MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA, ALFABETIZAÇÃO, DIVERSIDADE E INCLUSÃO DIRETORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA COORDENAÇÃO GERAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PROGRAMA NACIONAL ESCOLAS SUSTENTÁVEIS Versão preliminar 20.05.2014 Apresentação A presente proposta representa um chamado à reflexão e à ação. Tem como propósito inserir a educação ambiental de forma permanente nas práticas pedagógicas das escolas de educação básica, tal como preconizado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental (DCNEA)1. Reconhecendo o papel transformador e emancipatório da educação ambiental, o objetivo do Programa Nacional Escolas Sustentáveis é incentivar as escolas brasileiras a realizarem sua transição para a sustentabilidade socioambiental2, convertendo-se em espaços educadores sustentáveis. Espaços educadores sustentáveis são definidos como aqueles que, em seu fazer pedagógico, criam condições para promover a cultura da sustentabilidade socioambiental. Ou seja, refletem essa intencionalidade de forma articulada no currículo, nas edificações, em seu modelo de gestão e nas relações escola-comunidade, buscando, sobretudo, possibilitar a experiência do sujeito ecológico3. As ações são concebidas na perspectiva de que as instituições educacionais sejam incubadoras e polos de irradiação de uma cultura fundada nos valores do cuidado, da solidariedade, da participação, do direito à diversidade e da sustentabilidade socioambiental. O Programa apresenta uma série de ações articuladas para promover essa transição, que se traduzem em: (1) criação e fortalecimento de instâncias de participação e de decisão na comunidade escolar; (2) formação continuada de profissionais da educação e demais integrantes do coletivo escolar; (3) criação e animação de comunidades virtuais de aprendizagem; (4) promoção de estudos e pesquisas sobre sustentabilidade nas instituições educacionais; (5) financiamento de ações desenvolvidas nas escolas e por municípios e estados que aderirem ao Programa; (6) comunicação e educomunicação sobre sustentabilidade 1 Resolução CNE/CP nº2, de 15 de junho de 2012. A expressão sustentabilidade socioambiental é usada para se contrapor à noção de desenvolvimento sustentável, que se popularizou com o Relatório Brundtland (1987) e foi amplamente usada para exprimir a necessidade de um modelo de desenvolvimento capaz de garantir a continuidade das gerações futuras por meio de um melhor uso dos recursos naturais. Passadas quase três décadas, no entanto, o impacto dos seres humanos sobre o ambiente tem produzido consequências cada vez mais complexas, em termos quantitativos e qualitativos. O tripé (econômico, social e ecológico) sobre o qual se assentava a noção de desenvolvimento sustentável tem sido ampliado para incorporar novas dimensões da sustentabilidade. Segundo Jacobi (1997), a noção de sustentabilidade socioambiental “implica, portanto, uma inter-relação necessária de justiça social, qualidade de vida, equilíbrio ambiental e a ruptura com o atual padrão de desenvolvimento”. 2 3 Isabel Carvalho define sujeito ecológico como “um modo de ser relacionado à adoção de um estilo de vida ecologicamente orientado. Trata-se de um conceito que dá nome àqueles aspectos da vida psíquica e social que são orientados por valores ecológicos. O sujeito ecológico pode ser ainda descrito como um ideal ou uma utopia internalizada pelos indivíduos ou pessoas que adotam uma orientação ecológica em suas vidas”. Em: CARVALHO, I. Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico. São Paulo, Editora Cortez, 5ª. Ed. 2010. (Coleção Docência em Formação). 1 socioambiental; (7) fortalecimento de escolas e comunidades em situação de vulnerabilidades socioambientais. Tais ações organizam-se em torno de quatro componentes: (1) currículo da escola sustentável; (2) gestão democrática para a sustentabilidade; (3) espaço escolar e sustentabilidade; (4) Relações Escola-Comunidade. O Programa Nacional Escolas Sustentáveis é concebido como uma política voltada para a educação básica, porém prevê estreita articulação entre escola e comunidade, e entre Educação Básica e Educação Superior. Considera que escola, universidade e comunidade criam relações sinérgicas e fortalecem-se mutuamente na transição e na construção de sociedades sustentáveis, tal como preconizado pelo Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global. Para se concretizar, esta proposta baseia-se em um pacto federativo, envolvendo estados e municípios no esforço de favorecer a transição das suas respectivas redes de ensino para a sustentabilidade, considerando que esta é uma premissa fundamental para a melhoria da qualidade da educação pública. Alinha-se também com iniciativas de fomento às cidades educadoras4 e aos municípios educadores sustentáveis5, até porque a utopia do sujeito ecológico decorre da promoção da cidadania, cada vez mais sintonizada com o tempo e o espaço em que vivem cidadãs e cidadãos socialmente responsáveis. Este documento oferece as linhas gerais do Programa Nacional Escolas Sustentáveis e de seus componentes. O detalhamento das formas de operacionalização do Programa será feito por meio de manuais de implementação destinados às escolas, municípios e estados que aderirem, bem como às próprias áreas do MEC diretamente envolvidas. Contexto e Justificativa O momento civilizatório atual caracteriza-se por crises sistêmicas que, combinadas, evidenciam a necessidade de profundas mudanças na forma de ensinar e de aprender. Em âmbito planetário, as mudanças socioambientais globais revelam faces por vezes contraditórias, como a queda na capacidade de suporte dos ecossistemas em manter a vida e o crescente enriquecimento e o hiperconsumo de pequena parcela da população mundial em detrimento da maioria, gerando desigualdades e conflitos em torno do uso de bens naturais básicos à sobrevivência humana, como água potável e energia. Tal situação traz à tona a questão da injustiça ambiental6, que afeta, sobretudo, as populações menos assistidas por políticas públicas básicas, como indígenas, quilombolas, comunidades rurais e tradicionais, e aquelas que vivem nas periferias urbanas. Dentre essas, os mais afetados são os grupos empobrecidos de mulheres, crianças e adolescentes, idosos e pessoas 4 Cidades educadoras são aquelas que integram a oferta de atividades sociais e culturais para potencializar sua capacidade educativa, seja em âmbito formal ou informal. Segundo a Carta das Cidades Educadoras, sua identidade possui relação de interdependência com o território onde se situa. É também uma cidade que se relaciona com o seu entorno e com outras cidades de outros países. Seu objetivo constante é aprender, intercambiar, compartilhar e, portanto, enriquecer a vida de seus habitantes. 5 “Municípios Educadores Sustentáveis são municípios voltados à construção da sustentabilidade socioambiental por meio da educação, materializando medidas que viabilizem a formação de seus munícipes para atuarem cotidianamente na construção de meios, espaços e processos que avancem na direção da sustentabilidade”, segundo definição do Programa Municípios Educadores Sustentáveis, do Ministério do Meio Ambiente (2005). 6 “O conceito de Justiça Ambiental refere-se ao tratamento justo e ao envolvimento pleno de todos os grupos sociais, independente de sua origem ou renda nas decisões sobre o acesso, ocupação e uso dos recursos naturais em seus territórios”, segundo definição da Rede Brasileira de Justiça Ambiental. Disponível em <http://www.justicaambiental.org.br/_justicaambiental/pagina.php?id=229>, acesso em abril de 2014. 2 com deficiência e, sobretudo, de etnias destituídas, historicamente, de direitos e garantias fundamentais (art. 5º. da Constituição Federal). Outras manifestações das mudanças socioambientais globais atingem a todos indistintamente. O aumento de fenômenos climáticos, como secas prolongadas, vendavais, enchentes e deslizamentos de terra, evidenciam a necessidade de promover aprendizagens sobre resiliência das comunidades. O mapeamento de riscos, a geração de conhecimento sobre como preveni-los e enfrentá-los, bem como a adequação dos espaços para fazer frente a esses processos mostram-se fundamentais para a sobrevivência humana. Tais fenômenos afetam a sociedade brasileira de diversas formas e precisam ser abordados por meio do acesso qualificado à informação, pela geração de conhecimento e por ações voltadas à prevenção de riscos e proteção das comunidades. A adaptação às mudanças do clima, por exemplo, é parte dessa estratégia de enfrentamento e de sobrevivência, atributo de transformações que intensifiquem a transição rumo à radicalização da democracia, à justiça social e à sustentabilidade. Embora o País ainda não tenha atendido plenamente ao segundo Objetivo de Desenvolvimento do Milênio7, que é universalizar a educação básica, muito se fez no sentido de incluir uma parcela da população que historicamente esteve à margem da escolarização formal. Dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) em julho de 20138 indicam grandes transformações econômicas, políticas e sociais ocorridas no Brasil nas últimas duas décadas. O estudo aponta avanços significativos no número de matrículas da rede pública, o que trouxe para o ambiente escolar novos sujeitos antes excluídos desse processo, explicitando, ao mesmo tempo, toda a desigualdade social e a diversidade existente no Brasil. Nesse novo cenário faz-se necessário acolher uma variedade de novos atores, de distintas faixas etárias e que vivenciam distintas realidades socioeconômicas e culturais. A esse quadro de peculiaridades dos novos estudantes, acrescentam-se as formas como estes expressam sua própria identidade e como se relacionam com o consumo, com o mundo da tecnologia e com outros elementos da sociedade da informação. Ao apelo do consumismo, reforçado por um padrão de produção de bens baseado na obsolescência programada, somam-se poluição, crescentes dificuldades de mobilidade, aumento da violência. Essas são algumas das situações a que estão sujeitos e que têm reflexos na forma como se relacionam entre si e com o ambiente circundante, seja dentro ou fora da escola. O aumento de escala das matrículas, a feição multifacetada desses novos sujeitos, bem como os problemas estruturais e socioambientais nos quais a própria escola está imersa constituem desafios a serem superados nos esforços para qualificar a educação pública e aperfeiçoar os sistemas de ensino. A escola “convencional” tem enfrentado dificuldades em compreender e atuar frente a essa nova e complexa realidade. Perceber a multicausalidade da crise socioambiental contemporânea e contribuir para alterar as condições de vida no Planeta constituem prioridades para uma educação que se pretenda transformadora, capaz de assegurar esperança e vontade à juventude, diante de um futuro desafiador. Essa realidade possui relevância especialmente para as juventudes que sentem na 7 Os ODM constituem um conjunto de objetivos pactuados mundialmente e com vigência até 2015, considerados prioritários para a conquista do desenvolvimento sustentável. 8 O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 é uma plataforma lançada pelo IPEA de consulta ao Índice de Desenvolvimento Municipal com 180 indicadores socioeconômicos extraídos dos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010. Disponível em < http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/130729_AtlasPNUD_2013.pdf> Acesso em novembro de 2013. 3 pele a urgência de respostas, pois demanda o exercício da cidadania responsável e a construção de um presente e de um futuro ambientalmente saudáveis e socialmente justos. É neste universo que o Programa Nacional Escolas Sustentáveis pretende atuar, tendo como base o acúmulo de saberes e práticas produzidos pela educação ambiental nas últimas décadas. O Programa tem como importante referência o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, lançado em 1992 durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92). Esse documento enfatiza a educação ambiental como instrumento desencadeador de transformações sociais e políticas, comprometida com a mudança social, rompendo com o modelo fundado na ilusão da acumulação infinita e do desenvolvimentismo. Inaugura o paradigma de sociedades sustentáveis, conceituadas como “sociedades socialmente justas e ecologicamente equilibradas, que conservam entre si relação de interdependência e diversidade”, o que requer exercício de responsabilidade individual e coletiva em níveis local, nacional e planetário. Fundamentação legal O Programa Nacional Escolas Sustentáveis fundamenta-se em concepções, princípios e diretrizes da Educação Ambiental amplamente referendados pela legislação brasileira. Seus pressupostos estão amparados pela Constituição Federal de 1988 (artigo 225), pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/1996, artigo 26, parágrafo 7º), pela Lei nº 9.795/99, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), pela legislação da maioria dos estados brasileiros e, mais recentemente, pela Resolução CNE/CP nº 02/2012, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental (DCNEA). A PNEA preconiza que a educação ambiental fomenta processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltados para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade, tal como preceitua o Artigo 225, (parágrafo I, inciso VI) da Constituição Federal de 1988. Entre os objetivos fundamentais da Educação Ambiental, segundo a PNEA, estão o desenvolvimento de uma compreensão integrada do ambiente em suas múltiplas e complexas relações, e o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania. A PNEA preceitua também que a educação ambiental é componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, seja formal ou não formal. Na educação básica, deve ser desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e permanente sem que constitua componente curricular específico. Tais premissas estão corroboradas no artigo 26 da Lei 9.394/1996 (LDB), que aborda o tratamento curricular nos diversos níveis de ensino. Segundo este artigo, a educação ambiental deve estar incluída, de forma integrada, aos conteúdos obrigatórios. O artigo também faz referência à obrigatoriedade do estudo de temas relacionados à proteção e à defesa civil nos currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio. O Programa também se fundamenta nas recém-aprovadas DCNEA. As Diretrizes preconizam que as instituições de ensino sejam “incubadoras de mudanças concretas na realidade social” por meio da constituição dos espaços educadores sustentáveis, definidos como: aqueles que têm a intencionalidade de educar para a sustentabilidade, tornando-se referência para o seu território, a partir das ações coerentes entre o currículo, a gestão e 4 as edificações. Nesse sentido, os sistemas de ensino da Educação Básica, juntamente com as instituições de Educação Superior, devem incentivar a criação desses espaços, que enfoquem a sustentabilidade ambiental e a formação integral dos sujeitos, como também fontes de financiamento para que os estabelecimentos de ensino se tornem sustentáveis nas edificações, na gestão e na organização curricular (BRASIL, 2013, p. 525). Vale salientar que um dos princípios da educação integral fomentada pelo MEC é a constituição de espaços educadores sustentáveis, tal como definido no Decreto no. 7.083/2010, que instituiu o Programa Mais Educação. O artigo 2º, inciso V, daquele documento estabelece “o incentivo à criação de espaços educadores sustentáveis com a readequação dos prédios escolares, incluindo a acessibilidade, e a gestão, a formação de professores e a inserção das temáticas de sustentabilidade ambiental nos currículos e no desenvolvimento de materiais didáticos”. Vale citar também a importância da educação ambiental e da noção da sustentabilidade socioambiental em leis que induzem à articulação intersetorial das políticas públicas. No Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/2001), por exemplo, o direito a cidades sustentáveis figura como uma das diretrizes gerais da política urbana (2º, inciso I). Os textos da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (Lei nº 12.608/2012), da Política Nacional sobre Mudança do Clima (Lei nº 12.187/2009), da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2009), da Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei nº 9.433/1997), da Política Nacional de Meio Ambiente (Lei nº 6.938/1981) fazem menção explícita à educação como instrumento de mudanças comportamentais e da práxis socioambiental visando à sustentabilidade. O Programa Nacional Escolas Sustentáveis apresenta estratégias para a introdução dessas temáticas, de forma integrada, na abordagem curricular da educação básica. Histórico A proposta de política voltada a apoiar a transição das escolas rumo à sustentabilidade socioambiental surgiu, no Brasil, em 2009, fruto das reflexões decorrentes da III Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente. Desde então, a Coordenação Geral de Educação Ambiental (CGEA) desenvolve ações voltadas a realizar este intento, por meio da formação continuada das comunidades escolares e também por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) Escolas Sustentáveis. Com o Programa Nacional Escolas Sustentáveis pretendese ampliar a abordagem e o alcance das ações de educação ambiental fomentadas pela CGEA/MEC e por seus parceiros. O Programa Nacional Escolas Sustentáveis nasce com o intuito de tornar factível a determinação das DCNEA, bem como de colocar em prática o princípio da educação integral. Tem como propósito contribuir para a melhoria da qualidade da educação, criando condições para uma educação cidadã, responsável, crítica e participativa, que possibilite a tomada de decisões transformadoras a partir do ambiente no qual as pessoas se inserem, em um processo educacional que supere a dissociação entre sociedade e natureza. Com a sua implementação pretende-se fortalecer o campo da educação ambiental no País, em especial a PNEA. Considerando que as ações propostas preveem articulação do Órgão Gestor dessa política, integrado pelos Ministérios da Educação e do Meio Ambiente, propõe também a articulação de ambas as áreas em âmbitos estadual e municipal. Afinal, a educação ambiental é instrumento da Política Nacional de Meio Ambiente, contribuindo também para a sustentabilidade dos processos educativos. O Programa foi construído a partir de aportes fornecidos por uma gama de atores sociais, que incluiu profissionais da educação formal de todos os níveis e modalidades de ensino do País, e, mais especificamente, de educadores e educadoras ambientais que participaram de diversos 5 eventos realizados pelo MEC durante 2013, nos quais houve espaço para debates ou foram aplicados instrumentos com o objetivo de coletar subsídios à sua formulação. Somaram-se a esses esforços, profissionais de diversas áreas do Ministério da Educação e de outros Ministérios, em especial do Ministério do Meio Ambiente, mas também de Ciência, Tecnologia e Inovação, e da Integração Nacional. É, portanto, um texto que pretende refletir as prioridades elencadas por um coletivo de pessoas e instituições interessadas em tornar as escolas espaços educadores sustentáveis, no intuito de fomentar municípios educadores sustentáveis. Princípios e Valores O elenco de princípios que anima o Programa Nacional Escolas Sustentáveis está consubstanciado nas Diretrizes e Bases da Educação Nacional, na Política Nacional de Educação Ambiental e nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental e voltam-se à constituição de sociedades justas e sustentáveis. Esses princípios favorecem a adoção de valores como liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade, sustentabilidade e educação como direito humano fundamental. São eles: Totalidade da concepção de meio ambiente, considerando a interdependência entre os meios natural, socioeconômico e cultural, sob o enfoque da sustentabilidade; Cooperação, cuidado, diálogo de saberes para gerar práticas locais integradoras e criativas. Pluralidade de concepções pedagógicas, considerando a multirreferencialidade (convivência da pluralidade e da heterogeneidade); Reconhecimento e respeito à diversidade étnica, racial, social e cultural, bem como ao patrimônio imaterial dos povos; Integridade, no sentido de educar pelo exemplo, por meio da formação de comunidades de prática; Articulação das dimensões locais, regionais, nacionais e globais na abordagem dos desafios ambientais, segundo uma perspectiva crítica e transformadora; Fomento à autonomia da escola e à participação da comunidade escolar nas decisões sobre os destinos da escola e da comunidade. Pleno desenvolvimento do educando, conforme o artigo 2º da LDB, o que envolve abordagem integral das dimensões física, afetiva, cognitiva, intelectual e ética. Diretrizes O Programa Nacional Escolas Sustentáveis baseia-se em premissas que podem ser expressas por meio das seguintes diretrizes: Autonomia da instituição educativa e possibilidade da adesão da escola ao Programa segundo estratégia que ela preferir e com base em práticas que já realiza. Deve-se evitar a imposição de propostas. Indissociabilidade entre as dimensões da sustentabilidade na escola: currículo, gestão, espaço físico, bem como nas relações escola-comunidade. Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental de forma articulada e coordenada com as demais diretrizes curriculares existentes. Perspectiva intergeracional (“uma geração aprende com a outra”) e participativa na gestão da sustentabilidade nas instituições educativas. 6 Intersetorialidade – O programa é pensado de forma transversal às diversas áreas do MEC, bem como possui interfaces com outras políticas públicas, como as que são coordenadas pelos Ministérios do Meio Ambiente, da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Integração, da Saúde, das Cidades, entre outros cujas preocupações se voltam para a interação entre a sociedade e o ambiente onde se vive. Potencialização das ações já existentes – Reconhecendo as muitas iniciativas voltadas à sustentabilidade já existentes, o PNES pretende somar-se a elas. Sua atuação visa tornar visíveis as conexões implícitas e potencializar tais iniciativas, especialmente quando se dão no interior das escolas. Para a CGEA é importante dar nexo e organicidade à educação ambiental que ocorre no ambiente escolar, estabelecendo as conexões ocultas que a ligam à saúde, à qualidade de vida, aos direitos humanos, entre outras áreas. Articulação do Programa Nacional Escolas Sustentáveis com políticas de sustentabilidade socioambiental na educação superior. Objetivos Objetivo Geral: Contribuir com a melhoria da qualidade na educação básica, apoiando a transição das escolas para que se constituam como espaços educadores sustentáveis. Objetivos Específicos: Implementar as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental na educação básica; Integrar, no ambiente escolar, proposta curricular, gestão democrática e espaço físico de acordo com as premissas da sustentabilidade socioambiental; Favorecer a convivência e o planejamento participativo da comunidade escolar em direção à sustentabilidade por meio da criação e do fortalecimento da Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida (Com-Vida9) e de outras instâncias colegiadas existentes dentro e fora da escola; Promover estudos e pesquisas sobre edificações e demais espaços escolares sustentáveis, de forma a subsidiar tomadores de decisão das três esferas de governo, quanto à melhoria da qualidade ambiental das escolas da educação básica; Estimular trocas de saberes sobre sustentabilidade no ambiente escolar e na relação escola-comunidade. Estimular a participação social da comunidade escolar em processos de conferência e da gestão ambiental pública local. Promover e disseminar estudos, pesquisas, reflexões e experiências de escolas e comunidades em transição para a sustentabilidade. 9 A Com-Vida é uma comissão constituída por integrantes do coletivo escolar e da comunidade, com protagonismo dos estudantes, voltado a “contribuir para um dia a dia participativo, democrático, animado e saudável na escola, promovendo intercâmbio entre escola e comunidade”. Por meio da oficina de futuro, a Com-Vida planeja e implementa a Agenda 21 na escola. Em: BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Formando Com-Vida: construindo Agenda 21 na Escola. Brasília : MEC, 2004. 7 Componentes As propostas listadas a seguir, voltadas a cada componente, foram pensadas para um horizonte temporal sincrônico com o do Plano Nacional da Educação (PNE 2011-2020), considerando-se que a transição para a sustentabilidade e a internalização da educação ambiental nos sistemas de ensino constituem ação permanente. Trata-se também de uma tentativa de qualificar a Diretriz nº 6 do PNE (art. 2º), que trata da promoção da sustentabilidade socioambiental. Componente 1: Currículo na escola sustentável – Embora todos os componentes refiram-se à internalização das DCNEA, este componente assume com mais foco essa missão. Para alcançar tal objetivo, pretende-se: (1) realizar estudo sobre estado da arte da educação ambiental no Brasil, especialmente no que se refere à incorporação da dimensão da sustentabilidade na educação formal; (2) formar Grupo de Trabalho envolvendo as diversas secretarias do MEC, Instituições de Educação Superior (IES) e Secretarias Estaduais e Municipais de Educação (SEDUC) para produzir orientações voltadas à internalização das DCNEA nas redes de ensino; (3) incentivar o acesso das escolas ao Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) Escolas Sustentáveis, sobretudo na linha temática: “Promover a inclusão da temática socioambiental no projeto político pedagógico da escola”; (4) realizar formação continuada de profissionais da educação, considerando o elenco de cursos de EA ofertados por meio da Rede Nacional de Formação Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica Pública (RENAFORM) e outras possibilidades e arranjos institucionais; (5) promover articulação com IES que já possuem iniciativas de ambientalização curricular10 para fortalecer e fomentar a educação ambiental nas instituições educativas da Educação Básica; (6) incentivar a produção e o compartilhamento de planos de aulas e outras atividades sobre escolas sustentáveis no Portal do Professor ou em espaços virtuais similares de armazenamento de recursos educacionais abertos; (7) criar e manter comunidade virtual de aprendizagem voltada aos estudantes, professores e escolas, baseada em jogos cooperativos sobre sustentabilidade; (8) promover feiras de trocas e outras iniciativas de intercâmbios de experiências de inserção curricular da educação ambiental com foco na constituição de espaços educadores sustentáveis; (9) criar linha de publicações sobre como aplicar as DCNEA, especialmente no que se refere à transição para a sustentabilidade no cotidiano escolar, e sobre exemplos de boas práticas curriculares voltadas às escolas em transição; (10) avaliar as diversas edições da Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente e realizar publicação sobre o tema, propondo ajustes na CNIJMA de modo a contribuir para a implementação das escolas sustentáveis. Componente 2: Gestão democrática para a sustentabilidade – O foco deste componente é criar as condições adequadas para a transição das escolas em direção à sustentabilidade, seja em termos do incentivo a relações humanas pautadas na cooperação e ao exercício de democracia na escola, seja em termos do desenvolvimento de ações voltadas a planejar e executar as mudanças necessárias em termos de redução da pegada ecológica11. As ações 10 KITZMANN & ASMUS (2012) definem ambientalização curricular como um processo de inovação por meio de intervenções que visam integrar temas socioambientais aos conteúdos e às práticas das instituições de ensino. Esse processo deve promover um questionamento constante e aberto sobre os conhecimentos e suas produções, tendo em vista o favorecimento da formação integral dos estudantes em seus diferentes níveis escolares. Por essa razão, a ambientalização deve ocorrer não somente na esfera curricular, mas nas diferentes instâncias do processo educativo, requerendo, assim, a ampliação do conceito de ambientalização curricular para ambientalização de todo o campus. 11 Pegada Ecológica é uma metodologia voltada a medir o impacto das atividades humanas (comércio, indústria, agricultura, transportes, consumo) no meio ambiente. Com base em estatísticas oficiais se faz o cálculo da quantidade de hectares necessários para atendimento das necessidades dos indivíduos, comunidades e países, conside- 8 previstas para este componente envolvem: (1) incentivo à criação e ao fortalecimento da ComVida na escola; (2) fomento à realização de diagnósticos sobre as condições socioambientais com vistas à implantação da Agenda 21 na escola; (3) formação continuada – presencial e semipresencial – da comunidade escolar (além dos profissionais de educação) sobre gestão e participação democráticas e escolas sustentáveis; (4) inserção de conteúdo sobre escolas sustentáveis em processos formativos realizados pelo Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares e outros programas correlatos; (5) realização de diagnóstico quantitativo e qualitativo sobre a existência de Com-Vida e Agenda 21 na escola em todo o território nacional; (6) realização de diagnóstico sobre efetividade do PDDE Escolas Sustentáveis, com propostas de adequação dessa iniciativa às necessidades verificadas; (7) produção e divulgação de publicações de referência sobre gestão democrática, pegada ecológica, consumo responsável, compras públicas sustentáveis, gestão de movimentos de juventude, entre outros temas de interesse. Componente 3: Espaço escolar e sustentabilidade – O foco deste componente é promover estudos e debates sobre a utilização do espaço na escola em transição para a sustentabilidade, influindo na tomada de decisões em âmbitos municipal, estadual e federal sobre as construções escolares. Além disso, expressa a intencionalidade de favorecer a realização de reformas e adequações em edificações já existentes, considerando critérios de sustentabilidade socioambiental. As ações previstas são: (1) definição de critérios sobre arquitetura e sustentabilidade para os espaços escolares; (2) Incentivo à adesão das escolas ao PDDE Escolas Sustentáveis, sobretudo na ação: “Adequar o espaço físico, visando à destinação apropriada de resíduos da escola, eficiência energética, uso racional da água, conforto térmico e acústico; mobilidade sustentável e estruturação de áreas verdes”; (3) instituição de concurso, com diversas categorias, para escolha de propostas de edificações escolares mais adequadas para cada bioma brasileiro; (4) financiamento de escolas-conceito12; (5) realização de feiras de troca ou iniciativa similar sobre sustentabilidade no ambiente escolar considerando inovações tecnológicas e conhecimentos tradicionais sobre edificações; (6) produção de linha de publicações sobre sustentabilidade nas edificações escolares. Componente 4: Relações Escola-Comunidade – Este componente refere-se a uma estratégia integrada para que a escola e a comunidade reforcem-se mutuamente na constituição dos municípios educadores sustentáveis. Pretende também fortalecer a comunidade para se inserir nas ações promovidas pelas escolas, exercendo controle social sobre o processo de transição rumo à sustentabilidade, bem como criar mecanismos de prevenção, adaptação, resposta e mitigação a emergências socioambientais. As ações previstas incluem: (1) Incentivo à adesão das escolas ao PDDE Escolas Sustentáveis; (2) realização de diagnósticos e mapeamentos socioambientais da escola e seu entorno, incluindo riscos ambientais; (2) estabelecimento de relações entre comunidade-escola-IES para a geração de conhecimento científico e tecnologias apropriadas para prevenção e resposta a emergências ambientais, incluindo o aparelhamento das escolas com pluviômetro, termômetro, barômetro, higrômetro, medidor de ventos, entre outros; (3) sistematização e divulgação de tecnologias sociais (metodologias participativas), que permitam a disseminação e a internalização dos conhecimentos desenvolvidos na escola e na comunidade; (4) estímulo e apoio à realização de feira de ciências ou iniciativas similares para trocas de saberes em âmbitos local, regional, estadual e nacional que divulgue os resultados obtidos nas ações voltadas à prevenção de emergências ambientais; (5) formação continuada em riscos socioambientais, com a criação de uma linha de formação presencial e semipresencial sobre prevenção de riscos e proteção das comunidades; (6) produção de materiais di- rando o seu estilo de vida. Quanto maior a pegada ecológica de uma atividade, mais danos causados no meio ambiente. 12 Escolas que estão em consonância com os princípios, diretrizes e componentes do programa. 9 dáticos e pedagógicos, incluindo cartilhas, vídeos, jogos e outros considerados pertinentes sobre a temática dos riscos socioambientais; (7) promoção de construções, reformas e adequações no ambiente físico da escola e de ações preventivas emergenciais para que ela tenha condições de entrar em funcionamento, caso esteja em local acometido por uma emergência ambiental; (8) Estímulo à utilização do Portal do Professor ou similar na divulgação de planos de aulas sobre prevenção, preparação e resposta a emergências ambientais nas escolas e comunidades. Para melhor compreensão da complexidade das escolas sustentáveis, a CGEA elaborou o esquema gráfico a seguir, que reflete os conteúdos presentes nos quatro componentes do Programa. Componentes do Programa Nacional Escolas Sustentáveis Como se pode perceber, algumas ações se repetem em todos os componentes. Tal repetição é proposital, já que há necessidade de explicitar a intencionalidade de tornar as quatro dimensões indissociáveis na transição para a sustentabilidade. Por isso, o detalhamento a seguir será apresentado com base em cinco linhas de ação: Processos Formativos; Diagnósticos e Pesquisas; Comunicação; Recursos e Avaliação, nos quais consta a descrição das ações a serem desenvolvidas. Em cada ação são identificados os componentes envolvidos, o detalhamento da ação, a definição de metas, parcerias, recursos e indicadores a serem usados para avaliar os resultados esperados para cada intervenção. Trata-se, portanto, de um quadro de indicações que receberá a priorização necessária e a inclusão do calendário de implementação de acordo com a conjuntura política e a capacidade de execução da equipe CGEA e de seus parceiros. 10 Programa Nacional Escolas Sustentáveis Linhas de Ação Linha Ação Processos Formativos Ampliar número de vagas e matrículas nos cursos que abordem a temática das escolas sustentáveis. Realizar avaliação participativa da CNIJMA Realizar CNIJMA e outros processos educativos em âmbitos local, estadual e nacional Componente Todos os componentes Todos os componentes Todos os componentes Detalhamento Considerar as formações semipresenciais desenvolvidas pela rede de IES que já oferecem esses cursos Encontro envolvendo todos os atores que estiveram diretamente ligados a este processo desde 2003: SEDUC, gestores federais, professores de escolas participantes, CJ, redes de EA, integrantes das COE, oficineiros, exdelegados. Pretexto pedagógico para a inclusão da questão socioambiental no debate escolar. Metas Parcerias Recursos Indicadores Oferta de 20 mil vagas em cinco anos Rede Nacional de Formação Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica Pública – RENAFORM. MEC SECADI/FNDE (1) relação entre número de vagas, matrículas e concluintes dos cursos; Realizar este encontro envolvendo 300 pessoas até dezembro de 2014. MEC - MMA e integrantes das COE (SEDUC - Secretarias Estaduais de Meio Ambiente - Redes de EA Coletivos Jovens) MEC - MMA Número de participantes por estado; Elenco de propostas de alteração da CNIJMA. MEC/SECADI – MMA Nº de escolas que registrarem a realização da conferência; nº de pessoas e municípios envolvidos. 20 mil escolas de educação básica em 2016 SEDUC, SEMED, CIEA, MMA ETC. 11 Realizar seminário com universidades sobre inserção de formação inicial e continuada em EA. Realizar formação da comunidade escolar (além de profissionais de educação) sobre gestão, participação democrática e escolas sustentáveis Inserir informações sobre escolas sustentáveis em processos formativos realizados pelo Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares Criar uma linha de formação presencial e semipresencial sobre mapeamento de riscos socioambientais georreferenciados. Currículo Gestão Gestão Comunidade Promover articulação com universidades que já possuem iniciativas de ambientalização curricular para fortalecer e fomentar a educação ambiental nas instituições educativas; Formação presencial a ser planejada com redes de educação ambiental, coletivos de juventude, CIEA e outros atores, considerando-se a formação de formadores e processos de multiplicação no território. Escrever texto sobre escolas sustentáveis de acordo com formato de cursos promovidos por aquele programa. Formação de multiplicadores em mapeamento de riscos por jovens utilizando tecnologias de baixo custo e georreferenciamento digital. Engajamento direto de 30 universidades federais e 15 institutos federais de educação em 5 anos Formação de 50 agentes multiplicadores por estado/ano durante 5 anos = 6750 pessoas Consultoria pra produção do texto em 2014. 300 escolas em 2015, 3000 escolas em 2016 (1) RENAFORM (2) Rede Universitária de Pesquisa em Educação Ambiental (RUPEA) CIEA, SEDUC, Coletivos Jovens, Redes de Educação Ambiental, Escoteiros MEC (SECADI/SEB) UNICEF/CEDAPS/Escoteiros/Defesa Civil/CEMADEN/ Min. Integração MEC SECADI/SESu (2) quantidade de escolas participantes dos processos formativos que iniciaram transição para a sustentabilidade. Descentralização de recursos via PAR MEC/SECADI (1) Número de Com-Vida criadas; (2) número de pessoas formadas por formadores nos estados e municípios. MEC SECADI/SEB UNICEF / MEC Quantidade de gestores e conselheiros escolares sensibilizados para a questão da sustentabilidade na escola. Número de postagens de riscos mapeados na plataforma online do UNICEF pelas escolas participantes do Programa. 12 Linha Ação Componente Diagnósticos e Pesquisas Todos os componentes Gestão Mapear impactos das ações da CGEA na educação básica e superior que subsidiem a implementação de políticas públicas na área. Gestão Todos os componentes Gestão Detalhamento Realizar estudo sobre estado da arte da educação ambiental no Brasil, especialmente no que se refere à incorporação da dimensão da sustentabilidade na educação formal. Realizar diagnóstico quantitativo e qualitativo sobre a existência de Com-Vida e Agenda 21 na escola em todo o território nacional. Realizar pesquisaação para o desenvolvimento de metodologias participativas e interativas voltadas para dimensão socioambiental. Realizar diagnóstico sobre efetividade do PDDE Escolas Sustentáveis, com propostas de adequação do Programa. Realizar pesquisa nacional sobre Coletivos de Juventude e Meio Ambiente. Metas Parcerias Recursos Indicadores 5 universidades envolvidas no estudo durante 1 ano por meio de edital público do FNMA Estudo a ser desenvolvido pelo Órgão Gestor da PNEA, conduzido pelo MMA com apoio do MEC MMA - MEC Mapa georreferenciado das ações de EA Edital público do FNMA para redes de educação ambiental MEC/FNMA MMA - MEC Mapa georreferenciado de Com-Vida e Agenda 21 Programas de Extensão de universidades envolvidas nesta proposta CAPES com IES CAPES – MEC (SESU –SECADI) Relatório contendo conjunto de metodologias Consultoria para produção do estudo até dezembro de 2015 Secretarias de Educação Estaduais e Municipais SECADI/MEC Relatório contendo lista de recomendações para a resolução FNDE de 2016 MEC-MMA-SNJ Relatório contendo localização dos integrantes dos Coletivos Jovens Estudo concluído em dezembro de 2015 MEC-MMA-SNJ 13 Linha Ação Componente Diagnóstico e pesquisas Currículo Gerar conhecimentos capazes de subsidiar o Programa Currículo Comunidade Detalhamento Articular no âmbito do MEC estratégias para a implementação das DCNEA de forma integrada com as demais diretrizes, em especial, as da Diversidade. Formar um Grupo de Trabalho envolvendo MEC (SECADI e SEB), IES e SEDUC para produzir orientações voltadas à internalização das DCNEA nas redes de ensino. Realizar pesquisaação para o desenvolvimento de materiais didáticopedagógicos locais referentes à educação ambiental. Realizar articulações com IES para geração de ciência e tecnologia, socialmente embasadas para prevenção e resposta a emergências ambientais, incluindo a instalação de pluviômetro, termômetro, barômetro, higrômetro, medidor de ventos. Metas Estudo concluído em dezembro de 2015 Realização de pesquisas durante 3 anos, tempo de duração de cada edital do Proext. Parcerias Recursos Indicadores MEC (SECADI e SEB), IES, redes de EA e SEDUC MEC/SECADI Relatório contendo metodologias propostas. Edital do Proext para IES SESU-Proext Relatório com catálogo de materiais Produção de editais durante 2015 e realização das pesquisas a partir de 2016 MCT&I, MEC, MMA, universidades, Cemaden Linhas de financiamento do CNPq e CAPES Número de inovações surgidas nas feiras de ciências nos municípios vinculados ao Programa. 14 Espaço físico Instituir Grupo de Trabalho sobre arquitetura e sustentabilidade para definição de uso dos espaços segundo os critérios da educação integral. Grupo instituído em agosto de 2014 e com trabalhos concluídos em dezembro de 2014. SECADI/SEB (Programa Mais Educação) / IES /FNDE SEB / SECADI / FNDE Relatório com conjunto de indicações para a aplicação nos programas dos diversos parceiros. Todos os componentes Reformular o macrocampo Educação Ambiental do PDDE Educação Integral e do PDDE Campo para inserir novos critérios de sustentabilidade para o uso de recursos Gerar conhecimentos capazes de subsidiar o Programa Alterações a serem realizadas em 2015 SECADI / SEB / FNDE SEB/FNDE Resoluções dos respectivos macrocampos alteradas. 15 Comunicação Linha Ação Criar e manter uma comunidade virtual de aprendizagem voltada aos estudantes, professores e escolas que realizaram a IV CNIJMA, baseada em jogos cooperativos sobre sustentabilidade. Componente Todos os componentes Detalhamento Esta comunidade virtual poderá aproveitar as plataformas em software livre já criadas pelo Programa Mais Educação e hospedadas na UFRGS. Esta comunidade virtual atuará em um ambiente de 13 arg game , jogo de educação ambiental em ambiente virtual com práticas realizadas no mundo real, como em feiras de ciências e gincanas interescolares. Estudantes, professores e escolas realizam provas para redução da pegada ecológica utilizando os quatro elementos (terra, água, ar e fogo) em um ciclo contínuo de estimulo à reflexão, aprendizagem e ação ambiental na escola e na comunidade. Metas Comunidade virtual funcionando a partir de janeiro de 2015. Parcerias SECADI/SEB/UFRGS Recursos Indicadores SECADI/MEC (1) Número de escolas, professores e estudantes frequentando o ambiente virtual; (2) Postagens de ações concretas realizadas nas escolas e comunidades; (3) variação do IDEB das escolas participantes em 5 anos de atuação da comunidade virtual de aprendizagem. 13 “Um alternate reality game (ARG) é um tipo de jogo eletrônico que combina as situações de jogo com a realidade, recorrendo às mídias do mundo real, de modo a fornecer aos jogadores uma experiência interativa”. Definição disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Alternate_reality_game> Acesso em março de 2014. 16 Linha Ação Todos os componentes Comunicação Criar linha de publicações sobre escolas sustentáveis. Componente Incentivar a produção e o compartilhamento de planos de aulas e outras atividades sobre escolas sustentáveis no Portal do Professor e outras plataformas. Currículo Detalhamento Desenvolver linhas específicas sobre: (1) como aplicar as DCNEA no cotidiano escolar; (2) boas práticas curriculares voltadas às escolas em transição; (3) gestão democrática, pegada ecológica, consumo responsável, compras públicas sustentáveis, gestão de movimentos de juventude e Programa Nacional Juventude e Meio Ambiente; (4) sustentabilidade nas edificações escolares; (5) tecnologias sociais baseadas no planejamento participativo da gestão escolar; (6) boas práticas de gestão; Realizar articulações com equipe do Portal e lançar desafio nas redes sociais em 2015. Metas 10 títulos produzidos em 5 anos (02 por ano). Parcerias SECADI, IES e demais parceiros envolvidos em cada componente. Recursos Indicadores SECADI/MEC + recursos de parceiros (WWF, UNICEF, Escoteiros, CEMADEN) e seus financiadores Quantidade de materiais distribuídos às escolas da rede pública. MEC Quantidade de planos de aula e outras atividades de educação ambiental postados no ambiente virtual. Portal com propostas de aulas e atividades produzidas pelos professores a partir de 2015. Portal do Professor / SEB / SECADI 17 Ação Componente Promover feiras de trocas, em âmbitos regional, estadual e nacional, com foco na constituição de espaços educadores sustentáveis; Comunicação Todos os componentes Realizar feira de ciências em âmbitos local, regional, estadual e nacional que divulgue os resultados obtidos nas ações voltadas à prevenção de riscos ambientais; Instituir concurso, com diversas categorias, para escolha de propostas de edificações escolares mais adequadas para cada bioma brasileiro Comunidade Espaço físico Detalhamento Esta iniciativa foi enfatizada durante a IV CNIJMA como forma de propiciar trocas de experiências entre diferentes regiões do país e como facilitador de atividades intergeracionais. Nesses espaços de troca pedagógica, realizados nas regiões, estados e em âmbito nacional será possível evidenciar as ações das escolas em transição. Nesses espaços de troca pedagógica, realizados nas regiões, estados e em âmbito nacional será possível evidenciar as ações das escolas na preparação, resposta e mitigação das mudanças climáticas. Realizar termo de cooperação com o MMA, Lançar edital via FNMA para diversas categorias de prêmios para projetos de edificações escolares adequadas a cada um dos biomas brasileiros. Metas Realizar 2 feiras em cinco anos, nos âmbito regional e nacional. Realizar 1 feira em cinco anos, do âmbito regional ao nacional. Edital de concurso preparado em 2015. Lançamento e premiação em 2016. Parcerias MEC, MMA, MCTI, SETEC, SEDUC, Escoteiros MEC (SECADI - SETEC), MMA, MCTI, SEDUC - UNICEF – WWF, Escoteiros MEC - MMA - IAB - FNDE Recursos Indicadores MEC - MCTI - MMA (1) Número de escolas e estudantes participantes. (2) Quantidade de experiências expostas; (3) Temáticas abordadas pelas escolas. MEC - MCTI - MMA - UNICEF - WWF (1) Número de escolas e estudantes participantes. (2) Quantidade de experiências expostas; (3) Temáticas abordadas pelas escolas. MEC (1) Número de projetos enviados para avaliação. (2) Quantidade de propostas exequíveis. 18 Produzir materiais didáticos e pedagógicos, incluindo cartilhas, vídeos, jogos e outros considerados pertinentes sobre a temática dos riscos socioambientais. Linha Ação Publicações produzidas em 2015 e enviadas às escolas participantes do Programa em 2016 e 2017. MEC - Min. Integração - MCTI MMA – Unesco - UNICEF - WWF MEC - Min. Integração - MCTI - MMA – UNICEF- Unesco WWF Número de títulos e de exemplares distribuídos às escolas. Componente Detalhamento Metas Parcerias Recursos Indicadores Espaço físico Desenvolvimento de projetos de construção e reforma de escolas, considerando critérios de sustentabilidade ambiental. Fomentar linha de financiamento a ser gerida pela Secadi e oferecida aos estados e municípios via PAR. Financiamento de 1 escola conceito por bioma ao longo de 5 anos. Recursos Financiar escolasconceito de sustentabilidade. Comunidade Materiais didáticos voltados a crianças, adolescentes e jovens por meio de parcerias com os diversos atores envolvidos. MEC terá a responsabilidade de imprimir e distribuir os materiais Incentivar o acesso das escolas ao PDDE Escolas Sustentáveis. Todos os componentes Facilitar adesão mediante tutoriais eletrônicos e capacitação para preenchimento do Plano de Trabalho. Acesso ao PDDE de todas as escolas que participaram da IV CNIJMA em 2013. Inclusão de 10 mil novas escolas a cada ano, durante 5 anos ), totalizando 50 mil escolas. MEC- SEDUC - SEMED SECADI/MEC MEC/SECADI - FNDE MEC/SECADI - FNDE Projetos construtivos produzidos Número de projetos aprovados e pagos anualmente. 19 Ação Incentivar a criação e o fortalecimento da Com-Vida na escola, considerando o potencial formador existente nos coletivos de juventude. Fomentar a realização de diagnósticos sobre as condições socioambientais com vistas à implantação da Agenda 21 na escola. Reformular o macrocampo Educação Ambiental dos PDDEs temáticos Componente Gestão Gestão Todos os componentes Detalhamento Apoio ao desenvolvimento de propostas pedagógicas que promovam o fortalecimento da Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida nas Escolas (ComVida)/Agenda 21 na Escola ou similar para as IES, visando fortalecimento de políticas voltadas para a juventude e meio ambiente. Priorizar a contratação de jovens ambientalistas integrantes de coletivos de juventude e de redes de educação ambiental. Reformular o macrocampo Educação Ambiental do PDDE Educação Integral e do PDDE Campo para inserir novos critérios de sustentabilidade para o uso de recursos. Metas Parcerias Recursos Indicadores Para 2016 Edital do Proext para IES SESU-Proext Número de ComVida criada e de Agenda 21 realizada Para 2016 Edital do Proext para IES SESU-Proext SECADI / SEB / FNDE FNDE Alterações realizadas para 2015 Número de jovens ambientalistas engajados no processo. Número de escolas e alunos atingidos pela iniciativa. Resoluções dos respectivos macrocampos alteradas. 20 Linha Ação Componente Detalhamento Metas Parcerias Recursos Apoiar a realização de diagnóstico e mapeamento de riscos ambientais nas escolas Gestão Esta ação pode ser encabeçada pela Com-Vida da escola situada em municípios em articulação com agentes das comunidades (Defesa Civil, ONGs, universidades, e outros órgãos públicos etc.). Pode ser pensada em termos de gincanas e jogos cooperativos, que envolvam as diversas disciplinas escolares e também público externo à escola; As adequações devem envolver tecnologias alternativas às convencionais para saneamento ambiental, abastecimento de água e energia; abastecimento de alimentação escolar; segurança de crianças e adolescentes, especialmente daquelas com deficiência. 30 escolas em 2015, 300 escolas em 2016. MEC - Min. Integração - MCTI MMA - UNICEF – WWF - Escoteiros MEC - Min. Integração - MCTI - MMA UNICEF - WWF Número de municípios e de escolas atendidas. Realizar gestões junto ao FNDE para que priorize adequações nas edificações escolares em municípios em situação de emergência de acordo com critérios de sustentabilidade. Espaço físico Alcançar escolas afetadas em metade dos municípios atingidos por desastres em cinco anos. Número de municípios e escolas atendidas. MEC - Min. Integração - MCTI MMA - UNICEF - WWF MEC - Min. Integração - MCTI - MMA UNICEF - WWF 21 Avaliação Linha Ação Componente Detalhamento Metas Parcerias Recursos Indicadores Construir indicadores de transição para as escolas sustentáveis Todos os componentes Subsídios produzidos até junho de 2015 MEC - INEP MEC Caderno contendo indicadores de transição e metodologia de aplicação. Criar banco de dados colhidos para gerar instrumentos de avaliação do Programa Todos os componentes Produção de subsídios para que as escolas possam medir gradualmente o seu processo de transição em direção à sustentabilidade Os dados serão produzidos mediante instrumentos de avaliação preenchidos pelos parceiros do Programa em seus diferentes níveis Encontro voltado a avaliar o desenvolvimento do Programa nos estados e municípios, propiciar trocas de experiências e subsidiar a prática dos educadores. Instrumentos criados até dezembro de 2015 MEC – INEP SEDUC, SEMED MEC Banco de dados em funcionamento Realizar Encontro anual do Programa Nacional Escolas Sustentáveis Todos os componentes 1 encontro anual para 1000 pessoas ao longo de 5 anos MEC, SEDUC, SEMED e todos os demais parceiros MEC (1) Número de municípios e escolas que aderiram ao Programa. (2) Alteração no IDEB dessas escolas ao longo de 5 anos. 22 Estratégia de implementação Pretende-se que o Programa Nacional Escolas Sustentáveis seja instituído por meio de Decreto presidencial de forma a constituir-se como política de Estado. Terá suas finalidades e objetivos desenvolvidos em regime de colaboração entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios, mediante prestação de assistência técnica e financeira às escolas da educação básica que aderirem a essa iniciativa, por meio de ação específica no Plano de Ações Articuladas (PAR) ou outros instrumentos similares de repasse de recursos. Em âmbitos estadual e municipal devem-se criar mecanismos que viabilizem o envolvimento efetivo dos conselhos e instâncias participativas de educação e de meio ambiente no Programa Nacional Escolas Sustentáveis. No âmbito federal, o Programa será gerido pelo Ministério da Educação. Para consecução de seus objetivos poderão ser realizadas acordos de cooperação com outros Ministérios, órgãos e entidades do Poder Executivo Federal, bem como com organismos internacionais, empresas e instituições da sociedade civil para o estabelecimento de ações conjuntas, definindo-se em ato próprio as atribuições e os compromissos de cada parceiro. O Ministério da Educação definirá a cada ano os critérios de priorização de atendimento para as ações de assistência financeira, por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola, utilizando, entre outros, dados referentes à realidade da escola e do município em que esta se encontra. No âmbito local, a execução e a gestão do Programa Nacional Escolas Sustentáveis serão coordenadas pelas Secretarias Municipais e Estaduais de Educação, que conjugarão suas ações com os órgãos públicos, empresas e organizações da sociedade civil com os quais julgarem necessário estabelecer parcerias. Para aderirem ao Programa, as Secretarias de Educação deverão se comprometer a: Vincular a adesão ao Programa ao acompanhamento das ações pelo Conselho de Educação da respectiva instância federativa, como forma de garantir uma gestão comunitária, participativa e transparente. Designar um funcionário da Secretaria de Educação para coordenar as atividades realizadas na respectiva rede de ensino, que deverá vincular-se à área de educação ambiental deste órgão. Realizar formação continuada dos profissionais da educação e de integrantes da comunidade nas temáticas da educação ambiental. Direcionar o poder de consumo das escolas, definindo critérios de sustentabilidade socioambiental para suas políticas de compras e priorizando fornecedores provenientes dos pequenos empreendimentos e da economia popular e solidária14. Viabilizar a participação dos profissionais de educação nas ações do programa como parte integrante da carga horária de trabalho. 14 Segundo França Filho, existem distinções entre os termos economia solidária e economia popular. A primeira delas refere-se à origem histórica: a economia solidária deriva dos movimentos operários europeus do século XIX, largamente influenciados pelo ideário da ajuda mútua e do socialismo utópico, enquanto a economia popular deriva do contexto latino-americano. Atualmente, a economia solidária refere-se à realização de empreendimentos com objetivos sociais com a afirmação de ideais de cidadania, combinando economia mercantil, não mercantil e não monetária. Iniciativas de comércio justo, finanças solidárias, empresas sociais e economia sem dinheiro são exemplos dessa tendência. A economia popular, por outro lado, é usada para identificar uma realidade heterogênea, marcada pela aparição e expansão de pequenas atividades produtivas e comerciais no interior de setores pobres e marginais das grandes cidades da América Latina. Os biscates ou ocupações autônomas, as micro-empresas familiares, as empresas associativas constituem alguns dos exemplos de iniciativas deste universo. 23 Para avaliar e definir novos rumos para o Programa faz-se necessária a realização de Encontros Nacionais periódicos, reunindo os seus diversos atores em âmbitos municipal, estadual e federal. 24 REFERÊNCIAS BORGES, C. Documento técnico contendo o estudo analítico das ações da Secadi voltados para reformas e/ou construções de escolas, com vistas a subsidiar proposta de incorporação de critérios de sustentabilidade ambiental nas intervenções fomentadas pelo FNDE sobre o espaço físico escolar. Brasília : MEC, 2012. BRANDÃO, C. R. Aqui é onde eu moro, aqui nós vivemos: escritos para conhecer, pensar e praticar o Município Educador Sustentável. 2. ed. Brasília: MMA, Programa Nacional de Educação Ambiental, 2005. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Formando Com-Vida: construindo Agenda 21 na Escola. Brasília : MEC, 2004. ________. Ministério da Educação. Conselhos Escolares: uma estratégia de gestão democrática da educação pública. Brasília: Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares, 2004. ________. Ministério da Educação. 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CEMANDENS microlocais: escolas, monitoramento, alertas e iniciação científica. Apresentação de slides. CEMADEN, s.d. 25 FRANÇA FILHO, G. C. Esclarecendo terminologias: as noções de terceiro setor, economia social, economia solidária e economia popular em perspectiva. RDE – Revista de Desenvolvimento Econômico. Disponível em < http://www.revistas.unifacs.br/index.php/rde/article/view/655/497> Acesso em março de 2014. GADOTTI, M. Gestão democrática com participação popular no planejamento e na organização da educação nacional. 2013. Disponível em < http://conae2014.mec.gov.br/images/pdf/artigo_moacir_gadotti.pdf> Acesso em 20/05/2013. JACOBI, P. Meio ambiente urbano e sustentabilidade: alguns elementos para a reflexão. In. CAVALCANTI, C. (Org.). Meio ambiente, desenvolvimento sustentável e políticas públicas. São Paulo : Cortez, 1997. P.384-390. KITZMANN, D.; ASMUS. M. Ambientalização sistêmica: do currículo ao socioambiente. In.: Currículo sem fronteiras. v.12, n. 1, p. 269-290. 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