A AGRICULTURA ORGÂNICA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO[1] Bruno Santana Cavalcante - UERJ – [email protected] Introdução Após o ciclo de modernização intensiva pelo qual passou a agricultura, pode-se observar que novas formas de produção têm sido desenvolvidas visando o desenvolvimento baseado em um equilíbrio socioambiental. Destarte, tem crescido o número de pesquisas agroecológicas, cujos interesses principais não residem na maximização da produção, mas sim na busca por sistemas produtivos agrícolas que potencializem a biodiversidade ecológica sem conseqüências degradantes para a natureza e para a sociedade (Etges, 2001:58). O trabalho procura analisar a expressão espacial, a expansão e o papel desempenhado pela Agricultura Orgânica no estado do Rio de Janeiro, além de caracterizar as redes principais de comercialização desses produtos, investigar o papel dos projetos desenvolvidos no intuito de difundir a produção orgânica no estado e identificar as regiões onde há presença significativa de produtores orgânicos. No decorrer dos anos a questão ambiental foi ganhando importância e parcelas cada vez maiores da população tornaram-se sensíveis às mensagens de saúde e ecologia, e como possível conseqüência desse processo, houve um aumento significativo da demanda pelos produtos orgânicos no mercado, e no Rio de Janeiro, a venda de produtos orgânicos aumentou 30% no primeiro trimestre de 2004 (O GLOBO, Caderno Zona Sul, n° 1138, 2004). Com relação aos procedimentos metodológicos, foram feitos levantamentos bibliográficos e quantitativos buscando apresentar de maneira satisfatória uma caracterização geral do estado fluminense no âmbito da questão da Agricultura Orgânica, além de mostrar de forma clara a distribuição da atividade orgânica pelo estado. A Emergência da Agricultura Ecológica a partir da Modernização Agrícola no Brasil O meio ambiente tornou-se refém do capitalismo ao passo que novas técnicas potencializadoras da produção foram descobertas, transformando a lógica de produção agrícola, que a partir de então, passaria a agir em prol dos interesses do capital, proporcionando lucros altos em menor prazo de tempo. No Brasil, a modernização da agricultura começa a ser desenhada a partir de 1930, quando se consolida no país um padrão de desenvolvimento baseado nos setores urbanos e industriais da economia, e o setor agropecuário deixa de constituir o segmento dominante da economia, cedendo lugar para os setores industrial e de serviços (Szmrecsányi, 1998:71). O processo de maior relevância ocorre a partir da década de 1950[2], que foi o fato de o setor agropecuário do Brasil passar a constituir um mercado importante para os produtos industrializados do país, primeiro apenas para os bens de consumo e depois também para os bens de produção. Este processo deu início à chamada industrialização da agricultura no Brasil (Szmrecsányi, 1998: 72). A partir da modernização agrícola, o termo Complexo Agroindustrial tem sido utilizado quando se fala sobre as articulações entre os setores agrícola e industrial no Brasil, ressaltando que a conformação dos Complexos Agroindustriais se dá no início da década de 70, a partir de transformações ocorridas no setor agropecuário brasileiro na década de 50 (tecnificação do processo produtivo) e da década de 60 (implantação de parque industrial voltado para a agricultura) (Marafon & Barbosa, 2002: 72). Os produtores rurais se especializavam cada vez mais na produção agropecuária, e a concorrência entre os mesmos crescia, fatores estes que geraram uma diferenciação entre os produtores, uma concentração dos meios de produção, e a transformação das atividades produtivas (Szmrecsányi, 1998: 61). Paralelamente a esses processos discutidos, tecnologias alternativas eram criadas, e os mesmos movimentos que combatiam a agricultura moderna e que foram chamados de retrógrados no fim dos anos 30, passaram a ser denominados “alternativos” a partir dos anos 60, quando ganha mais notoriedade a preocupação com a questão ambiental. (Umbelino, 2003:153). A agricultura alternativa enquanto movimento socialmente organizado, surge na década de 70, a partir da contestação desenvolvida por grupos de agricultores familiares contra o caráter excludente da modernização agrícola (Brandenburg, 2002:12). O sistema monocultural (cujas lavouras degradavam a natureza antes mesmo da implantação do modelo da Revolução Verde) aliado ao pacote tecnológico da Revolução Verde, intensificou os problemas sócio-ambientais, comprometendo o futuro da agricultura brasileira. (Etges, 2000:217). Dessa forma, uma transformação na estrutura produtiva agrícola se fazia necessária, e a lógica produtiva deveria passar da simplificação, onde se produz apenas a cultura mais rentável para maximizar os ganhos, para a lógica da complexificacão, marcada por técnicas agrícolas mais equilibradas ecologicamente, porém, os interesses ligados aos grandes complexos agroindustriais não permitem que a segunda lógica citada avance, visto que isso dependeria primordialmente da atuação do Estado arcando com os custos necessários às mudanças pretendidas (Romeiro, 1998). Do início da década de 70, quando os princípios da agricultura orgânica começaram a ser introduzidos no Brasil, até meados dos anos 90, esta forma alternativa de produção se desenvolveu de maneira muito lenta no país, sendo a década de 80, no entanto, marcada por diversos encontros ligados aos movimentos alternativos do Brasil e que terminaram por contribuir para a expansão da agricultura orgânica no Brasil (Darolt, 2004). Importante destacar o papel da Agroecologia[3], que - enquanto uma disciplina científica ou ciência – através de seus estudos e avaliações de agroecossistemas, possibilita que sejam elaboradas novas formas de Agricultura Sustentável, que por sua vez possui diversas denominações, como Agricultura Ecológica, Biodinâmica, Orgânica, entre outras (Etges, 2001: p.58). É fato que a agricultura orgânica se desenvolveu e ganhou notoriedade no Brasil, sendo objeto de estudos e pesquisas que vieram confirmar que trata-se de um modelo produtivo capaz de respeitar o agroecossistema e possibilitar a obtenção de bons retornos financeiros. Entretanto, devemos estar atentos ao fato de “ ultimamente ter havido forte interesse econômico em torno da Agricultura Orgânica, que cada vez mais, esta sendo encarada como um negocio lucrativo, o que tem gerado alguns conflitos com outras abordagens mais ligadas ao ecossocialismo” (Jesus, 1996:17 ). Podemos comprovar o crescimento da agricultura orgânica no Brasil em números reais, através de um estudo desenvolvido pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que obteve dados mostrando que atualmente há no país 7.063 produtores certificados ou em processo de conversão, sendo que existe ainda cerca de 13 mil produtores que produzem orgânicos e não tem certificação. Portanto, há no Brasil 20 mil produtores de orgânicos, distribuídos numa área de 269.718 hectares. Na região centro-oeste do país há uma área de 420 hectares que não foi somada pela pesquisa por não estar em conversão, mas é orgânica. Estima-se ainda que o setor de orgânicos faturou cerca de US$ 300 milhões em 2001 (Vieira, 2004). Outra importante conquista foi obtida pela agricultura orgânica ao ser aprovada em 28/11/2003 pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente Lula, a lei 10.831 que trata da organização da produção, certificação e comercialização da produção agrícola sem agrotóxicos. A Lei da Agricultura Orgânica define o que é produção orgânica e tem, entre outras atribuições, acabar com a confusão de conceitos, rótulos e marcas. A Lei e de suma importância para que a produção de alimentos orgânicos seja incentivada, para que se estabeleçam normas mínimas para que o produto seja considerado orgânico, dando mais clareza para produtores, comerciantes e consumidores, e por fim, a lei facilitará as exportações dos produtos, que estavam prejudicadas com a falta de legislação sobre a questão (Revista Eco 21, Edição n° 86). Outro entrave existente no país que diz respeito à agricultura orgânica é a questão da falta de informações sobre o desempenho do setor, fato que foi bastante discutido durante a BioFach América Latina 2004.A falta de dados relativos à área plantada, número de produtores e tipos de orgânicos produzidos no Brasil impossibilita a elaboração de programas para o desenvolvimento da agricultura orgânica em nível nacional, problema este que possivelmente será solucionado mediante instalação de comissões estaduais que fariam estes levantamentos juntamente ao Ministério da Agricultura (www.agrorganica.com.br, em 14/08/2005). Embora haja enorme dificuldade para a sistematização de estatísticas relativas à agricultura orgânica no Brasil, se têm alguns dados mais recentes informados pelas principais certificadoras e associações de agricultura orgânica de cada estado, através dos quais se percebe um crescimento expressivo do mercado orgânico no país, bem superior aos países da União Européia e aos Estados Unidos, onde este mercado cresce de 20% a 30% ao ano, enquanto no Brasil este crescimento chegou a 50% ao ano nos últimos três anos (www.planetaorganico.com.br, em 14/08/2005). A Agricultura Orgânica no Estado do Rio de Janeiro Os produtos da Agricultura Agroecológica ganham cada vez mais espaço no mercado, já que há um movimento crescente de pessoas que prezam por uma melhor alimentação e pelo respeito e conservação do meio ambiente. Aliado a esse comportamento por parte da sociedade que consome os produtos agrícolas, observamos ainda uma mudança no comportamento de alguns grupos de produtores, que geralmente são dotados de maior qualificação e que reconhecem que podem produzir gêneros de alta qualidade nutricional, com boa rentabilidade e sem agredir o ecossistema. Essa realidade pode ser constatada facilmente no Rio de Janeiro, uma vez que a prática da Agricultura Orgânica também tem se consolidado e se expandido no território Fluminense. Uma observação importante que deve ser feita, é que no Estado do Rio de Janeiro, a Agricultura Ecológica que abrange o maior numero de produtores é justamente a Agricultura Orgânica, e a maior concentração de produtores rurais orgânicos está na Região Serrana do Estado, fato que decorre do maior número de produtores de base familiar instalados na região, além de seu dinamismo econômico (Umbelino, 2003). Um Seminário realizado em parceria pelo SEBRAE-BioFach-Planeta Orgânico revelou dados importantes a respeito do tema em questão .O número de produtores orgânicos multiplicou nos últimos cinco anos, e hoje o estado tem cerca de 200 produtores orgânicos filiados a ABIO (Associação dos Produtores Biológicos do Estado do Rio de Janeiro), além daqueles certificados por outras instituições, como IBD (Instituto Biodinâmico), AAO (Associação de Agricultura Orgânica), Mokiti Okada, Ecocert (Organisme de Controle et de Certification de L’Agriculture Biologique), OCIA (Organic Crop Improvement Association), etc. Estima-se que o total chegue a 300 produtores. Existem ainda os que aplicam princípios de agroecologia em suas terras e não são certificados. A partir de dados levantados pelas principais certificadoras e associações de agricultura orgânica do país, é possível constatar a representatividade do Rio de Janeiro nesse contexto até o ano de 2000, como está exposto na tabela abaixo. Atualmente, cerca de 70% da produção orgânica encontra-se nos estados do Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Espírito Santo (www.planetaorganico.com.br/brasil.htm, em 14/08/2005). TABELA -NÚMERO DE PRODUTORES ORGÂNICOS CERTIFICADOS NO BRASIL (2000) ESTADO DA FEDERA ÇÃO NÚMERO DE PRODUT ORES CERTIFI CADOS Paraná 2.400* Rio Grande do Sul 800 São Paulo 800 Rio de Janeiro 120 Espírito Santo 100 Santa Catarina 100 Distrito Federal 50 Outros 130 TOTAL 4.500* FONTE: DAROLT (2000) * Cerca de 750 produtores encontram-se "em processo de certificação". NOTA: Elaborado a partir de dados de HAMERSCHIMIDT/EMATER-PR (Informação Pessoal, 2000); e outras entidades como IBD; COOLMEIA; AAO ; ANC; ABIO e MOA . A produção orgânica ainda se concentra entre os produtores com grau de instrução mais elevado, mas algumas iniciativas visando difundir essa prática têm sido desenvolvidas e entre elas destacamos: o projeto da PESAGRO-RIO (Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro), que vem desenvolvendo pesquisas e preparando biofertizantes para posteriormente distribuí-los àqueles produtores que enfrentam maiores dificuldades para obterem estes ingredientes úteis à produção; a Rede Agroecologia Rio, que é um dos projetos mais importantes do estado, e que consiste na geração e difusão de conhecimentos em práticas de agricultura ecológica, resultando no fortalecimento da agricultura fluminense, em particular da agricultura familiar, além de ampliar a oferta de produtos orgânicos no estado do Rio de Janeiro; e o Programa Cultivar Orgânico, que é voltado para os agricultores familiares que se dedicam a essa forma de cultivo, e que possui como metas manter as famílias no campo, ampliar a oferta de alimentos saudáveis, preservar o meio ambiente e garantir a melhoria na qualidade de vida. Este programa abriu uma linha de crédito em abril de 2004 que concede empréstimos com prazo de pagamento de 60 meses com juros de 2% ao ano, configurando um claro objetivo de valorizar este setor que gera cerca de R$ 100 milhões por ano e é responsável por 2.500 postos de trabalho no estado (O GLOBO, Caderno Zona Sul, n° 1138, 2004). A produção de orgânicos no Rio de Janeiro ainda é ínfima, visto que o setor agrícola do Rio de Janeiro gera R$ 2 bilhões ao ano, e a produção orgânica representa apenas 5% desse universo, e como conseqüência disso observamos preços elevados cobrados pelos gêneros orgânicos, e um mercado consumidor restrito às classes mais altas da sociedade (O GLOBO, Caderno Zona Sul, n° 1138, 2004). Posteriormente à produção dos gêneros alternativos, se faz necessário que estratégias eficientes de comercialização sejam desenvolvidas a fim de tornar essa atividade mais rentável e viável para os agricultores. Ao analisar a relação dos agricultores agroecológicos com o mercado, percebe-se que, em um momento inicial, a transação comercial direta com o consumidor foi a maneira mais utilizada de difundir os produtos alternativos. Essa transação ocorria principalmente através de feiras de produtos agroecológicos, entregas em domicílio, festas e exposições de produtos alternativos ou ecológicos. Portanto, percebe-se que “ A produção de alimentos alternativos ou ecológicos exigiu a construção de formas alternativas de comercialização” (Brandenburg, 2002:19). Considerando o recorte espacial do presente trabalho, é importante destacar o papel da Região Serrana do Rio no bojo da produção agrícola, já que esse “cinturão verde” produz cerca de 70% das frutas, verduras e legumes do Estado, sendo foco principal quando se discute sobre a expansão dos orgânicos (Planeta Orgânico e ABIO). Outro processo importante que vem ocorrendo no Estado é o aumento do número de distribuidoras que trabalham apenas com o escoamento de produtos orgânicos, gerando um incremento cada vez maior na oferta destes produtos. O Sítio do Moinho e a Fazenda Vale das Palmeiras, localizados na região de Santa Mônica - Petrópolis, e Teresópolis, respectivamente, são unidades produtivas de orgânicos através das quais podemos compreender o nível de integração que pode ser estabelecido com o mercado além da dinâmica que essa produção atingir. O sítio de Petrópolis produz 45 gêneros orgânicos que abastecem 23 lojas da rede Zona Sul, três do Extra e o Carrefour da Barra, enquanto a Fazenda de Teresópolis apresenta além de plantações, uma fábrica de processamento de legumes e verduras, e um galpão onde os produtos são embalados in natura (Revista Veja, ano 37, n° 5). Através de Umbelino (2003), observamos ainda outras 5 distribuidoras importantes, e que trabalham sempre seguindo as normas técnicas da produção orgânica, que são: Agrinatura (Teresópolis), Hortoorganica (São José do Vale do Rio Preto), Sítio Cultivar, Coonatura e Folhas d’água (Teresópolis). Por fim, é fato que a produção, a comercialização e a distribuição dos produtos orgânicos no estado do Rio de Janeiro passam por um processo de desenvolvimento e dinamização, porém, mais importante do que incrementar a oferta dos produtos agroecológicos, é elaborar projetos visando direcioná-la também para as camadas menos favorecidas da sociedade, além de incluir um número mais expressivo de produtores mais pobres nesse mercado promissor. Para não concluir A Agricultura Orgânica vem evoluindo nos últimos anos de maneira satisfatória no estado, o que abre uma perspectiva favorável para a resolução de mazelas sociais e de impactos ecológicos provocados por outro ideário produtivo. Porém, o controle desta produção se coloca cada vez mais atrelado a uma dependência do mercado, fato que pode tornar o processo demasiadamente favorável às elites, já que a prática em questão exige a certificação de qualidade, incapacitando agricultores familiares que não são dotados de capital suficiente para processar, embalar e comercializar seus produtos orgânicos. Em recente trabalho de campo realizado na região serrana do estado do Rio de Janeiro, mais especificamente à Fazenda Vale das Palmeiras, uma das principais produtoras de orgânicos do estado, constatou-se que a relevância deste modelo produtivo para resolução ou amenização de problemas sociais no estado pode ser considerada bastante reduzida, visto que se trata de uma grande fazenda produtora e que emprega somente 26 trabalhadores, além de obter lucros elevados a partir de uma administração bastante empresarial e moderna, com utilização de internet, caminhões refrigerados próprios e processamento dos produtos no interior da fazenda. Faz-se necessária a elaboração de políticas públicas que contemplem um número mais expressivo de produtores menos instruídos e favorecidos, já que estes não se apropriam dos benefícios e da riqueza que é gerada a partir da agregação de valor a essa produção, visto que os preços pelos quais vendem os produtos são insuficientes para cobrir todos os custos de produção. Isso resulta na obtenção de rendas negativas por esses agricultores familiares, que posteriormente recorrem a empréstimos e se endividam cada vez mais, prejudicando uma possível evolução dentro desse mercado. Portanto, para que esses entraves à expansão da produção orgânica sejam superados, é de suma importância que os preços dos produtos orgânicos caiam, para que o mercado consumidor possa crescer e sair do nicho restrito no qual se encontra hoje. São necessários mais investimentos para que o produto seja apresentado a mais pessoas através de propagandas, além da execução de políticas de inclusão voltadas para famílias menos favorecidas, possibilitando que ingressem em boas condições no processo produtivo agroecológico. Por fim, propomos alguns questionamentos para reflexões que futuramente possam resultar em novos estudos e pesquisas no âmbito dessa temática: As formas alternativas de produção agrícola são realmente capazes de solucionar problemas relacionados à desigualdade social no campo? A Agricultura Orgânica tem o poder de evoluir e se desenvolver mesmo livre dos fetiches do mercado e da possibilidade de exploração capitalista? Quais medidas seriam mais necessárias para que a Agricultura Orgânica se difundisse não só em nível de produtores como também de consumidores, visando assegurar a estabilidade e a viabilidade econômica dessa prática? Referências Bibliográficas ALMEIDA, Lívia de. Verde e Rentável. Revista Veja Rio. Rio de Janeiro/RJ. num 5, p. 10-17. Fevereiro, ano 37. ALTIERI, Miguel. Agroecologia a dinâmica produtiva da agricultura sustentável. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 1998. Síntese Universitária 54. _________. BioFach discutiu falta de informações sobre desempenho da agricultura orgânica. Disponível na internet pelo endereço www.agrorganica.com.br BRANDENBURG, Alfio. Desenvolvimento e Meio Ambiente: caminhos da agricultura ecológica. n.6. Curitiba/PR: Editora UFPR, 2002. 121p. CAPORAL, F. R. La Extensión Rural en Rio Grande do Sul: De La Tradición “Made in USA” Hacia el Paradigma Agroecológico. Porto Alegre, RS. 2001. Disponível na internet pelo endereço www.emater.tche.br CAPORAL , F. R. & COSTABEBER, J. A. Análise Multidimensional da Sustentabilidade: Uma proposta metodológica a partir da Agroecologia. Revista Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável, Porto Alegre, v.3, n.3, Jul/ Set 2002. CHAYB, Lucia. Uma Lei sem agrotóxicos. Revista Eco 21. Edição 86. Disponível na internet pelo endereço www.eco21.com.br/textos em 22/03/04. DAROLT, Moacir. A Evolução da Agricultura Orgânica no Contexto Brasileiro. Disponível na internet pelo endereço www.planetaorganico.com.br/brasil.htm em 22/03/04. DAROLT, Moacir. Dificuldade de Sistematização das Estatísticas. Disponível na internet pelo endereço www.planetaorganico.com.br/brasil.htm em 14/08/2005. DELGADO, G. da C. Capital Financeiro e a Agricultura no Brasil: 1965-1985. São Paulo: Ícone Editora Ltda, 1985. 240 p. ETGES, Virgínia Elisabeta. Desenvolvimento Rural: potencialidades em questão. 1.ed. Santa Cruz do Sul/RS: EDUNISC, 2001. 139p. _______ Geo UERJ Revista do Departamento de Geografia. – Rio de Janeiro/RJ: UERJ, Departamento de Geografia, n° 3. Jun. 1998. 140p. p. 7-21. GONÇALVES NETO, W. Estado e Agricultura no Brasil. Política agrícola e modernização econômica brasileira 1960-1980. São Paulo: Hucitec, 1997, 245p. GUIMARÃES, A. P. A Crise Agrária. 2 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. 362p. GUZMÁN, E. S. Una Estrategia de Sustentabilidad a partir de la Agroecologia.Revista Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável, Porto Alegre, v.2, n.1, Jan/Mar 2001, p. 35-45. GUZMÁN, E. S. Agroecologia y desarollo rural sustentable: una propuesta desde Latino América. Agroecologia, El camino para una agricultura Sustentable. Rosario, 2000. JESUS, Eli Lino de. Agricultura Sustentável. Jaguariúna. v.3, n. ½, 1996. p. 13-27 KAGEYAMA, A. & SILVA, J. G. A Dinâmica da Agricultura Brasileira: Do Complexo Rural aos Complexos Agroindustriais. Campinas, 1988. (mimeografado). LEFF, Enrique. Agroecologia e Saber Ambiental. Revista Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável. Porto Alegre, v.3, n.1, Jan/Mar. 2002. MARAFON, Gláucio José; RIBEIRO, Miguel Ângelo. Revisitando o Território Fluminense. 1.ed. Rio de Janeiro/RJ: NEGEF, 2003. 252p. p. 149-168. MARAFON, Gláucio José; RIBEIRO, Marta Foeppel. Estudos de Geografia Fluminense. 1.ed. Rio de Janeiro/RJ: Infobook, 2002. 208p. p. 71-86. MONTEIRO, Flávia; RIBEIRO, Joana. Saúde com Sabor. Caderno Zona Sul: Jornal O GLOBO. Rio de Janeiro/RJ. N° 1138. p.14 -32. MÜLLER, G. O Complexo Agroindustrial Brasileiro. Relatório de Pesquisa. São Paulo, 13:1-14, 1981. PESAGRO/RJ. Sistema Integrado, Meio Ambiente e a Rede de Agroecologia. Disponível na internet pelo endereço www.pesagro.gov.br em 05/02/2004. PLANETA ORGÂNICO. Estudo do mercado dos alimentos orgânicos in natura no Estado do Rio de Janeiro. Disponível na internet pelo endereço www.planetaorganico.com.br em 05/02/2004. ROMEIRO, Ademar Ribeiro. Meio Ambiente e dinâmica de inovações na agricultura. São Paulo. Annablume. FAPESP, 1998. 272 p. SZMRECSÁNYI, Támas, Pequena história da agricultura no Brasil. 4.ed – São Paulo: Contexto, 1998 – (Repensando a História). 102p. VIEIRA, Bruna. “Agroecologia e Comercialização” .Disponível na internet pelo endereço www.aao.org.br/port_17_I.htm em 22/03/04. [1] Trabalho de Iniciação Científica que vem sendo desenvolvido no NEGEF/UERJ (Núcleo de Estudos de Geografia Fluminense), sob orientação do Professor Dr. Glaucio José Marafon. [2] Entre os autores que analisaram este processo de transformação do setor agropecuário, destacamos Guilherme Delgado (1985), Gonçalves Neto (1997), Guimarães (1979), Kageyama & Silva (1988) e Müller (1981). [3] Entre os autores que analisaram os aspectos da Agroecologia e a busca pela sustentabilidade, destacamos Miguel Altieri (1998), Francisco R. Caporal (2001), Eduardo S. Guzmán (2000, 2001), Enrique Leff (2002) e Francisco R. Caporal e José Antônio Costabeber (2002). Esta listagem mostra que, recentemente, vem crescendo o número de trabalhos realizados no intuito de apreender a expansão e a consolidação das formas alternativas de produção agrícola baseadas na preservação do agroecossistema.