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Veja as palestras pelo nosso site:
“Amai os vossos inimigos” – ensinou-nos o Excelso Mestre.
Para aqueles que recolhem o triste atestado da sobrevivência da
alma no cadinho ebuliente da obsessão, semelhante afirmativa não
induz ao endeusamento do irmão que se lhe considera adversário
e que se acoberta por trás da fronteira de cinzas, mas expressa anseio renovador de quem despe a armadura sufocante do egoísmo
e se desfaz da máscara do orgulho.
O homem que se julga invulnerável à obsessão, está a caminho
dela e, nela, ambos, cordeiro e carrasco, sofrem muito, pois não há
rancor feliz. Por isso mesmo a duração da influência perniciosa é
sempre limitada, de vez que duas forças iguais em conflito lutam,
por algum tempo, entre si, para se anularem, mutuamente, depois.
Um par de dores idênticas se entende...
A paz íntima é comprada a suor.
Amar os desafetos, sem opor ódio ao ódio, é o antídoto sublime
de toda influenciação nociva, no reino do espírito.
Em razão disso, visando sobretudo àqueles irmãos que padecem enceguecidos temporariamente por lágrimas dolorosas, nas
algemas emocionais do sofrimento, indicamos algumas das atitudes preciosas da criatura que, além de evidenciarem vontade
manifesta e interesse espontâneo de acertar, ante as leis do destino, refazem-nos, com segurança, a existência, e descerram novos
roteiros de alegria e concórdia para a nossa vida, inevitavelmente
conjugada à vida dos outros:
Não pensar mal de ninguém, em particular do desafeto desencarnado.
Evitar toda discussão, perdoando incondicionalmente a todos
os companheiros de nossa convivência, dos quais tenhamos recebido esse ou aquele motivo de revolta ou de mágoa;
Ajudar a quem sofre, principalmente aos irmãos que ainda se
encontram na carne, categorizados à conta de parentes, amigos
e afeições, incluindo os adversários gratuitos de qualquer procedência.
Centro Espírita Léon Denis. Rua Abílio dos Santos, 137,
Bento Ribeiro, RJ - RJ. Telefax (21) 2452-1846.
C ENTRO E SPÍRITA L ÉON DENIS
PARTINDO ALGEMAS
1
Fazer, no campo da fraternidade entre os homens, o bem que desejamos
venha a ser feito pelo companheiro ainda doente na Espiritualidade inferior.
Controlar as próprias reações, convicto de que apenas a nossa mente
consegue dirigir os mecanismos do corpo físico.
Usar os recursos da prece sincera, do passe reconfortante, da água magnetizada e do culto doméstico do Evangelho, por energias superiores de
sustentação moral e mental.
Ver o lado melhor de todos os seres e de todas as coisas, sem alimentar
ideias de tristeza ou irritação, queixa ou desânimo.
Esforçar-se por ser humilde, reconhecendo os erros pessoais, quando
eles existam, sem cultivar remorsos destrutivos, de modo a não reduzir a
nossa capacidade de entender e servir, porquanto apenas no trabalho do
bem acharemos caminho à própria libertação, seguindo nas pegadas do
Senhor.
Cairbar Schutel
Do livro: Seareiros de Volta. FEB
Psicografia: Waldo Vieira
Itens do Livro a serem estudados:
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. XII – “Amai os Vossos
Inimigos”, itens 1 a 4
RETRIBUIR O MAL COM O BEM
1. “Aprendestes o que foi dito: Amareis o vosso próximo e odiareis os vossos inimigos. Eu, porém, vos digo: Amai vossos inimigos, fazei o bem àqueles que vos odeiam e
orai por aqueles que vos perseguem e vos caluniam, a fim de que sejais os filhos do vosso
Pai que está nos céus, que faz o Sol se erguer sobre os bons e sobre os maus, e faz chover
sobre os justos e os injustos; porquanto, se amais apenas aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os publicanos também não fazem o mesmo? E se saudardes somente os
vossos irmãos, o que fazeis mais do que os outros? Os gentios também não agem assim?
Eu vos digo que, se a vossa justiça não for maior que a dos escribas e dos fariseus, não
entrareis no reino dos céus.” (Mateus, V: 43 a 48, e 20.)
2. “Se amais somente os que vos amam, que mérito tereis? Porquanto os homens
de má vida também amam aqueles que os amam. Se fizerdes o bem apenas aos que vos
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fazem bem, que mérito tereis? Os homens de má vida fazem a mesma coisa. E se vós só
emprestardes àqueles de quem esperais receber o mesmo favor, que mérito tereis? Os
homens de má vida emprestam uns aos outros para receber a mesma vantagem. Quanto a
vós, amai os vossos inimigos, fazei o bem a todos e emprestai sem nada esperar, e então
a vossa recompensa será grande, e sereis filhos do Altíssimo, porque ele é bom para os
ingratos e mesmo para os maus. Sede, pois, misericordiosos, assim como vosso Deus é
misericordioso.” (Lucas, VI: 32 a 36.)
3. Se o amor ao próximo é o princípio da caridade, amar os inimigos é a sua aplicação
sublime, porque essa virtude é uma das maiores vitórias alcançadas sobre o egoísmo e o
orgulho.
Entretanto, geralmente nos equivocamos quanto ao sentido da palavra amar, utilizada
nesse ensinamento; Jesus não quis dizer que se deve ter por um inimigo a ternura que se
tem por um irmão ou por um amigo. A ternura pressupõe confiança; ora, não se pode ter
confiança naquele que se sabe que nos quer mal; não se pode ter com ele expansões de
amizade, porque sabemos que ele é capaz de abusar delas. Entre pessoas que suspeitam
umas das outras, não poderia haver as manifestações de simpatia que existem entre aquelas que estão em comunhão de pensamentos; não se pode, enfim, sentir, ao encontrar com
um inimigo, o mesmo prazer que se sente ao encontrar com um amigo.
Esse sentimento resulta de uma lei física: a da assimilação e da repulsão dos fluidos. O pensamento malévolo dirige uma corrente fluídica cuja impressão é penosa; o
pensamento bom nos envolve com uma emanação agradável; daí decorre a diferença de
sensações que se experimenta com a aproximação de um amigo ou de um inimigo. Amar
seus inimigos não pode, pois, significar que não se deva fazer nenhuma diferença entre
eles e os amigos; se esse preceito parece difícil, impossível mesmo de praticar, é porque
se acredita, erradamente, que ele recomenda que se dê ao inimigo o mesmo lugar que se
dá ao amigo no coração. Se a pobreza da linguagem humana nos obriga a utilizar a mesma palavra, para exprimir diversas modalidades de sentimentos, a razão deve nos levar,
segundo o caso, a fazer a diferença.
Amar os inimigos, portanto, não é ter por eles uma afeição que não é natural, uma vez que
o contato com um inimigo faz o coração bater de uma forma totalmente diferente da que ocorre ao contato com um amigo. Amar os inimigos é não ter contra eles nem ódio, nem rancor,
nem desejo de vingança; é perdoar-lhes sem segundas intenções e sem restrições o mal que
nos fizeram; é não colocar nenhum obstáculo à reconciliação; é desejar-lhes o bem em lugar
do mal; é ficar alegre, em vez de triste, com o bem que lhes aconteça; é estender-lhes a mão
para socorrê-los em caso de necessidade; é evitar, por palavras ou ações, tudo o que possa
prejudicá-los; é, enfim, retribuir-lhes o mal com o bem, sem intenção de humilhá-los. Aquele
que assim proceder cumpre plenamente o mandamento: “Amai os vossos inimigos”.
4. Para o incrédulo, amar os inimigos é um absurdo; aquele para quem a vida presente
é tudo, vê em seu inimigo apenas um ser nocivo perturbando a sua tranquilidade e, do
qual, segundo ele acredita, só a morte pode livrá-lo. Daí, o desejo de vingança; não há nenhum interesse em perdoar, se não for para satisfazer o seu orgulho aos olhos do mundo;
perdoar mesmo, em certos casos, parece-lhe uma fraqueza indigna dele. Ainda que não se
vingue, não deixará de sentir rancor nem o desejo oculto do mal.
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Para o crente, mas para o espírita principalmente, a maneira de ver é totalmente diferente porque ele lança o seu olhar para o passado e para o futuro, entre os quais a vida
presente não é mais que um ponto. Ele sabe que, pela própria destinação da Terra, deve
se preparar para ali encontrar homens maus e perversos; que as maldades às quais está
exposto fazem parte das provas que deve sofrer, e que o elevado ponto de vista em que
se coloca torna as vicissitudes menos amargas para si, venham elas dos homens ou das
coisas; se não se queixa contra as provas, não se deve queixar contra aqueles que lhes
servem de instrumento. Se, em vez de se lamentar, agradece a Deus por submetê-lo às
provas, deve agradecer a mão que lhe possibilita a oportunidade de demonstrar sua paciência e sua resignação. Esse pensamento o predispõe naturalmente ao perdão, por outro
lado ele sente que, quanto mais generoso for, mais crescerá aos seus próprios olhos e mais
longe ficará do alcance da ação malévola dos seus inimigos.
O homem que ocupa uma posição elevada no mundo não se considera ofendido pelos
insultos daquele que ele olha como seu inferior; assim acontece com os que se elevam no
mundo moral acima da humanidade material; eles compreendem que a raiva e o rancor
os aviltariam e rebaixariam; ora, para ser superior ao seu adversário, é preciso que tenha
a alma maior, mais nobre e mais generosa.
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Itens do Livro a serem estudados