Publicação bimestral da Associação Nacional das Empresas de Lavanderia
ano 33 • nº 204 • maio/junho 2012
Feira Texcare
apresenta
tendências e
mostra otimismo
em Frankfurt
Bruno Caetano fala da
parceria SEBRAE-ANEL
Diretores revelam os planos
para os próximos dois anos
A Trefimet é uma empresa nacional pioneira no mercado de
lavanderia, com uma equipe técnica e comercial com
mais de 16 anos de experiência no mercado.
Com o objetivo de personalizar a necessidade de cada
projeto, estamos trabalhando no aperfeiçoamento de
processos e da qualidade, para produzir e comercializar
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3
Editorial
Conferindo as
novidades na Alemanha
Esta edição da Revista Lavanderia&Cia traz uma
matéria especial sobre a Texcare ­ Feira Internacional de
Equipamentos para Lavanderia e Tratamento de Têxteis,
considerada uma das mais importantes do calendário
mundial, organizada pela Messe Frankfurt. Fomos para
a Alemanha conferir as novidades, tendências, os des­
taques da mostra, junto com um grupo de brasileiros,
organizado pela ANEL em conjunto com a Seiva Busi­
ness Travel, repetindo a iniciativa de sucesso realizada
em eventos anteriores, como a ExpoDetergo, em Milão,
na Itália, e a Clean Show, em Las Vegas, nos Estados
Unidos.
E, para quem não pode estar conosco em Frankfurt,
além de conferir o que foi a Texcare aqui na revista,
montamos um workshop, na sede da ANEL, onde Fábio
Araújo, do Departamento Técnico da associação, que es­
teve na feira, falou sobre o que vimos na Alemanha.
Você poderá conferir também os planos da nossa di­
retoria para os próximos dois anos à frente da ANEL, já
que estamos iniciando nosso segundo mandato na presi­
dência da associação. Cada diretoria fez um resumo de
suas metas, seus objetivos, visando sempre o crescimen­
to e o fortalecimento de nosso setor como um todo.
A seção Entrevista traz o diretor superintendente do
SEBRAE, Bruno Caetano, que fala da parceria com a
ANEL para uma série de projetos, inclusive para o sub­
sídio ao Selo SQS, assunto que foi destaque da nossa
edição anterior.
Como você já sabe, nosso Congresso, em sua segunda
Paola Tucunduva
Presidente da ANEL
edição, será em setembro, no Expo Center Norte. Esta­
mos trabalhando para fazer um evento ainda melhor que
o primeiro, inclusive aproveitando as sugestões que nos
foram passadas por quem esteve no Anhembi em 2011.
Veja o que estamos preparando em matéria nesta edição!
Confira, também, as novidades do Segmento Jeans,
nossa programação de cursos, dicas de Marketing e Tra­
balhistas, assim como os artigos que selecionamos espe­
cialmente para você a cada edição!
Boa Leitura!
Foto: Divulgação
Nesta edição
Foto: Divulgação
4
Segmento Jeans
Show mostra as
30 Laundry
inovações na lavanderia jeans
Capa
10
Novidades e tendências na Texcare 2012. A ANEL esteve lá.
e mais...
5
Cartas
38
Histórias de Lavanderia
6
Acontece
40
Eventos
8
ANEL Responde
42
Dicas - Legislação Trabalhista
26
Entrevista
44
Marketing
29
Gestão
45
Tecnologia
34
Moda
46
Artigos
36
Cursos
49
Coluna do Sindilav-SP
DIRETORIA DA ANEL
Presidente: Paola Borges Barcellos Tucunduva
Vice-presidente: Márcio Linares
Diretor para Segmento Doméstico: Edson Rogério Gonçalves
Diretor para Segmento Industrial: Edson Di Nardi
Diretor do Segmento de Jeans: Marco Aurélio Britto
Diretor para Segmento Hospitalar: Antonio Carlos de Mendonça
Diretor Administrativo-Financeiro: Rui Sergio Torres
Diretor de Ciência e Tecnologia: Flávio de Lorenzo
Diretor de Marketing: Joarez Miguel Venço
Revista Lavanderia & Cia
Diretora: Paola Borges Barcellos Tucunduva
Jornalistas responsáveis
Lineu M. Dias de Lima (Mtb 15048)
Deborah Mamone (Mtb 15148)
Capa
Divulgação/Messe Frankfurt
Tiragem: 5000 exemplares
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Assinaturas: [email protected]
Publicidade: JC Pinheiro
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mente a opinião da revista e são de responsabili­
dade de seus autores.
É proibida a reprodução total ou parcial das matérias
e das fotos sem ordem expressa dos editores.
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Associação Nacional das Empresas de Lavanderia
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Cartas
Prezada Sra. Paola Tucunduva, ao cumprimentá-la por
sua recente eleição à presidência da Associação Nacional
das Empresas de Lavanderia - ANEL, tenho o prazer de
transmitir-lhe votos de sucesso nesse novo desafio.
José Carlos Larocca – Presidente do Sindicato
Intermunicipal de Lavanderias no Estado
de São Paulo - SINDILAV
Em um processo de lavanderia para hotel, qual é a recomendação de lavagem e secagem para cobertores?
M. Pereira
No processo de lavanderia geralmente utiliza-se um detergente levemente alcalino - às vezes também é usado produto a
base de quaternário de amônia para efetuar a desinfecção -,
neutralizante (se for utilizado detergente alcalino) e amaciante. A secagem pode ser feita entre 60ºC a 70ºC.
Trabalhamos com higienização de uniformes e EPI’s. Precisamos emitir laudo técnico de higienização para cada
item higienizado. O que posso discriminar neste laudo?
Como devo proceder?
Paulo Bilek – JC Filhos
Nosso diretor do Segmento Industrial, Edson Di Nardi, escla-
rece: com relação aos produtos químicos utilizados normalmente nas lavanderias criamos procedimentos e uma tabela ou
ficha técnica em que constam os produtos químicos e, assim,
basta informar ao cliente estes produtos; a caracterização dos
materiais pós lavados é necessário encaminhar para laboratório especializado que irá analisar se o material ficou totalmente isento de resíduos que possam prejudicar o usuário; - e
com relação ao último item, fizemos alguns ensaios com EPI´s
aqui em São Paulo junto ao IPT (Instituto de Pesquisa Tecnológica) que constatou que os materiais lavados por duas
vezes e enviados para teste não sofreram nenhuma alteração
em suas fibras. Portanto, não perderam as características de
segurança. Mas não se pode determinar quantas vezes se pode
lavar um EPI, pois esta variação depende das condições de
uso de cada cliente. Alguns trabalham com serviços mais pesados e agressivos e ai não se recomenda lavar muitas vezes.
5
Acontece
6
CAPA LIVRO - V2.pdf
1
06/04/12
14:19
C
Pílulas
de
inspiração
é:
Othon
Barcellos
Y
CM
MY
CY
CMY
K
Empresário ligado ao setor
de lavanderias, engenheiro
mecânico de produção, por
formação, tem uma longa
carreira. Foi um dos fundadores da ANEL-Assoc. das
Lavanderias, da Vip Lavanderia, da Rotovic Lavanderia,
da RHINO Máquinas e do
Toalheiro VIP.
Divertido, leve,
estimulante, exemplar,
instrutivo, imaginativo,
alegre, brincalhão,
filosófico, simplificado,
enigmático, estratégico,
cheio de ensinamentos,
Participou de toda a transformação do setor nos últimos
anos, das primeiras viagens
técnicas à Europa e Estados
Unidos. Atualmente está
"descobrindo" a CHINA, de
onde tem trazido máquinas,
idéias e sabedoria. Casado,
pai de 4 filhos, tem 7 netos.
para ser lido e relido.
Abra e leia qualquer
pílula em um minuto.
PÍLULAS DE INSPIRAÇÃO
M
O Mercado
2ª Equipotel Nordeste termina com
boas perspectivas de negócios
O Centro de Convenções de Pernam­
buco, em Olinda (PE), recebeu, entre os
dias 23 e 25 de maio, a segunda edição
da Equipotel Nordeste. E a expectativa
de negócios que devem ser gerados a
partir da feira é de um bilhão de reais.
A Equipotel 2012 recebeu a visita de
9.194 profissionais de diversos segmen­
tos. Atraídas pelo crescimento econômi­
co do estado do Pernambuco, 400 em­
presas estiveram presentes, sendo 23%
delas pernambucanas, o que representa
que o mercado local está investindo e
apostando nos bons negócios. De acor­
do com Eduardo Cavalcanti, presidente
da Associação Brasileira da Indústria
Hoteleira em Pernambuco (ABIH), até a
Copa de 2014 serão construídos 22 mil
leitos no Estado,
O diretor de eventos da Equipotel,
Marcelo Vital Brazil, diz que os resulta­
dos de uma feira de negócios são vistos
durante todo o ano. Entretanto, os expo­
sitores já estavam comemorando os re­
sultados antes mesmo do encerramento.
Agora, a expectativa fica para a tra­
dicional feira Equipotel de São Paulo,
com 50 anos de história, que acontecerá
de 10 a 13 de setembro, no Anhembi, na
Capital Paulista.
Othon Barcellos lança o livro “Pílulas
de Inspiração”
Reunir em um livro histórias que
ajudam a sonhar, a realizar e a vencer.
Foi com esse objetivo que chegou ao
mercado “Pílulas de Inspiração”, escrito
por Othon Barcellos, um dos fundadores
da ANEL, onde é hoje conselheiro vita­
lício. Um empresário sempre ligado ao
setor de lavanderia, participando de to­
das as transformações dos últimos anos.
No livro, Othon desenvolveu pequenas
pílulas, memórias e ensinamentos. São
diferentes assuntos, como por exemplo
“Como administrar pessoas”, Compor­
tamento, Curiosidades, História, Lavan­
deria, Perseverança, Sonho e Sucesso.
Durante o II Congresso Brasileiro de
Lavanderias, no próximo mês de setem­
bro, Othon Barcellos estará autografan­
do seu livro. Ele também fará a palestra
de abertura do evento.
“Com ampla vivência do mundo das
história v
empreen
pílulas, memórias e
mentos repletos de
e sensibilidade. Co
tos que trarão uma
inspiração a todas
e não apenas a em
ou profissionais lib
Sua extraordinária
de síntese e leveza
as diversas experiê
sabedoria popular
atuais, como as inte
histórias que ajudam a
sonhar, a realizar e a vencer
Pílulas Chinesas, mo
ótimos e divertidos
PÍLULASS
PÍLU
DE
INSPIRAÇÃO
ÃO
Paola, no dia da posse, ao lado de Pedro Luiz Paulucci, Rosana Rodrigues e Luciano Galea
A posse da nova diretoria para o biênio 2012/2014
Foi realizada no último dia 2 de maio, no auditório da sede da ANEL, em São
Paulo (SP), a posse da nova diretoria da associação para o biênio 2012/2014. Tam­
bém foram empossados os membros efetivos do Conselho Deliberativo e Conse­
lho Fiscal da ANEL. A presidente Paola Tucunduva, reeleita para mais dois anos
de mandato, comandou a cerimônia, que contou com um coquetel aos presentes.
A
través de
o Autor desenvolve
OTHON BARCELLOS
Foto: Adriana Vianna
Atividades da Diretoria
OTHON BARCELLOS
lavanderias, Dr. Othon conseguiu reunir
nesse livro histórias interessantes, dicas
que têm tudo para chamar a atenção.
Como seu amigo de longa data, fico
muito feliz em ver esse livro se tornar
realidade. O setor de lavanderia só tem
a ganhar com uma obra como essa”, ob­
serva JC Pinheiro, gerente comercial da
Revista Lavanderia&Cia.
Hospitalar recebe mais de 90 mil
visitantes
A Hospitalar 2012 ­ 19ª Feira Inter­
nacional de Produtos, Equipamentos,
Serviços e Tecnologia para Hospitais,
Laboratórios, Farmácias, Clínicas e
Consultórios – aconteceu de 22 a 25 de
maio, no Expo Center Norte, em São
Paulo (SP). Com 82 mil m² de área ocu­
pada, a mostra reuniu 1250 expositores
e contou com 92 mil visitantes profissio­
nais ­ médicos, enfermeiros, diretores
e administradores de hospitais, clínicas
e laboratórios, fabricantes de produtos
hospitalares, distribuidores e represen­
tantes, estudantes, secretarias de saúde e
demais organismos públicos e privados
atuantes na área de saúde.
A feira, anual, é voltada à apresen­
tação de produtos e desenvolvimento de
negócios na área médico­hospitalar. A
edição deste ano reuniu expositores de
vários países, além do Brasil: Alemanha,
Argentina, Austrália, Bélgica, Canadá,
China, Colômbia, Coréia do Sul, Dina­
marca, Egito, Espanha, Estados Unidos,
França, Holanda, Hungria, Índia, Ingla­
terra, Irã, Irlanda, Israel, Itália, Japão,
Malásia, México, Paquistão, Portugal,
Boa leit
O Editor
Foto: Divulgação
7
Quatar, República Tcheca, Rússia, Suí­
ça, Taiwan, Turquia e Uruguai.
A próxima edição será realizada de
21 a 24 de maio de 2013. Empresas do
setor de lavanderia, como Maltec e Ma­
mute estiveram com estande na mostra,
apresentando seus diferenciais em má­
quinas e equipamentos para esse impor­
tante setor.
ANEL Responde
8
Lençóis passam por análise de resistência
dos tecidos
D
ois lençóis na cor branca, sem indica­
ção de tamanho, fabricados no Brasil
e não apresentando danos aparentes,
foram enviados para análise de resistência
dos tecidos. No seu indicativo de compo­
sição aparecem as seguintes informações:
100% Algodão. Instrução de conservação:
“Lavar a água em temperatura máxima de
60ºC, processo normal, não alvejar/não
oxidar, secagem a baixa temperatura a
50ºC, temperatura máxima da base do fer­
ro a 150ºC; limpeza a seco profissional em
tetracloroetileno e todos os solventes lis­
tados para o símbolo F, processo normal.”
Os lençóis foram lavados em lavadora convencional de 100
e 200 kg, sistema de dosagem automático, com calibração rea­
lizada mensalmente e acabamento em calandra por volta de
82ºC. As peças são lavadas cerca de doze vezes na semana.
Recebemos cópias das fichas técnicas dos produtos utili­
zados acima e da análise de água da lavanderia. Fomos autori­
zados a realizar os testes necessários, mesmo implicando em
cortes nas peças a serem analisadas.
Assim, recebemos para análise dois lençóis sendo um sem
uso e outro com 25 ciclos de lavagem, com a solicitação de
análise de resistência.
Para essa análise, encaminhamos as peças para o laborató­
rio têxtil da Escola Têxtil SENAI “Francisco Matarazzo” para
teste de Determinação da Carga de Ruptura e Alongamento
baseado na NBR 14.727/01, método Grab-test. As peças foram
descritas como: Lençol A, sem lavar, e Lençol B, lavado 25
vezes. O Grab test é recomendado quando não há um padrão
para comparação, como nesse caso, em que o fornecedor não
apresentou a ficha técnica do tecido. Os resultados estão repre­
sentados no Quadro 1.
Desta forma, não há como identificar se o tecido já possui
um eventual vício de qualidade de produto. É importante que o
comprador do tecido tenha sempre a especificação técnica do
tecido para, se necessário, comparar e avaliar as informações
fornecidas.
tar ou diminuir com o aumento do teor de
umidade. O termo resistência à rotura (sem
indicação adicional) revela a resistência à
tração de uma amostra que antes do teste
estava exposta a um ambiente padrão.
Alongamento de rotura: é determina­
do simultaneamente com o teste de resis­
tência. Trata-se do comprimento no mo­
mento da rotura da amostra. Os valores de
alongamento de rotura de diferentes fibras
geralmente variam substancialmente - para
o algodão o valor médio é de 8%.
Desvio Padrão: é a medida de quanto varia um determi­
nado teste, para mais ou para menos, com relação à média.
O cálculo é feito multiplicando-se o desvio padrão por 100 e
dividindo-se pela resistência média.
CV: Coeficiente de Variação: é o valor do desvio padrão
expresso em porcentagem. Foi introduzido para facilitar a in­
terpretação de dois ou mais ensaios de mesma finalidade.
Dessa forma, para uma comparação, utilizaremos como re­
ferência um padrão internacional, baseado na tabela a seguir.
TABELA GENÉRICA - IFI
A
Excelente
Até 5,0%
B
Bom
De 6,0 a 10%
C
Regular
11,0 a 15%
D
Excessivo
maior que 15%
A tabela estabelece a perda da resistência à tração após 20
lavagens com tecido WFK (tecido padrão holandês, utilizado
para realização de testes de durabilidade), parâmetros do IFI
(Internacional Fabricare Institute), hoje DLI.
Na tabela TNO (Holandesa), a perda da resistência à tração
após 25 lavagens até 9% é considerada Muito Bom.
Observações:
Análise dos resultados
Força de rotura: é a força necessária para romper o fio
ou fibra ou tecido. Ela depende do tipo de material de amos­
tra e do teor de umidade. A resistência à rotura pode aumen­
O resultado do teste demonstra que houve perda de resis­
tência no urdume de – 9.38%, enquanto que, na trama, não
houve perda, mas ganho de resistência à tração de +16,29%,
Quadro 1 - ENSAIO DE RESISTÊNCIA À TRAÇÃO E AO ALONGAMENTO - NBR 14.727/01
Novo
Lavado
Resultado (%)
Ensaio
Unidade
Norma
Urdume
Trama
Urdume
Trama
Urdume
Trama
Resistência à tração
daN
NBR 14.727/01
20,89
19,27
18,93
22,41%
- 9,38%
+16,29%
13,21%
20,76%
24,58
18,52%
+ 86,07%
-10,79%
Alongamento*
%
NBR 14.727/01
9
TABELA TNO (holandesa)
Dano Mecânico +
Químico
Péssimo
Muito Ruim
Ruim
Regular
Bom
Muito Bom
Excelente
>ou =19%
17%
15%
13%
11%
9%
<ou-9%
consequentemente com baixo alongamento. A justificativa téc­
nica para o aumento da resistência na trama é o encolhimento
residual na trama do tecido pelo aumento de fios/cm.
Análise de água
O resultado da análise de água está dentro da especificação
TRSA. No entanto, o parâmetro de ferro está um pouco acima
da tolerância para essa especificação.
Análise
Água fria
Parâmetros*
pH
7,6
6.0 a 8.0
Alcalinidade (mg/L CaCO3
39,44
Até 250 mg/L
Dureza em mg/L
0
Até 100 mg/L
Cloretos
8,89
Até 250 mg/L
Teor de Sólidos Totais
12,26
Até 500 mg/L
Ferro
0,16
Até 0,1 ppm
*estudo publicado pela TRSA – Textile Rental Services Association of América no livro
Textile Laundering Technology
Conclusão
Os resultados dos testes demonstram que o lençol após
submetido a 25 ciclos de lavagem, apresentou perda de resis­
tência do urdume de -9,38% e na trama aumento de resistência
de +16,29%. Baseado na tabela genérica do IFI e pelo resulta­
do do teste, consideramos que o tecido após 25 lavagens está
dentro da classificação considerada Boa.
Esclarecemos que a avaliação efetiva da perda de resistên­
cia de um tecido deve considerar vários aspectos além do pro­
cesso de lavagem e análise de resistência, tais como, qualidade
inicial do tecido, tipo de sujidade, número de trocas, as con­
dições de uso, a contaminação acidental ou não com medica­
mentos são fatores que irão interferir de maneira significativa
no desempenho dos tecidos, pois no teste realizado acima não
houve avaliação considerando a sujidade.
A especificação dos tecidos da confecção deve atender a
norma NBR 13734 – Roupa Hospitalar Característica, para o
caso do uso de enxoval hospitalar.
Capa
Foto: Divulgação
10
Vista geral do Pavilhão da Messe Frankfurt
Texcare International mostra otimismo
do setor em Frankfurt
Feira contou com a visita de grupo de brasileiros, coordenado pela ANEL, que viu de
perto as principais novidades e tendências do mercado de lavanderia.
U
m aumento de 3% no número de
visitantes – que chegou a 15.800
pessoas nesta edição, vindos de
nada menos do que 100 países – mos­
trou mais uma vez a importância e o
crescimento da Texcare International
– Feira Internacional de Equipamentos
para Lavanderia e Tratamento de Têxteis
– www.texcare.messefrankufrt.com –,
realizada entre os dias 5 e 9 de maio, em
Frankfurt, na Alemanha. Entre eles esta­
va um grupo de 15 brasileiros, reunido
através da ANEL, que pode conferir to­
das as inovações e soluções tecnológicas
para o setor apresentadas ao longo dos
cinco dias da mostra. A Texcare é pro­
movida pela Messe Frankfurt, uma das
maiores e mais antigas organizadoras de
feiras do mundo.
Wolfgang Marzin, presidente e CEO
da Messe Frankfurt, recepcionou oficial­
mente o grupo de brasileiros. No total,
setenta empresários do país estiveram
presentes no evento. Um jantar em um
tradicional restaurante da cidade mar­
cou a presença do grupo da ANEL em
Frankfurt para a Texcare.
Nos cinco dias da feira, 264 expo­
sitores de 26 países apresentaram suas
soluções de alta tecnologia e inovações
para lavanderias e serviços têxteis. O
foco das novidades esteve voltado para
economia de energia, recursos tecnoló­
gicos e sistemas para a otimização de
processos, tais como RFID e Geren­
ciamento em Tempo Real. Já o Fórum
realizado paralelamente à Texcare, em
seus quatro dias de palestras, atraiu nada
menos do que 1.180 participantes.
Mais da metade de todos os visi­
tantes (52%) veio de fora da Alemanha
sendo que os dez principais países com
Capa
12
Foto: Divulgação
maior número de visitantes depois da
Alemanha foram Itália, Bélgica, Fran­
ça, Holanda, Suíça, Espanha, Grã-Bre­
tanha, Rússia, Dinamarca e Suécia. Em
particular, houve um grande aumento
no número de visitantes de países como
Japão, Nova Zelândia, Canadá, África
do Sul, Líbano, assim como do Bra­
sil. E os expositores, em sua grande
maioria, ficaram muito satisfeitos com
a quantidade e, especialmente, com a
qualidade desses visitantes – tanto da
Alemanha como dos demais países – e
sua capacidade de decisão para gerar
negócios..
Para Wolfgang Marzin, “os resul­
tados positivos e a boa atmosfera da
Texcare International não deixam dú­
vidas sobre os importantes contatos e
negócios gerados pela principal feira
mundial do setor. Executivos de todo o
mundo vieram a Frankfurt para realizar
negócios e buscar novos clientes”.
Segundo Friedrich Eberhard, presi­
Equipamentos de última geração
dente da Associação Alemã de Limpeza
a Seco - Deutscher Textilreinigungsver­
band – DTV - “tivemos mais visitantes
do que na edição 2008 e contamos com a
possibilidade de trocar ideias tanto com
os expositores como com quem foi até
a feira para conhecer suas novidades.
A Texcare 2012 ofereceu o que de mais
moderno existe em termos de tecnologia
em máquinas e equipamentos. Sem falar
no Forum e em sua importância para
as discussões e o desenvolvimento do
setor”.
A Texcare conta com diferentes
edições ao redor do mundo. Os próxi­
mos eventos programados são: Texcare Forum Russia, Moscou, 26 a 27
de Setembro de 2012; Texprocess, em
Frankfurt, de 10 a 13 de junho de 2013;
Texcare Asia, em Shanghai, em novem­
bro de 2013; Texprocess Americas,
em Atlanta, em abril de 2014; Texcare
Forum, em Frankfurt, de 30 de outubro
a 1º de novembro de 2014; e a Texcare
“Os resultados positivos e
a boa atmosfera da Texcare
International não deixam
dúvidas sobre os importantes
contatos e negócios gerados
pela principal feira mundial
do setor. Executivos de todo o
mundo vieram a Frankfurt para
realizar negócios e buscar novos
clientes”
Wolfgang Marzin, presidente e CEO da Messe
Frankfurt
14
Capa
“A feira foi, realmente,
muito boa, bem montada,
organizada, com grandes
estandes, especialmente dos
fabricantes alemães. E mostrou
uma Alemanha mais sólida
diante da crise internacional,
com expositores e visitantes
demonstrando novo ânimo para
os negócios”
Paola Tucunduva, presidente da ANEL
International, em Frankfurt, de 11 a 15
de junho de 2016
“A feira foi, realmente, muito boa,
bem montada, organizada, com grandes
estandes, especialmente dos fabricantes
alemães. E mostrou uma Alemanha mais
sólida diante da crise internacional, com
expositores e visitantes demonstrando
novo ânimo para os negócios. O que vi­
mos ao longo dos dias foi uma mostra
com foco no tema da sustentabilidade
– com a preocupação em produzir má­
quinas econômicas, tanto em termos de
água como de energia ­, novidades na
lavanderia industrial e uma forte con­
centração de tendências e equipamentos
para passadoria no Segmento Domésti­
co. Entre os produtos que chamaram a
atenção, com vários estandes e empre­
sas, estão as máquinas para armazena­
mento e entrega de uniformes e os pro­
cessos RFID, de rastreamento”, destaca
Paola Tucunduva, presidente da ANEL.
O que há de mais moderno no
mercado de lavanderias
Quem também esteve na feira, inte­
grando o grupo da ANEL, foi Edson Di
Nardi, diretor do Segmento Industrial.
E, de tudo o que viu na Texcare ao longo
dos cinco dias da mostra, Edson destaca
a máquina a seco de multi solventes, que
pode ser utilizada com mais de um tipo
solvente; Finisher, os chamados túneis de
secar e passar; Folders, as dobradeiras de
uniformes; e os novos sistema de Gestão
e controles de uniformes através de chips.
“A Texcare 2012 é uma feira in­
ternacional de acessórios, máquinas,
equipamentos e outros produtos; todos
ligados ao setor de lavanderia em geral,
que trouxe nesta edição o que há de mais
moderno para o mercado de lavanderias:
máquinas de última geração, tanto para
lavagem a seco como a úmido (água),
além de túneis de lavagem avançados
e com grande capacidade de produção.
Apresentou, também, túneis de passar
roupas, nos quais elas entram úmidas e
saem secas e passadas. E seus comple­
mentos, como máquinas dobradeiras de
uniformes com uma espetacular tecno­
logia”, explica Edson.
Segundo ele, outros equipamentos
também considerados de última geração
são os software e os equipamentos de
gestão, controle e conferência de unifor­
mes e enxovais que são feitos através de
chips ­ pequenos botões que são colo­
cados nas roupas e controlados através
de um sofisticado sistema de leitura por
tecnologia de RFID (Rádio Frequência),
que vem em substituição ao sistema de
leitura por código de barras. “A vanta­
gem deste sistema RFID é a praticidade,
pois ele tem a capacidade de fazer a lei­
tura das roupas ou enxovais por lotes, ao
“A vantagem deste sistema
RFID é a praticidade, pois ele
tem a capacidade de fazer a
leitura das roupas ou enxovais
por lotes, ao contrário dos
códigos de barra que são feitos
individualmente”
Edson Di Nardi, diretor do Segmento Industrial
da ANEL
contrário dos códigos de barra que são
feitos individualmente”, completa.
Reunião com associações
internacionais e várias palestras de
destaque.
Além de visitar a feira e conhecer as
novidades do setor, a presidente Paola
Tucunduva participou de uma reunião
com associações de lavanderias indus­
triais de várias partes do mundo – TRSA
­ EUA, ETSA ­ Europa, FBT ­ Bélgica,
Intex – Alemanha, entre outras. “Discu­
timos questões ligadas à sustentabilida­
de e como as associações têm contribuí­
do com as lavanderias, com pesquisas e
tendências”, explica.
A International Textile Service
Alliance­ ITSA – www.itsa­alliance.org
­, formada por países como Austrália,
Bélgica, República Tcheca, Alemanha,
Suécia, Suíça e Estados Unidos, promo­
veu o “International Meeting Connec­
ting Textile Service Associations Worl­
dwide – que contou com a participação
da ANEL. O encontro, realizado com
o objetivo de proporcionar uma troca
de ideias entre as associações, discutiu
diferentes temas de interesse dos parti­
cipantes, como sustentabilidade e ten­
dências para o segmento de lavanderia
industrial, além da possibilidade de re­
alizar, em um futuro próximo, um Con­
gresso Internacional de Lavanderias, vi­
sando compartilhar informações e tratar
do futuro do setor em nível mundial.
Paola também destaca a série de pa­
lestras realizadas no Forum promovido
paralelamente à Texcare, pela primeira
vez dividido em “dias temáticos”: Fu­
ture Day e Innovation Day – Dry clea­
ners and laundries ­ e, Sustainable Day
e Market Day – Textile services and
laundries, proferidas pelas diferentes
associações internacionais presentes à
Texcare. Robert Long, da ETSA (Eu­
ropean Textile Services Association),
por exemplo, falou sobre o mercado de
cuidados têxteis na Europa, enquanto
Joseph Ricci, da TRSA (Textile Rental
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
patuapropaganda. com.br
15
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Capa
Foto: Divulgação
16
Destaques em passadoria
Services Association of America), abor­
dou a sustentabilidade e a inovação no
mercado de cuidados têxteis nos Estados
Unidos. Maiores informações podem
ser conferidas nos sites das associações:
www.etsa-europe.org e www.trsa.org. O
Forum, organizado pela Messe, contou
com o co-patrocínio da VDMA – Ger­
man Garment and Leather Technology
Association – e DTV – Deutscher Tex­
tilreinigungs Verband -, a Associação
Alemã de Limpeza a Seco, e apoio da
INTEX – Industrieverband Textil Servi­
ce -, a associação das indústrias. .
A sustentabilidade, tema que domi­
nou a feira em Frankfurt, também foi as­
sunto para palestras, como a da empresa
Alsco. “Realmente, a preservação do
planeta, a preocupação com a fabricação
e utilização de equipamentos voltados
para economia de recursos, de água,
de energia, foram muito explorados em
Frankfurt nesta edição”, observa Paola.
Tendências e produtos
Passadoria, tapetes, uniformes,
RFID... Novidades, tendências, novos
caminhos e soluções, sempre com foco
na sustentabilidade. Empresas de dife­
rentes segmentos e países estiveram na
Texcare para apresentar seus produtos
e mostrar seus lançamentos. Uma de­
las foi a LG, tradicional fabricante de
máquinas, que passa a produzir equipa­
mentos profissionais e não apenas para
residências. Seongchan Kim, assistente
de marketing da LG Electronics, falou
sobre a “LG Commercial Laundry Sys­
tems”, que oferece solução total para la­
vanderias, sem deixar de lado a preocu­
pação com a sustentabilidade. Destaque
para o sistema “Truly Intelligent”, que
segundo a empresa é fácil e convenien­
te, seguro, além de contar com moderno
design e toque de elegância.
“A LG é líder em lavadoras domés­
ticas em mais de 30 países, incluindo o
Brasil. E, agora, estamos apresentando
nossas lavadoras comerciais, oferecendo
performance, com tecnologia inovadora,
visando economia e eficiência em água e
energia”, destaca Kim,
Quem também mostrou suas novi­
dades na feira foi a Electrolux. Wolf-M
Frank, vice-presidente senior da Elec­
trolux Professional Laundry Systems,
destacou as secadoras apresentadas pela
empresa na Texcare. Soluções de alta
performance e produtividade foram atra­
ção da Electrolux Professional na feira,
mostrando o “Lagoon Wet Cleaning
System”, o único sistema wet cleaning
17
com o aval da Woolmark Company.
Já a Ecolab, líder global em tec­
nologia e serviços para água, higiene
e energia, lançou na Texcare o “my­
-laundry.com”, solução para monitorar
performance das máquinas, consumo de
energia e das pessoas em tempo real, em
qualquer lugar do mundo. Deficiências
do dia a dia são facilmente identificadas
gerando ações de correção e resultando
em economia de energia, pessoas e ma­
terial. Outro destaque apresentado pela
empresa foi o “Flex finish 3D”, nova
tecnologia para finalizadores, otimi­
zando o processo e oferecendo maciez
e perfume. Sem falar no “PERforman­
ce 40”, que lava a 40°C com a mesma
alta qualidade e higiene de processos a
60-80°C.; e o “Aquabatch”, sistema de
filtro especialmente desenvolvido para
limpeza de túneis.
A Jensen chegou à Texcare com o
slogan “azul e branco é, também, ver­
de”, apostando na sustentabilidade para
apresentar as últimas inovações volta­
das para o aumento de produtividade e
efi­ciência ecológica, com a tecnologia
“Cleantech Technology”. O Grupo Jen­
sen conta com soluções completas para
todo o processo que envolve a lavan­
deria. Entre os destaques estão o novo
Túnel Senking Universal M e a nova
centrífuga Z 1200 Plus, que proprociona
aumento de produtividade.
Tecnologia também foi a marca da
Kannegiesser na Texcare 2012, trazendo
soluções inovadoras para o setor de la­
vanderia industrial. Máquinas cada vez
mais eficientes em consumo e produtivi­
dade, otimização de material e informa­
ções detalhadas garantem aos produtos
da empresa maior performance e econo­
mia no dia a dia das lavanderias.
Tanto a Jensen como a Kannegiesser
destacaram entre os seus produtos as do­
bradeiras de uniformes automáticas.
Quem também apresentou uma
gama de novos produtos com preocu­
pação com a eficiência no consumo de
água e energia foi a Primus. A linha FX
trouxe lavadoras extremamente eficien­
tes em economia, em seis diferentes mo­
delos, com a tecnologia Eco Wash: 15%
menos consumo de água e 20% menos
consumo de energia, resultando em 25%
menos umidade residual em compara­
ção com os modelos antigos. A empre­
sa também mostrou novas máquinas de
barreira e novas calandras, entre outros
destaques.
A espanhola Girbau, por sua vez,
mostrou na Texcare os últimos avanços
introduzidos em seus equipamentos com
ênfase em economia de energia. Desta­
que, entre outros produtos, para a nova
ED Series, da Ecodryer.
RFID, o destaque. E uniformes,
tapetes...
A tecnologia RFID está crescendo
rapidamente no setor de lavanderia e foi
18
Capa
um dos grandes destaques em termos de
inovação da Texcare 2012. Várias empre­
sas apresentaram seus sistemas de ras­
treamento por chip e todas as suas van­
tagens na automação, gerenciamento e
controle dos processos. Como o USOEK
– RFID Solutions, , da Usta Teknoloji, de
Istambul, na Turquia, com o seu RFTT
– Radio Frequency Textile Tracking. Ou
o Tagsys RFID, com seu exclusivo UHF
RFID, parceiro ideal para facilitar o dia a
dia das lavanderias. A empresa lançou na
feira um sistema completo voltado para
o RFID, incluindo tecnologias, materiais,
software e pós-venda.
Quem também esteve apresentando
seus produtos na feira foi a DataMars,
com 20 anos no mercado, pioneira e li­
der global quando o assunto é a tecno­
logia RFID, através de seu “Laundry
Chip”. Na Texcare foram mostrados os
novos microchips, de última geração.
A empresa conta, atualmente, com mil
clientes em 25 países – inclusive no
Brasil - e mais de 100 milhões de chips
em uso, oferecendo soluções integradas
para as lavanderias. A Datamars projeta,
desenvolve e produz todos os compo­
nentes de seu sistema RFID, garantindo
uma solução completa e integrada, com
completa assistência no pós-venda.
Outra forte tendência mostrada na
Texcare foram os inovadores sistemas
de armazenamento de uniformes, auto­
matizados. Empresas como a Showlab,
de Perugia, na Itália, a Ecopool, da Ale­
manha, e a Polytex Technologies, de Is­
rael, apresentaram suas novidades nessa
área. A Polytex, por exemplo, mostrou
o “Polytex Automated Textile Manege­
ment”, que proporciona uma solução
completa e automatizada para a distri­
buição, guarda e controle de uniformes,
toalhas etc. O sistema automatiza todo
o ciclo. Os itens limpos retornam da la­
vanderia diretamente para a Unidade de
Dispensa. E os funcionários utilizam o
sistema através do “ID card”, obtendo
seus itens de acordo com autorização
pré-definida. Os itens usados são arma­
zenados na unidade de retorno e recolhi­
dos pela lavanderia. Todas as operações
são registradas.
Os tapetes também foram destaque,
através da máquina para limpeza de
tapetes da Catinet, da Espanha. Há 20
anos, a empresa desenvolveu um siste­
ma revolucionário para a limpeza profis­
sional de tapetes, mais confortável, er­
gonômico e eficiente. O “Catinet Total”,
mostrado na feira, é - segundo a empresa
- a única máquina compacta no mercado
que possibilita um processo completo de
lavagem em nível profissional. São di­
ferentes tipos de máquinas, conforme a
sua utilização.
Em uma feira como a Texcare, aliás,
muitos são os produtos, as inovações.
No que diz respeito a limpeza de tubu­
lação, a empresa Zierler apresentou um
filtro que une inovação e experiência
para trazer soluções eficientes em pro­
dutos para o setor de cuidados têxteis,
sempre com a preocupação com econo­
mia de água e energia. É o “Micro Rota­
ry Filter MDF”, com filtragem contínua.
Outro produto que chamou a atenção
de quem esteve em Frankfurt foi a má­
quina de embalagem a vácuo para lavan­
derias da FBItaly, com diferentes mode­
los, como o Easy – semiautomática, prá­
tica e econômica, oferecendo ao cliente
o melhor em termos de higiene e ganho
de espaço para armazenar as peças.
CHT faz balanço positivo
A CHT tradicionalmente participa de
feiras por todo o mundo, inclusive das
dirigidas ao mercado da indústria têxtil,
onde está concentrada a maior parte dos
negócios da empresa. Assim, a empresa
esteve presente na Texcare 2012 apresen­
tando o “Sistema de Proteção Inteligen­
te” - lavagem em altas temperaturas com
baixo risco de danos aos têxteis -, “Siste­
ma de Proteção Inteligente Plus - combi­
nação de químicos e máquina geradora
de energia -, novo Amaciante à base de
microemulsão de Silicone com fragrân­
cia especial estável em altas temperatu­
ras, além do “Sistema Beiclean Control”
“Esta foi a nossa segunda
participação na Texcare e, com
certeza, estaremos presentes
nas próximas edições. Nossa
presença é considerada de
grande importância para firmar
nossa imagem como empresa
de alta tecnologia e inovadora.
Os resultados foram além de
nossas expectativas”
Ademir Lopes, da CHT Brasil Química
- desinfecção em baixas temperaturas
com produção de ácido peracético no
banho de alvejamento.
‘Esta foi a nossa segunda partici­
pação na Texcare e, com certeza, esta­
remos presentes nas próximas edições.
Nossa presença é considerada de gran­
de importância para firmar nossa ima­
gem como empresa de alta tecnologia
e inovadora. Os resultados foram além
de nossas expectativas. A visitação de
nosso estande foi constante de sábado
a quarta-feira. Tivemos a satisfação de
receber proprietários e representantes
de várias lavanderias brasileiras, princi­
palmente dos segmentos de roupa hos­
pitalar, hoteleira e uniformes industriais,
além de Paola Tucunduva, presidente da
ANEL. Pelas características de nossa
empresa, não efetivamos negócios du­
rante a feira, mas agendamos visitas e
reuniões com excelentes perspectivas”,
explica Ademir Lopes, do Departamen­
to Técnico – Lavanderia da CHT Brasil
Química.
Para Lopes, a crise européia não afe­
tou a Texcare 2012. “A feira foi muito
positiva para nós. A crise européia é pas­
sageira, não é eterna. Países e empresas
terão que se adaptar a um novo cenário
que não impedirá o continuo desenvol­
vimento de todos. Assim temos a certe­
Foto: Divulgação
19
Paola visita estande da CHT, recebida por Ademir Lopes. Na mesa, José Carlos Miranda (Startec), Alexandre Monteiro (Lav. Classe A) e Roberto Tucunduva
za de que eventos e feiras sempre serão
um ambiente de troca de informações,
conhecimento e tecnologias”, completa.
Expodetergo International lança sua
edição 2014
Durante a Texcare, quem foi a
Frankfurt, pode conhecer alguns deta­
lhes da próxima edição de outra feira de
destaque do setor, a Expodetergo Inter­
national, que será realizada em 2014 –
a mostra acontece de quatro em quatro
anos. Será a 17ª edição da feira, entre os
dias 3 e 6 de outubro, em Milão, na Itá­
lia, trazendo novidades e tendências em
produtos e acessórios para lavanderia,
passadoria e limpeza de tecidos.
Workshop na ANEL
E, no último dia 19 de junho, Fábio
Araújo, do Departamento Técnico da
ANEL, comandou um workshop, no au­
ditório da sede da associação, apresen­
tando as novidades, o que de mais im­
portante foi visto na Texcare para quem
não teve a oportunidade de ir até Frank­
furt. Também participaram do evento
Edson Di Nardi, compartilhando sua ex­
periência na feira e o que mais chamou
sua atenção, e Ricardo Salata, que veio
especialmente do Rio de Janeiro para o
workshop. Coube a Ricardo, da Comer­
cial Sarc, falar das inovações dos equi­
pamentos Milnor, Chicago e American
Dryer, além de fazer um comparativo
desta edição da Texcare com as demais e
um parênteses com a Clean Show.
Confira a opinião de quem esteve lá
“A Texcare International 2012 apresentou soluções importantíssimas voltadas à conservação de recursos, aumento
de produtividade com eficiência e siste-
mas de otimização de processos no qual
eu destaco o RFID como uma excelente
tecnologia de controle e produtividade
para as lavanderias. O desenvolvimento tecnológico e a busca por processos
sustentáveis devem ser grandes aliados
das empresas para se manter no mercado atual. Portanto, a participação na
Texcare International pode garantir as
nossas empresas este desenvolvimento,
como no caso da Renova que a cada feira traz uma melhoria para o processo,
como em 2008 com a implantação do túnel de secagem e classificação e, agora,
em 2012 as tecnologias RFID e túnel de
lavagem. A ANEL se destaca por facilitar aos seus associados conhecer uma
feira que traz o know how de expositores
de mais de 26 países, com soluções de
alta tecnologia e inovações e também o
cultivo de grandes contatos comerciais”
Catiane Venso
Renova Lavanderia Industrial
Capa
Fotos: Divulgação
20
Ricardo Salata veio especialmente para o Workshop na ANEL
“A visita à feira Texcare foi muito proveitosa. Participar de uma feira
que abrange a inovação tecnológica,
onde estão concentrados os melhores
fornecedores de produtos, os melhores
Edson Di Nardi comenta sobre o que viu na feira
maquinários, é fundamental para os
empreendedores que visam o crescimento dos negócios, consequentemente
a maximização dos lucros. A troca de
informação e conhecimentos entre os
participantes de várias partes do mundo
é muito valiosa. Segundo o nosso fornecedor de produtos, a Ecolab, os novos
produtos para limpeza das roupas estão
mais eficientes, permitindo assim menor
21
tempo gasto para a lavagem das peças,
maior durabilidade dos tecidos, redução
dos custos com produtos, otimização
dos serviços. Contudo, alguns produtos
oferecidos pela Ecolab não são comercializados aqui no Brasil, como o Turbo Usona, o Turbo Oxysan. A inovação
tecnológica que merece destaque é a
máquina de limpeza por CO2. Embora
não seja vantajoso adquirir uma máquina desta pelo fato do custo ainda ser
muito alto, o custo operacional dela é
muito baixo e, o fator principal: é ecologicamente correto. Fomos muito bem
recebidos pela nossa presidente Paola
Tucunduva e pelo Fábio Araújo, do Departamento Técnico da ANEL. Ambos
nos trouxeram várias informações sobre
o setor de lavanderia, relatos de outras
feiras e o destaque da Texcare para esse
ano de 2012 que estava ainda melhor do
que os outros anos. Paola nos apresentou o diretor Geral da Feira Texcare que
nos recepcionou calorosamente, desejando as boas vindas”.
Alexandre Monteiro e Valério Carvalho
Lavanderia Classe A
“A Texcare é uma feira que acontece
de quatro em quatro anos em Frankfurt
na Alemanha. Estive pela primeira vez
e minha impressão foi muito positiva
diante do que vi. Se compararmos com
as feiras realizadas nos Estados Unidos,
a Texcare é bem mais compacta, talvez
em função da crise européia, mas se destaca pela complexidade de equipamentos de grande porte, onde foi possível
observar a preocupação dos fabricantes em desenvolver equipamentos cada
vez mais voltados para a preservação
ambiental, onde a sustentabilidade, segurança e automação caminham lada a
lado. A automação e o gerenciamento e
controle dos processos através de RFID
também foi destaque na feira. Tivemos
oportunidade de conhecer vários fornecedores desta tecnologia como a italiana ABG SYSTEMS, que demonstrou um
sistema perfeito e completo. Outra que
destaco é a Turca USOEK que tem um
sistema menos complexo e com um custo
acessível. Também destaco as dobradeiras de uniformes automáticas apresentadas pela Kannegiesser, pela Jensen e
pela a BIKO que tem o sistema de fazer
a leitura do tipo de peça que esta sendo
introduzida e automaticamente realizar
a dobra. É bastante importante termos a
oportunidade de conhecer novas tecnologias e as tendências de outros países,
mas acredito que a importância maior
é estarmos com um grupo homogêneo,
com interesses, vivências e objetivos comuns, trocando experiências e informações, buscando e visando desenvolver
melhorias em nosso processo”.
Graça Almeida
Lavanderia Lavasecpassa
Capa
Fotos: Divulgação
22
Grupo da ANEL é recebido em Frankfurt
Brasileiros em frente ao tradicional restaurante
23
Anuncio-Texdry-MeiaPag.pdf
Jantar de confraternização
06.02.12
15:19:07
Capa
24
O que vi em Frankfurt
Foto: Divulgação
Fábio Araújo*
P
ela primeira vez tive a oportuni­
dade de conhecer uma feira inter­
nacional juntamente com o grupo
ANEL - formado por 15 pessoas (ao
todo foram 70 brasileiros em Frankfurt),
Teve uma sinergia muito agradável e di­
vertida. A presidente Paola Tucunduva,
Edson Di Nardi - diretor do Segmento
Industrial - e Edson Rogério – diretor do
Segmento Doméstico - representaram a
diretoria, além de associados e pessoas
de várias partes do Brasil como do Ama­
zonas, Minas Gerais e Bahia. No primei­
ro dia houve um jantar de confraterniza­
ção onde participaram outros brasileiros
que estavam também em Frankfurt com
o mesmo objetivo.
No primeiro dia de visita da feira,
fomos recepcionados pela Messe Frank­
furt e pelo presidente da Texcare, Wol­
fang Marzin. Foi uma recepção muito
positiva, pois já estão vendo o Brasil
com um outro olhar, com uma economia
mais sólida, sem contar a Copa que tere­
mos em 2014.
Como na edição passada, em 2008, o
foco da Texcare foi a sustentabilidade. A
programação de palestras, além de falar
da sustentabilidade, também apresentou
e abordou a expectativa do mercado de
lavanderia para os próximos anos.
Percebemos, como em todas as fei­
ras internacionais, na parte doméstica,
a presença intensa de fornecedores de
equipamentos de passadoria. Manequins
e prensas são bastante comuns nessas
mostras pelas características do mer­
cado internacional. Já está na hora do
empresário brasileiro pensar em investir
em manequins, para aumentar a produ­
tividade da lavanderia. Sem contar que,
a cada dia está difícil de encontrar um
bom profissional de passadoria.
Na área doméstica o grande lança­
mento foi a máquina de CO2 da Electro­
lux, com equipamentos de 15 e 30 kg.
Segundo a empresa, esse novo sistema
trabalha com temperaturas baixas de 10 a
20ºC, pouca energia e na lavagem é pos­
sível misturar as cores, não é necessário
separação. Também podem ser limpos
tecidos de lã, seda, couros e camurças. A
LG apresentou como lançamento equipa­
mentos para as lavanderias comerciais.
25
Na área industrial, o maior estande
era da Kannegiesser, apresentando mo­
dernização e aumento da eficiência de
processo em seus equipamentos. Ha­
via também estandes grandes como da
Jensen e Girbau, entre outros. A Jensen
apresentou a dobradora Butterfly Fox,
que possui MP, uma nova versão com
alimentação manual e o SpeedDress dis­
tribuidor de vestuário de alta tecnologia
com alta velocidade. Outras empresas
também marcaram presença como Eco­
lab, CHT, Buffa e Miele.
Havia três grandes empresas para
identificação de roupas, Tagsys, Usoek
e DataMars. O custo médio do chip está
entre 0,70 a 1 euro.
Por último realizamos uma visita em
uma lavanderia organizada pela Jensen.
Fomos acompanhados por Koen Van­
campenhoudt. A Jockel é uma lavande­
ria hospitalar de grande porte, que usa
um sistema de túnel de lavagem Jensen/
Senking, e máquinas de “flatwork” Jen­
sen (alimentadoras, calandras e dobra­
doras). Todo o equipamento da lavan­
deria era novo, segundo Koen, há um
grande incentivo do governo de que as
lavanderias troquem seus maquinários
a cada 8 ou 10 anos. Uma característica
que me chamou bastante a atenção é que
não existe uma sujidade super pesada
como estamos acostumados no Brasil.
Quando se percebe que há algum item
com uma sujidade muito elevada eles já
descartam e nem enviam para lavande­
ria. Uma outra cultura bem diferente da
realidade em que vivemos.
Enquanto realizávamos a visita, nos­
sa presidente, Paola Tucunduva, partici­
pou de uma reunião com associações de
lavanderias industriais de várias partes
do mundo onde o tema principal foi a
sustentabilidade. Paola Tucunduva ex­
plicou a nossa preocupação com o meio
ambiente e falou do selo de qualidade
SQS desenvolvido juntamente com o
Sindilav-SP. A partir dessa reunião a
ANEL passou a integrar o grupo. O link
com a ETSA já está em nossa página
na internet. Conheça esse trabalho em
www.anel.com.br
Ao final do terceiro dia de feira, a
Jensen ofereceu um happy hour em seu
estande, ocasião em que todos puderam
relaxar um pouco. Foi um momento bem
descontraído.
Pessoalmente e profissionalmente
foi uma experiência muito valiosa, fi­
quei impressionado com o profissiona­
lismo dos alemães, pois eles são muito
focados em objetivos. Devemos nos ins­
pirar neles.
* Fábio Araújo / Departamento Técnico da ANEL.
26
Entrevista
Bruno Caetano, diretor superintendente do SEBRAE.
“O SEBRAE-SP, por meio de seu Programa
Sebraetec, oferece às micro e pequenas empresas
consultorias específicas com o objetivo de
promover a adequação de processos e melhorar a
competitividade e sustentabilidade das empresas”.
Diferentes projetos, oportunidades, apoio aos negócios dos micro e pequenos empresários. O SEBRAE –
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – oferece diversas oportunidades de orientação
aos micro e pequenos empresários. E, agora, o SEBRAE e a ANEL vêm, cada vez mais, estreitando uma
parceria visando levar todas essas oportunidades para o setor de lavanderia. Nesta entrevista, o diretor
superintendente do SEBRAE, Bruno Caetano, fala desse aproximação com a ANEL e de alguns projetos que
estarão sendo desenvolvidos em conjunto, colocando o SEBRAE à disposição dos empresários do setor de
lavanderia.
27
Lavanderia&Cia - O SEBRAE e a
ANEL estarão realizando uma série de
ações/atividades em conjunto ao longo de 2012. Qual a importância dessa
parceria para o crescimento / desenvolvimento do setor de lavanderia no
país?
Bruno Caetano - A parceria entre
SEBRAE­SP e ANEL dará às empresas
do setor de lavanderia a oportunidade de
melhorar a gestão e a competitividade
dos negócios. De acordo com dados da
Fecomercio e do Sindilav, 80% das la­
vanderias são empresas de pequeno por­
te e faz parte da missão do SEBRAE­SP
disponibilizar a esses empresários so­
luções em gestão, inovação e sustenta­
bilidade, de modo a contribuir para seu
fortalecimento no mercado. A parceria
vai, portanto, ajudar muito os empresá­
rios do setor e também contribuirá para
que o SEBRAE cumpra a sua missão de
melhorar a competitividade das micro e
pequenas empresas.
Lavanderia&Cia - Desde 2010, o
SEBRAE e a ANEL têm colocado em
prática a parceria. O que muda, agora,
com essa aproximação ainda maior?
Bruno Caetano - Passamos a estar
mais perto e a conhecer mais profunda­
mente as necessidades das empresas do
setor de lavanderia. E com isso, vamos
ofertar produtos e soluções que real­
mente farão diferença para o empresá­
rio. A parceria começa com a realização
do diagnóstico empresarial, para que o
SEBRAE entenda o estágio de cada uma
das empresas participantes do programa.
Na sequência, o SEBRAE vai ofertar
soluções nas áreas de gestão, operação,
inovação e sustentabilidade, compatí­
veis com o grau de maturidade dessas
empresas.
Lavanderia&Cia - Um dos destaques dessa parceria é o subsídio ao SQS
- Selo de Qualidade e Sustentabilidade
da ANEL/Sindilav, que o SEBRAE está
disponibilizando às lavanderias. Fale,
por favor, sobre os benefícios dessa iniciativa para o setor.
Bruno Caetano - Um grande benefí­
cio que a parceria oferecerá aos empre­
sários do setor é a melhoria dos proces­
sos e a possibilidade de as lavanderias
envolvidas implantarem boas práticas
ambientais. Além disso, a partir de con­
sultorias do Programa Sebraetec, que
serão subsidiadas pelo SEBRAE­SP, os
empresários poderão ajustar processos
tecnológicos que também permitirão
melhoria em seus resultados. Esse con­
junto de ações e o consequente aumen­
to da competitividade das empresas do
segmento darão às lavanderias mais uma
vantagem em sua corrida pela certifica­
ção.
Lavanderia&Cia - O SEBRAE conta com um programa especialmente
voltado para as empresas que buscam
certificação, com consultores especializados? Detalhe um pouco isso.
Bruno Caetano - O SEBRAE­SP,
por meio de seu Programa Sebraetec,
oferece às micro e pequenas empresas
consultorias específicas com o objetivo
de promover a adequação de processos
e melhorar a competitividade e susten­
tabilidade das empresas. O Sebraetec
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28
Entrevista
será grande aliado das empresas do seg­
mento de lavanderia, já que as certifica­
ções exigem das empresas mapeamento,
planejamento e implantação de medidas
corretivas. Sabemos que essas adequa­
ções são caras, ficando muitas vezes
fora do alcance das pequenas empresas.
O Sebraetec vai colocar ao alcance da
pequena empresa todas essas soluções,
uma vez que 80% do custo é totalmente
subsidiado pelo SEBRAE.
Lavanderia&Cia - Outro destaque
diz respeito ao programa visando a
Copa do Mundo, o SEBRAE 2014. Explique, por favor, um pouco sobre ele e
como poderá ser aplicado no setor de
lavanderia como um todo, já que um
evento como esse trará inúmeras possibilidades de negócios, de crescimento
para o setor.
Bruno Caetano - O Programa SE­
BRAE 2014 busca auxiliar micro e
pequenas empresas a aproveitarem as
oportunidades que já estão surgindo por
ocasião dos grandes eventos esportivos
que serão realizados no País nos pró­
ximos anos. Em 2011, o SEBRAE, em
parceria com a Fundação Getúlio Vargas
(FGV), mapeou quase 930 oportuni­
dades nas 12 cidades sede da Copa do
Mundo 2014 e os requisitos que as em­
presas precisam possuir para conseguir
comercializar produtos e serviços com
foco nessas oportunidades. Com base
no estudo foram priorizados nove seto­
res com mais possibilidades de geração
de negócios no País: turismo; produção
associada ao turismo; comércio varejis­
ta; serviços; construção civil; madeira e
móveis; agronegócios; tecnologia da in­
formação; e têxtil e vestuário. As lavan­
derias se encaixam no setor de serviços
e, com o aumento do turismo por conta
dos eventos, as empresas deste segmen­
to que estiverem preparadas poderão
aproveitar as oportunidades oferecendo
serviços diferenciados e com maior qua­
lidade. No dia 13 de agosto, a partir das
9 horas, o SEBRAE-SP e a ANEL irão
realizar um café da manhã, na sede da
ANEL, justamente com o objetivo de
apresentar as oportunidades da Copa
2014 para as empresas do segmento.
Lavanderia&Cia - Quais outros
programas/iniciativas o SEBRAE gostaria de destacar visando a parceria
com a ANEL e o setor de lavanderia?
Bruno Caetano - O SEBRAE-SP
possui diversas soluções, cursos, consul­
torias, palestras, oficinas e publicações
para atender às lavanderias e ajudar a
identificar suas necessidades e possibi­
lidades de melhoria. Além disso, temos
também premiações, como o Prêmio
MPE Brasil - Prêmio de Competitivida­
de para as Micros e Pequenas Empresas
e o Prêmio Mulher de Negócios, que re­
conhecem histórias de empreendedores
que fizeram a diferença em seu negócio
e podem ser exemplos para outros. As
empresas de lavanderia que tiverem o
interesse em acessar um desses produtos
ou participar de um dos prêmios podem
obter mais informações no escritório
do SEBRAE-SP mais próximo, consul­
tando no portal www.sebraesp.com.br
ou ligando gratuitamente para 0800 57
0800.
Lavanderia&Cia - Qual o objetivo do projeto denominado Lavanderia
Modelo? Como pretende ser implantado?
Bruno Caetano - O objetivo da la­
vanderia modelo é apresentar aos em­
presários do segmento as melhores
práticas, exposição, layout, processos e
equipamentos do negócio. É uma forma
de o empresário visualizar fisicamen­
te um modelo de lavanderia e perceber
quais os ajustes e melhorias que ele pre­
cisa implantar no seu empreendimento.
A implantação desse modelo requer
negociações com parceiros e fornece­
dores que cederão os equipamentos e a
estrutura para a montagem da lavande­
ria. Assim, nossa expectativa é que essa
implantação aconteça em 2013, 2014.
Lavanderia&Cia - E o Comece Certo, que já está em andamento?
Bruno Caetano - A cartilha Come­
ce Certo para lavanderias foi revisada e
está em fase de editoração para que es­
teja disponível em setembro deste ano,
por ocasião do II Congresso Brasileiro
de Lavanderias.
Lavanderia&Cia - Além do envolvimento, em um primeiro momento, do
SEBRAE-SP, o objetivo é tornar essa
parceria cada vez mais nacional, já que
a ANEL atua em todo o país?
Bruno Caetano - Estamos priori­
zando neste momento o atendimento
estadual das lavanderias, utilizando e
oferecendo nossos canais de atendimen­
tos presenciais e online. Numa próxima
fase, esse projeto em São Paulo pode ser
absorvido pelo SEBRAE Nacional e ser
ofertado em todo o país.
Lavanderia&Cia - Seguindo essa
maior aproximação com a ANEL, o
SEBRAE estará presente no II Congresso Brasileiro de Lavanderias, marcado para setembro? De que forma?
Bruno Caetano - O SEBRAE-SP
patrocinará o II Congresso Brasileiro
de Lavanderias e participará também do
painel de Sustentabilidade, com apre­
sentação de cases e palestras de marke­
ting. Teremos também um estande para
atendimento dos empresários.
Lavanderia&Cia - Os consultores
do SEBRAE contam com diferentes
ferramentas para o apoio aos micro e
pequenos empresários. E um deles é o
chamado Diagnóstico NaN - Negócio
a Negócio, que possibilita um mapeamento das necessidades do empreendedor. Qual a importância desse diagnóstico e de outras ferramentas como essa
para a viabilização do negócio?
Bruno Caetano - Essas ferramentas
de diagnósticos, como o Negócio a Ne­
gócio e a Matriz de Competitividade, são
importantes porque fazem com que o em­
presário reflita sobre seus processos. Nes­
sa reflexão ele percebe o tipo de gestão
que está implantada e encontra as razões
caso a empresa não esteja gerando os re­
sultados esperados. Após o diagnóstico
é importante a elaboração do plano de
ação que irá priorizar as áreas que mais
necessitam de atuação e implantação de
ferramentas com o foco nos resultados.
É muito importante que conste nesse pla­
no os prazos e os responsáveis para cada
ação, para que realmente as mudanças
planejadas aconteçam.
Lavanderia&Cia - Os empresários
de lavanderia podem, então, contar
com o SEBRAE como um importante
canal para ajudar no dia a dia dos seus
negócios?
Bruno Caetano - Sim, o SEBRAE­
-SP está presente em diversos pontos do
Estado de São Paulo. Temos 33 escritó­
rios, além de Pontos de Atendimentos e
Postos de Atendimento ao Empreende­
dor, onde os empresários de lavanderias,
independente das ações da parceria, po­
dem buscar soluções para as necessida­
des de gestão de suas empresas. Contem
conosco!
Gestão
Conheça os projetos da diretoria
para os próximos dois anos
Segmentos Doméstico, Industrial, Jeans, Hospitalar/Hoteleiro, Administrativo/
Financeiro, Ciência e Tecnologia e Marketing fazem um resumo das metas para este
novo mandato.
A
ANEL acaba de realizar eleições
para o biênio 2012/2014, que
apontaram a reeleição da presiden­
te Paola Tucunduva. Agora, ela – ao lado
do vice-presidente Márcio Linares e dos
diretores eleitos – estará colocando em
prática as metas apresentadas quando da
campanha eleitoral. Aqui, os diretores
apresentam um pequeno resumo do que
serão as atividades nos próximos dois
anos.
O Segmento Doméstico, mais uma
vez sob o comando de Edson Rogério
Gonçalves, buscará a Otimização do
novo Clube de Parcerias, lançado recen­
temente, garantindo mais benefícios para
os associados e para o fornecedores; es­
tará voltado para a questão da sustenta­
bilidade, estudando soluções alternativas
para embalagens, com a substituição do
plástico por material com menos impac­
to ambiental; padronização de nomen­
clatura para problemas que ocorrem nas
roupas; desenvolvimento de um projeto
piloto para a melhoria contínua de pro­
dução com base no Sistema Toyota de
Produção; divulgação das vantagens e
desvantagens dos diferentes sistemas de
limpeza a seco.; atuação e participação
junto a ABIT para a revisão dos proces­
sos de conservação de roupa (etiqueta).
Já o Segmento Industrial, que con­
tinuará sendo dirigido por Edson Di
Nardi, manterá as reuniões mensais com
os associados do Segmento Industrial
com o objetivo de proporcionar mais
informações da área e integração - obje­
tivo, também, é estender essas reuniões
para os demais segmentos; divulgação
e conscientização da Lei dos Uniforme
- obrigatoriedade das indústrias enca­
minharem os uniformes de seus cola­
boradores para lavagem em lavanderias
industriais; formação de custo e valores
de mercado para lavanderias da área In­
dustrial; desenvolver fornecedores para
a área de etiqueta; buscar participação
em feiras para procurar inovações tec­
nológicas para a área.
Marco Aurélio Britto também estará
mais dois anos na diretoria da ANEL, à
frente do Segmento Jeans. E traz como
metas a realização de três workshops
anuais com as novidades do mundo do
jeans; convidar palestrantes internacio­
nais para congresso e workshops; trazer
do exterior informações sobre tecnolo­
gias de redução de água no processo de
lavanderia; incrementos de matérias na
Revista Lavanderia&Cia sobre novas
tecnologias e informações para o seg­
mento; viagem para a Magic - Feira de
jeans em Los Angeles (EUA); incremen­
tar novos projetos solicitados por asso­
ciados; dar continuidade ao projeto que
está sendo desenvolvido junto a ABIT
para conseguir financiamentos para la­
vanderias investirem em tecnologia.
O Segmento Hospitalar/Hotelei­
ro passa a ser comandado por Antonio
Carlos de Mendonça, buscando desen­
volver um manual de procedimentos
de lavagem e higienização de roupas
hospitalares; fazer homologação de for­
necedores de roupas hospitalares - criar
referências positivas de fornecedores;
formação de custo e valores de merca­
do para lavanderias da área hospitalar e
hoteleira; buscar novidades no mercado
para os associados como novos méto­
dos de produção; buscar soluções, den­
tro das novas normas e leis referentes à
gestão de logística, transporte de roupas
hospitalares; conscientizar que o trans­
porte eficiente desse tipo de material é
um benefício para a saúde pública; bus­
car soluções, dentro das normas e leis
da CLT para regularizar jornadas de tra­
balho para colaboradores que atuam em
lavanderias do segmento de hotelaria;
conscientizar que é uma necessidade do
segmento. Já para o II Congresso Brasi­
leiro de Lavanderias, da ANEL, oferecer
palestras com a temática de como admi­
nistrar enxovais, embalagens de roupas
hospitalares, como também, apresenta­
ção do LAPs Cirúrgico.
Rui Sérgio Torres, que mais uma vez
estará à frente da Diretoria Administra­
tiva/Financeira, terá uma equipe mul­
tidisciplinar, com o objetivo de que um
componente da equipe possa substituir
o outro, em caso de ausência, férias ou
mesmo saída; racionalização das des­
pesas administrativas; substituição dos
equipamentos de informática visando
aumentar a produtividade; atualização do
banco de dados da associação; otimiza­
ção do setor de pagamentos e cobrança.
Flávio de Lorenzo assume a Dire­
toria de Ciência e Tecnologia visando a
introdução da metodologia da Qualida­
de, Meio Ambiente, Saúde Ocupacional
e Segurança do Trabalho; apresentar a
metodologia aos associados para a me­
lhoria contínua da produção, sempre
com vista na responsabilidade socio­
ambiental; Introdução da Metodologia
5S de organização, limpeza e disciplina.
Essa metodologia será um apoio para os
processos de trabalho das empresas dos
associados. Com as metodologias cita­
das acima e com a habilitação do selo
SQS, os associados terão referências
para verificar as não conformidades dos
processos de trabalho e, com isso, bus­
car a melhoria contínua.
A Diretoria de Marketing está a cargo
de Joarez Miguel Venço, que trabalhará
para realizar o cadastro Nacional de La­
vanderias em todos os Estados; projeto
de Rede de Compras (Compra Coletiva)
para redução de custos de lavanderias;
parceria com Sindicatos Patronais dos
Estados com atuação conjunta.
29
Segmento Jeans
30
No 6º Laundry Show, Grupo GB mostra
inovações na lavanderia para o jeans.
O
6º Laundry Show (www.laundryshow.com.br), evento
desenvolver jeans sem lavação com água. “Em um primeiro
promovido pelo Grupo GB, voltado para os seus clien­
momento, essas peças não eram comerciais. Vendemos apenas
tes, foi realizado no último dia 31 de maio, em São Pau­
300 calças. Ao modificar o ponto de venda, comunicando o
lo (SP), no Shopping Fashion Brás. Ele apresenta as principais
confirmações e inovações do mercado de lavanderia para o
jeans. Convidado especial, Lenny Sitbon, que já integrou o
time da Japan Rags, conceituada marca francesa, falou essen­
cialmente da importância da sustentabilidade.
público, passamos a vender 32 mil peças”, finalizou.
Logo após, o Grupo GB apresentou o seu já famoso desfile
técnico, divido em 6 temas:
Vintage: efeitos como pontos de luz com novas localiza­
ções, puídos no laser e reservas de tinta;
“O denim é o artigo de moda mais poluente do planeta”,
Ice: claros com vida e brilho que agora podem ser reali­
revela Lenny, que apresenta algumas questões para diminuir
zados até em artigos com elastano sem danificá-los durante o
radicalmente este efeito: trabalhar com consciência ecológica,
processo;
pesquisar e comunicar (em sua arte visual, como tags), que é
uma empresa ecologicamente correta.
Zero química: novidade no Brasil, o Grupo desenvolveu
peças que não utilizaram produtos químicos na lavação;
Ele também abordou sobre a extinção dos processos de jato
Brilhos: peças bem acabadas e com efeitos que valorizam
de areia na Europa, que foram proibidos por serem nocivos à
o brilho. Além disso, patches em paetê e glitter para agregar
saúde dos funcionários. E deu como opção o uso do ozônio,
mais glamour;
que pode economizar 60% de água e energia.
Holográfico: estampas aplicadas a laser sobre as bases.
Fotos: Divulgação
Lenny Sitbon
também
Na passarela, inovações.
Pode ser qualquer tipo: animal print, étnica, geométrica...;
comen­
Zero água: apresentada no último Laundry Show, a propos­
tou sobre sua ex­
ta traz peças ainda mais naturais com efeitos conquistados sem
periência com a
o uso de água. A Marca Japan Rags possui patente do processo
Japan Rags, pri­
Zero Água, e no Brasil tem acordo com o Grupo GB permitin­
meira
do que este processo seja utilizado para os clientes do grupo.
marca
a
Clientes acompanham desfile com atenção.
Lenny Sitbon, convidado especial.
31
Fashion Rio: Délavé faz
sucesso nos tops da estação.
Por: Vanessa de Castro / Fotos: Equipe Guia Jeanswear
Passeando pelas feiras que aconteceram no Rio de Janeiro no mês de maio Fashion Business e Rio-à-Porter, observa-se que o délavé vai ganhar destaque nos
tops para as coleções femininas de Verão 2013. Ele estará presente em coletes, ca­
misas e vestidos em lavagens limpas. Os tons marítimos como o verde claro também
irão fazer sucesso. O
denim bruto e mais
leve e estampas
como xadrezes, lis­
trados, poás e florais
continuam sendo ten­
dência. Olhar atento
também às modela­
gens, que ganham
variações de shapes:
dos mais ajustados
aos mais amplos, os
últimos ainda no es­
tilo boyfriend. Confi­
ra as imagens.
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Segmento Jeans
32
Nova unidade aumenta capacidade
produtiva do Grupo GB
O
Fotos: Divulgação
Grupo GB adquiriu mais uma uni­
dade de lavanderia, a GB-Toledo,
localizada estrategicamente a pou­
co mais de 100 km do maior polo de
jeans do Brasil, o Brás, em São Paulo
(SP). A unidade GB Toledo conta com
maquinário ultra moderno, de última
geração, como Laser, Ozônio, Antartic
Batik e 3D, entre outros. A empresa está
regularizada dentro de todas as normas
exigidas pelos órgãos ambientais.
Marcas importantes como Grupo
Zune Jeans, Union Bay, Edwin e Sawary
fazem parte da gama de clientes. Como
já é padrão entre as empresas do grupo,
a unidade possui um núcleo de design
que é responsável pelo desenvolvimen­
to do produto e por busca de inovações
para os clientes.
“Os clientes do Grupo GB cresce­
ram muito nos últimos anos. Nosso cres­
cimento se deve exclusivamente ao cres­
cimento dos nossos clientes. Tivemos de
investir em novas unidades, maquinários
e em pessoas para atender a demanda
do cliente”, explica Marco Britto, pro­
prietário do Grupo GB. “Hoje benefi­
ciamos mais de 650 mil peças/mês e são
gerados mais de 450 empregos diretos”,
completa.
Maquinário de última geração
Nova unidade da GB
“Os clientes do Grupo GB cresceram muito nos últimos anos. Nosso
crescimento se deve exclusivamente ao crescimento dos nossos clientes.
Tivemos de investir em novas unidades, maquinários e em pessoas para
atender a demanda do cliente”
Marco Britto, proprietário do Grupo GB
Clube de Parcerias
Manutenção Técnica
O
Clube de Parcerias foi criado pela ANEL para que as lavanderias associadas e os fornecedores do ramo possam
estreitar seu relacionamento e usufruir de vantagens. Os
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Moda
34
SPFW: tendências para temporada
Verão 2013. ANEL esteve lá.
D
Tendências na passarela
Fotos: Divulgação
e 11 a 16 de junho aconteceu no Pavilhão da
Bienal do Parque do Ibirapuera, em São Paulo
(SP), mais uma edição da São Paulo Fashion
Week. Foi a edição Primavera-Verão 2012-2013,
com um total de 32 desfiles, apresentando as tendên­
cias para a temporada Verão 2013. Tranças e tramas,
sedas como o material da vez, cores como amarelo
limão, prateados, estampas, peças como saia calça e
shorts apareceram nas passarelas e estarão mostran­
do a sua força no próximo verão.
E a ANEL esteve presente na SPFW. Na noite do
dia 14 de junho, JC Pinheiro, gerente comercial da
Revista Lavanderia&Cia, representando a ANEL,
acompanhou o desfile de Jefferson Kulig. O estilista
inspirou sua coleção em enzimas e obteve apoio da
Novozymes para entender esse universo. Segundo
Viviane Pereira de Souza, Industry Sales Manager,
foi uma experiência interessante participar ativa­
mente do processo de criação da coleção. Confira
algumas fotos da SPFW.
Entrada do Pavilhão da Bienal. No detalhe, JC Pinheiro, que representou a ANEL.
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Cursos
36
Limpeza a seco é tema na sede da ANEL
Foto: Divulgação
A
programação de cursos e minicur­
sos 2012 da ANEL mais uma vez
atraiu a atenção dos diferentes
segmentos de lavanderia, que tiveram
a oportunidade de aprender um pouco
mais sobre assuntos importantes do dia
a dia. Foi assim, por exemplo, no dia 19
de junho, com o Mini Curso “Limpeza a
Seco para Lavanderias Domésticas”, na
sede da ANEL.
Gratuitos e exclusivos para os asso­
ciados, os mini cursos fazem sucesso
desde a sua criação, no ano passado. No
de Limpeza a Seco, Ricardo Manso, da
empresa Texdry, juntamente com Maria
Ramos Soares e Fábio Araújo, do Depar­
tamento Técnico da ANEL, fizeram uma
apresentação bastante didática abordando
a definição de limpeza a seco; os sistemas
de limpeza a seco com hidrocarbonetos,
percloroetileno e wetcleaning; diferenças
de equipamentos; classificação de fibras
têxteis e legislação pertinente.
Outro destaque da programação, que
aconteceu no mês de abril, em uma par­
ceria da ANEL e do UBS – União Bu­
siness School, foi o curso “Gestão de
Negócios para Lavanderias”, na sede da
UBS, com o objetivo de transmitir conhe­
cimentos básicos de gestão das operações
Maria Ramos fala aos participantes do curso de Limpeza a Seco
em lavanderias. Foram dois dias de curso
com um total de cinco módulos: Gestão
Financeira, Gestão de Equipes, Marke­
ting de Lavanderias e Varejo, Técnicas de
Negociação, Legislação trabalhista bási­
ca e direito do consumidor, ministrados
pelos professores Fabiano Caxito, Sylvio
Cassu de Castro e Eduardo Terra.
Agora, em julho, dia 10, acontece o
Mini Curso “Danos Químicos e Mecâ­
nicos em Enxovais”. Já entre os dias 23
e 27 de julho, será realizado o “CETED
– Curso Técnico de Lavagem a Água e
Limpeza a Seco para Lavanderias Do­
mésticas”. Em julho começam, também,
os Encontros de Lavanderia, com a etapa
de Belo Horizonte (MG), dias 17 e 18.
Encontros que voltam a ser realizados em
agosto, em Salvador, nos dias 13 e 14.
Em agosto está programado, também,
o Mini Curso “Reclamações de atendi­
mento x seus direitos como lavanderia”.
Programação ANEL – Cursos e eventos – 2012
Jul
• Bread and Butter Berlim - W 2012
Berlim
04 – 06
• ENCONTRO DE LAVANDERIAS - MINAS GERAIS
Belo Horizonte - MG
17 – 18
• Mini Curso - Danos Químicos e Mecânicos em Enxovais
ANEL - SP
10
• Curso - CETED - Curso Técnico de lavagem a água e limpeza a seco para
ANEL - SP
23 – 27
• Café da Manhã - SEBRAE PRÊMIO PME
ANEL – SP
13
• Encontro de Lavanderias - Salvador
SALVADOR - BA
13 – 14
• Mini Curso - Reclamações de Atendimento X Seus Direitos como
ANEL - SP
21
Lavanderia Domésticas
Ago
Lavanderia
Programação sujeita a alterações
37
Faculdade Nossa Senhora de Lourdes
lança Curso Técnico em Lavanderia
Coordenação é do professor Roberto Maia Farias.
P
reencher uma lacuna na formação
de profissionais qualificados para
o setor de lavanderia. Com esse
objetivo, a Faculdade Nossa Senhora
de Lourdes, em São Paulo (SP), está
lançando o “Curso Técnico em Lavan­
deria”, visando capacitar encarregados,
supervisores, líderes e operadores de
lavanderia. A carga horária é de 1240
horas. E está voltado para lavanderias
hospitalares, hoteleiras, domésticas, de
jeans, uniformes e EPI´s
“A sociedade evolui no conceito de
que higiene é saúde. A tecnologia evolui
com ciência na lavanderia. A legislação
do trabalho aprofunda-se em qualidade
nas regras para garantir a higiene e Se­
gurança Ocupacional. A Anvisa, através
da RDC 06, do último dia 31 de janeiro,
recomenda a capacitação profissional
desde que contemple as etapas do pro­
cessamento de roupas de serviços de
saúde; a segurança e saúde ocupacional;
a prevenção e controle de infecção; e
o uso de produtos saneantes” explica o
professor Roberto Maia Farias.
Assim, a Faculdade e Escola Nossa
Senhora de Lourdes acatou o estudo do
professor Roberto Maia Farias sobre a
necessidade dessa qualificação e lançou
o curso Técnico em Lavanderia em São
Paulo.
O curso chega com o objetivo de
proporcionar o conhecimento técnico do
processamento de lavagem de roupas em
lavanderias que incluam os serviços de
saúde, hotelaria, alimentos, domésticos,
nos mais diferentes métodos, processos
e produtos em todo o seu sistema pro­
movendo o Conforto, Higiene, Seguran­
ça Ocupacional com Qualidade de Vida
e Sustentabilidade Ambiental. Para ter
acesso ao curso é preciso ter ensino mé­
dio completo e ter 18 anos completos.
Ao finalizar o curso o aluno deverá
estar apto para coordenar equipes e se­
tores produtivos de lavanderias indus­
triais e domésticas nas funções técni­
cas de supervisão, líder operacional de
produção e líder de turno. Poderá co­
mandar setores e pessoas envolvidas no
processamento e lavagem de roupas nos
seus mais diversos segmentos. Operar
equipamentos de lavanderia, reconhe­
cer tipos de tecidos, sujidades, planejar
e desenvolver processos de lavagem em
conjunto com os fornecedores de pro­
dutos químicos, acompanhar e contro­
lar sistemas de estoque, acompanhar e
controlar a qualidade dos produtos re­
cebidos, elaborar planilhas produtivas
e de qualidade. Analisar indicadores de
controle de qualidade higiênico-sanitá­
rio da roupa, avaliar escalas de traba­
lho, controlar o processo de lavagem
conforme as melhores práticas produ­
tivas de Qualidade, Segurança Ocupa­
cional e Ambiental.
O corpo docente conta com profis­
sionais com formação superior em Quí­
mica, Engenharia Química, Engenharia
Mecânica, Engenharia de Segurança do
Trabalho, Administração de Empresas,
Direito, Pedagogia e Enfermagem com
“A sociedade evolui no
conceito de que higiene é
saúde. A tecnologia evolui
com ciência na lavanderia.
A legislação do trabalho
aprofunda-se em qualidade
nas regras para garantir
a higiene e Segurança
Ocupacional”
Professor Roberto Maia Farias
formação adequada e larga experiência
em lavanderias, o que garante o desen­
volvimento das competências necessá­
rias e específicas para o aprendizado dos
alunos do curso. Poderão ser admitidos
outros profissionais que possam contri­
buir nos aspectos aplicados para o de­
senvolvimento do curso
Certificados
Ao aluno que concluir os Módulos I,
II, III e IV e o estágio profissional su­
pervisionado, será conferido o diploma
de Técnico em Lavanderia, cujo verso
conterá o Histórico Escolar com a car­
ga horária e disciplinas do Curso, bem
como o Perfil Profissional de Conclusão.
Histórias de Lavanderia
38
Lavanderia Atlas, pioneira na lavagem de
jeans com pedras.
Empresa está localizada bem no coração dos Jardins, bairro nobre de São Paulo.
S
jeans passou a fazer parte desta história.
“Nos anos 70, fomos trocando as
máquinas, fazendo experimentos, e nos
tornamos os primeiros a lavar calças
jeans com pedras. De lá pra cá, só nos
aperfeiçoamos nas lavagens, efeitos e
beneficiamento têxtil”, explica Eneida
Oliveira, filha do fundador, que hoje
toca a lavanderia ao lado da irmã Maria
Teresa.
“Durante 15 anos, a partir do mo­
mento em que a Atlas começou a fazer
beneficiamento têxtil para as confec­
ções, gradativamente a lavanderia pas­
sou a trabalhar em três turnos, com uma
média de 60 funcionários. Mas, nos anos
“O momento marcante, sem
dúvida, foi quando assumimos
a empresa, sem nenhum
conhecimento nessa área
e conseguimos, em pouco
tempo, a confiança dos
clientes e ainda aumentamos
a produção”
Eneida Oliveira, proprietária da
Lavanderia Atlas
Foto: Divulgação
ão 59 anos de história. Uma his­
tória que passou de geração para
geração, trazendo consigo espíri­
to empreendedor, inovação, trabalho e
mais trabalho... A lavanderia Atlas, com
sede na cidade de São Paulo (SP), foi
fundada em 1953 por Geraldo de Oli­
veira. A Atlas ocupa um galpão de 600
m² em um endereço atípico para o se­
tor. Afinal, está localizada na Rua Oscar
Freire, nos Jardins, um dos bairros mais
nobres da Capital Paulista e uma rua de
referência quando o assunto é luxo e so­
fisticação. Nasceu como lavanderia do­
méstica e, assim, se manteve nos anos
50 e toda a década de 60. Foi quando o
Atlas: espírito empreendedor no mundo do jeans
39
90, começamos a diminuir o ritmo, a
quantidade de confecções, contando en­
tão com 20 funcionários para, na época,
o fundador, nosso pai, ter mais qualida­
de de vida”, completa Maria Teresa.
Foi em 2001 que as irmãs Maria Te­
resa e Eneida assumiram a administra­
ção da empresa, uma com experiência
em comércio e a outra psicóloga, mas
com o espírito empreendedor do pai.
Em pouco tempo estavam dominando
o universo das lavagens. Apostaram em
clientes sólidos e produção em grande
escala.
Em 2009, mais uma inovação. “Abri­
mos para o público a loja de customiza­
ção de jeans. Lá o cliente pode comprar
uma calça que nunca foi lavada, esco­
lher a lavagem, efeitos e aplicações, ou
trazer uma calça usada, tingir, puir, fa­
zer uma tatuagem, enfim, personalizar,
reciclar, transformar numa nova peça”,
afirma Eneida.
Assim, atendem ao consumidor fi­
nal para customizações personalizadas,
sendo que o serviço mais procurado é o
tingimento - trabalhos que estão intima­
mente ligados às tendências da moda.
Segundo Eneida e Maria Teresa, na
lavanderia as lavagens mais frequen­
tes são: Amaciado, Stone, Super Stone,
Destroer, Marmorizado, Delavee. Os
efeitos são: Lixado, Puido, Used, Cor­
rosão, Pinado, Jato color, 3D, Resina,
Bigode e Amassado.
No galpão de 600 m², a Atlas conta
com máquinas de 100, 200 e 350 Kg.
“Portanto, temos uma capacidade de la­
var 50 mil peças/mês. Nossos funcioná­
rios são incentivados a fazer cursos de
reciclagem e visitam duas vezes por ano
os fornecedores de tecidos para estarem
atentos às tendências do mercado. A em­
presa tem focado sempre mais em qua­
lidade do que em grandes quantidades.
Assim, nosso crescimento, hoje, é muito
mais qualitativo. Isto é: menos clientes,
melhores produtos e atendimentos per­
sonalizados”, observa Maria Teresa.
Décadas, anos de história, muitos
momentos a serem lembrados. Mas um,
em especial, é marcante para essas duas
Curiosidades de lavanderia
Uma carta no bolso da bermuda
“Fornecemos serviços de lavanderia para uma clínica de dependentes quí­
micos aqui em Aldeia, Camaragibe/PE. Lavamos todas as peças de uso diário
dos dependentes químicos e, um belo dia, encontramos uma carta linda de
um dos dependentes para sua mãe. Era frente e verso e nela falava que ele
estava arrependido, que não usaria mais drogas, que queria trabalhar, ter uma
vida nova, pedindo desculpas aos familiares e tal. Bom, ao lermos a carta, a
mesma foi tão profunda que chegamos até a nos emocionar. Então paramos,
refletirmos e pensamos se seria bom mandarmos de volta dentro do bolso da
bermuda cheirosinha e passada ou se guardávamos para ele não saber que nós
lemos sua carta tão íntima. Pois bem, chegamos a conclusão que deveríamos
por dentro do bolso da bermuda novamente para que a carta pudesse sim che­
gar ao seu destino correto. Sabe o que aconteceu, meus queridos? Levamos
uma baita de uma reclamação do gerente da clínica informando que o pacien­
te disse que suas roupas não estavam sendo lavadas e que teria feito um teste
conosco escrevendo uma carta e deixando no bolso da bermuda de propósito!
Chegamos a conclusão de que nunca sabemos como agradar aos clientes e
qual a verdadeira intenção deles!”
Heloisa Barza, Lavanderia Aldeia
“Sempre estamos abertas a
novas iniciativas, A ideia da
customização, por exemplo,
surgiu como uma brincadeira
e do nosso espírito irreverente.
Sempre incentivamos nossos
funcionários a colocar
em prática suas ideias e
experiências”
Maria Teresa Oliveira, proprietária da Lavanderia Atlas
irmãs. “O momento marcante, sem dú­
vida, foi quando assumimos a empresa,
sem nenhum conhecimento nessa área e
conseguimos, em pouco tempo, a con­
fiança dos clientes e ainda aumentamos
a produção”, relembra Eneida.
A Atlas está atualmente fazendo in­
vestimentos em maquinário e equipa­
mentos, produtos que reduzem o uso de
água e, também, na qualificação de fun­
cionários. E investe também, sempre, na
criatividade, nas novas ideias, resgatan­
do no dia a dia o espírito empreendedor
que acompanha a história da lavanderia.
“Sempre estamos abertas a novas
iniciativas, A ideia da customização, por
exemplo, surgiu como uma brincadeira
e do nosso espírito irreverente. Sempre
incentivamos nossos funcionários a co­
locar em prática suas ideias e experiên­
cias. Utilizamos calças compradas com
essa finalidade, que depois ficam expos­
tas no nosso show room e são vendidas
no varejo”, garante Maria Teresa.
Você sabia
que...
Nos processos de lavagem a
água, em lavadoras extratoras, se
utilizarmos a água quente ao invés
da água fria, pode-se reduzir o consumo de água em torno de 70% e
melhorando a eficiência e a qualidade da lavagem?
(Dica da Delav Máquinas e Equipamentos
Eventos
40
II Congresso Brasileiro de Lavanderias já
movimenta a ANEL
O
evento acontece em setembro. Mas, já vem movimentan­
do o dia a dia da ANEL. É o II Congresso Brasileiro de
Lavanderias, marcado para os dias 14 e 15 de setembro,
no Centro de Convenções do Expo Center Norte, em São Pau­
lo (SP). O local, aliás, é uma das novidades que o Congresso
reserva para este ano, pois contará com um espaço mais amplo
do que em 2011. A programação está sendo elaborada e conta­
rá com sugestões de assuntos enviadas pelos associados.
Assim como em 2011, no primeiro dia, a programação
prevê um grande congresso, reunindo, todos os segmentos Já
no segundo e último dia, serão abordados diversos temas divi­
didos em três salas. No momento da inscrição o participante
optará por quais temas/salas vai querer acompanhar,
O evento terá, assim como em 2011, um espaço para apre­
sentação de produtos na área reservada para o coffee break.
Várias empresas já garantiram presença no Congresso, como
Dow, Electrolux, Planeta Azul, Startec, Indeba, Trefimet, Por­
to Seguro e Equipe Sistemas, juntamente com o SEBRAE.
Maiores informações sobre esta segunda edição do Con­
gresso podem ser obtidas na ANEL. “Estamos trabalhando
para que o evento deste ano supere as expectativas de quem
for até o Expo Center Norte”, observa a presidente da ANEL,
Paola Tucunduva.
Participe deste importante momento do setor de lavande­
ria! Prestigie este II Congresso Brasileiro de Lavanderias, para
que o evento se torne, a cada ano, mais representativo e impor­
tante para o crescimento e fortalecimento de todos os segmen­
tos de lavanderia do país!
Gestão e Sustentabilidade. Com este tema central, foi
realizado no mês de abril, entre os dias 18 e 21, em Fortaleza,
no Ceará, a IV Jornada do SINDELACE – Sindicato das
Lavanderias do Ceará. Foram realizadas várias palestras
abordando esses assuntos. O evento contou com 202
participantes, 18 palestrantes convidados e a participação de
11 estados. O próximo encontro será em 2013, no mês de
outubro, tendo em vista a série de eventos para 2014, como
a Copa do Mundo e as eleições para Presidente da República.
O nome da palestra inaugural foi “Gestão e
Empreendimento”, proferida pelo Prof. Jack Schaumann Jr.,
do SEBRAE-CE. O evento aconteceu no Centro de Negócios
do SEBRAE-CE.
No evento, o engenheiro. Edson Silva, da Diversey, fez uma
abordagem completa de manchas no enxoval, seja doméstico,
hoteleiro ou hospitalar, tendo o tema sido complementado por
uma palestra do Dr. Ananias Magalhães Neto sobre manchas
de clorexidina, assunto que assusta praticamente todos os
setores que lavam enxovais.
Já tema de Marketing e Técnicas de negociação em
Foto: Divulgação
IV Jornada do SINDELACE:
destaque em Fortaleza.
Evento em Fortaleza contou com 202 participantes
Lavanderias foi abordado em palestra de Paulo César Dantas
Fernandes, da Lavanderia Splash, de Natal, no Rio Grande do
Norte.
Na sessão de abertura da IV Jornada do SINDELACE, foi
outorgado o Prêmio Empresarial de Lavanderia Edson Silva,
que em sua estreia homenageia o seu patrono, o engenheiro
químico Edson Silva. ¢
Sustentabilidade/Economia
Decepção no encerramento da Rio + 20
D
epois de nove dias de conferências, a Rio + 20, a Confe­
rência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sus­
tentável, foi encerrado no último dia 22 de junho, no Rio
de Janeiro, com um sentimento de decepção da sociedade civil
e de conformismo dos representantes dos 193 países da ONU,
em função do teor da declaração final.
O texto, intitulado de “O Futuro que Queremos” - e apeli­
dado de “O Futuro que Teremos, ou “O Futuro que não Quere­
mos”, por organizações não governamentais, nã estipula metas
numéricas e, por isso, foi considerado fraco e sem ambição.
Esta frustração se deveu ao próprio modelo das conferências
da ONU, cujo texto final deve ser aprovado por consenso. Desse
modo, como havia vários pontos em que um embate entre países
ricos e em desenvolvimento era inevitável, optou-se por um do­
cumento que apenas refletiu o que todos concordavam.
No decorrer de nove dias da conferência, os representantes
de 193 países da ONU renovaram compromissos anteriores
que, na verdade, não haviam saído do papel, incluindo a redu­
ção da pobreza em países em desenvolvimento, além da redu­
ção das emissões de gases estufas, responsáveis pelo aqueci­
mento global.
Resumo da ópera: nada de novo foi criado. O que se sabe é
que uma nova agenda mundial de desenvolvimento sustentável
deverá ser apresentada até 2015. Na realidade, qualquer meta
mais ambiciosa foi jogada para frente.
A estratégia brasileira de fechar o documento antes da reu­
nião de chefes de Estado eliminou qualquer chance de aperfei­
çoamento do texto. A Rio + 20 foi finalizada com uma certeza:
foi perdida uma oportunidade de se discutir e avançar no que
ela havia se proposto. Quem concorda com isso é a ministra do
Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, que disse: “Faltou
clareza ao texto final da conferência sobre as obrigações dos
países desenvolvidos com relação ao estabelecimento de novos
padrões de consumo do planeta”.
BIS – Banco Central dos Bancos Centrais
faz duras críticas à economia brasileira.
O
informe anual do BIS – Banco Central dos Bancos Cen­
trais – avalia que o caminho escolhido pelo país pode
levar a economia global a nova crise financeira. O BIS
levanta a hipótese de que endividamento já está em “nível pe­
rigoso”, que precisa mudar com urgência. O alerta foi feito em
reunião do órgão no final de junho, quando participaram BCs­
de todo o mundo na Basiléia. O presidente do BC brasileiro,
Alexandre Tombini, esteve na reunião, mas se recusou a falar
com a imprensa. O BIS, depois de anos de rasgados elogios à
economia brasileira, por meio do informe anual, não deixa dú­
vidas: o país já vive uma “desaceleração acentuada” e precisa
agir com urgência para mudar de rota.
A entidade financeira também vê riscos de um “boom”
imobiliário com repercussões negativas no futuro. E, por outro
lado, criticou os países ricos: a injeção de trilhões de dólares
na economia inunda de forma perigosa os emergentes. “Isso
cria riscos nos emergentes similares aos que foram vistos nas
economias avançadas nos anos que precederam a crise”, ad­
vertiu Jaime Caraúna, diretor gerente do BIS.
Ele diz que os emergentes vivem um “crescimento dese­
quilibrado”. E ainda ressaltou que esse cenário deixou “fortes
danos nos países avançados”.
Na verdade, a preocupação com os emergentes não ocorre
por acaso. É que nos últimos quatro anos eles foram responsá­
veis por 75% do crescimento global e uma queda agora jogaria
a economia mundial numa crise potencialmente pior que a de
2008/2009.
A diferença entre a expansão do crédito do PIB nos paí­
ses emergentes está acima da tendência histórica e, segundo o
BIS, é um “presságio de crise”.
O BIS é claro: quer evitar que mercados como o do Brasil
sofram em poucos anos o mesmo drama da Europa de hoje.
“Essas economias precisam tomar um caminho sustentável”,
afirmou Stephen Cechetti, economista chefe do BIS.
41
42
Dicas - Legislação Trabalhista
Adicional noturno e descanso semanal
remunerado
Dra. Christiane Laporta*
Adicional Noturno
Trabalho noturno é aquele que prestado durante a noite.
Por expressa determinação legal, o trabalho noturno terá re­
muneração superior ao diurno. Compreende-se como trabalho
noturno, normalmente aquele realizado entre 22:00 horas de
um dia até às 05:00 do dia seguinte.
Nota: Para empregados rurais os horários são diferencia­
dos, ou seja na lavoura das 21:00 às 05:00 horas e na pecuária
das 20:00 às 04:00 horas.
Outra diferença está no percentual pago. Para os trabalha­
dores urbanos o adicional noturno terá o percentual de 20%
sobre a hora diurna, conforme preceitua o artigo 73 da CLT.
Convenções ou Acordos Coletivos podem estabelecer per­
centuais maiores. Ao trabalhador rural é devido um adicional
de 25% sobre a hora diurna.
Também a hora noturna é reduzida, equivale a 52 minutos
e 30 segundos. A lei que rege o trabalho noturno, estabeleceu
essa redução por meio de uma ficção jurídica, como forma de
compensar o empregado que desenvolve suas atividades du­
rante a noite.
Perguntas frequentes:
destinados a descanso como os domingos, feriados civis e re­
ligiosos.
Todo empregado tem direito ao repouso semanal remune­
rado de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, preferencial­
mente aos domingos e, nos limites das exigências técnicas das
empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tra­
dição local.
O DSR é um direito garantido pela Lei 605/49 e pela Cons­
tituição Federal em seu artigo 7º inciso XV, ao empregado que
não faltar durante a semana sem motivo justificado, ou seja,
que tenha cumprido integralmente o seu horário de trabalho
na semana.
Perguntas freqüentes:
Quando o empregado trabalha aos domingos, como
funciona o Descanso Semanal?
Havendo necessidade de trabalho aos domingos, desde que
previamente autorizado pelo Ministério do Trabalho, o DSR
deverá coincidir, pelo menos 1 (uma) vez no período máximo
de 3 (três) semanas, com o domingo, respeitadas as demais
normas de proteção ao trabalho e outras a serem estipuladas
em negociação coletiva.
Como faço para converter as horas noturnas trabalhadas em horas diurnas (ou reduzidas)?
As horas noturnas poderão ser convertidas ou reduzidas
utilizando-se qualquer das formas abaixo:
a)Número de horas realizadas multiplicadas pelo índice
1,142857.
b) Número de horas realizadas divididas por 7 e multiplicadas
por 8.
c) Número de horas realizadas divididas por 52,5 e multipli­
cadas por 60.
Preceitua a CLT:
“Art. 67 CLT – Será assegurado a todo o empregado um
descanso semanal de vinte e quatro horas consecutivas, o
qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade
imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no
todo ou em parte.”
“Parágrafo único – Nos serviços que exijam trabalhos aos
domingos, com exceção quanto aos elencos teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e
constando de quadro sujeito a fiscalização.”
O adicional noturno integra quais verbas?
O referido adicional integra o salário para todos os efeitos
legais, ou seja, horas extras, descanso semanal remunerado,
férias, 13º salário, aviso prévio indenizado e FGTS.
Como deve ser remunerado o DSR ou RSR considerando-o como reflexo do repouso pela semana trabalhada?
A remuneração do repouso semanal remunerado corres­
ponderá:
- para os que trabalham por dia, semana, quinzena ou mês:
a um dia de serviço, computadas as horas extraordinárias
habitualmente prestadas;
- para os que trabalham por hora: a sua jornada de trabalho
normal, computadas as horas extraordinárias habitualmen­
te prestadas;
Descanso semanal remunerado ou Repouso semanal
remunerado
O descanso semanal remunerado – DSR ou Repouso se­
manal remunerado – RSR é o pagamento de salário nos dias
43
- para os que trabalham por tarefa ou peça: o equivalente ao
salário correspondente às tarefas ou peças feitas durante
a semana, no horário normal de trabalho, divididos pelos
dias de serviço efetivamente prestados ao empregador.
Quando o empregado perde o direito ao Descanso Semanal Remunerado?
Quando, sem justificativa, deixa de cumprir integralmente
a sua jornada de trabalho dentro da semana (chegando atrasado
ou faltando ao serviço). Nesta condição o empregador pode
descontar o tempo de atraso ou o dia de falta mais o descanso
semanal remunerado (art. 6º da Lei 605/49). Portanto, neste
caso o empregado continuará a ter direito ao descanso, que
é matéria de ordem social, perdendo o direito a remuneração
pelo dia de descanso semanal.
Como é o cálculo do desconto das faltas e do DSR do
empregado?
O empregado que tiver falta injustificada durante a jornada
semanal, não terá direito a remuneração do DSR, ou seja, se
o empregado que possui jornada normal de 44 horas semanais
de segunda a sábado faltar, injustificadamente, as 4 horas do
sábado, terá o DSR descontado de seu salário no final do mês.
Assim, este empregado terá 4 horas descontadas, mais o equi­
valente a 1 dia de trabalho referente ao DSR.
Exemplo: Salário mensal R$ 1.300,00
Faltas: 4 horas = R$ 1.300,00 : 220 x 4 = R$ 23,60
DSR: 1 dia = R$ 1.300,00 : 220 x 7,33 = R$ 43,24
Total faltas a descontar = R$ 66,84
O que difere o vigilante noturno que trabalha em jornada normal com o vigilante que trabalha em jornada de
12x36 horas?
A diferença é que para o vigilante com jornada normal, é
assegurado o previsto no artigo 67 da CLT, ou seja, descan­
so semanal remunerado de 24 horas consecutivas que deverá
coincidir com o domingo, no todo ou em parte. No caso da
jornada 12x36, o empregado já goza de 36 horas de folga mais
de uma vez na semana, portanto, mais do que a lei determina
para o descanso semanal remunerado. Entretanto se trabalhar
em dias feriados, tem direito a receber estes dias, na forma da
lei, ou seja, em dobro.
Existe pagamento do reflexo do DSR ao Vigilante Noturno na jornada 12x36?
Sim, o DSR é o reflexo pelo recebimento do adicional.
Como prevê o TST, em todo trabalho realizado no período no­
turno é assegurado o respectivo adicional, inclusive ao vigilante.
*Assessoria Jurídica Rocha&Laporta Advogados
44
Marketing
Benchmarking: indo além de “olhar o
que o vizinho faz”.
Laura Gallucci*
M
ais do que modismo ou jargão
da área de negócios, benchmarking, desde que bem fei­
to, sempre trouxe e trará importantes
aprendizados para a empresa que sou­
ber ver, ouvir, analisar até que ponto as
lições valem para seu negócio e, sobre­
tudo, conseguir adaptar esse aprendiza­
do a seu caso.
Há alguns meses vêm aparecendo
na mídia brasileira diversas matérias
abordando a possibilidade da Wendy`s,
grande rede norte-americana de lancho­
netes, instalar-se no Brasil. Ela fez uma
tentativa anterior de entrar no país (não
foi bem sucedida) e agora estaria plane­
jando conquistar rapidamente uma po­
sição de destaque no setor de fast food.
Resolvi, então, olhar o que a
Wendy`s tem de bom (além dos produ­
tos...) para oferecer a esse mercado bas­
tante concorrido, e naveguei pelo seu
site. E a parte que me chamou atenção
é a que reparto nesta coluna com os lei­
tores. Friso que, com o devido respeito
à empresa e aos leitores, todas as tradu­
ções são fiéis, mas livres, nas quais pre­
servar o conteúdo foi mais importante
do que colocar o mesmo termo que um
tradutor juramentado usaria.
Acessando a área de carreiras, na
qual a empresa se apresenta aos poten­
ciais funcionários, encontrei a seção
“What We Believe In¹ (Em que acredi­
tamos).
Nela estão os valores da companhia,
que são tão importantes que os apresen­
to e comento, tendo em vista que de­
vem ser seguidos não só da porta para
dentro, ou seja, focando-os nos funcio­
nários; mas também da porta para fora,
aplicando-os ao relacionamento com
todos os stakeholders² da empresa:
consumidores, fornecedores, comuni­
dade etc.
Vale ler e analisar um a um.
1. Quality is our recipe. We don´t
cut corners, on our product, service
or employees! Ou seja: Qualidade aci­
ma de tudo. Nós não fazemos desvios
quando se trata da qualidade de nossos
produtos, serviços ou funcionários.
O que a sua empresa está fazendo
nesse sentido? Com receio da desace­
leração da economia ou de queda nas
vendas, abriu mão das melhores ma­
térias-primas, cortou incentivos a sua
equipe, ou manteve-se firme em suas
políticas de qualidade, que garantem a
satisfação de seus clientes?
2. Treat everyone with respect.
People first. Be genuine and kind and
always lend a helping hand. A tradu­
ção é simples: Trate todas as pessoas
com respeito. Seja autêntico e gentil, e
sempre esteja pronto para oferecer aju­
da a quem precisa.
E quem não precisa de ajuda? Seu
funcionário, sempre tão alegre, hoje
está com uma cara triste, fechada. Será
que ele precisa de uma palavra amiga
ou só precisa desabafar? Sua cliente
aparenta dificuldade para carregar tudo
o que já está em suas mãos e você não
se oferece para ajudá-la a levar as rou­
pas limpas e passadas até o carro?
3. Do the right thing. Honesty
and integrity are rules we live by!
Em bom português: Faça a coisa certa,
sempre. Honestidade e integridade são
as leis que regem nossas vidas.
Acredito que esta declaração de éti­
ca nos negócios e na vida nem precise
ser comentada, temos apenas que ficar
firmes e nunca nos desviarmos dela,
mesmo em tempos em que, a cada dia,
um novo (e péssimo) exemplo da fal­
ta de tudo isso é alardeado pela mídia
brasileira.
4. Profit means growth. Profit
creates opportunity for company
and for career growth. Traduzindo:
Lucro é igual a crescimento. O lucro
cria oportunidades de crescimento para
a empresa e oportunidades de carreira
para os funcionários.
E o que mais? O lucro possibilita a
sua empresa melhorar produtos, servi­
ços, ambiente de trabalho, ambiente de
atendimento, treinamento aos funcio­
nários e muito mais.
5. Give something back. Make
your community better every day!
Em resumo: Retribua, devolva às pes­
soas pelo menos um pouco de tudo de
bom que você conquistou. Ajude sua
comunidade a se desenvolver, a cada
dia e todos os dias.
Não se feche na sua empresa, não
guarde a prosperidade só para si. Com­
partilhe as conquistas tanto com seus
funcionários como com seus clientes,
seus fornecedores.
Viu como compensa olhar para ou­
tras empresas, mesmo que não sejam
do seu setor, e parar para pensar no que
mais você poderá fazer com um pouco
de esforço e de atenção? Treinem-se a
olhar ao seu redor todos os dias. Quem
sabe até o pipoqueiro da porta da escola
tenha algo para ensinar.
¹ Site da Wendy`s: www.wendys.com/careers/what-we-believe-in
² Stakeholders são os públicos com os quais a empresa
se relaciona constantemente.
* Sócia-diretora da FGGE – Flamínio&Gallucci Gestão
Empresarial, consultora de empresas e professora da
Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM)
Tecnologia
Bougue aproxima prestadores de serviço
e consumidores
A
palavra Bougue vem da França, usada por volta
do século XV. Uma “gíria” para definir quan­
do se queria barganhar, negociar alguma coisa.
E foi essa a palavra utilizada por Fernando Canuto
quando decidiu criar um site que reunisse prestadores
de serviços e consumidores com o objetivo de facili­
tar, intermediar todo tipo de contratação de serviços.
Nasceu, assim, o www.bougue.com.br .
“A ideia do Bougue surgiu logo depois que eu
voltei de uma viagem ao Exterior. Na época eu ainda
atuava no mercado como profissional na área de tec­
nologia, mas sentia um grande desejo em empreender
algo em que eu pudesse aplicar meu conhecimento
e experiência, mas sem perder a minha paixão por
tecnologia e internet. Eu percebi que o mercado de
produtos/varejo na internet estava se consolidando e
demonstrando a cada ano um crescimento notável.
Foi ai que notei que o mesmo não acontecia com o mercado de
serviços na web. A partir desse ponto comecei a mapear e pes­
quisar o motivo pelo qual o setor de serviços não aproveitava
todo o potencial da internet. Tive, então, a ideia de começar o
Bougue, pensando em uma forma de facilitar todo o processo
de busca e contratação de serviços na internet”, explica Fer­
nando, fundador e CEO do Bougue.
Para ele, hoje, Bougue significa muito mais do que o bar­
ganhar da França do Século XV. “O site Bougue se concentra
em facilitar todo o processo de busca e contratação de serviços
na Web e o grande diferencial é em como fazer isso. Cada vez
mais os usuários de internet querem ferramentas que facilitem
o seu dia a dia. O Bougue ajuda o usuário a buscar e comparar
preços de serviços de uma maneira simples e rápida, mas res­
peitando seu perfil de consumo. Ao final do processo o usuário
pode verificar as avaliações recebidas de cada profissional e
prestado por outros usuários do site e ainda contar com a re­
comendação que utiliza como base a vizinhança (bairro) e os
amigos virtuais.
Como funciona
Assim, o processo começa com a busca - o serviços que pre­
ciso, personalização - o que é mais importante pra mim agora:
confiabilidade, preço ou prazo, comparação - posso comparar
preço, avaliação e localização), recomendação - existe alguém
dentro da minha rede de relacionamento ou próximo de mim
que já conhece esse prestador ou profissional. E finaliza na
contratação ou em uma agenda de visita.
Assim, qualquer pessoa que esteja necessitando de um
serviço vai encontrar no Bougue uma solução de resolver de
maneira simples e rápida sua necessidade. Atualmente a maior
procura é para serviços relacionados a casa como reformas, re­
paros, eletricidade, pintura e, também, serviços de lavanderia.
“Eu acredito que não somente para o setor de lavanderia,
“Eu acredito que não somente para o setor de
lavanderia, mas para qualquer setor estar dentro
da internet é fundamental para o seu negócio e,
consequentemente, ter uma fatia desse novo mercado
para conquistar novos clientes.”
Fernando Canuto, fundador e CEO do Bougue
mas para qualquer setor estar dentro da internet é fundamental
para o seu negócio e, consequentemente, ter uma fatia desse
novo mercado para conquistar novos clientes. Em se tratando
do setor de lavanderia e, principalmente, em grandes centros
como São Paulo, as pessoas cada vez mais querem serviços
personalizados. Nesse sentido, ferramentas on-line como
o Bougue facilitam o dia a dia. Os empresários desse setor
ganham a preferência de quem já utiliza a internet para bus­
car e contratar serviços, uma vez que o Bougue trabalha com
geolocalização e filtro, sempre entregando para os clientes as
lavanderias próximas a sua região e bairro. O Bougue também
ajuda o empresário valorizando o marketing local e a marca da
sua empresa, enviando diariamente oportunidades e clientes
interessados nos seus serviços”, observa Fernando.
Atualmente, o Brasil possui cerca de 80 milhões de usuá­
rios de internet e deve chegar a 140 milhões em 2014. “O que
significa uma grande oportunidade para quem já estiver com o
seu negócio ou serviços dentro da rede” Quanto a uma possível
parceria futura entre o Bougue e o setor de lavanderia, através
da ANEL, Fernando diz que “entendemos que as parcerias, na
maioria das vezes, resultam em grandes oportunidades e sem­
pre estamos abertos em compartilhar”. ¢
45
46
Artigo
Manutenção Preventiva na lavanderia:
vamos mantê-la funcionando (Parte 1 de 2)
Jean Teller*
CHICAGO - A manutenção preven­
tiva é um componente importante em
uma lavanderia segura e produtiva, diz
Bob Corfield, presidente da empresa de
consultoria americana Laundry Design
Group. Falando a um grupo de profissio­
nais de lavanderia durante um seminário
promovido pela Association for Linen
Management, Corfield recomendou fir­
memente a seus ouvintes para projetar
e implementar um programa de manu­
tenção preventiva em cada uma de suas
lavanderias.
Dedicação é a chave, disse ele, e isso
inclui testes, calibrações, ajustes, substi­
tuições parciais para ajudar a identificar
e prevenir falhas ou quebra efetiva dos
equipamentos.
Um bom programa sempre se baseia
na segurança, melhora da eficiência, oti­
mização dos serviços, redução do tempo
de inatividade, melhora da qualidade da
produção e redução dos custos de subs­
tituição, bem como preservação e ma­
nutenção boa relação entre a gerência e
demais funcionários.
“Todo bom programa deve ter estes
valores fundamentais para sustentá-lo”
diz Corfield.
Resultados
Quaisquer resultados de um bom
programa de manutenção preventiva, diz
ele, envolve diretamente o tempo.
Cada lavanderia precisa medir o tem­
po de inatividade, uma vez que isso cus­
ta menos do que quebras de máquinas
e paradas não programadas. A disponi­
bilidade de máquinas significa que você
está instalado, funcionando e fazendo o
seu trabalho bem feito. A manutenção
de rotina ajuda a prolongar a vida útil
de cada máquina, o que é um entendi­
mento comum em instalações com bons
programas de manutenção. A lavanderia
também deve estar atenta para manter
suas horas de operação constantes, diz
Corfield.
Ele comenta que qualquer programa
de manutenção preventiva precisa ser
sinônimo de um bom programa de se­
gurança para a lavanderia. Uma boa ma­
nutenção, assim como uma boa limpeza,
protege e garante a segurança no am­
biente de trabalho, diminuindo assim a
probabilidade de ferimentos ou mortes.
Enquanto engenheiros de manuten­
ção são a chave para um bom progra­
ma, outros membros da equipe de uma
lavanderia podem ser tão importantes
quanto eles para que um programa de
manutenção seja bem-sucedido.
“Nós todos caminhamos pela la­
vanderia, todos nós vemos as coisas,
por isso, se estamos envolvidos em um
programa de segurança, então nós real­
mente temos que começar a agir com um
comportamento de prevenção de risco”,
diz ele. “Estes são paradigmas compro­
vados para gestão e desenvolvimento de
programas de segurança em ambientes
comerciais.”
Ele sugere que um bom programa
também deve eliminar possíveis proble­
mas de engenharia de sistemas que por
exemplo impede o pessoal de se apro­
ximar das máquinas de forma insegura,
usando controles bimanuais ou um siste­
ma de chave armadilha.
Igualmente importantes são os pro­
cedimentos administrativos, incluindo
sistemas de advertência ou suspensão
temporária, gestão de questões relacio­
nadas a limpeza e zeladoria, sinalização
e avisos.
“Eu não posso dizer muito sobre os
critérios de treinamento em sua lavande­
ria, mas posso dizer que o treinamento
não pode ser feito uma única vez. É uma
coisa de uma vida”, diz Corfield.
Outro componente de um bom pro­
grama são os equipamentos de proteção
individual que devem estar disponíveis
para os funcionários que foram treina­
dos para usá-los adequadamente.
Projeto do programa de manutenção
Corfield diz que o melhor projeto é
aquele programa que realmente é utili­
zado pelo pessoal da lavanderia. Lim­
peza e manutenção de registros devem
fazer parte desse projeto.
Ele diz que “em uma operação que
executa dois ou três turnos sete dias por
semana”, torna-se essencial que as pes­
soas que estão na equipe de limpeza to­
mem nota de qualquer situação que eles
vejam que precisa de atenção.
“A equipe precisa ter dedicação ab­
soluta para manter as máquinas limpas e
livres de umidade, graxa, óleos, fibras e
outras coisas que encontramos normal­
mente em uma lavanderia.”
Inspeções visuais e a regularidade
dessas inspeções fazem parte de um bom
programa de manutenção preventiva.
O segredo para um programa bem
sucedido, de acordo com Corfield, co­
meça com um levantamento completo
da planta e de seus equipamentos, iden­
tificação essa necessária para a forma­
ção do pessoal, as normas e procedi­
mentos devem ser claros e entendidos.
É fundamental uma equipe de gestão
que compreenda a necessidade e fun­
ção de um programa de manutenção
preventiva, que comunique que tare­
fas precisam ser feitas e quando, e que
monitore a execução com expectativas
razoáveis.
Ao planejar um programa de manu­
tenção preventiva, o pessoal das insta­
lações deve coletar todos os dados, em
todas as máquinas, incluindo modelo,
ano, números de série e modificações.
Isto também ajuda a obter o programa
de manutenção preventiva do fabricante,
de modo que as áreas críticas podem ser
identificadas e monitoradas.
De acordo com Corfield, a experiên­
cia de um engenheiro de manutenção e
de outras pessoas também é fundamen­
tal, pois podem ajudar a identificar as
áreas críticas, bem como estimar o tem­
po que cada tarefa vai exigir. O progra­
ma também deve considerar o número
de pessoas designadas para cada uma
das tarefas, bem como as ferramentas
corretas e peças necessárias para exe­
cutar cada uma das tarefas. Continua na
próxima edição.
Jean Teller, Editor colaborador, revistas comerciais americanas. E-mail: [email protected].
47
O que NÃO fazer ao iniciar uma rede de
franquias
Marco A. Militelli*
S
egue uma relação de 7 erros co­
compromissos com sua rede que não po­
quando isso é adotado nem sempre as
muns que são cometidos por em­
derá cumprir. O plano de crescimento da
informações definidas teoricamente se
presários ao iniciarem na ativida­
rede deve levar em conta investimentos
confirmam na prática (ou devem ser exa­
estruturais na franqueadora também.
tamente como definidas), o que pode tra­
de do franchising. Quando não evitados
trazem muita dor de cabeça aos empre­
4- Mascarar uma relação de fran-
zer uma situação de inviabilidade para
sários. (A relação a seguir não pretende
quia através de outro modelo de con-
o negócio para o franqueado ou para o
listar todos os erros que empreendedores
trato. Essa é uma tendência dos apres­
próprio franqueador. Nesses casos é di­
comentem antes de começar uma rede
sados. A preparação para a venda de
fícil a reversão da situação.
de franquias.)
franquias passa por várias etapas, tem
7- Financiar os custos para estru-
1- Ingresso no sistema de franquias
muitas providências envolvidas e, para
turação da rede de franquias através
sem experiência anterior na atividade
ser concluído, demora um certo tempo.
da venda de franquias. Alguns empre­
a ser franqueada. O potencial franque­
Para não perderem oportunidades mui­
sários chegam a pensar que descobriram
ador irá transferir conhecimentos para
tos empresários usam-se do subterfúgio
um “ovo de Colombo” quando vislum­
os franqueados de sua rede. Se ele não
de travestir a relação de franquia assi­
bram a possibilidade de cobrir o investi­
tem experiência anterior com a ativida­
nando contratos de licenciamento, de
mento necessário na estruturação prévia
de objeto de franqueamento como fará
redes de negócio ou outros. O nome do
de sua rede de franquias com a venda de
isso? É essencial experiência anterior.
contrato não altera a natureza da relação
unidades. Há uma ordem que deve ser
2- Início da atividade sem a veri-
e uma relação de franquia tem todo um
obedecida: primeiro estruturação depois
ficação adequada do enquadramento
protocolo a ser obedecido e isso tem seu
venda de franquias. Essa ordem se mo­
legal da atividade. Por vezes, a empre­
tempo de maturação.
dificada pode dar problemas e prejuízos
sa que pretende franquear sua atividade
5- Venda de franquias somente
grandes aos franqueadores. Para não
conhece muito bem a operação a ser
com os contratos de franquias. Os
parecer uma recomendação infundada,
franqueada. Entretanto, talvez o siste­
contratos de franquia são essenciais para
enfatizo que a incidência desse tipo de
ma de franquias não seja o modelo mais
formalização da relação entre as par­
erro está diminuindo na mesma propor­
adequado para atender às necessidades
tes. Entretanto, a lei de franquias exige
ção em que o mercado está se profissio­
da empresa. É preciso considerar outras
que haja a confecção de uma Circular
nalizando. Hoje há menor tolerância por
possibilidades também.
de Oferta de Franquia (COF), que é um
parte dos franqueados ao franqueador
3- Franqueamento sem o pleno co-
documento que possui as informações
despreparado, Mesmo assim ainda há
nhecimento dos limites estruturais da
fundamentais para a análise prévia da
quem se utilize dessas práticas conde­
empresa franqueadora. Se a oferta de
franquia como negócio pelo franqueado.
náveis iniciando-se no sistema de fran­
franquias for bem recebida pelo merca­
6- Confecção de contratos de fran-
chising de maneira aventureira, aumen­
do, haverá muitas pessoas interessadas
quia e Circular de Oferta de Franquia
tando em muito os potenciais problemas
na compra da franquia. No começo da
(COF) sem os devidos estudos prévios
para elas mesmas.
atividade o franqueador precisa conhe­
de viabilidade de franqueamento e
cer qual a capacidade de atendimento
modelo de franquia. É possível a con­
aos franqueados de sua estrutura, caso
fecção de contratos e COF somente com
contrário assumirá inconscientemente
definições teóricas. O problema que
* Marco Aurélio Militelli é consultor de empresas há mais
de 25 anos e diretor-presidente da MILITELLI - Business
Consulting. Especialista em estratégia empresarial,
projetos e processos para modelagem e estruturação
de negócios, reestruturação, planejamento e expansão
empresarial
Artigo
48
Objetivo saudável
Antonio Delfim Netto*
“Chegar a uma taxa de juro real próxima dos níveis internacionais – como vem
defendendo a presidente Dilma Roussef – é um objetivo mais do que saudável: ele é
absolutamente necessário para uma melhor e mais eficiente organização produtiva
geradora do crescimento econômico”.
Foto: Divulgação
E
m toda proximidade das reuniões do Conselho de
Política Monetária temos tido a oportunidade de ler
análises muito bem fundamentadas com sugestões ao
Banco Central de “como deveria proceder” para conservar
o juro básico no nível em que se encontrava ou, quem sabe,
elevar um tantinho o patamar, porque “o seguro morreu de
velho” e ninguém pode garantir que num futuro próximo não
tenhamos “surpresas desagradáveis” com a meta da inflação.
De uma forma geral, os argumentos arrolados pelos brilhan­
tes analistas dos mercados financeiros estão fora da realidade
dos fatos.
Não foi diferente quando o COPOM decidiu reduzir a SE­
LIC de 9.0% para 8.5%, a menor taxa básica de juros desde
que ela foi instituída, no longínquo mês de julho de 1986.
Acontece que muitos analistas ainda não se convenceram que
te necessário para uma melhor e mais eficiente organização
o nosso Banco Central tem hoje mais conhecimento da situ­
produtiva geradora do crescimento econômico. Não tem nada
ação da economia mundial do que a maioria dos críticos de
a ver com as tentativas de criar um “estado de guerra” com o
sua política. Há dificuldades gigantescas nos Estados Unidos
sistema bancário e sim com as restrições institucionais cons­
onde a recuperação do crescimento tem sido muito lenta. A
truídas pelos governos, mas que hoje vão sendo superadas.
eventual saída da Grécia da Zona do Euro não será uma coisa
O nível da taxa de juros real não é uma constante da na­
tão simples como se imagina, num momento em que o resto
tureza. O juro depende fundamentalmente das instituições
do mundo parece estar caindo aos pedaços.
que garantem a segurança do credor, da evolução da polí­
Fora do continente europeu, a Índia já dá sinais claros
tica monetária e do comportamento fiscal dos governos. O
de que seu ritmo de crescimento está murchando e a Chi­
Brasil está construindo agora as condições para libertar-se da
na, que era a grande aposta de recuperação asiática, já emite
taxa de juro teratológica produzida pelo desespero de alguns
também os sinais de arrefecimento no ritmo de expansão da
momentos e que se perpetuou pela cômoda política mone­
economia, entrando numa faixa de controle mais baixo dos
tária que se seguiu. É por isso que devemos apoiar a firme
níveis de atividade para tentar fazer um pouso suave, o que é
decisão do governo Dilma de enfrentar o problema do juro
provável, mas não altera o fato que o mundo está murchando.
real, inicialmente com a mudança da política monetária e em
O Brasil, como parte do mundo, está se posicionando para
seguida pela correção dos fatores que impediam a sua livre
enfrentar as consequências dessa aterrisagem.
determinação.
Chegar a uma taxa de juro real próxima dos níveis inter­
nacionais – como vem defendendo a presidente Dilma Rous­
sef – é um objetivo mais do que saudável: ele é absolutamen­
Professor Emérito da FEA/USP. Ex-Ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento. E-mail: [email protected]
Coluna do Sindilav-SP
Raio X das entidades
A
grande pergunta que muitos fa­
zem é porque se deve contribuir
para uma associação ou para um
sindicato, se não se utiliza nenhum
serviço disponibilizado, ou, ainda, se
simplesmente não se quer pagar. Para
nós brasileiros, falta uma maior cultura
política, uma cultura associativista, de
buscar e defender sempre o melhor para
sua atividade.
Já que a maioria dos empresários
não faz parte de partidos políticos, es­
ses empresários deveriam ter em sua
associação, ou no sindicato que os re­
presenta, uma entidade de consultas,
que apresente ideias, ajudando-os para
que o seu segmento empresarial fique
cada vez mais em evidência, com gran­
de incremento e projeção como ativida­
de econômica.
O empresário deve enxergar que
uma associação de classe ou sindicato
está sempre incorporando novas con­
quistas para sua categoria, benefician­
do a todos indistintamente, mas muitos
ainda pensam na famosa “Lei de Ger­
son”, onde só querem levar vantagem e
nada contribuir.
Nós, do segmento de lavanderias,
sempre estamos sujeitos a pequenos
incidentes nos processos de lavagem,
com dúvidas em relação a algum teci­
do novo, ou mesmo descobrindo novas
técnicas e equipamentos, e são as enti­
dades que podem nos ajudar.
Tanto a ANEL quanto o SINDI­
LAV dispõem de atendimento jurídico
para seus associados
e quando acontece
uma reclamação tra­
balhista, que hoje
praticamente
virou
moda, ou problemas
com clientes, perce­
bemos que os hono­
rários cobrados pelo
advogado para nossa
defesa compensam as
contribuições, ou seja,
os valores pagos a tí­
tulo de contribuição
são bastante menores que os honorários
cobrados, havendo casos de ainda se ter
alguma economia.
Outro grande problema que encon­
tramos é que, mesmo fazendo parte de
uma associação ou de um sindicato,
poucos se interessam em fazer parte de
seu corpo diretivo, sob a alegação de
não ter tempo ou sob o argumento de
que nada recebem. São esses, no entan­
to, os que estão sempre reclamando e
exigindo ótimos serviços.
Nosso segmento poderá crescer
muito, temos muito para conquistar,
pois hoje somente em torno de 4% da
população economicamente ativa utili­
za serviços de lavanderia. Esse cresci­
mento poderá ser acelerado se todos se
unirem e procurarem buscar soluções.
Frequentemente, ficamos surpresos
quando uma lavanderia procura as nos­
sas entidades precisando da convenção
coletiva, de alguma orientação traba­
José Carlos Larocca
lhista ou qualquer outro tipo de escla­
recimento ou ajuda, mas se recusam a
contribuir e, ainda assim, exigem e cri­
ticam.
Na ANEL como no SINDILAV to­
dos os dirigentes nada recebem por seu
trabalho e dedicação, portanto a entra­
da de novos colaboradores sempre será
bem vinda, pois permitiria um melhor
revezamento, porque somos poucos
para conduzir as entidades e, ao mesmo
tempo, tocar nossas empresas, de onde,
afinal, retiramos nosso sustento e paga­
mento de nossas despesas.
Gostaríamos que muitos de vocês
que estão lendo este artigo passem a
fazer parte de nossas entidades, onde
serão muito bem recebidos.
Sejam bem vindos !!!!!!
José Carlos Larocca é presidente do Sindicato Intermunicipal de Lavanderias no Estado de São Paulo – SINDILAV.
49
50
classificados
Vestindo a camisa do Brasil
O fornecedor líder global em soluções para lavanderia profissional está fortalecendo
seu time para oferecer o melhor atendimento e satisfação aos clientes.
Rua Verbo Divino, 1488 - 7o Andar - São Paulo - SP
Telefones: (11) 5188-1313 | (11) 7602-6028
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