão. Resolver problemas que envolvam as ideias de raciocínio combinatório, configuração retangular, proporcionalidade, comparação, ideia repartitiva, e de medida, a fim de ampliar suas estratégias ou resolução. das Identificar a nomenclatura das 432 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL operações operações, a fim de empregar corretamente a linguagem matemática. Compreender a utilização das operações inversas como estratégia de verificação de resultados. Construir a tabuada na malha quadriculada reconhecendo na configuração retangular os agrupamentos que o compõe. Operações inversas Tabuada do 1 ao 10 Cálculo de metade (½), dobro, terça (1/3) parte e triplo Múltiplos e divisores de um número natural Noção primo de número Conceito de fração Representação e localização de números racionais na reta numérica Utilizar situações de proporcionalidade, a fim de reconhecer as noções de dobro, triplo, metade e terça parte, presentes na tabuada. Compreender o conceito de metade, terça parte, dobro e triplo, a fim de utilizar diferentes estratégias de cálculo. Compreender o conceito de múltiplos e divisores dos números naturais, a fim de ampliar suas estratégias de cálculo. Compreender o conceito de número primo, a fim de identificar seus divisores e ampliar assim suas estratégias de cálculo. Identificar diferentes significados dos números racionais (parte/todo, quociente, probabilidade, operador multiplicativo, número, medida e razão), a fim de utilizar em diferentes situações do cotidiano. Representar e localizar os números racionais na reta numérica reconhecendo em atividades cotidianas. Identificar frações equivalentes, a fim de reconhecer que frações diferentes podem representar a mesma parte de um todo em situações do cotidiano (medidas, receitas, etc.). Relações entre frações Comparar frações reconhecendo os do inteiro: parte conceitos maior, menor e igual, a fim de menor, parte maior, estabelecer relações de uso dos números partes iguais racionais em seu cotidiano. 433 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Registro de frações do inteiro e maiores que o inteiro Número misto Realizar a leitura e escrita dos números racionais, reconhecendo suas diversas maneiras de representação. Reconhecer o conceito e aplicabilidade do número misto, a fim de identificá-lo em situações cotidianas como receita, medidas, etc. Adição e subtração de Calcular situações problema que frações homogêneas envolvam subtrações de frações com mesmo denominador utilizando materiais concretos, para reconhecer a aplicabilidade dessas operações em situações de seu dia-a-dia. Números decimais Utilizar os números fracionários e medidas para compreender os números decimais como uma maneira de representação desses números em seu dia-a-dia. Representações de Conhecer as diversas formas de escrita números Racionais de um número racional (fração, número decimal, porcentagem) e identificar essas formas em seu meio social; Extensão do S.N.D. números decimais e uso da vírgula Estabelecer a relação entre as diferentes formas de escrita de um número racional, a fim de estabelecer a igualdade de valores (50% = ½ = 0,5) presentes em seu cotidiano. Compreender os números decimais do sistema de numeração (valor posicional: ordens, classes), a fim de perceber que esses números desse sistema. Representar os números racionais por meio da sua escrita decimal, a fim de perceber em seu meio social a importância dessa representação. Leitura, escrita, comparação e ordenação de Números para a compreensão das características do SDN (valor posicional, função da vírgula e representação dos números com vírgula) As quatro operações Resolver 434 situações problemas que PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL com números decimais envolvam as quatro operações com números decimais, a fim de aplicar esses conceitos em situações de compra e venda. Representação de Representar e localizar os números números decimais na decimais na reta numérica reta numérica reconhecendo em atividades cotidianas. Medidas de Medida de tempo tempo/ massa/ Calendário: ano, Identificar e relacionar milênio, século, comprimento/ década, século e década e ano, a fim de se localizar capacidade/ milênio temporalmente em diversas situações valor que envolvam a leitura desses dados. Hora inteira, meia hora Ler e registrar horas em relógio de Objetivo geral: minutos e segundos ponteiro e relógio digital, bem como Reconhecer as resolver situações problemas medidas e realizar significativas envolvendo o intervalo de estimativas e tempo e fracionamento de tempo, a fim medições com de reconhecer as horas em diversas objetos situações e compreender o uso social padronizados e desse instrumento. não padronizados, Medida de capacidade a fim de utilizar as Litro, meio litro, Reconhecer o mililitro como uma fração medidas em mililitro do litro em atividades de diversas situações transvasamento (composição e de seu dia-a-dia. decomposição do litro), para compreender a importância desse fracionamento em diversas atividades diárias. Medida de comprimento Metro, meio metro, Reconhecer o decímetro, centímetro e decímetro, centímetro, milímetro como uma fração do metro e milímetro e km. em atividades de medição, percebendo a importância desse fracionamento, em diversas atividades de seu dia-a-dia. Identificar o Km como um múltiplo do metro, a fim de fazer a relação entre essas medidas. Medida de massa Quilo, meio quilo e Reconhecer o grama como uma fração grama do quilo em atividades de comparação de peso, para entender a importância desse fracionamento, em diversas 435 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL atividades do cotidiano. Medida de superfície Área e perímetro Reconhecer as noções de área e perímetro de uma superfície, compreendendo a ideia de área como multiplicação e a de perímetro como adição, a fim de realizar o cálculo dessas medidas. Comparação de Comparar a área e o perímetro de duas perímetro e áreas de ou mais figuras reconhecendo as duas figuras relações que se estabelecem entre elas quando ampliamos ou reduzimos essas figuras. Medida de tempo, comprimento, massa, capacidade, temperatura, velocidade e superfície Instrumentos de Reconhecer e utilizar os diversos Medidas instrumentos de medidas existentes em nosso cotidiano, a fim de entender a função de cada um para realização de atividades de seu contexto. Medida de volume Metro (m3) e noção de Estimar o volume por meio da volume utilização e construção de caixas variadas e do metro cúbico (m3), a fim de compreender que o volume se refere ao espaço ocupado por um corpo e não a capacidade que esse corpo possui; Reconhecer as medidas de volume e capacidade como grandezas distintas em seu dia-a-dia. Medida de superfície e volume Utilização de medidas Construir o metro quadrado e o metro padronizadas: metro cúbico para realizar medições e quadrado (m2) e (m3) compreender como é feito o cálculo real da área de uma construção e o cálculo real do volume ocupado por objetos no espaço, a fim reconhecer o uso social dessas medidas em nosso dia-a-dia. Medidas culturais: Identificar as medidas culturais tonelada, are e hectare, existentes em nosso cotidiano, a fim de alqueire, arroba, fardo, perceber a utilidade dessas medidas no 436 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL saca, polegada meio rural (are, hectare, arroba, fardo, saca) e no meio industrial (polegada televisão). Medida de valor Cédulas e moedas Formas geométricas e localização espacial. Objetivo geral: Identificar formas geométricas por meio de suas características e caminhos por meio de desenhos, esquemas de representação e oralidade, a fim de utilizar esses conhecimentos para reconhecer objetos no espaço e se localizar no meio em que vive. Resolver situações que demandem o uso de cédulas, reconhecendo diferentes estratégias utilizadas pelo mercado que são vantajosas ou não para os consumidores. Formas geométricas Vértices, faces e arestas Classificar os sólidos geométricos de acordo com suas faces, vértices e arestas, a fim de estabelecer relações com figuras de nosso cotidiano (prédios, casas, catedrais, etc.). Classificação de Identificar figuras planas contidas nos figuras planas sólidos geométricos em diversas quadriláteros: atividades e composição, a fim de quadrado, retângulo, identificar as principais características losango e dessas figuras em seu dia-a-dia. paralelogramo; triângulos; pentágonos e hexágonos segundo o número de lados e ângulos Ponto, reta e segmento Reconhecer as diferenças entre ponto, de reta reta e segmento de reta, a fim de observar a necessidade do uso desses elementos em obras de arte, móveis e objetos do espaço. Localização espacial Vistas frontal, lateral e superior Corpos redondos, poliedros e polígonos Representar as vistas lateral, frontal e superior de sólidos geométricos, objetos e ambientes reconhecendo a perspectiva de acordo com a vista solicitada sabendo expressá-la por meio de desenho e oralmente. Classificar polígonos, poliedros e corpos redondos quanto à sua forma e o número de lados, a fim de ser capaz de reconhecer as características dessas 437 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL figuras no espaço em que vive. Simetria de figuras Identificar a simetria de objetos de seu meio (frutas, animais, revestimentos e outros), a fim de desenvolver habilidades espaciais e o senso estético. Círculo e Compreender a diferença entre círculo e circunferência circunferência, para reconhecer essas diferenças em objetos de seu cotidiano. Ângulo Utilizar a noção de giro (uma volta 360º, 1/2 volta 180º, 1/4 de volta 90º, 1/6 de volta 60º, 1/8 de volta 45º) para se localizar e localizar objetos no espaço. Noção de paralelismo Desenvolver a noção de paralelismo e e perpendicularismo perpendicularismo, a fim de que reconheça essa diferença em seu meio, observando ruas, avenidas, objetos, a construção civil e entender a importância desses conceitos no espaço. Localização, posição e Identificar, interpretar, descrever e itinerários: Leitura de localizar pontos e lugares em mapas, mapas e croquis plantas, desenhos e coordenadas, a fim de se localizar e/ou localizar objetos e detalhes presentes no espaço; Representar a localização de pessoas, objetos no espaço por meio de desenhos, a fim de identificar e descrever sua posição, a de outras pessoas e de objetos em seu cotidiano; Gráficos, tabelas e listas Objetivo geral: Identificar informações Utilizar o centímetro para construir plantas baixas e maquetes, a fim de reconhecer padrões utilizados em nosso dia-a-dia na construção de (casas, prédios) e verificar o uso social dessa medida. Gráficos de coluna e de Ler, interpretar e utilizar informações de setor, listas e tabelas gráficos, listas e tabelas encontrados em (simples e de dupla diversos meios de comunicação de entrada) nosso dia-a-dia; Refletir sobre os dados apresentados em diversos tipos de textos buscando 438 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL contidas em listas, gráficos e tabelas, a fim de saber representar essas informações em seu dia a dia e realizar a leitura dessas informações presentes em diversos textos Conceito de veiculados presentes em seu aritmética contexto social. informações relevantes para solucionar situações problema, a fim de representar e entender essas informações em seu contexto diário; Construir tabelas simples e de dupla entrada, gráficos de coluna, barra, linha setores, tabelas e listas, a fim de organizar informações e dados de seu dia-a-dia. média Compreender e calcular a média aritmética, a fim de entender esse conceito como um indicador que exprime por meio de um número a tendência de um conjunto de dados (campeonato de futebol, pesquisas populacionais, média escolar, etc.). 439 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL REFERÊNCIAS MATEMÁTICA ALENCAR FILHO, E. 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