O PETRÓLEO DO POÇO AO POSTO
Evaristo Martins de Souza Neto
Técnico de Instrumentação e Automação de Sistemas
30 anos de Petrobras
O PETRÓLEO DO POÇO AO POSTO
 Geodésia: Equipe Sísmica;
 Geologia : Análise das amostras;
 Perfuração do Poço: Pioneiro;
 Exploração: Avaliar, dimensionar e testar o Reservatório;
 Produção: Óleo, Gás e derivados;
 Refino: Processamento;
 Transporte: Terrestres e Maritimos;
 Posto: Comércio consumidor;
 UMA VISÃO DO CAMPO DE TUPI – Pré-sal.
NO MAR – OFF SHORE
EQUIPAMENTOS DE PRODUÇÃO
O PETRÓLEO DO POÇO AO POSTO
BLOCOS EXPLORATÓRIOS: CAMPO TUPI
EM TERRA – IN-SHORE
Vertical
Direcional
MANIFOLDS DE RUC OESTE
Porto Urucu
Manifold Entronc. 2
RUC 39 (SUC 1/2/3)
RUC 30
RUC 35
MR 37 (RUC 5)
RUC 41
Polo
Arara
Base de
Apoio
30/35 41
#
#
Manifold RUC 03
RUC 03
RUC 09
RUC 13 32
RUC 07
RUC 46
RUC 18
RUC 25
25
Manifold RUC37
RUC 39
RUC 5
SUC (1/2/3)
1
3/9/13
#
26
37 H
#
18/46
7/14
Estrada Asfaltada
Estrada não asfaltada
Poço Produtor
5
Poço Injeção de Gás
Poço Injetor de Água
Poço Produtor Oleo /
Injetor de Gás
39H
#
Manifold RUC39
RUC 39
SUC (1/2/3)
SUC -3
SUC-2
#
SUC - 1
Poço Seco
NIT - 1
Gás Lift
Manifold SUC3
SUC 3
SUC (1/2)
#
Manifold
EQUIPAMENTOS DE PRODUÇÃO
Válvula Lateral
Árvore de Natal
Válvula de Pistoneio
XV
Válvula Mestra Superior
Válvula Mestra Inferior
Válvulas Laterais
Cruzeta
ESCOAMENTO DO PETRÓLEO E GÁS
CONTROLE DAS VARIÁVEIS DO PROCESSO
SISTEMA DE SUPERVISÃO
AQUISIÇÃO DOS DADOS DO PROCESSO
GERAÇÃO DE ENERGIA
PRIMEIRA EXTRAÇÃO DE ÓLEO EM TUPI
Petrobrás extraiu petróleo do pré-sal pela primeira vez em setembro de 2008. No
campo de Tupi a fase de extração petrolífera chamada de "teste de longa duração"
teve início em maio de 2009. A produção em escala comercial deve iniciar a partir
de 2010.
ONDE ESTÁ A RIQUEZA DO PRÉ-SAL BRASILEIRO ?
CONFORME OS RESULTADOS OBTIDOS ATRAVÉS DE PERFURAÇÕES DE POÇOS
PIONEIRO:
 As rochas do pré-sal se estendem por 800
quilômetros do litoral brasileiro, desde Santa
Catarina até o Espírito Santo;
 Chegam a atingir até 200 quilômetros de
largura;
 Estima-se que a camada do pré-sal guarde
o equivalente a cerca de 1,6 trilhão de metros
cúbicos de gás e óleo;
 Este número supera em mais de cinco
vezes as reservas atuais do país;
 Reserva estimada em 10 bilhões de barris
de petróleo somente no campo de Tupi
(porção fluminense da Bacia de Santos);
 Aumento das reservas de petróleo e gás do
Brasil em até 60%;
 O Brasil passará a figurar entre os seis
maiores países do mundo em reservas de
petróleo (se confirmada essa expectativa);
 Perderia no ranck apenas para PAÍSES
como a Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait e
Emirados Árabes.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
1 – O que é o pré-sal e onde ele está
situado?
2 – Qual é o potencial de exploração de présal no Brasil?
3 – Quanto representa esse potencial em
nível mundial?
4 – Como o Brasil vai explorar essa riqueza?
5 – Quanto deverá custar o projeto?
6 – Há alguma garantia que justifique o
investimento?
7 - Quais são os riscos desse investimento?
8 – Onde será usado o dinheiro obtido com a
exploração?
9 – O que acontecerá com os contratos de
concessão do local já licitados e assinados?
1. O QUE É O PRÉ-SAL E ONDE ELE ESTÁ SITUADO?
É uma porção do subsolo que se encontra sob uma camada
de sal situada alguns quilômetros abaixo do leito do mar. Acredita-se
que a camada do pré-sal, formada há 150 milhões de anos, possui
grandes reservatórios de óleo leve (de melhor qualidade e que
produz petróleo mais fino).
De acordo com os resultados obtidos através de perfurações
de poços, as rochas do pré-sal se estendem por 800 quilômetros do
litoral brasileiro, desde Santa Catarina até o Espírito Santo, e chegam
a atingir até 200 quilômetros de largura.
2. QUAL É O POTENCIAL DE EXPLORAÇÃO DE PRÉ-SAL NO
BRASIL?
Estima-se que a camada do pré-sal contenha o equivalente a
cerca de 1,6 trilhão de metros cúbicos de gás e óleo. O número supera
em mais de cinco vezes as reservas atuais do país. Só no campo de
Tupi (porção fluminense da Bacia de Santos), haveria cerca de 10
bilhões de barris de petróleo, o suficiente para elevar as reservas de
petróleo e gás da Petrobras em até 60%
3. QUANTO REPRESENTA ESSE POTENCIAL EM NÍVEL
MUNDIAL?
Caso a expectativa seja confirmada, o Brasil ficaria entre os
seis países que possuem as maiores reservas de petróleo do mundo,
atrás somente de Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait e Emirados
Árabes.
4. COMO O BRASIL VAI EXPLORAR ESSA RIQUEZA?
A grande polêmica está justamente na tecnologia que será
necessária para a extração. O Brasil ainda não dispõe de recursos
necessários para retirar o óleo de camadas tão profundas e terá que
alugar ou comprar de outros países.
O campo de Tupi, por exemplo, se encontra a 300
quilômetros do litoral, a uma profundidade de 7.000 metros e sob
2.000 metros de sal. É de lá e dos blocos contíguos que o governo
espera que vá jorrar 10 bilhões de barris de petróleo.
5. QUANTO DEVERÁ CUSTAR O PROJETO?
Devido à falta de informações sobre os campos, ainda é muito
cedo para se ter uma estimativa concreta de custos. No entanto, alguns
estudos já dão uma ideia do tamanho do desafio. Uma pesquisa
elaborada pelo banco USB Pactual, por exemplo, diz que seriam
necessários 600 bilhões de dólares (45% do produto interno bruto
brasileiro) para extrair os 50 bilhões de barris estimados para os blocos
de exploração de Tupi, Júpiter e Pão de Açúcar (apenas 13% da área
do pré-sal).
A Petrobras já é mais modesta em suas previsões. Para a
companhia, o custo até se aproxima dos 600 bilhões de dólares, mas
engloba as seis áreas já licitadas em que é a operadora: Tupi e Iara,
Bem-Te-Vi, Carioca e Guará, Parati, Júpiter e Carambá.
6. HÁ ALGUMA GARANTIA QUE JUSTIFIQUE O
INVESTIMENTO?
Testes realizados pela Petrobras em maio e junho deste
ano mostraram que ainda não estão totalmente superados os
desafios tecnológicos para explorar a nova riqueza. A produção
no bloco de Tupi ficou abaixo dos 15.000 barris de petróleo que a
Petrobras esperava extrair por dia durante o teste de longa
duração.
7. QUAIS SÃO OS RISCOS DESSE INVESTIMENTO?
Fora o risco de não haver os alardeados bilhões de barris
de petróleo no pré-sal, a Petrobras ainda poderá enfrentar outros
problemas.
Existe a chance de a rocha-reservatório, que armazena o
petróleo e os gás em seus poros, não se prestar à produção em
larga escala a longo prazo com a tecnologia existente hoje.
Como a rocha geradora de petróleo em Tupi possui uma
formação heterogênea, talvez também sejam necessárias
tecnologias distintas em cada parte do campo. Além disso, há o
receio de que a alta concentração de dióxido de carbono presente
no petróleo do local possa danificar as instalações.
8. ONDE SERÁ USADO O DINHEIRO OBTIDO COM A
EXPLORAÇÃO?
Os recursos obtidos pela União com a renda do petróleo
serão destinados ao Novo Fundo Social (NFS), que realizará
investimentos no Brasil e no exterior com o objetivo de evitar a
chamada "doença holandesa", quando o excessivo ingresso de
moeda estrangeira gera forte apreciação cambial, enfraquecendo o
setor industrial.
De acordo com o governo federal, a implantação deste
fundo será articulada com uma política industrial voltada as áreas de
petróleo e gás natural, criando uma cadeia de fornecedores de bens
e serviços nas indústrias de petróleo, refino e petroquímico.
Parte das receitas oriundas dos investimentos do fundo irá
retornar à União, que aplicará os recursos em programas de
combate à pobreza, em inovação científica e tecnológica e em
educação.
9. O QUE ACONTECERÁ COM OS CONTRATOS DE CONCESSÃO DO LOCAL
JÁ LICITADOS E ASSINADOS?
Embora tenha inicialmente se falado na desapropriação de
blocos já licitados na camada do pré-sal, o governo já anunciou que
serão garantidos os resultados dos leilões anteriores e honrados os
contratos firmados. Porém, não haverá mais concessão de novos
blocos à iniciativa privada ou à Petrobrás na área do pré-sal. Ao invés
disso, será adotado o regime de partilha de produção, com a criação
de uma empresa estatal, mas não operacional, para gerir os
contratos de exploração.
INÍCIO DA JORNADA. A PLATAFORMA P-34, NO CAMPO DE JUBARTE,
SERÁ O PONTO DE PARTIDA PARA O PRÉ-SAL.
Chegar ao pré-sal foi difícil, mas o desafio
mesmo está em tirar de lá o petróleo e o gás que farão do
Brasil o sexto maior detentor de reservas do mundo. Os
estudos já disponíveis mostram que serão necessários
600 bilhões de dólares para extrair a maior parte do
petróleo que se suspeita existir na ultra-profundidade do
campo de Tupi.
1) Plataformas:
2) Risers e outros dutos flexíveis:
Serão 50, ao custo unitário de 2,5
serão 9.000 km, o dobro da
bilhões de dólares. Cada uma
distância do Oiapoque ao Chuí.
leva quatro anos para ficar pronta.
3) Cabos de ancoragem:
4) Árvore-de-natal:
Com 2,5 Km de comprimento, não
Liga o poço aos cabos que
poderão ser de aço, porque
chegam à Plataforma. Serão
ficariam tão pesados que
2.000. A primeira só ficou pronta
afundariam a plataforma.
em março de 2009.
5) Dutos de aço:
Do fundo do mar até o petróleo,
serão usados 20.000 Km de
tubos. Enfileirados, dariam meia
volta ao mundo.
6) Sondas de perfuração:
O aluguel de uma Sonda custo
pelo menos 450.000 dólares por
dia. Será necessário furar 2.000
poços.
UM LONGO CAMINHO:
O reservatório de TUPI é o único na área do pré-sal para o qual já se divulgou um
cronograma inicial de exploração. Ainda está na fase de avaliação da descoberta.
Só no final de 2010 a viabilidade da produção em larga escala começará a ser
testada
2003/2007:
Exploração – Levantamentos sísmicos dos dados
geológicos e perfuração de poços exploratórios.
Nessa etapa foi feita a estimativa da qualidade de
petróleo que pode ser extraída em Tupi.
Março de 2009:
Teste de longa duração – um dos itens da fase de
avaliação da descoberta, em que se analisam as
características do reservatório. Está prevista uma
produção de 30.000 barris por dia durante o teste. Ao
final, será feita a Declaração de comercialidade,
atestado de viabilidade econômica a ser entregue a
ANP.
2010:
Dezembro de 2010:
Plano de Desenvolvimento – Dimensionamento da Projeto Piloto – Verificação da viabilidade da
infra-estrutura e da logística de produção de petróleo produção em larga escala. A previsão é produzir
e do gás encontrados, com a instalação das primeiras 100.000 barris por dia nessa estapa.
Plataformas, navios-tanque, dutos e terminais.
2012:
Produção – Escoamento do produto, desde o poço até o terminal, para a comercialização de petróleo e do
gás com as refinarias ou o comércio internacional. Estima-se que TUPI chegue a produzir 500.000 barris por
dia.
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