GLOSSÁRIO
Capítulo 5 – Informação Financeira
Este Glossário foi elaborado unicamente para apoiar os slides do Cap.5 da disciplina de Gestão
e destina-se a ser utilizado exclusivamente pelos alunos de Gestão
O SNC (Sistema de Normalização Contabilística) assimila a transposição das Directivas
contabilísticas da EU. Segue princípios em sintonia com as normas internacionais de contabilidade
emitidas pelo IASB (International Accounting Standards Board) e adoptadas na EU, e é composto
pelos seguintes instrumentos
 Bases para a Apresentação de Demonstrações Financeiras (BADF)
 Modelos de Demonstrações Financeiras (MUF)
 Código de Contas (CC)
 Normas Contabilísticas e do Reporte Financeiro (NCRF)
 Norma Contabilística e do Reporte Financeiro p/ Peq. Entidades (NCRF-PE)
 Normas Interpretativas (NI)
TERMOS
Activo (A)
SNC
É um recurso controlado pela empresa como resultado de
acontecimentos passados e do qual se espera que fluam para a empresa
benefícios económicos futuros
Os benefícios económicos futuros incorporados num activo são o
potencial de contribuir, directa ou indirectamente, p/ o fluxo de caixa e
seus equivalentes de caixa p/ a empresa
Um activo deve ser classificado como corrente quando satisfizer
qualquer dos seguintes critérios:
Activo corrente
Espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou
consumido, no decurso normal do ciclo operacional ou até doze meses
após a data do Balanço
Esteja detido essencialmente para a finalidade de ser negociado
Seja caixa ou equivalente de caixa, a menos que lhe seja limitada a troca
ou uso para liquidar um passivo durante pelo menos doze meses após a
data do balanço
São activos não monetários identificáveis sem substância física.
Activo fixo intangível
Activo fixo tangível
Exemplos: Licenças ou patentes; publicidade, treino e arranque; Pesquisa
e Desenvolvimento; Filmes; Vídeos; Peças de teatro; Manuscritos
São activos tangíveis os que sejam detidos para uso na produção ou
fornecimento de bens ou serviços, para arrendamento a outros, ou para
fins administrativos e se espera que sejam usados durante mais do que
um período.
Compreende as quantias, líquidas de depreciações e de perdas de
imparidade acumuladas e também os respectivos adiantamentos por
conta de investimentos cujo preço esteja previamente fixado.
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Mensuração: Deve ser mensurado pelo seu custo, no seu
reconhecimento inicial. O custo compreende além do preço, todos os
valores associados à respectiva compra em que a entidade tenha
incorrido, valores associados à colocação do activo em condições de
operar e estimativa de desmantelamento e remoção do bem, caso
aplicável
O modelo do custo prevê que o activo seja registado pelo seu custo
menos qualquer depreciação acumulada e quaisquer perdas por
imparidade acumuladas.
Revalorização: Após o 1º registo do activo ao custo – existindo a
possibilidade de determinar com fiabilidade o justo valor – este deve ser
escriturado por uma quantia revalorizada. A quantia revalorizada deve
entender-se – pelo justo valor à data, menos qualquer depreciação
acumulada e perdas por imparidade acumuladas
Activo não corrente
Todos os activos não classificados como correntes. São Quantias que se
espera sejam recuperadas ou liquidadas num prazo superior a 12 meses
Balanço
“Fotografia” de todos os elementos do património reportados a uma
data precisa
Caixa
Valores monetários líquidos disponíveis
Capitais alheios
Forma de designação de todos os meios financeiros passivos
(corresponde à soma do Passivo não Corrente com o Passivo Corrente)
Capital Próprio (CP) / Situação Liquida
O Capital próprio é o interesse residual nos activos da empresa depois de
deduzir todos os seus passivos sendo (CP = A – P)
Capital realizado
Corresponde ao capital realizado pelos accionistas/sócios nos termos
estatutários = diferença entre capital estatutário da entidade e a parte
não realizada pelos sócios
Clientes
Incluem as quantias de activos financeiros relativos a dívidas a receber de
clientes, líquidas de perdas de imparidade acumuladas – facturas
passadas pela empresa
A actividade da contabilidade é o registo e o relato sobre as interacções,
os fluxos, os processos, quer gerados dentro da entidade, quer entre as
várias entidades, desde que traduzidos numa mesma unidade monetária.
Os fluxos são de três tipos:
Contabilidade
 Financeiros – despesas e receitas (jurídico/patrimoniais);
 Económicos – gastos e rendimentos;
 Monetários – pagamentos e recebimentos.
Gera informação específica para apoiar os gestores da empresa. É mais
desagregada que a Contabilidade Geral. Engloba essencialmente duas
áreas:
 Estudo de gastos, rendimentos/réditos e resultados resultantes
da actividade
Contabilidade Analítica
(Gestão ou Interna)
 Orçamentação e análise de desvios de gastos/custos e
rendimentos/réditos em relação à programação da actividade
empresarial
Procura captar o que se passa nas diversas áreas da empresa (produção,
administrativa, financeira, comercial, etc.)
Apura resultados por produtos, regiões, mercados, actividades, etc.
Apura resultados em períodos curtos (mensal)
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Contabilidade Geral (Financeira ou
Externa)
Gera informação para os elementos externos à empresa (clientes,
fornecedores, sócios, bancos, etc.)
Demonstração de Resultados
Mapa que mostra a diferença entre Rendimentos e Gastos gerados na
actividade da empresa num dado período (mês, ano, ..)
São mapas em que estão evidenciados de uma forma adequada todos os
rendimentos e gastos gerados/incorridos num período e apurado o
resultado líquido de impostos.
Demonstrações financeiras
A elaboração de Demonstrações Financeiras, é o acto de “proporcionar
informação” sobre os fluxos. Podem ser apresentadas de diversas
formas:
 A “posição financeira”, através do Balanço
 O “desempenho” através das Demonstrações dos Resultados
 As “alterações na posição financeira” através da Demonstração
dos Fluxos de Caixa
Depreciações (Amortizações)
Correspondem à quebra, como contrapartida do desgaste económico, do
valor das propriedades de investimento e dos activos fixos tangíveis e
intangíveis durante um período contabilístico – São um gasto o período
evidenciado na Demonstração de resultados.
As Depreciações/Amortizações Acumuladas: são os valores acumulados
das quebras das propriedades de investimento e dos activos fixos
tangíveis e intangíveis à data do balanço, onde são contabilizadas
Despesa
Acto que se traduz na obrigação de pagar um bem ou serviço (i.e.
constituição de uma conta a pagar)
Dividendos
Corresponde à parte do valor dos resultados líquidos obtidos distribuído
pelos accionistas/sócios a título de remuneração da sua participação no
capital da empresa
É um gasto?
Factura
Sim (foi consumo de recursos)
É uma despesa? Sim (existe a obrigação de pagar)
Só é emitida para pagamentos ainda não efectuados. Nela são
discriminados todos os itens comprados na operação.
Gastos são diminuições nos benefícios económicos durante o período
contabilístico na forma de exfluxos ou deperecimentos (desaparecimento
lento) de activos ou na incorrência (diminuição) de passivos que resultem
em diminuições do capital próprio, que não sejam as relacionadas com
distribuições aos participantes no capital próprio.
A definição de gastos engloba perdas assim como aqueles gastos que
resultem do decurso das actividades ordinárias da empresa:
Gasto
Os gastos que resultem do decurso das actividades ordinárias da
empresa incluem, por exemplo, o custo das vendas, os salários e as
depreciações. Tomam geralmente a forma de um exfluxo ou
deperecimento de activos tais como dinheiro e seus equivalentes,
existências e activos fixos tangíveis.
As perdas representam outros itens que satisfaçam a definição de gastos
e podem, ou não, surgir no decurso das actividades correntes da
empresa.
Gastos do período
São os gastos ocorridos são considerados no apuramento de resultados,
no período em que ocorrem (são reconhecidos) independentemente de
qualquer relação entre quantidade produzida e quantidade vendida. (ex.:
todos os gastos administrativos e de distribuição/vendas).
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Gastos do produto
São os gastos que são reconhecidos na Demonstração de resultados, na
proporção da quantidade vendida. Não há lugar a reconhecimento na
ausência de vendas. (ex.: todos os gastos de fabrico variáveis)
Gastos Fixos
Gastos ocorridos num período que são independentes do volume de
produção e de vendas. São gastos que não variam com o nível de
actividade da empresa. (ex.: Rendas, seguros, alguns gastos com pessoal,
…)
Gastos Variáveis
São os gastos cujo valor varia com o nível de actividade
(produção/vendas). (ex.: matérias primas, comissões sobre vendas, …)
São activos detidos para venda no decurso ordinário da actividade
empresarial, no processo de produção ou na forma de materiais ou
consumíveis a serem aplicados no processo de produção ou na prestação
de serviços.
Inventário
Liquidez (nível de ..)
Exemplos de inventários: mercadorias ou terrenos compradas e detidas
para revenda, bens produzidos pela entidade ou trabalhos em curso e
seus componentes. No caso de um prestador de serviços, incluem os
custos do serviço, para o qual se aguarda o reconhecimento do respectivo
rédito.
Exprime a relação entre o valor dos activos correntes e os dos passivos
correntes. O nível de liquidez é expresso pelo rácio Activo Corrente /
Passivo Corrente
Tem o mesmo significado que Resultado. Poder-se-á falar de Lucro
operacional, Lucro líquido, etc.…
Lucro
Margem de Contribuição (MC)
Fluxo financeiro do período – que corresponde à diferença entre
Rendimentos e gastos liberto pela actividade da empresa
Corresponde à diferença entre valor de vendas e o valor dos gastos
operacionais variáveis. => MC=V–CV. A margem crítica unitária (mcu) =
Preço – Custo Variável unitário
A Margem de contribuição percentual (MC%) = MC/V ou mcu/P
Pagamento
Acto de liquidação de um passivo (de uma dívida) pela entidade por
contrapartida de uma redução de uma rubrica do activo, em geral,
depósitos bancários ou caixa
Um passivo é uma obrigação presente da empresa proveniente de
acontecimentos passados, da liquidação da qual se espera que resulte
um exfluxo de recursos da empresa incorporando benefícios económicos.
Passivo (P) /Capital Alheio
Uma característica essencial de um passivo é a de que a empresa tenha
uma obrigação presente contratual de entregar dinheiro ou outro activo
financeiro a uma outra entidade, e deste ponto de vista os empréstimos,
quer bancários, quer por obrigações, são passivos financeiros.
Contas a Pagar comerciais = passivos a pagar por bens ou serviços que
tenham sido facturados ou formalmente acordados com o fornecedor
Um passivo deve ser classificado como corrente quando satisfizer
qualquer um dos seguintes critérios:
 Se espere que seja liquidado durante o ciclo operacional normal
da entidade
Passivo corrente
 Esteja detido essencialmente para a finalidade de ser negociado
 Deva ser liquidado num período até doze meses após a data do
balanço
 A entidade não tenha um direito incondicional de diferir a
liquidação do passivo durante pelo menos doze meses após a
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data do balanço
Um passivo financeiro classifica-se como corrente quando a sua
liquidação estiver prevista para um período até 12 meses após a data do
balanço, mesmo que:
 O prazo original tenha sido por um período superior a 12 meses
 Um acordo de refinanciamento ou reescalonamento de
pagamentos de longo prazo, seja completado após a data do
balanço e antes das DFs serem autorizadas para emissão.
Passivo não corrente (PNC)
São passivos não classificados como correntes (são quantias a pagar a
mais de um ano)
Corresponde ao valor de vendas ou da quantidade vendida para os quais
o Resultado Operacional é nulo => V – CV – CF = 0 (diz-se Vendas Críticas
ou Quantidade Crítica)
Ponto crítico
Vc = CF/mcu
e
Qc = CF / MC%
Prazo médio de pagamentos
PMP = [ Dívida Média a Fornecedores / (Compras + FSE+ IVA
dedutível)]x365: - Traduz o nº médio de dias que a entidade leva a pagar
as suas compras
Prazo médio de recebimentos
PMR = Dívida média de clientes / (vendas e Serv Prestado + IVA
liquidado): - Traduz o nº médio de dias que a entidade leva a receber o
valor das suas vendas aos clientes
Prazo médio
inventários
PMRI = [(Inventários + Activos Biológicos)média do período / (CMVMC –
Variações nos Inventários)]x 365 dias: Traduz o nº médio de dias que o
inventário se mantém na entidade. Nota: O Inventário Médio pode ser
calculado por (Inventários anoN + Inventários AnoN-1) / 2
de
Recebimento
rotação
dos
Acto de liquidação de um activo à entidade (conta a receber), em
contrapartida de um acréscimo de outra rubrica do activo, em geral,
Depósitos bancários e caixa, Corresponde à emissão de um Recibo pela
empresa.
Os réditos provêm do decurso das actividades ordinárias de uma
empresa sendo referidos por uma variedade de nomes diferentes
incluindo vendas, honorários, juros, dividendos, royalties e rendas.
Rédito
Influxo bruto de benefícios económicos, durante o período contabilístico,
que surjam no decurso das actividades ordinárias de uma entidade,
quando esses influxos resultem em aumentos de capital próprio, que não
sejam aumentos relacionados com contribuições dos detentores de
capital
Rendimento
São aumentos nos benefícios económicos durante o período
contabilístico na forma de influxos ou aumentos de activos ou
diminuições de passivos que resultem em aumentos no capital próprio,
que não sejam os relacionados com as contribuições dos participantes no
capital próprio. Os Rendimentos englobam Réditos e ganhos
Rentabilidade
Exprime a relação entre um fluxo de rendimento (da Demonstração de
resultados) e um valor “stock” (Activo, Capital Próprio, etc.) do Balanço)
Reserva legalais
Reservas distribuíveis
A legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do
resultado líquido anual tem que ser destinado ao reforço da ‘reserva legal’
até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Esta reserva
não é distribuível, a não ser em caso de liquidação, mas pode ser utilizada
para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e
para incorporação no capital.
Reservas que podem vir de lucros, de capital ou reavaliação. Há
normalmente uma pequena parte que terá de ficar legalmente na
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empresa numa rubrica de reservas; tal distingue-se dos lucros transitados
pelo facto de estes ficarem na empresa por decisão livre da própria, ao
passo que quando se trata de lucros que vão a reservas é porque a lei
assim o obriga, normalmente para precaver a empresa contra accionistas
que queiram distribuir todos os lucros. Quanto a reservas de reavaliação:
se um activo é reavaliado, tal significa que se valia x passa a valer x+y,
sendo y o acréscimo na reavaliação.
Reservas não distribuíveis
Não podem ser distribuídos aos sócios os lucros do exercício que sejam
necessários para cobrir prejuízos transitados ou para formar ou
reconstituir reservas impostas pela lei ou pelo contrato de sociedade.
Resultado bruto
Corresponde à diferença entre Vendas e Serviços Prestados e o Custos
das vendas e dos Serviços prestados
Resultado corrente ou resultado antes
de imposto
Resultado operacional deduzido dos Gastos de financiamento (líquidos) =
RO – Gastos de financiamento+Rendimentos de financiamento)
Resultado líquido
Corresponde à diferença entre todos os rendimentos (réditos e ganhos)
do período e todos os gastos (incluindo perdas).
Resultado Líquido do Período:
Resulta da dedução do Imposto sobre o rendimento antes de impostos
Resultado operacional
Resultados obtidos pela diferença entre ganhos e gastos operacionais.
Compreendem os ganhos e gastos relativos às actividades produtivas
(funções de fabrico, distribuição/vendas e administrativas)
Resultados transitados
Reflecte os resultados dos períodos anteriores, para os quais não exista
uma deliberação específica sobre a sua aplicação (se lucros) ou cobertura
(se prejuízos).
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GLOSSARIO_Cap_5 (1)