RELATÓRIO2012 FICHA TÉCNICA TÍTULO PROJETO TESTES INTERMÉDIOS Relatório 2012 COORDENAÇÃO Helder Diniz de Sousa AUTORIA Coordenadores e autores de testes intermédios de: 1.º ciclo do ensino básico Língua Portuguesa Matemática 3.º ciclo do ensino básico Ciências Físico-Químicas Ciências Naturais Geografia História Inglês Língua Portuguesa Matemática Ensino secundário Biologia e Geologia Filosofia Física e Química A Matemática A Português Maria Antonieta Ferreira Rita Brito Romão Sandra Pereira Vanda Lourenço Diretor: Helder Diniz de Sousa Fevereiro de 2013 Relatório Testes Intermédios 2012 2 _ 130 ÍNDICE ÍNDICE DE FIGURAS _________________________________________________ 005 INTRODUÇÃO _____________________________________________________ 007 ANÁLISE DE RESULTADOS POR DISCIPLINA 1.º ciclo do ensino básico Língua Portuguesa e Matemática (nota introdutória) ______________________ 0 11 Língua Portuguesa __________________________________________________ 0 13 Matemática ________________________________________________________ 0 17 3.º ciclo do ensino básico Ciências Físico-Químicas _____________________________________________ 0 20 Ciências Naturais ___________________________________________________ 0 23 Geografia __________________________________________________________ 0 26 História ___________________________________________________________ 0 28 Inglês _____________________________________________________________ 0 31 Língua Portuguesa __________________________________________________ 0 36 Matemática ________________________________________________________ 0 38 Ensino secundário Biologia e Geologia – 10.º e 11.º anos __________________________________ 0 43 Filosofia – 11.º ano __________________________________________________ 0 48 Física e Química A – 10.º e 11.º anos ___________________________________ 0 50 Matemática A – 10.º, 11.º e 12.º anos __________________________________ 0 54 Português – 12.º ano _________________________________________________ 0 61 Relatório Testes Intermédios 2012 3 _ 130 DISTRIBUIÇÃO DOS RESULTADOS POR NUTS III ____________________________ 65 CONCLUSÃO ______________________________________________________ 100 ANEXOS __________________________________________________________ 103 Relatório Testes Intermédios 2012 4 _ 130 ÍNDICE DE FIGURAS FIGURA 1 Resultados médios por domínios – 2012. Língua Portuguesa – 1.º ciclo do ensino básico ____________________ 66 FIGURA 2 Resultados médios por áreas temáticas – 2012. Matemática – 1.º ciclo do ensino básico ___________________ 67 FIGURA 3 Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Ciências Físico-Químicas – 3.º ciclo do ensino básico __________________________________________________ 68 FIGURA 4 Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Ciências Físico-Químicas – 3.º ciclo do ensino básico. Valores índice (Média nacional = 100) ________________ 69 FIGURA 5 Distribuição dos resultados médios por NUTS III — 2012 Ciências Naturais – 3.º ciclo do ensino básico ________________________________________________________ 70 FIGURA 6 Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Ciências Naturais – 3.º ciclo do ensino básico. Valores índice (Média nacional = 100) ______________________ 71 FIGURA 7 Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Geografia – 3.º ciclo do ensino básico ______________________________________________________________ 72 FIGURA 8 Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Geografia – 3.º ciclo do ensino básico. Valores índice (Média nacional = 100) _____________________________ 73 FIGURA 9 Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 História – 3.º ciclo do ensino básico ________________________________________________________________ 74 FIGURA 10 Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 História – 3.º ciclo do ensino básico. Valores índice (Média nacional =100) _______________________________ 75 FIGURA 11 Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Inglês – 3.º ciclo do ensino básico __________________________________________________________________ 76 FIGURA 12 Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Inglês – 3.º ciclo do ensino básico. Valores índice (Média nacional = 100) ________________________________ 77 FIGURA 13 Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Língua Portuguesa – 3.º ciclo do ensino básico ______________________________________________________ 78 FIGURA 14 Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Língua Portuguesa – 3.º ciclo do ensino básico. Valores índice (Média nacional = 100) _____________________ 79 FIGURA 15 Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Matemática – 3.º ciclo do ensino básico _____________________________________________________________ 80 FIGURA 16 Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Matemática – 3.º ciclo do ensino básico. Valores índice (Média nacional = 100) ___________________________ 81 FIGURA 17 Diferença entre o valor índice da NUTS III e o índice 100 – 2012 Resultados dos testes de Língua Portuguesa e de Matemática – 9.º ano de escolaridade (Média nacional = 100) __________________________________________________________________________ 83 FIGURA 18 Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Biologia e Geologia – ensino secundário ____________________________________________________________ 84 Relatório Testes Intermédios 2012 5 _ 130 FIGURA 19 Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Biologia e Geologia – ensino secundário (10.º e 11.º anos). Valores índice (Média nacional = 100) ___________ 85 FIGURA 20 Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Filosofia – ensino secundário _____________________________________________________________________ 86 FIGURA 21 Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Filosofia – ensino secundário. Valores índice (Média nacional = 100) ____________________________________ 87 FIGURA 22 Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Física e Química A – ensino secundário _____________________________________________________________ 88 FIGURA 23 Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Física e Química A – ensino secundário (10.º e 11.º anos). Valores índice (Média nacional =100) ____________ 89 FIGURA 24 Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Português – ensino secundário _____________________________________________________________________ 90 FIGURA 25 Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012.Português – ensino secundário, por ano de escolaridade (12.º ano). Valores índice (Média nacional = 100) _________________________________________ 91 FIGURA 26 Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Matemática – ensino secundário ___________________________________________________________________ 92 FIGURA 27 Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012.Matemática – ensino secundário, por ano de escolaridade (10.º, 11.º e 12.º anos). Valores índice (Média nacional = 100) ______________________________ 93 FIGURA 28 Posição relativa das NUTS III em função da variação dos resultados 2009-2012 e da média obtida em 2012 Língua Portuguesa – 9.º ano _______________________________________________________________________ 95 FIGURA 29 Posição relativa das NUTS III em função da variação dos resultados 2009-2012 e da média obtida em 2012 Matemática – 9.º ano ____________________________________________________________________________ 97 FIGURA 30 Posição relativa das NUTS III em função da variação dos resultados 2009-2012 e da média obtida em 2012 Biologia e Geologia – 11.º ano _____________________________________________________________________ 98 FIGURA 31 Posição relativa das NUTS III em função da variação dos resultados 2009-2012 e da média obtida em 2012 Física e Química A – 11.º ano ______________________________________________________________________ 99 FIGURA 32 Posição relativa das NUTS III em função da variação dos resultados 2009-2012 e da média obtida em 2012 Matemática – 12.º ano __________________________________________________________________________ 100 Relatório Testes Intermédios 2012 6 _ 130 INTRODUÇÃO No ano letivo 2011/2012, conclui-se o sétimo ano do projeto dos Testes Intermédios (TI) e o quinto ano em que estes foram aplicados num leque alargado de disciplinas no ensino secundário e nas disciplinas do 3.º ciclo do ensino básico com provas finais nacionais. Globalmente, ao nível do ensino secundário, tem sido observada uma crescente adesão das escolas ao projeto. Na sequência de uma tendência evidenciada em anos anteriores, o número de escolas que aplicam testes tem registado um consistente aumento, estando próximo do universo de escolas com este nível de ensino. Em 2012, relativamente a 2011, ocorreu um aumento do número de inscrições que oscilou entre 3,6% (Matemática A) e 26,1% (Filosofia). Em relação ao ensino básico, verifica-se que o número de escolas onde se aplicam TI de Português e de Matemática do 3.º ciclo do ensino básico está, à semelhança do referido para o ensino secundário, próximo do universo de escolas. Ainda assim, em 2012 foi observado um acréscimo de escolas inscritas da ordem dos 4%, em Português, e dos 7%, em Matemática. No que se refere ao 1.º ciclo do ensino básico, houve também um acréscimo de escolas inscritas: 6,3%, em Português, e 8,2%, em Matemática. No 3.º ciclo do ensino básico, nas inscrições em disciplinas não sujeitas a provas finais nacionais, com níveis de adesão bem inferiores aos registados nas disciplinas de Português e de Matemática1, apenas se verificou um ligeiro acréscimo nas inscrições na disciplina de Ciências Naturais. Nas restantes quatro disciplinas (Físico-Química, História, Geografia e Inglês), o número de inscrições decresceu entre 0,3% (História) e 5,2% (Inglês). Embora sem significado estatístico, uma possível explicação para esta variação, de acordo com o que foi sendo reportado por diversas escolas, reside, essencialmente, em quatro razões: dificuldades de articulação de calendário no sentido de conjugar a realização dos TI e dos outros testes nas disciplinas em causa; opções pedagógicas próprias (intenção de continuar a privilegiar o recurso a uma avaliação externa estandardizada apenas em disciplinas sujeitas a avaliação externa com implicações na progressão dos alunos, como é o caso de Português e de Matemática); pressões de encarregados de educação no sentido da não realização de TI nas disciplinas não sujeitas a provas finais nacionais; dificuldades logísticas decorrentes da implementação do elenco completo de TI. No que se refere ao número de testes disponibilizados por disciplina, optou-se por reduzir de dois TI para um no 11.º ano de Matemática A, tendo sido também esta a opção nas disciplinas de Biologia e Geologia e de Física e Química A. O número total de testes realizados passou, assim, de 24, em 2011, para 21, em 2012. 1 As inscrições nas disciplinas do 3.º ciclo do ensino básico não sujeitas a provas finais nacionais representam 55% a 65% das inscrições registadas em Matemática. Relatório Testes Intermédios 2012 7 _ 130 Na continuação do projeto, reitera-se o quadro conceptual e as finalidades já há muito explicitadas pelo GAVE: o valor de diagnóstico2 e o valor formativo e regulador destes instrumentos de avaliação, sustentados por uma ampla e detalhada informação sobre resultados. A informação por item e por aluno deve, pois, constituir, desde que bem utilizada e comunicada aos principais interessados, alunos e famílias, uma ferramenta quer de diagnóstico da qualidade da aprendizagem desenvolvida até então, quer de autoavaliação, para o aluno, quer ainda de possível instrumento de regulação, correção ou reajustamento das práticas dos professores. Para cada escola/comunidade educativa, o facto de os resultados de cada teste poderem ser contextualizados em relação aos resultados da unidade territorial (NUTS III) onde a escola se insere ou aos do todo nacional vem ainda reforçar, num contexto complementar, o papel regulador atrás enunciado. Pode ainda referir-se que a manutenção da matriz de apresentação da informação gerada por cada teste e das ferramentas informáticas utilizadas, com as quais os professores já deverão estar familiarizados, constitui um fator acrescido de valorização do papel formativo e regulador que este projeto pode e deve assegurar. De um ponto de vista logístico, continua a ser relevante reiterar a importância de alguns aspetos em que ainda se afigura indispensável uma continuada atenção das escolas: a delegação de competências por parte das direções das escolas na figura do gestor de projeto; a plena assunção pelo gestor do projeto das funções que lhe estão atribuídas; a assunção por parte das escolas (direção e/ou gestor) de uma plena e total responsabilidade no que se refere: 2 o ao conhecimento atempado e integral das informações que regulam a aplicação dos TI; o à escolha do elenco das provas a aplicar; o à inscrição da escola no projeto dentro dos prazos definidos e amplamente divulgados na página da Internet do GAVE; o à logística de aplicação dos TI; o à classificação das provas e à forma como os resultados são utilizados; o à devolução dos resultados da escola ao GAVE, cumprindo também os prazos definidos para o efeito; Salienta-se a relevância dos TI de Português e de Matemática do 1.º ciclo do ensino básico como instrumentos de diagnóstico precoce das dificuldades de aprendizagem, a meio de um ciclo ainda marcado por níveis de insucesso excessivos (para este nível de ensino, estruturante dos percursos escolares futuros) e/ou por desempenhos médios de nível apenas satisfatório. Relatório Testes Intermédios 2012 8 _ 130 o à contínua melhoria do nível de informação e de consciencialização da comunidade educativa em relação à natureza particular do projeto, ao nível das suas finalidades. O presente relatório é composto, como tem sido habitual, por duas partes: na primeira parte, apresenta-se uma análise dos resultados por disciplina; na segunda parte, procede-se a uma comparação dos resultados georreferenciados ao nível da NUTS III, unidade de análise desde sempre considerada neste projeto. Completa-se o relatório com um conjunto de anexos onde se apresenta informação de resultados nacionais de forma mais detalhada. Para os professores e para as escolas, a consulta deste relatório deve ser acompanhada de uma nova consulta das informações relativas a cada teste, de acesso restrito, facilitando, assim, um adequado enquadramento dos resultados da própria escola com a abordagem de âmbito global/nacional aqui apresentada. Para os restantes leitores, a informação agora disponibilizada possibilita uma visão macro, quer no plano pedagógico, quer no territorial, do desempenho que os alunos portugueses evidenciam nas disciplinas que integram o projeto. Na primeira parte do relatório, faz-se uma breve descrição de cada teste, da sua estrutura e principais características, e, a partir da análise dos resultados nacionais, destacam-se as áreas da aprendizagem que se afiguram consolidadas e, em sentido oposto, identificam-se as que evidenciam maiores fragilidades. A informação disponibilizada, privilegiando uma análise de âmbito nacional, aponta para a sistematização e categorização dos desempenhos de forma dicotómica. A este propósito, é bom ter presente que as inferências produzidas estão sempre balizadas pelos resultados de um instrumento de avaliação específico, pelo que se recomenda a sua leitura tendo em conta outras informações e resultados decorrentes de processos de avaliação realizados em diferentes contextos. Na segunda parte do relatório, apresentam-se os resultados georreferenciados ao nível da NUTS III. Com estes resultados, pode ficar a conhecer-se: a distribuição geográfica da média dos resultados do conjunto dos TI de cada disciplina; a posição relativa dos resultados de cada unidade territorial, por disciplina e por ano de escolaridade, em relação à média nacional; a tendência de evolução dos resultados, também por disciplina, entre 2009 e 2012, considerando-se, para o efeito, apenas os resultados do último TI realizado no ano terminal do ciclo de estudos de cada disciplina. Os resultados agora apresentados, dado o seu âmbito nacional, devem ser sempre inseridos na realidade social e territorial específica de cada comunidade educativa. Relatório Testes Intermédios 2012 9 _ 130 Os valores que sustentam as comparações inter-regionais apresentadas são valores índice (valor médio de Portugal igual a 100), o que permite desvalorizar a interferência da variável teste (como se sabe, trata-se de testes sempre originais) na comparabilidade dos mesmos. Excetuam-se os valores considerados nos intervalos da escala de classificações utilizada nas representações gráficas e cartográficas que ilustram a distribuição dos resultados por NUTS III, que traduzem a média dos resultados de cada teste registados em cada uma das unidades territoriais. Note-se ainda que, sendo o número de escolas inscritas largamente representativo do universo nacional, em algumas das NUTS III, com um reduzido número de escolas (devido à reduzida dimensão territorial ou à baixa densidade populacional), os resultados apresentados podem não ser estatisticamente significativos. Como nota final, refira-se que, no texto em que se apresenta a análise dos resultados por disciplina, bem como nas diversas representações gráficas e cartográficas que ilustram a sua evolução ou distribuição geográfica, se optou por manter as designações das diferentes disciplinas vigentes à data de realização de cada aplicação, as mesmas que constam das informações então publicadas. Relatório Testes Intermédios 2012 10 _ 130 ANÁLISE DE RESULTADOS POR DISCIPLINA 1.º ciclo do ensino básico Língua Portuguesa e Matemática – 2.º ano Devem ser consultadas as Informações n.º 24 (Língua Portuguesa) e n.º 25 (Matemática), disponíveis na Extranet (Testes Intermédios 2011/2012). Nota introdutória As informações produzidas, em 2010/2011, a propósito da realização de testes intermédios no 1.º ciclo do ensino básico explicitaram o princípio de base que sustenta a conceção e a disponibilização de instrumentos de avaliação de aplicação nacional dirigidos aos alunos do 2.º ano de escolaridade: a necessidade de se levar a cabo um diagnóstico precoce das dificuldades dos alunos, permitindo uma intervenção pedagógica e didática mais eficaz. Importa, mais uma vez, retomar esta finalidade, uma vez que ela comporta uma dimensão formativa da avaliação que se pretende ver especialmente destacada nos testes intermédios do 2.º ano. De facto, a aplicação destes testes oferece a possibilidade de, através de uma avaliação concebida externamente às escolas e aferida por padrões nacionais, obter um conhecimento altamente detalhado do desempenho dos alunos a meio de um ciclo de escolaridade de quatro anos. A informação decorrente da análise dos resultados de cada teste, que deverá ser, naturalmente, partilhada com os encarregados de educação, parceiros insubstituíveis no processo de monitorização e de acompanhamento do percurso escolar dos alunos/educandos, constitui uma mais-valia para a qualidade da ação pedagógica a desenvolver nos últimos dois anos de escolaridade do ciclo, que culmina, já neste ano letivo, com a realização de provas finais. Não obstante o exposto, há que considerar as limitações que os resultados de uma única prova comportam, realidade que terá de estar sempre presente na sua análise e interpretação. De qualquer forma, o grau de pormenor que os relatórios individuais apresentam (veja-se exemplo de Ficha Individual de Aluno — Anexo 1) permite identificar ou corroborar fragilidades na aprendizagem desenvolvida por cada aluno, não raras vezes identificadas tardiamente. Esta informação deve também constituir-se como um diagnóstico que sustente intervenções educativas subsequentes, no sentido da superação das referidas dificuldades e da prevenção do insucesso. No quadro do que atrás se explicita, a classificação dos testes efetuou-se, como habitualmente, de acordo com os critérios gerais e com os critérios específicos de Relatório Testes Intermédios 2012 11 _ 130 cada item, sendo que os critérios específicos apresentaram, à semelhança do que ocorreu em 2010/2011, um conjunto de descritores por níveis de desempenho que correspondiam a códigos numéricos, a atribuir de acordo com o desempenho evidenciado pela resposta (ausência de resposta, resposta incorreta, resposta incompleta, resposta correta, entre outras informações). Consentânea com o carácter eminentemente formativo destes testes intermédios, a utilização de códigos numéricos justifica-se também por razões técnicas, pois permite o tratamento informático dos dados registados nas grelhas de registo de resultados. Considerando as particularidades dos critérios de classificação destes testes, a classificação global de cada teste não resultou do somatório de cotações e pontuações previstas para cada item, numa escala 0-100, nem tão-pouco do somatório dos códigos numéricos atribuídos. Assim, a classificação dos testes traduziu-se na atribuição de uma notação qualitativa (Satisfaz Bem, Satisfaz ou Não Satisfaz) para cada um dos domínios e das áreas temáticas a avaliar (por escola, por turma e por aluno). Os resultados nacionais que agora se apresentam seguem, naturalmente, este mesmo formato. Relatório Testes Intermédios 2012 12 _ 130 Língua Portuguesa – 2.º ano Caracterização do teste O teste estava dividido em duas partes, apresentadas em dois cadernos, Caderno 1 e Caderno 2, e incluía um total de quatro grupos de itens. O Caderno 1 continha os Grupos I e II e o Caderno 2 continha os Grupos III e IV. No Caderno 1, avaliavam-se os conteúdos nos domínios da Compreensão do Oral (Grupo I) e da Leitura (Grupo II). O Grupo I incluía um ficheiro áudio, para reprodução na sala de aula. No Caderno 2, eram avaliados os conteúdos nos domínios do Conhecimento Explícito da Língua (Grupo III) e da Escrita (Grupo IV). Grupo I – Compreensão do Oral Este grupo tinha como suporte um ficheiro áudio que continha as instruções gerais para a resolução do teste, o registo áudio de uma narrativa e as instruções específicas para a resolução dos itens, implicando a compreensão oral de diferentes tipos de discurso relacionados quer com a narrativa, quer com outros objetivos comunicativos. Neste grupo, foram usados 6 itens de seleção: 1 item de associação/correspondência e 2 itens de escolha múltipla, cujo suporte era o texto narrativo escutado; 3 itens de resposta gráfica, cuja resolução seguia as instruções do texto áudio, para registo na imagem disponibilizada, tendo como suporte uma imagem para cumprimento de instruções a partir da sua observação. Itens com melhor e com pior desempenho No domínio da Compreensão do Oral, 4 dos 6 itens revelaram ter a percentagem mais elevada de respostas totalmente corretas (com atribuição do código superior) da prova. O item 3.1. foi o item com melhor desempenho da prova, tendo 98,4% dos alunos assinalado corretamente a resposta. Neste item, solicitava-se aos alunos que pintassem com o lápis verde apenas a estrela-do-mar maior. O facto de se tratar de um item de seleção de resposta gráfica poderá ter contribuído para um tão bom desempenho na compreensão da instrução oral. Registe-se, aliás, que em todos os itens de resposta gráfica do teste se obtiveram valores percentuais acima dos 90%. Ainda no domínio da Compreensão do Oral, o item 1. foi aquele em que os alunos revelaram um desempenho pior. Neste item de associação/correspondência, apenas 62,6% dos alunos responderam corretamente, identificando quatro personagens presentes no texto escutado, num conjunto de doze imagens. Ainda assim, este valor Relatório Testes Intermédios 2012 13 _ 130 percentual não deixa de corresponder a um desempenho satisfatório, dado tratar-se de um item que requeria de alunos deste ano de escolaridade um grau considerável de atenção. Grupo II – Leitura O Grupo II integrava um texto narrativo que permitia avaliar conteúdos no domínio da Leitura, através de 6 itens, 3 de seleção e 3 de construção. Itens com melhor e com pior desempenho O item 1. foi aquele em que os alunos revelaram melhor desempenho: 87,1% dos alunos identificaram corretamente o título mais adequado ao texto lido, de entre quatro hipóteses. A tipologia de escolha múltipla bem como o facto de o item requerer, essencialmente, a apreensão do sentido global do texto podem ter contribuído para este bom desempenho. Ainda no domínio da Leitura, o item 5. foi aquele em que os alunos revelaram um desempenho pior: apenas 51,8% de respostas foram classificadas com o código numérico superior. Neste item de resposta curta, os alunos deveriam justificar uma tomada de posição a partir do conhecimento veiculado pelo texto acerca das personagens (Escolhe uma das três personagens e justifica de forma adequada). Sendo um item de construção, a dificuldade poderá ter decorrido de alguma complexidade inerente ao formato do item e à operação cognitiva envolvida na resposta — posicionamento perante uma ideia, justificado com base em informação textual. Registe-se, no entanto, que uma percentagem assinalável de alunos (26,4%) conseguiu responder a parte da questão, i.e., conseguiu escolher uma das personagens, mas justificou de forma elementar, o que parece revelar que as dificuldades, neste item, diziam mais respeito à adequação da justificação a apresentar do que à escolha da personagem. Grupo III – Conhecimento Explícito da Língua No Grupo III, avaliaram-se conteúdos no domínio do Conhecimento Explícito da Língua, através de 5 itens de seleção, com particular incidência nos planos fonológico, morfológico, das classes de palavras e da representação gráfica e ortográfica. Relatório Testes Intermédios 2012 14 _ 130 Itens com melhor e com pior desempenho O item 2. foi aquele em que os alunos revelaram melhor desempenho: um total de 74,7% dos alunos reconheceu corretamente características da flexão verbal, em contexto frásico e sem recurso à metalinguagem. O formato do item e o facto de, para a sua resolução, não ser necessário convocar conhecimento metalinguístico podem justificar o bom desempenho dos alunos neste item. Ainda no domínio do Conhecimento Explícito da Língua, o item 4. foi aquele em que os alunos manifestaram um desempenho pior: apenas 54,6% dos alunos responderam corretamente, ordenando alfabeticamente cinco palavras, estando a primeira palavra já numerada. De entre os fatores que podem explicar o desempenho dos alunos neste item, podem apontar-se a natureza dicotómica inerente ao formato de um item de ordenação, e ainda o facto de duas das cinco palavras a ordenar alfabeticamente pelos alunos apresentarem o mesmo grafema em posição inicial. Grupo IV – Escrita O Grupo IV incluía 3 itens que correspondiam a cada uma das diferentes etapas da produção de um pequeno texto (Planificação, Textualização e Revisão), e, ainda, 1 item destinado à identificação, no texto produzido, de um número limitado de palavras com ortografia correta. O item 4., que avaliava a Ortografia, antecedia o item de Revisão, que se destinava ao melhoramento do texto produzido (conteúdo e forma), orientado por um guião de verificação. O item 2., referente à Textualização, contemplava os seguintes parâmetros: Tipologia (A); Coerência (B); Estruturação (C); e Vocabulário (D). Itens com melhor e com pior desempenho O Grupo IV, em que se avaliavam aprendizagens no domínio da Escrita, foi o grupo em que os alunos demonstraram mais fragilidades. O parâmetro D (Vocabulário) do item 2. (Textualização) foi aquele em que se verificou um melhor resultado: 69,2% dos alunos mobilizaram material lexical adequado à história solicitada, sendo esse desempenho expectável para esta faixa etária relativamente ao tema proposto. Com um valor percentual aproximado (68,2%), verifica-se igualmente no parâmetro B (Coerência) do item 2. (Textualização) um bom desempenho dos alunos. O parâmetro A (Tipologia) do item 2. (Textualização) foi aquele em que se verificou um pior resultado, tendo sido atribuído o código numérico superior a apenas 20,7% dos alunos. No parâmetro C (Estruturação) do item 2. (Textualização), os alunos Relatório Testes Intermédios 2012 15 _ 130 também revelaram dificuldades, pois somente 38,8% obtiveram um bom resultado na estruturação do texto. Se confrontarmos estes resultados com o valor percentual dos alunos que apresentaram o plano com todos os elementos adequados — 55,9% —, há que ter em conta a discrepância entre o desempenho alcançado no item 1. (Planificação) e as dificuldades de organização textual, a partir de um esquema dado, evidenciadas pelos resultados significativamente baixos alcançados nos parâmetros A (Tipologia) e C (Estruturação) do item 2. (Textualização). Parece, portanto, haver evidências de que os alunos continuam a ter pouco contacto com a estrutura organizativa previamente definida de textos, pois a elaboração de um plano adequado não se constituiu como elemento facilitador na organização estrutural do texto e, menos ainda, na utilização correta dos elementos inerentes à tipologia requerida.3 Propostas de intervenção didática Da análise dos resultados, destaca-se o domínio da Escrita como a área específica em que parece ser necessária uma intervenção didática. Face aos problemas identificados no domínio da Escrita, sugere-se o reforço de estratégias assentes em modelos processuais de escrita, treinando a especificidade da planificação, da textualização e da revisão e reescrita de textos. As dificuldades de escrita compositiva poderão ser minimizadas também através de um treino recorrente de escrita com fins multifuncionais. A constatação da fraca melhoria no item em que se pretendia avaliar a ortografia confirma também a necessidade de se reforçar práticas de revisão textual, que incluam, nomeadamente, o plano ortográfico. Relativamente ao domínio do Conhecimento Explícito da Língua, o item em que os alunos revelaram maior dificuldade foi um item em que deveriam ordenar palavras alfabeticamente, estando, por isso, em causa a utilização de conhecimento linguístico. O resultado obtido não deixa de ser surpreendente, tendo em conta que estudos existentes sobre práticas de ensino (por exemplo, através da análise de manuais escolares) que revelam que o tipo de tarefa referido se encontra entre os estímulos mais frequentemente usados neste nível de escolaridade, nas aulas de Língua Portuguesa. A este propósito, reitera-se a importância do trabalho continuado de explicitação de conhecimento linguístico. 3 87,0% dos alunos que realizaram o teste responderam à pergunta colocada no final da prova: O plano ajudou-te a escrever a história?. Deste conjunto, a grande maioria (83,1%) respondeu afirmativamente. Confrontando este resultado com os resultados apurados para os itens de Escrita, nomeadamente o item 1. (Planificação) — em que 55,9% dos alunos apresentaram o plano com todos os elementos adequados — e o parâmetro A (Tipologia) do item 2. (Textualização) — em que 20,7% dos alunos redigiram o texto atendendo aos elementos solicitados —, verifica-se uma discrepância entre a assunção da utilidade do plano e a sua efetiva utilidade para a produção escrita. Relatório Testes Intermédios 2012 16 _ 130 Por fim, em relação às maiores dificuldades diagnosticadas no domínio da Leitura, sugerem-se como medidas didáticas, estratégias para facilitar a leitura autónoma e a formulação de juízos fundamentados, que, em momento adequado, poderão ser veiculados através da escrita. Matemática – 2.º ano Caracterização do teste O teste incidia nos três temas matemáticos previstos no Programa da disciplina, nomeadamente no que respeita ao 1.º e ao 2.º ano: Números e Operações, Geometria e Medida, Organização e Tratamento de Dados. Os conhecimentos e as capacidades transversais avaliados e os seus pesos relativos eram os seguintes: Conhecimento de Conceitos e Procedimentos Matemáticos, 50%, Resolução de Problemas, 18%, Raciocínio Matemático, 18%, e Comunicação Matemática, 14%. O teste era constituído por duas partes apresentadas em dois cadernos, Caderno 1 e Caderno 2. A 1.ª parte, que correspondia ao Caderno 1, era constituída por 10 itens de construção e por 2 itens de seleção; a 2.ª parte, que correspondia ao Caderno 2, era constituída por 6 itens de construção e por 4 itens de seleção. Itens com melhor desempenho Os alunos revelaram melhor desempenho nos itens 1.1. e 6.1. do Caderno 1 e no item 9. do Caderno 2, nos quais, respetivamente, 79,2%, 84,9% e 79,6% das respostas dos alunos foram classificadas com o descritor de desempenho do nível máximo. No item 1.1., item de construção que incidia no tema Organização e Tratamento de Dados, o aluno teria de ler e interpretar informação apresentada num diagrama de Carrol. No item 6.1., item de escolha múltipla que incidia no tema Números e Operações, o aluno deveria ser capaz de ler números. No item 9., item de construção que se inseria no tema Geometria e Medida, o aluno teria de completar um desenho de modo a obter uma figura com simetria de reflexão de eixo horizontal. Itens com pior desempenho Os itens 1.2. e 2. do Caderno 1 e o item 13. do Caderno 2 foram aqueles em que os alunos revelaram pior desempenho, pois apenas 30,2%, 29,6% e 11,7% das respostas dos alunos, respetivamente, foram classificadas com o descritor de desempenho do Relatório Testes Intermédios 2012 17 _ 130 nível máximo. O item 1.2., de resposta restrita, inseria-se no tema Organização e Tratamento de Dados e implicava a leitura e a interpretação de dados num diagrama de Carrol, assim como a identificação da metade. O item 2. era de resposta restrita e consistia na resolução de um problema, envolvendo dinheiro, do tema Geometria e Medida. Este problema implicava a identificação, no enunciado do problema, da informação relevante para a resolução do mesmo. No âmbito do tema matemático Geometria e Medida, o item 13., de seleção, implicava o conhecimento de conceitos (identificar retângulos e saber que o quadrado pode ser visto como um caso particular do retângulo). Tendo analisado os resultados, podemos afirmar que 69,3% dos alunos não reconhece o quadrado como um retângulo (códigos 5 e 3 dos critérios específicos de classificação do item)4. As respostas dos alunos revelaram, então, algumas fragilidades ao nível do reconhecimento de propriedades de figuras no plano. Nos itens que implicavam a interpretação do enunciado de um problema e a definição de uma estratégia apropriada à resolução do mesmo, assim como a justificação, clara e coerente, dos procedimentos utilizados, os alunos apresentaram pior desempenho. Alguns dos itens implicavam mais do que uma etapa de resolução (nomeadamente o item 2.), o que os terá tornado mais difíceis para os alunos. Propostas de intervenção didática Da análise dos resultados, ressaltam como áreas temáticas em que é necessário reforçar a intervenção didática a Geometria e Medida. A utilização da visualização e do raciocínio espacial na análise de situações e na resolução de problemas, assim como a compreensão dos conceitos de perímetro e de área, são questões a trabalhar com os alunos. Um aspeto das capacidades transversais em que se verificaram grandes fragilidades foi a resolução de problemas; logo, esta necessita, de um modo muito premente, de uma intervenção didática reforçada. A resolução sistemática de problemas que impliquem a identificação da informação relevante, a utilização de contextos e estratégias diversificadas, assim como a discussão na turma das estratégias utilizadas e dos resultados obtidos podem contribuir para a apropriação de diferentes ideias e conceitos matemáticos, assim como para o desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas. Os alunos devem ser ainda incentivados, por um lado, à leitura e interpretação de enunciados matemáticos e, por outro, à justificação de ideias e raciocínios 4 Reproduzem-se os descritores de desempenho relativos aos códigos 5 e 3, respetivamente: Pinta apenas a segunda figura; Pinta a segunda figura, pinta a primeira figura e/ou a quarta figura, mas não pinta a terceira figura. Relatório Testes Intermédios 2012 18 _ 130 matemáticos, como forma de desenvolver a sua capacidade de comunicação matemática. Relatório Testes Intermédios 2012 19 _ 130 3.º ciclo do ensino básico Ciências Físico-Químicas – 9.º ano Deve ser consultada a Informação n.º 12, disponível na Extranet (Testes Intermédios 2011/2012). Caracterização do teste O teste intermédio teve por referência as Orientações Curriculares para o 3.º ciclo do ensino básico da disciplina de Ciências Físicas e Naturais — componente de Ciências Físico-Químicas —, que se organizam em quatro temas: Terra no espaço, Terra em transformação, Sustentabilidade na Terra e Viver melhor na Terra. O teste era constituído por duas partes, organizadas em grupos de itens. A primeira parte, que incluía os Grupos I a V, era constituída por 16 itens de seleção de escolha múltipla, e a segunda parte, que incluía os Grupos VI a VIII, era constituída por 5 itens de construção de resposta curta, 4 de resposta restrita e 3 de cálculo. Itens com melhor desempenho5 Grupos I a V — itens de seleção de escolha múltipla Os itens de seleção de escolha múltipla em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1.2. do Grupo I, 3. do Grupo II e 1.2. do Grupo IV, com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 75,6%, 74,2% e 73,4%. No item 1.2. do Grupo I avaliava-se o conteúdo Movimentos e forças, solicitando que se relacionasse os dados fornecidos numa tabela com a grandeza referida e que se concluísse sobre a variação dessa grandeza no intervalo de tempo referido. O bom desempenho neste item, muito superior ao que seria expectável face às capacidades e às operações mentais que mobiliza, é de difícil explicação. No item 3. do Grupo II, em que se avaliava o conteúdo Produção e transmissão de som, exigia-se que o aluno reconhecesse a propriedade pedida. O item 1.2. do Grupo IV, sobre o conteúdo Estrutura atómica, implicava que o aluno reconhecesse a informação fornecida e concluísse corretamente. Ao contrário do item 1.2. do Grupo I, estes dois itens mobilizavam essencialmente capacidades de conhecimento de conceitos e operações mentais muito elementares, o que terá contribuído para o bom desempenho. 5 Considerando que cada uma das partes que constituía o teste intermédio agrupava itens do mesmo tipo (de seleção e de construção), apresentam-se os três itens com melhor desempenho e os três com pior desempenho em cada uma das partes. Relatório Testes Intermédios 2012 20 _ 130 Grupos VI a VIII — itens de construção Os itens de construção em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 3. do Grupo VI, 4. do Grupo VI e 2.1. do Grupo VIII, com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 77,8%, 66,4% e 76,0%. O item 3. do Grupo VI avaliava o conteúdo Movimentos e forças e pretendia que o aluno, conhecendo a propriedade referida, apresentasse o valor pedido e a respetiva unidade, a partir da informação dada numa figura. No item 4. do Grupo VI, sobre o conteúdo Movimentos e forças, solicitava-se que o aluno utilizasse a informação fornecida, estabelecesse uma proporção através de um cálculo simples e elaborasse a representação gráfica pedida. Avaliando o conteúdo Propriedades físicas e químicas dos materiais, no item 2.1. do Grupo VIII, exigia-se que o aluno conhecesse a designação do material representado numa figura. O bom desempenho destes dois itens pode ser atribuído ao facto de mobilizarem apenas capacidades de conhecimento de conceitos e operações mentais muito elementares. Itens com pior desempenho Grupos I a V — itens de seleção de escolha múltipla Os itens de seleção de escolha múltipla em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 1.1. do Grupo I, o item 3. do Grupo III e o item 2. do Grupo V, com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 6,4%, 23,8%, 23,6%. O item 1.1. do Grupo I avaliava o conteúdo Movimentos e forças e envolvia operações mentais distintas: reconhecer o intervalo de tempo referido, relacionar os dados fornecidos na tabela com esse intervalo de tempo e determinar a grandeza pedida, reconhecendo a opção correta. No item 3. do Grupo III, em que se avaliava o conteúdo Características dos planetas, solicitava-se que o aluno interpretasse a informação fornecida, relacionasse os dados fornecidos com o valor pedido e calculasse o valor pedido para reconhecer a opção correta. O item 2. do Grupo V, sobre o conteúdo Explicação e representação das reações químicas, mobilizava a interpretação e compreensão da lei de Lavoisier, exigindo que o aluno concluísse corretamente sobre a variação das grandezas referidas. Embora com o formato de itens de seleção de escolha múltipla, estes itens mobilizam essencialmente capacidades de interpretação de dados, de conhecimento/compreensão de conceitos e, no caso do item 3. do Grupo III, de cálculo, assim como operações mentais relativamente complexas que correspondem Relatório Testes Intermédios 2012 21 _ 130 a uma sequência de raciocínios. As diferenças relativas às capacidades e operações mentais mobilizadas por estes itens permitirão justificar as descidas muito significativas em relação ao nível de desempenho dos itens de seleção com melhores resultados, traduzidas por grandes diferenças nas percentagens reais de classificação média em relação à cotação total. Grupos VI a VIII — itens de construção Os itens de construção em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 2. e 3. do Grupo VII e o item 1. do Grupo VIII, com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 6,6%, 9,3% e 8,8%. O item 2. do Grupo VII, de construção de cálculo, avaliava o conteúdo Movimentos e forças e pedia ao aluno que interpretasse o gráfico fornecido e que, a partir da informação dada no gráfico, realizasse cálculos de modo a determinar a grandeza pedida. O item 3. do Grupo VII, de construção de cálculo, sobre o conteúdo Movimentos e forças, mobilizava a interpretação do gráfico fornecido e, a partir da informação dada no gráfico, a realização de cálculos de modo a determinar a grandeza pedida. O item 1. do Grupo VIII, de construção de resposta curta, pretendia avaliar o conteúdo Propriedades físicas e químicas dos materiais, sendo que o aluno devia utilizar os dados fornecidos, realizar as conversões de unidades necessárias, estabelecer relações de proporcionalidade e realizar cálculos de modo a determinar a grandeza pedida. Verifica-se que estes três itens mobilizavam capacidades de interpretação de uma representação gráfica ou de dados, de conhecimento/compreensão de conceitos e de realização de cálculos, e operações mentais relativamente complexas que correspondem também a uma sequência de raciocínios. Globalmente, verifica-se que os itens com pior nível de desempenho envolvem a mobilização de capacidades diversificadas e operações mentais relativamente complexas, que correspondem a uma sequência de raciocínios. Propostas de intervenção didática A análise dos resultados obtidos realizada permitirá fundamentar algumas propostas de natureza didática, nomeadamente: realização de atividades experimentais que privilegiem a observação (recorrendo a esquemas como formas de representação) e a interpretação das observações realizadas; Relatório Testes Intermédios 2012 22 _ 130 elaboração de pequenos textos de natureza diversa, privilegiando-se a descrição de observações realizadas em aula; construção e análise de gráficos a partir de dados reais; interpretação de gráficos e utilização dos mesmos para estabelecer relações entre grandezas físicas; construção e análise de tabelas de dados reais e utilização das mesmas para estabelecer relações entre grandezas físicas; promoção de situações que impliquem a utilização de instrumentos de medida; promoção de situações que envolvam conversões de unidades. Ciências Naturais – 9.º ano Deve ser consultada a Informação n.º 18, disponível na Extranet (Testes Intermédios 2011/2012). Caracterização do teste O teste intermédio teve por referência as Orientações Curriculares para o 3.º ciclo do ensino básico da disciplina de Ciências Físicas e Naturais — componente de Ciências Naturais —, que se organizam em quatro temas: Terra no espaço, Terra em transformação, Sustentabilidade na Terra e Viver melhor na Terra. O teste intermédio apresentava três grupos de itens, que tinham como suporte documentos de texto, figuras e tabelas. No que concerne à tipologia dos itens, a prova incluía, itens de seleção (16 de escolha múltipla, 2 de associação/correspondência e 2 de ordenação) e itens de construção (2 de resposta curta e 3 de resposta restrita), num total de 25 itens. Itens com melhor desempenho Os três itens em que os alunos evidenciaram melhor nível de desempenho foram o item 4. do Grupo II, o item 5. do Grupo III e o item 7. do Grupo III, com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 75,4%, 80,6% e 83,4%. Todos estes itens eram de escolha múltipla. No item 4. do Grupo II, solicitava-se a interpretação de dados fornecidos em texto e em tabela, relacionada com a zona do estudo que apresentava melhor qualidade do ar. O item apelava ao conhecimento e à compreensão de dados e de conceitos. Relatório Testes Intermédios 2012 23 _ 130 O item 5. do Grupo III tinha como objetivo o relacionamento da produção de energia com os níveis de oxigénio nas células. Este item solicitava a mobilização e a utilização de dados e de conceitos, tendo como suporte um texto. O item 7. do Grupo III, no qual os alunos evidenciaram o melhor desempenho do teste, incidia na compreensão dos efeitos da aspirina como meio de prevenção de doenças cardiovasculares. O item apelava ao conhecimento e à compreensão de dados e de conceitos, tendo como suporte um texto. Verifica-se que os itens que apresentaram melhor desempenho correspondem à tipologia de escolha múltipla. Dada a diversidade de âmbito de aplicação deste tipo de itens, estes podem ser utilizados para se avaliar resultados de aprendizagem desde o nível mais simples ao mais complexo. Nos itens em análise, era necessária a interpretação dos suportes fornecidos, o que envolvia conhecimento, compreensão, interpretação, mobilização e utilização de dados. Os resultados obtidos sugerem que os itens em análise, tanto no que se refere às capacidades que convocavam como aos conteúdos mobilizados, não criaram dificuldades significativas aos alunos. Salienta-se que a tipologia de item de escolha múltipla foi a mais representativa da prova (16 em 25 itens), o que aumenta a probabilidade de estes serem os itens com melhor desempenho. Itens com pior desempenho Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 5. do Grupo I, 9. do Grupo III e 12. do Grupo III, com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 29,8% (com 53,5% das respostas com cotação nula), 7,6% e 20,1% (com 64,5% das respostas com cotação nula). Estes itens eram de diversas tipologias: associação/correspondência, ordenação e resposta restrita, com uma cotação nula que se situou entre os 53,5% e os 92,4%. Nos três itens em apreço, só o de resposta restrita requeria a interpretação de um suporte (texto). O item 9. do Grupo III, de ordenação, apresentou o pior desempenho do teste. Neste item, solicitava-se o conhecimento aprofundado de conteúdos relativos à inspiração e o relacionamento entre os sistemas neuro-hormonal e respiratório, exigindo-se um conjunto de operações mentais, com alguma complexidade, que permitiriam a sequenciação lógica dos diferentes elementos apresentados no item. Estes factos poderão ter estado na base das dificuldades sentidas pelos alunos. Enquanto item de ordenação, a classificação da resposta é dicotómica, o que é determinante para o valor percentual da classificação média em relação à cotação total, que, nestes casos, coincide com o valor de respostas com cotação total (7,6%). Relatório Testes Intermédios 2012 24 _ 130 O item 12. do Grupo III, de resposta restrita, tinha como objetivo relacionar a dificuldade da circulação pulmonar com o maior esforço exercido pelo coração. Este item exigia a explicação de contextos em análise e solicitava que, a partir do reconhecimento do objetivo do item, os alunos mobilizassem dados do suporte (texto) num contexto específico, com o qual poderão não estar familiarizados na abordagem curricular. O baixo desempenho dos alunos neste item pode ter estado relacionado com dificuldades de compreensão do que foi pedido, de aplicação de conceitos e modelos em novas situações e de estabelecimento das relações solicitadas. Nesta tipologia de item, os alunos têm de percorrer várias etapas para construírem a sua resposta e, portanto, itens em que se avaliem capacidades complexas, como as referidas, apresentam geralmente resultados inferiores aos daqueles em que se avaliam capacidades mais simples. No item 5. do Grupo I, de associação/correspondência, solicitava-se o conhecimento de conteúdos relativos à morfologia do fundo do oceano e avaliava-se a capacidade do aluno para associar partes de informação. Os conteúdos que se avaliavam no item são abordados, habitualmente, no 7.º de escolaridade, sendo que este facto, aliado à especificidade científica abordada, poderá ter estado na base dos fracos resultados. Propostas de intervenção didática Os desempenhos constatados parecem indicar fragilidades ao nível da compreensão e interpretação da informação fornecida, bem como da construção de respostas que impliquem operações mentais complexas, como a aplicação de conceitos e modelos em novas situações e o estabelecimento das relações solicitadas. Constataram-se igualmente fragilidades em relacionar conteúdos programáticos (e.g., sistema neuro-hormonal e sistema respiratório). Propõe-se, com base na análise efetuada, que, em sala de aula, seja promovido e reforçado um conjunto de experiências de aprendizagem centradas na interpretação e compreensão de informação fornecida em diversos suportes e na produção de textos expositivo-argumentativos, visando o desenvolvimento de níveis de aprendizagem mais elevados. Sugere-se ainda que seja promovida, de forma sistemática, a articulação/interação entre os diversos conteúdos programáticos. Relatório Testes Intermédios 2012 25 _ 130 Geografia – 9.º ano Deve ser consultada a Informação n.º 7, disponível na Extranet (Testes Intermédios 2011/2012). Caracterização do teste O teste era constituído por quatro grupos de itens. O Grupo I era constituído apenas por itens de escolha múltipla. Os Grupos II e III eram constituídos por 4 itens de escolha múltipla e por 2 itens de construção de resposta curta. O Grupo IV era formado por 4 itens de construção, sendo 3 de resposta restrita e 1 de resposta extensa orientada. Itens com melhor desempenho Os alunos revelaram melhor desempenho no item 1. do Grupo II, no item 3. do Grupo II e no item 3. do Grupo III, com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 77,2%, 85,2% e 87,8%. Os itens eram todos de escolha múltipla e os itens do Grupo II requeriam a leitura de quadros com informação estatística, mobilizando conhecimentos relativos à população (indicadores demográficos), enquanto o item do Grupo III apelava a conhecimentos relativos ao tema das atividades económicas (turismo). No item 1. do Grupo II, os alunos tinham de analisar um quadro, para determinar a taxa de crescimento natural. Apesar de o item envolver conteúdos que implicam a utilização de fórmulas matemáticas, o sucesso nele obtido pelos alunos poderá estar associado ao facto de se tratar de um conteúdo habitualmente lecionado no 8.º ano, provavelmente muito trabalhado pelos professores em contexto de sala de aula, sendo, geralmente, objeto de avaliação formal. Assim, os alunos têm a possibilidade de realizar de uma forma mais prática e eficaz a apropriação dos conteúdos geográficos e do correspondente raciocínio lógico matemático associado à evolução/crescimento da população. Os resultados do item 3. do Grupo II indiciam que os alunos terão conseguido analisar o quadro B com alguma facilidade. Como as alíneas foram construídas com combinatórias feitas a partir de um conjunto de quatro países, sendo que dois países correspondiam ao que era pedido e os outros dois não, o recurso a uma determinada estratégia de resolução terá facilitado a resposta. Porém, a identificação dos dois países que não correspondiam ao que era solicitado no item só poderia ser feita com uma análise cuidada do quadro B. Relativamente ao item 3. do Grupo III, os resultados sugerem que os alunos, na sua grande maioria, conseguiram estabelecer uma relação correta entre os principais Relatório Testes Intermédios 2012 26 _ 130 tipos de turismo e os arquipélagos identificados. O facto de, no item, estar identificado o arquipélago da Madeira talvez tenha ajudado os alunos a perceber, de entre os diferentes tipos de turismo abordados nas alíneas, quais eram os principais nos dois arquipélagos. Itens com pior desempenho Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 5. do Grupo II, o item 5. do Grupo III e o item 4. do Grupo IV, com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 32,6%, 15,2% e 30,1%. Os itens 5. dos Grupos II e III eram itens de construção de resposta curta que implicavam a mobilização de conhecimentos no âmbito dos subtemas Áreas de fixação humana e Transportes e comunicações. Os resultados obtidos evidenciam as dificuldades que os alunos têm em aplicar conceitos específicos num contexto em que o universo de respostas possíveis é especialmente limitado. O item 4. do Grupo IV era um item de construção de resposta extensa que apelava à mobilização de conhecimentos para justificar a localização da indústria automóvel, no contexto dos países desenvolvidos, orientada para dois fatores de localização industrial específicos. Quanto ao item 5. do Grupo II, considera-se que, mais uma vez, a tipologia do item — item de construção de resposta curta — poderá ajudar a explicar os resultados obtidos. Como era solicitada a identificação de uma função urbana específica, era expectável que os alunos pudessem evidenciar algumas dificuldades, porque teriam de mobilizar conhecimentos relativos às funções urbanas e aplicá-los, paralelamente, às funções representadas na imagem e recorrer à memória para responder ao item. De qualquer forma, os resultados ficaram aquém das expectativas, podendo existir três explicações para este insucesso: dificuldade, por parte dos alunos, em analisar e interpretar imagens de forma a conseguirem determinar os elementos que são importantes para a construção da sua resposta; deficiente apreensão pelos alunos do conteúdo, que, muito provavelmente, tinha sido esquecido ou pouco estudado; má qualidade da reprodução da imagem em algumas escolas, o que poderá ter dificultado a sua interpretação. As possíveis explicações para o resultado obtido no item 5. do Grupo III são de natureza diversa. Uma estará associada à tipologia do item, de resposta curta, pois os alunos tinham de escrever o nome do sistema de transporte multimodal, usando, por isso, terminologia específica. Outra explicação pode residir no facto de a maioria dos professores apenas considerar como válido o conceito explicitado nos critérios específicos de classificação, desvalorizando outras respostas, mesmo quando estas incluíam terminologia cientificamente válida, conforme indicado nos critérios gerais de classificação. Relatório Testes Intermédios 2012 27 _ 130 Relativamente ao item 4. do Grupo IV, os resultados obtidos eram, em parte, expectáveis, considerando que itens com este formato (de construção de resposta extensa) têm tendencialmente resultados mais fracos, por exigirem investimento na definição da estratégia de resposta, bem como na sua elaboração. Sendo um item sobre conteúdos duma área com relevo nas orientações curriculares, foi com alguma surpresa que constatámos uma percentagem de 31,3% de respostas com cotação nula. Os resultados mostram que a maioria dos alunos se integrou no nível 2 do critério de classificação, ou seja, os alunos explicaram um dos tópicos de forma completa, ou abordaram os dois tópicos de forma menos completa, em termos de conteúdo. Constatamos que os desempenhos mais fracos se registaram nos itens de respostas de construção, o que terá resultado da dificuldade na planificação e na construção das respostas, aliada à insuficiente consolidação dos conteúdos em avaliação. Propostas de intervenção didática A análise dos resultados globais permite concluir que, à semelhança do que sucedeu no ano anterior, foram as respostas de construção que apresentaram, globalmente, desempenhos menos satisfatórios. Esta situação vem reforçar a necessidade de investir na utilização de maior rigor científico na apropriação e na aplicação de determinados conceitos, assim como no trabalho dirigido à interpretação de questões e à estruturação de respostas. Sublinhamos, ainda, a necessidade de reforçar a intervenção didática, ao longo do ciclo, nos domínios da localização e do conhecimento dos lugares relativos aos conteúdos do tema da Terra: Estudos e Representações, considerados estruturantes do raciocínio geográfico indispensável a uma cidadania plena. A leitura, interpretação e análise de peças gráficas, cartográficas e de imagens são transversais a todos os outros temas, pelo que deverão ser reforçadas, em sala de aula, ao longo do 3.º ciclo. História – 9.º ano Deve ser consultada a Informação n.º 19, disponível na Extranet (Testes Intermédios 2011/2012). Caracterização do teste O teste apresentava quatro grupos de itens, dois dos quais envolvendo conteúdos do 7.º e do 8.º ano e os outros dois incidindo em conteúdos do 9.º ano, com um total de Relatório Testes Intermédios 2012 28 _ 130 18 itens: 8 itens de seleção (escolha múltipla e associação/correspondência, um dos quais de completamento) e 10 itens de construção (2 de resposta curta, 7 de resposta restrita e 1 de resposta extensa com tópicos de orientação). Todos os itens exigiam a análise dos documentos apresentados e a mobilização da informação contida nas fontes/suportes para as respostas. O Grupo I teve por suporte um documento escrito longo e os outros grupos apresentavam documentos de natureza diversa: textos, um mapa, imagens (fotografias e caricaturas) e dados organizados em gráfico. Itens com melhor desempenho Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 2. e 3. do Grupo I e 3. do Grupo IV, com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 88,0%, 76,2% e 72,7%. Os itens 2. e 3. do Grupo I, de escolha múltipla, avaliavam conhecimentos relativos ao tema A herança do Mediterrâneo Antigo — Ponto 2.2. O Mundo Romano no apogeu do Império e implicavam uma leitura cuidada do documento (texto longo), relativo ao período de Otávio César Augusto, mas não exigiam operações mentais complexas, uma vez que a informação estava no suporte e a tipologia do item permitia o reconhecimento da opção correta. O item 3. do Grupo IV, de associação/correspondência sob a forma de completamento, avaliava conhecimentos do tema Da Grande Depressão à II Guerra Mundial — Ponto 10.2. Entre a Ditadura e a Democracia e Ponto 10.3. A II Guerra Mundial. Este item implicava uma leitura atenta e cuidada do documento, bem como do texto a completar (ambos relativos à política racista preconizada e pragmatizada pelo regime nazi), mas não exigia operações mentais complexas, uma vez que a informação solicitada para a resposta estava contida nos suportes. Os melhores desempenhos decorrem do nível de objetividade e da simplicidade do item, bem como das capacidades e dos conhecimentos elementares solicitados (incidência exclusiva na mobilização de informação presente nos suportes documentais). Itens com pior desempenho Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 4. do Grupo I, o item 2. do Grupo III e o item 5. do Grupo IV, com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 33,8%, 24,6% e 32,7%. O item 4. do Grupo I, de escolha múltipla, avaliava conhecimentos relativos ao tema A herança do Mediterrâneo Antigo — Ponto 2.2. O Mundo Romano no apogeu do Relatório Testes Intermédios 2012 29 _ 130 Império. Este item, que implicava que o aluno mobilizasse conhecimentos sobre os espetáculos que se realizavam no anfiteatro no tempo de Otávio César Augusto, não envolvia operações mentais complexas e exigia apenas algum conhecimento elementar. As dificuldades dos alunos podem ter decorrido do facto de não dominarem o conceito de «anfiteatro», não sendo capazes de o associar ao «Coliseu» romano. O item 2. do Grupo III, de resposta de construção curta, avaliava conhecimentos relativos ao tema A Europa e o Mundo no limiar do século XX — Ponto 9.3. Portugal: da 1.ª República à ditadura militar e implicava a interpretação de um documento (Discurso de Salazar, de 27 de maio de 1933) e a sua conexão com o facto histórico a que se reporta: o golpe de estado de 28 de maio de 1926. Apesar do formato do item, de resposta curta, e das referências temporais explícitas, 75,4% dos alunos não responderam ou não conseguiram identificar o referido acontecimento. O item 5. do Grupo IV era um item de resposta de construção restrita, que avaliava conhecimentos relativos ao tema Do segundo pós-guerra aos anos 80 do século XX — Ponto 11.1. O mundo saído da guerra — reconstrução e política de blocos, e exigia, em articulação com a análise de um documento iconográfico (caricatura), a mobilização de conhecimentos sobre as consequências político-militares da rivalidade entre os EUA e a URSS. O suporte do item requeria capacidades de análise e conhecimentos específicos e o verbo de comando solicitava uma explicação. Os resultados mostram que um número considerável de alunos não interpretou o documento e não estabeleceu conexões com o contexto da Guerra Fria. Os piores desempenhos resultam de fatores como a tipologia do item, a tarefa solicitada, a natureza e características do suporte documental e as dificuldades ao nível das aptidões/capacidades específicas requeridas (interpretar documentos de índole diversa, selecionar e identificar informação explícita e implícita dos documentos, utilizar conceitos e generalizações na compreensão de situações históricas). Em alguns casos, a ausência de um referencial mínimo de conhecimentos acentuou o carácter insuficiente do desempenho de muitos alunos, agravado, nas respostas de construção, pelas dificuldades evidentes no âmbito da comunicação em História (produção de textos com correção linguística e com aplicação do vocabulário específico da disciplina). Propostas de intervenção didática Tendo em conta os problemas identificados, propõe-se uma intervenção didática conducente à eficácia da aprendizagem e à consequente melhoria do desempenho dos alunos do ensino básico, nomeadamente, através de: adoção de estratégias que permitam o desenvolvimento das capacidades do aluno ao nível da utilização da metodologia específica da História: Relatório Testes Intermédios 2012 30 _ 130 interpretação orientada e autónoma de documentos de índole diversa — textos, imagens (caricaturas, cartazes, fotografias, entre outros), gráficos, mapas, quadros/tabelas e diagramas —, seleção e identificação da informação explícita e implícita nos documentos e formulação de hipóteses de interpretação dos factos históricos; desenvolvimento de metodologias assentes na identificação e na clarificação do objetivo de cada item apresentado e na consequente planificação da resposta do aluno, em articulação com o verbo de comando (diferenças, por exemplo, entre «identificar», «explicitar» e «explicar») e com a instrução relativa à mobilização da informação, explícita e/ou implícita, do(s) suporte(s) (diferenças entre a resposta «com base no documento», que se dirige exclusivamente aos elementos nele presentes, e a resposta «a partir do documento», que implica o recurso obrigatório aos dados do documento, mas pode mobilizar também outra informação, relevante em função do item); adoção de estratégias propiciadoras do desenvolvimento das capacidades de comunicação escrita, nomeadamente, a elaboração de sínteses a partir da informação recolhida e o recurso à técnica das citações como suporte de argumentos, com utilização adequada e sistemática do vocabulário específico da disciplina; recurso, tendo por referência as propostas da avaliação externa, a uma maior diversificação dos instrumentos de avaliação e da tipologia de itens: itens de seleção e itens de construção, incluindo um item de construção de resposta extensa orientada, de modo a que os alunos adquiram proficiência nas diferentes técnicas a que têm de recorrer; desenvolvimento e/ou aperfeiçoamento de técnicas de avaliação com recurso a critérios de classificação com descritores e níveis de desempenho e sua disponibilização aos alunos, no contexto da avaliação realizada ao longo do ano letivo. Inglês – 9.º ano Devem ser consultadas as Informações n.º 9 e n.º 15, disponíveis na Extranet (Testes Intermédios 2011/2012). Caracterização do teste O teste intermédio desta disciplina teve como referência o Programa de Inglês, 3.º ciclo, Língua Estrangeira I e o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas Relatório Testes Intermédios 2012 31 _ 130 – QECR – (2001), pelo que a utilização de alguns termos neste relatório se fazem por ligação a esse programa e dentro da conceção, adotada pelo Conselho da Europa, do que significa «a aprendizagem, o ensino e a avaliação das línguas vivas»6. As Partes I — Compreensão da escrita (Leitura), II — Produção e interação escritas e III — Compreensão do oral eram de aplicação obrigatória na íntegra, caso a escola optasse por realizar o teste intermédio desta disciplina. A aplicação do teste tinha início com a Parte I, cuja duração prevista era de 25 minutos, imediatamente seguida da Parte II, cuja duração prevista era de 40 minutos, podendo o aluno gerir os tempos indicados para cada parte. Após uma pausa de 10 minutos, tinha lugar a Parte III, com a duração de 15 minutos. As Partes I, II e III incidiam no domínio das competências linguística (lexical e semântica) e pragmática (discursiva e funcional), e consistiam na realização de duas atividades cada. Os itens que constituíam as diferentes atividades foram classificados individualmente ou em conjuntos de itens, de acordo com o seu objetivo, objeto e/ou suporte. Parte I — Compreensão da escrita (Leitura) Esta parte consistia na realização de duas atividades de compreensão/interpretação de textos escritos, cujos temas se inseriam nas áreas de conteúdo sociocultural enunciadas no Programa. A Atividade A, relativa a um texto informativo (de carácter público), era composta por 4 itens de seleção e 1 item de construção de resposta curta. A Atividade B tinha como suporte um texto descritivo, cuja compreensão/interpretação se testava por meio de 4 itens de seleção. Parte II — Produção e interação escritas Esta parte consistia na realização de 2 atividades (A e B) de produção e interação escritas, correspondendo a 2 itens de produção de texto, cujos temas se inseriam nas áreas de conteúdo sociocultural enunciadas no Programa. A Atividade A, item de construção de resposta restrita, correspondia à produção de um texto interativo de carácter social. A Atividade B, item de construção de resposta extensa, correspondia à produção de um texto narrativo. Parte III — Compreensão do oral Esta parte consistia na realização de 2 atividades (A e B) de compreensão/interpretação de diferentes tipos de texto orais (a partir da audição de um ficheiro áudio), cujos temas se inseriam nas áreas de conteúdo sociocultural enunciadas no Programa. A Atividade A, com 6 itens de construção de resposta curta, 6 Cf. Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas; Aprendizagem, Ensino, Avaliação, Conselho da Europa, Ed. Asa (edição portuguesa), 2001: 29-30. Relatório Testes Intermédios 2012 32 _ 130 incidia num texto informativo de carácter público. A Atividade B, com 6 itens de seleção, era relativa a uma entrevista. Parte IV — Interação oral em pares Era opção das escolas participarem nesta parte ou não, sendo que o número de alunos e a constituição dos pares eram determinados pelos professores das próprias escolas. A Interação oral em pares foi realizada por apenas 15% das escolas que realizaram as outras partes. A Parte IV incidia no domínio das competências linguística, sociolinguística e pragmática, na sua generalidade. Esta parte consistia na realização de três atividades de interação e produção orais (1.º momento — Interação professor interlocutor-aluno; 2.º momento — Produção individual do aluno; e 3.º momento — Interação em Pares (aluno-aluno) e em Grupo (aluno-professor interlocutor-aluno). As atividades estavam concretizadas no guião que o GAVE construiu e disponibilizou. Para apoio à aplicação deste teste foi também disponibilizado um manual com indicações de diversa ordem. O desempenho do aluno, nas diferentes atividades, era classificado na sua totalidade com base em descritores criados para o efeito. Embora cada parte do teste e os seus itens apresentem características associadas aos suportes utilizados, optou-se por apresentar os três itens com melhor desempenho e os três com pior desempenho, independentemente da parte a que dizem respeito ou das competências em que incidem. Itens com melhor desempenho Os três itens com melhor desempenho foram o item 1. da Atividade A da Parte I, o item 5. da Atividade A da Parte I e o item 9. da Atividade B da Parte I, com valores de classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 76,4%, 58,4% e 62,6%. Todos estes itens foram classificados isoladamente. O item 1. da Atividade A da Parte I, de construção (resposta curta), incidia numa área lexical muito próxima dos alunos: material escolar/recursos de uma biblioteca escolar. A informação do texto era muito explícita e permitiria a identificação direta dos elementos lexicais. Apesar de ser o item com maior sucesso, regista-se que 19,6% das respostas foram consideradas nulas. Parece ser um número demasiado elevado, uma vez que, para que fosse atribuído o nível mais baixo de classificação, seria suficiente a identificação de apenas dois elementos lexicais. O comando do item solicitava a identificação de materials/resources. Mesmo admitindo a maior Relatório Testes Intermédios 2012 33 _ 130 dificuldade de resources, regista-se que estes alunos não identificaram, no texto, books ou computer, pelo menos, como materials. O item 5. da Atividade A da Parte I era um item de associação de descrições de situações a regras de uma biblioteca, com incidência na competência discursiva, em particular nas relações de coerência/lógica/contexto. O item mobilizava várias estratégias de leitura e os resultados vieram a revelar-se positivos. O item 9. da Atividade B da Parte I era um item de completamento de texto através da seleção de frases/expressões, com incidência na competência discursiva (coerência e coesão). O tema do texto inseria-se no contexto escolar, apresentando vocabulário frequente para este nível de língua. As fragilidades no entendimento da estrutura interna do texto, nomeadamente dos referentes pronominais, detetadas no ano de 2011, parecem ter diminuído (embora ainda se verifiquem 22,8% de respostas com cotação nula). Itens com pior desempenho Os conjuntos de itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o conjunto dos itens 7. e 8. da Atividade B da Parte I, o conjunto dos itens 1., 2., 3., 4., 5. e 6. da Atividade A da Parte III e o conjunto dos itens 7., 8., 9., 10., 11. e 12. da Atividade B da Parte III, com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 23,8%, 38,3% e 37,0%. Os itens 7. e 8. da Atividade B da Parte I eram itens de escolha múltipla que incidiam em relações interlexicais de sinonímia de termos que podem assumir variados significados dependentes do contexto: proper, sinónimo de real, e smart (mais frequentemente associado a uma característica psicológica), sinónimo de well-dressed. A compreensão da generalidade do contexto e da sua relação com algumas passagens específicas era determinante para selecionar a opção correta. Pensa-se que o verdadeiro obstáculo tenha sido a sua especificidade e a grande dependência do contexto. O conjunto de itens 1., 2., 3., 4., 5. e 6. da Atividade A da Parte III, de resposta curta, incidia na compreensão de texto/frases em termos de áreas lexicais e de contexto. Um bom desempenho dependia do bom entendimento do contexto fornecido pela palavra climb, por exemplo. O grau de dificuldade veio a revelar-se elevado em itens que solicitavam vocabulário básico como, por exemplo, numerais e nome de um mês. Com a inclusão de itens com incidência em numerais pretendia-se verificar se as dificuldades detetadas no ano anterior se mantinham, o que se confirmou, apesar de os suportes e o tipo de itens utilizados serem diferentes. O conjunto dos itens 7., 8., 9., 10., 11. e 12. da Atividade B da Parte III, de escolha múltipla, incidia na compreensão de texto/frases em termos de áreas lexicais, Relatório Testes Intermédios 2012 34 _ 130 relações interlexicais de sinonímia, de contexto e aspetos funcionais. O grau de dificuldade deste grupo de itens revelou-se elevado, apesar de o tema da entrevista ser a escola e de o contexto/os assuntos serem frequentes. O item 7. foi o que teve piores resultados neste grupo, com 81,9% de respostas incorretas. Também este item incidia sobre conteúdos básicos: numerais. Os alunos não conseguiram identificar five como correspondente a fifth. Este resultado vem confirmar a dificuldade na compreensão de numerais, já anteriormente detetada. Propostas de intervenção didática De acordo com os resultados obtidos, para que uma boa compreensão/interpretação dos textos seja possível, importa reforçar: o conhecimento e o domínio do léxico, especificamente, no que se refere à identificação de termos pertencentes a determinada área vocabular; o conhecimento e o domínio do léxico e a capacidade para estabelecer relações semânticas, especificamente, no que se refere aos processos de sinonímia/paráfrase e de contextualização. Da análise dos resultados, é possível inferir algumas dificuldades que parecem ser de carácter transversal: os alunos erram mais nos itens de escolha múltipla cujas opções implicam a interpretação/inferência da informação do texto; os alunos revelam dificuldade na compreensão/seleção de informação pertinente quando esta aparece condensada ou entre outras informações, acessórias. Com o objetivo de fazer ultrapassar algumas das dificuldades detetadas, propõe-se que se invista nas seguintes atividades: de compreensão, da escrita e do oral, com vários objetivos — por exemplo, skimming e scanning de diferentes tipos de texto; de compreensão da escrita e do oral, cujo objetivo implique, efetivamente, a compreensão/interpretação de um texto e não apenas a recolha direta de informação explícita; de alargamento/enriquecimento do vocabulário, de forma a que os alunos não sejam apenas expostos a esse mesmo vocabulário, mas que tenham oportunidade de o utilizar e de se apropriarem dele; de criação de rotinas no que se refere à utilização dos conteúdos mais básicos da língua. Relatório Testes Intermédios 2012 35 _ 130 Língua Portuguesa – 9.º ano Deve ser consultada a Informação n.º 10, disponível na Extranet (Testes Intermédios 2011/2012). Caracterização do teste O teste apresentava três grupos de itens. No Grupo I, avaliavam-se os domínios da Leitura e da Escrita. Este grupo incluía três partes, A, B e C, e nele foram usados 5 itens de seleção e 5 itens de construção. A Parte A integrava um texto de carácter informativo, que constituía o suporte de itens em que se privilegiava a avaliação da Leitura, através de 5 itens de seleção: 1 item de ordenação e 4 itens de escolha múltipla. A Parte B integrava um texto narrativo, o qual constituía o suporte de 4 itens de construção. A Parte C integrava 1 item de construção, de resposta extensa (de 70 a 120 palavras), que tinha como suporte o texto narrativo da Parte B. No Grupo II, avaliava-se o domínio do Funcionamento da Língua, através de 4 itens de construção, de resposta curta (um dos quais sob a forma de tarefa de completamento e outro sob a forma de tarefa de transformação), e 1 de seleção (de escolha múltipla). No Grupo III, constituído por 1 item de resposta extensa, com orientações relativamente à tipologia textual, ao tema e à extensão (de 180 a 240 palavras), avaliava-se o domínio da Escrita. Itens com melhor desempenho O item 6. do Grupo I, o parâmetro A (Tema e Tipologia) do Grupo III e o parâmetro B (Coerência e Pertinência da Informação) do Grupo III foram os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho, com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 63,3%, 65,4% e 62,8%. No item 6. do Grupo I, item de resposta restrita, de avaliação dos domínios da Leitura e da Escrita, solicitava-se aos alunos que explicassem o sentido de uma expressão curta do texto. O bom desempenho neste item pode estar relacionado com o baixo grau de inferência necessário para resolver esta tarefa de leitura. Para a interpretação da expressão em causa, o texto fornecia, de modo explícito, a informação necessária. Além disso, tratava-se de um texto relativamente curto, de tipo narrativo, tipologia em que, tendencialmente, os alunos obtêm melhores resultados. No item de resposta extensa que integrava o Grupo III, relativamente aos parâmetros A e B, solicitava-se aos alunos que escrevessem um texto sobre uma viagem num Relatório Testes Intermédios 2012 36 _ 130 navio que naufragou, utilizando, como tipologia, a carta informal com carácter narrativo e incluindo, pelo menos, uma sequência descritiva relativa ao tesouro do navio. Os alunos deveriam redigir um texto que respeitasse plenamente os tópicos requeridos pelo tema e pela tipologia solicitados no item, produzindo um discurso coerente, com informação pertinente, progressão temática evidente e com abertura e fecho adequados. Estes parâmetros mantêm uma interdependência forte, pelo que o desempenho no parâmetro A se reflete no desempenho no parâmetro B. Para o bom desempenho nestes parâmetros, terá contribuído, por um lado, um tema relativamente familiar aos alunos e, por outro, uma tarefa de escrita em que se requeria a redação de uma carta informal com carácter narrativo e com uma sequência descritiva, tipologia que os alunos treinam desde o 7.º ano. Itens com pior desempenho De entre os itens em que os alunos apresentaram pior desempenho, destacam-se o item 1. do Grupo I, o item 2. do Grupo II e o item 3.2. do Grupo II, com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 25,0%, 20,7% e 25,4%. De entre os itens em que os alunos apresentaram pior desempenho, dois deles, os itens 2. e 3.2. do Grupo II, eram itens de construção, de resposta curta, que avaliavam aprendizagens do domínio do Funcionamento da Língua, implicando conhecimento metalinguístico. No item 2. do Grupo II, de resposta curta, sob a forma de tarefa de completamento, solicitava-se aos alunos que utilizassem formas verbais adequadas a um contexto sintático dado, o que os obrigava a ativar, em simultâneo, conhecimento metalinguístico e ortográfico, aumentando assim o grau de dificuldade. Acrescente-se que a formulação deste item foi frequentemente considerada, nos questionários enviados pelas escolas, como pouco clara, uma vez que, segundo os professores, a indicação de «composto» deveria ter constado da designação do pretérito mais-que-perfeito do conjuntivo. Refira-se, no entanto, que, tratando-se de um tempo e modo verbal em que o traço simples/composto não é distintivo, a opção tomada foi a de não o indicar, por imperativo científico. Relativamente ao item 3.2. do Grupo II, solicitava-se aos alunos a classificação, com recurso a metalinguagem, de uma oração subordinada (substantiva) completiva. Estes desempenhos poderão sugerir que deve continuar a insistir-se no trabalho relativo ao domínio do Funcionamento da Língua, sobretudo quando as tarefas implicam o uso ou o reconhecimento de metalinguagem específica. No item 1. da parte A do Grupo I, avaliava-se a Leitura de texto de carácter informativo. Tratava-se de um item de ordenação, em que os alunos deveriam reconstruir a ordem cronológica de um conjunto de afirmações, de acordo com a Relatório Testes Intermédios 2012 37 _ 130 informação fornecida pelo texto. O fraco desempenho dos alunos poderá ter decorrido do facto de esta tarefa solicitar uma ordenação cronológica de informação que não estava espelhada na ordem textual. Assim, apesar de o item requerer apenas a localização de informação explícita no texto, os alunos deveriam proceder a uma reorganização cronológica de informações, fornecidas em diferentes momentos de um texto relativamente extenso. O desempenho dos alunos neste item parece apontar para a necessidade de se intensificar a prática da leitura de textos de carácter informativo com estrutura e organização da informação mais complexas. Acrescente-se que, de acordo com a análise dos questionários enviados pelas escolas, este foi um dos itens cujo grau de dificuldade foi considerado demasiado elevado pela generalidade dos alunos e foi um dos itens cujos critérios foram apontados como tendo uma formulação pouco clara ou pouco adequada. Propostas de intervenção didática A análise dos resultados por item, a nível nacional, poderá sugerir que se deve continuar a insistir no trabalho relativo ao domínio do Funcionamento da Língua, sobretudo quando as tarefas implicam o uso ou o reconhecimento de metalinguagem específica, bem como intensificar a prática da leitura de textos de carácter informativo com estrutura e organização da informação mais complexas. A análise dos resultados por turma, com o suporte da grelha e do guião de análise de resultados, num primeiro momento, e a reflexão sobre os resultados de escola, enquadrados pelos resultados nacionais disponibilizados pelo GAVE, fornecem a cada professor e aos órgãos competentes de cada escola informação crucial para o diagnóstico do perfil de desempenho dos seus alunos. É esta informação que deverá orientar a planificação de medidas de intervenção educativa. Assim, é fundamental que o teste intermédio constitua, antes de mais, um estímulo para a reflexão sobre práticas de ensino, centrada nas escolas, visando a melhoria da aprendizagem. Matemática – 8.º e 9.º anos Devem ser consultadas as Informações n.º 8 e n.º 20, disponíveis na Extranet (Testes Intermédios 2011/2012). Realizaram-se dois testes: um no 8.º ano e um no 9.º ano. Cada um dos testes incluía um formulário igual ao apresentado na Informação n.º 2. O uso da calculadora era permitido na resolução dos testes. Relatório Testes Intermédios 2012 38 _ 130 8.° ano (Informação n.º 8) Caracterização do teste O teste intermédio do 8.º ano era constituído por 17 itens: 6 itens de seleção (escolha múltipla) e 11 itens de construção, de entre os quais 2 itens eram de resposta curta e 9 itens envolviam a apresentação de cálculos/justificações. O teste incidia nos quatro temas previstos no Programa: Números e Operações (25%), Geometria (32%), Álgebra (31%) e Organização e Tratamento de Dados (12%). Itens com melhor desempenho Os três itens com melhor nível de desempenho foram os itens 1., 9.1. e 9.2., com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 69,4%, 79,8% e 60,3%. O item 1. era um item de escolha múltipla em que a escolha da opção correta exigia que o aluno ordenasse números negativos representados na forma decimal. O item 9.1. era um item de escolha múltipla que pretendia avaliar o tópico Sequências e regularidades. Eram dados os quatro primeiros termos de uma sequência de conjuntos de azulejos quadrados todos iguais, uns brancos e outros cinzentos, cuja lei de formação era sugerida através de uma figura, e era pedido o número de azulejos brancos do termo de ordem 2012. O valor pedido coincidia com a ordem do termo e decorria da observação dos termos apresentados, não exigindo qualquer cálculo. No item 9.2. pedia-se que os alunos determinassem o 9.º termo da sequência atrás referida. Itens com pior desempenho Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 5.2., 7. e 10.2., com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 12,4%, 10,5%, e 17,1%. O item 5.2., item de escolha múltipla, era um problema de Geometria em que se avaliava o tópico Semelhança. Neste item, avaliava-se o efeito de uma redução sobre a área de um triângulo, conhecida a razão da correspondente ampliação. O facto de uma das opções apresentadas contemplar um erro frequentemente cometido pelos alunos, que consiste em considerar que o quociente entre as áreas de figuras semelhantes coincide com a razão de semelhança, pode ter contribuído para o fraco nível de desempenho neste item. Relatório Testes Intermédios 2012 39 _ 130 No item 7., item que exigia uma justificação, avaliavam-se conteúdos do tema Geometria. Neste item, era dada uma planificação de um cubo e pedia-se a amplitude de um ângulo interno de um triângulo, cujos lados eram diagonais faciais do cubo construído a partir dessa planificação. O fraco desempenho dos alunos neste item deveu-se a dificuldades de interpretação. Muitos alunos consideraram o triângulo [ABC] representado na planificação, em vez de considerarem o triângulo [ABC] no cubo que se podia construir com essa planificação. De acordo com os questionários devolvidos pelas escolas, o grau de dificuldade deste item foi considerado, pela generalidade dos alunos, demasiado elevado. O item 10.2., item de construção que obrigava o aluno a mostrar como tinha chegado à resposta, era um problema em que se avaliava o tópico Funções. Este item, em que se pedia o perímetro de um retângulo, envolvia a análise de um gráfico que traduzia um caso de proporcionalidade direta, a interpretação do significado da constante de proporcionalidade no contexto do problema e o cálculo dessa constante. 9.° ano (Informação n.º 20) Caracterização do teste O teste intermédio do 9.º ano era constituído por 17 itens: 5 itens de seleção (escolha múltipla) e 12 itens de construção, de entre os quais 4 itens eram de resposta curta e 8 itens envolviam a apresentação de cálculos/justificações. O teste incidia nos quatro domínios temáticos previstos no Programa: Estatística e Probabilidades (15%), Números e Cálculo (16%), Álgebra e Funções (37%) e Geometria (32%). Itens com melhor desempenho Os itens em que os alunos revelaram melhor nível de desempenho foram os itens 1.2., 2. e 8.3., sendo o primeiro de resposta curta e os outros dois de escolha múltipla. Os valores das classificações médias em relação às cotações totais foram 65,2%, 54,2% e 66,0%, respetivamente. O item 1.2. era um item de Estatística que avaliava o conceito de média. Este item tinha um formato pouco habitual, mas apenas exigia que o aluno identificasse as frequências absolutas dos valores da variável na expressão do cálculo da média e somasse essas frequências. O item 2. exigia a interpretação de um intervalo de números reais e a comparação entre os números 3,14 e 3,15 com . O item 8.3. era um item de Geometria que envolvia o conceito de mediatriz. Este item era muito idêntico ao item 12.1. da 1.ª chamada do exame de 2011, quer na Relatório Testes Intermédios 2012 40 _ 130 tipologia (ambos de escolha múltipla), quer no que se pretendia avaliar. Verificou-se uma melhoria no desempenho dos alunos, tendo o valor da classificação média em relação à cotação máxima subido de 46,0% para 66,0%. Itens com pior desempenho Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 4., 8.1. e 10., com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 9,6%, 15,3% e 14,1%. Estes três itens eram itens de construção que exigiam que o aluno mostrasse como tinha chegado à resposta. O item 4. enquadrava-se no tema Números e Cálculo e avaliava o conteúdo Sequências. Embora, de acordo com respostas a questionários provenientes de várias escolas em anos anteriores, este conteúdo seja muito trabalhado nas aulas, este item não era rotineiro e exigia do aluno capacidade de interpretação e raciocínio. Da análise dos questionários, constata-se que a maioria das escolas considerou o grau de dificuldade deste item demasiado elevado. O item 8.1. era um problema de Geometria em que era pedido o comprimento de uma circunferência cujo diâmetro era um dos lados de um retângulo. Este item exigia que o aluno percebesse que o perímetro do retângulo era o sêxtuplo da medida do raio da circunferência e que interpretasse a figura de acordo com os dados do enunciado. Relativamente a este item e tendo em conta as respostas das escolas aos questionários, muitos alunos sentiram dificuldade em perceber o que era identificado como «comprimento da circunferência». O item 10. era um item de Geometria em que se avaliava o conteúdo Semelhanças. Para a resolução deste item, o aluno teria de reconhecer que os triângulos eram semelhantes e, a partir da relação dada entre dois lados correspondentes, identificar a razão de semelhança. O fraco desempenho dos alunos pode ter-se devido ao facto de os alunos não terem percebido que os triângulos eram semelhantes, atendendo a que as suas representações não tinham os lados correspondentes paralelos. Propostas de intervenção didática De um modo geral, tanto no 8.º ano como no 9.º ano, verifica-se que os alunos revelaram maiores dificuldades nos itens que exigiam a leitura e a interpretação de um texto/gráfico, conexões entre vários conteúdos, raciocínio matemático e capacidade de abstração. Tendo em vista melhorar o desempenho dos alunos, sugere-se o desenvolvimento de trabalho conducente à apropriação de rotinas, assim como a resolução de problemas que exijam a mobilização de vários conceitos e propriedades e de problemas que Relatório Testes Intermédios 2012 41 _ 130 permitam desenvolver o raciocínio matemático e a capacidade de abstração. A resolução dos testes intermédios/exames nacionais já realizados e o cumprimento das propostas apresentadas pelos manuais adotados nas escolas continuarão a ser uma boa base de trabalho para a apropriação de rotinas e para o desenvolvimento das capacidades exigidas a um aluno do ensino básico. Relatório Testes Intermédios 2012 42 _ 130 Ensino secundário Biologia e Geologia – 10.º e 11.º anos Devem ser consultadas as Informações n.º 14 e n.º 21, disponíveis na Extranet (Testes Intermédios 2011/2012). Na disciplina de Biologia e Geologia, foram aplicados dois testes intermédios: um a alunos do 10.° ano e um a alunos do 11.° ano. 10.° ano (Informação n.º 14) Caracterização do teste O teste incidia em conteúdos de Geologia (67,5%) e de Biologia (32,5%). O teste era constituído por quatro grupos de itens que tinham como suporte documentos de texto e figuras. Em relação ao tipo de itens, o teste apresentava a seguinte distribuição: 15 itens de escolha múltipla, 4 itens de resposta restrita, 2 itens de ordenação e 1 item de associação. Itens com melhor desempenho Os itens em que os alunos evidenciaram melhor desempenho foram o item 2. do Grupo I, o item 1. do Grupo II e o item 1. do Grupo III, com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 91,8%, 84,6% e 75,2%. O item 2. do Grupo I tinha como objeto de avaliação a caracterização de planetas principais/secundários e telúricos/gasosos, com base em informação do suporte textual, relativa ao planeta Júpiter, implicando o conhecimento e a compreensão de dados. O item 1. do Grupo II tinha como objeto de avaliação o conhecimento da localização da cintura de asteroides do sistema solar. O item 1. do Grupo III tinha como finalidade avaliar o reconhecimento do objetivo de uma situação experimental descrita, relacionada com o vulcanismo. Todos estes itens eram de escolha múltipla e solicitavam operações mentais simples sobre conteúdos revisitados com alguma frequência. No caso dos itens 2. do Grupo I e 2. do Grupo II, avaliavam-se conteúdos que fazem parte do currículo dos alunos já no 7.º ano de escolaridade, sendo que o nível de desempenho revela efetiva familiaridade com os referidos conteúdos. No que diz respeito ao item 1. do Grupo III, verifica-se que, no domínio procedimental, e a partir de descrições experimentais simples, os alunos não demonstram dificuldade em identificar o objetivo do estudo. Relatório Testes Intermédios 2012 43 _ 130 Itens com pior desempenho Os itens em que se verificou pior nível de desempenho foram os itens 1., 4. e 6. do Grupo IV, com valores da classificação média em relação à cotação total de 24,0%, 18,2% e 24,8%, respetivamente. O item 1. do Grupo IV, de escolha múltipla, pretendia avaliar a identificação de estruturas que possibilitassem a distinção entre célula animal e célula vegetal. Neste item, era necessário que os alunos estabelecessem a relação entre organismos semelhantes a plantas e células vegetais e entre organismos semelhantes a animais e células animais, requerendo-se a mobilização de dados e modelos. O item 4. do Grupo IV, de escolha múltipla, pretendia avaliar a aplicação de conhecimentos relativos à osmose, sendo necessário mobilizar informação fornecida pelo texto de suporte e dominar o conceito de pressão osmótica. O item 6. do Grupo IV, item de ordenação, tinha como objeto de avaliação a sequenciação de processos relacionados com a fotossíntese. Neste tipo de item, além de ser necessária a apropriação pelo aluno de todos os termos utilizados, é necessário o conhecimento sequencial de um processo bioquímico. A tipologia dos itens não parece estar associada ao baixo nível de desempenho dos itens 1. e 4. do Grupo IV, dado que se trata de itens de escolha múltipla, geralmente associados a bons desempenhos. Os resultados parecem refletir dificuldade na interpretação do enunciado dos itens. Em relação ao item 4. do Grupo IV, a dificuldade poderá, também, estar associada ao conceito de pressão osmótica inerente a mecanismos de transporte membranar. É possível que este conceito, que também pode ser trabalhado em unidades que não faziam parte do objeto de avaliação do teste, não tenha sido abordado em algumas escolas à data da realização do teste intermédio em causa. Ainda em relação ao item 1. do Grupo IV, os alunos poderão ter tido dificuldade em estabelecer a relação entre organismos semelhantes a plantas e células vegetais e entre organismos semelhantes a animais e células animais. Também aqui se poderá dar o caso de, em algumas escolas, se fazer referência a esta associação aquando do estudo do sistema de classificação de Whittaker (11.º ano) e não aquando do estudo da célula (10.º ano). O nível de desempenho verificado no item 6. do Grupo IV está de acordo com as dificuldades geralmente apresentadas em itens de tipologia de ordenação. Acresce o facto de se tratar de um conteúdo curricular que requer alguma abstração e o estabelecimento de relações sequenciais de fenómenos que ocorrem quase em simultâneo. Em complemento da análise realizada, importa referir que, nos 4 itens de construção, de resposta restrita, que constituíam o teste, o nível de desempenho (classificação média em relação à cotação total) variou entre 32,1% e 53,5%, apresentando três dos itens um desempenho inferior a 50,0%. Relatório Testes Intermédios 2012 44 _ 130 11.° ano (Informação n.º 21) Caracterização do teste O teste era constituído por quatro grupos de itens que tinham como suporte documentos de texto e figuras. O teste incidia em conteúdos de Geologia (45,5%) e de Biologia (54,5%). Em relação ao tipo de itens, o teste apresentou a seguinte distribuição: 15 itens de escolha múltipla, 4 itens de resposta restrita, 2 itens de ordenação e 1 item de associação. Itens com melhor desempenho Os três itens em que os alunos evidenciaram melhor desempenho foram o item 2. do Grupo I, o item 1. do Grupo II e o item 3. do Grupo III, com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 88,0%, 81,4% e 76,0%. O item 2. do Grupo I, com o melhor desempenho do teste, incidia no conhecimento e capacidade de interpretação de cartas de isossistas e de tabelas de intensidade sísmica. O item 1. do Grupo II, com o segundo melhor resultado do teste, pretendia avaliar o conhecimento dos elementos que constituem as proteínas. O item 3. do Grupo III, também de escolha múltipla, visava avaliar o conhecimento da relação entre o ponto de fusão do mineral e a sua estabilidade à superfície, através da interpretação de dados fornecidos em figuras. A tipologia destes três itens era de escolha múltipla. Em relação ao item 2. do Grupo I, solicitava-se uma interpretação simples de uma tabela e de uma figura. O item 1. do Grupo II versava sobre conteúdos em que os alunos tradicionalmente têm mostrado dificuldades — as biomoléculas. Os resultados obtidos poderão ser devidos ao facto de o item pedir o estabelecimento da relação, através do suporte, de um tipo particular de biomoléculas — os aminoácidos — com as proteínas. Os conceitos de aminoácidos e de proteínas são trabalhados durante o estudo das biomoléculas, no 10.º ano, e são revisitados durante o estudo da síntese proteica, no 11.º ano. No caso do item 3. do Grupo III, os resultados obtidos poderão ter decorrido não só do conhecimento dos conteúdos testados, mas também da interpretação da figura fornecida. Itens com pior desempenho Os três itens em que os alunos evidenciaram pior desempenho foram os itens 5. e 6. do Grupo II e o item 5. do Grupo III, sendo o valor de classificação média em relação Relatório Testes Intermédios 2012 45 _ 130 à cotação total, respetivamente, 23,2%, 12,1% (com 78,0% de respostas com cotação nula) e 26,4% (com 57,3% de respostas com cotação nula). O item 5. do Grupo II, de ordenação, incidia na sequenciação de processos relacionados com a digestão intracelular, através da relação entre as várias etapas indicadas no enunciado. Com o item 6. do Grupo II, um item de construção de resposta restrita, pretendia-se avaliar a relação entre a obstrução das traqueias do inseto e a diminuição da síntese de ATP, através da mobilização de dados fornecidos no tronco do item. Com o item 5. do Grupo III, também um item de construção resposta restrita, pretendia-se avaliar a relação entre a diminuição da temperatura de cristalização do magma e o aumento da quantidade de sódio (Na) nas plagióclases (albite), através da interpretação das séries reacionais de Bowen, fornecidas no suporte. A interpretação dos dados disponíveis parece indicar que os desempenhos estão relacionados com as capacidades e com os conhecimentos avaliados, havendo também relações com o tipo de item. Os resultados do item 5. do Grupo II, de ordenação, poderão sugerir dificuldades na resposta a itens desta tipologia, principalmente quando envolvem processos de alguma complexidade ou quando implicam um conhecimento mais pormenorizado do fenómeno que é objeto de avaliação no item. Em relação ao item 6. do Grupo II, requeria-se a mobilização dos dados fornecidos no tronco do item, o conhecimento do funcionamento do sistema respiratório dos insetos (com referência explícita à superfície respiratória) e o reconhecimento da importância do oxigénio nos processos de respiração celular/síntese de ATP. A necessidade de mobilizar dados fornecidos no tronco do item, de invocar conceitos do sistema respiratório com rigor científico (traqueias) e de relacionar conhecimentos de dois subtemas curriculares distintos, conjuntamente com a necessidade de construir texto (com correção e coerência na organização dos conteúdos e na aplicação de linguagem científica), contribui para compreender os resultados registados. No caso do item 5. do Grupo III, o seu objeto de avaliação estava relacionado com os fenómenos de cristalização. Trata-se de um tema complexo e que convoca conhecimentos relacionados com outras áreas curriculares, nomeadamente a Química. Tradicionalmente, os conteúdos que convocam conhecimentos de outras áreas têm desempenhos mais baixos, o que sugere, particularmente para alguns conteúdos, uma necessidade de maior articulação entre as áreas de Biologia e Geologia e de Física e Química. Relatório Testes Intermédios 2012 46 _ 130 De entre as capacidades testadas, aquelas cujos resultados indiciam desempenhos mais baixos são a mobilização de dados (item 6. do Grupo II) e o estabelecimento de relações entre conceitos (item 5. do Grupo II e item 5. do Grupo III). Os desempenhos registados, nomeadamente nos itens 6. do Grupo II e 5. do Grupo III, parecem, ainda, indicar fragilidades ao nível da construção de texto (com correção e coerência na organização dos conteúdos e na aplicação de linguagem científica), baseada em raciocínios argumentativos ou raciocínios de causa-efeito. Verifica-se, também, que as dificuldades na interpretação/compreensão dos suportes fornecidos, bem como na mobilização dos respetivos dados, podem contribuir para os baixos desempenhos registados em alguns itens. Propostas de intervenção didática Os resultados parecem indicar fragilidades ao nível da construção de textos com correção e coerência na organização dos conteúdos, na aplicação de linguagem científica e em raciocínios argumentativos ou raciocínios de causa-efeito. Admite-se, também, que possa haver dificuldades na interpretação/compreensão dos suportes fornecidos, bem como na mobilização dos respetivos dados, o que poderá ter contribuído para os baixos níveis de desempenho registados em alguns itens. Assim, na sequência dos resultados obtidos, e à semelhança do ano anterior, sugere-se um reforço das experiências de aprendizagem que contribuam para o desenvolvimento de capacidades relacionadas com a produção de texto argumentativo, que promova o desenvolvimento, entre outros, de raciocínios causa-efeito. Este trabalho deverá estar associado à identificação/interpretação/ compreensão de informação fornecida em suportes diversos, de forma a contribuir para o desenvolvimento da capacidade de mobilização de informação. A intervenção didática deverá, ainda, privilegiar o desenvolvimento de capacidades que impliquem operações mentais de maior complexidade e a interação/articulação dos diversos conteúdos programáticos. Sublinhe-se que o desenvolvimento das referidas capacidades deve ser feito num quadro de aquisição plena de conhecimentos que decorra da informação fornecida aos alunos acerca dos conteúdos programáticos. Considera-se, deste modo, que o desenvolvimento dessas capacidades não deve ser feito à custa de uma abordagem superficial dos referidos conteúdos. Relatório Testes Intermédios 2012 47 _ 130 Filosofia – 11.º ano Deve ser consultada a Informação n.º 16, disponível na Extranet (Testes Intermédios 2011/2012). Caracterização do teste O teste intermédio de Filosofia compreendia três grupos de questões, num total de 13 itens, incidindo nos conteúdos do Programa de Filosofia respeitantes ao Módulo III — Racionalidade Argumentativa e Filosofia — e ao Módulo IV — O Conhecimento e a Racionalidade Científica e Tecnológica, Unidade 1. Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva. O Grupo I integrava dois textos filosóficos, 2 itens de resposta curta e 2 itens de construção de resposta restrita; o Grupo II apresentava 6 itens de seleção — escolha múltipla — e 1 item de construção de resposta restrita; o Grupo III integrava dois textos filosóficos e 3 itens de construção, 2 de resposta restrita e 1 de resposta extensa. Itens com melhor desempenho Os itens em que se evidenciou melhor desempenho foram o item 1.1. do Grupo I, o item 1.2. do Grupo II e o item 1.3. do Grupo II, com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 82,3%, 75,2% e 68,8%. O item 1.1. do Grupo I era de resposta curta e avaliava conhecimentos relativos ao Módulo III — Racionalidade Argumentativa e Filosofia, Unidade 2. Argumentação e retórica, subunidade 2.1. O domínio do discurso argumentativo. Este item mobilizava a capacidade de análise, conceptualização e identificação de conceitos num texto sobre um tema do programa. A análise dos resultados permite concluir que os conceitos específicos nucleares do programa sobre os quais o texto versa foram objeto de lecionação na maioria das escolas, tendo sido corretamente assimilados. A existência de dois níveis de desempenho terá sido também um fator a contribuir para o bom resultado. O item 1.2. do Grupo II era de escolha múltipla e avaliava conhecimentos relativos ao Módulo III — Racionalidade Argumentativa e Filosofia, Unidade 1. Argumentação e lógica formal, subunidade 1.2. Formas de inferência válida. Este item exigia domínio de vocabulário técnico e definição de conceitos. A análise dos resultados permite concluir que os conceitos específicos nucleares do programa sobre os quais o item versa foram lecionados e corretamente assimilados. O item 1.3. do Grupo II era de escolha múltipla e avaliava conhecimentos no âmbito do Módulo III — Racionalidade Argumentativa e Filosofia, Unidade 1. Argumentação e lógica formal, subunidade 1.2. Formas de inferência válida. O item exigia o domínio de vocabulário técnico e a relacionação de conceitos por interdependência. Relatório Testes Intermédios 2012 48 _ 130 Itens com pior desempenho Os itens em que se evidenciou pior desempenho foram o item 1.1. do Grupo II, o item 2. (A ou B) do Grupo II e o item 1. do Grupo III, com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 41,8%, 46,7%, 45,2%. O item 1.1. do Grupo II era um item de escolha múltipla que avaliava conhecimentos no âmbito do Módulo III — Racionalidade Argumentativa e Filosofia, Unidade 1. Argumentação e lógica formal, subunidade 1.1. Distinção validade - verdade. A opção correta exigia o domínio de vocabulário filosófico, mobilizava a capacidade de abstração e conceptualização e de relacionação de conceitos por convergência. O item 1. do Grupo III, item de construção de resposta restrita, avaliava conhecimentos no âmbito do Módulo IV — O Conhecimento e a Racionalidade Científica e Tecnológica, Unidade 1. Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva, subunidade 1.1. Estrutura do ato de conhecer. A resposta mobilizava a capacidade de análise e de interpretação textuais, a conceptualização e a aplicação de conceitos e de teorias a um problema filosófico. O item 2. do Grupo II, relativo ao percurso A ou B da Lógica, era um item de construção de resposta restrita, cujo objeto de avaliação se inscreve no Módulo III — Racionalidade Argumentativa e Filosofia, Unidade 1. Argumentação e lógica formal, subunidade 1.2. Formas de inferência válida. A resposta mobilizava a capacidade de aplicação de regras e de métodos de análise na codificação e descodificação de um argumento. Propostas de intervenção didática Os elementos recolhidos permitem que se reiterem as recomendações avançadas relativamente ao teste intermédio do 10.º ano, realizado em 2011/2012, de entre as quais se destacam a leitura orientada de textos filosóficos, a problematização e a argumentação ancorada em problemas e em textos filosóficos. Sugere-se a implementação de práticas que privilegiem a construção de textos escritos a partir de um problema filosófico, investindo no rigor conceptual e na relevância argumentativa, com mobilização de elementos pessoais de reflexão crítica sustentada. Complementarmente a estas propostas didáticas, sugere-se que o trabalho de correção dos testes intermédios seja feito de forma participada por todos os professores envolvidos no processo, consagrando uma prática já corrente em muitas escolas, que tem em vista assegurar o máximo de rigor e equidade no processo de classificação. Relatório Testes Intermédios 2012 49 _ 130 Física e Química A – 10.º e 11.º anos Devem ser consultadas as Informações n.º 23 e n.º 17, disponíveis na Extranet (Testes Intermédios 2011/2012). Na disciplina de Física e Química A, foram aplicados dois testes intermédios: um a alunos do 10.º ano e um a alunos do 11.º ano. Caracterização dos testes Os testes intermédios tinham por referência o Programa da disciplina e a conceção de educação em Ciência que o sustenta. Os testes estavam organizados por grupos de itens, alguns dos quais incidiam nas aprendizagens feitas no âmbito das atividades laboratoriais previstas no Programa da disciplina. 10.° ano (Informação n.º 23) O teste incluía conteúdos de Física e Química que estão enunciados no Programa da disciplina para o 10.º ano. As unidades programáticas e respetivos conteúdos nos quais o teste incidiu são os seguintes: Química, Unidade 1 — Das estrelas ao átomo, Unidade 2 — Na atmosfera da Terra: radiação, matéria e estrutura; Física, Unidade 1 — Do Sol ao aquecimento, Unidade 2 — Energia em movimentos. O teste apresentava a seguinte distribuição por tipologia de itens: 9 itens de escolha múltipla, 3 itens de resposta curta, 3 itens de resposta restrita e 5 itens de cálculo. Itens com melhor desempenho Os itens em que os alunos apresentaram melhor nível de desempenho foram o item 3. do Grupo III, o item 4. do Grupo IV e o item 1. do Grupo V, com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 71,4%, 67,0% e 55,0%. Estes itens, todos de escolha múltipla, permitiam avaliar o conhecimento/a compreensão de conceitos e, no caso do item 4. do Grupo IV e do item 1. do Grupo V, avaliar também a compreensão das relações existentes entre conceitos. Relativamente ao item 3. do Grupo III, que incidia no conteúdo Propriedades físicas das substâncias: temperatura de fusão, pretendia-se que o aluno reconhecesse o esboço do gráfico que representava uma grandeza física em função do tempo, para a situação descrita. O item 4. do Grupo IV, que incidia no conteúdo Capacidade térmica mássica, exigia que o aluno relacionasse de forma semiquantitativa uma grandeza física com outras e que reconhecesse a conclusão pedida. Quanto ao item 1. do Grupo V, que incidia no conteúdo Trabalho realizado pela força gravítica, o aluno deveria Relatório Testes Intermédios 2012 50 _ 130 reconhecer a expressão que permite calcular a grandeza física referida numa determinada situação. Verifica-se que o melhor nível de desempenho de alguns itens parece ser independente dos conteúdos programáticos nos quais os itens incidem, havendo uma relação mais direta com o facto de os itens mobilizarem capacidades de nível mais baixo e operações mentais pouco complexas. Itens com pior desempenho Os itens em que os alunos apresentaram pior nível de desempenho foram o item 2. do Grupo I, o item 4. do Grupo II e o item 4. do Grupo V, com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 23,4%, 8,9% e 18,0%. O item 2. do Grupo I era um item de escolha múltipla e avaliava capacidades de nível mais baixo: conhecimento/compreensão de conceitos e compreensão das relações existentes entre conceitos. Este item incidia no conteúdo Variação de energia associada a uma reação química e pretendia que o aluno interpretasse a informação dada no enunciado e reconhecesse a expressão que permite calcular a grandeza física pedida. O item 4. do Grupo II incidia no conteúdo Espectro do átomo de hidrogénio e era um item de construção de cálculo de duas etapas. Neste item, o aluno deveria interpretar a informação dada no enunciado, construir uma metodologia de resolução do problema proposto e apresentar a resolução matemática, mobilizando as seguintes capacidades: aplicação dos conceitos e das relações entre eles a uma situação concreta, análise e interpretação críticas de informação apresentada sob a forma de um diagrama, e produção e comunicação de raciocínios demonstrativos. Quanto ao item 4. do Grupo V, também um item de construção de cálculo de duas etapas, mas sobre o conteúdo Conservação de energia mecânica, este exigia que o aluno interpretasse a informação dada no enunciado, construísse uma metodologia de resolução do problema proposto e apresentasse a resolução matemática, mobilizando as seguintes capacidades: aplicação dos conceitos e das relações entre eles a uma situação concreta e produção e comunicação de raciocínios demonstrativos. Verifica-se que as capacidades mobilizadas, sobretudo no caso dos itens de cálculo, são diversificadas, complexas e de nível elevado e que as operações mentais envolvidas são também complexas, abrangendo vários passos de raciocínio, o que poderá determinar os baixos níveis de desempenho dos itens em análise. Os itens de construção de cálculo, cuja resolução passa pelo estabelecimento de uma metodologia adequada que permita chegar ao resultado pretendido, continuam, à Relatório Testes Intermédios 2012 51 _ 130 semelhança do que tem acontecido em anos anteriores, a ser itens de elevado insucesso. 11.° ano (Informação n.º 17) O teste incluía conteúdos de Física e Química que estão enunciados no Programa da disciplina para o 10.º ano e para o 11.º ano. As unidades programáticas e respetivos conteúdos nos quais o teste incidiu são os seguintes: Física, 10.º ano, Unidade 1 — Do Sol ao aquecimento, Unidade 2 — Energia em movimentos; Física, 11.º ano, Unidade 1 — Movimentos na Terra e no espaço, Unidade 2 — Comunicações; Química, 10.º ano, Unidade 1 — Das estrelas ao átomo, Unidade 2 — Na atmosfera da Terra: radiação, matéria e estrutura; Química, 11.º ano, Unidade 1 — Química e indústria: equilíbrios e desequilíbrios, Unidade 2 — Da atmosfera ao oceano: soluções na Terra e para a Terra. O teste apresentava a seguinte distribuição por tipologia de itens: 8 itens de escolha múltipla, 4 itens de resposta curta, 3 itens de resposta restrita e 5 itens de cálculo. Itens com melhor desempenho Os itens em que os alunos apresentaram melhor nível de desempenho foram o item 1.3. do Grupo II, o item 1.1. do Grupo III e o item 3. do Grupo VI, com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 75,0%, 69,6% e 60,0%. Todos estes itens mobilizavam apenas capacidades de conhecimento/compreensão de conceitos e, no caso do item 3. do Grupo VI, também de compreensão das relações existentes entre conceitos. O item 1.3. do Grupo II era um item de escolha múltipla, sobre o conteúdo Equilíbrio químico — papel do catalisador numa reação química, em que o aluno deveria reconhecer o papel de um catalisador numa reação química. No caso do item 1.1. do Grupo III, que era um item de resposta curta sobre o conteúdo Pares conjugados de ácido-base, pretendia-se que o aluno identificasse um par conjugado de ácido-base numa reação química. No item 3. do Grupo VI, que era um item de escolha múltipla sobre o conteúdo Componente do vetor velocidade no lançamento horizontal de projéteis, o aluno deveria identificar os vetores que representam as componentes do vetor velocidade no lançamento horizontal de projéteis. Conclui-se que o melhor nível de desempenho de alguns itens parece estar mais relacionado com o facto de os itens mobilizarem capacidades de nível mais baixo e Relatório Testes Intermédios 2012 52 _ 130 operações mentais pouco complexas do que com os conteúdos programáticos nos quais os itens incidem. Itens com pior desempenho Os itens em que se verificou pior nível de desempenho foram o item 1.2. do Grupo III, o item 1. do Grupo V e o item 2. do Grupo VII, com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 14,9%, 10,3% e 17,6%. O item 1.2. do Grupo III, também um item de cálculo de duas etapas, mas sobre o conteúdo pH de uma solução aquosa de um ácido, exigia as mesmas operações mentais do item anterior e mobilizava as seguintes capacidades: aplicação dos conceitos e das relações entre eles a uma situação concreta e produção e comunicação de raciocínios demonstrativos. O item 1. do Grupo V era um item de construção de cálculo de duas etapas, sobre o conteúdo Dissipação da energia mecânica, em que o aluno deveria interpretar a informação dada no enunciado, construir uma metodologia de resolução do problema proposto e apresentar a resolução matemática. Este item mobilizava as seguintes capacidades: aplicação dos conceitos e das relações entre eles a uma situação concreta, análise e interpretação críticas de informação apresentada sob a forma de um diagrama, e produção e comunicação de raciocínios demonstrativos. O item 2. do Grupo VII era um item de escolha múltipla e avaliava capacidades diferentes: conhecimento/compreensão de conceitos e compreensão das relações existentes entre conceitos. Este item incidia no conteúdo Força eletromotriz induzida e fluxo magnético e pretendia que o aluno interpretasse a informação dada no enunciado e reconhecesse o esboço do gráfico que representa a variação da grandeza física referida em função do tempo. Verifica-se que as capacidades mobilizadas, sobretudo no caso dos itens de cálculo, são diversificadas, complexas e de nível elevado, e as operações mentais envolvidas são também complexas, abrangendo vários passos de raciocínio, o que poderá determinar os baixos níveis de desempenho dos itens em análise. Os itens de construção de cálculo, cuja resolução passa pelo estabelecimento de uma metodologia adequada que permita chegar ao resultado pretendido, continuam, à semelhança do que tem acontecido em anos anteriores, a ser itens de elevado insucesso. Propostas de intervenção didática Tendo em conta os resultados, conclui-se que continuam a existir dificuldades, por parte dos alunos, na construção de textos cientificamente válidos, bem como dificuldades relevantes relacionadas com a interpretação e comunicação de ideias Relatório Testes Intermédios 2012 53 _ 130 por escrito. Assim, parece ser necessário continuar a desenvolver um trabalho sistemático, no âmbito da disciplina de Física e Química A, que incida na comunicação de ideias através da produção de texto escrito, nomeadamente, na comunicação de raciocínios lógicos e na apresentação de justificações. Em relação aos itens de construção de cálculo, será também necessário orientar os alunos, em contexto de sala de aula, no sentido do desenvolvimento das capacidades necessárias à identificação correta das situações propostas nos suportes e nos enunciados dos itens, assim como à mobilização dos dados existentes para a resolução das questões apresentadas, procedendo ao respetivo enquadramento teórico. Pretende-se, assim, que os alunos sejam orientados no sentido da resolução de problemas diversificados, de modo a conseguirem interpretar corretamente as informações fornecidas, estabelecer uma metodologia de resolução adequada e apresentar a resolução matemática. Matemática A – 10.º, 11.º e 12.º anos Devem ser consultadas as Informações n.º 5, n.º 11, n.º 13 e n.º 22, disponíveis na Extranet (Testes Intermédios 2011/2012). Na disciplina de Matemática A, foram aplicados quatro testes intermédios: um aos alunos do 10.º ano, um aos alunos do 11.º ano e dois aos alunos do 12.º ano. Cada um dos testes incluía um formulário, apresentado na Informação n.º 2. O uso da calculadora era permitido em todas as aplicações dos testes. 10.° ano (Informação n.º 13) Caracterização do teste O teste apresentava dois grupos de itens: o Grupo I, constituído por 5 itens de escolha múltipla, e o Grupo II, constituído por 4 itens de construção, subdivididos em 2 ou em 3 alíneas, num total de 9 alíneas. Os dois grupos de itens avaliavam conteúdos dos temas Geometria e Funções, com a valorização seguinte: Geometria — 50%; Funções — 50%. Nos dois grupos, os itens apresentados avaliavam capacidades variadas: no âmbito do conhecimento de factos, conceitos e procedimentos — itens 1. e 2. do Grupo I e itens 1.1. e 1.2. do Grupo II; no âmbito da aplicação de conhecimentos e resolução de problemas rotineiros — itens 3. e 4. do Grupo I e itens 1.3., 2.1., 3.1., 3.2. e 4.2. do Grupo II; e no âmbito do raciocínio — item 5. do Grupo I e itens 2.2. e 4.1. do Grupo II. Relatório Testes Intermédios 2012 54 _ 130 Itens com melhor desempenho O item 1. do Grupo I e os itens 1.2. e 2.1. do Grupo II foram aqueles em que os alunos revelaram melhor desempenho, com valores da classificação média em relação à cotação total de 82,4%, 66,7% e 63,5%, respetivamente. No item 1. do Grupo I, item de escolha múltipla que tinha como suporte a representação de um cubo de aresta 2, em referencial ortonormado do espaço, pretendia-se que o aluno identificasse as coordenadas de um ponto pertencente a uma aresta do cubo. Os distratores eram as coordenadas dos centros de duas faces do cubo e as coordenadas do centro do cubo. Optou-se pela representação de um cubo com três faces contidas nos planos coordenados e situado no primeiro octante de modo a favorecer um bom desempenho dos alunos no primeiro item do teste. No item 1.2. do Grupo II, era dada a equação reduzida de uma reta e pedia-se a escrita da equação reduzida da reta paralela à reta dada, passando por um ponto do eixo das ordenadas, cujas coordenadas eram indicadas no enunciado. Com este item pretendia-se avaliar o conhecimento da equação reduzida de uma reta, incluindo o significado dos seus parâmetros. Atendendo a que o próprio enunciado já apresentava a equação reduzida de uma reta e ainda ao facto de o ponto dado pertencer ao eixo das ordenadas, esperava-se que o desempenho dos alunos pudesse ter sido ainda melhor. No item 2.1. do Grupo II, representava-se um quadrado inscrito noutro quadrado e pretendia-se que os alunos mostrassem que o quadrado menor tinha uma determinada área, conhecidas as condições da figura e o lado do quadrado maior. O suporte gráfico apresentado é frequentemente utilizado pelos alunos e o problema podia ser resolvido por, pelo menos, dois processos rotineiros: recorrendo ao teorema de Pitágoras ou usando a decomposição do quadrado maior que a própria figura já evidenciava. O conhecimento, por parte dos alunos, do valor que se pretendia que obtivessem e o facto de os cálculos auxiliares envolverem apenas números inteiros podem ser outros fatores a associar ao nível de desempenho obtido pelos alunos neste item. Itens com pior desempenho Os itens em que se verificou pior nível de desempenho foram o item 5. do Grupo I, o item 4.1. do Grupo II e o item 4.2. do Grupo II, com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 21,2%, 16,5% e 37,3%. O item 5. do Grupo I era um item de escolha múltipla em que se apresentava o gráfico de uma função não polinomial, acerca da qual se produziam, em cada opção de resposta, três afirmações. A opção correta continha três afirmações verdadeiras e, em cada um dos distratores, apenas uma das afirmações era verdadeira. Ao fraco Relatório Testes Intermédios 2012 55 _ 130 desempenho dos alunos neste item pode associar-se o facto de as afirmações se referirem a diferentes características da função: número de zeros, paridade, existência de extremos, monotonia e contradomínio. No item 4.1., os alunos deviam resolver um problema que envolvia várias etapas e a aplicação de conceitos de diferentes áreas. Pretendia-se avaliar a capacidade de obter um modelo matemático que desse a área de uma figura dinâmica (um trapézio retângulo em que variavam a altura e a base menor). No que respeita ao item 4.2., pretendia-se que os alunos resolvessem um problema rotineiro, envolvendo a escrita de uma inequação do 2.º grau e a sua resolução, por processos analíticos. No contexto da situação descrita, o conjunto solução estava condicionado; no entanto, a restrição correspondente era indicada no enunciado do item. O fraco desempenho dos alunos neste item pode ter várias leituras: não reconhecimento do modelo adequado à resolução do problema, desconhecimento do algoritmo de resolução de inequações de grau 2, aplicação incorreta do referido algoritmo e gestão desadequada do tempo disponível para a resolução do teste, com repercussões na resolução deste item por ser o último do teste. 11.° ano (Informação n.º 5) Caracterização do teste O teste apresentava dois grupos de itens: o Grupo I, constituído por 5 itens de escolha múltipla, e o Grupo II, constituído por 4 itens de construção, 3 dos quais subdivididos em 3 alíneas, num total de 10 alíneas. Os dois grupos de itens avaliavam conteúdos dos temas Trigonometria, Geometria e Funções, com a valorização seguinte: Trigonometria — 40%; Geometria — 40%; Funções — 20%. Nos dois grupos, os itens apresentados avaliavam capacidades variadas: no âmbito do conhecimento de factos, conceitos e procedimentos — item 2. do Grupo I e itens 1.1.1. , 2.1. e 2.2. do Grupo II; no âmbito da aplicação de conhecimentos e resolução de problemas rotineiros — itens 1., 3. e 5. do Grupo I e itens 1.1.2., 1.2., 3.1., 3.2.1. e 3.2.2. do Grupo II; e no âmbito do raciocínio — item 4. do Grupo I e itens 2.3. e 4. do Grupo II. Itens com melhor desempenho O item 5. do Grupo I e os itens 1.1.1. e 2.1. do Grupo II foram os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho, com valores da classificação média em relação à cotação total de 67,8%, 68,2% e 73,9%, respetivamente. Relatório Testes Intermédios 2012 56 _ 130 Quanto ao item 5. do Grupo I, era um item de escolha múltipla em que se apresentava um triângulo não retângulo, do qual se indicavam a amplitude de um ângulo interno e a medida do comprimento do lado oposto a esse ângulo. Pretendia-se que os alunos identificassem a opção em que se apresentava a expressão de um dos lados do triângulo em função de um dos ângulos internos não conhecidos. Os alunos teriam de aplicar duas razões trigonométricas e manipular expressões com variáveis. O item 1.1.1. do Grupo II tinha como suporte a representação de parte do gráfico de uma função da família de funções que se referia, especificamente, na informação sobre o objeto de avaliação do teste (Informação n.º 2). Os alunos deviam identificar o contradomínio da função recorrendo apenas à leitura do gráfico. Este tipo de leitura já é feito no 10.º ano de escolaridade e é enfatizado no estudo da família de funções em causa. No item 2.1. do Grupo II, pretendia-se que os alunos escrevessem uma condição cartesiana de uma reta do espaço, definida por uma condição vetorial. O item só recorria a conhecimentos básicos e não era necessária, nem vantajosa, qualquer visualização da reta em causa. Itens com pior desempenho De entre os itens em que os alunos obtiveram pior desempenho destacam-se os itens 1.1.2., 2.3. e 3.1., todos do Grupo II, com valores da classificação média em relação à cotação total de 29,2%, 21,1% e 28,2%, respetivamente. No item 1.1.2., pretendia-se que os alunos resolvessem uma inequação, recorrendo à leitura do gráfico de uma função que servia de suporte ao item. O item apresentava a representação de parte de uma hipérbole, gráfico de uma função f, e os alunos deviam apresentar, recorrendo à notação de intervalos, o conjunto solução da condição f (x) 0 . Dado que se tratava de um pedido rotineiro, que já é familiar aos alunos no 10.º ano, e que estes consideram como acessível, o único argumento que poderá explicar o mau desempenho obtido neste item é o facto de os alunos, à data do teste, estarem já focados na resolução analítica deste tipo de inequação. No item 2.3., era dada uma condição cartesiana de uma reta e pedia-se a determinação das coordenadas de um certo ponto dessa reta. Os alunos tinham de identificar o ponto pedido com o ponto de intersecção da reta com um plano cuja equação geral se conhecia. De seguida, deviam resolver um sistema de três equações com três incógnitas. Este item tinha como suporte a representação de uma pirâmide quadrangular regular em referencial o.n. O facto de a pirâmide se apresentar numa posição pouco habitual perturbou de forma substancial o desempenho dos alunos, se bem que a resolução não exigisse mais do que a informação dada no texto do enunciado. A dificuldade do item não residia na complexidade dos cálculos a efetuar Relatório Testes Intermédios 2012 57 _ 130 nem no número elevado de etapas, mas sim na identificação da estratégia de abordagem. Quanto ao item 3.1., este seria considerado um item de maior exigência se não incluísse uma sugestão que indicava, de forma explícita, uma estratégia de resolução. Depois de identificar as coordenadas de um ponto genérico do círculo trigonométrico, os alunos deviam aplicar a fórmula da distância de dois pontos em função das suas coordenadas, conforme era sugerido. Os alunos deviam ainda aplicar um dos casos notáveis da multiplicação de binómios e a fórmula fundamental da trigonometria. Trata-se de conhecimentos básicos e frequentemente aplicados, mas de áreas matemáticas diferentes, o que pode ter contribuído para o fraco desempenho dos alunos neste item. 12.º ano (Informações n.º 11 e n.º 22) Primeiro teste Caracterização do teste O teste apresentava dois grupos de itens: o Grupo I, constituído por 5 itens de escolha múltipla, e o Grupo II, constituído por 4 itens de construção, 3 dos quais subdivididos em 2 ou em 3 alíneas, num total de 8 alíneas. Os dois grupos de itens avaliavam conteúdos dos temas Probabilidades e Combinatória e Funções (função exponencial e função logarítmica), com a valorização seguinte: Probabilidades e Combinatória — 35%; Funções — 65%. Nos dois grupos, os itens apresentados avaliavam capacidades variadas: no âmbito do conhecimento de factos, conceitos e procedimentos — item 1. do Grupo I e itens 1.1., 1.2. e 2.2. do Grupo II; no âmbito da aplicação de conhecimentos e resolução de problemas rotineiros — itens 1., 2., 4. e 5. do Grupo II e itens 2.1., 2.3. e 3.1. do Grupo II; e no âmbito do raciocínio — item 3. do Grupo I e itens 3.2. e 4. do Grupo II. Itens com melhor desempenho Os itens 1. e 4. do Grupo I e os itens 1.2. e 3.1. do Grupo II foram os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho, com valores da classificação média em relação à cotação total de 84,0%, 72,8%, 70,0% e 70,0%, respetivamente. O item 1. do Grupo I era um item de escolha múltipla em que se pretendia que os alunos reconhecessem que a probabilidade da intersecção de dois acontecimentos incompatíveis é igual a 0. Relatório Testes Intermédios 2012 58 _ 130 O item 4. do Grupo I também era um item de escolha múltipla. Envolvia vários conceitos — continuidade num ponto e dois dos limites notáveis — mas os algoritmos que os alunos deviam efetuar eram rotineiros. A calculadora também poderia ser utilizada para testar as opções apresentadas e, nesse caso, o único conceito necessário seria o conceito de continuidade num ponto. No item 1.2. do Grupo II, os alunos deviam construir a tabela de distribuição de probabilidades de uma variável aleatória. Tratava-se de um item com várias etapas, mas que repetiam procedimentos que os alunos já assumem como rotineiros. No item 3.1. do Grupo II, era descrito o contexto de uma situação modelada por uma função logística. Os alunos deviam calcular a imagem de zero e resolver uma equação, mas não tinham necessidade de recorrer a logaritmos. Itens com pior desempenho De entre os itens em que os alunos obtiveram pior desempenho destacam-se os itens 2.2., 3.2. e 4., todos do Grupo II, com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 55,3%, 35,8% e 37,9%. Registe-se que, em todos estes itens, as percentagens são superiores a 35,0%. Quanto ao item 2.2., embora esteja incluído no conjunto dos três itens em que os alunos tiveram pior desempenho, foi um item em que o valor da classificação média em relação à cotação total ultrapassou 50%. Para a sua resolução, os alunos deviam conhecer propriedades operatórias dos logaritmos e das potências, e aplicá-las de modo trivial. O item 3.2. envolvia conteúdos da área das funções e das probabilidades, nomeadamente, probabilidade condicionada. Por um lado, a situação não era familiar aos alunos. Por outro lado, a probabilidade condicionada, se bem que seja um conteúdo frequentemente abordado, exigia, neste caso, especial atenção na leitura do enunciado, já que o facto de se tratar de uma probabilidade condicionada não estava formulado de modo explícito. No item 4., era dada uma função definida por duas expressões analíticas, uma das quais envolvia um parâmetro. Afirmava-se no enunciado que o gráfico da função tinha duas assíntotas horizontais e o aluno deveria encontrar o valor do parâmetro para o qual as assíntotas coincidiam. Apesar de o enunciado ser pouco habitual, a maior dificuldade que os alunos enfrentavam era o cálculo de dois limites, que envolviam indeterminações, sendo que, num deles, deveria ser feita uma mudança de variável. Relatório Testes Intermédios 2012 59 _ 130 Segundo teste Caracterização do teste O teste apresentava dois grupos de itens: o Grupo I, constituído por 5 itens de escolha múltipla, e o Grupo II, constituído por 5 itens de construção, 3 dos quais subdivididos em 2 alíneas, num total de 8 alíneas. Os dois grupos de itens avaliavam conteúdos dos temas Probabilidades e Combinatória, Funções (incluindo funções trigonométricas) e Números complexos, com a valorização seguinte: Probabilidades e Combinatória — 20%; Funções — 65%; Números complexos — 15%. Nos dois grupos, os itens apresentados avaliavam capacidades variadas: no âmbito do conhecimento de factos, conceitos e procedimentos — itens 3. e 4. do Grupo I e item 3.1. do Grupo II; no âmbito da aplicação de conhecimentos e resolução de problemas rotineiros — item 1. do Grupo I e itens 1., 2.1., 2.2., 3.2. e 4.2. do Grupo II; e no âmbito do raciocínio — itens 2. e 5. do Grupo I e itens 3.2. e 4. do Grupo II. Itens com melhor desempenho Os itens 1., 3. e 4., todos do Grupo I, foram os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho, com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 75,2%, 69,8% e 70,4%. O item 1. era um item de escolha múltipla em que se pretendia que os alunos aplicassem propriedades operatórias dos logaritmos. Os distratores reproduziam alguns dos erros que os alunos cometem mais frequentemente. No item 3., a escolha da opção correta era justificada pelo teorema de Bolzano, sendo que os distratores podiam ser facilmente rejeitados pela representação gráfica de duas funções que as condições do enunciado muito naturalmente sugeriam. O item 4. também era um item de escolha múltipla. Os alunos deviam conhecer uma das leis de De Morgan com vista a traduzirem uma frase da linguagem corrente para linguagem simbólica matemática. Itens com pior desempenho De entre os itens em que os alunos obtiveram pior desempenho destacam-se os itens 2.1., 3.2. e 5., todos do Grupo II, com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 35,2%, 30,9% e 27,6%. O item 2.1. tinha como objetivo o cálculo de uma probabilidade num problema de provas repetidas. Este conteúdo nunca tinha sido avaliado num item de construção, o que pode justificar o fraco desempenho dos alunos. Relatório Testes Intermédios 2012 60 _ 130 O item 3.2. era um item de determinação, por processos analíticos, dos extremos de uma função trigonométrica. O item tinha uma formulação rotineira, mas a determinação do zero da derivada exigia a resolução de uma equação trigonométrica não elementar. No item 5., era dada uma função definida por duas expressões analíticas e pedia-se o estudo da continuidade no ponto de mudança de ramo. Um dos limites que os alunos tinham de calcular envolvia uma situação de indeterminação que exigia uma mudança de variável e a realização de cálculos algébricos com alguma complexidade. Propostas de intervenção didática No geral, a análise dos resultados confirma que a qualidade do desempenho dos alunos depende, fundamentalmente, do tipo de operações mentais que é necessário mobilizar para resolver os itens. O desempenho dos alunos é melhor nos itens em que apenas se exige que conheçam factos, conceitos ou procedimentos. As dificuldades acentuam-se nos itens em que se torna necessário analisar, transferir e relacionar conhecimentos e resolver problemas não rotineiros. Em relação aos testes do 12.º ano, os bons desempenhos surgem, de um modo geral, associados aos conteúdos de probabilidades e combinatória e aos itens de escolha múltipla. A longo prazo, valorizando os comportamentos mentais mais exigentes desde cedo, será possível melhorar o desempenho dos alunos na resolução de itens que exigem raciocínios mais complexos. A curto/médio prazo, devemos registar insatisfação pelas percentagens na ordem de 70% da classificação média em relação à cotação total nos itens que envolvem apenas conhecimentos ou aplicações rotineiras. Os alunos deverão ser, pois, incentivados a alcançarem resultados de excelência em exercícios com estas características. Português – 12.º ano Deve ser consultada a Informação n.º 6, disponível na Extranet (Testes Intermédios 2011/2012). Caracterização do teste O teste intermédio de Português teve por referência o Programa da disciplina e permitiu avaliar capacidades e conhecimentos relativos à Leitura, à Expressão Escrita e ao Funcionamento da Língua. Por forma a não condicionar a gestão autónoma dos conteúdos programáticos ao longo do ano, optou-se pela não integração de itens Relatório Testes Intermédios 2012 61 _ 130 sobre a leitura de obras literárias que constituem o corpus do 12.º ano. Nos itens de Funcionamento da Língua, incluíram-se conteúdos declarativos relativos ao 10.° e ao 11.° ano. Quanto à sua estrutura, o teste apresentava três grupos de itens. O Grupo I integrava um texto poético, que constituía o suporte de quatro itens de construção — resposta restrita — e permitia avaliar capacidades e conhecimentos relativos à Leitura e à Expressão Escrita. O Grupo II integrava um texto não literário, que constituía o suporte de três itens de seleção — escolha múltipla — e de dois itens de construção — resposta curta — e permitia avaliar capacidades e conhecimentos de Leitura e de Funcionamento da Língua. O Grupo III era constituído por um item de construção — resposta extensa —, orientado no que respeita à tipologia textual, ao tema e à extensão, e permitia avaliar capacidades e conhecimentos no domínio da Expressão Escrita. Itens com melhor desempenho O item 1. do Grupo I e os itens 1.1. e 1.2. do Grupo II foram aqueles em que os alunos revelaram melhor desempenho, com valores de classificação média em relação à cotação total de 60,6%, 86,0% e 78,8%, respetivamente. O item 1. do Grupo I consistia num item de resposta restrita em que se solicitava a localização e a síntese de informação presente no texto. O facto de o item apenas requerer a interpretação de informação explícita pode explicar o bom desempenho dos alunos. É de salientar que os resultados obtidos neste item foram ligeiramente superiores aos resultados obtidos em itens do mesmo tipo incluídos em provas de Português de anos anteriores. Os itens 1.1. e 1.2. do Grupo II eram itens de seleção, apresentados sob o formato de escolha múltipla. No caso do item 1.1., solicitava-se a interpretação de informação explícita no texto; no caso do item 1.2., os alunos tinham de identificar os valores associados ao vocábulo «ainda» no contexto em que ocorriam. Para além do formato do item, os bons resultados obtidos pelos alunos poderão ser explicados quer pelo facto de a interpretação incidir sobre informação explícita no texto, quer por não se solicitar o conhecimento de metalinguagem específica. No que diz respeito ao item 1.2., é de salientar que os bons resultados obtidos pelos alunos ficaram, ainda assim, aquém dos resultados obtidos em itens do mesmo tipo incluídos em provas de anos anteriores. Esta situação poderá ter decorrido do facto de o item solicitar a interpretação de dois valores distintos associados ao mesmo vocábulo (em diferentes contextos). Relatório Testes Intermédios 2012 62 _ 130 Itens com pior desempenho Os itens em que os alunos apresentaram piores desempenhos foram o item 3. do Grupo I e os itens 1.3. e 2.2. do Grupo II, com valores da classificação média em relação à cotação total de 40,4%, 40,0% e 42,6%, respetivamente. O item 3. do Grupo I consistia num item de resposta restrita em que se solicitava a realização de inferências a partir da informação presente no texto. O fraco desempenho dos alunos neste item poderá ser explicado pelo facto de estarem em causa operações cognitivas mais complexas e de se exigir a mobilização de conhecimentos sobre os valores semânticos específicos do pretérito imperfeito do indicativo e do pretérito mais-que-perfeito do indicativo. O item 1.3. do Grupo II consistia num item de seleção, apresentado sob o formato de escolha múltipla, que exigia a identificação de duas funções sintáticas distintas desempenhadas pelo pronome «me». O facto de se solicitarem conhecimentos de metalinguagem pode explicar o fraco desempenho dos alunos. No que diz respeito a este item, é de salientar que, apesar de se exigir a análise do pronome «me» em dois contextos distintos, os resultados deste item foram superiores aos resultados obtidos em itens sobre funções sintáticas apresentados em provas de anos anteriores. Esta situação poderá ser justificada pelo formato do item (escolha múltipla) e por um maior investimento na lecionação destes conteúdos. O item 2.2. do Grupo II consistia num item de resposta curta, no qual se solicitava aos alunos a classificação de uma oração. O facto de se tratar de um item de resposta curta que incidia sobre conteúdos de funcionamento da língua, exigindo-se a mobilização de conhecimentos metalinguísticos, pode explicar o fraco desempenho dos alunos. Ainda assim, é de salientar que os resultados deste item foram superiores aos resultados obtidos em itens do mesmo tipo apresentados em provas de anos anteriores, o que poderá significar que se está a verificar um maior investimento na lecionação destes conteúdos. Propostas de intervenção didática Os melhores desempenhos situam‐se no domínio da leitura de texto de carácter expositivo, particularmente em itens de seleção (Grupo II, itens 1.1. e 1.2.). As principais dificuldades revelam-se em itens de construção, tanto em itens em que se avalia a leitura orientada de texto literário, como em itens em que se avalia o funcionamento da língua, quando a resposta exige o domínio de metalinguagem. É de destacar que nos itens que exigem resposta estruturada, quer no Grupo I, quer no Grupo III, além das dificuldades ao nível do conteúdo, os alunos revelam fracos desempenhos nos parâmetros de organização e correção linguística. Relatório Testes Intermédios 2012 63 _ 130 Destacam‐se, assim, três áreas específicas passíveis de intervenção didática: a leitura orientada de textos literários, a produção escrita e o funcionamento da língua, em particular o recurso a metalinguagem. Para além de aspetos pontuais que ocorrem em algumas provas específicas, as dificuldades manifestadas pelos alunos, em anos sucessivos e em diferentes provas, tornam evidente que: no domínio da Leitura, importará não só desenvolver a competência lexical, mas também reforçar um trabalho que envolva a realização de inferências e o posicionamento crítico face aos textos lidos. no domínio da Expressão Escrita, será importante realizar um trabalho sistemático, envolvendo a aprendizagem e o treino de diferentes tipologias textuais, assegurando um crescente domínio das competências envolvidas na planificação, textualização e revisão dos textos; no domínio do Funcionamento da Língua, será fundamental assegurar o desenvolvimento de um trabalho de acordo com a metalinguagem e as orientações metodológicas explicitadas no programa. Relatório Testes Intermédios 2012 64 _ 130 DISTRIBUIÇÃO DOS RESULTADOS POR NUTS III A distribuição dos resultados dos testes intermédios (TI) de 2012 de acordo com as sub-regiões (NUTS III) permite identificar malhas territoriais diversas consoante os níveis de desempenho alcançados em disciplinas do ensino básico e do ensino secundário. A informação agora disponibilizada permite, à semelhança do ano anterior, observar distribuições regionais (ao nível das sub-regiões) e situar cada unidade territorial no contexto nacional. É também possível observar tendências de evolução de resultados, comparando os resultados de 2009 com os de 2012. Na análise da distribuição geográfica dos resultados por NUTS III considera-se como variável a média dos resultados dos testes de uma mesma disciplina realizados em 2012. Assim, no caso da disciplina de Língua Portuguesa do 9.º ano, apenas se pode contar com os resultados de um teste, mas, no caso da disciplina de Matemática, são considerados os resultados de dois testes — um realizado no 8.º ano e o outro no 9.º ano. Já no ensino secundário, nas disciplinas de Biologia e Geologia e de Física e Química A, os resultados apresentados constituem a média de dois testes para cada uma das disciplinas: um realizado no 10.º ano e outro realizado no 11.º ano. Na disciplina de Matemática A, os resultados contemplam a média de três testes, um realizado no 10.º ano, outro no 11.º ano e outro no 12.º ano. Relatório Testes Intermédios 2012 65 _ 130 Língua Portuguesa – 1.º ciclo do ensino básico (2.º ano) Os resultados alcançados no TI de Língua Portuguesa do 1.º ciclo em 2012 seguem, globalmente, a tendência dos do ano anterior. A Escrita e o Conhecimento Explícito da Língua são os domínios em que se evidenciam piores desempenhos, por oposição à Compreensão do Oral e à Leitura, apresentando estes últimos resultados significativamente positivos (Figura 1). Ainda assim, refira-se que, mesmo no domínio da Escrita, a percentagem média da notação Satisfaz Bem alcança 56%, por oposição a 17% de Não Satisfaz. Quando se analisa a repartição territorial destes resultados (Anexo 2), verifica-se que a tendência evidenciada para o país se reflete, regra geral, nas classificações obtidas nas sub-regiões de acordo com as NUTS III. Não se destacam grandes assimetrias entre as unidades territoriais, embora sejam notórias percentagens de Não Satisfaz ligeiramente superiores no domínio da Escrita em algumas sub-regiões do Alentejo e no Algarve. TI Língua Portuguesa 2.º ano - PORTUGAL (em %) 100% 75% 50% 92,6 26,8 25% 0% 56,4 69,2 85,1 22,6 6,5 0,9 Compreensão do Oral Satisfaz Bem 11,4 3,6 Leitura 16,8 8,2 Conhecimento Explícito da Língua Satisfaz Escrita Não Satisfaz Fig. 1 – Resultados médios por domínios – 2012. Língua Portuguesa – 1.º ciclo do ensino básico Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 66 _ 130 Matemática – 1.º ciclo do ensino básico (2.º ano) Também o TI de Matemática do 1.º ciclo regista reduzida diferenciação geográfica na distribuição de resultados (Anexo 2). De uma forma geral, a área temática de Resolução de Problemas é a que assinala piores desempenhos — alcançando, em termos nacionais, 45% de Não Satisfaz (Figura 2). À semelhança do verificado para Língua Portuguesa, são também as sub-regiões a sul do país que evidenciam piores resultados nesta área temática, ultrapassando, em alguns casos, 50% de Não Satisfaz. As áreas temáticas Raciocínio Matemático e Números e Operações são as que, por oposição, revelam melhores resultados globais, registando 52% e 47% de Satisfaz Bem, respetivamente. Estes resultados assumem também um padrão regular na distribuição territorial das classificações nas várias sub-regiões. TI Matemática 2.º ano - PORTUGAL (em %) 100% 28,7 20,3 75% 22,7 47,0 51,8 30,5 31,4 47,4 50,0 22,1 18,6 34,8 50% 50,8 54,5 33,2 25,3 25% 0% 44,9 16,8 Conhecimento Resolução de e Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos Satisfaz Bem 22,9 26,5 19,9 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Números e Operações Satisfaz Geometria e Organização e Medida Tratamento de Dados Não Satisfaz Fig. 2 – Resultados médios por áreas temáticas – 2012. Matemática – 1.º ciclo do ensino básico Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 67 _ 130 Ciências Físico-Químicas – 3.º ciclo do ensino básico (9.º ano) A georreferenciação de resultados do TI de Ciências Físico-Químicas apresenta um padrão uniforme, com a maioria das sub-regiões a registar desempenhos médios entre 35% e 40% (Figura 3). Nenhuma das unidades territoriais alcança resultados médios positivos (superiores ou iguais a 50%). Na escala ordenada de resultados (Figura 4), as sub-regiões da Serra da Estrela, Pinhal Interior Sul e Baixo Mondego diferenciam-se pela positiva, com um desvio superior a 10 pontos em relação ao valor de referência (100). Em sentido oposto, com valores índice inferiores a 90 pontos encontram-se o Alentejo Litoral, o Alto Alentejo e as RA da Madeira e dos Açores. Fig. 3 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Ciências Físico-Químicas – 3.º ciclo do ensino básico Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 68 _ 130 Serra da Estrela Pinhal Interior Sul Baixo Mondego Baixo Vouga Cávado Cova da Beira Beira Interior Sul Grande Porto Oeste Dão-Lafões Pinhal Litoral Ave Pinhal Interior Norte Médio Tejo Entre Douro e Vouga Alto Trás-os-Montes Alentejo Central PORTUGAL Grande Lisboa Minho-Lima Lezíria do Tejo Algarve Baixo Alentejo Península de Setúbal Beira Interior Norte Tâmega Douro Alentejo Litoral Alto Alentejo 85,1 Madeira 81,6 Açores 78,0 75 80 111,8 110,7 110,1 107,9 106,9 106,4 105,7 104,7 104,1 104,0 103,9 103,7 103,2 102,2 102,1 101,2 100,3 100,0 99,7 98,8 98,5 98,3 98,1 95,9 95,7 94,7 90,8 89,4 85 90 95 100 105 110 115 Fig. 4 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Ciências Físico-Químicas – 3.º ciclo do ensino básico Valores índice (Média nacional = 100) Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 69 _ 130 Ciências Naturais – 3.º ciclo do ensino básico (9.º ano) Os resultados médios alcançados no TI de Ciências Naturais nas várias sub-regiões de Portugal continental distribuem-se de forma regular, encontrando-se próximos de 50% (Figura 5). Destacam-se sobretudo as NUTS III situadas na faixa litoral — o Baixo Mondego, com resultados médios no intervalo entre 52% e 54%, e as sub-regiões do Pinhal Litoral, Cávado e Ave, com resultados ligeiramente inferiores. No interior, sobressai a Beira Interior Sul, com o melhor resultado médio alcançado no TI de Ciências Naturais, e a sub-região da Cova da Beira. A RA dos Açores é a região que apresenta resultados médios mais baixos, não ultrapassando 40%. A ordenação relativa das NUTS III em valores índice referenciados à média nacional (Figura 6) assinala as sub-regiões do Baixo Mondego e Beira Interior Sul com mais de 10 pontos positivos relativamente ao valor de referência. No extremo oposto registam-se duas unidades territoriais com um desvio negativo inferior a 90 pontos — Douro e RA dos Açores. Fig. 5 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Ciências Naturais – 3.º ciclo do ensino básico Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 70 _ 130 Beira Interior Sul Baixo Mondego Pinhal Litoral Cávado Cova da Beira Ave Médio Tejo Entre Douro e Vouga Dão-Lafões Beira Interior Norte Minho-Lima Oeste Alentejo Central Grande Lisboa Baixo Vouga Grande Porto Península de Setúbal Pinhal Interior Sul Lezíria do Tejo Pinhal Interior Norte PORTUGAL Algarve Baixo Alentejo Madeira Serra da Estrela Tâmega Alto Trás-os-Montes Alentejo Litoral Alto Alentejo Douro Açores 83,1 80 110,6 110,2 108,6 107,4 107,0 106,0 105,7 105,0 104,9 104,4 104,4 104,0 103,9 103,8 103,4 102,8 102,3 102,2 100,2 100,1 100,0 97,6 97,2 95,9 95,5 94,0 93,2 91,0 90,3 86,6 85 90 95 100 105 110 115 Fig. 6 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Ciências Naturais – 3.º ciclo do ensino básico Valores índice (Média nacional = 100) Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 71 _ 130 Geografia – 3.º ciclo do ensino básico (9.º ano) Na distribuição territorial dos resultados médios do TI de Geografia do ensino básico assinala-se um elevado desempenho médio na zona litoral norte e centro, alcançando algumas destas sub-regiões médias superiores a 56% — veja-se, em particular, as sub—regiões da Cova da Beira, Pinhal Litoral e Baixo Mondego (Figura 7). Apenas oito sub-regiões registam resultados médios negativos. No TI de Geografia do 9.º ano, apenas uma sub-região (Cova da Beira) apresenta uma diferença positiva superior a 10 pontos em valores índice relativamente ao valor de referência (Figura 8). A RA dos Açores, o Alto Alentejo e a sub-região do Douro apresentam, no outro extremo, uma posição relativa inferior a 90 pontos. Fig. 7- Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Geografia – 3.º ciclo do ensino básico Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 72 _ 130 Cova da Beira Baixo Mondego Pinhal Litoral Oeste Cávado Pinhal Interior Sul Ave Beira Interior Sul Minho-Lima Beira Interior Norte Baixo Vouga Médio Tejo Grande Porto Dão-Lafões Grande Lisboa Serra da Estrela PORTUGAL Pinhal Interior Norte 99,0 Entre Douro e Vouga 98,8 Alentejo Central 98,2 Baixo Alentejo 97,9 Tâmega 97,9 Lezíria do Tejo 97,3 Península de Setúbal 95,4 Madeira 94,0 Alto Trás-os-Montes 93,0 Algarve 92,8 Alentejo Litoral 91,9 Douro 89,9 Alto Alentejo 89,7 Açores 87,7 85 90 95 113,9 109,4 108,1 104,9 104,8 103,6 103,0 102,8 102,5 102,3 102,2 102,0 101,8 101,7 101,5 101,0 100,0 100 105 110 115 Fig. 8 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Geografia – 3.º ciclo do ensino básico Valores índice (Média nacional = 100) Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 73 _ 130 História – 3.º ciclo do ensino básico (9.º ano) Os resultados alcançados no TI da disciplina de História do 3.º ciclo não apresentam uma variação territorial significativa, observando-se um padrão uniformemente negativo (Figura 9). Das 30 unidades que compõem a malha territorial, apenas três registam desempenhos acima de 50%. Neste grupo, destaque-se a sub-região do Pinhal Litoral com uma média de resultados de 52%. A RA da Madeira e as sub-regiões de Alto Trás-os-Montes, Douro e Alto Alentejo registam desempenhos muito negativos — abaixo de 40%. Aa ordenação de resultados das NUTS III tendo como referência a média nacional (Figura 10) coloca três sub-regiões com 10 pontos em valor índice acima do valor de referência (100) — Pinhal Litoral, Cova da Beira e Beira Interior Sul. As unidades territoriais com desvios negativos mais afastados daquele valor são as RA da Madeira e dos Açores, o Alto Trás-os-Montes, o Alto Alentejo e o Douro. Fig. 9 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 História – 3.º ciclo do ensino básico Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 74 _ 130 Pinhal Litoral Cova da Beira Beira Interior Sul Baixo Mondego Grande Lisboa Oeste Pinhal Interior Sul Cávado Lezíria do Tejo Ave Entre Douro e Vouga Dão-Lafões Grande Porto Alentejo Central Beira Interior Norte Baixo Vouga Pinhal Interior Norte Baixo Alentejo PORTUGAL Minho-Lima Serra da Estrela Médio Tejo Península de Setúbal Tâmega Alentejo Litoral Algarve Açores Alto Trás-os-Montes Alto Alentejo Madeira Douro 113,5 113,1 111,9 107,8 106,0 105,4 105,4 105,1 104,3 104,0 103,7 103,5 101,8 101,7 101,1 100,3 100,2 100,2 100,0 98,8 98,3 96,1 95,8 93,0 91,4 91,0 89,3 86,8 83,8 81,8 79,3 75 80 85 90 95 100 105 110 115 Fig. 10 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 História – 3.º ciclo do ensino básico Valores índice (Média nacional = 100) Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 75 _ 130 Inglês – 3.º ciclo do ensino básico (9.º ano) A distribuição territorial de resultados do TI de Inglês do 3.º ciclo mostra que apenas duas sub-regiões apresentam desempenhos médios acima de 50% — Grande Lisboa e Pinhal Litoral (Figura 11). Evidencia-se uma maior incidência de resultados médios abaixo de 45% nas sub-regiões do interior. No TI de Inglês do 9.º ano, apenas a sub-região da Grande Lisboa regista um desvio positivo superior a 10 pontos em valores índice relativamente à média nacional (Figura 12). Abaixo deste valor de referência encontra-se um elevado número de unidades territoriais, apresentando algumas sub-regiões um afastamento expressivo relativamente à média nacional (desvios negativos superiores a 20 pontos ou mais em valor índice). Fig.11 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Inglês – 3.º ciclo do ensino básico Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 76 _ 130 Grande Lisboa Pinhal Litoral Península de Setúbal Grande Porto Beira Interior Sul Cova da Beira Baixo Mondego Algarve Médio Tejo Entre Douro e Vouga Oeste PORTUGAL Baixo Vouga Lezíria do Tejo Serra da Estrela Alentejo Central Dão-Lafões Alentejo Litoral Cávado Minho-Lima Madeira Baixo Alentejo Ave Beira Interior Norte Pinhal Interior Norte Açores Alto Trás-os-Montes Pinhal Interior Sul Tâmega 73,3 Alto Alentejo 71,5 Douro 69,3 65 112,3 107,4 107,0 105,7 105,4 105,2 104,1 103,9 103,1 102,2 100,3 100,0 98,8 97,5 96,4 96,3 94,9 94,5 94,2 94,0 89,2 87,8 87,5 87,0 86,2 84,2 84,0 79,7 75 85 95 105 115 Fig. 12 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Inglês – 3.º ciclo do ensino básico Valores índice (Média nacional = 100) Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 77 _ 130 Língua Portuguesa – 3.º ciclo do ensino básico (9.º ano) No TI de Língua Portuguesa realizado em 2012, apenas uma sub-região (Baixo Mondego) apresenta desempenhos acima de 50% (Figura 13). A georreferenciação dos resultados permite verificar que as unidades territoriais do sul de Portugal continental e as RA da Madeira e dos Açores registam, globalmente, resultados inferiores às restantes unidades do país. Das 30 unidades territoriais, mais de metade apresenta resultados acima da média nacional (Figura 14). Não se observam desvios significativos em relação ao valor médio (iguais ou inferiores a 10 pontos), com exceção da RA dos Açores, que regista um desvio negativo de cerca de 15 pontos. Fig. 13 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Língua Portuguesa – 3.º ciclo do ensino básico Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 78 _ 130 Baixo Mondego Beira Interior Sul Serra da Estrela Dão-Lafões Médio Tejo Pinhal Litoral Grande Porto Douro Entre Douro e Vouga Cávado Baixo Vouga Beira Interior Norte Lezíria do Tejo Ave Minho-Lima Oeste Alto Trás-os-Montes Grande Lisboa PORTUGAL Alentejo Central Cova da Beira Alentejo Litoral Pinhal Interior Sul Pinhal Interior Norte Península de Setúbal Baixo Alentejo Tâmega Algarve Madeira Alto Alentejo Açores 110,0 107,0 105,7 104,6 103,6 103,3 103,2 103,1 102,7 102,5 102,1 102,0 102,0 101,6 101,5 100,9 100,6 100,6 100,0 99,2 99,1 98,1 97,6 97,5 96,6 95,8 92,9 91,7 91,5 91,2 85,6 80 85 90 95 100 105 110 115 Fig. 14 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Língua Portuguesa – 3.º ciclo do ensino básico Valores índice (Média nacional = 100) Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 79 _ 130 Matemática – 3.º ciclo do ensino básico (8.º e 9.º anos) A georreferenciação dos resultados dos TI de Matemática do 3.º ciclo evidencia um padrão regular de sinal negativo (Figura 15). Nenhuma das sub-regiões do país alcança uma média de resultados positiva — apenas duas (Baixo Mondego e Dão-Lafões) registam uma média máxima de 45%. O contínuo litoral centro e norte apresenta melhores resultados por oposição à região sul, ao norte interior e às RA da Madeira e dos Açores, com médias abaixo dos 35%. A análise dos desempenhos das sub-regiões na escala ordenada de resultados por referência à média nacional divide o país em duas partes iguais — 15 unidades territoriais acima da média nacional e 15 unidades abaixo (Figura 16). Em extremos opostos, as sub-regiões do Baixo Mondego, Dão Lafões, Pinhal Litoral e Beira Interior Norte destacam-se pela positiva (valores superiores a 110 pontos) e, pela negativa, com valores inferiores a 90 pontos, assinala-se a Península de Setúbal, o Alto Alentejo e as RA da Madeira e dos Açores. Fig. 15 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Matemática – 3.º ciclo do ensino básico Relatório Testes Intermédios 2012 Fonte: GAVE, 2012 80 _ 130 Baixo Mondego Dão-Lafões Pinhal Litoral Beira Interior Norte Minho-Lima Médio Tejo Cávado Beira Interior Sul Baixo Vouga Entre Douro e Vouga Grande Porto Lezíria do Tejo Ave Oeste Pinhal Interior Sul PORTUGAL Cova da Beira Grande Lisboa Pinhal Interior Norte Serra da Estrela Alto Trás-os-Montes Alentejo Central Algarve Douro Alentejo Litoral Tâmega Baixo Alentejo Península de Setúbal Alto Alentejo Madeira Açores 72,5 70 120,0 117,4 114,1 110,1 108,5 108,3 108,1 107,3 107,2 106,2 104,9 103,7 102,9 102,6 101,6 100,0 99,9 99,8 99,6 99,0 98,2 95,8 94,5 94,4 94,3 93,0 91,4 86,5 86,3 83,7 80 90 100 110 120 Fig. 16 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Matemática – 3.º ciclo do ensino básico Valores índice (Média nacional = 100) Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 81 _ 130 Língua Portuguesa e Matemática – 3.º ciclo do ensino básico (9.º ano) Considerando o facto de as disciplinas de Língua Portuguesa e de Matemática serem as únicas do elenco de disciplinas do 3.º ciclo sujeitas a provas finais, procede-se a uma análise comparativa dos resultados médios alcançados em 2012 nas diferentes sub-regiões, tendo como referência os valores índices atrás apresentados. A análise da Figura 17 permite identificar três conjuntos distintos de NUTS III a partir da comparação de resultados entre as duas disciplinas. O primeiro conjunto apresenta as sub-regiões que registam resultados superiores à média nacional para ambas as disciplinas, ou seja, a posição relativa destas sub-regiões na escala ordenada de resultados é superior ao valor de referência (100), tanto para a disciplina de Matemática como para a disciplina de Língua Portuguesa. Neste primeiro grupo, composto por 16 unidades territoriais, destacam-se as sub-regiões do Pinhal Litoral, Baixo Mondego e Dão-Lafões, dado apresentarem diferenças iguais ou superiores a 10 pontos na disciplina de Matemática. A maioria das sub-regiões deste conjunto (15 unidades territoriais) apresenta valores de referência superiores nesta disciplina. Ainda neste primeiro conjunto, refira-se a única NUTS III (Lezíria do Tejo) com uma posição oposta relativamente às restantes. Neste caso, os resultados em valor índice são mais elevados na disciplina de Língua Portuguesa do que na disciplina de Matemática, embora a diferença entre as duas disciplinas seja reduzida (dois pontos em valor índice). O segundo conjunto é composto pelas sub-regiões que assinalam resultados inferiores à média nacional de 2012 nas duas disciplinas consideradas. Neste grupo, contam-se 11 sub-regiões, distinguindo-se as RA da Madeira e dos Açores e a Península de Setúbal dado apresentarem de forma mais expressiva valores índice superiores na disciplina de Língua Portuguesa (registam uma diferença de 10 ou mais pontos relativamente ao valor índice alcançado para a disciplina de Matemática). Neste segundo grupo, contrariamente ao verificado no primeiro, dez das 11 sub-regiões apresentam valores superiores na disciplina de Língua Portuguesa. Apenas o Algarve, neste conjunto, regista um resultado superior na disciplina de Matemática. Finalmente, um terceiro conjunto é constituído pelas três sub-regiões que revelam resultados de sinal contrário entre as duas provas. As sub-regiões da Serra da Estrela e do Douro registam desempenhos acima do valor de referência (100) no TI de Língua Portuguesa, mas abaixo no TI de Matemática; o Alentejo Litoral apresenta a situação contrária, ou seja, resultados ligeiramente acima da média nacional no TI de Matemática e abaixo no TI de Língua Portuguesa. Relatório Testes Intermédios 2012 82 _ 130 Baixo Mondego Beira Interior Sul Serra da Estrela Dão-Lafões Matemática 9.º ano Médio Tejo Língua Portuguesa 9.º ano Pinhal Litoral Grande Porto Douro Entre Douro e Vouga Cávado Baixo Vouga Beira Interior Norte Lezíria do Tejo Ave Minho-Lima Oeste Alto Trás-os-Montes Grande Lisboa Alentejo Central Cova da Beira Alentejo Litoral Pinhal Interior Sul Pinhal Interior Norte Península de Setúbal Baixo Alentejo Tâmega Algarve Madeira Alto Alentejo Açores -30,0 -20,0 -10,0 0,0 10,0 20,0 30,0 Fig. 17 - Diferença entre o valor índice da NUTS III e o índice 100 - 2012 Resultados dos testes de Língua Portuguesa e de Matemática - 9.º ano de escolaridade (Média nacional = 100) Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 83 _ 130 Biologia e Geologia – ensino secundário (10.º e 11.º anos) A distribuição de resultados dos TI de Biologia e Geologia apresenta uma baixa amplitude de resultados entre as diferentes unidades territoriais (Figura 18). Perto de metade das sub-regiões (13) regista um desempenho médio não superior a 9,5 valores, encontrando-se estas maioritariamente concentradas na região do Alentejo e no norte interior. Nas duas maiores áreas urbanas (Grande Lisboa e Grande Porto) e em três sub-regiões — Baixo Mondego, Entre Douro e Vouga e Dão-Lafões —, observam-se médias positivas situadas no intervalo entre 10 e 10,5 valores. A ordenação relativa de resultados com referência à média nacional assinala também a menor dispersão de resultados relativamente ao valor de referência (100) (Figura 19). Somente a sub-região da Serra da Estrela regista um valor ligeiramente inferior a 90 pontos relativamente à média nacional. Fig. 18 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Biologia e Geologia – ensino secundário Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 84 _ 130 Baixo Mondego Dão-Lafões Entre Douro e Vouga Grande Porto Grande Lisboa Médio Tejo Cova da Beira Minho-Lima Pinhal Interior Sul Pinhal Litoral Baixo Vouga Beira Interior Sul Ave PORTUGAL Algarve Oeste Cávado Alto Trás-os-Montes Península de Setúbal Alentejo Litoral Beira Interior Norte Tâmega Madeira Douro Baixo Alentejo Pinhal Interior Norte Alentejo Central Alto Alentejo Lezíria do Tejo Açores Serra da Estrela 85,0 107,7 105,1 104,0 103,8 103,7 102,0 101,8 101,4 101,1 100,7 100,6 100,4 100,2 100,0 99,7 99,1 99,0 98,8 97,6 97,2 97,0 96,7 96,7 96,3 95,8 95,7 95,5 95,4 91,4 90,6 89,7 90,0 95,0 100,0 105,0 110,0 Fig. 19 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Biologia e Geologia – ensino secundário (10.º e 11.º anos) Valores índice (Média nacional = 100) Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 85 _ 130 Filosofia – ensino secundário (11.º ano) O TI de Filosofia apresenta uma fraca variabilidade regional de resultados, pois estes resultados variam entre os 12 e os 9 valores (Figura 20). Apenas três NUTS registam resultados médios negativos — Alentejo Litoral, Alentejo Central e Douro. No extremo oposto destaca-se o Alto Alentejo e três sub-regiões que registam regularmente resultados médios acima da média nacional — Pinhal Litoral, Baixo Mondego e Dão-Lafões. A escala ordenada de resultados destaca as unidades territoriais de Dão-Lafões e Baixo Mondego com um desvio positivo de cerca de 10 pontos relativamente ao referente nacional (Figura 21). No outro extremo da escala, quatro sub-regiões evidenciam resultados em valor índice abaixo de 90 pontos — RA dos Açores, Alentejo Central, Douro e Alentejo Litoral. Fig. 20 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Filosofia – ensino secundário Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 86 _ 130 Dão-Lafões 110,6 Baixo Mondego 110,0 Alto Alentejo 108,3 Pinhal Litoral 107,1 Grande Lisboa 103,5 Tâmega 102,9 Médio Tejo 102,8 Entre Douro e Vouga 101,6 Baixo Vouga 101,4 Beira Interior Norte 101,1 Cávado 101,0 Baixo Alentejo 100,1 PORTUGAL 100,0 Lezíria do Tejo 99,5 Pinhal Interior Norte 99,5 Ave 99,3 Serra da Estrela 98,6 Minho-Lima 98,3 Beira Interior Sul 98,3 Alto Trás-os-Montes 97,3 Península de Setúbal 97,0 Pinhal Interior Sul 96,9 Grande Porto 96,8 Madeira 96,5 Oeste 96,2 Algarve 94,3 Cova da Beira 92,3 Alentejo Litoral 88,2 Douro 87,8 Alentejo Central 86,0 Açores 81,9 80,0 85,0 90,0 95,0 100,0 105,0 110,0 115,0 Fig. 21 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Filosofia – ensino secundário Valores índice (Média nacional = 100) Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 87 _ 130 Física e Química A – ensino secundário (10.º e 11.º anos) Os resultados médios obtidos nos TI de Física e Química A de 2012 assinalam uma reduzida amplitude de classificações quando se georreferenciam os resultados pelas NUTS III. Os desempenhos médios não ultrapassam os 8,5 valores, encontrando-se a maioria das unidades territoriais no intervalo entre 7 e 8 valores (Figura 22). A análise da posição relativa das NUTS III na escala ordenada de resultados regista duas sub-regiões com um desvio positivo superior a 10 pontos relativamente à média nacional — Baixo Mondego e Dão-Lafões (Figura 23). As unidades territoriais do Pinhal Interior Norte, RA da Madeira e Alto Alentejo registam, pelo contrário, resultados em valor índice abaixo de 90 pontos. Fig. 22 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Física e Química A – ensino secundário Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 88 _ 130 Baixo Mondego Dão-Lafões Grande Porto Beira Interior Sul Entre Douro e Vouga Oeste Baixo Vouga Médio Tejo Cova da Beira Minho-Lima Grande Lisboa Serra da Estrela Pinhal Interior Sul PORTUGAL Ave Pinhal Litoral Lezíria do Tejo Alto Trás-os-Montes Cávado Algarve Beira Interior Norte Tâmega Península de Setúbal Alentejo Central Baixo Alentejo Douro Açores Alentejo Litoral Pinhal Interior Norte Madeira Alto Alentejo 113,7 110,8 108,8 106,5 104,6 104,5 103,0 102,2 101,8 101,7 101,5 101,3 100,1 100,0 98,6 98,4 98,1 97,6 97,2 97,1 96,7 96,4 95,3 94,7 94,6 92,6 92,3 92,2 89,5 88,4 84,7 80,0 85,0 90,0 95,0 100,0 105,0 110,0 115,0 Fig. 23 – Distribuição dos resultados médios NUTS III – 2012 Física e Química A – ensino secundário (10.º e 11.º anos) Valores índice (Média nacional = 100) Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 89 _ 130 Português – ensino secundário (12.º ano) O TI de Português do 12.º ano não regista médias inferiores a 10 valores em nenhuma das NUTS III de Portugal continental. A maioria das sub-regiões apresenta classificações médias entre 11,0 e 11,5 valores. O litoral norte — Minho-Lima, Cávado, Grande Porto, Baixo Mondego — e duas regiões do centro norte — Dão-Lafões e Serra da Estrela — destacam-se com médias próximas dos 12 valores. Somente as RA da Madeira e dos Açores assinalam valores médios inferiores a 10. A escala ordenada de resultados dá conta das únicas duas regiões com valores índice inferiores a 90 pontos (RA da Madeira e dos Açores). A maioria das sub-regiões (19) situa-se acima do valor de referência (100), mas a pouca distância do referente nacional. Dão-Lafões é a unidade territorial que apresenta a maior variação positiva de resultados relativamente à média nacional, com mais de 7 pontos em valor índice. Fig. 24 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Português - ensino secundário Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 90 _ 130 Dão-Lafões Baixo Mondego Serra da Estrela Grande Porto Cávado Minho-Lima Médio Tejo Alto Trás-os-Montes Baixo Alentejo Alto Alentejo Cova da Beira Pinhal Interior Sul Beira Interior Sul Alentejo Central Douro Grande Lisboa Lezíria do Tejo Entre Douro e Vouga Oeste PORTUGAL Baixo Vouga Ave Beira Interior Norte Pinhal Litoral Península de Setúbal Tâmega Alentejo Litoral Algarve Pinhal Interior Norte Madeira Açores 107,4 106,9 106,6 105,6 105,5 105,1 103,3 102,8 102,5 102,4 102,2 102,2 101,9 101,1 100,9 100,8 100,7 100,4 100,2 100,0 99,7 99,6 99,3 99,0 97,5 96,7 95,2 94,3 92,5 88,8 83,8 80,0 85,0 90,0 95,0 100,0 105,0 110,0 Fig. 25 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III — 2012 Português – ensino secundário Valores índice (Média nacional = 100) Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 91 _ 130 Matemática A – ensino secundário (10.º, 11.º e 12.º anos) A faixa litoral centro e norte, com destaque para o Baixo Mondego, a sub-região de Dão-Lafões, bem como, no interior do país, a sub-região da Beira Interior Sul apresentam as melhores classificações médias na distribuição territorial de resultados dos TI de Matemática do ensino secundário (Figura 26). Excluindo a faixa litoral norte, a georreferenciação aponta para uma dispersão dos resultados médios das várias NUTS em torno dos 9 valores. Somente uma sub-região regista resultados abaixo de 8 valores — Alto Alentejo. A ordenação das 30 unidades territoriais em valor índice dá conta da reduzida dispersão de resultados médios das NUTS III (Figura 27). Somente duas sub-regiões registam valores superiores a 10 pontos positivos (Baixo Mondego e Beira Interior Sul). O Alto Alentejo é a sub-região que assinala um maior desvio negativo no conjunto de três unidades com valores abaixo de 90 pontos — Alto Alentejo, Pinhal Interior Sul e Douro. Fig. 26 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012 Matemática A - ensino secundário Relatório Testes Intermédios 2012 Fonte: GAVE, 2012 92 _ 130 Baixo Mondego Beira Interior Sul Dão-Lafões Minho-Lima Entre Douro e Vouga Pinhal Litoral Grande Porto Baixo Alentejo Baixo Vouga Grande Lisboa Médio Tejo Ave Serra da Estrela Oeste Beira Interior Norte Alto Trás-os-Montes PORTUGAL Cova da Beira Cávado Algarve Açores Alentejo Litoral Madeira Tâmega Alentejo Central Pinhal Interior Norte Península de Setúbal Lezíria do Tejo Douro Pinhal Interior Sul Alto Alentejo 111,2 110,4 109,9 107,0 106,8 104,6 104,6 104,0 103,8 103,8 102,4 102,3 101,8 101,4 100,6 100,3 100,0 99,7 99,5 97,6 95,9 95,6 94,1 94,0 93,9 93,0 92,8 92,7 89,1 89,1 83,7 80,0 85,0 90,0 95,0 100,0 105,0 110,0 115,0 Fig. 27 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III — 2012 Matemática A – ensino secundário (10.º, 11.º e 12.º anos) Valores índice (Média nacional = 100) Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 93 _ 130 Tendência de evolução dos resultados. Posição relativa das NUTS III no contexto nacional À semelhança da apresentação de resultados dos TI realizada no relatório do ano anterior, procedeu-se à análise dos resultados alcançados em 2012 tendo por referência a variação anual das classificações entre 2009 e 2012 nas sub-regiões NUTS III7. Optou-se por considerar as aplicações dos testes intermédios cujo objeto de avaliação é o que mais se assemelha ao definido para o exame nacional correspondente. Nesse sentido, considerou-se a aplicação do segundo e último TI de Matemática A (12.º ano), realizado em maio de 2012. A variação foi calculada, para cada sub-região, com base nos resultados médios obtidos pelas escolas nos dois anos letivos em análise — 2008/2009 e 2011/2012 —, tendo sido efetuada uma normalização das médias por referência à média nacional (Portugal = 100)8. Na maior parte das sub-regiões, existe uma diferença, entre um ano letivo e o outro, no universo das escolas que participam no projeto dos Testes Intermédios, na medida em que se verificou, nos três últimos anos letivos, a adesão de novas escolas ao projeto. Refira-se, ainda, que nas sub-regiões em que o número de escolas e/ou o número de alunos é diminuto, a variação dos resultados pode ser amplificada, quer no sentido positivo, quer no negativo, devendo a leitura e a interpretação dos resultados ter este dado em linha de conta. 7 8 Nos casos em que a não devolução de resultados por parte de algumas escolas, em 2009, comprometeu a representatividade da sub-região a que pertencem, a análise da evolução dos resultados entre 2009 e 2012 não foi efetuada para essa mesma sub-região. Esta é a razão pela qual a análise considera, em algumas situações, 29 NUTS III e, noutras, 30. No ano letivo de 2008/2009, para as disciplinas de Biologia e Geologia e de Física e Química A, consideraram-se os resultados dos testes relativos ao segundo ano de lecionação. Relatório Testes Intermédios 2012 94 _ 130 Língua Portuguesa – 9.º ano A posição relativa das sub-regiões tendo em conta os dois parâmetros mencionados (relação entre a média alcançada em 2012 e a variação de resultados entre 2010 e 2012 em valores índice)9 apresenta, no TI de Língua Portuguesa, uma tendência global para a concentração das NUTS III junto aos eixos (Figura 29). Esta tendência evidencia, por um lado, uma menor variação da posição relativa das unidades territoriais entre 2010 e 2012 e, por outro lado, classificações médias próximas da média nacional de 2012. O posicionamento das RA da Madeira e dos Açores revela, contudo, exceções à tendência geral. A RA da Madeira evidencia uma progressão clara relativamente à posição relativa obtida em 2010 (variação positiva próxima de 10 pontos em valor índice), embora ainda abaixo da média nacional atingida em 2012 (quadrante superior esquerdo). A posição ocupada pela RA dos Açores traduz resultados menos satisfatórios. O resultado médio alcançado pela RA dos Açores distancia-se da média nacional de 2012, e a variação média em valor índice é negativa (-5 pontos) entre 2010 e 2012. Fig. 28 – Posição relativa das NUTS III em função da variação dos resultados 2010-2012 e da média obtida em 2012 Língua Portuguesa – 9.º ano Fonte: GAVE, 2012 9 O TI da disciplina de Língua Portuguesa só apresenta resultados a partir de 2010. Relatório Testes Intermédios 2012 95 _ 130 Matemática – 9.º ano A posição relativa das NUTS III tendo por referência os resultados normalizados em valores índice relativamente à média nacional de 2012 (eixo vertical) e a comparação destes valores com os obtidos em 2009 (eixo horizontal) resulta, no caso do TI de Matemática do 9.º ano, numa representação gráfica com maior concentração de unidades territoriais em dois dos quatro quadrantes (Figura 28). O quadrante superior direito posiciona o conjunto de NUTS III que, alcançando resultados acima da média nacional em 2012, apresenta também uma progressão da sua posição relativa na escala ordenada dos resultados comparativamente com 2009. Neste grupo, encontram-se 13 sub-regiões, sobressaindo o Baixo Mondego, com 12 pontos em valor índice acima da média nacional e, cumulativamente, com uma variação positiva entre 2009 e 2012 (+ 10 pontos em valor índice). Ainda neste quadrante, mas no seu limiar inferior, situam-se três unidades territoriais (Oeste, Alto Trás-os-Montes e Baixo Vouga) que, registando uma média superior à média nacional em 2012, não apresentam, em termos relativos, variações significativas relativamente à média nacional obtida em 2009. Relatório Testes Intermédios 2012 96 _ 130 O segundo quadrante com maior número de sub-regiões concentra as que, apresentando uma média inferior à média nacional em 2012, assinalam cumulativamente uma regressão relativamente à posição ocupada em 2009. Com este perfil de classificações encontram-se nove unidades territoriais — quadrante inferior esquerdo. Fig. 29 – Posição relativa das NUTS III em função da variação dos resultados 2009-2012 e da média obtida em 2012 Matemática – 9.º ano Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 97 _ 130 Biologia e Geologia – 11.º ano A tendência para a localização das sub-regiões junto aos eixos, evidenciando reduzidas variações na posição relativa das NUTS entre os dois anos, pode também ser observada para os resultados do TI de Biologia e Geologia (Figura 30). Neste caso, embora as variações entre 2009 e 2012 sejam pouco acentuadas, registam-se, ainda assim, 13 sub-regiões com variações negativas (quadrante inferior esquerdo). Sobressai, com uma evolução positiva, a sub-região do Pinhal Interior Sul, que assinala, cumulativamente, classificações médias superiores à média nacional de 2012 e uma variação positiva (10 pontos em valor índice) da sua posição relativa entre 2009 e 2012. Fig. 30 – Posição relativa das NUTS III em função da variação dos resultados 2009-2012 e da média obtida em 2012 Biologia e Geologia – 11.º ano Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 98 _ 130 Física e Química A – 11.º ano A representação gráfica em quadrantes tendo por referência os resultados do TI de Física e Química do 11.º ano, destaca, sobretudo, uma variação positiva das sub-regiões relativamente à média nacional de 2009 (Figura 31). Das 30 sub-regiões que integram as NUTS III, somente 10 apresentam uma variação negativa entre os dois anos de referência. O Baixo Mondego e o Oeste são as unidades territoriais que registam melhores desempenhos — reúnem, simultaneamente, variações positivas entre 2009 e 2012 e classificações significativamente acima da média nacional de 2012. Apenas uma sub-região (Grande Lisboa) se situa no quadrante inferior direito, o que significa que apenas esta unidade territorial, embora demonstrando uma classificação acima da média nacional de 2012, regista, ainda assim, uma variação negativa em valores índice, quando comparados os resultados entre 2009 e 2012. Fig. 31- Posição relativa das NUTS III em função da variação dos resultados 2009-2012 e da média obtida em 2012 Física e Química A – 11.º ano Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 99 _ 130 Matemática A – 12.º ano A distribuição dos resultados em valor índice do TI de Matemática do 12.º ano produz, à semelhança de 2011, efeitos assimétricos na representação da posição relativa das sub-regiões em quadrantes (Figura 32). Esta assimetria resulta, por um lado, do menor número de unidades territoriais com classificações médias acima da média nacional de 2012 e, por outro lado, da acentuada variação entre 2009 e 2012 da sub-região da Beira Interior Sul — cerca de 20 pontos positivos em valor índice, comparativamente com a posição relativa ocupada em 2009. Registe-se ainda a proximidade de um conjunto assinalável de unidades territoriais junto ao eixo horizontal, evidenciando, desta forma, a reduzida variação das posições ocupadas relativamente às médias nacionais obtidas nos dois anos considerados. Fig. 32 – Posição relativa das NUTS III em função da variação dos resultados 2009-2012 e da média obtida em 2012 Matemática A – 12.º ano de escolaridade Fonte: GAVE, 2012 Relatório Testes Intermédios 2012 100 _ 130 CONCLUSÃO As considerações apresentadas nesta 4.ª edição do relatório anual do projeto TI, à semelhança de anos anteriores, ficam, à partida, limitadas pelo facto de estarem alicerçadas na análise de resultados de um único teste, com características específicas − provas de «papel e lápis», de duração limitada. Todavia, o acumular, em anos sucessivos, de resultados de testes que, embora sempre originais, têm uma estrutura e características específicas, em regra, constantes, e a regularidade e o detalhe da informação que todos os anos é transmitida às escolas permitem, neste momento, inferir que algumas fragilidades de aprendizagem identificadas para cada disciplina apresentam um carácter recorrente. De facto, as conclusões que se divulgam revelam, por um lado, a manutenção de dificuldades em desempenhos específicos de algumas áreas disciplinares e, por outro lado, a persistência de fragilidades ao nível de desempenhos de âmbito transversal ao currículo. Ao fim de vários anos de projeto, parece não haver ainda evidências consistentes que indiciem sinais de superação clara das dificuldades de aprendizagem relativas a capacidades estruturantes e transversais ao currículo, principalmente nos resultados obtidos em disciplinas com um histórico de aplicações mais longo (pelo menos 3 anos − Matemática A, Biologia e Geologia e Física e Química A, no ensino secundário, Português e Matemática, no 3.º ciclo do ensino básico). Também se mantêm sem alterações dignas de registo os padrões regionais da distribuição dos resultados, podendo apenas assinalar-se que, em alguns casos, a dispersão regional dos resultados foi menor do que a habitual (por exemplo, em Língua Portuguesa, 3.º ciclo do ensino básico, e em Biologia e Geologia, ensino secundário). A análise efetuada no presente relatório confirma que o elenco das fragilidades de âmbito geral e estruturante dos percursos escolares dos alunos é identificado muito precocemente, logo no 2.º ano de escolaridade. Os resultados dos TI de 2012 permitem, mais uma vez, identificar dificuldades em áreas críticas da aprendizagem, estruturantes para os percursos escolares dos alunos, tanto nas disciplinas de Português e de Matemática como na generalidade das disciplinas dos diferentes ciclos de ensino. A título de exemplo, os problemas evidenciados na disciplina de Português ao nível dos modelos processuais de escrita, da planificação, da textualização e da revisão e reescrita de textos e no plano da correção ortográfica são recorrentemente identificados como fragilidades ao longo do currículo em todas as disciplinas. Estas dificuldades de aprendizagem revelam-se sempre que é solicitada a escrita de textos que sustentem as respostas a itens de resposta construída, em particular extensa. Relatório Testes Intermédios 2012 101 _ 130 As propostas de intervenção didática apresentadas no âmbito de disciplinas dos anos mais avançados da escolaridade reiteram a necessidade de promover a leitura de textos de carácter informativo como estratégia que contribua para desenvolver as capacidades de estruturação e de organização de informação mais complexa. As fragilidades nos domínios da organização e correção linguística são também referidas na análise dos resultados de um grande número de disciplinas em que a mobilização da escrita é essencial para a produção das respostas em contexto de teste/exame. Acresce a este facto a dificuldade no uso rigoroso de vocabulário específico/científico adequado a cada situação. Em relação à disciplina de Matemática, aspetos como a utilização da visualização e do raciocínio espacial na análise de situações ou a resolução de problemas são desde cedo diagnosticados como fragilidades que se replicam e, em regra, se agudizam ao longo de toda a escolaridade. Estes aspetos estão reconhecidamente presentes no 3.º ciclo do ensino básico, bem como no ensino secundário, na disciplina de Matemática e também em Física e Química A. Na área das ciências naturais, reforça-se a importância de promover uma aprendizagem construída em contextos de atividade experimental, conducentes ao desenvolvimento de capacidades de observação e de interpretação de resultados. Em regra, quer no 3.º ciclo do ensino básico (Físico-Química e Ciências Naturais), quer no ensino secundário (Biologia e Geologia e Física e Química A), os itens que se relacionam com o domínio experimental destas ciências evidenciam resultados pouco satisfatórios. Também de forma geral, a análise e interpretação de representações gráficas e cartográficas continua a constituir uma área da aprendizagem a necessitar da prossecução de estratégias que promovam uma melhoria dos resultados. São de registar ainda algumas evidências de que muitos alunos mantêm dificuldades na identificação do objetivo de cada item e na consequente planificação da resposta. Esta fragilidade estará associada à incapacidade de reconhecer corretamente o significado dos verbos de comando dos itens, pelo que muitas das respostas se revelam total ou parcialmente desadequadas ou incompletas, penalizando fortemente os resultados de cada item e dos testes no seu todo. A análise estatística da distribuição dos resultados por NUTS III evidencia um padrão geográfico semelhante ao observado desde o primeiro relatório (2009), tanto nas disciplinas do 3.º ciclo do ensino básico, como nas disciplinas do ensino secundário: o Baixo Mondego e, de forma menos sistemática, a restante região Centro, as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, e o Norte, em particular o Norte Litoral, são as regiões em que os alunos apresentam, em geral, melhores desempenhos. Com sinal oposto, encontramos as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, o Sul (Algarve e Alentejo) e, pontualmente, o Norte Interior (Alto Trás-os-Montes, Douro e Tâmega). Relatório Testes Intermédios 2012 102 _ 130 Este padrão de distribuição territorial de resultados é também comum aos testes aplicados no 2.º ano do 1.º ciclo do ensino básico em Português e em Matemática, embora se verifiquem assimetrias menos acentuadas entre as sub-regiões do que as verificadas nos outros ciclos de escolaridade (à semelhança do que se registou em 2011, no primeiro ano de aplicação destes testes). Observa-se uma fraca variabilidade regional dos desempenhos no âmbito da Compreensão do Oral, em Português, e repete-se o padrão de distribuição espacial marcado por uma clivagem entre as regiões Norte e Centro e o resto do país nas restantes áreas de aprendizagem (Escrita e Conhecimento Explícito da Língua, na disciplina de Português, e, genericamente, em todos os domínios e áreas temáticas da disciplina de Matemática). Como notas finais, reitera-se a necessidade de um crescente e consistente empenho dos professores e das famílias no acompanhamento dos alunos em todos os contextos em que se concretiza a sua aprendizagem, dentro e fora da sala de aula, dentro e fora da escola, de forma a garantir que a aplicação continuada deste programa de avaliação, com testes em condições de aplicação muito particulares – sem implicações na progressão dos alunos, realizados em ambiente de sala de aula e ao longo do ano letivo –, que visa, entre outros propósitos, uma efetiva regulação e melhoria da aprendizagem, possa contribuir para o sucesso generalizado. Além disso, para uma melhoria sustentada da aprendizagem dos alunos, será de valorizar a importância do trabalho autónomo, do trabalho em pares ou em pequenos grupos, na sala de aula ou fora dela, e a promoção de estratégias de autorregulação da aprendizagem (área em que é crucial o envolvimento das famílias). Acresce a necessidade de se assegurar em cada escola uma efetiva atuação concertada dos professores no âmbito do desenvolvimento de estratégias conducentes à superação das dificuldades de aprendizagem estruturantes e transversais ao currículo. Por último, importa sublinhar a menor adesão aos testes das disciplinas do 3.º ciclo que não estão sujeitas a provas finais. Embora caiba, como se sabe, a cada escola a definição do elenco de TI em que quer participar, este facto deverá, no entanto, merecer reflexão se, entre outros aspetos, atendermos ao quadro de prolongamento da escolaridade obrigatória até ao final do ensino secundário, em conjugação com os registos de significativas dificuldades de aprendizagem à entrada do 10.º ano de escolaridade. Esta é uma observação que se quer deixar à consideração das escolas e dos professores, na convicção de que uma avaliação sistemática e partilhada do desenvolvimento deste projeto, nas suas diversas vertentes, é um dos processos que mais poderá contribuir para a elevação dos standards de aprendizagem dos alunos. Relatório Testes Intermédios 2012 103 _ 130 ANEXOS Relatório Testes Intermédios 2012 104 _ 130 ANEXO 1 Relatório Testes Intermédios 2012 105 _ 130 ANEXO 2 Resultados médios por domínios – 2012. Língua Portuguesa – 1.º ciclo do ensino básico Relatório Testes Intermédios 2012 106 _ 130 TI Língua Portuguesa 2.º ano - AÇORES (em %) 100% 75% 50% 86,8 50,0 59,7 75,4 28,4 25% 0% 29,2 12,3 0,9 Compreensão do Oral 20,3 21,5 11,1 4,3 Leitura Satisfaz bem Conhecimento Explícito da Língua Satisfaz Escrita Não satisfaz TI Língua Portuguesa 2.º ano - MADEIRA (em %) 100% 75% 50% 90,8 26,3 25% 0% 56,8 64,7 80,6 27,7 8,1 1,2 Compreensão do Oral 17,1 2,3 Leitura Satisfaz bem 16,9 7,6 Conhecimento Explícito da Língua Satisfaz Escrita Não satisfaz TI Língua Portuguesa 2.º ano - MINHO-LIMA (em %) 100% 75% 50% 90,3 27,6 25% 0% 54,3 67,6 82,6 24,8 8,5 1,2 Compreensão do Oral Satisfaz bem Relatório Testes Intermédios 2012 14,0 3,4 Leitura 18,1 7,6 Conhecimento Explícito da Língua Satisfaz Escrita Não satisfaz 107 _ 130 TI Língua Portuguesa 2.º ano - CÁVADO (em %) 100% 75% 50% 86,8 93,7 58,8 74,3 26,5 25% 0% 5,9 0,4 Compreensão do Oral 10,7 2,4 Leitura Satisfaz bem 19,4 6,3 14,6 Conhecimento Explícito da Língua Escrita Satisfaz Não satisfaz TI Língua Portuguesa 2.º ano - AVE (em %) 100% 75% 50% 91,3 94,5 65,1 78,9 25% 0% 24,0 4,8 0,7 Compreensão do Oral 6,8 1,9 Leitura Satisfaz bem 16,2 5,0 10,9 Conhecimento Explícito da Língua Satisfaz Escrita Não satisfaz TI Língua Portuguesa 2.º ano - GRANDE PORTO (em %) 100% 75% 50% 94,3 25,8 25% 0% 59,6 73,4 87,5 20,0 4,7 1,0 Compreensão do Oral Satisfaz bem Relatório Testes Intermédios 2012 9,4 3,0 Leitura 6,6 14,7 Conhecimento Explícito da Língua Escrita Satisfaz Não satisfaz 108 _ 130 TI Língua Portuguesa 2.º ano - TÂMEGA (em %) 100% 75% 50% 92,4 26,4 25% 0% 57,3 71,9 85,9 21,1 6,7 0,8 Compreensão do Oral 11,2 2,9 Leitura Satisfaz bem 16,3 7,0 Conhecimento Explícito da Língua Satisfaz Escrita Não satisfaz TI Língua Portuguesa 2.º ano - ENTRE DOURO E VOUGA (em %) 100% 75% 50% 59,4 77,1 88,9 92,9 28,7 25% 0% 6,2 0,9 Compreensão do Oral 8,9 2,2 Leitura Satisfaz bem 17,3 5,5 11,9 Conhecimento Explícito da Língua Satisfaz Escrita Não satisfaz TI Língua Portuguesa 2.º ano - DOURO (em %) 100% 75% 50% 92,5 25,0 25% 0% 57,0 72,9 85,5 6,1 1,3 Compreensão do Oral Satisfaz bem Relatório Testes Intermédios 2012 10,6 3,9 Leitura 20,0 18,0 7,1 Conhecimento Explícito da Língua Satisfaz Escrita Não satisfaz 109 _ 130 TI Língua Portuguesa 2.º ano - ALTO-TRÁS-OS-MONTES (em %) 100% 75% 50% 55,7 75,4 86,0 92,9 29,0 25% 0% 5,5 1,6 Compreensão do Oral 10,4 3,6 Leitura Satisfaz bem 17,3 7,3 15,3 Conhecimento Explícito da Língua Satisfaz Escrita Não satisfaz TI Língua Portuguesa 2.º ano - BAIXO VOUGA (em %) 100% 75% 50% 85,3 92,8 26,8 25% 0% 55,6 70,2 21,5 6,5 0,7 Compreensão do Oral 11,1 3,6 Leitura Satisfaz bem 17,6 8,3 Conhecimento Explícito da Língua Satisfaz Escrita Não satisfaz TI Língua Portuguesa 2.º ano - BAIXO MONDEGO (em %) 100% 75% 50% 88,1 94,7 59,5 74,4 25,9 25% 0% 4,5 0,7 Compreensão do Oral Satisfaz bem Relatório Testes Intermédios 2012 9,4 2,5 Leitura 20,2 14,6 5,4 Conhecimento Explícito da Língua Satisfaz Escrita Não satisfaz 110 _ 130 TI Língua Portuguesa 2.º ano - PINHAL LITORAL (em %) 100% 75% 62,4 72,6 50% 90,1 93,1 25% 25,1 22,0 0% 6,3 0,6 Compreensão do Oral 8,2 1,7 Leitura Satisfaz bem 5,4 12,5 Conhecimento Explícito da Língua Escrita Satisfaz Não satisfaz TI Língua Portuguesa 2.º ano - PINHAL INTERIOR NORTE (em %) 100% 75% 56,2 68,2 50% 86,7 92,7 31,6 25% 0% 26,2 6,9 0,3 Compreensão do Oral 11,8 1,5 Leitura Satisfaz bem 5,5 12,1 Conhecimento Explícito da Língua Escrita Satisfaz Não satisfaz TI Língua Portuguesa 2.º ano - PINHAL INTERIOR SUL (em %) 100% 75% 50% 82,7 87,4 34,6 25% 0% 49,8 64,5 27,7 11,3 1,3 Compreensão do Oral Satisfaz bem Relatório Testes Intermédios 2012 13,9 3,5 Leitura 7,8 15,6 Conhecimento Explícito da Língua Escrita Satisfaz Não satisfaz 111 _ 130 TI Língua Portuguesa 2.º ano - DÃO-LAFÕES (em %) 100% 75% 50% 94,1 64,5 80,3 88,0 25% 0% 21,9 5,3 0,6 Compreensão do Oral 8,7 3,2 Leitura Satisfaz bem 13,6 6,1 13,6 Conhecimento Explícito da Língua Satisfaz Escrita Não satisfaz TI Língua Portuguesa 2.º ano - SERRA DA ESTRELA (em %) 100% 75% 50% 90,8 25% 0% 57,1 63,8 86,5 28,8 26,4 8,0 1,2 Compreensão do Oral 10,4 3,1 Leitura Satisfaz bem 9,8 14,1 Conhecimento Explícito da Língua Escrita Satisfaz Não satisfaz TI Língua Portuguesa 2.º ano - BEIRA INTERIOR NORTE (em %) 100% 75% 50% 92,0 25,4 25% 0% 57,5 74,4 83,9 7,6 0,4 Compreensão do Oral Satisfaz bem Relatório Testes Intermédios 2012 12,6 3,5 Leitura 17,5 17,1 8,0 Conhecimento Explícito da Língua Satisfaz Escrita Não satisfaz 112 _ 130 TI Língua Portuguesa 2.º ano - BEIRA INTERIOR SUL (em %) 100% 47,9 75% 50% 69,8 82,9 92,2 33,7 25% 0% 25,1 7,5 0,3 Compreensão do Oral 16,0 1,1 Leitura Satisfaz bem 18,4 5,1 Conhecimento Explícito da Língua Satisfaz Escrita Não satisfaz TI Língua Portuguesa 2.º ano - COVA DA BEIRA (em %) 100% 75% 50% 94,1 64,5 80,3 88,0 25% 0% 21,9 5,3 0,6 Compreensão do Oral 8,7 3,2 Leitura Satisfaz bem 13,6 6,1 13,6 Conhecimento Explícito da Língua Satisfaz Escrita Não satisfaz TI Língua Portuguesa 2.º ano - OESTE (em %) 100% 75% 50% 92,7 28,0 25% 0% 53,8 66,1 85,0 24,9 6,8 0,5 Compreensão do Oral Satisfaz bem Relatório Testes Intermédios 2012 11,2 3,8 Leitura 18,1 9,0 Conhecimento Explícito da Língua Satisfaz Escrita Não satisfaz 113 _ 130 TI Língua Portuguesa 2.º ano - MÉDIO TEJO (em %) 100% 75% 50% 94,4 58,7 73,1 87,2 27,9 25% 21,9 0% 5,2 0,3 Compreensão do Oral 10,7 2,1 Leitura Satisfaz bem 5,0 13,5 Conhecimento Explícito da Língua Escrita Satisfaz Não satisfaz TI Língua Portuguesa 2.º ano - GRANDE LISBOA (em %) 100% 75% 50% 83,7 92,8 26,3 25% 0% 55,7 66,5 23,9 6,4 0,8 Compreensão do Oral 11,9 4,4 Leitura Satisfaz bem 9,6 18,0 Conhecimento Explícito da Língua Escrita Satisfaz Não satisfaz TI Língua Portuguesa 2.º ano - PENÍNSULA DE SETÚBAL (em %) 100% 75% 50% 84,3 93,5 29,1 25% 0% 51,6 64,8 25,6 5,4 1,1 Compreensão do Oral Satisfaz bem Relatório Testes Intermédios 2012 11,6 4,1 Leitura 19,3 9,6 Conhecimento Explícito da Língua Satisfaz Escrita Não satisfaz 114 _ 130 TI Língua Portuguesa 2.º ano - LEZÍRIA DO TEJO (em %) 100% 75% 50% 52,0 60,9 79,3 90,0 27,2 25% 0% 27,0 8,8 1,2 Compreensão do Oral 14,6 6,1 Leitura Satisfaz bem 20,8 12,0 Conhecimento Explícito da Língua Satisfaz Escrita Não satisfaz TI Língua Portuguesa 2.º ano - ALENTEJO LITORAL (em %) 100% 75% 50% 46,6 58,2 84,0 91,3 31,3 27,8 25% 0% 8,2 0,5 Compreensão do Oral 13,2 2,8 Leitura Satisfaz bem 14,1 22,1 Conhecimento Explícito da Língua Escrita Satisfaz Não satisfaz TI Língua Portuguesa 2.º ano - ALTO ALENTEJO (em %) 100% 75% 50% 84,3 90,4 24,1 25% 0% 56,8 65,9 26,9 8,5 1,0 Compreensão do Oral Satisfaz bem Relatório Testes Intermédios 2012 12,1 3,6 Leitura 19,1 7,2 Conhecimento Explícito da Língua Satisfaz Escrita Não satisfaz 115 _ 130 TI Língua Portuguesa 2.º ano - ALENTEJO CENTRAL (em %) 100% 75% 50% 86,6 92,5 25% 0% 56,9 64,3 25,9 25,2 6,8 0,7 Compreensão do Oral 9,8 3,6 Leitura Satisfaz bem 10,5 17,2 Conhecimento Explícito da Língua Escrita Satisfaz Não satisfaz TI Língua Portuguesa 2.º ano - BAIXO ALENTEJO (em %) 100% 75% 50% 75,4 87,3 27,8 31,9 25% 0% 44,3 51,3 9,8 2,9 Compreensão do Oral 15,6 9,0 Leitura Satisfaz bem 27,9 16,8 Conhecimento Explícito da Língua Satisfaz Escrita Não satisfaz TI Língua Portuguesa 2.º ano - ALGARVE (em %) 100% 75% 50% 49,3 59,9 81,0 91,0 29,2 25% 0% 28,5 8,2 0,8 Compreensão do Oral Satisfaz bem Relatório Testes Intermédios 2012 14,0 5,1 Leitura 21,5 11,6 Conhecimento Explícito da Língua Satisfaz Escrita Não satisfaz 116 _ 130 Resultados médios por áreas temáticas – 2012. Matemática – 1.º ciclo do ensino básico Relatório Testes Intermédios 2012 117 _ 130 TI Matemática 2.º ano - AÇORES (em %) 100% 16,1 75% 50% 9,9 29,0 13,6 37,7 29,1 49,3 54,8 38,1 29,8 17,8 19,9 47,6 50,8 61,0 25% 29,1 32,4 37,2 32,8 34,6 29,3 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Números e Operações Geometria e Medida Organização e Tratamento de Dados 0% Conhecimento e Resolução de Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos Satisfaz Bem Satisfaz Não Satisfaz TI Matemática 2.º ano - MADEIRA (em %) 100% 22,5 75% 50% 16,6 27,6 17,2 39,7 47,1 51,0 51,6 33,5 27,8 26,1 21,4 44,6 48,2 55,8 25% 25,9 25,1 31,8 26,8 29,3 30,4 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Números e Operações Geometria e Medida Organização e Tratamento de Dados 0% Conhecimento e Resolução de Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos Satisfaz Bem Satisfaz Não Satisfaz TI Matemática 2.º ano - MINHO-LIMA (em %) 100% 30,5 20,3 75% 21,3 35,8 50% 32,4 23,8 43,9 16,1 Conhecimento e Resolução de Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos Satisfaz Bem Relatório Testes Intermédios 2012 31,7 30,7 47,6 52,8 50,0 53,3 25% 0% 47,2 54,3 21,9 28,7 20,4 20,6 16,5 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Números e Operações Geometria e Medida Organização e Tratamento de Dados Satisfaz Não Satisfaz 118 _ 130 TI Matemática 2.º ano - CÁVADO (em %) 100% 75% 33,4 24,8 24,7 36,7 50% 0% 38,5 Conhecimento e Resolução de Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos 45,8 52,2 15,1 17,9 14,1 Números e Operações Geometria e Medida Organização e Tratamento de Dados 31,8 24,5 12,5 33,7 50,6 54,1 25% 36,4 53,1 57,3 18,2 24,7 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Satisfaz Bem Satisfaz Não Satisfaz TI Matemática 2.º ano - AVE (em %) 100% 75% 38,2 27,3 40,0 39,2 45,9 47,7 57,9 36,2 50% 50,4 52,0 25% 0% 31,3 59,9 24,3 28,8 36,5 9,8 Conhecimento e Resolução de Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos 15,8 18,3 13,3 14,0 13,1 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Números e Operações Geometria e Medida Organização e Tratamento de Dados Satisfaz Bem Satisfaz Não Satisfaz TI Matemática 2.º ano - GRANDE PORTO (em %) 100% 75% 32,6 22,7 38,0 50% 54,6 25% 0% 25,2 52,1 55,7 51,1 24,1 39,3 12,7 Conhecimento e Resolução de Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos Satisfaz Bem Relatório Testes Intermédios 2012 32,0 35,0 33,4 47,6 49,9 20,2 23,8 15,9 17,4 16,7 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Números e Operações Geometria e Medida Organização e Tratamento de Dados Satisfaz Não Satisfaz 119 _ 130 TI Matemática 2.º ano - TÂMEGA (em %) 100% 75% 35,4 25,8 26,5 36,0 50% 50,6 51,3 25% 0% 54,3 58,9 29,8 22,9 37,5 13,3 Conhecimento Resolução de e Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos 37,4 37,6 45,0 47,7 18,3 23,6 15,8 17,6 14,8 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Números e Operações Geometria e Medida Organização e Tratamento de Dados Satisfaz Bem Satisfaz Não Satisfaz TI Matemática 2.º ano - ENTRE DOURO E VOUGA (em %) 100% 75% 35,5 24,1 24,3 32,0 48,5 54,9 16,1 13,1 36,8 50% 55,1 53,2 25% 0% 35,4 55,3 58,4 24,2 30,6 39,1 11,3 Conhecimento Resolução de e Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos 17,4 20,6 14,2 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Números e Operações Satisfaz Bem Satisfaz Geometria e Organização e Medida Tratamento de Dados Não Satisfaz TI Matemática 2.º ano - DOURO (em %) 100% 75% 41,7 57,5 63,1 35,2 50% 46,4 25% 0% 25,9 28,4 36,4 11,9 Conhecimento Resolução de e Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos Satisfaz Bem Relatório Testes Intermédios 2012 43,6 38,8 41,9 47,9 14,6 13,3 50,5 27,2 20,6 16,4 23,5 15,3 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Números e Operações Satisfaz Geometria e Organização e Medida Tratamento de Dados Não Satisfaz 120 _ 130 TI Matemática 2.º ano - ALTO-TRÁS-OS-MONTES (em %) 100% 75% 39,1 29,1 31,8 38,1 50% 44,4 40,8 41,7 45,7 14,0 13,5 49,5 49,5 21,4 25% 32,8 0% 56,5 60,3 11,5 Conhecimento Resolução de e Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos 29,1 18,3 18,7 14,4 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Números e Operações Satisfaz Bem Satisfaz Geometria e Organização e Medida Tratamento de Dados Não Satisfaz TI Matemática 2.º ano - BAIXO VOUGA (em %) 100% 26,8 20,7 24,9 75% 46,0 51,2 30,5 33,1 47,9 48,2 21,6 18,7 35,8 50% 49,0 55,9 33,7 25,8 25% 0% 43,5 17,3 Conhecimento Resolução de e Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos 23,0 26,2 20,3 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Números e Operações Satisfaz Bem Satisfaz Geometria e Organização e Medida Tratamento de Dados Não Satisfaz TI Matemática 2.º ano - BAIXO MONDEGO (em %) 100% 31,9 19,5 75% 26,0 32,7 35,9 48,6 47,8 18,7 16,4 51,3 57,0 37,4 50% 52,9 55,4 25% 0% 33,5 24,9 43,1 12,8 Conhecimento Resolução de e Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos Satisfaz Bem Relatório Testes Intermédios 2012 18,2 21,1 15,2 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Números e Operações Satisfaz Geometria e Organização e Medida Tratamento de Dados Não Satisfaz 121 _ 130 TI Matemática 2.º ano - PINHAL LITORAL (em %) 100% 30,4 20,4 22,5 75% 30,3 33,6 50,1 49,8 19,6 16,5 50,0 53,0 35,6 50% 54,3 56,1 25% 0% 27,1 33,4 44,0 13,6 Conhecimento Resolução de e Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos 19,8 23,2 16,6 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Números e Operações Satisfaz Bem Satisfaz Geometria e Organização e Medida Tratamento de Dados Não Satisfaz TI Matemática 2.º ano - PINHAL INTERIOR NORTE (em %) 100% 21,1 75% 50% 14,2 33,6 17,3 56,7 61,1 27,9 52,6 51,7 23,9 20,4 37,0 27,2 52,2 25% 0% 23,5 40,6 47,1 17,8 Conhecimento Resolução de e Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos 25,7 26,0 22,4 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Números e Operações Satisfaz Bem Satisfaz Geometria e Organização e Medida Tratamento de Dados Não Satisfaz TI Matemática 2.º ano - PINHAL INTERIOR SUL (em %) 100% 20,1 75% 50% 38,4 18,3 20,1 27,5 59,4 48,5 20,5 24,0 44,1 53,3 54,1 65,5 38,4 24,9 25% 0% 13,5 48,0 14,4 Conhecimento Resolução de e Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos Satisfaz Bem Relatório Testes Intermédios 2012 21,8 27,5 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Satisfaz 17,5 Números e Operações Geometria e Organização e Medida Tratamento de Dados Não Satisfaz 122 _ 130 TI Matemática 2.º ano - DÃO-LAFÕES (em %) 100% 75% 40,9 29,1 31,1 60,6 64,0 39,3 50% 40,1 42,1 46,2 13,4 13,7 50,9 49,1 25% 27,8 21,2 31,6 0% 44,5 10,1 Conhecimento Resolução de e Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos 14,8 18,0 11,6 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Números e Operações Satisfaz Bem Satisfaz Geometria e Organização e Medida Tratamento de Dados Não Satisfaz TI Matemática 2.º ano - SERRA DA ESTRELA (em %) 100% 15,8 75% 5,3 10,5 39,5 42,1 26,3 21,1 23,7 47,4 55,3 57,9 26,3 23,7 18,4 52,6 50% 68,4 52,6 25% 0% 28,9 15,8 Conhecimento Resolução de e Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos 31,6 36,8 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Satisfaz Bem Satisfaz Números e Operações Geometria e Organização e Medida Tratamento de Dados Não Satisfaz TI Matemática 2.º ano - BEIRA INTERIOR NORTE (em %) 100% 75% 31,3 23,8 24,1 36,8 50% 50,8 57,8 0% 39,4 11,0 Conhecimento Resolução de e Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos Satisfaz Bem Relatório Testes Intermédios 2012 36,7 50,2 48,6 17,3 14,8 34,0 23,7 25% 32,5 53,2 59,4 17,0 25,1 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Satisfaz 12,9 Números e Operações Geometria e Organização e Medida Tratamento de Dados Não Satisfaz 123 _ 130 TI Matemática 2.º ano - BEIRA INTERIOR SUL (em %) 100% 26,5 18,4 26,7 75% 57,2 34,8 50% 0% 48,9 59,1 25% 27,5 42,5 24,3 46,8 14,4 Conhecimento Resolução de e Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos 18,4 24,3 18,2 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Números e Operações Satisfaz Bem 53,2 39,3 Satisfaz 19,3 34,5 51,6 13,9 Geometria e Organização e Medida Tratamento de Dados Não Satisfaz TI Matemática 2.º ano - COVA DA BEIRA (em %) 100% 26,5 18,4 75% 34,8 50% 57,2 42,5 48,9 59,1 25% 0% 26,7 46,8 14,4 Conhecimento Resolução de e Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos 39,3 24,3 18,4 24,3 18,2 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Números e Operações Satisfaz Bem Satisfaz 27,5 53,2 19,3 34,5 51,6 13,9 Geometria e Organização e Medida Tratamento de Dados Não Satisfaz TI Matemática 2.º ano - OESTE (em %) 100% 26,3 17,6 19,9 44,4 47,9 75% 27,1 28,5 49,3 52,7 23,6 18,8 33,8 50% 25% 0% 52,8 56,2 26,8 34,3 48,6 17,5 Conhecimento Resolução de e Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos Satisfaz Bem Relatório Testes Intermédios 2012 25,3 27,3 21,3 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Números e Operações Satisfaz Geometria e Organização e Medida Tratamento de Dados Não Satisfaz 124 _ 130 TI Matemática 2.º ano - MÉDIO TEJO (em %) 100% 29,5 20,5 21,3 75% 37,5 50% 32,8 29,5 47,7 51,2 19,5 19,4 52,2 55,5 25% 0% 47,7 51,3 26,1 42,0 15,0 Conhecimento Resolução de e Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos 34,5 22,6 26,5 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Satisfaz Bem Satisfaz 17,9 Números e Operações Geometria e Organização e Medida Tratamento de Dados Não Satisfaz TI Matemática 2.º ano - GRANDE LISBOA (em %) 100% 24,1 17,7 75% 20,8 25,6 29,2 48,9 50,1 25,5 20,7 43,1 48,3 33,6 50% 50,0 56,1 34,4 26,0 25% 48,7 19,8 25,7 29,2 22,5 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Números e Operações 0% Conhecimento Resolução de e Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos Satisfaz Bem Satisfaz Geometria e Organização e Medida Tratamento de Dados Não Satisfaz TI Matemática 2.º ano - PENÍNSULA DE SETÚBAL (em %) 100% 25,6 17,4 21,0 41,6 45,8 75% 26,7 29,7 32,9 50% 48,5 54,2 25% 46,0 35,0 27,4 50,5 49,7 20,2 26,8 30,5 23,5 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Números e Operações 27,3 19,7 0% Conhecimento Resolução de e Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos Satisfaz Bem Relatório Testes Intermédios 2012 Satisfaz Geometria e Organização e Medida Tratamento de Dados Não Satisfaz 125 _ 130 TI Matemática 2.º ano - LEZÍRIA DO TEJO (em %) 100% 18,5 75% 50% 13,5 15,9 29,7 21,1 34,9 41,0 51,7 56,4 47,2 35,8 26,2 23,8 51,9 56,8 25% 25,0 32,8 32,5 29,3 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Números e Operações 31,8 24,2 0% Conhecimento Resolução de e Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos Satisfaz Bem Satisfaz Geometria e Organização e Medida Tratamento de Dados Não Satisfaz TI Matemática 2.º ano - ALENTEJO LITORAL (em %) 100% 17,3 75% 50% 11,4 16,4 43,1 34,8 32,1 48,8 56,1 39,8 28,2 20,3 20,9 47,6 52,4 32,1 26,7 53,8 25% 26,6 28,7 34,8 28,2 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Números e Operações 0% Conhecimento Resolução de e Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos Satisfaz Bem Satisfaz Geometria e Organização e Medida Tratamento de Dados Não Satisfaz TI Matemática 2.º ano - ALTO ALENTEJO (em %) 100% 31,1 20,3 75% 21,6 31,3 31,3 48,8 50,7 19,9 18,0 48,5 53,5 34,8 50% 25% 0% 54,7 52,5 31,3 22,7 44,9 16,4 Conhecimento Resolução de e Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos Satisfaz Bem Relatório Testes Intermédios 2012 23,8 23,7 20,2 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Números e Operações Satisfaz Geometria e Organização e Medida Tratamento de Dados Não Satisfaz 126 _ 130 TI Matemática 2.º ano - ALENTEJO CENTRAL (em %) 100% 27,8 18,4 19,1 45,3 48,0 75% 29,4 28,3 43,1 50,9 27,5 20,9 33,1 50% 50,9 51,3 25% 28,8 24,0 48,5 21,0 28,0 30,0 26,0 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Números e Operações 0% Conhecimento Resolução de e Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos Satisfaz Bem Satisfaz Geometria e Organização e Medida Tratamento de Dados Não Satisfaz TI Matemática 2.º ano - BAIXO ALENTEJO (em %) 100% 19,1 75% 50% 16,3 18,5 41,9 25,0 32,2 44,6 54,1 37,4 26,0 22,7 26,1 44,1 45,3 33,3 28,6 58,7 25% 26,8 32,2 36,9 30,4 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Números e Operações 0% Conhecimento Resolução de e Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos Satisfaz Bem Satisfaz Geometria e Organização e Medida Tratamento de Dados Não Satisfaz TI Matemática 2.º ano - ALGARVE (em %) 100% 20,4 16,1 36,3 40,8 75% 50% 13,3 20,7 23,1 31,6 52,2 56,0 28,0 48,3 37,2 52,6 55,1 25% 23,6 31,3 31,7 26,5 Raciocínio Matemático Comunicação Matemática Números e Operações 31,0 24,3 0% Conhecimento Resolução de e Compreensão Problemas de Conceitos Matemáticos Satisfaz Bem Relatório Testes Intermédios 2012 Satisfaz Geometria e Organização e Medida Tratamento de Dados Não Satisfaz 127 _ 130 ANEXO 3 Evolução dos resultados dos Testes Intermédios 2009-2011, por NUTS II (Região) Matemática - 9.º ano NUTS II Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve R.A.Madeira Média 2012 (Portugal=100) 101,03 108,92 95,95 93,37 94,07 81,05 Variação 2009-2012 0,15 5,41 -1,08 -1,59 1,36 -2,23 Matemática A - 12.º ano NUTS II Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve R.A.Açores R.A.Madeira Média 2012 (Portugal=100) 99,3 101,1 103,2 91,1 100,2 96,9 100,1 Variação 2009-2012 -1,73 -0,81 2,06 -5,93 1,62 -5,78 26,70 Biologia e Geologia - 11.º ano NUTS II Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve R.A.Açores R.A.Madeira Média 2012 (Portugal=100) 99,6 101,3 100,3 93,9 99,2 86,6 96,0 Variação 2009-2012 -0,15 0,44 -3,34 -5,64 0,87 -4,04 3,56 Física e Química A - 11.º ano NUTS II Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve R.A.Açores R.A.Madeira Relatório Testes Intermédios 2012 Média 2012 (Portugal=100) 99,0 104,7 99,6 92,5 92,7 90,1 86,0 Variação 2009-2012 -3,05 1,73 -2,75 -2,38 0,49 6,28 3,83 128 _ 130 ANEXO 4 Média das classificações, por disciplina (ensino básico), 2011/2012, por NUTS III Matemática Língua Portuguesa 8.º e 9.º anos 9.º ano NUTS III Média NUTS III Média RA Açores 25,4 RA Açores 40,0 RA Madeira 29,3 Alto Alentejo 42,6 Alto Alentejo 30,2 RA Madeira 42,8 Península de Setúbal 30,3 Algarve 42,8 Baixo Alentejo 32,0 Tâmega 43,4 Tâmega 32,6 Baixo Alentejo 44,7 Douro 33,0 Península de Setúbal 45,1 Alentejo Litoral 33,0 Pinhal Interior Norte 45,5 Algarve 33,1 Pinhal Interior Sul 45,6 Alentejo Central 33,5 Alentejo Litoral 45,8 Alto Trás-os-Montes 34,4 Cova da Beira 46,3 Serra da Estrela 34,7 Alentejo Central 46,3 Pinhal Interior Norte 34,8 Grande Lisboa 47,0 Grande Lisboa 34,9 Alto Trás-os-Montes 47,0 Cova da Beira 35,0 Oeste 47,1 Pinhal Interior Sul 35,6 Minho-Lima 47,4 Oeste 35,9 Ave 47,5 Ave 36,0 Lezíria do Tejo 47,6 Lezíria do Tejo 36,3 Beira Interior Norte 47,6 Grande Porto 36,7 Baixo Vouga 47,7 Entre Douro e Vouga 37,2 Cávado 47,9 Baixo Vouga 37,5 Entre Douro e Vouga 48,0 Beira Interior Sul 37,5 Douro 48,1 Cávado 37,8 Grande Porto 48,2 Médio Tejo 37,9 Pinhal Litoral 48,2 Minho-Lima 38,0 Médio Tejo 48,4 Beira Interior Norte 38,5 Dão-Lafões 48,8 Pinhal Litoral 39,9 Serra da Estrela 49,4 Dão-Lafões 41,1 Beira Interior Sul 49,9 Baixo Mondego 42,0 Baixo Mondego 51,4 Relatório Testes Intermédios 2012 129 _ 130 Média das classificações, por disciplina (ensino secundário), 2011/2012, por NUTS III Matemática A Física e Química A Biologia e Geologia 10.º, 11.º, 12.º anos 10.º, 11.º anos 10.º, 11.º anos NUTS III Média NUTS III Média NUTS III Média Alto Alentejo 7,8 Alto Alentejo 6,3 Serra da Estrela 8,6 Pinhal Interior Sul 8,2 RA Madeira 6,5 RA Açores 8,7 Douro 8,2 Pinhal Interior Norte 6,6 Lezíria do Tejo 8,8 Lezíria do Tejo 8,6 Alentejo Litoral 6,8 Alto Alentejo 9,2 Península de Setúbal 8,6 RA Açores 6,8 Alentejo Central 9,2 Pinhal Interior Norte 8,6 Douro 6,9 Pinhal Interior Norte 9,2 Alentejo Central 8,7 Baixo Alentejo 7,0 Baixo Alentejo 9,2 Tâmega 8,7 Alentejo Central 7,0 Douro 9,3 RA Madeira 8,7 Península de Setúbal 7,1 RA Madeira 9,3 Alentejo Litoral 8,9 Tâmega 7,1 Tâmega 9,3 RA Açores 8,9 Beira Interior Norte 7,1 Beira Interior Norte 9,3 Algarve 9,0 Algarve 7,2 Alentejo Litoral 9,4 Cávado 9,2 Cávado 7,2 Península de Setúbal 9,4 Cova da Beira 9,2 Alto Trás-os-Montes 7,2 Alto Trás-os-Montes 9,5 Alto Trás-os-Montes 9,3 Lezíria do Tejo 7,3 Cávado 9,5 Beira Interior Norte 9,3 Pinhal Litoral 7,3 Oeste 9,5 Oeste 9,4 Ave 7,3 Algarve 9,6 Serra da Estrela 9,4 Pinhal Interior Sul 7,4 Ave 9,6 Ave 9,5 Serra da Estrela 7,5 Beira Interior Sul 9,7 Médio Tejo 9,5 Grande Lisboa 7,5 Baixo Vouga 9,7 Grande Lisboa 9,6 Minho-Lima 7,5 Pinhal Litoral 9,7 Baixo Vouga 9,6 Cova da Beira 7,5 Pinhal Interior Sul 9,7 Baixo Alentejo 9,6 Médio Tejo 7,6 Minho-Lima 9,8 Grande Porto 9,7 Baixo Vouga 7,6 Cova da Beira 9,8 Pinhal Litoral 9,7 Oeste 7,7 Médio Tejo 9,8 Entre Douro e Vouga 9,9 Entre Douro e Vouga 7,7 Grande Lisboa 10,0 Minho-Lima 9,9 Beira Interior Sul 7,9 Grande Porto 10,0 Dão-Lafões 10,2 Grande Porto 8,0 Entre Douro e Vouga 10,0 Beira Interior Sul 10,2 Dão-Lafões 8,2 Dão-Lafões 10,1 Baixo Mondego 10,3 Baixo Mondego 8,4 Baixo Mondego 10,4 Relatório Testes Intermédios 2012 130 _ 130