TEXTO6 <head> <edic><Diário Gaúcho 26/11/2010 p.21</edic> <autor> Christiane Matos, [email protected] </autor> </head> <body> <título> Caipira virou príncipe na Espanha</título> <subtítulo>RESUMO DA NOTÍCIA</subtítulo> CHRISTIANE MATOS [email protected] Durante grande parte do tempo, ele calça chuteiras. Não fosse a confiança do pai em seu talento, o atacante Edu poderia estar fabricando calçados. Se a resposta do teste no XV de Novembro de Jaú demorasse um pouco mais, talvez Edu fosse trabalhar numa fábrica de calçados, no interior de São Paulo, em vez de jogar futebol. O talento do guri com a redonda, desde os primeiros chutes em meio à plantação de cana, porém, não passou despercebido. Não à toa, ele brilhou, por nove anos, no futebol espanhol, onde ganhou o apelido de El Príncipe (o Príncipe). – Foi uma infância bem sofrida. Morava em uma fazenda, era bem caipira. Meu pai era o motorista do caminhão que levava a cana para a usina – relata o atacante, que disputava o campeonato rural pelo Independência – “o melhor time”. <subtítulo> Da fazenda para a cidade grande </subtítulo> Apesar das dificuldades financeiras, o pai, Luiz Carlos apostou no filho. Quando Edu tinha nove anos, a Fazenda Tucumã, onde sua família morava, faliu. Sem teto nem emprego para manter a família, Luiz Carlos, a mulher, Maria Helena, e os filhos Silvana, Luciana, Douglas e Edu rumaram para a “cidade grande” (Jaú) tentar reconstruir a vida. – Tivemos de vender nossas coisas para comprar uma casa e ter o que comer – lembra. <subtítulo> Duas boas novas de uma só vez </subtítulo> Para ajudar na renda familiar, as irmãs trabalhavam em uma fábrica de calçados. Além de estudar e bater uma bolinha nos campeonatos, o menino almejava o mesmo emprego das irmãs: – Quando a fábrica me chamou, passei no teste do XV de Jaú. Mesmo sem condições, meu pai bancou. Se demorasse mais um pouco, poderia ter sido tudo diferente. <subtítulo> Apoio familiar é fundamental </subtítulo> Depois de conquistar dois Paulistões pelo São Paulo e jogar as Olímpiadas de Sydney, em 2000, Edu foi para o Celta de Vigo, da Espanha. Foi no Real Betis, entretanto, que o atacante estourou. Ao lado de Ricardo Oliveira (São Paulo) e Joaquín Sánchez (Valencia/Esp), formou o “tridente mortal”. Na Espanha, Edu era rei – ou melhor, príncipe, como era chamado – e tinha a fama de fazer gols decisivos. O desejo de ser campeão no Brasil, depois de nove anos na Europa, fizeram-no voltar. Em um ano e meio no Beira-Rio, porém, não se firmou titular.Acredita ter recebido poucas chances. – Em todos os clubes que passei, tive sucesso. Ficar de fora, sem nem ser relacionado foi muito difícil. Chegava em casa e chorava sem saber o porquê – revela o atacante, que sobrou do banco na final da Libertadores. Para superar o momento difícil no Inter, Edu teve muito apoio da família: a mulher, Fabiana, e as filhas, Camila, oito anos, e Gabriela, três. – Não fosse a fé, não aguentaria o que passei aqui. Não quero ficar numa situação assim. Vou para o Mundial para jogar e ser decisivo! – garante. <subtítulo> Na fila </subtítulo> Amanhã, confira o perfil do volante Tinga <subtítulo> Gabiru? Por que não?</subtítulo> Em muitas “profecias” de torcedores, Edu aparece fazendo o gol do título Mundial. Ele prefere evitar comparações com Gabiru, autor do gol de 2006, até por ter uma trajetória totalmente diferente na carreira. A torcida, porém, acredita numa possível coincidência, já que, assim como Gabiru no Japão, Edu será reserva em Abu Dhabi. Assim, se for para levantar o caneco, Edu aceita qualquer equiparação: – Se isso acontecer, será positivo, pois o Inter seria o campeão. Claro que todo mundo pensa em ajudar e fazer o gol! <subtítulo>CONHEÇA MAIS DO ÍDOLO</subtítulo> Nome: Luís Eduardo Schmidt Data e local de nascimento: 10/1/1979, em Jaú (SP) Comida preferida: massa Novela preferida: “Quando morava na Espanha assisti à Cabocla e gostei muito.” Último livro que leu: “A Cabana, de William Young, e a Bíblia, que leio diariamente.” Jogo inesquecível: Betis 3x2 Barcelona. “No primeiro tempo, tomamos um chocolate, e no segundo, viramos, com dois gols meus.” Onde passa as férias: “Gosto de ficar uma semana na praia e o restante com a família.” Ídolo na vida e por que: “Meu pai, Luiz Carlos, que sempre foi um exemplo de luta, sacrifício e trabalho.” Ídolo no futebol: Raí, meia. “Era são-paulino e o tinha como ídolo. De 1998 a 2000 joguei com ele e comprovei que, além de grande jogador, é uma grande pessoa” Se não fosse jogador de futebol, seria? Técnico em Eletrônica Grau de escolaridade: ensino médio incompleto Pior situação por que passou em campo: “O descenso com o Betis, da Espanha, em 2009.” Música preferida: Uma Nova História, de Fernandinho (religioso) Confira os vídeos com gols e lances desse jogo em http://migre.me/2tWP6 </body> TEXTO8 <head> <edic><Diário Gaúcho 18/11/2010 p.12</edic> <autor> Hector Werlang, [email protected] </autor> </head> <body> <subtítulo>MISTÉRIO GREMISTA</subtítulo> <título> Sem o artilheiro, quem vai assumir a bronca?</título> <subtítulo>RESUMO DA NOTÍCIA</subtítulo> Treino de hoje deve indicar quem será o escolhido para o lugar de Jonas, suspenso. Jogo contra o Atlético-PR é decisivo para a conquista de um lugar no G4 do Brasileiro. HECTOR WERLANG [email protected] Renato Portaluppi não confirmou, porém, o recente histórico no Grêmio indica que Diego substituirá o suspenso Jonas, sábado, contra o Atlético-PR. Com três gols, mesmo sem ter começado uma única partida como titular, o atacante tem melhor desempenho do que Junior Viçosa. A velocidade e a movimentação, aliás, são outros atributos que dão a Diego a preferência para formar dupla com André Lima. A expectativa é que o treino de hoje indique a escalação para a partida que pode encaminhar a classificação à Libertadores. O Furacão tem dois pontos a mais e, em caso de vitória gremista, o time gaúcho ultrapassa o paranaense. <subtítulo> Renato não está preocupado</subtítulo> O certo é que Renato vive uma situação inédita. A última vez que Jonas, o artilheiro do Brasileirão, desfalcou a equipe foi no distante 8 de agosto. Suspenso, o atacante não atuou na derrota por 2 a 1 para o Flu, no Olímpico, resultado que custou o emprego de Silas. – Não me preocupo com ausências, o grupo é bom. Mas lógico que fará falta – disse Renato. Seja qual for o escolhido, a dupla que entrará em campo será inédita. Por duas vezes, Viçosa substituiu André, o que confirma a sua característica de ser um jogador de área. <subtítulo> Souza é uma opção remota</subtítulo> – Ainda não virei treinador, sou jogador. Quem decide isso é o Renato, tenho certeza que aquele que entrar vai ajudar – afirmou André. Outra hipótese, com pouca probabilidade de ocorrer, foi levantada pelo volante Adilson, em depoimento curioso: – Não sei se jogará Diego ou Viçosa. Talvez possa aparecer o Souza... Se Adilson estiver certo, Renato teria três meias e deixaria André Lima sozinho na frente (o que não é do feitio do treinador). <subtítulo> OS NÚMEROS</subtítulo> <subtítulo> Junior Viçosa</subtítulo> Um jogo como titular e três participações 133 minutos em campo Um gol Não fez dupla com André Lima <subtítulo> Diego Clementino</subtítulo> Oito participações em jogos 128 minutos em campo Três gols Não fez dupla com André Lima <subtítulo>Ceder para avançar </subtítulo> O meio termo foi fundamental para encaminhar o acerto entre a nova direção do Grêmio e Renato. Apesar de nenhuma das partes confirmar, os cartolas aumentaram a oferta, o treinador reduziu a pedida e o acordo foi encaminhado na terça-feira. <subtítulo>Diferença ficou em R$ 50 mil</subtítulo> Renato deve ganhar R$ 400 mil – pedia R$ 450 mil. A direção oferecia R$ 360 mil. Atualmente, o comandante leva R$ 275 mil. O contrato deve ser assinado após o jogo contra o Atlético-PR. – Ainda há ponderações sobre algumas coisas que o Renato pediu e vice-versa – afirmou o futuro assessor Antônio Vicence Martins. <subtítulo>Goleada em jogo-treino. E Viçosa larga em vantagem</subtítulo> Enquanto aguardam o treino que definirá a equipe, Diego e Junior Viçosa tentam mostrar qualidades para enfrentar o Atlético-PR. Ontem, em jogo-treino dos reservas com o Cerâmica, Viçosa saiu na frente. Fez um gol na goleada por 4 a 0. Viçosa recebeu a bola na entrada da área, e bateu forte sem chance de defesa. Diego teve atuação discreta. Souza, Roberson e Bérgson completaram o placar. Na zaga, Neuton e Ozeia treinaram. A tendência é que Neuton substitua o suspenso Rafael Marques. A novidade do treino foi a presença de Mário Fernandes, que se recupera de cirurgia no ombro direito (ocorrida em julho). Ele, porém, não deve ter condições de atuar. A tendência é de voltar apenas no ano que vem. <subtítulo>VETERANO PREOCUPA MARCAÇÃO TRICOLOR</subtítulo> Artilheiro do Brasileirão na era dos pontos corridos, com 80 gols desde 2003, Paulo Baier, 36 anos, preocupa os jogadores do Grêmio. Ontem, o volante Adilson e o meia Lúcio disseram que passa por boa marcação ao meia rival a vitória no jogo de sábado. Neste campeonato, o jogador marcou oito gols. A qualidade na batida na bola, ainda mais em faltas, deixa o Tricolor em alerta. – Devemos reduzir esse risco e não fazer falta perto da área – disse Adilson. Para Lúcio, Baier é bom armador. Porém, o gremista alertou para um risco: – Não podemos priorizar a marcação sobre um jogador e esquecer o resto. <subtítulo>Dia do Grêmio</subtítulo> INGRESSOS– A torcida em geral pode comprar, a partir de hoje, os bilhetes para o jogo contra o Atlético PR, sábado, às 19h30min. Até ontem, apenas 900 ingressos foram vendidos a sócios pela Internet. A bilheteria funciona das 9h às 18h30min. Os preços: arquibancada, R$ 40; cadeira lateral, R$ 50; cadeira central, R$ 60 2011 - O Grêmio encaminhou ontem a escolha de Bento Gonçalves como sede da preparação para o ano que vem. O período depende das competições a serem disputadas. O primeiro jogo é contra o Lajeadense, dia 16/1, pelo Gauchão. ARENA - A partir de hoje, o terreno do futuro estádio terá nova bandeira. O símbolo havia sido furtado em outubro. Para evitar nova ocorrência, a OAS reforçou os cabos de aço do mastro de 43,5m. </body>