ATIVIDADES
NUCLEARES
Newsletter - Ano 5 - n°72 - Abril/2015
GERAÇÃO
Ministro diz que Brasil poderá ter
até 15 usinas nucleares até 2050
O Brasil “não pode abrir mão” da
energia nuclear, tanto como parte do
esforço de diversificação da matriz
energética, quanto na luta para reduzir
os custos da energia, enfatizou o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga,
durante audiência pública na Comissão
de Infraestrutura do Senado, no dia 8
de abril. Ele afirmou que a expectativa é
que, até 2030, quatro novas usinas nucleares sejam instaladas no país.
“Vinte e um sítios já foram estudados e está sendo aprofundado para
definir os quatro primeiros. Até 2050,
teremos Angra 1, Angra 2 e Angra 3,
mais quatro usinas e mais oito, com
geração total de 15 mil megawatts
(MW)”, disse o ministro, reafirmando a
meta de a usina nuclear Angra 3 entrar
em operação em 2018.
Angra 3
A União, por meio da Secretaria
do Tesouro Nacional, dará o aval ao
financiamento da usina Angra 3, que
terá capacidade instalada de 1.405
MW. A confirmação das garantias
foi dada pelo ministro da Fazenda,
Joaquim Levy. O aval permitirá a
liberação de um financiamento de
R$ 3,8 bilhões, negociado em junho
de 2013, junto à Caixa Econômica
Federal, pela Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras responsável
pelo empreendimento. O financiamento é destinado à aquisição de
materiais, equipamentos e serviços
estrangeiros.
A usina, ao mesmo tempo em que
expandirá a oferta de energia, auxiliará também na diversificação da matriz
energética, mediante ampliação da participação da fonte nucleoelétrica. Outras fontes de energia que estão sendo
incentivadas pelo governo são gás natural, carvão, biocombustíveis, energia
solar, e energia eólica, entre outras.
Foto: MME/Divulgação
“Essa política de diversificação
da matriz elétrica é imprescindível para reduzir a dependência da
fonte hidroelétrica para geração de
energia elétrica no país. As condições climáticas e hidrológicas erráticas trazem um custo para a sociedade, e o baixo custo da energia
gerada por Angra 3 ajudará a beneficiar o consumidor também nesse aspecto”, argumentou o ministro
Eduardo Braga.
Redução do risco de racionamento
O risco de o Brasil enfrentar um
déficit de energia se reduziu em abril,
em comparação ao mês anterior, de
acordo com dados apresentados por
Eduardo Braga, a senadores durante
a audiência pública.
“O Brasil vive em equilíbrio estrutural do Setor Elétrico, temos
capacidade estrutural de atender
o sistema. A cada dia estamos nos
afastando confiavelmente e celere-
mente de qualquer situação de racionamento”, disse Braga.
No início deste mês, o risco de déficit de energia elétrica nas regiões Sudeste e Centro-Oeste caiu para 4,9%,
dentro do risco estrutural do sistema
elétrico, contra os 6,1% registrados
em março. Para a região Nordeste, o
ministro afirmou que o risco se mantém em 1,2%.
Braga comparou os dados de armazenamento atuais dos reservatórios com os de 2001. Ele mostrou
que, embora exista menos água, o
país não teve racionamento, pois
foram ampliadas as linhas de transmissão e fontes de geração que não
dependem da hidrologia.
Eduardo Braga destacou que
o Ministério de Minas e Energia
reforçou o acompanhamento de
projetos prioritários de geração e
transmissão de energia, com o objetivo de evitar atrasos em obras.
Segundo ele, entre esses projetos
está a linha Manaus-Boa Vista, que
aguarda apenas a comunicação de
anuência da Funai, esperada há
mais de um ano.
O ministro apresentou aos senadores os principais projetos da pasta,
como o incentivo à geração distribuída – quando a geração da energia é
feita em escalas menores próximas
do consumo, até mesmo pelos próprios consumidores. Braga afirmou
que no segundo semestre deste ano
será lançado um grande programa
de estímulo a esses projetos.
Entre os esforços para estimular a geração distribuída, o ministro
destacou a proposta de desonerar
essa energia, tanto por parte dos
estados, no ICMS, por meio de
convênio, quanto pelo governo federal, com redução do impacto do
PIS e Cofins.
ATIVIDADES NUCLEARES - Uma publicação da ABDAN (Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares). Produzido pela Migre Comunicação.
Editor: Herval Faria (In Memorian). Redação: Fabíola Amaral e Manoel Sampaio.
Programação Visual: Renato Faria. [email protected] / www.atividadesnucleares.com.br
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